EPISÓDIO #6 - Ricardo de Moura

JOGOS PARALÍMPICOS: CÓDIGOS DO ESPORTE E DA VIDA

Começam os Jogos Paralímpicos. Tóquio, de 24 de agosto a 5 de setembro.

Segundo o Relatório Mundial Sobre a Deficiência (Governo do Estado de São Paulo), “mais de um bilhão de pessoas em todo o mundo convivem com alguma forma de deficiência, dentre os quais cerca de 200 milhões experimentam dificuldades funcionais consideráveis”.

Só esse dado já seria suficiente para decifrar o código de utilizar o esporte como força de inclusão, reabilitação, sociabilização, inspiração, esperança e visibilidade.

Código que começou a ser decifrado por Ludwig Guttmann – neurologista alemão, quando em 28 de julho de 1948 organizou o primeiro evento esportivo para vítimas da Segunda Guerra, que se repetiu anualmente até 1952, quando os jogos se tornaram internacionais.

Até 1964 era utilizado o termo “Paraolimpíadas”, formado pela contração de “paraplegia” e “olimpíadas”. Após os Jogos Parapan-Americanos de Guadalajara, em 2011, o Comitê Paraolímpico Internacional determinou que todos os comitês nacionais padronizassem o termo “Jogos Paralímpicos”, assemelhando-se ao termo original em inglês “Paralympics”.

Para colocar um padrão de equilíbrio na disputa das modalidades, devido às diferenças entre os vários graus de deficiência, existem alguns códigos e procedimentos.

Para incluir de forma mais eficiente as pessoas com deficiência nas atividades desportivas, é utilizado um sistema de classificação funcional dos esportes paraolímpicos.

O programa de competição dos Jogos Paralímpicos contempla 22 modalidades. Em Tóquio, Badmington e Taekwondo vão substituir Futebol de 7 e Vela.

Cada uma das modalidades tem seu próprio sistema de classificação. Caso um atleta participe de mais de uma modalidade, ele será submetido a dois sistemas diferentes de classificação.

Segundo observação da Profa. Livia Prates, especialista em Natação Paralímpica, para decifrar o código da classificação, a avaliação é feita por uma equipe de três profissionais da área da saúde: funcional – médico ou fisioterapeuta e técnico - professor de Educação Física. É realizada em duas etapas e os protocolos aplicados variam com o tipo de deficiência e o comprometimento de cada atleta.

Para os deficientes físicos é realizada em duas etapas, dependendo do nível e da patologia do atleta. Para os deficientes visuais é feito um protocolo pelo oftalmologista onde a classe vai depender da acuidade visual.

Os deficientes intelectuais realizam um protocolo de teste de QI aplicado por um Psicólogo ou Psiquiatra.

Quanto menor o número de pontos obtidos pelo atleta, menor será a categoria em que ele será classificado.

Outros códigos utilizados, por exemplo, são nos esportes, nas provas e nas classificações pelo comprometimento do atleta.

Por exemplo, na natação essas classificações começam com a letra S de Swimming.

Provas: S (nado livre, costas e borboleta); SM (nado medley); SB (nado peito).

Já a classificação por comprometimento vai de S1 a S10 (fisico), S11 a S13 (visual) e S14 (intelectual).

Códigos que auxiliam o esporte.

Já os Códigos da Vida, cada participante vai desvendando o seu próprio.

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