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Antropólis

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By Antropólis Podcast

Antropólis é um podcast especializado em debates sobre estudos contemporâneos em antropologia, desenvolvido por uma equipe de pessoas vinculadas ao Programa de Pós graduação em Antropologia da Universidade Federal de Pelotas. Trata-se de um projeto de extensão filiado ao Laboratório de Ensino, Pesquisa e Produção em Antropologia da Imagem e do Som (Leppais)

Equipe:
Guilhermo Aderaldo, Francisco Neto, Claudia Turra Magni, Ediane Oliveira, Kamila Ruiz e Victor Mora


Contato: antropolispodcast@gmail.com
Available on
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#13 Autoetnografia, engajamentos e experiências sensoriais: uma conversa com Fabiene Gama

AntropólisMar 16, 2021

00:00
01:26:31
#29 Narrativas de Pesquisa - Com Marco Aurélio Paz Tella

#29 Narrativas de Pesquisa - Com Marco Aurélio Paz Tella

Sobre a série: Na série "Narrativas de Pesquisa", convidamos um ou uma pesquisador ou pesquisadora da antropologia ou de outras áreas a nos enviar uma reflexão curta, na qual sejam tratados alguns desafios teórico-metodológicos e subjetivos relacionados ao processo de construção da pesquisa. Com base, então, nesse material, montamos o episódio. Como pesquisar temas com os quais nos identificamos pessoalmente? E quando não simpatizamos com o tema que pesquisamos? Como construir as condições necessárias para a análise? Afinal, como nos posicionamos no campo? E de que forma é possível pesquisar lugares ou fenômenos quando a própria presença do pesquisador ou da pesquisadora é normalmente lida como uma ameaça, como no caso de prisões, redes de criminalidade, entre outros? E quando o nosso objeto é a internet? Como pesquisar? Essas são algumas das questões que nós vamos tratar nos episódios que vão compor essa série. Nosso objetivo é que essas narrativas de pesquisa possam auxiliar professores, professoras, assim como pesquisadores e pesquisadoras, tanto em cursos de metodologia, quanto nas próprias pesquisas, além, é claro, do público geral, que simplesmente tem interesse pelos temas que vamos discutir aqui.

Sobre o episódio: Neste episódio, nós ouvimos as narrativas de pesquisa do professor Marco Aurélio Paz Tella, que é antropólogo e docente da Universidade Federal da Paraíba (UFPB). No relato que o professor Marco nos enviou, ele reconstituiu algumas cenas do seu percurso de pesquisas sobre a cultura Hip-Hop, primeiramente em São Paulo e, num segundo momento, na Paraíba. Marco também nos fala sobre a importância da sua atuação profissional numa conhecida ONG paulistana, além de desenvolver uma reflexão muito instigante sobre os desafios implicados na adaptação de uma perspectiva etnográfica construída para abordar fenômenos socioculturais em grandes metrópoles, a uma perspectiva que tem como foco central, o acompanhamento de fenômenos urbanos situados em cidades de pequena escala.


Links importantes:


Rede Kere-Kere: https://radiokerekere.wordpress.com/


Podcast Mundaréu: https://mundareu.labjor.unicamp.br/




Sep 05, 202331:38
#28 Etnografando o "mundo funk" carioca: uma conversa com Mylene Mizrahi

#28 Etnografando o "mundo funk" carioca: uma conversa com Mylene Mizrahi

Neste vigésimo oitavo episódio do Antropólis, conversamos com a antropóloga e professora da PUC-Rio, Drª. Mylene Mizrahi, que é doutora em Antropologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), com doutorado-sanduíche na University College London, onde contou com a supervisão do antropólogo Daniel Miller. Especialista na discussão sobre cultura material e estéticas dos mundos populares, Mylene nos falou a respeito de sua trajetória e das questões teóricas e políticas envolvidas em suas investigações, especialmente sobre o universo funk carioca. Nossa convidada é autora de diversos artigos e obras sobre a referida temática, com destaque para os livros:“A estética funk carioca: criação e conectividade em Mr. Catra" e "Figurino Funk: roupa, corpo e dança em um baile carioca", ambos publicados pela editora 7Letras. Créditos: Roteirização, narração e edição: Guilhermo Aderaldo Edição: Victor Moura Artes: Kamila Ruiz Entrevistadores: Guilhermo Aderaldo e Claudia Turra Magni Áudios externos utilizados "Uma mamada de manhã" - Mr. Catra: https://www.youtube.com/watch?v=6uZjzRzJarg Reportagem Documento Especial - "Os pobres vão à praia": https://www.youtube.com/watch?v=5lGzSEVIoM4&t=13s Músicas MC Nathan ZK e MC DR - Diga Não Ao Racismo (Áudio Oficial) DJ GM: https://www.youtube.com/watch?v=3hLyhdrM7eU LOVEZINHO - Treyce, Kevinhooficial, TainaCosta : https://www.youtube.com/watch?v=OiSH7-di_b4
May 03, 202301:32:23
O que você encontra aqui

O que você encontra aqui

Mar 14, 202300:42
#27 Narrativas de Pesquisa - Com Guillermo Stefano Rosa Gómez

#27 Narrativas de Pesquisa - Com Guillermo Stefano Rosa Gómez

Sobre a série: Na série "Narrativas de Pesquisa", convidamos um ou uma pesquisador ou pesquisadora da antropologia ou de outras áreas a nos enviar uma reflexão curta, na qual sejam tratados alguns desafios teórico-metodológicos e subjetivos relacionados ao processo de construção da pesquisa. Com base, então, nesse material, montamos o episódio. Como pesquisar temas com os quais nos identificamos pessoalmente? E quando não simpatizamos com o tema que pesquisamos? Como construir as condições necessárias para a análise? Afinal, como nos posicionamos no campo? E de que forma é possível pesquisar lugares ou fenômenos quando a própria presença do pesquisador ou da pesquisadora é normalmente lida como uma ameaça, como no caso de prisões, redes de criminalidade, entre outros? E quando o nosso objeto é a internet? Como pesquisar? Essas são algumas das questões que nós vamos tratar nos episódios que vão compor essa série. Nosso objetivo é que essas narrativas de pesquisa possam auxiliar professores, professoras, assim como pesquisadores e pesquisadoras, tanto em cursos de metodologia, quanto nas próprias pesquisas, além, é claro, do público geral, que simplesmente tem interesse pelos temas que vamos discutir aqui. 

Sobre o episódio: neste episódio, ouvimos os relatos de pesquisa de Guillermo Stefano Gómez, que recém concluiu uma tese de doutorado na UFRGS, sob a orientação do professr Dr. Ruben George Oliven, na qual examina etnograficamente as formas e os sentidos do trabalho e da experiência socioespacial entre motoristas de aplicativo nas cidades de Porto Alegre e Atlanta, nos EUA. No relato de Guillermo, ele comenta cuidadosamente como enfrentou com rigor analítico desafios complexos envolvidos numa pesquisa multissituada e multiposicionada. Aprendemos com o nosso convidado, uma série de estratégias de como lidar com a questão das escalas, como utilizar estrategicamente recursos audiovisuais numa proposta de antropologia colaborativa, além da importância de estabelecer uma recusa do nacionalismo metodológico, principalmente no caso de pesquisas etnográficas construídas na escala do que George Marcus chama de “sistema-mundo”. E isso é só uma pequena parte das coisas que o riquíssimo material generosamente compartilhado por Guillermo nos leva a refletir. Quer saber mais? Então escute agora as narrativa de pesquisa de Guillermo Stefano Rosa Gómez Créditos: Roteiro, narração e edição: Guilhermo Aderaldo Edição, pós-produção: Victor Mora Artes: Kamila Ruiz Redes (Instagram e Facebook): @antropolispodcast  E-mail: antropolispodcast@gmail.com


Links importantes, relacionados ao trabalho de Guillermo Gómez

Dissertação de mestrado:
Gómez, Guillermo Stefano Rosa. Etnografia da Crise e da Duração Ferroviária em Pelotas: Um estudo antropológico de memória coletiva. 238 f. Dissertação (Mestrado) - Curso de Antropologia Social, IFCH, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2018. Disponível em: 
https://lume.ufrgs.br/handle/10183/179424


Tese doutorado:

Gómez, Guillermo Stefano Rosa.  Etnografia dos valores do trabalho e do dinheiro entre motoristas de aplicativo em Porto Alegre (Brasil) e Atlanta (EUA). 251 f. Tese (Doutorado) – Curso de Antropologia Social IFCH, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2022. Disponível em: http://hdl.handle.net/10183/255685 


Revista Fotocronografias - Dossiê O Trabalho das Imagens:

Gómez, G. S. R. ., Rodrigues, F., Dantas, L. M. S. ., & Rocha, M. (2023). O Trabalho das Imagens: Apresentação. Fotocronografias, 6(13), 6–15. Recuperado de https://seer.ufrgs.br/index.php/fotocronografias/article/view/130811

Mar 12, 202326:25
#26 Narrativas de Pesquisa - Com José Luis Abalos Júnior

#26 Narrativas de Pesquisa - Com José Luis Abalos Júnior

Sobre a série: Na série "Narrativas de Pesquisa", convidamos um ou uma pesquisador ou pesquisadora da antropologia ou de outras áreas a nos enviar uma reflexão curta, na qual sejam tratados alguns desafios teórico-metodológicos e subjetivos relacionados ao processo de construção da pesquisa. Com base, então, nesse material, montamos o episódio. Como pesquisar temas com os quais nos identificamos pessoalmente? E quando não simpatizamos com o tema que pesquisamos? Como construir as condições necessárias para a análise? Afinal, como nos posicionamos no campo? E de que forma é possível pesquisar lugares ou fenômenos quando a própria presença do pesquisador ou da pesquisadora é normalmente lida como uma ameaça, como no caso de prisões, redes de criminalidade, entre outros? E quando o nosso objeto é a internet? Como pesquisar? Essas são algumas das questões que nós vamos tratar nos episódios que vão compor essa série. Nosso objetivo é que essas narrativas de pesquisa possam auxiliar professores, professoras, assim como pesquisadores e pesquisadoras, tanto em cursos de metodologia, quanto nas próprias pesquisas, além, é claro, do público geral, que simplesmente tem interesse pelos temas que vamos discutir aqui.


Sobre o episódio: Neste vigésimo sexto episódio (primeiro de nossa quarta temporada), quem nos conta as suas narrativas de pesquisa é o professor e pesquisador José Luis Abalos Júnior, que é doutor em Antropologia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul e que vem, de um longo tempo trabalhando com pesquisas que se situam na interface entre os estudos de práticas culturais juvenis, as análises de grandes processos de transformação urbana e as tensões vinculadas à construção de políticas públicas relacionadas a esses universos. E no episódio, ele retoma momentos de sua trajetória, desde o TCC até o doutorado, com o objetivo de pontuar desafios metodológicos com os quais teve que topar, como os limites da investigação militante, o contraste entre o tempo dos prazos acadêmicos e a temporalidade da pesquisa, a complexidade de construir uma unidade analítica em contextos marcados pela sobreposição de muitas escalas espaço-temporais, entre outras questões muito instigantes. Sem mais delongas, fiquem agora então, com as narrativas de pesquisa de José Luis Abalos Júnior.


Link para a Tese de doutorado intitulada "As políticas da criatividade : graffiti, street art e desenvolvimento urbano-cultural no Brasil e em Portugal":  
https://lume.ufrgs.br/handle/10183/219884


Equipe técnica:

Roteiro, narração e edição: Guilhermo Aderaldo

Artes de capa: Kamila Ruiz

Feb 10, 202333:16
#25 Cidade(s), juventudes e cidadania performativa: entrevista com Ricardo Campos
Dec 14, 202201:18:33
#24 Narrativas de Pesquisa - Com Daniela Manica

#24 Narrativas de Pesquisa - Com Daniela Manica

Sobre a série: Na série "Narrativas de Pesquisa", convidamos um ou uma pesquisador ou pesquisadora da antropologia ou de outras áreas a nos enviar uma reflexão curta, na qual sejam tratados alguns desafios teórico-metodológicos e subjetivos relacionados ao processo de construção da pesquisa. Com base, então, nesse material, montamos o episódio. Como pesquisar temas com os quais nos identificamos pessoalmente? E quando não simpatizamos com o tema que pesquisamos? Como construir as condições necessárias para a análise? Afinal, como nos posicionamos no campo? E de que forma é possível pesquisar lugares ou fenômenos quando a própria presença do pesquisador ou da pesquisadora é normalmente lida como uma ameaça, como no caso de prisões, redes de criminalidade, entre outros? E quando o nosso objeto é a internet? Como pesquisar? Essas são algumas das questões que nós vamos tratar nos episódios que vão compor essa série. Nosso objetivo é que essas narrativas de pesquisa possam auxiliar professores, professoras, assim como pesquisadores e pesquisadoras, tanto em cursos de metodologia, quanto nas próprias pesquisas, além, é claro, do público geral, que simplesmente tem interesse pelos temas que vamos discutir aqui.

Sobre o episódio: Neste episódio, nós ouvimos as narrativas de pesquisa da professora Daniela Manica, que é antropóloga e pesquisadora do Laboratório de Estudos Avançados em Jornalismo (Labjor), da Unicamp. No relato, Daniela tece uma reflexão extremamente instigante sobre a relação que ela estabeleceu com suas interlocutoras em campo, sendo que, no caso dela, o campo foi um laboratório de pesquisas na área da biologia celular. Mas o tema central, que nossa convidada escolheu para tratar, foi o desafio de compartilhar a autoria de um artigo científico com as próprias interlocutoras, mesclando duas formas muito diferentes de produção científica e construção textual. No caso, as ciências biológicas e a antropologia. Ao refletir sobre os desdobramentos dessa experiência e, mais especificamente, sobre as dificuldades de emplacar um texto interdisciplinar nas revistas científicas mais prestigiadas, ela revela muitos aspectos importantes a respeito das relações de poder subjacentes ao campo acadêmico e científico contemporâneo. 


A seguir, deixamos links, de outros podcasts que contaram com a participação de Daniela. Alguns, mencionados em seu relato:

Mundaréu - Episódio 10 - Uma antropóloga na sala de cultura:  https://open.spotify.com/episode/26C2ayJDnxSUrryCG2wRUZ 

Oxigênio podcast - Estranha célula das entranhas: https://www.oxigenio.comciencia.br/oxidoc-estranha-celula-das-entranhas/

Urbanidades Podcast - Episódio 76 - Divulgação científica em diferentes mídias e linguagens: https://open.spotify.com/episode/7rRBhtrwy7E10ih3G9VloK


*Agradecimentos especiais ao Mundaréu podcast, de onde recortamos um pequeno trecho do episódio 10 (Uma antropóloga na sala de cultura)


Créditos

Apresentação e edição: Guilhermo Aderaldo

Arte de capa: Kamila Ruiz

Redes Sociais: Victor Mora

Oct 20, 202226:29
#23 Memórias – Marc Henri Piault (1933-2020)

#23 Memórias – Marc Henri Piault (1933-2020)

Na série “Memórias”, buscamos elaborar episódios voltados à reflexão, tanto do legado de pesquisadores e pesquisadoras que deixaram marcas importantes na história do pensamento antropológico brasileiro e internacional, quanto sobre instituições, textos, filmes ou eventos que marcaram época na história da antropologia e/ou das Ciências Sociais, em geral.

Este primeiro episódio da série é inteiramente dedicado à trajetória e ao legado do antropólogo e cineasta francês Marc Henri Piault (1933-2020). Por meio de depoimentos de Adriane Rodolpho, Carmen Rial, Claudia Turra Magni, e Emílio Domingos, que tiveram o privilégio de serem orientados por ele durante seus percursos acadêmicos, buscamos trazer à tona aspectos menos visíveis do percurso intelectual e da personalidade deste autor/realizador. De sua formação universitária, passando pelos filmes e pesquisas que realizou na Nigéria e no interior da França, até a atuação como mentor nas mais importantes instituições de ensino de sua terra natal, da Itália e do Brasil, onde viveu por duas décadas, o episódio explora diversas facetas desta personalidade que contribuiu de forma decisiva para uma virada imagética no campo da Antropologia. Discípulo de Jean Rouch, Piault o sucedeu na presidência do mais importante festival internacional de filmes etnográficos da França, e sua perspicácia analítica trouxe reflexões incontornáveis acerca das relações entre Antropologia e Cinema, numa abordagem crítica sobre colonialismo, crença, violência, identidade, patrimônio e religião. Com esse episódio, esperamos contribuir para manter acesa a sua paixão pela arte de ensinar e revelar sentidos ocultos de pensamentos e impressões impregnados nas imagens.

Créditos

Roteiro: Cláudia Turra Magni e Guilhermo Aderaldo

Locução e vinhetas: Guilhermo Aderaldo e Ediane Oliveira

Edição: Guilhermo Aderaldo

Artes: Kamila Ruiz

Inserção sonora:Trecho do filme “A palavra que me leva além: estórias do Hip Hop carioca” (Direção: Luisa Pitanga / Emílio Domingos / Bianca Brandão; 2000)

Imagem de capa: fotografia de José Inácio Parente

*Em memória de Marc Henri Piault e Patrícia Monte-Mor

Jul 26, 202239:59
#22 Narrativas de Pesquisa - Com Alexandre Barbosa Pereira

#22 Narrativas de Pesquisa - Com Alexandre Barbosa Pereira

Sobre a série: Na série "Narrativas de Pesquisa", convidamos um ou uma pesquisador ou pesquisadora da antropologia ou de outras áreas a nos enviar uma reflexão curta, na qual sejam tratados alguns desafios teórico-metodológicos e subjetivos relacionados ao processo de construção da pesquisa. Com base, então, nesse material, montamos o episódio. Como pesquisar temas com os quais nos identificamos pessoalmente? E quando não simpatizamos com o tema que pesquisamos? Como construir as condições necessárias para a análise? Afinal, como nos posicionamos no campo? E de que forma é possível pesquisar lugares ou fenômenos quando a própria presença do pesquisador ou da pesquisadora é normalmente lida como uma ameaça, como no caso de prisões, redes de criminalidade, entre outros? E quando o nosso objeto é a internet? Como pesquisar? Essas são algumas das questões que nós vamos tratar nos episódios que vão compor essa série. Nosso objetivo é que essas narrativas de pesquisa possam auxiliar professores, professoras, assim como pesquisadores e pesquisadoras, tanto em cursos de metodologia, quanto nas próprias pesquisas, além, é claro, do público geral, que simplesmente tem interesse pelos temas que vamos discutir aqui.

Sobre o episódio: Neste episódio (vigésimo segundo do podcast), nosso convidado é o pesquisador e professor da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) Alexandre Barbosa Pereira, que é doutor em Antropologia pela Universidade de São Paulo e autor dos livros: 1) "A maior zoeira" na escola: Experiências juvenis na periferia de São Paulo (Ed.Unifesp, 2015) e 2) Um rolê pela cidade de riscos - Leituras da pixação em São Paulo (Edufscar, 2021), além de uma série de artigos, que podem ser consultados no seguinte link:  https://scholar.google.com.br/citations?user=mz7-H4gAAAAJ&hl=pt-BR

Na reflexão enviada por Alexandre para o episódio, nosso convidado toma como base dois artigos, ainda em vias de serem publicados, nos quais revisa aspectos da sua trajetória de pesquisas entre juventudes periféricas de São Paulo, para discutir a importância de atentarmos para a interferência das fases da vida, assim como dos diferentes marcadores sociais da parte de quem pesquisa, no processo de interlocução durante o campo.

Ele também tece alguns importantes comentários a respeito dos desafios relacionados à produção de pesquisas sobre práticas culturais juvenis. Como entrar em campo? Como estabelecer confiança? E quando precisamos adentrar em instituições como as escolas? Como fazer?

Por fim, somos direcionados a uma reflexão densa e cuidadosa a respeito do desafio de lidar com as questões de gênero, sobretudo, quando trabalhamos com grupos predominantemente masculinos. E a pergunta que guia essa parte da reflexão é: E onde estão as meninas?

Link do episódio "Cidade de Riscos: Juventudes e Urbanização Necropolítica", vinculado à Websérie "Em Movimento", com Alexandre Barbosa Pereira: https://www.youtube.com/watch?v=SVF97VltFPM

Créditos: Trecho musical: FBC - MEUS AMIGO PIXADOR

Guilhermo Aderaldo: Apresentação e edição

Kamila Ruiz: Arte

Jun 17, 202229:41
#21 Antropologia, deslocamentos e escrita criativa: uma conversa com Derek Pardue

#21 Antropologia, deslocamentos e escrita criativa: uma conversa com Derek Pardue

Sejam todos/as bem vindos/as ao Antropólis. Nosso convidado neste vigésimo primeiro episódio é o professor Derek Pardue, que é antropólogo e etnomusicólogo, além de professor do Departamento de Estudos Globais da Aarhus University, na Dinamarca, com importante histórico de pesquisas e publicações no campo dos estudos sobre migrações e juventudes urbanas. Derek também é um viajante inveterado, tendo vivido e trabalhado em países como Estados Unidos, Brasil, Portugal, Cabo Verde e, mais recentemente, Dinamarca, onde vive e trabalha. Em seu atual projeto, nosso convidado tem se dedicado a uma aposta na escrita criativa como método de expansão da imaginação antropológica. Quer saber mais? Então, fica aqui com a gente.


Créditos - trecho musical: H da Amadora feat Djagas - Saudadi nha ghetto 

Informações:

Derek oferecerá, em julho de 2022, uma oficina de escrita criativa no Cebrap, em São Paulo. Interessados podem consultar o site da instituição, no seguinte link: https://cursos.cebrap.org.br/cursos/workshop-escrita-criativa/ 


Referência de ensaio de Derek Pardue sobre o Alabama: 

Pardue, Derek (2021). Alabama. In Fieldwork Stories, eds. Ida Fadzillah and William Leggett. Lexington Press, pp. 55-65.


Página com publicações de Derek Pardue: 

https://au.academia.edu/DerekPardue



Jun 07, 202201:16:12
#20 Narrativas de Pesquisa - Com Leonardo Ostronoff

#20 Narrativas de Pesquisa - Com Leonardo Ostronoff

Sobre a série: Na série "Narrativas de Pesquisa", convidamos um ou uma pesquisador ou pesquisadora da antropologia ou de outras áreas a nos enviar uma reflexão curta, na qual sejam tratados alguns desafios teórico-metodológicos e subjetivos relacionados ao processo de construção da pesquisa. Com base, então, nesse material, montamos o episódio. Como pesquisar temas com os quais nos identificamos pessoalmente? E quando não simpatizamos com o tema que pesquisamos? Como construir as condições necessárias para a análise? Afinal, como nos posicionamos no campo? E de que forma é possível pesquisar lugares ou fenômenos quando a própria presença do pesquisador ou da pesquisadora é normalmente lida como uma ameaça, como no caso de prisões, redes de criminalidade, entre outros? E quando o nosso objeto é a internet? Como pesquisar?
Essas são algumas das questões que nós vamos tratar nos episódios que vão compor essa série. Nosso objetivo é que essas narrativas de pesquisa possam auxiliar professores, professoras, assim como pesquisadores e pesquisadoras, tanto em cursos de metodologia, quanto nas próprias pesquisas, além, é claro, do público geral, que simplesmente tem interesse pelos temas que vamos discutir aqui.

Sobre o episódio: Nesse episódio de inauguração da série (vigésimo do podcast) o nosso convidado é o pesquisador e professor Leonardo José Ostronoff, que é doutor em sociologia pela Universidade de São Paulo e, recentemente, publicou o livro “Não existe almoço grátis” (2021, Ed. Brazil Publishing), que é resultado de um pós-doutorado recém concluído no próprio departamento de sociologia da USP, com financiamento da Fapesp. Na reflexão que mandou para a gente, Leonardo conta um pouco de como nasceu a pesquisa que deu lugar ao livro e sobre como uma pesquisa que tinha como tema inicial os sistemas de vigilância do setor supermercadista, pouco a pouco, foi se tornando uma pesquisa sobre formas muito mais capilarizadas de controle e punição, envolvendo roubo de cargas, operações policiais e políticas de gestão urbana, no campo da segurança pública.
No relato, Leonardo reflete mais especificamente sobre a complexidade dos insights que surgem na pesquisa e sobre as várias tensões por trás da decisão de seguir ou não intuições que chegam a partir de pequenos fragmentos que nos aparecem no campo, como uma fala solta numa entrevista, um documento, entre outros fatores. Com ele, também aprendemos mais sobre algumas estratégias metodológicas para poder pesquisar em espaços onde pesquisadores não são exatamente presenças desejadas.

Créditos:
Trecho musical: MC Marechal: É a Guerra Neguin
Reportagem: Operação Dínamo Cargas - Agência AFP Português - Link:
www.youtube.com/watch?v=7eSijotY8Xg

Sobre o livro "Não existe almoço grátis": https://aeditora.com.br/produto/nao-existe-almoco-gratis/#:~:text=O%20livro%20oferece%20ao%20leitor,caracter%C3%ADsticas%20marcantes%20da%20sociedade%20brasileira.

Guilhermo Aderaldo: Apresentação e edição
Kamila Ruiz: Arte
Apr 29, 202224:42
#19 Fronteiras, Ativismos e (I)mobilidades: Perspectivas Estético-Políticas

#19 Fronteiras, Ativismos e (I)mobilidades: Perspectivas Estético-Políticas

Neste décimo nono episódio (primeiro da terceira temporada) do podcast, discutimos a proposta e os conteúdos relativos ao dossiê “Fronteiras, Ativismos e (i)mobilidades: Perspectivas Estético-Políticas”, recém publicado na revista Cadernos de Arte e Antropologia. Da conversa, participaram os/as três organizadores/as do referido dossiê: Guilhermo Aderaldo, pesquisador e professor do Programa de Pós-graduação em Antropologia da Universidade Federal de Pelotas (Ppgant/Ufpel), Fernanda da Costa Portugal Duarte, professora do Departamento de Comunicação da North Carolina State University (NCSU) e Bianca Freire-Medeiros, professora do Departamento de Sociologia da Universidade de São Paulo (USP). Afinal, o que significa tomar as mobilidades não simplesmente como objeto, mas como uma grade analítica voltada à observação dos mais diversos fenômenos sociais? Qual a relação entre mobilidades e protocolos estéticos e políticos contemporâneos? Quais processos e experiências incentivaram a produção deste dossiê? E qual seu conteúdo? Em torno de quais questões as colaborações publicadas nesta seleção de artigos podem ser articuladas?

Para acessar o dossiê completo, consultar: https://journals.openedition.org/cadernosaa/

Outras referências mencionadas no episódio:

O olhar do turista 3.0: https://issuu.com/edicoessescsp/docs/olhar-turista-trecho

Antropologia das Mobilidades: http://www.aba.abant.org.br/files/072934_00130591.pdf

Núcleo de pesquisa Mobilidades, Teorias, Temas e Métodos (MTTM):  https://www.facebook.com/mobilidades.mttm

Página Urbandata Brasil:  https://urbandatabrasil.fflch.usp.br/

Equipe técnica responsável:

Apresentação, roteiro e edição: Guilhermo Aderaldo

Artes: Guilhermo Aderaldo e Gabriela Lamas

Vinheta: Ediane Oliveira

Trechos musicais:

En la Frontera de México - Tito Guízar

The New Swing Sextet - Mira Mamá

* Deixamos um agradecimento especial aos/às colegas ligados ao Podcast Urbanidades, que também indicamos a todos/as que se interessam por temas urbanos. Para consultar os episódios, ver: http://urbanidades.podcloud.site/

Apr 20, 202201:06:31
#18 Periferias, Universidade e Produções Culturais: um papo com Érica Peçanha do Nascimento

#18 Periferias, Universidade e Produções Culturais: um papo com Érica Peçanha do Nascimento

Neste episódio, conversamos com Érica Peçanha do Nascimento. Doutora em Antropologia Social pela Universidade de São Paulo, com uma extensa e reconhecida trajetória de pesquisas sobre a cena das produções culturais periféricas na cidade de São Paulo. Nesta conversa, falamos sobre as pesquisas que Érica vem produzindo no decorrer de seu percurso acadêmico e político e também sobre sua experiência como supervisora do projeto Democracia, Artes e Saberes Plurais, iniciativa inovadora desenvolvida pelo Instituto de Estudos Avançados da USP e que tem como foco a ampliação das formas de acesso, interlocução e permanência dos/das estudantes e pesquisadores/as orindos/as de contextos periféricos na USP.

Algumas das publicações e projetos mencionadas/os no episódio seguem abaixo:

Narrativas Periféricas: Entre Pontes, Conexões e Saberes Plurais (E-book): http://www.iea.usp.br/publicacoes/ebooks/narrativas-perifericas 

Livro Vozes Marginais na Literatura: https://issuu.com/tramas.urbanas/docs/vozes_marginais_na_literatura

Artigo “Não há mais chance de não querer seguir este caminho”: grafias de uma geração de jovens na universidade pública: https://www.seer.ufal.br/index.php/revistamundau/article/view/11846

Conexões USP-Periferias: https://conexoesperiferias.iea.usp.br/

Equipe responsável pelo episódio:

Apresentação e edição: Guilhermo Aderaldo

Entrevistadoras: Rosângela Fachel e Ediane Oliveira

Artes: Gabriela Lamas

Dec 28, 202101:46:60
#17 Arte, política e epistemologias insurgentes: as “contaminações criativas” na antropologia engajada de Paulo Raposo

#17 Arte, política e epistemologias insurgentes: as “contaminações criativas” na antropologia engajada de Paulo Raposo

Neste episódio do Antropólis, conversamos com o antropólogo português Paulo Raposo, que é doutor em Antropologia pelo Instituto Universitário de Lisboa e também é docente no mesmo departamento. Nessa longa e prazerosa conversa que tivemos Paulo, que também tem formação na área de teatro - tendo sido, inclusive, ator profissional durante muitos anos - nos falou sobre seus trânsitos na fronteira entre os universos da arte, da antropologia e do engajamento político. Também conversamos sobre suas relações com a antropologia brasileira, entre outros assuntos instigantes.


Equipe técnica do episódio:

Apresentação: Guilhermo Aderaldo

Entrevista: Guilhermo Aderaldo, Claudia Turra Magni e Rafael Noleto

Edição: Eric Barreto e Guilhermo Aderaldo

Artes: Gabriela Lamas

Vinhetas: Ediane Oliveira

Aug 04, 202101:51:27
#16 Sangue, vida e luta: as cidades nas pesquisas de Alexandre Magalhães

#16 Sangue, vida e luta: as cidades nas pesquisas de Alexandre Magalhães

No quarto episódio de nossa segunda temporada (16° episódio na contagem geral), conversamos com o professor Dr. Alexandre Magalhães, vinculado ao departamento de Sociologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Etnógrafo urbano reconhecido, sobretudo, por sua importante atuação como pesquisador e ativista das lutas sociais relacionadas aos violentos processos de remoção de populações pobres no Rio de Janeiro, nesta entrevista - feita em parceria com a Revista Tessituras -, Alexandre compartilha reflexões relacionadas a aspectos de seu percurso de pesquisa e também nos fala a respeito de seu envolvimento como ativista junto a causas populares, tanto no Rio quanto, mais recentemente, em Porto Alegre. Atualmente, nosso convidado é pesquisador associado do Grupo de Pesquisa Mobilidades, Teorias, Temas e Métodos (MTTM/USP), assim como do Grupo de Pesquisa Associativismo, Contestação e Engajamento (GPACE/UFRGS), além de atuar no Urbandata-Brasil/CEM/USP.

Sejam todos e todas, mais uma vez, muito bem vindos/as à mais um episódio especial, desta segunda temporada do Antropólis!


Equipe técnica do episódio:

Ediane Oliveira (Apresentação / Entrevista)

Guilhermo Aderaldo (Entrevista / Edição)

Francisco Neto (Entrevista)

Gabriela Lamas (Artes)


Contato: antropolispodcast@gmail.com

Facebook / Instagram: @antropolispodcast

Jul 10, 202101:42:58
#15 As cidades (e as antropologias) das mulheres: um papo com Candice Vidal e Souza

#15 As cidades (e as antropologias) das mulheres: um papo com Candice Vidal e Souza

Neste terceiro episódio de nossa segunda temporada (15° episódio na contagem geral), conversamos com a antropóloga Candice Vidal Souza. Graduada em Ciências Sociais pela Universidade de Brasília (1992), com mestrado em Antropologia, igualmente, pela Universidade de Brasília (1996) e doutorado em Antropologia Social pelo PPGAS/ Museu Nacional, na Universidade Federal do Rio de Janeiro (2003), nossa convidada tem atuado, ao longo de seu riquíssimo percurso acadêmico, em diferentes pesquisas, que envolvem a história da antropologia, as representações do sertão nas narrativas jornalísticas e as mobilidades femininas em meio a processos de expansão urbana. Atualmente, Candice realiza um estágio pós-doutoral no Departamento de Sociologia da USP, sob supervisão de Bianca Freire-Medeiros (março 2021-fevereiro 2022), com o tema Mobilidade e Cidade: epistemologia e pesquisa e integra a rede de pesquisa MTTM Mobilidades: Teorias, Temas e Métodos, coordenada por Bianca Freire-Medeiros no Departamento de Sociologia da USP. Também é professora adjunta IV do Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais e do Departamento de Ciências Sociais da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC/Minas), atuando principalmente nos seguintes temas: construção da nação, pensamento social brasileiro, identidade regional, história da antropologia, espaço e identidades, antropologia das mobilidades contemporâneas (com ênfase em mobilidades femininas). 

Sejam todos e todas, mais uma vez, muito bem vindos/as à mais um episódio especial, desta segunda temporada do Antropólis!

Equipe técnica do episódio:

Ediane Oliveira (Apresentação/Entrevista)

Guilhermo Aderaldo (Entrevista/Edição)

Gabriela Lamas (Entrevista/Artes)

Rafael Noleto (Entrevista)

Contato: antropolispodcast@gmail.com

Facebook/Instagram: @antropolispodcast

Jun 02, 202101:37:18
#14 Pesquisando o ensino de antropologia no Brasil: um papo com Guillermo Vega Sanabria

#14 Pesquisando o ensino de antropologia no Brasil: um papo com Guillermo Vega Sanabria

Neste nosso décimo quarto episódio, conversamos com o antropólogo e professor da Universidade Federal da Bahia, Guillermo Vega Sanabria. O professor Sanabria é doutor pelo Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social do Museu Nacional e, atualmente, vem se dedicando a pesquisas no campo das experiências de ensino e aprendizado em antropologia. Assunto que centralizou a conversa com a equipe do Antropólis. Confiram!

Equipe técnica do episódio:

Ediane Oliveira (Apresentação/Entrevista)

Francisco Pereira Neto (Entrevista)

Rafael Noleto (Entrevista)

Gabriela Lamas (Arte/Entrevista)

Suporte técnico e edição:

Guilhermo Aderaldo

Eric Barreto

Contato: antropolispodcast@gmail.com

Facebook/Instagram: @antropolispodcast

Apr 24, 202101:23:47
#13 Autoetnografia, engajamentos e experiências sensoriais: uma conversa com Fabiene Gama

#13 Autoetnografia, engajamentos e experiências sensoriais: uma conversa com Fabiene Gama

Neste primeiro episódio de nossa segunda temporada (13° episódio na contagem geral), conversamos com a antropóloga, documentarista e fotógrafa carioca, Fabiene Gama. Fabiene, que atualmente é professora adjunta do Departamento de Antropologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs), possui doutorado em Antropologia Cultural pelo PPGSA/IFCS/UFRJ e em Anthropologie Sociale et Ethnologie pela EHESS/França (em cotutela, 2012). Também é mestre em Ciências Sociais pelo PPCIS/UERJ (2006) e bacharel em Ciências Sociais pela UFRJ (2003). Ao longo da conversa, falamos sobre múltiplos aspectos de seu trabalho e nos concentramos, mais específicamente, na discussão sobre o tema da "autoetnografia". Método de produção narrativa e epistêmica que tem estimulado especialmente as reflexões de nossa convidada. 

Sejam todos e todas muito bem vindos/as à segunda temporada do Antropólis!


Equipe técnica do episódio: 

Guilhermo Aderaldo (Apresentação/Edição)

Claudia Turra Magni (Entrevista)

Rafael Noleto (Entrevista)

Gabriela Lamas (Arte/Entrevista)


Contato: antropolispodcast@gmail.com

Facebook/Instagram: @antropolispodcast

Mar 16, 202101:26:31
#12 Ufa! Sobrevivemos a 2020. E agora somos uma rede/rádio!

#12 Ufa! Sobrevivemos a 2020. E agora somos uma rede/rádio!

2020 foi um ano muito difícil. Algumas palavras capazes de defini-lo são: cansaço, angústia, medo, tristeza, luto e indignação. Não bastasse um (des)governo de feições fascistas, absolutamente negligente, sobretudo quando se trata dos mais vulneráveis; ainda tivemos que conviver com uma pandemia que escancarou desigualdades estruturais, ceifou milhares de vidas e ampliou a perversa face necropolítica da máquina estatal. Diante dos desafios de trabalhar com educação e pesquisa num ambiente marcado pelo negacionismo e pela perseguição intelectual e, ainda, sem a possibilidade das atividades presenciais, a mediação das tecnologias digitais se mostrou essencial e, com isso, os podcasts acabaram se tornando, junto com as lives/webinários, um espaço muito importante de trocas e circulação de reflexões acadêmicas. No caso da antropologia, os podcasts também se tornaram meios de ampliar o alcance das atividades de ensino, além de permitirem um maior contato entre aquilo que fazemos e um publico mais amplo, incluindo os/as interlocutores/as de nossas pesquisas. Nós, do Antropólis, iniciamos esse trabalho logo que a pandemia começou e fomos acompanhando semana após semana, o surgimento de novos podcasts produzidos por antropólogos/as, com diferentes formatos. Inspirados em experiências que admiramos, como as das rádios Novelo e Guarda Chuva, decidimos criar uma rede/rádio de podcasts de ciências sociais, com ênfase especial na antropologia, juntamente com o Observa Antropologia (UFPB), o Museológicas (UFPE) e o Mundaréu (Unicamp/UNB). E, após essa primeira configuração, outros podcasts foram se juntando, como: Conversas da Kata, Compósita, Larvas Incendiadas, Antropocast, Campo, Poéticas Sociais, BievCast e Urbanidades, sendo alguns vinculados a laboratórios de pesquisa específicos, outros a departamentos em instituições universitárias e outros feitos de forma mais independente. O nome, KereKere, sugerido por Soraya Fleischer, professora do Departamento de Antropologia da UNB (DAN) e uma das anfitriãs do podcast Mundaréu, diz respeito, segundo Marcel Mauss, em sua obra clássica "Ensaio sobre a dádiva", a uma estação do ano em que a recusa da troca é interditada. Nas palavras do autor: “Há uma estação do ano, a do kere-kere, durante a qual nada se pode recusar a ninguém”.  E foi, portanto, imbuída desse sentimento que a Rádio Kere-Kere se formou como um espaço de experimentação, troca e aprendizado entre produtores e editores de podcast em ciências sociais, especialmente antropologia.  Sobrevivemos a 2020 e agora, somos uma rádio/rede. Que venha 2021, com todos os seus desafios e experimentações... 


Equipe técnica do episódio:

Guilhermo Aderaldo: coordenação, locução, roteiro, edição de áudio

Gabriela Lamas: Locução, roteiro, edição de imagens

Ediane Oliveira: Locução, roteiro

Claudia Turra Magni: locução, coordenação

Francisco Neto: Locução, coordenação


Podcasts convidados:


Mundaréu

https://mundareu.labjor.unicamp.br/ 


Observa Antropologia

https://open.spotify.com/show/6oYXFBdc9YK7oBzssutaRo?si=G83IMR8cRSiU0A3Te2FcNg


Museológicas

https://open.spotify.com/show/0ufROTuLYEA5Qmd5hMJfZy?si=P5M2TvhtRYakaGTTTYkz5g


Rádio KereKere

https://radiokerekere.wordpress.com/about/


Agradecemos muito à todas as equipes dos podcasts que, generosamente, compartilharam seus momentos conosco. Também agradecemos a todos/as os/as colegas que, ao longo do ano participaram de nossos episódios e à toda a rede KereKere, pela potência desses encontros. 

Dec 31, 202046:08
#11 Deslocamentos, temporalidades e narrativas nos jogos da memória de Ana Luiza Carvalho da Rocha

#11 Deslocamentos, temporalidades e narrativas nos jogos da memória de Ana Luiza Carvalho da Rocha

Nesse último episódio de nosso Podcast, a Profa. Ana Luíza Carvalho da Rocha nos embarca numa viagem descontínua guiada por múltiplas temporalidades. A imagem de cidades se afastando através da janela do carro, é experiência da infância que perdura nos jogos de memória desta filha de pai militar, a ponto do deslocamento ter-se tornado constitutivo de seu modo de aprender. Seja no famoso “Julinho”, onde fez o ensino médio em Porto Alegre, seja nos cursos de Ciências Sociais, Teatro ou Enfermagem da UFRGS, essa “sagitariana alucinada” sempre acreditou na força de coletivos, que conduziram sua militância junto a Grupos com Mulheres, movimentos pela Educação e pelo Meio Ambiente. De um certo desencanto com o Teatro e as Ciências Sociais foi que nasceu sua paixão pela Antropologia Simbólica, onde situa sua linhagem. Dentre seus ancestrais, encontram-se Gilberto Velho, Michel Maffessoli, Gilbert Durand, Jean Arleaud e outros monstros sagrados da Antropologia. São eles que a conduziram nos estudos da imagem, mas sobretudo, do imaginário, através dos quais, explora alteridades pelas vias randômicas da inteligência narrativa. Paralelamente ao ensino superior na FEEVALE e na UFSC, Ana Luíza também vincula-se ao Banco de Imagens e Efeitos Visuais (BIEV) da UFRGS, coordenado por ela e Cornélia Eckert, onde conduzem equipes de pesquisas na exploração de intertextualidades narrativas através da hipermídia. Para ela, “resistir” é um lema equivocado diante das ruínas que nos assolam: só a resiliência nos torna capazes superar as crises, sem deixarmos de aprender com elas.
Texto de apresentação e entrevista: Claudia Turra Magni
Edição, apresentação e entrevista: Guilhermo Aderaldo
Edição de imagens e entrevista: Gabriela Lamas
Entrevistadora convidada: Flavia Rieth
Música: Carolina Chocolate Drops - Snowdens Jig
Trecho de documentário utilizado: "En remontant la rue Vilin" (Dir: Robert Bobin, 1992)
Nov 24, 202001:54:29
#10 As cidades do sagrado: entrevista com Edgar Rodrigues Neto

#10 As cidades do sagrado: entrevista com Edgar Rodrigues Neto

Que a cidade é uma realidade complexa, com diferentes dimensões que configuram e reconfiguram os sentidos de sua presença, é uma ideia recorrente para aquelas e aqueles que se detém a observá-la através da experiência de quem as habita. O que talvez seja menos óbvio são os percursos que essas diferentes formas de conhecimento dessa realidade plural podem apresentar.

Neste episódio do Antropólis veremos um destes percursos potentes, onde a imersão do antropólogo no universo das religiões de matriz africana desvenda um pensamento sofisticado e ativo sobre a forma como as coisas do mundo são constituídas, inclusive a cidade e as circunstâncias humanas e não humanas que definem sua existência. Uma das qualidades das pesquisas do professor e antropólogo Edgar R. Barbosa Neto, agora na Faculdade de Educação da UFMG, é dar visibilidade a um pensamento potente, que configura muito do que a cidade de Pelotas/RS é e que, por estas artimanhas dos princípios colonialista e racista que configuram o discurso público sobre nossas cidades, impõe às expressões da tradição afro-brasileira uma existência quase em segredo. Ou, se se reconhece sua presença, é para controlá-la através de sua redução ao exótico, um “traço” cultural que pode ser exibido em certas circunstâncias. Em direção radicalmente oposta, as pesquisas de Edgar em Pelotas mostram que a “ancestralidade” africana configura um caminho potente de produção de territórios epistêmico e espiritual que dá sentido a experiência dos que são afetados por sua presença.

A própria trajetória pessoal e acadêmica do professor Edgar mostram a potência desta presença. Já em Belo Horizonte, na UFMG, envolve-se com a coordenação de uma iniciativa com um potencial de transformação pouco visto na vida das universidades brasileiras. O Encontro de Saberes, projeto gestado na Universidade de Brasília, traz para a universidade, como professores e professoras, mestres do saber tradicional. Essa relação entre o saber tradicional e o saber acadêmico e científico nos parece com potencial para transformar os postulados da produção do conhecimento das universidades, abrindo novas possibilidades e requalificando o lugar da universidade como um espaço de produção de conhecimento mais inclusivo e democrático. Não tem como desvincular esse engajamento de uma amplitude de perspectiva surgida no “ser afetado” que emergiu da interlocução do pesquisador com universo das religiões de matriz africana.

Enfim, estes e outros assuntos nosso ouvintes poderão usufruir em mais esse episódio do Antropólis.


Equipe Antropólis: Guilhermo Aderaldo, Ediane Oliveira, Gabriela Lamas, Claudia Turra Magni e Francisco Neto

Apresentação no episódio: Ediane Oliveira

Entrevistadores do episódio: Ediane Oliveira, Francisco Neto, Adriane Rodolpho e Leandro Barbosa

Edição de som: Guilhermo Aderaldo

Edição de imagens: Gabriela Lamas

Texto de apresentação do episódio: Francisco Neto


Músicas utilizadas no episódio: O canto das três raças (Clara Nunes); Oba Iná (Meta Metá); Jorge da Capadócia (Racionais MC's); Deus é uma mulher preta (Jessica Gaspar); Oxala: Nação Gejê Ijexa (Antonio Carlos de Xango)

Oct 19, 202001:38:01
#9 Nas rotas das diásporas haitianas: conversa com o professor Handerson Joseph

#9 Nas rotas das diásporas haitianas: conversa com o professor Handerson Joseph

Quais são os sentidos práticos atribuídos pelos haitianos às categorias de diáspora, refugiado e migrante? De que modo a mobilidade se torna um paradigma central para pensar as dinâmicas migratórias da população haitiana no espaço (trans)nacional e (trans)fronteiriço? Que rendimentos analíticos uma etnografia multilocalizada pode trazer à pesquisa antropológica contemporânea? Como construir uma pesquisa “móvel” sem que isso signifique se deixar levar pela sedução de um mundo totalmente líquido/fluido, negligenciando a importância dos territórios como ancoradouros fundamentais para a construção de unidades de análise para a prática etnográfica? De que forma a noção de “cosmopolitismo”, em sua acepção dominante, pode (e deve) ser problematizada pelas etnografias dedicadas ao acompanhamento das experiências globais de populações “periféricas”? De que maneira marcadores de gênero, raça e classe operam nas interações estabelecidas em meio aos fluxos migratórios da população haitiana? E como a universidade pode cumprir um importante papel social no atendimento e na proteção dos direitos de pessoas em situação de refúgio? Essas e outras questões de enorme relevância compuseram a conversa que fizemos com o antropólogo, pesquisador e professor haitiano Handerson Joseph, que é Doutor em Antropologia Social pelo Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro com Doutorado Sanduíche pela École des Hautes Études en Sciences Sociales (EHESS) e pela École Normale Supérieure (ENS) em Paris. Atualmente, Handerson é Professor Adjunto da Universidade Federal do Amapá (UNIFAP) e se encontra em fase de mudança, para assumir o posto de professor adjunto na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Além disso, nosso convidado é professor Permanente do Programme Master (Mestrado) en Anthropologie Sociale pela Université dÉtat dHaiti (UEH), professor Colaborador do Programme de Master 2 en Sociétés et Interculturalités pela Université de Guyane (Guiana Francesa/França) e fundador e Coordenador do Programa de Apoio a Migrantes e Refugiados (PAMER). Créditos  Reportagens: “Polícia paulista investiga tiros em haitianos” – TV Gazeta “A nova fase da imigração haitiana” – TV Folha Músicas: WEBERT SICOT - douce Haiti SUPER JAZZ DES JEUNES - TI GROG MOIN (Haiti 1963) TI MANNO - Nan danjé ALA KOTE GEN FANM - Super Jazz des jeunes 1969 MAZOUN - Drums of Haiti (official video) WYCLEAF JEAN - Jaspora TABOU COMBO -Lakay (sous-titré) PA MAKAK - Dyaspora Equipe técnica do episódio: Guilhermo Aderaldo (Locutor/Editor/Entrevistador); Ediane Oliveira (Entrevistadora); Gabriela Lamas (Editora de imagens/Entrevistadora) e Carla Ávila (Entrevistadora)

Sep 12, 202002:11:28
#8 No rumo de uma teoria vivida (e engajada): conversa com Patrícia Pinheiro

#8 No rumo de uma teoria vivida (e engajada): conversa com Patrícia Pinheiro

De que forma os saberes antropológicos podem servir de base para a construção de projetos de intervenção e atendimento a populações vulnerabilizadas pelo rápido avanço da covid-19? Como a escuta atenta e sensível às formulações intelectuais de ciganos, quilombolas, indígenas e outros grupos periféricos, fortemente ameaçados pela lógica extrativista do receituário político-econômico neoliberal, pode auxiliar no próprio desenvolvimento teórico da antropologia? Quais desafios se impõem a quem defende uma postura analítica politicamente engajada, num momento como o que vivemos atualmente no Brasil? Tais questões serviram como eixo estruturador da potente conversa que fizemos com a pesquisadora e professora Patrícia Pinheiro, atualmente vinculada ao Departamento de Antropologia da Universidade Federal da Paraíba (UFPB). Conforme nossos/as ouvintes poderão escutar, Patrícia nos brindou com uma conversa excelente e cheia de boas lições, retiradas de uma linda (e diversa) trajetória que mescla a produção teórica a um tipo de engajamento intelectual muito generoso. Atualmente, ela coordena, junto com uma equipe de professoras da UFPB, o Observatório Antropológico de Covid -19, uma experiência muito interessante, que tem como objetivo mapear e fortalecer ações de auxílio a comunidades com problemas sociais intensificados pela pandemia de Covid-19 na Paraíba. A atuação do observatório é realizada por meio de uma equipe que registra as demandas e busca o acompanhamento de respostas para elas, com base na valorização dos saberes das populações atendidas e recentemente o projeto foi selecionado por uma agência francesa, chamada: Agence Universitaire de la Francophonie (AUF), para receber um fundo de apoio financeiro, que está sendo convertido em suportes para os beneficiários e beneficiárias do Observatório. Recordamos que todas as informações extras relacionadas ao conteúdo desse podcast, serão postadas em nossas páginas no Facebook e Instagram. Não deixem de nos seguir em @antropolispodcast.

Para esse episódio, contamos com as presenças de Guilhermo Aderaldo (Locução/edição); Claudia Turra Magni (Entrevista); Ediane Oliveira (Entrevista) e Gabriela Lamas (Imagens)

As músicas utilizadas foram: Clementina de Jesus “O canto dos escravos” (Canto II); “Afro Percussion” by Jonatan Szeir; Ivanilda Gusmão “Coronavirus em cordel”.

*Agradecemos à Patrícia e suas interlocutoras de campo (e vida), pelo precioso momento.


Aug 20, 202001:25:15
#7 Seguindo as cidades viajantes: uma conversa com Bianca Freire-Medeiros

#7 Seguindo as cidades viajantes: uma conversa com Bianca Freire-Medeiros

Como converter as mobilidades contemporâneas, em toda a sua complexidade, num problema de pesquisa sem cair, ao mesmo tempo, nem na imprecisão analítica de conceitos vagos como “liquidez” (Bauman) ou “não lugar” (Marc Augé), nem numa problemática romantização dos fluxos e nomadismos, negligenciando a importância dos lugares como ancoradouros desses processos? De que modo acomodar política, ética e epistemologicamente o desafio de pesquisar fenômenos socioculturais que envolvem profundas desigualdades e que só podem ser entendidos por meio de um acompanhamento multiescalar, que envolve seguir não apenas pessoas, mas objetos, narrativas, imagens, entre outras coisas? Como lidar empiricamente com a ambiguidade que envolve o cruzamento das funções de turista e pesquisadora? Essas e outras questões de fundamental importância marcaram esse sétimo episódio do Antropólis, no qual conversamos com Bianca Freire-Medeiros. Professora vinculada ao Departamento de Sociologia da Universidade de São Paulo (USP) e coordenadora do Urbandata Brasil, além de ser uma das maiores referências mundiais no campo dos estudos sobre mobilidades contemporâneas e do chamado “Turismo de Pobreza” ou “de realidade”. 

Participaram desta conversa: Guilhermo Aderaldo, Francisco Pereira Neto, Gabriela Lamas e Pierre Chagas. O Antropólis é um projeto de extensão ligado ao Programa de Pós Graduação em Antropologia da Universidade Federal de Pelotas (Ppgant/Ufpel). Materiais extras sobre este e os demais episódios podem ser consultados em nossas páginas no Instagram e Facebook. Siga-nos em @Antropolispodcast

Jul 26, 202001:30:22
#6 Os sons das culturas viajantes: entrevista com professor Rafael Bastos

#6 Os sons das culturas viajantes: entrevista com professor Rafael Bastos

O que temos a aprender com a música (e o pensamento) das sociedades indígenas no Brasil? E de que forma lidar com o desafio do debate sobre propriedade intelectual neste campo? Como música e antropologia podem compartilhar referenciais epistemológicos? Essas e outras muitas questões guiaram nossa conversa com o professor Dr. Rafael de Menezes Bastos. Professor titular do departamento de antropologia da Universidade Federal de Santa Catarina/UFSC, onde coordena o Núcleo de Estudos Arte, Cultura e Sociedade na América Latina e Caribe (MUSA). Bacharel em música pela Universidade de Brasília/UNB (1968), mestre em antropologia, pela Universidade de Brasília/UNB (1976) e doutor em Antropologia pela Universidade de São Paulo/USP (1990), o professor Rafael é uma referência absolutamente obrigatória no campo dos estudos da música e da etnologia brasileira. Também é autor de diversos artigos e livros, como “A festa da jaguatirica: uma partitura crítico-interpretativa”, lançado pela editora da UFSC, em 2013 e que recentemente ganhou uma tradução em espanhol. Créditos do episódio: Guilhermo Aderaldo (locução, edição e textos), Francisco Pereira Neto (produção e entrevista), Rafael Noleto (entrevista) e Gabriela Lamas (pós-produção, tratamento de imagem). Créditos das músicas utilizadas: Ambiência sonora do ritual fúnebre Kuarup, que congrega diversas etnias do alto Xingu, entre elas a dos índios Kamayurá, estudados em diversas pesquisas do professor Bastos. Também foram utilizadas as músicas: “Ñaumu” e “Tche Nane”, do disco “Todos os sons” da cantora e etnomusicóloga Marlui Miranda. Para mais detalhes sobre este e os demais episódios, siga-nos (@antropolispodcast) no Facebook e Instagram.

Jul 13, 202056:09
#5 Vozes e imagens do subterrâneo: uma conversa com Guilherme Da Rosa

#5 Vozes e imagens do subterrâneo: uma conversa com Guilherme Da Rosa

Como processos e experiências pedagógicas relacionadas às áreas de cinema e antropologia podem se complementar reciprocamente? De que maneira as teorias que produzimos, enquanto antropólogos, podem ser apropriadas por alunos do curso audiovisual, de modo a fazerem do cinema um suporte de apreensão de perspectivas mais complexas e abrangentes das cidades e das desigualdades que as constituem? E de que modo a antropologia pode, também, se beneficiar das teorias e métodos elaborados pelos teóricos da comunicação, assim como das artes visuais? Essas e outras questões constituem o fundamento deste quinto episódio do Antropólis, no qual recebemos o professor Guilherme Carvalho Da Rosa, mestre e doutor em Comunicação Social pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC/RS) e que atualmente é professor dos cursos de Cinema de animação, cinema e audiovisual e design da Universidade Federal de Pelotas (Ufpel). O professor Guilherme cumpre papel central na orientação e desenvolvimento de uma série de projetos audiovisuais, sempre em diálogo com as teorias antropológicas, bem como com a área dos estudos culturais. Em sua reflexão, ele pondera sobre a importância fundamental dessa parceria entre cinema e antropologia, além de nos falar sobre as produções audiovisuais que vêm sendo realizadas atualmente por seus e suas alunos/as, parte das quais disponibilizaremos em nossas redes sociais.

Jun 23, 202001:18:08
#4 Anatomia dos silêncios: conversa com Denise Pimenta

#4 Anatomia dos silêncios: conversa com Denise Pimenta

O que as pandemias e epidemias são capazes de revelar a respeito das estruturas sociais mais profundas e do sistema de desigualdades (de raça, classe e gênero) nos quais essas estruturas se assentam? Que tipo de conhecimento a observação sensível e atenta das narrativas subterrâneas tecidas por mulheres no seu cotidiano, é capaz de trazer à luz? O que acontece quando alteramos a lógica (tão ocidental e masculina) de enxergar eventos como guerras e violência, com base na excepcionalidade e no heroísmo, passando a pensa-los em termos de sua materialidade (e imaterialidade) mais cotidiana e comum? Como a pandemia de coronavírus (evento marcante no momento da entrevista) reforça as relações de poder que mantém as mulheres e, em especial, as mulheres negras, na posição de coadjuvantes mesmo quando se trata de um fenômeno no qual estas são as maiores vítimas e as principais responsáveis pelas práticas de cuidado e tratamento? E de que maneira devemos entender o “campo” na pesquisa antropológica? Quando ele começa? E quando termina? Aliás, de que forma construir relações de confiança, afeto e empatia, entre interlocutoras que falam línguas e utilizam expressões não dominadas pela pesquisadora? Que métodos utilizar? Essas e outras questões formam a base da instigante conversa que tivemos com a antropóloga Denise Pimenta, cuja tese de doutorado, intitulada “O cuidado perigoso: tramas de afeto e risco na Serra Leoa (A epidemia do ebola contada pelas mulheres, vivas e mortas)”, tratou dos efeitos simbólicos, políticos e sociais vinculados à epidemia de ebola na Serra Leoa – pequeno país no oeste africano –, especialmente em relação àquilo que toca as relações de gênero. Trata-se de um episódio especial, feito em parceria com a Tessituras: revista de antropologia e arqueologia, devido o lançamento do suplemento especial: "As Ciências Sociais em tempos de pandemia: inquietações coletivas", que conta com Denise, entre seus/suas colaboradores/as. Quer saber mais sobre o trabalho de Denise e de outros/as entrevistados/as? Siga-nos nas redes sociais (Facebook e Instagram). Por lá, compartilhamos conteúdos extras relacionados às entrevistas, além de outras informações e dicas ligadas aos assuntos privilegiados em nossa abordagem. Desejamos a todos/as uma ótima experiência.

Jun 06, 202001:10:32
#3 Investigando a dupla face da "cultura": entrevista com Otávio Raposo

#3 Investigando a dupla face da "cultura": entrevista com Otávio Raposo

Sob que condições a arte e a cultura podem tornar-se ferramentas capazes de potencializar a participação política e cidadã de jovens situados em contextos periféricos de grandes centros urbanos? E quando a “cultura” passa a ser mobilizada de forma instrumental e perversa por parte dos poderes hegemônicos, como um dispositivo voltado, por um lado, ao gerenciamento do tempo livre de populações “indesejáveis” e, por outro, ao ocultamento da negligência cotidiana das ações governamentais junto a essas mesmas populações? Enfim, como lidar teórica, política e metodologicamente com o desafio de pesquisar essa dupla face (instrumentalização e resistência) dos dispositivos culturais na sociedade contemporânea? Essas foram as principais questões que conduziram nossa conversa com Otávio Raposo. Antropólogo, realizador audiovisual e professor do Instituto Universitário de Lisboa (ISCTE-IUL). Ao longo da rica conversa que tivemos, Otávio comentou acerca de sua trajetória acadêmica – iniciada no Rio de Janeiro e consolidada em Lisboa – assim como nos trouxe reflexões extremamente valiosas sobre suas pesquisas entre jovens produtores culturais, moradores das periferias portuguesas e brasileiras, com destaque para os achados de sua tese de doutorado em Antropologia, sobre dançarinos de break vinculados ao conjunto de favelas da Maré e à pesquisa atual, na qual tem realizado uma etnografia centrada na experiência de guias de arte urbana moradores da região da Quinta do Mocho, periferia portuguesa que se tornou palco de uma recente controvérsia após ser tornada, com o auxilio do poder público, numa das maiores galerias de arte urbana do mundo sem que, para isso, os inúmeros problemas sociais do bairro fossem sanados. Quer conhecer melhor o trabalho de Otávio, incluindo seus filmes? Então siga-nos por aqui e nas redes sociais Instagram e Facebook. Por lá, divulgaremos uma série de links de acesso aos resultados de pesquisa de nosso convidado. Bom programa!
May 22, 202001:10:53
#2 Entre imagens e palavras: uma conversa com Claudia Turra Magni

#2 Entre imagens e palavras: uma conversa com Claudia Turra Magni

Que implicações políticas, epistêmicas e éticas, envolve a utilização das linguagens visuais e, mais especificamente, audiovisuais na pesquisa antropológica? Que marcas emocionais o envolvimento intelectual e afetivo junto a populações vulnerabilizadas, em campo, produz na trajetória de uma pesquisadora engajada? A que tipo de saber essas marcas conduzem? Afinal, como elaborar intelectualmente o impacto dessas dores, sem romantiza-las e/ou despolitiza-las? É possível construir o conhecimento acadêmico de modo colaborativo/compartilhado, amenizando os riscos da autoridade etnográfica? E é possível que as imagens também atrapalhem uma boa condução da pesquisa e das relações estabelecidas em campo, em certos casos? Estas e outras perguntas de extrema complexidade mobilizam a instigante conversa que tivemos com a professora Drª Claudia Turra Magni, que atualmente realiza um estágio de Pós-doutorado na Aix-Marseille Université, em Marseille/França. Conversamos sobre sua longa trajetória de pesquisas, as dificuldades, frustrações e conquistas produzidas ao longo deste percurso e também sobre o artigo intitulado: “Lembrar, sentir e pensar: realização e circulação do filme etnobiográfico”, escrito em parceria com o também antropólogo Alexandre Fleming Câmara Vale, que se debruça, entre outras questões, na análise do vídeo: “A oferenda de Sabiá”, realizado dois anos após a conclusão do doutorado da professora Claudia, na École Des Hautes Études En Sciences Sociales (EHESS) de Paris, sob orientação do célebre antropólogo Marc Henri Piault, em 2002. Por ultimo, abordamos a história do Laboratório de Ensino, Pesquisa e Produção em Antropologia da Imagem e do Som (Leppais), fundado em 2008, assim como o processo de elaboração do dossiê: “Antropoéticas: outras (etno)grafias”, na Tessituras: revista de antropologia e arqueologia, da Universidade Federal de Pelotas (Ufpel). Quer ter acesso aos artigos e vídeos citados no decorrer de nossa conversa? Então, siga nossas páginas no Facebook e Instagram. Postaremos essas e outras informações, dicas e notícias por lá!

May 12, 202001:33:25
#1 Quem somos?

#1 Quem somos?

Neste episódio piloto, apresentamos uma parte da equipe do Antropólis, assim como explicamos a proposta do podcast e conversamos sobre o departamento de antropologia da Universidade Federal de Pelotas (Ufpel). Também falamos a respeito de alguns laboratórios de pesquisa, em especial, o Grupo de Estudos Etnográficos Urbanos (Geeur) e o Laboratório de Ensino, Pesquisa e Produção em Antropologia da Imagem e do Som (Leppais). Igualmente, abordamos a particularidade de iniciarmos este projeto em meio ao isolamento provocado pela pandemia de coronavírus. Motivo pelo qual trazemos a gravura de nossa primeira arte de capa. Se interessou por nosso projeto? Então, siga-nos nas redes sociais e nos principais agregadores de podcasts.


Créditos da transmissão (no episódio):

Locução: Guilhermo Aderaldo

Equipe: Francisco Da Silva Neto; Gabriela Lamas e Ítalo Castro


Créditos da imagem:

Arte de capa: Gabriela Lamas

Gravura: Flávia Rieth


Coordenação geral: Guilhermo Aderaldo


Apr 28, 202027:04