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96s - Casos Clínicos para a PNA

96s - Casos Clínicos para a PNA

By equipa medapprentice.com

Podcast de educação médica português. Resolve connosco perguntas de escolha múltipla baseadas em vinhetas clínicas. Queremos ajudar-te na tua preparação para a Prova Nacional de Acesso à especialidade. Produzido pela equipa medapprentice.com.
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Episódio 0093: Homem de 70 anos com desorientação e “tremores”

96s - Casos Clínicos para a PNAApr 11, 2024

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Episódio 0093: Homem de 70 anos com desorientação e “tremores”

Episódio 0093: Homem de 70 anos com desorientação e “tremores”

Um doente de 70 anos, sexo masculino vem ao Serviço de Urgência acompanhado pela esposa por desorientação e “tremores” com 2 dias de evolução. A esposa refere que o doente está diferente do habitual com períodos de desorientação. Quando questionado, o doente refere que tem dejeções de fezes pretas em “borra de café” com 2 dias de evolução e terá notado um aumento dimensional do perímetro abdominal. Tem antecedentes pessoais de cirrose hepática de etiologia alcoólica Child-Pugh C seguido em consulta externa de Hepatologia.  Realizou EDA há 3 anos com presença de varizes de pequenas dimensões, não tendo realizado nova EDA. Tem hábitos etílicos acentuados de 100 g álcool / dia com 20 anos de evolução terá cessado abruptamente consumos há 2 dias. Está medicado com Carvedilol 12,5 mg 1 comprimido por dia, furosemida 40 mg 1 comprimido por dia e espironolactona 100 mg 1 comprimido por dia. Sinais vitais: TA 120/60 mmHg; FC 70 bpm; Apirético. SpO2 (aa): 95%. Ao exame objetivo, doente consciente, colaborante, desorientado no tempo e espaço, orientado na pessoa. Apresenta tremor no punho quando em dorsiflexão. Mucosas descoradas, mas hidratadas. Eupneico em aa. ACP sem alterações. Abdómen distendido, com timpanismo central e macicez nos flancos, sem tensão, indolor à palpação. Foi requisitado um estudo analítico que revelou anemia 7,1 g/dL, Htc 29%, VGM 80 fL, CHCM 25 g/dL, reticulócitos 3%, leucócitos 7.000 / mm3, plaq 100.000 / mm3, ionograma Na+ 140 mEq/L; K+ 4 mEq/L; Cl- 100 mEq /L. Creat 2,0 mg/dL (basal 1,5); Ureia 30 mg/dL; TGO e TGP normais. Albumina 1,5; PCR 2 mg/dL. Foi realizada reposição volémica com soro fisiológico, oxazepam, suplementação com tiamina EV e pedidos níveis de amónia.

Qual o próximo passo mais adequado neste doente?


Não fiques só a ouvir, resolve os casos por ti.

Responde e vê as respostas dos teus colegas aqui:

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Créditos:

António Bastos (origem da pergunta)

Pedro Teixeira + Filipa Fonseca Dias (responde)

Pedro Fialho (edição de som)


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Apr 11, 202418:35
Episódio 0092: Mulher de 82 anos com disartria e hemiparesia à direita.

Episódio 0092: Mulher de 82 anos com disartria e hemiparesia à direita.

Uma mulher de 82 anos parcialmente dependente e cognitivamente integra, com antecedentes de diabetes tipo 2 e hipertensão arterial, habitualmente medicada com dapagliflozina, e ramipril+amlodipina, recorre ao serviço de urgência. É trazida pela VMER que foi acionada pelo lar onde reside. Terá sido encontrada com disartria e hemiparesia à direita. A auxiliar que a acompanha refere que a idosa terá sido vista pela última vez dentro do seu estado habitual há 2 horas atrás. À chegada ao SU é ativada a via verde AVC e a doente foi de imediato observada na sala de emergência. Ao exame objetivo, abertura ocular espontânea, cumpre ordens simples, discurso confuso. Hemiparésia e hemihipostesia à direita, de predomínio braquial, com atingimento da face.

Os sinais vitais eram os seguintes: TA 200/115; FC 98 bpm; SatO2 (aa) 95%; Tax 37ºC;

Qual o próximo passo?


Não fiques só a ouvir, resolve os casos por ti.

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Créditos:

Marília Ferreira (origem da pergunta)

Pedro Teixeira (responde)

Mariana Nunes (edição de som)


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Mar 21, 202420:09
Episódio 0091: Mulher de 31 anos, grávida de 22 semanas, em consulta pré-natal de rotina

Episódio 0091: Mulher de 31 anos, grávida de 22 semanas, em consulta pré-natal de rotina

Uma mulher de 31 anos, G2P1, grávida de 22 semanas, recorre ao seu médico de família para uma consulta pré-natal de rotina. A sua primeira gravidez foi há 3 anos, tendo o parto ocorrido sem intercorrências, e do qual nasceu uma criança do sexo masculino com grupo Rhesus-D (RhD) positivo. De antecedentes pessoais, teve uma fratura tibial que exigiu correção cirúrgica com transfusão de 2 concentrados eritrocitários durante o procedimento, há 6 anos. Na consulta pré-natal de rotina apresentava uma temperatura de 36,5°C, uma frequência cardíaca de 76 bpm e uma tensão arterial de 142/83mmHg. A ecografia abdominal não apresenta alterações. O exame ginecológico revela um útero compatível com aproximadamente 20 semanas de gestação. Os estudos laboratoriais e hemograma da grávida revelaram:

  • Grupo sanguíneo ABO/RhD: B/RhD negativo
  • Hemoglobina: 13,4 g/L
  • Leucócitos: 15.000/mm3
  • Plaquetas: 265.000/mm3
  • Teste de Coombs Indireto do 1ºtrimeste: negativo
  • IgM para Rubéola: negativa
  • IgG para Rubéola: negativa
  • IgM para Toxoplasmose: negativa
  • IgG para Toxoplasmose: positiva

Qual o próximo passo mais adequado na gestão desta grávida?


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Créditos:

Filipa Fonseca Dias (origem da pergunta)

Pedro Teixeira + David Alves (responde)

Pedro Fialho (edição de som)


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Mar 13, 202428:34
Episódio 0090: Mulher de 28 anos com hemorragia vaginal e dor abdominal

Episódio 0090: Mulher de 28 anos com hemorragia vaginal e dor abdominal

Mulher de 28 anos, grupo sanguíneo B Rh negativo, previamente saudável, recorre ao SU por quadro de hemorragia vaginal, associada a dor tipo cólica nos quadrantes inferiores do abdômen. A data da última menstruação foi há 8 semanas e possui um teste imunológico de gravidez positivo, realizado há 1 semana. A hemorragia teve início há 4 horas e, desde então, a mulher trocou duas vezes o absorvente com sangue vivo e coágulos em moderada quantidade. A dor abdominal tornou-se progressivamente mais intensa, tendo cedido parcialmente ao paracetamol. Nega febre, alterações do corrimento, queixas urinárias e alterações do trânsito gastrointestinal. A doente possui uma citologia sem alterações de há 1 ano e refere avaliação ginecológica anual. Nega medicação habitual. Como antecedentes cirúrgicos foi submetida a amigdalectomia bilateral durante a infância. Nega hábitos alcoólicos, tabágicos ou toxicofílicos. 

Ao exame objetivo apresenta TA 110/76 mmHg; FC 115 bpm; eupneica em ar ambiente; TT: 37,2 ºC. À palpação abdominal apresenta um abdomen mole e depressível, doloroso à palpação profunda dos quadrantes inferiores, sem massas palpáveis. O exame ao espéculo revela uma vagina e colo de difícil avaliação devido à perda ativa de coágulos através do colo, que se encontra entreaberto. À palpação bimanual apresentava um útero aumentado de tamanho, compatível com 7 semanas de gestação, áreas anexiais livres. A ecografia transvaginal revela a presença de um saco gestacional in utero com embrião com comprimento crânio-caudal de 8 mm, sem atividade cardíaca; no ovário esquerdo visualiza-se um quisto simples compatível com corpo lúteo, ovário direito sem alterações e presença de lâmina de líquido livre no fundo de saco de douglas. 

Qual é o diagnóstico mais provável? 


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Responde e vê as respostas dos teus colegas aqui:

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Créditos:

Mariana Narciso + Rafaela Paiva (origem da pergunta)

Pedro Teixeira + David Campos + Filipa Fonseca Dias (responde)

Mariana Nunes (edição de som)


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Mar 01, 202421:43
Episódio 0089: Especial

Episódio 0089: Especial

Neste episódio, ficamos à conversa com a nossa convidada, Marta Figueiral, onde nos fala sobre o seu percurso médico fora de Portugal. Com o objetivo de iniciar o internato de cardiologia nos EUA, Marta Figueiral realiza investigação na área das miocardiopatias na Mayo Clinic.

Curioso? Não percas este episódio e fica a conhecer um pouco mais o funcionamento do internato médico nos EUA!


Créditos:

Mariana Duarte Almeida

David Meireles

David Campos

Marta Figueiral (convidada)

Pedro Fialho (edição de som)


Para mais conteúdo, explora o nosso site https://www.medapprentice.org/home e redes sociais @medapprentice.

Feb 23, 202435:06
Episódio 0089: Homem de 68 anos com dispneia e palpitações.

Episódio 0089: Homem de 68 anos com dispneia e palpitações.

Um homem de 68 anos, previamente saudável, recorre ao Serviço de Urgência por dispneia e palpitações com início no próprio dia. O doente refere que estava sentado a ver televisão quando iniciou dispneia de modo súbito, que foi precipitada por palpitações e que agrava com o decúbito dorsal. Nos últimos meses realça-se cansaço para esforços, enfartamento pós-prandial, edemas periféricos, uma descida do perfil tensional habitual e o surgimento de diarreia ocasional. Nesse contexto, realizou um ecocardiograma transtorácico, que revelou dilatação auricular esquerda, hipertrofia concêntrica das paredes do ventrículo esquerdo, nomeadamente hipertrofia do septo interventricular (17 mm), que se apresenta com aspeto mosqueado, sinais indiretos de aumento das pressões de enchimento e fração de ejeção do ventrículo esquerdo de 58%. Encontra-se também a aguardar consulta de Ortopedia por síndrome do túnel cárpico bilateral. Sem outros antecedentes relevantes. Não toma qualquer medicação. Os sinais vitais indicam tensão arterial de 89/54 mmHg, frequência cardíaca de 146/minuto, saturação periférica de oxigénio sem oxigenoterapia adicional de 87% e temperatura timpânica de 36.8ºC. O doente encontra-se agitado, desconfortável, polipneico em ar ambiente e com prolongamento do tempo de reperfusão capilar (4 segundos). Corado e hidratado. A auscultação cardíaca revela S1 e S2 irregulares e taquicárdicos, sem sopros aparentes. A auscultação pulmonar revela exuberantes crepitações bibasais. Edemas periféricos abaixo dos joelhos. Sem turgescência venosa jugular. Analiticamente, destaca-se apenas uma creatinina de 1.6 mg/dL e um NTproBNP de 5364 pg/mL. O eletrocardiograma revela fibrilhação auricular com resposta ventricular rápida (146/min) e QRS com baixa voltagem nas derivações pré-cordiais e ondas Q em DII, DIII, aVF, V5 e e V6. Qual o mecanismo fisiopatológico subjacente à descompensação descrita?


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Responde e vê as respostas dos teus colegas aqui: https://www.medapprentice.org/course/cc-212


Créditos:

Mariana Duarte Almeida (origem da pergunta) + David Meireles + David Campos (revisão da pergunta)

Marta Figueiral (responde)

Pedro Fialho (edição de som)


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Feb 21, 202417:33
Episódio 0088: Especial de Halloween 🎃

Episódio 0088: Especial de Halloween 🎃

Uma mulher de 47 anos, atriz, é trazida ao serviço de urgência pelo marido por, na última semana, apresentar um comportamento bizarro. O marido refere que a esposa deixou de ir ao teatro local onde trabalha, passando a maior parte do tempo deitada na cama a chorar ou a deambular lentamente pela casa, encontrando-a muitas vezes a deambular durante a noite. Adicionalmente, passou a apresentar recusa em se alimentar e beber, justificando tal comportamento porque “os mortos-vivos como eu não precisam de alimento” (sic) ou ainda “os meus órgãos já não existem” (sic). Diz

De antecedentes pessoais, destaque para doença do refluxo gastro-esofágico medicada com omeprazol. A doente apresenta ainda seguimento desde há 1 ano em consultas de psiquiatria por perturbação borderline da personalidade, com histórico de comportamentos auto-lesivos, mas sem tentativa de suicídio. Nega hábitos tabágicos, consumos etílicos/toxifílicos ou toma de outra medicação.

Ao exame objetivo, a doente apresenta ar emaciado, palidez cutânea e olhar cabisbaixo e vazio com olhos encovados. Os sinais vitais apresentam-se dentro dos valores da normalidade. Ao exame do estado mental, apresenta lentificação psicomotora, com um discurso monocórdico e aumento da latência das respostas. Quando questionada sobre o que sente, responde apenas “Já não sinto, porque já não existo” (sic), permanecendo num estado de mutismo na restante observação. Não é possível apurar atividade alucinatória auditiva, visual ou tátil. O exame toxicológico da urina é negativo.

1. Qual dos seguintes é o diagnóstico mais provável?

2. É iniciada nutrição entérica através de uma sonda nasogástrica. Qual dos seguintes parâmetros analíticos é expectável de se encontrar aumentado?


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Responde e vê as respostas dos teus colegas aqui: https://www.medapprentice.org/course/cc-211


Créditos:

Pedro Teixeira + David Alves (origem da pergunta)

Pedro Teixeira + David Alves + Filipa Fonseca Dias (responde)

Pedro Fialho (edição do som)


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Nov 01, 202329:45
Episódio 0087: Homem de 63 anos com humor depressivo e alucinações visuais.

Episódio 0087: Homem de 63 anos com humor depressivo e alucinações visuais.

Um homem de 63 anos é trazido à consulta de neurologia devido a agravamento do humor depressivo desde há 5 meses. A família refere que inicialmente passava grande parte do dia deitado na cama, sem interesse em fazer as caminhadas no parque após almoçar ou jogar dominó com os amigos, que gostava de praticar no dia a dia. Para além disso, evita estar junto da família especialmente à hora da refeição, referindo não ter apetite. Reparam também que se deslocava com marcha de passos curtos e de base estreita associado a tremor em repouso, e que após o início destas manifestações começou a isolar-se. Por causa disto, os familiares levaram-no a Consulta de Neurologia, tendo sido diagnosticado com Doença de Parkinson e iniciou terapia farmacológica com  levodopa/carbidopa na dose mínima com fraca melhoria dos sintomas físicos. Atualmente, apresenta agravamento do seu humor deprimido, tendo começado a ver o seu cão, que faleceu há 1 ano. O doente confessa que o vê desde há 6 meses, tendo associado estas imagens ao luto, pelo que não deu importância. Apresenta pressão arterial de 149/93 mmHg, frequência cardíaca de 96 bpm, frequência respiratória de 14 cpm com saturação periférica de oxigénio de 95 % em ar ambiente e temperatura timpânica de 37,2ºC. Ao exame objetivo, apresenta um ligeira hipertonia dos membros superiores, com marcha sem alterações e sem tremor. Apresenta fácies carregado, com humor depressivo, evitando o olhar com o médico. Realizado o MMSE com 22/30 pontos, com perda dos mesmos pela orientação temporal, atenção, memória e obedecer a ordens complexas.

Qual a hipótese diagnóstica mais provável?


Não fiques só a ouvir, resolve os casos por ti.


Responde e vê as respostas dos teus colegas aqui: https://www.medapprentice.org/course/cc-206


Créditos:

Hugo Matias + João Sá (origem da pergunta)

Filipa Fonseca Dias + Pedro Teixeira (responde)

Rosarinho Lopes (edição do som)


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Aug 30, 202322:52
Episódio 0086: Homem de 94 anos com dor torácica, dispneia e anorexia.

Episódio 0086: Homem de 94 anos com dor torácica, dispneia e anorexia.

É solicitada uma visita domiciliária a um homem de 94 anos por dor torácica, dispneia e diminuição do apetite. Refere que tem episódios de dor torácica associados a pequenos esforços, que limitam a sua capacidade funcional. Caracteriza a dor como uma pressão esternal, 9 em 10, que irradia para o pescoço e que alivia com o descanso. Na noite anterior, refere ter tomado ibuprofeno 600mg e ter conferido algum alívio permitindo adormecer. Diz que dura muito mais que cinco minutos, chegando a durar horas e que já chegou a acordar durante a noite com estas queixas álgicas. Diz que recusa ir para o hospital porque vê as notícias e tem medo de morrer esquecido na urgência.

Tem como antecedentes de gota e um enfarte do miocárdio há 10 anos atrás que não foi intervencionado e foi tratado conservadoramente, as quais interrompeu por decisão própria. Encontra-se medicado habitualmente com simeticone, ibuprofeno e suplementos minerais. Desconhece alergias medicamentosas

No exame objetivo, encontra-se consciente, orientado em todas as vertentes, sem queixas álgicas. Eupneico em ar ambiente e com saturação periférica de O2 de 96%. Pulso rítmico, regular e amplo. Pressão arterial: 117/68mmHg, Frequência cardíaca: 90bpm. Auscultação pulmonar sem ruídos adventícios. Auscultação cardíaca com dois sons rítmicos e regulares, sem sopros e sem extra-sons. A dor torácica não é reproduzível com a pressão no tórax. Abdómen livre. Nos dedos das mãos, nota-se um aumento das falanges distais, tanto dos dedos como das unhas. Membros inferiores sem edema e sem sinais inflamatórios. 

Qual das seguintes afirmações é a informação que deve prestar ao doente?


Não fiques só a ouvir, resolve os casos por ti.


Responde e vê as respostas dos teus colegas aqui: https://www.medapprentice.org/course/cc-210


Créditos:

David Meireles (origem da pergunta) + Pedro Teixeira (revisão da pergunta)

David Alves + David Campos (responde)

Pedro Fialho (edição do som)


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Aug 23, 202324:17
Episódio 0085: Homem de 62 anos com tosse produtiva, febre, mialgias e sudorese noturna.

Episódio 0085: Homem de 62 anos com tosse produtiva, febre, mialgias e sudorese noturna.

Um homem de 62 anos, casado, trabalhador no ramo das telecomunicações, vem ao serviço de urgência por tosse produtiva, febre, mialgias e sudorese noturna com 5 dias de evolução. Refere ainda cefaleias associadas aos picos febris, com um máximo de 39.2ºC (Tª axilar). No próprio dia em que se dirigiu à urgência, teve um episódio de náuseas e mal-estar geral, mas sem vómitos, diarreia ou síncope. Para alívio sintomático, terá feito paracetamol e ibuprofeno intercalados, desde o início dos sintomas. A história médica revela diabetes mellitus medicada com metformina, litíase vesicular e lesões vesiculares penianas indolores recorrentes desde há 2 anos. Quando questionado acerca da noção de perda de peso, refere que considera estar mais magro, mas não sabe quantificar. Refere 2 viagens à França no último ano. Nega hábitos tabágicos e comportamentos sexuais de risco e menciona hábitos alcoólicos de 490g/semana.

Ao exame objetivo encontra-se acianótico e anictérico, com mucosas coradas e hidratadas, eupneico em ar ambiente. Quanto aos sinais vitais: pressão arterial 110/79 mmHg, frequência cardíaca 105 bpm, temperatura timpânica 37.5ºC e saturação de oxigénio 94%. A auscultação cardíaca encontra-se rítmica e com um sopro holossistólico audível. A auscultação pulmonar não tem alterações. À palpação abdominal denota-se um abdómen mole e depressível, indolor a palpação. Sem edemas dos membros inferiores.

O raio-X de tórax revelou reforço perihilar bilateral, sem outras alterações. As análises revelaram: Hb 13.3, leucocitose com linfopenia e trombocitopenia, glicose 212, TGO 130, TGP 162, LDH 476, PCR 11.4mg/dL, Creatinina sérica 1.9. Sedimento urinário sem critérios de infeção. Pesquisa de SARS-COV2 negativa.

Qual é o próximo passo mais adequado na gestão deste doente?


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Responde e vê as respostas dos teus colegas aqui: https://www.medapprentice.org/course/cc-202


Créditos:

Beatriz Sá Pereira (origem da pergunta) + Tiago Alves (revisão da pergunta)

David Alves + David Meireles + Filipa Fonseca Dias (responde)

Pedro Fialho (edição do som)


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Aug 09, 202319:37
Episódio 0084: Homem de 52 anos com edema e dor gemelar.

Episódio 0084: Homem de 52 anos com edema e dor gemelar.

Um homem de 52 anos foi admitido no Serviço de Urgência com uma história de 2 dias de evolução de edema progressivo e dor gemelar esquerda. Nega traumatismo. Apresenta antecedentes pessoais de HTA, dislipidemia e doença renal crónica. A sua medicação habitual incluia enalapril, sinvastatina e vitamina D. 

Ao exame físico, apresentava sensibilidade e edema na extremidade inferior esquerda. A sua temperatura axilar era de 37,6ºC, a FC de 84/min, a FR é 18/min e a TA de 135/92 mmHg. Os estudos laboratoriais mostraram Hb 11.2 g/dL, leucócitos 5500/mm3, plaquetas 230.000/mm3, PT 13s, aPTT 30s e TFG 29 mL/min/1.73m2.

Foi realizado um EcoDoppler venoso que revelou um trombo na veia poplítea esquerda. 

Posto o estado do doente, iniciou-se o tratamento com heparina não fracionada e o doente foi internado.

Em D2 de internamento, o exame físico revelou melhorias e os estudos laboratoriais revelaram Hb 11.1 g/dL, leucócitos 6300/mm3, plaquetas 170.000/mm3, PT 15s, aPTT 61s e TFG 27 mL/min/1.73m2.


Qual é o próximo passo mais apropriado na gestão deste doente?


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Responde e vê as respostas dos teus colegas aqui: https://www.medapprentice.org/course/cc-208

Créditos:

Filipa Fonseca Dias (origem da pergunta)

Pedro Teixeira (responde)

Pedro Fialho (edição do som)


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Jul 06, 202316:34
Episódio 0083: Mulher de 78 anos com dor epigástrica, náuseas e diaforese.

Episódio 0083: Mulher de 78 anos com dor epigástrica, náuseas e diaforese.

Uma mulher de 78 anos com antecedentes de hipertensão arterial e diabetes mellitus tipo 2 bem controlada recorre ao serviço de urgência com um quadro de 3 dias de evolução de desconforto epigástrico. O desconforto, que ela descreve como “sensação de algo a roer”, inicialmente ocorria uma ou duas vezes ao dia durante 5 a 10 minutos, mas agora ocorre com mais frequência e perdura por mais algum tempo. O último episódio, ocorrido hoje enquanto ela estava a caminhar no corredor de casa, foi acompanhado por náuseas, fadiga e diaforese.

Objetivamente a admissão, a pressão arterial é de 154/89 mmHg e a frequência cardíaca de 98 batimentos por minuto. O exame abdominal não apresenta alterações de relevo, embora a paciente relate um leve desconforto que começou na triagem. Os resultados dos testes de função hepática e os níveis das enzimas pancreáticas estão dentro dos limites normais. Efetuou uma radiografia abdominal sem qualquer alteração.


Qual o exame complementar de diagnóstico mais adequado neste momento?


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Responde e vê as respostas dos teus colegas aqui: https://www.medapprentice.org/course/cc-207

Créditos:

Tiago Alves (origem da pergunta) + Beatriz Sá Pereira (revisão)

Pedro Teixeira + Rute Monteiro (responde)

Pedro Fialho (edição do som)


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Jun 25, 202316:34
Episódio 0082: Homem de 75 anos com dispneia e prostração.

Episódio 0082: Homem de 75 anos com dispneia e prostração.

Um homem de 75 anos recorre ao SU trazido pela VMER por dispneia e prostração. Doente incapaz de fornecer história, segundo esposa terá uma história de dispneia progressiva para pequenos esforços e palpitações na última semana. Associadamente, com necessidade de dormir com mais almofadas, despertares noturnos frequentes por dispneia e noção de inchaço nos membros inferiores. Nega dor torácica, tosse ou febre. 

Como antecedentes pessoais apresenta uma HTA mal controlada, DM tipo 2, dislipidemia, obesidade grau II. Esposa refere consumos excessivos de álcool de cerca de 30g/dia. À observação no SU, doente prostrado, abre os olhos à voz, não verbaliza, cumpre ordens. Mucosas coradas, mas desidratadas, pulso palpável. Extremidades frias e secas. Sinais vitais: TA 100/60 mmHg; FC 120 bpm; Apirético; Polipneico com FR ~30 cpm com SatO2 (Máscara venturi a 8L/min): 90%; AC: arrítmica. AP: MV presente bilateralmente com crepitações 2/3 inferiores bilateralmente. Abdómen inocente. Membros inferiores com edemas até à raíz da coxa Godet +. Foi pedido um ECG que mostrou: ausência de ondas P, ritmo irregular, complexos QRS estreitos. GSA (FiO2 40%): pH 7,50; PaCO2 30 mmHg; HCO3- 22 mmol/L; PaO2 55 mmHg; Lactatos 3,0 mmol/L; Foi administrado de imediato furosemida 40 mg IV e aumentado nível de oxigenoterapia suplementar. 

Qual o próximo passo na abordagem deste doente?


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Responde e vê as respostas dos teus colegas aqui: https://www.medapprentice.org/course/cc-205

Créditos:

António Bastos (origem da pergunta) + Rita Ribeiro (revisão)

David Alves + Filipa Fonseca Dias (responde)

Pedro Fialho (edição do som)


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Jun 05, 202318:22
Episódio 0081: Rapaz de 10 anos com dor abdominal e esteatorreia.

Episódio 0081: Rapaz de 10 anos com dor abdominal e esteatorreia.

Uma criança do sexo masculino de 10 anos de idade, previamente saudável, é encaminhado para uma consulta hospitalar devido a uma história de 3 meses de evolução de dor abdominal episódica. Durante esse período, apresentou-se mais cansado do que o habitual. Nos últimos 2 meses, teve dejeções de maior volume e que “ficam a flutuar na água”, segundo a mãe. De antecedentes pessoais, apresenta uma tia materna com lúpus eritematoso sistémico. A criança está no percentil 35 para altura e no percentil 7 para o peso. Os sinais vitais estão dentro dos limites da normalidade. O exame objetivo revelou equimoses dispersas em ambos os joelhos, no antebraço direito e na parte superior da região lombar. O abdómen apresenta-se distendido, indolor à palpação superficial, mas ligeiramente doloroso à palpação profunda e sem massas ou organomegalias palpáveis. Os ruídos hidroaéreos intestinais são hiperativos. Os estudos de laboratório mostraram uma hemoglobina de 10,2 g/dL, uma contagem leucocitária de 4500/mm3, uma contagem plaquetária de 243,000/mm3, um VCM de 68 μm3, um tempo de hemorragia de 4 minutos, um PT de 24 s e um aPTT de 45 s.


Qual dos seguintes resultados espera encontrar num estudo laboratorial?


Não fiques só a ouvir, resolve os casos por ti.

Responde e vê as respostas dos teus colegas aqui: https://www.medapprentice.org/course/cc-203

Créditos:

Filipa Fonseca Dias (origem da pergunta) + Pedro Teixeira (revisão)

David Alves + Pedro Filipe Pires + Pedro Teixeira (responde)

Pedro Fialho (edição do som)


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May 25, 202324:34
Episódio 0080: Rapariga de 5 anos com vómitos, dor abdominal difusa, anorexia e odinofagia.

Episódio 0080: Rapariga de 5 anos com vómitos, dor abdominal difusa, anorexia e odinofagia.

Uma criança de 5 anos é trazida ao serviço de urgência de pediatria acompanhada pelo pai por um quadro de vómitos, dor abdominal difusa, perda de apetite e dor de garganta com dor a comer e beber desde há 8 horas. Apresenta também cefaleias de predomínio frontal.  O pai refere que foram jantar fora na noite anterior, mas sem desenvolvimento de quadros  semelhantes na família. 

É uma criança sem doenças de base, tendo tido apenas uma gastroenterite prévia, com vómitos, diarreia e dor abdominal difusa, com início há 15 dias e que durou 1 semana. Refere também que uma colega na escola foi recentemente diagnosticada com escarlatina. Nega tosse, congestão nasal ou alterações urinárias. Desde o início do quadro que não teve qualquer dejeção. 

À observação, apresenta-se com desconforto geral, tendo tido um episódio de vómito aquoso durante o exame objetivo. Os sinais vitais são: Temperatura timpânica de 39 ºC, pulso de 96 bpm e TA de 100/70 mmHg. As mucosas encontram-se coradas e hidratadas. Ao exame abdominal, apresenta ruídos hidroaéreos normais, com dor abdominal difusa à palpação superficial e profunda, mas sem defesa ou dor à descompressão, e sem palpação de massas abdominais. A auscultação cardiopulmonar não apresenta alterações. A orofaringe apresenta-se hiperemiada, com presença de petéquias múltiplas no palato mole. Não se evidencia qualquer exantema ou eritema na pele,  não se palpam adenopatias e não se observam sinais meníngeos.


Qual o próximo passo mais adequado nesta doente?


Não fiques só a ouvir, resolve os casos por ti.

Responde e vê as respostas dos teus colegas aqui: https://www.medapprentice.org/course/cc-194

Créditos:

David Campos (origem da pergunta) + David Alves e Pedro Teixeira (revisão)

David Meireles + David Alves + Filipa Fonseca Dias + Maria Gentil Viegas (responde)

Pedro Fialho (edição do som)


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May 10, 202313:57
Episódio 0079: Rapaz de 14 anos com dor abdominal e diarreia sanguinolenta.

Episódio 0079: Rapaz de 14 anos com dor abdominal e diarreia sanguinolenta.

Um adolescente de 14 anos, recorre ao SU, acompanhado pela mãe por uma diarreia sanguinolenta e dor abdominal tipo cólica com 3 dias de evolução. Tem tido uma média de 5 dejeções diárias por dia de pequena quantidade, de fezes moles de coloração acastanhada acompanhadas de sangue e algum muco. Adicionalmente, por vezes com vontade intensa de evacuar sem posterior dejeção. Tem tido febre (Tmáx axilar 39,5 ºC) que cede parcialmente à medicação antipirética (última toma de paracetamol há 2 horas). Nega outra sintomatologia nomeadamente: náuseas e vómitos, mialgias ou artralgias, sintomas do foro respiratório e cardiovascular. O pai (chefe de cozinha) iniciou diarreia sanguinolenta por volta do mesmo período. Tem antecedentes de bronquiolite aguda por VSR aos 6 e 7 meses e osteomielite a Staphylococcus aureus aos 3 anos . Não tem medicação habitual. Sem antecedentes familiares de relevo. PNV atualizado. Ao exame objetivo: doente consciente, colaborante e orientado no tempo, espaço e pessoa. Eupneico com SatO2 (aa): 100%; TA 130/70 mmHg; FC 80 bpm; T: 37ºC. Mucosas coradas e ligeiramente desidratadas. Auscultação cardiopulmonar sem alterações. Abdómen difusamente doloroso à palpação profunda e sem sinais de Irritação Peritoneal. Toque retal sem patologia hemorroidária ou fissuras, sem exsudados purulentos. Membros inferiores sem edemas. 

Estudo analítico revelou: 

- Hemoglobina 13,6 g/dL; 

- Leucócitos 13.000/mm3 com 87% de neutrófilos; 

- Plaquetas 200.000/mm3; 

- TGO 20 U/L; 

- TGP 20 U/L; 

- Bilirrubina sérica total 0,5 mg/dL; 

- Creatinina 0,8 mg/dL; 

- Na+ 140; K+ 3,6; CL- 99; Mg2+ 1,8; 

Durante a permanência no SU, inicia quadro de tónus seguido de clónus dos membros que resolveu espontaneamente após 1 min, sem necessidade de administração de terapêutica.

Tendo em conta o caso apresentado, qual o agente etiológico mais provável?


Não fiques só a ouvir, resolve os casos por ti.

Responde e vê as respostas dos teus colegas aqui: https://www.medapprentice.org/course/cc-195

Créditos:

António Bastos (origem da pergunta)

David Meireles + David Alves + Pedro Teixeira + Tiago Alves (responde)

Rosarinho Lopes (edição do som)


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Apr 26, 202326:06
Episódio 0078: Mulher de 79 anos com dorsolombalgia e perda de peso.

Episódio 0078: Mulher de 79 anos com dorsolombalgia e perda de peso.

Uma mulher  de 79 anos recorre ao serviço de urgência por dor dorsolombar em agravamento progressivo nos últimos 4 meses, associada a uma perda ponderal de 11kg neste período. Adicionalmente, refere alterações do seu trânsito intestinal (“tenho andado mais presa quando vou à casa de banho” sic) de novo e cansaço para esforços progressivamente menores desde há 3 semanas. A história médica pregressa revela  hipertensão arterial e diabetes mellitus tipo 2. De antecedentes familiares,  destaca-se neoplasia da mama na mãe aos 52 anos e diabetes no pai. Está medicada habitualmente com anti-hipertensor que não sabe especificar e metformina. 

Ao exame objetivo a doente encontra-se em maca, com incapacidade para a marcha por queixas álgicas. Os sinais vitais são: pressão arterial 146/72mmHg, frequência cardíaca  69bpm, SpO2 em ar ambiente 97% e temperatura timpânica 36.5ºC. Apresenta mucosas descoradas. Sem alterações na auscultação cardíaca ou pulmonar. O abdómen apresenta-se timpanizado, mole e depressível, sem rigidez ou defesa. A palpação do processo espinhoso a nível de D12 despoleta dor.

É decidida transferência para internamento, tendo-se realizado vários meios complementares de diagnóstico para estudo do quadro clínico, destacando-se os seguintes resultados:

  • TC-CE com múltiplas lesões líticas na calote craniana.

  • RMN com fratura patológica de D12 em contexto de lesão lítica a condicionar invasão do canal raquidiano e múltiplas lesões líticas pelo esqueleto ósseo, particularmente ao nível dos ossos ilíacos.

  • Mielograma com 43% de plasmócitos.

Tendo em conta o diagnóstico mais provável, que achado se observará na avaliação laboratorial desta doente?


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Responde e vê as respostas dos teus colegas aqui: https://www.medapprentice.org/course/cc-162

Créditos:

Maria Cristina Fialho + Joana Bastos (origem da pergunta)

David Meireles + David Campos + António Bastos (responde)

Pedro Fialho (edição do som)


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Apr 19, 202319:10
Episódio 0077: Homem de 37 anos com edema e dor do membro inferior.

Episódio 0077: Homem de 37 anos com edema e dor do membro inferior.

Um jovem do sexo masculino de 36 anos recorre ao Serviço de Urgência por edema e dor severa no membro inferior direito com 2 horas de evolução. Apresenta antecedentes pessoais de alcoolismo e VIH. Nega história de traumatismo. Quando questionado pelos antecedentes familiares, refere que a sua mãe sofreu um tromboembolismo pulmonar aos 34 anos. Ao exame físico, apresenta a perna direita edemaciada, com dor severa na dorsiflexão do pé ipsilateral. A sua temperatura axilar é 36,8ºC, a FC é 89/min, a FR é 17/min e a TA é 123/74 mmHg. Os estudos laboratoriais mostraram uma Hb de 8 g/dL, uma contagem plaquetária de 86.000/mm3, um PT de 11s, um aPTT de 26s, doseamento de FVIII de 30%, BUN de 39 mg/dL, creatinina de 2,7 mg/dL, bilirrubina total de 3 mg/dL e bilirrubina indireta de 2,8 mg/dL. Foi detetada, também, a presença de produtos de fibrina e esquizócitos. A ecografia do membro inferior direito revelou incompressibilidade da veia poplítea e ausência de fluxo na mesma.

Foi administrado um bolus de 5000 UI de heparina não fracionada intravenosa, seguida de perfusão. Após 6 horas, o aPTT era de 28s, o PT de 15s e o doseamento de FVIII de 36%.

Qual dos seguintes é o diagnóstico mais provável?


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Créditos:

Filipa Fonseca Dias + Pedro Teixeira (origem da pergunta)

Pedro Filipe Pires + Pedro Teixeira (responde)

Rosarinho Lopes (edição do som)


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Apr 12, 202317:29
Episódio 0076: Homem de 67 anos com febre, icterícia e lesão hepática.

Episódio 0076: Homem de 67 anos com febre, icterícia e lesão hepática.

Um homem de 67 anos recorre ao serviço de urgência por febre e icterícia com uma semana de evolução. O quadro teve um início progressivo, com picos febris cada vez mais altos e mais próximos e agravamento da intensidade da icterícia. Associadamente, refere acolia e colúria. No entanto, há vários meses que notou coloração escura das fezes e perda de peso. Como antecedentes há a referir diabetes com mau controlo glicémico por má adesão terapêutica e seguimento médico irregular. 

Ao exame físico, objetivam-se os seguintes sinais vitais: TA 103/64 mmHg, FC 106 bpm, FR 22 cpm, TT 38.9 ºC e dor 8/10, bem como icterícia da pele e mucosas. A auscultação cardíaca é rítmica e sem sopros e a pulmonar revela murmúrio vesicular simétrico e sem ruídos adventícios. A palpação abdominal é dolorosa, particularmente no quadrante superior direito, objetivando-se contratura voluntária. Não se objetivam edemas. 

No SU é realizada uma avaliação analítica, que revela:

  • Hemoglobina 8.7 g/dL

  • Leucócitos 13.5 x 109/L

  • PCR 11.3 mg/dL

  • Ureia 197 mg/dL

  • Creatinina 0.9 mg/dL

  • Bilirrubina total 5.4 mg/dL

  • Bilirrubina direta 4.9 mg/dL

  • FA 203 U/L

  • GGT 311 U/L

  • AST 94 U/L

  • ALT 105 U/L

Ainda no SU, é realizada uma ecografia do abdómen superior, que demonstra uma lesão ovalada hipoecogénica, com conteúdo heterogéneo no interior, com cerca de 4 cm, no lobo direito do fígado. Não se observa litíase biliar e a parede biliar aparenta uma espessura

Pergunta 1: Qual o diagnóstico mais provável?

Pergunta 2: Qual o mecanismo de doença mais provavelmente envolvido?


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Responde e vê as respostas dos teus colegas aqui: https://www.medapprentice.org/course/cc-172

Créditos:

Mariana Duarte Almeida + André Pita (origem da pergunta)

David Alves + David Meireles + David Campos + Beatriz Sá Pereira (responde)

Pedro Fialho (edição do som)


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Apr 05, 202323:16
Episódio 0075: Mulher de 19 anos com lesão renal, febre e sintomas neurológicos.

Episódio 0075: Mulher de 19 anos com lesão renal, febre e sintomas neurológicos.

Uma adolescente de 19 anos, é trazida ao SU pelos pais devido a perda de força no membro inferior esquerdo e discurso incoerente e desorganizado de agravamento progressivo nas últimas horas. Referem que, no dia anterior, apresentava cansaço generalizado e cefaleias. De antecedentes pessoais, destaca-se diagnóstico de LES e um internamento recente por GEA. Os sinais vitais são: temperatura timpânica de 39,2ºC, pressão arterial de 149/93mmHg, frequência cardíaca de 115bpm. saturação periférica de oxigénio de 95% em ar ambiente, com frequência respiratória de 22cpm. Ao exame objetivo, verifica-se que a pele está subictérica e descorada, com diversas lesões puntiformes, avermelhadas e que se mantêm visíveis à digitopressão, localizadas predominantemente nos membros inferiores. Os resultados do estudo analítico revelam: 

  • Hemoglobina: 7,4g/dL

  • Leucócitos: 8 363/mm3

  • Plaquetas: 85 000/mm3

  • Bilirrubina total: 1,7mg/dL

  • Bilirrubina direta: 0,2mg/dL

  • Ureia: 76mg/dL; Creatinina 1,5mg/dL

Qual o tratamento mais adequado para a doente?


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Responde e vê as respostas dos teus colegas aqui: https://www.medapprentice.org/course/cc-189

Créditos:

Hugo Matias + João Sá (origem da pergunta)

David Alves + Pedro Teixeira (responde)

Pedro Fialho (edição do som)


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Apr 02, 202316:01
Episódio 0074: Mulher de 58 anos com agravamento de lombalgia crónica.

Episódio 0074: Mulher de 58 anos com agravamento de lombalgia crónica.

Uma mulher de 58 anos  recorre ao serviço de urgência por agravamento da sua lombalgia crónica, nos últimos 5 dias, após transportar as suas compras para casa. A dor irradia ao longo do membro inferior direito até ao primeiro dedo do pé. Adicionalmente, refere dificuldade na deambulação, principalmente ao subir escadas e dor supra-púbica. Apresenta como antecedentes pessoais: hérnia lombar, com múltiplas vindas ao serviço de urgência, hipertensão arterial, diabetes e doença arterial periférica. A medicação habitual inclui amlodipina, metformina e aspirina. Os sinais vitais são: pressão arterial 131/78 mmHg, pulso 78 batimentos por minuto e temperatura 36,8ºC. Os pulsos periféricos são regulares, rítmicos e palpáveis em todas as extremidades. No exame objetivo destaca-se uma massa dolorosa no hipogastro. Ao exame neurológico destaca-se força muscular grau 2  na dorsiflexão e flexão plantar do membro inferior direito associado a  ausência do reflexo anquiliano e dificuldade em realizar marcha em bico de pés e em calcanhares. Adicionalmente, verifica-se diminuição da sensibilidade na região perineal. A força muscular e sensibilidade encontram-se preservadas nos restantes membros. 

Pergunta 1: Qual dos seguintes é o melhor próximo passo no diagnóstico?
Pergunta 2: Após a realização de uma RMN foram encontradas lesões compressivas no canal medular sugestivas de com lesões metastáticas. Qual o próximo passo mais adequado?


Não fiques só a ouvir, resolve os casos por ti. Responde e vê as respostas dos teus colegas aqui: https://www.medapprentice.org/course/cc-160

Créditos:

João Sá + Pedro Mesquita (origem da pergunta)

David Alves + Pedro Teixeira (responde)

David Alves + Pedro Teixeira (edição do som)


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Mar 23, 202322:51
Episódio 0073: Mulher de 19 anos com corrimento vaginal anómalo.

Episódio 0073: Mulher de 19 anos com corrimento vaginal anómalo.

Uma adolescente de 19 anos recorre à consulta aberta no centro de saúde por corrimento amarelado com cheiro intenso, com 5 dias de evolução. A jovem é sexualmente ativa com 3 parceiros nos últimos 6 meses, admite ter relações sexuais desprotegidas. Quando questionada sobre sintomas adicionais, refere, por vezes, dor durante o coito. Apresenta ciclos menstruais regulares, com duração de 28 dias, e cataménios de 5 dias com hemorragia abundante, usando, em média, 5 a 6 pensos higiénicos por dia.  A menarca foi aos 12 anos e a primeira relação sexual aos 16 anos. Não  tem  antecedentes pessoais de relevo. Na consulta, registam-se: TA de 110/65 mmHg, FC de 70 bpm e apirexia. A doente mede 1,69m e pesa 60kg. Ao exame ginecológico apresenta colo visível na sua totalidade, com saída de corrimento de cor esverdeada com cheiro fétido. É observada uma mucosa eritematosa e com petéquias dispersas.

Pergunta 1: De acordo com a hipótese diagnóstica mais provável, qual a terapêutica a instituir?

Pergunta 2: Aquando da explicação do esquema terapêutico, qual a informação mais adequada a dar à doente?

Não fiques só a ouvir, resolve os casos por ti. Responde e vê as respostas dos teus colegas aqui: https://www.medapprentice.org/course/cc-158


Créditos:

Alice Alves + Martim Urbano + Mariana Almeida (origem da pergunta)

David Alves + David Meireles + Pedro Teixeira (responde)

André Pita (edição do som)


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Mar 15, 202318:16
Episódio 0072: Mulher de de 24 anos com quadro constitutivo e assimetria da TA.

Episódio 0072: Mulher de de 24 anos com quadro constitutivo e assimetria da TA.

Uma jovem caucasiana de 24 anos, filha de mãe asiática e pai grego, recorre à consulta aberta do médico de família por cansaço, mialgias, cefaleias e mal-estar inespecífico com várias semanas de evolução. Preocupa-a também o facto de ter múltiplos episódios de esquecimento e de, no dia anterior, ter tido uma lipotimia que relaciona com uma dor no peito e pescoço. Associadamente, refere que, quando sai de casa em dias de muito frio, os dedos das mãos alternam de cores (branco, azul e vermelho). Havia já recorrido a esta consulta há duas semanas, onde lhe terá sido prescrita duloxetina, sem melhorias significativas do quadro. Sem antecedentes de relevo. Nega relações sexuais desprotegidas. Desconhece doenças cardíacas na família. Ao exame físico, verifica-se: TA no membro superior direito 147/89 mmHg, TA no membro superior esquerdo 117/61 mmHg, FC 76 bpm, TT 37.8ºC, pulso radial do membro superior esquerdo difícil de palpar relativamente ao direito. Não se palpam pulsos nos membros inferiores. Ausculta-se um sopro aórtico, com irradiação para as artérias carótidas. Regista-se, ainda, uma perda ponderal de 4 quilos relativamente à última consulta (há duas semanas). As análises pedidas na consulta anterior revelaram:

  • Hemoglobina 11.6 g/dL
  • Leucócitos 7.6 x109 g/L
  • Creatinina 1.3 mg/dL
  • Ureia 40 mg/dL
  • PCR 6 g/dL
  • VS 60 mm/h

Pergunta 1: Qual dos seguintes é o diagnóstico mais provável?

Pergunta 2: Qual dos seguintes é o exame mais importante a solicitar de seguida?

Não fiques só a ouvir. Resolve os casos por ti. Responde e vê as respostas dos teus colegas aqui: 

Créditos:

  • Mariana Duarte Almeida + Daniel Cazeiro (origem da pergunta)
  • David Meireles + David Alves + Pedro Teixeira (responde)
  • André Pita (edição de som)
Jan 11, 202320:51
Episódio 0071: Rapaz de 5 anos com epistáxis.

Episódio 0071: Rapaz de 5 anos com epistáxis.

Um rapaz de 5 anos é encaminhado às Urgências de um Hospital Central a partir do centro de saúde da sua área de residência, após a 2ª visita pela mesma queixa. Os pais descrevem que desde há 1 semana a criança tem desenvolvido um quadro de “sangue a pingar do nariz” (sic) mas que passa após 1-2 minutos e “pequenos pontinhos na pele” (sic). Mencionam que é uma criança muito ativa, gosta de andar de bicicleta e correr no parque e que joga hóquei em patins na equipa que o pai treina. Têm notado que algumas vezes chega a casa com a roupa com sangue seco e que a criança diz que caiu na escola ou no treino. Referem também que ao lavar os dentes têm notado pequenas hemorragias das gengivas. O menino anda na escola e os pais dizem que os colegas da turma andam “todos ranhosos” (sic) e que notaram que a criança também andou com tosse e corrimento nasal há cerca de 4 semanas. Teve um desenvolvimento adequado até à data, sem antecedentes relevantes, não faz medicação habitual e tem o programa nacional de vacinação atualizado. Trata-se de um menino com muito bom estado geral, pressão arterial de 110/80 mmHg, o pulso é de 89 batimentos por minuto, a frequência respiratória é de 20 ciclos por minuto e temperatura timpânica de 37º C. Ao exame objetivo, destacam-se múltiplas lesões cutâneas dispersas que não branqueiam com a pressão, hematoma do joelho esquerdo, sangue seco nas narinas e lábios e pontos vermelhos no palato mole e bochechas. Não se palpa hepato-esplenomegalia, nem adenopatias. Foram colheitas análises, que se transcrevem:

  • Hemoglobina - 13.2 g/dL
  • Leucócitos - 8000/mm3
  • Neutrófilos - 60%
  • Plaquetas - 22000
  • Teste de Coombs direto - Negativo.
  • Esfregaço de sangue periférico - Sem agregados plaquetários, plaquetas de dimensões normais.

Qual é o próximo passo mais adequado na abordagem desta criança?


Não fiques só a ouvir. Resolve os casos por ti. Responde e vê as respostas dos teus colegas aqui: https://www.medapprentice.org/course/episodio0071

Créditos:

  • André Pita (origem da pergunta e explicação)
  • Pedro Teixeira + David Meireles (responde)
  • André Pita (edição de som)


Sep 06, 202218:33
Episódio 0070: Rapariga de 16 anos com cefaleias holocranianas.
Aug 09, 202209:21
Episódio 0069: Mulher de 48 anos com uma cefaleia holocraniana de início súbito.
Jul 05, 202215:07
Episódio 0068: Rapaz de 5 anos com quadro de vómitos e diarreia.

Episódio 0068: Rapaz de 5 anos com quadro de vómitos e diarreia.

Um menino de 5 anos é trazido pela mãe ao serviço de urgência por quadro de vómitos e diarreia com início na véspera. A mãe relata ter presenciado quatro episódios de vómitos, alimentares juntamente com cinco dejeções diarreicas aquosas e abundantes. Refere também que o menino começou a comer menos e que, hoje de manhã, queixou-se de uma dor abdominal difusa. O menino tem antecedentes pessoais de asma e rinite alérgica, estando medicado com fluticasona inalada diariamente, salbutamol inalado em períodos de crise, desloratadina oral e mometasona nasal quando tem sintomas mais incomodativos de rinite. Tem tido crescimento e desenvolvimento a evoluir no percentil 50 para a idade e o programa nacional de vacinação encontra-se atualizado. A mãe conta que há cerca de quatro dias notou a presença de edema peri-orbitário bilateral mais evidente após acordar, tendo atribuído o mesmo “ao início da época dos pólens”, pelo que decidiu iniciar terapêutica da rinite alérgica. Os sinais vitais são temperatura axilar 36,2ºC, frequência respiratória 20/min, frequência cardíaca 125/min e pressão arterial  92/52 mm Hg. O tempo de reperfusão capilar é de 3 segundos e o peso avaliado na triagem encontra-se no percentil 85 para a idade. Ao exame físico apresenta lábios secos e um edema facial de predomínio peri-orbitário. O exame do abdómen evidencia um desconforto generalizado à palpação. Os membros inferiores apresentam Godet ++ no terço inferior de ambas as pernas, sem sinais inflamatórios associados e o restante exame físico, incluindo a auscultação cardíaca e pulmonar, encontra-se dentro dos parâmetros de normalidade. É requisitada a realização de uma tira-teste urinária que revela: 

  • pH 6.0
  • Densidade >1030
  • Sangue 1+
  • Proteínas 4+
  • Leucócitos -
  • Nitritos -

Tendo em conta o quadro apresentado, qual será o diagnóstico mais provável?

Qual é a complicação mais expectável no caso apresentado?

Quais as medidas preventivas a instituir na gestão desta criança?

Não fiques só a ouvir. Resolve os casos por ti. Responde e vê as respostas dos teus colegas aqui: introduzir link do caso no site https://www.medapprentice.org/course/episodio0068

Créditos:

  • Manuela Lopes e David Meireles (origem da pergunta)
  • Daniel Cazeiro (responde)
  • André Pita (edição de som)


Jun 28, 202239:15
Episódio 0067: Mulher de 59 anos com náuseas, vómitos e vertigem.
Jun 21, 202214:44
Episódio 0066: Mulher de 73 anos com dispneia para esforços progressivamente menores.

Episódio 0066: Mulher de 73 anos com dispneia para esforços progressivamente menores.

Uma doente de 73 anos, autónoma para as atividades da vida diária, com antecedentes de hipertensão arterial, dislipidémia, insuficiência cardíaca e osteoporose, recorreu ao serviço de urgência por dispneia para esforços progressivamente menores com cerca de duas semanas de evolução. Associadamente, referia tosse produtiva com uma semana de duração, que associava a “andar engripada” (sic). Negava febre ou dor torácica.

Ao exame objetivo, apresentava-se com bom estado geral; hemodinamicamente estável, com pressão arterial 123/72 mmHg e frequência cardíaca 78 bpm; dispneica em repouso, com saturação periférica de 89% e com presença de crepitações bibasais na auscultação pulmonar, sem assimetrias do murmúrio vesicular. A auscultação cardíaca era normal.

A doente foi internada e iniciou terapêutica diurética e oxigenoterapia. Durante a noite, ao levantar-se da maca, sofreu uma queda da própria altura, com consequente fratura da epífise proximal do fémur. Após avaliação por Ortopedia, optou-se por realização de cirurgia, que decorreu sem intercorrências.

Ao 3º dia de pós-operatório, a doente desenvolve um quadro de agravamento súbito da dispneia e dor torácica com características pleuríticas. À observação, está taquicárdica (102 bpm), normotensa (112/70mmHg) e taquipneica (26 cpm). A auscultação cardíaca e pulmonar é sobreponível à admissão.

É realizada gasimetria arterial, que revela os seguintes achados:

  • pH 7,51
  • pCO2 27,0 mmHg
  • pO2 64,3 mmHg
  • HCO3- 26,0 mmol/L
  • Na+ 136 mmol/L
  • K+ 4,2 mmol/L
  • Cl 105 mmol/L
  • Ca2+ 0.9 mmol/L (VR 1.1-1.3 mmol/L)
  • Lactatos 1 mmol/L

É ainda realizado o seguinte eletrocardiograma (ver anexo no site).

Qual é o diagnóstico mais provável?

Não fiques só a ouvir. Resolve os casos por ti. Responde e vê as respostas dos teus colegas aqui: https://www.medapprentice.org/course/episodio0066

Créditos:

  • Daniel Henriques + Daniel Cazeiro (origem da pergunta)
  • Mariana Almeida + André Pita (responde)
  • André Pita (edição de som)
Jun 14, 202218:23
Episódio 0065: Mulher de 86 anos com prostração e hipotensão com 1 dia de evolução.

Episódio 0065: Mulher de 86 anos com prostração e hipotensão com 1 dia de evolução.

Uma mulher de 86 anos, totalmente dependente nas atividades de vida diária e portadora crónica de sonda nasogástrica, é trazida ao serviço de urgência, pelos bombeiros, por prostração e hipotensão com 1 dia de evolução. A doente esteve neste local há 5 dias, no qual lhe foi diagnosticada uma infeção respiratória, tendo tido alta medicada com amoxicilina 500 mg 8/8h durante 7 dias. A doente tem antecedentes de demência diagnosticada há 5 anos, 2 AVC nos últimos 10 anos e fratura vertebral de L2 no contexto de osteoporose há 15 anos. 

À admissão no serviço de urgência, a doente encontra-se apenas reativa à dor e com os seguintes sinais vitais: TA 82/55 mmHg, FC 97 bpm, SpO2 92%, TT 38.4ºC, com incapacidade de avaliar a dor por ausência de resposta verbal. A observação revela uma doente emagrecida, anquilosada, com mucosas descoradas e desidratadas, escleras anictéricas e com extremidades frias. A auscultação cardíaca e pulmonar revela escassos roncos dispersos por ambos os campos pulmonares. O abdómen apresenta-se distendido, timpanizado, mas depressível, com aparente desconforto à palpação. Não se observam edemas periféricos. A fralda apresenta dejeções pastosas com muco e cheiro fétido, tendo sido realizada colheita de fezes para análise de glutamato desidrogenase (GDH) de Clostridioides difficile, que se revela positiva. 

É realizada a seguinte avaliação analítica: 

  • Hemoglobina 10.1 mg/dL
  • Leucócitos 15.167x109/L
  • PCR 19.07 mg/dL
  • Ureia 168 mq/dL
  • Creatinina 1.6 mg/dL
  • Sódio 149 mEq/L
  • Potássio 3.1 mEq/L

A radiografia do abdómen revela diâmetro cólico máximo de 4 cm.

No serviço de urgência, é iniciada oxigenoterapia com O2 a 2 L/min via óculos nasais e fluidoterapia com soro polieletrolítico e cloreto de potássio, sendo a doente posteriormente internada em quarto individual sob medidas de isolamento entérico, após estabilização.

Pergunta 1: Qual dos seguintes é o próximo passo mais adequado na gestão desta doente?

Pergunta 2: A pesquisa de toxina A/B revelou-se positiva. Assumindo que se trata de um primeiro episódio de colite pseudomembranosa, qual das seguintes hipóteses constitui o tratamento mais adequado à situação clínica descrita?

Não fiques só a ouvir. Resolve os casos por ti. Responde e vê as respostas dos teus colegas aqui: https://www.medapprentice.org/course/episodio0065

Créditos:

  • Mariana Almeida + Daniel Cazeiro (origem da pergunta)
  • Daniel Henriques + André Pita (responde)
  • André Pita (edição de som)
Jun 07, 202220:42
Episódio 0064: Mulher de 48 anos com febre e agitação.
Apr 05, 202226:13
Episódio 0063: Um recém-nascido com 36h de vida do sexo feminino está a ser examinado no berçário. Qual a manobra do exame objetivo a realizar antes da alta que, provavelmente, se encontra alterada?

Episódio 0063: Um recém-nascido com 36h de vida do sexo feminino está a ser examinado no berçário. Qual a manobra do exame objetivo a realizar antes da alta que, provavelmente, se encontra alterada?

Um recém-nascido com 36h de vida do sexo feminino está a ser examinado no berçário. Nasceu de uma gravidez de 36s+1d, não vigiada. A mãe é G3P2A1, (1 parto de termo distócico por fórceps há 9 anos; 1 aborto espontâneo com IG 7S há 6 anos). Nega antecedentes pessoais e familiares relevantes.

O parto foi de termo, eutócico, sem intercorrências de relevo. O bebé nasceu com um índice de Apgar 9/10/10 com 1900g (P3-10). Na observação da sala de partos não se verificaram malformações aparentes, destacando apenas um rash purpúrico punctiforme nos membros. Sem necessidade de reanimação. O recém nascido eliminou mecónio e urina nas primeiras 8h de vida. Está em aleitamento materno exclusivo desde o nascimento, com bom reflexo de sucção e deglutição. Já recebeu a primeira dose da vacina para VHB. A enfermeira menciona que o recém nascido chumbou no rastreio auditivo.

No exame objetivo, realizado às 36h de vida, regista-se: “Peso 1780g (-120g / 6% relativamente ao PN, P3-10); Comprimento 44cm (P10-50); Perímetro Cefálico 33cm (P10-50). RN corado, hidratado. Com lesões punctiformes e papulares eritematosas e purpúricas nos membros e tronco. Clavículas sem crepitações. Auscultação cardíaca: S1 e S2 presentes e normofonéticos, sopro contínuo III/VI, mais audível no bordo esquerdo do esterno. Auscultação pulmonar: sem alterações. Abdómen mole, sem massas ou organomegálias palpáveis. Genitais femininos sem alterações. Coluna alinhada, sem fosseta sagrada. Membros sem deformações. Bilicheck 5mg/dL. Glicemias normais às 2h, 4h e 6h de vida.

Na avaliação analítica realizada às 12h de vida tinha:

  • Hb 14g/dL
  • Leucócitos 15 000 /L
  • Plaquetas 200 000/L
  • PCR  

Qual a manobra do exame objetivo a realizar antes da alta que, provavelmente, se encontra alterada?


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Créditos:

  • Madalena Correia + João Nuno Soares (origem da pergunta)
  • David Meireles (responde)
  • Madalena Correia (explica)
  • Francisco Pinheiro (edição de som)
Mar 29, 202211:04
Episódio 0062: Uma rapariga de 27 anos vem ao serviço de urgência com dor em repouso no pé direito.

Episódio 0062: Uma rapariga de 27 anos vem ao serviço de urgência com dor em repouso no pé direito.

Uma rapariga de 27 anos vem ao serviço de urgência com dor em repouso no pé direito. Diz que tem cerca de quatro horas de evolução e que começou com um formigueiro que melhorava quando a perna estava pendente. Refere episódios semelhantes de dor na barriga das pernas após a caminhada para o escritório. Não tem antecedentes de relevo, nem faz medicação para além de contracetivos orais combinados. Tem uma carga tabágica de 34 UMA. No exame objetivo encontramos um pé direito cianótico que não agrava com a elevação, frio e sem pulso pedioso. Tem soluções de continuidade nas pontas dos dedos. Consegue fazer a flexão e a extensão do pé. A perna esquerda tem pulso pedioso e tibial posterior filiformes e indurações dispersas dolorosas e com sinais inflamatórios. Quando questionada sobre estas lesões, a doente refere que estas lesões já tinham aparecido nos membros superiores, mas já tinham resolvido. O ECG revela ritmo sinusal, sem alterações da curva ou dos intervalos. Dos métodos complementares de diagnóstico realizados, destacam-se:

» Hemoglobina: 12g/dL

» Leucócitos: 11x10^9/L

» PCR: 10g/dL

» Velocidade de sedimentação: 20mm/h

» Creatinina: 0,5mg/dL

» Ureia: 7mg/dL

Qual das seguintes hipóteses é o mais provável ser encontrado nesta doente?

Qual das seguintes hipóteses é o mecanismo mais provável desta doença?

Qual é o próximo passo mais adequado no diagnóstico desta doente?

Qual é o passo mais adequado para tratar os sintomas crónicos desta doente?

Não fiques só a ouvir. Resolve os casos por ti. Responde e vê as respostas dos teus colegas aqui: https://www.medapprentice.org/course/episodio0062

Créditos:

  • David Meireles (origem da pergunta e explica)
  • Madalena Correia (responde)
  • Pedro Mesquita (responde)
  • André Pita (edição de som)
Mar 22, 202222:54
Episódio 0061: Um homem 84 anos, utente de uma unidade de cuidados continuados, é trazido à urgência por abdómen volumoso.

Episódio 0061: Um homem 84 anos, utente de uma unidade de cuidados continuados, é trazido à urgência por abdómen volumoso.

Um homem de 84 anos, utente de uma unidade de cuidados continuados, é trazido à urgência por abdómen volumoso. Trata-se de um doente acamado, totalmente dependente para as atividades da vida diária.

Traz consigo informação do lar, onde são descritos antecedentes de hipertensão arterial, acidente vascular cerebral há cerca de 2 anos com hemiparésia esquerda sequelar e prótese total do joelho bilateral. Trata-se de um doente com hábitos tabágicos pesados, 40 UMA, e ingestão de dois copos de vinho à refeição até há 2 anos, altura em que foi admitido na Unidade de Cuidados Continuados.

Ao observar o doente no leito, encontra um doente vigil, mas não orientado, com adejo nasal e contração dos músculos acessórios do pescoço. Apresenta TA 98/52 mmHg, FC 87bpm e FR de 28 cpm. À auscultação pulmonar destacam-se crepitações nas bases pulmonares. O abdómen encontra-se distendido, maciço à percussão, com sinal da onda ascítica positivo. Ao fazer pressão na região do hipocôndrio direito durante alguns segundos é observada distensão mantida da veia jugular direita.

O estudo analítico revelou:

  • Hb 13.4 g/dL
  • VGM 91.2 fL
  • HGM 30.6
  • Na 129 mmol/L
  • K 4.4 mmol/L
  • Cl 105 mmol/L
  • AST 58 U/L
  • ALT 61 U/L
  • Bilirrubina Total 1.88 mg/dL
  • Bilirrubina Indireta 1.54 mg/dL
  • Bilirrubina Direta 0.34 mg/dL
  • Ur 104 mg/dL
  • Cr 1.55 mg/dL


Opta-se por realizar drenagem terapêutica do líquido ascítico, com colheita para estudo.

Tendo em conta o diagnóstico mais provável, que outro achado seria compatível com o quadro apresentado?


Não fiques só a ouvir. Resolve os casos por ti. Responde e vê as respostas dos teus colegas aqui: https://www.medapprentice.org/course/episodio0061

Créditos:

  • Bernardo Cavadas (origem da pergunta)
  • Martim Urbano  (origem da pergunta)
  • Daniel Cazeiro (responde)
  • David Meireles (responde)
  • André Pita (edição de som)
  • Francisco Pinheiro (edição de som)
Mar 15, 202217:40
Episódio 0060: Um homem de 24 anos é trazido à noite pelo INEM ao SU após sofrer 2 facadas no peito 30 minutos antes. Qual será o melhor próximo passo?

Episódio 0060: Um homem de 24 anos é trazido à noite pelo INEM ao SU após sofrer 2 facadas no peito 30 minutos antes. Qual será o melhor próximo passo?

Um homem de 24 anos é trazido à noite pelo INEM ao SU após sofrer 2 facada no peito 30 minutos antes. O doente foi abordado por ladrões à saída de uma discoteca e resistiu ao assalto. À entrada do SU, o doente está consciente, mas agitado e combativo. Ele responde às questões com um hálito a álcool dizendo que quer que o deixem sozinho e tenta afastar com os braços o enfermeiro que lhe mede os sinais vitais. A sua tensão arterial é 80/70 mmHg, o pulso é 110 e as respirações 20/minuto. A auscultação pulmonar revela ausência de murmúrio vesicular à esquerda. Ele tem 2 lesões de facada no hemitórax esquerdo, uma imediatamente acima e outra imediatamente abaixo do mamilo, sem movimento de ar através das lesões. A lesão de baixo ainda apresenta a faca empalada na lesão. Existe crepitação à palpação da pele do hemitórax esquerdo. As veias do pescoço parecem estar distendidas. A traqueia está na linha média. A auscultação cardíaca é difícil de ouvir mas parece ser regular sem sopros. O abdómen é mole, não distendido e sem dor à palpação. O doente é virado e não apresenta lesões nas costas.

É iniciada oxigenoterapia por máscara de alto débito. São colocados 2 catéteres EV (um em cada braço), colhido sangue para tipagem e administrado lactato de ringer em bolus enquanto se aguarda por unidades de sangue.

O técnico de raio x e ecografia estão a caminho da sala.

Qual é o próximo passo na abordagem deste doente?

Não fiques só a ouvir. Resolve os casos por ti. Responde e vê as respostas dos teus colegas aqui: https://www.medapprentice.org/course/episodio0060

Créditos:

  • João Nuno Soares (origem da pergunta)
  • Professor Dr Henrique Alexandrino  (responde)
  • Gil Cunha (explica)
  • Francisco Pinheiro (edição de som)
Mar 08, 202228:55
Episódio 0059: Um homem de 25 anos recorre ao serviço de urgência com queixas de cansaço e dispneia em esforço, com agravamento progressivo desde há 4 dias.

Episódio 0059: Um homem de 25 anos recorre ao serviço de urgência com queixas de cansaço e dispneia em esforço, com agravamento progressivo desde há 4 dias.

Um homem de 25 anos recorre ao serviço de urgência com queixas de cansaço e dispneia em esforço, com agravamento progressivo desde há 4 dias. Refere que há 2 semanas atrás se sentiu doente, com queixas de rinorreia, febre e mialgias. Ele diz: . Nega dispneia em repouso, dispneia noturna, tosse ou toracalgia. Ele não tem antecedentes patológicos de relevo e não faz nenhuma medicação habitual. Fuma 4 cigarros por dia, desde há 3 anos. Não consome bebidas alcoólicas. Os sinais vitais são temperatura 36,6ºC, frequência respiratória 23/min, frequência cardíaca 97/min e pressão arterial de 123/72 mmHg; SpO2 90% (ar ambiente). Ele tem 173 cm de altura e pesa 60 kg; IMC 20 kg/m2. Ao exame físico, o doente apresenta-se polipneico. A pressão venosa jugular está normal. A auscultação cardíaca revela tons cardíacos rítmicos e taquicárdicos. Não se auscultam sopros. A auscultação pulmonar revela crepitações nos terços inferiores de ambos os campos pulmonares. O exame abdominal está dentro da normalidade. O exame dos membros inferiores revela edema godet 2+ bilateral até ao joelho. O eletrocardiograma revela taquicardia sinusal e inversão difusa das ondas T. O raio-X do tórax revela alargamento da silhueta cardíaca e apagamento bilateral dos seios costofrénicos.

Os resultados dos estudos analíticos revelam:

Soro

  • Creatinina 0,9 mg/dL
  • Sódio 136 mEq/L
  • Potássio 4,2 mEq/L
  • Proteína C reativa 14 mg/L

Sangue

  • Hemoglobina 14 g/dL
  • Leucócitos 14 000/mm3
  • Neutrófilos, segmentados 80%
  • Linfócitos 10%
  • Plaquetas 200 000 x10^9 / L
  • Troponina 4 ng/mL
  • Velocidade de sedimentação eritrocitária 20 mm / 1ªhora

Qual a hipótese diagnóstica mais provável?

Não fiques só a ouvir. Resolve os casos por ti. Responde e vê as respostas dos teus colegas aqui: https://www.medapprentice.org/course/episodio0059

Créditos:

  • João Cravo (origem da pergunta)
  • Diogo Carvalho (responde)
  • André Pita (edição de som)
  • Francisco Pinheiro (edição de som)
Mar 01, 202219:41
Episódio 0058: Um homem de 52 anos recorre à consulta por disfunção erétil há 1 ano.

Episódio 0058: Um homem de 52 anos recorre à consulta por disfunção erétil há 1 ano.

Um homem de 52 anos recorre à consulta por disfunção erétil há 1 ano. Refere dificuldade em manter a ereção e que o quadro tem vindo a agravar, sendo que desde há 2 meses que não consegue ter qualquer tipo de ereção, inclusivamente noturnas. Ele é casado e diz ter problemas matrimoniais com agravamento recente devido a esta situação. Apresenta-se triste e choroso pois pensa que o divórcio estará próximo. Ele trabalha como segurança noturno de um parque de estacionamento e leva uma vida predominantemente sedentária. De antecedentes pessoais tem diabetes mellitus tipo 2, dislipidémia e dor crónica na região da nádega e coxa, principalmente quando exerce esforços. A sua medicação habitual é metformina e sinvastatina. Como hábitos, refere que fuma 2 maços de tabaco por dia desde os seus 22 anos e que bebe socialmente quando não está de serviço. Os seus sinais vitais são TA 138/75 mmHg e frequência cardíaca de 85bpm. O IMC é de 34 Kg/m2. A auscultação cardio-pulmonar não revela alterações. Não tem alterações da sensibilidade nem da força dos membros inferiores.

Qual dos seguintes passos é o mais apropriado para este doente?

Não fiques só a ouvir. Resolve os casos por ti. Responde e vê as respostas dos teus colegas aqui: https://www.medapprentice.org/course/episodio0058

Créditos:

  • Bernardo Cavadas (origem da pergunta)
  • Martim Urbano  (origem da pergunta)
  • Daniel Cazeiro (responde)
  • David Meireles (responde)
  • Francisco Pinheiro (edição de som)
Feb 23, 202211:15
Episódio 0057: Um doente de 74 anos é admitido no Serviço de Urgência por um quadro de dor torácica, dispneia e náuseas com 1 hora de evolução.
Feb 15, 202213:10
Episódio 0056: Um rapaz de 7 anos é trazido pela mãe à consulta de MGF por apresentar “manchas na pele” desde há cinco dias.
Feb 08, 202215:36
Episódio 0055: Uma mulher de 39 anos vem ao consultório médico por dúvidas na segurança da amamentação do seu filho de 6 semanas.

Episódio 0055: Uma mulher de 39 anos vem ao consultório médico por dúvidas na segurança da amamentação do seu filho de 6 semanas.

Descrição:

Uma mulher de 39 anos vem ao consultório médico por dúvidas na segurança da amamentação do seu filho de 6 semanas. Está preocupada com os seus antecedentes pessoais e com a sua medicação habitual. A puérpera tem antecedentes de depressão major, mantendo a medicação  com fluoxetina de forma contínua desde há 2 anos. Refere que consumiu canabinóides e cocaína no passado, negando consumos toxifílicos nos últimos 6 anos. Fumava cerca de 20 cigarros/dia, tendo reduzido para 5 cigarros/dia desde o início da gravidez. A gravidez foi bem vigiada, as serologias infecciosas do último trimestre (VDRL, Ac. anti VIH-1 e VIH-2 e AgHBs) foram negativas e a puérpera não apresentava imunidade contra a toxoplasmose. O lactente nasceu às 38 semanas com 3,500 kg, 50 cm de comprimento, 35 cm de perímetro cefálico e índice de Apgar de 9 e 10 ao 1º e 5º minutos, respetivamente. Amamentou pela primeira vez na primeira hora de vida e manteve aleitamento materno exclusivo até ao momento. O lactente realizou fototerapia por icterícia ao 2.º dia de vida, com boa resposta, tendo tido alta da maternidade às 36 horas pós-parto. O lactente encontra-se anictérico, com boa vitalidade, estando o exame físico dentro dos parâmetros de normalidade. Peso 4,700kg.

Qual das seguintes alternativas constitui a afirmação mais adequada para transmitir à puérpera?

Não fiques só a ouvir. Resolve os casos por ti. Responde e vê as respostas dos teus colegas aqui: https://www.medapprentice.org/course/episodio0055

Créditos:

  • Joana Bastos (origem da pergunta)
  • Inês Amaral (responde)
  • Patrícia Amaral (responde)
  • Francisco Pinheiro (edição de som)
Feb 04, 202222:56
Episódio 0054: Um homem de 43 anos, é trazido ao Serviço de Urgência após ter sido encontrado prostrado, num banco de jardim.

Episódio 0054: Um homem de 43 anos, é trazido ao Serviço de Urgência após ter sido encontrado prostrado, num banco de jardim.

Um homem de 43 anos, é trazido ao Serviço de Urgência  após ter sido encontrado prostrado, num banco de jardim. Foi trazido por um agente da autoridade que o reconhece como pessoa em situação de sem-abrigo e que o terá visto no seu estado habitual ontem.

À observação, tem pressão arterial de 85/43 mmHg, frequência cardíaca de 116 bpm,  TT 39,3ºC, frequência respiratória de 28 cpm e saturação de oxigénio em ar ambiente de 88%.

Encontra-se prostrado emitindo apenas sons incompreensíveis. Tem uma aparência emagrecida, mucosas  descoradas e desidratadas, TRC >3s e extremidades quentes ao toque.

A pele apresenta lesões punctiformes palpáveis que não desaparecem à digitopressão nos membros inferiores, pápulas eritematosas na face palmar das mãos e polpa dos dedos e hemorragias subungueais. São visíveis escoriações punctiformes e lesões cicatriciais na região da prega do sangradouro de ambos os braços.

À auscultação cardíaca, destaca-se com sopro holossistólico III/VI mais audível no bordo esquerdo do esterno médio-inferior, que aumenta com a inspiração. Auscultação pulmonar e exame abdominal sem alterações.

No exame neurológico pupilas isocóricas e isoreativas, GCS 10 e ausência de sinais meníngeos. Tónus e reflexos osteotendinosos mantidos nos 4 membros e simétricos.

É feita gasometria no SU, em ar ambiente: pH 7.2, pO2 60 mmHg, pCO2 22 mmHg, HCO3 16 mmol/L, sódio 136 mmol/L, potássio 4 mmol/L, Cl 98 mmol/L, lactatos 4 mmol/L.

Abaixo encontra-se a radiografia de tórax realizada no serviço de urgência.

Qual o mecanismo que explica a hipoxemia do doente?


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Créditos:

  • Madalena Correia (origem da pergunta)
  • Pedro Mesquita (responde)
  • Francisco Pinheiro (edição de som)
Jan 25, 202207:53
Episódio 0053: Uma jovem de 16 anos recorre à consulta de ginecologia, pedindo a interrupção da gravidez.
Jan 19, 202214:56
Episódio 0052: Uma mulher de 49 anos é trazida ao serviço de urgência pelo marido por quadro de febre, fadiga e perda de apetite com cerca de 1 mês de evolução.

Episódio 0052: Uma mulher de 49 anos é trazida ao serviço de urgência pelo marido por quadro de febre, fadiga e perda de apetite com cerca de 1 mês de evolução.

Descrição:

Uma mulher de 49 anos é trazida ao serviço de urgência pelo marido por quadro de febre, fadiga e perda de apetite com cerca de 1 mês de evolução. Refere também ter notado uma perda ponderal de cerca de 3,6 kg e queixa-se de uma tosse seca e incomodativa que dura já há 2 meses, sem alívio após a toma de antitússico. Emigrou das Filipinas há cerca de 7 semanas, onde foi diagnosticada com diabetes mellitus tipo I há cerca de 15 anos. Relativamente aos antecedentes familiares, apresenta história materna de LES. Não apresenta hábitos tabágicos ou alcoólicos. Como medicação habitual refere a toma diária de insulina do tipo glargina, no entanto alerta para alguns esquecimentos nos últimos meses. Tem 1,65m e pesa 49 kg (IMC de 18 kg/m2). Ao exame físico, a mulher apresenta-se letárgica, com temperatura axilar de 38.1°C, frequência cardíaca de 58/min, frequência respiratória de 14/min e pressão arterial de 90/60 mm Hg. À auscultação pulmonar detetam-se roncos predominantes no lobo superior direito e a auscultação cardíaca é rítmica, com sopro II/VI sistólico, mais audível no foco aórtico. À palpação abdominal existe um desconforto abdominal generalizado, sem sinais de irritação peritoneal. No exame neurológico sumário destaca-se apenas uma diminuição da sensibilidade ao toque e vibração em ambas as extremidades inferiores. Realizou um estudo analítico que revelou:

SORO:

  • Na+ 122 mEq/L
  • Cl- 100 mEq/L
  • K+ 5.8 mEq/L
  • Glicémia 172 mg/dL
  • Ureia 30 mg/dL
  • Creatinina 0.9 mg/dL
  • Albumina 2.8 g/dL

Foi realizada uma TC abdominal com contraste que mostrou um aumento bilateral das glândulas supra-renais.

  • Qual a causa mais provável para o quadro que a doente apresenta?
  • Qual dos seguintes achados poderá encontrar com maior probabilidade ao exame físico completo?
  • Qual o próximo passo mais importante na gestão desta doente?

Não fiques só a ouvir. Resolve os casos por ti. Responde e vê as respostas dos teus colegas aqui: https://www.medapprentice.org/course/cc52

Créditos:

  • Manuela Lopes (origem da pergunta)
  • David Meireles (origem da pergunta)
  • João Nuno Soares (responde)
  • Francisco Pinheiro (edição de som)
Jan 11, 202231:15
Episódio Live IG sobre IFG - Recap

Episódio Live IG sobre IFG - Recap

Gravação da live no Instagram do dia 8 de Dezembro sobre o Internato de Formação Geral. 

Hosts:

  • André Pita
  • Bernardo Cavadas
  • David Meireles
Dec 14, 202101:15:44
Episódio 0051: Uma mulher de 46 anos vem à sua consulta aberta em Janeiro por ataques de tosse seca recorrentes. Qual das seguintes hipóteses é o mecanismo mais provável desta doença? E outras per

Episódio 0051: Uma mulher de 46 anos vem à sua consulta aberta em Janeiro por ataques de tosse seca recorrentes. Qual das seguintes hipóteses é o mecanismo mais provável desta doença? E outras per

Nov 16, 202119:48
Episódio 0050: Primípara recorre ao serviço de urgência por quadro de náuseas e vómitos com várias semanas de evolução.

Episódio 0050: Primípara recorre ao serviço de urgência por quadro de náuseas e vómitos com várias semanas de evolução.

Uma mulher de 23 anos, G1P0, é trazida ao serviço de urgência por náuseas e vómitos com 4 semanas de evolução. As náuseas persistem ao longo do dia e impedem-na de comer refeições maiores, sendo acompanhadas de 4-5 episódios diários de vómitos. Desde o início dos sintomas, apresentou uma perda de peso de 5 kg. O esposo que a acompanha refere que esta realizou um teste de gravidez em casa, há 6 semanas, que foi positivo, mas que ainda não iniciou seguimento no médico assistente. Não toma medicação cronicamente. Os seus sinais vitais são: temperatura timpânica de 37 ° C, pulso de 112 bpm, frequência respiratória de 22 cpm e pressão arterial de 100/64 mmHg. Mede 164 cm de altura e pesa 55 kg; IMC de 20 kg/m2. A doente encontra-se prostrada e apenas orientada na pessoa. Ao exame objetivo identifica-se diminuição do turgor cutâneo, membranas mucosas secas, hipersalivação e extremidades frias, com tempo de preenchimento capilar de 3 segundos. Verifica-se a presença de descoordenação motora e paralisia bilateral do olhar lateral. A tira-teste urinária revela corpos cetónicos ++.

Qual das seguintes hipóteses melhor representa as alterações laboratoriais expectáveis nesta doente?

-- // --

Qual dos seguintes achados adicionais é mais provável de se encontrar nesta doente?

-- // --

Esta doente beneficiaria de suplementação com que micronutriente?

-- // --

Caso não seja tratada, quais são as potenciais complicações para o feto?

Não fiques só a ouvir. Resolve os casos por ti. Responde e vê as respostas dos teus colegas aqui: https://www.medapprentice.org/course/cc-50

Créditos:

  • André Pita (origem da pergunta)
  • David Meireles (origem da pergunta)
  • Mariana Pais (responde)
  • Francisco Pinheiro (edição de som)
Nov 09, 202115:17
Episódio 0049: Uma mulher de 34 anos, marketeer, recorre a uma unidade de saúde familiar ao fim da tarde por queixas de cefaleia.

Episódio 0049: Uma mulher de 34 anos, marketeer, recorre a uma unidade de saúde familiar ao fim da tarde por queixas de cefaleia.

Uma mulher de 34 anos, marketeer, recorre a uma unidade de saúde familiar ao fim da tarde por queixas de cefaleia. Informa que estava no trabalho quando iniciou mais uma das suas “crises de dor de cabeça”. A dor localiza-se em toda a  região frontal, início a seguir ao almoço, tendo agravado em intensidade ao longo da tarde.

A doente apresenta entre 1 a 2 episódios semanais de cefaleia, que descreve: “Parece que me estão a apertar a cabeça. Por vezes apetece-me sair mais cedo do trabalho e ir para casa. Estou farta. Uma caminhada ao final da tarde ajuda um pouco, mas não chega.”. Quando questionada sobre sintomas acompanhantes diz sentir náuseas ligeiras.  Nega vómitos, alterações da visão ou alterações da audição.

O único antecedente pessoal de relevo é um episódio de depressão há 5 anos atrás, com boa resposta à Fluoxetina, que suspendeu 6 meses depois.

Apresenta os seguintes sinais vitais: TA 117/79 mmHg, FC 92bpm, Sat 99%, Tº36,5ºC. As últimas análises de rotina, realizadas há 6 meses, encontravam-se dentro dos parâmetros da normalidade.

Ao exame físico, apresenta-se consciente e orientada, com exame neurológico sumário sem alterações. A palpação dos músculos pericranianos temporal e masseter desperta dor na doente.

Qual o próximo passo mais adequado na gestão deste doente?

Não fiques só a ouvir. Resolve os casos por ti. Responde e vê as respostas dos teus colegas aqui: https://www.medapprentice.org/course/cc-49

Créditos:

  • Daniel Cazeiro + Martim Urbano (origem da pergunta e explicação)
  • Bernardo Cavadas e David Meireles (respondem)
  • Francisco Pinheiro (edição de som)
Nov 02, 202116:10
Episódio 0048 : Um doente recorre ao serviço de urgência por dor intensa no joelho esquerdo. Qual é o próximo passo mais adequado?

Episódio 0048 : Um doente recorre ao serviço de urgência por dor intensa no joelho esquerdo. Qual é o próximo passo mais adequado?

Um doente do sexo masculino, 53 anos de idade, recorre ao serviço de urgência por dor intensa no joelho esquerdo com início há 8 horas. Ele descreve a dor como insuportável, em queimadura, e que o despertou do sono. Desde então, refere incapacidade de locomoção. Nega trauma. Há cerca de 10 meses, o doente teve um episódio semelhante no 1º dedo do pé direito, com dor intensa e edema, que melhorou após tratamento com indometacina. Tem antecedentes pessoais de hipertensão arterial, diabetes tipo 2, psoríase e dislipidémia. Está medicado com betametasona tópica, metformina, glipizida, losartan e sinvastatina. Há 2 semanas, iniciou hidroclorotiazida para otimização do controlo da pressão arterial. O doente consome 1 cerveja por dia. Tem um IMC de 38.1 kg/m². Ao exame objetivo, apresenta uma temperatura timpânica de 38.4ºC. A observação da pele revela múltiplas placas eritemato-descamativas nos cotovelos e couro cabeludo. O joelho esquerdo encontra-se ruborizado e edemaciado. A palpação e a mobilização passiva despertam dor.

Qual dos seguintes é o próximo passo mais adequado?


Para esclarecimento diagnóstico, é realizada uma artrocentese.

Qual dos seguintes achados é o mais expectável no exame do líquido sinovial?


O doente foi internado por uma crise de gota, tratada com terapêutica anti-inflamatória. 2 semanas após a alta, o doente foi reavaliado em consulta. Foi proposta realização de terapêutica com alopurinol.

Qual a medida mais eficaz para prevenção de novas crises de gota neste doente?


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Créditos:

  • Daniel Cazeiro + Martim Urbano + Amboss (origem da pergunta e explicação)
  • Bernardo Cavadas + David Meireles (responde)
  • Francisco Pinheiro (edição de som)
Oct 26, 202120:03
Episódio 0047: Um homem de 62 anos recorre ao Serviço de Urgência com dor aguda na perna direita com início há 3 horas. Este doente está em risco de desenvolver qual das seguintes complicações?

Episódio 0047: Um homem de 62 anos recorre ao Serviço de Urgência com dor aguda na perna direita com início há 3 horas. Este doente está em risco de desenvolver qual das seguintes complicações?

Um homem de 62 anos recorre ao Serviço de Urgência com dor aguda na perna direita com início há 3 horas. Ele nega qualquer tipo de trauma e diz que é a primeira vez que sente esta dor. Como antecedentes pessoais, tem história de hipertensão arterial e AVC isquémico há 10 anos e na altura foi diagnosticada Fibrilhação Auricular como provável causa. Foi medicado com varfarina mas interrompeu a medicação há 3 semanas por motivos financeiros. É também um ex-fumador de 60UMA, mas abandonou os hábitos tabágicos após o AVC. De momento está apenas medicado com enalapril e metoprolol. Os sinais vitais são temperatura de 36.5ºC, TA de 115/80mmHg e FC de 85bpm. Na auscultação cardiopulmonar, destaca-se ritmo cardíaco irregular mas não se auscultam sopros. O exame abdominal é inocente. Tem pulsos femorais palpáveis bilateralmente. O pulso poplíteo e pedial esquerdo estão presentes mas estão ausentes à direita. Não há evidência de doença venosa crónica. A perna e pé direito está pálida e frio ao toque. Mantém no entanto a sensibilidade e mobilidade em ambos os pés. A palpação de ambos os membros não é dolorosa nem tem empastamento. O doente inicia heparina e realiza angiograma. Após discussão com a equipa médica, opta-se por embolectomia emergente e é internado para vigilância. No dia seguinte, queixa-se de dor de novo na perna direita. À palpação, a perna encontra-se edemaciada e tensa com os pulsos palpáveis. Além disso, refere perda da sensibilidade no pé, mais concretamente entre o hálux e no 2º dedo do pé direito.

Este doente está em risco de desenvolver qual das seguintes complicações?


Não fiques só a ouvir. Resolve os casos por ti. Responde e vê as respostas dos teus colegas aqui: https://www.medapprentice.org/course/cc-47

Créditos:

  • Bernardo Cavadas (origem da pergunta)
  • David Meireles  (origem da pergunta)
  • Daniel Cazeiro e Martim Urbano (responde)
  • Francisco Pinheiro (edição de som)
Oct 19, 202115:09
Episódio 0046: Uma equipa de emergência extra-hospitalar é convocada para socorrer uma mulher inconsciente na via pública.
Oct 12, 202116:51