As Árvores Somos Nozes
By Greenpeace Brasil
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As Árvores Somos NozesMay 29, 2020
85 – Petróleo na Foz do Amazonas não é solução
Petróleo não é o futuro e a Petrobras precisa deixar de ser uma “mega petroleira para se transformar em uma empresa de energia”. Esse é o recado de quem entende do assunto: Suely Araújo, que presidiu o Ibama – Instituto Brasileiro Meio Ambiente Recursos Naturais Renováveis – de 2016 a janeiro de 2019. Suely Araújo foi a primeira pessoa a negar uma licença para investigar petróleo na foz do Amazonas, ainda em 2018, na época pedida pela empresa Total. Agora, em 2023, a especialista apoia nova negativa do Ibama, dessa vez à Petrobras, à exploração do óleo no local.
Em entrevista ao nosso podcast, Suely explicou que o Brasil não precisa explorar petróleo na Foz do Amazonas, região rica em biodiversidade. Ela também lembrou que a Petrobras já enfrentou graves acidentes com vazamento de petróleo em outras regiões exploradas. “O Brasil, hoje, atende as suas demandas por petróleo. O óleo daquela região é claramente voltado para exportação”, disse Araújo.
#84 - Cerrado pede socorro
O Cerrado brasileiro é considerado a savana com a maior biodiversidade do mundo. O bioma também é conhecido como a caixa d'água do país, pois é a nascente das principais bacias hidrográficas do Brasil e da América do Sul.
Apesar disso, o Cerrado e as comunidades tradicionais que vivem na região do Matopiba (que compreende partes do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia), principalmente, estão sendo diretamente impactados pela expansão do agronegócio.
No novo episódio de As Árvores Somos Nozes, trazemos dados que revelam a gravidade da situação: somente em maio deste ano, houve um aumento de 83% nos alertas de desmatamento no Cerrado em comparação com o mesmo mês de 2022, de acordo com o Deter/Inpe.
Para falar sobre o assunto, recebemos Yuri Salmona, pesquisador e diretor do Instituto Cerrados. Ele nos explica a importância de proteger o bioma, qual a conexão do Cerrado com a Amazônia e por que um não vive sem o outro.
#83 - Oceanos inundados por plásticos
Você sabia que existem cerca de 171 trilhões de partículas de plástico nos oceanos? Se juntássemos todas essas partículas, elas pesariam cerca de 2,3 milhões de toneladas! Os dados chocantes são de um estudo internacional feito pelo Instituto 5 Gyres, divulgado em março deste ano.
A imensa quantidade de lixo plástico nos mares afeta diretamente a vida marinha e até mesmo a saúde humana. É inegável que não estamos protegendo esse ecossistema tão encantador e único da maneira que deveríamos.
Em razão do Dia Mundial dos Oceanos, comemorado em 8 de junho, recebemos a ambientalista Leandra Gonçalves no novo episódio do nosso podcast, onde falamos sobre o que precisamos fazer para defender os oceanos da poluição plástica e outras ameaças.
#82 - Decifrando os números do desmatamento
No novo episódio do As Árvores Somos Nozes, vamos te ajudar nessa missão a partir de uma conversa com pessoas que entendem muito sobre o tema: Rômulo Batista, da campanha Amazônia do Greenpeace Brasil, e Marina Monteiro, divulgadora científica e especialista em ciências atmosféricas.
Nós abordamos quais são as principais plataformas de monitoramento e quais aspectos técnicos, políticos, de gestão e climatológicos influenciam no aumento ou diminuição do desmatamento.
#81 - Bioinsumos: uma alternativa aos agrotóxicos
O ano de 2022 registrou liberação recorde de agrotóxicos: 652 novas substâncias químicas foram aprovadas no Brasil, o número mais alto já registrado pela série histórica do Ministério da Agricultura. Nós, do Greenpeace Brasil, sempre denunciamos os perigos e consequências do uso dos pesticidas e, além de reforçar esse recado, no novo episódio do nosso podcast fomos além.
Nós falamos sobre uma alternativa muito menos danosa para a natureza e para a nossa saúde: os bioinsumos, que podem ajudar na produção de grãos e alimentos de forma muito mais harmoniosa com o meio ambiente.
Rogério Dias, presidente do Instituto Brasil Orgânico é especialista no tema e nosso entrevistado da vez. Ele atuou à frente da área de agroecologia do Ministério da Agricultura durante duas décadas.
#80 - Sem demarcação, não há democracia
A mensagem não poderia ser mais direta. A 19º edição do Acampamento Terra Livre traz como tema “O futuro indígena é hoje: sem demarcação, não há democracia”. A maior mobilização indígena do país aconteceu nesta semana, em Brasília, e cobrou do governo federal a retomada da política de demarcação de territórios originários, que ficou parada durante o governo anterior.
O caminho para começar já está traçado desde a época de transição de governo. Ainda em dezembro, a Apib (Articulação dos Povos Indígenas do Brasil) sinalizou 13 terras indígenas prontas para serem homologadas. São territórios que já passaram por todos os processos legais, faltando, apenas, a canetada final do presidente.
Mas o trabalho não para por aí. Segundo o Conselho Indigenista Missionário (CIMI), em 2021, das 1.393 Terras Indígenas no Brasil, 871 (62%) seguem com pendências para sua regularização. Dessas, 598 são áreas reivindicadas pelos povos indígenas que não contam com nenhuma providência do Estado no que se refere ao processo de demarcação.
Para saber como foi o ATL e entender as reivindicações, o podcast ouviu a liderança indígena Ju Kerexu, coordenadora executiva da APIB e da Comissão Guarani Yvyrupa.
Foram ouvidas também as lideranças Piraci Junior Iskukua, da Terra Indígena Rio Gregório, no Acre, e Antonia Gonsalves, da TI Aldeia Velha, no Sul da Bahia, ambos territórios estão na lista dos 13 indicados pela Apib.
#79 - Parem as máquinas!
Aviões, helicópteros, barcos e lanchas. Todos esses veículos são necessários para explicar o avanço do garimpo em Terras Indígenas. Mas existe uma máquina que, embora pouco citada, tem uma influência determinante para a destruição ter chegado nos níveis atuais. São as escavadeiras hidráulicas.
De 2021 até agora, foram identificadas 176 escavadeiras hidráulicas operando ilegalmente dentro dos territórios Yanomami, Munduruku e Kayapó. Não por coincidência, são essas regiões que concentram os maiores índices da atividade ilegal.
O dado foi apresentado nesta semana no relatório Parem As Máquinas! Por uma Amazônia Livre de Garimpo, produzido pelo Greenpeace Brasil, em parceria com o Greenpeace do leste asiático. No dia do lançamento do documento, foi realizada uma ação pacífica próximo à entrada da fábrica da Hyundai, em Itatiaia (RJ).
A escolha do local não foi à toa. Este mesmo relatório descobriu que das 176 escavadeiras identificadas em Terras Indígenas, 76 (42%) pertencem à marca sul-coreana. Queremos que a Hyundai seja parte da solução, não do problema, e já existe um caminho para isso: ela já dispõe de uma tecnologia capaz de monitorar por onde andam as escavadeiras produzidas pela empresa. Ou seja, é possível descobrir se as máquinas estão sendo usadas para o garimpo ilegal dentro de Terras Indígenas.
Para saber mais do relatório e do protesto do Greenpeace, conversamos com Ariene Susui, porta-voz da campanha de Amazônia do Greenpeace Brasil. Você confere também uma entrevista com a liderança Maial Kayapó, afetada diretamente pelo garimpo. Toda família dela tem um histórico de luta pelo direito dos povos originários e Maial é sobrinha-neta do cacique Raoni.
#78 - Reforma agrária: contra a fome e pela vida
Para lembrar a batalha justa pela terra, abril é marcado como o mês da reforma agrária, ou "Abril Vermelho", em memória às vítimas do massacre de Eldorado do Carajás, em 17 de abril de 1996. A data também foi escolhida como o Dia Internacional de Luta Camponesa.
Tratar desse tema é fundamental em um Brasil impactado pelas consequências da crise climática, com agravamento das desigualdades e num cenário onde 33 milhões de pessoas vivem em situação de insegurança alimentar, segundo dados da Rede Penssan (Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional).
Os valores e práticas da reforma agrária popular são fundamentais para a construção de um Brasil mais justo e igualitário, pois priorizam a qualidade de vida de quem está no campo e também de quem está na cidade, com produção de alimento orgânico e agroecológico abastecendo toda a população.
Para explicar como a reforma agrária funciona na prática e se relaciona com o combate à fome, à crise climática e às desigualdades, entrevistamos Ceres Hadich, da Direção Nacional do Movimento Dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). E contamos também com o depoimento da Ester Hoffman, produtora assentada no Quilombo Grande, no município de Campo do Meio, sul de Minas Gerais.
#77 - Pancadas de chuva e desigualdade
Apenas nos três primeiros meses de 2023, as fortes chuvas deixaram para trás um enorme rastro de destruição. Durante o último Carnaval, somente em Bertioga, no litoral norte de São Paulo, foram 683 milímetros acumulados de chuvas em 24h. Um volume que daria para encher 101 mil piscinas olímpicas.
Outras áreas da região também foram duramente afetadas por deslizamentos de terra e, no total, 65 mortes foram registradas. E, mais uma vez, a população pobre foi a mais impactada por fenômenos climáticos extremos. Mas o que pode ser feito para que tragédias como essa não se repitam?
Essa é a pergunta que respondemos no primeiro episódio do As Árvores Somos Nozes de 2023. Em entrevista ao nosso podcast, o geógrafo e pesquisador Diosmar Filho fala sobre a urgência da adaptação das cidades à nova realidade do clima, e como o que vivemos também é reflexo da desigualdade social. Também entrevistamos Raphael Roberto, do nosso time de voluntários de Bertioga, que ajudou diretamente as famílias impactadas.
#76 - O que desejamos para a agenda socioambiental em 2023
No último episódio da temporada de 2022 do As Árvores Somos Nozes, perguntamos para ativistas socioambientais quais os seus desejos para 2023 no que se relaciona ao meio ambiente.
Nós, do Greenpeace Brasil, queremos a reconstrução e o avanço real das políticas ambientais em todo país. E contamos com você, ouvinte, para continuar na luta por um Brasil mais verde, digno e justo.
Obrigada a todos e todas que nos acompanharam ao longo do ano.
Esperamos vocês em 2023!
#75 - 2022: o ano em que a Amazônia perdeu um Catar de florestas
A Amazônia perdeu uma área equivalente a 1,6 milhão de campos de futebol no período de agosto de 2021 a julho de 2022, segundo dados do Prodes (Projeto de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal por Satélite). Os mais de 11 mil km² de floresta derrubada correspondem à mesma área territorial do Catar, país que sedia a Copa do Mundo.
As comparações permitem dimensionarmos o rastro de destruição que o governo Bolsonaro deixa na área ambiental. Neste episódio, analisamos os dados apresentados pelo sistema do Inpe (Instituto de Pesquisas Espaciais), e, para isso, contamos com a participação da Kamila Craveira, analista de pesquisas do Greenpeace Brasil.
Além das taxas de desmatamento, a pesquisadora explica como atua o setor de Pesquisa da organização e nos dá detalhes sobre ações executadas, como sobrevoos em áreas de queimadas.
#74 - O perigo de mais agrotóxicos na nossa comida
Nos últimos anos, houve uma liberação recorde de agrotóxicos no Brasil. De acordo com dados do Ministério da Agricultura, em outubro deste ano, 5.106 venenos eram comercializados no país. Destes, 40% foram liberados somente de 2019 pra cá.
Neste episódio, trazemos um alerta sobre o avanço do Pacote do Veneno no Congresso Nacional - um conjunto de leis que visam liberar ainda mais substâncias extremamente danosas para a nossa saúde e para o meio ambiente.
Para entendermos por que esse PL é uma grave ameaça à saúde pública, entrevistamos Daniel Becker, pediatra e sanitarista. A Marina Lacôrte, porta-voz da campanha de Agricultura do Greenpeace Brasil, também traz um panorama da tramitação do projeto.
Também contamos com a participação da Nilce Pontes, da Coordenação Nacional de Articulação de Quilombos (CONAQ), que comenta sobre as consequências do uso desenfreado de veneno para a agricultura familiar e comunidades tradicionais.
#73 - O que você precisa saber sobre a COP27
2022 é ano de Copa, mas antes de assistirmos a bola rolar em campo, temos outro evento internacional importantíssimo: A COP27, a conferência sobre o clima da ONU (Organização das Nações Unidas).
A 27ª edição da conferência acontece de 6 a 18 de novembro, no Egito, e reúne líderes de quase todos os países para discutir estratégias sobre como lidar com a crise climática.
No novo episódio do As Árvores Somos Nozes, abordamos o que está em jogo nas negociações que estão acontecendo na cidade egípcia Sharm El Sheikh, e a centralidade da justiça climática nessas discussões.
Para isso, conversamos com a ativista Amanda Costa, que participa presencialmente do evento, com Katley Ellen, ativista climática e voluntária do Greenpeace Brasil, e Marcelo Letterman, da campanha de Clima e Justiça da organização.
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#72 - O Bem Viver e a construção de outro mundo
Há centenas de anos, os povos indígenas têm nos mostrado como a vida e o modo de pensá-la pode ser bem diferente do que passa pela cabeça de cada pessoa ou do que o atual sistema socioeconômico determina como padrão.
O Bem Viver, tema deste episódio, é um conceito que tem origem nos ensinamentos dos povos originários e que guia a forma de organização social de centenas de outros povos e culturas na América Latina. Uma filosofia que vai na contramão desse modelo desenvolvimentista que transforma o meio ambiente e as pessoas em coisa.
Para falar sobre o assunto, entrevistamos os socioambientalistas Lalesca Madeiras e Thiago Ávila, ativistas do Movimento Bem Viver em Brasília. Como escreveu o político e economista equatoriano Alberto Acosta, a filosofia do Bem Viver é uma oportunidade de pensarmos um outro mundo.
#71 - O país da fome
Imagine não ter certeza de quando será sua próxima refeição. Essa é a realidade de mais de 33 milhões de pessoas no país atingidas pela fome. Os dados divulgados em julho deste ano pela Rede Penssan, escancaram o tamanho do retrocesso que temos enfrentado no que diz respeito às políticas públicas de alimentação.
Neste episódio, falamos sobre o retorno do Brasil ao Mapa da Fome, abordando os impactos da pandemia de Covid-19 e o desmonte promovido pelo governo Bolsonaro nos últimos anos.
Nossa entrevistada, Kelli Mafort, da coordenação nacional do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), ressalta a urgência do apoio à agricultura familiar, que realmente coloca comida no prato da população, e do incentivo à agroecologia.
Também contamos com a participação do nutricionista José Carlos Elias Júnior, O NutriFavelado, comentando sobre o 16 de outubro, data em que é celebrado o Dia Mundial da Alimentação.
#70 - Nosso partido é a floresta… em pé!
O fogo criminoso que destrói a Amazônia está alcançando níveis recordes este ano. De acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), que monitora o desmatamento na região, as queimadas registradas em 2022 já superam todo o ano de 2021.
Em apenas oito meses, foram registrados mais de 75 mil focos de calor no bioma. No novo episódio do As Árvores Somos Nozes, contamos com a presença da jornalista Rosana Villar, que faz parte do time de Comunicação Estratégica do Greenpeace Brasil e que recentemente viajou para uma região da floresta amazônica.
A Rosana nos trouxe um relato do que presenciou em campo, assim como análises dos fatores que estão por trás dessa destruição. Também falamos sobre como o voto é uma potente ferramenta para protegermos a Amazônia!
Além disso, no segundo bloco, celebramos nossos 30 anos de ativismo e reforçamos o compromisso em defesa do meio ambiente. Nosso partido é e sempre será a floresta em pé!
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#69 - Eleições 2022: o que queremos para o meio ambiente
Não se fala de outra coisa: as Eleições 2022 estão no centro do debate público! E não é pra menos. Afinal, o pleito eleitoral é uma oportunidade de mudar os rumos do Brasil e temos muito em jogo. Estamos vivendo múltiplas crises e a defesa da Amazônia e de outros biomas nunca se fez tão urgente.
Neste episódio do As Árvores Somos Nozes, apresentamos nossas propostas para a Agenda Socioambiental 2023 com a participação da Mariana Mota, coordenadora de Políticas Públicas do Greenpeace Brasil. Inclusive, mostramos como a proteção do meio ambiente é uma das principais saídas para os problemas socioeconômicos atuais.
Além de detalhar nosso documento de demandas, que você pode conferir aqui, também falamos sobre o guia do Voto Sem Vacilo, que chegou com tudo para enverdecer as eleições! Pra você, o que é votar sem vacilar? Acesse o guia, confere o conteúdo e depois conta pra gente o que achou. Pode escrever pro social.br@greenpeace.org ou comente nas nossas redes sociais.
#68 - Como a crise do clima pesa no bolso
Você sabia que o desmatamento e o aquecimento global interferem no seu bolso? É isso mesmo! O valor da conta de energia e dos alimentos que compramos, por exemplo, é impactado pela destruição do meio ambiente e principalmente pelas escolhas que os governantes fazem quando se trata da produção de energia.
Neste episódio, nós recebemos Carolina Marçal, do Instituto ClimaInfo, que nos explica como eventos climáticos extremos e o investimento em termelétricas, uma fonte de energia mais cara e suja, trazem consequências para a vida da população.
Já no segundo bloco, falamos sobre o racismo ambiental com Lara Cavalcante, arquiteta e pesquisadora do Instituto Pólis, que recentemente publicou uma pesquisa sobre o tema.
#67 - Fake news, um mal para a saúde humana e do planeta
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A proliferação das chamadas fake news ganhou muita visibilidade nos últimos anos e deixou parte da sociedade em alerta sobre os perigos da desinformação. No novo episódio do As Árvores Somos Nozes, que marca o início da nossa segunda temporada de 2022, analisamos como as notícias falsas impactam a população e podem interferir negativamente em questões socioambientais - principalmente em territórios da Amazônia Legal.
Para essa conversa, entrevistamos Ivan Paganotti, doutor em ciências da comunicação da Universidade de São Paulo (USP) e co-criador do curso Vaza Falsiane. Contamos também com a participação de Viviane Tavares, secretária executiva do Intervozes e coordenadora do projeto Combate à Desinformação e Discurso de Ódio na Amazônia.
Já a Ana Rita Cunha, da agência de checagem Aos Fatos, explicou pra gente como funciona a checagem das informações que circulam por aí. E como devemos estar atentos a isso, principalmente no contexto eleitoral que se aproxima.
#66 - Fast fashion e os impactos socioambientais
Você tem algum tipo de preocupação em relação às roupas que você usa? Quem fez, de onde elas vêm, qual a necessidade de realmente ter mais uma peça no guarda roupa? Neste episódio, te convidamos a refletir sobre isso e a entender melhor quais são os impactos socioambientais da produção rápida, massiva e descartável de roupas.
E são muitos, viu? Segundo o Painel das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente, por exemplo, a indústria da moda é responsável por entre 2 e 8% das emissões globais de carbono, com grande impacto sobre o clima do planeta.
Para essa conversa, entrevistamos Fernanda Simon, diretora do Instituto Fashion Revolution Brasil e Weena Tikuna, artista indígena do Amazonas e criadora da marca We’e’ena Tikuna Arte Indígena, que trabalha exclusivamente com tecido de algodão orgânico e fibras vegetais.
No segundo bloco, contamos ainda com uma atualização de como as pautas ambientais andaram no Congresso e no Supremo Tribunal Federal no primeiro semestre. O As Árvores Somos Nozes volta para a segunda temporada de 2022 em agosto.
#65 - Brasil, o país que mata quem defende a floresta
O assassinato de Bruno Pereira e Dom Phillips no chão da floresta amazônica gerou repúdio e comoção internacional. No entanto, o caso não é isolado e se soma a uma escalada de violência contra ativistas socioambientais e jornalistas que tomou conta do país nos últimos anos.
Neste episódio, recebemos Andréia Silvério, da coordenação nacional da Comissão Pastoral da Terra (CPT) e Kátia Brasil, co-fundadora da Amazônia Real, agência de jornalismo investigativo localizada em Manaus (AM), para uma conversa sobre o alarmante cenário.
No segundo bloco, falamos sobre a expedição fluvial Amazônia Que Precisamos e explicamos direitinho como você pode navegar com a gente nessa aventura repleta de ativismo e ciência.
#64 - Especial: Ativismo LGBTQIA+
Neste dia Internacional do Orgulho LGBTQIA+, não poderíamos deixar de falar do forte ativismo do movimento que até hoje luta pelos direitos de cada indivíduo da sigla. Mas você sabe como essa luta começou? Neste episódio especial vamos falar como as revoltas de Stonewall moldaram o início do movimento, como a interseccionalidade é fundamental para o progresso dele e os perigos da tokenização de indivíduos LGBTQIA+.
Pra conversar com a gente sobre a história dessa luta e como podemos continuar avançando a causa, chamamos Renan Quinalha, que é professor, advogado e ativista pelos direitos humanos. Renan também é autor do livro Movimento LGBTI+: Uma breve história do século XIX aos nossos dias.
#63 - Evangélicos pelo Clima: a fé e a pauta ambiental
Proteger o planeta, nossa casa comum, e todos os seres que nele vivem, são preceitos de diversas comunidades religiosas. Dentro da pluralidade que existe entre os fiéis, alguns grupos têm se articulado para denunciar a gravidade da crise climática e se posicionado contra o atual modelo de desenvolvimento, que privilegia o lucro em detrimento do meio ambiente.
Entre eles, os Evangélicos pelo Clima, uma articulação de 30 lideranças evangélicas, de diferentes doutrinas, que discutem temas como o aquecimento global e o desmatamento.
Neste episódio, recebemos Josias Vieira, ecoteólogo da Igreja Batista de Coqueiral, em Recife, para falar sobre a iniciativa. Além do coorganizador da coalizão, contamos com a participação de Sharah Luciano, assistente de Projetos do Fé no Clima, do ISER (Instituto de Estudos da Religião), que nos explica como a questão climática tem cada vez mais capilaridade também entre outras religiões.
Já no segundo bloco, registramos nosso repúdio e imenso pesar diante do brutal assassinato do jornalista Dom Phillips e do indigenista Bruno Pereira. Seguiremos lutando em busca de justiça por eles e tantos outros que dedicaram à vida em defesa da floresta e de seus povos.
#62 - Ecoansiedade: o que é e como lidar
A ecoansiedade é um tema que tem sido cada vez mais discutido pela psicologia nos últimos anos, principalmente diante dos alertas cada vez mais enfáticos da ciência sobre o agravamento da crise climática, que já impacta nosso presente e é uma grande ameaça ao futuro de todas as formas de vida.
Encarar a realidade de que os seres humanos estão destruindo o planeta e que ainda há muito o que fazer para mudar este cenário pode nos afetar de diversas maneiras. Neste episódio do As Árvores Somos Nozes, trazemos uma importante discussão sobre o que é a eco-ansiedade, ou ansiedade climática, e como podemos lidar com esse sentimento.
Entre nossos entrevistades, o psicólogo Marco Aurélio Afinal, doutor em Desenvolvimento Sustentável pela Universidade de Brasília (UnB) e pioneiro na introdução da Ecopsicologia no Brasil, e Jahzara Ona, jovem secundarista e ativista ambiental, que, assim como nossas voluntárias, nos mostram a potência do ativismo diante da eco-ansiedade.
#61 - Governança ambiental: o coletivo pelo planeta
É você quem arruma a casa onde mora? Essa tarefa é feita por você, sozinho (a) ou é dividida entre outras pessoas que também ocupam esse espaço comum? Se há um envolvimento coletivo, já que estamos falando de algo que interfere na vida de todes, é possível dizer que há uma gestão participativa no cuidado do seu lar, certo? Bom, idealmente, assim deveria ser.
Essa mesma lógica pode ser transferida quando falamos da implementação de políticas públicas. A governança ambiental, por exemplo, demanda uma articulação coletiva entre diferentes atores para ser bem executada.
Mas quais são os critérios para a prática de uma boa governança ambiental? Em que pé estamos no Brasil? Este é o tema do episódio, onde falamos sobre a importância da participação social na tomada de decisões que impactam o seu futuro, o do país e do meio ambiente.
Para esta conversa, contamos com a presença de João Câmara, analista ambiental do Ibama e doutor em desenvolvimento sustentável especializado em governança ambiental pela UnB, e de Elisabetta Recine, ex-presidente do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea) e coordenadora do Observatório de Políticas de Segurança Alimentar e Nutrição da UnB.
#60 - Juventude que vota
Nas últimas semanas, uma campanha tomou conta das redes sociais para que jovens entre 16 e 17 anos emitissem o título de eleitor para participar das eleições no segundo semestre deste ano. A mobilização surtiu efeito e, em três meses, 730 mil adolescentes se cadastraram no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), de acordo com dados oficiais.
No episódio desta semana, conversamos com duas jovens ativistas ambientais que também participaram dessa mobilização e que nos contam sobre a importância da pauta ambiental também ganhar mais espaço entre a juventude.
A Gabriela Brasiliae, do Greve Pelo Clima Brasil, e a Marina Faciroli, do Army Help The Planet, deram detalhes das ações que foram feitas nas redes e ressaltam como proteger o planeta também é um exercício de cidadania.
Também entrevistamos a pesquisadora Camila Rocha, doutora em ciência política pela Universidade de São Paulo (USP), que nos trouxe um panorama sobre o que está por trás da desconfiança da juventude com a política institucional.
#59 - Aldear a política, um chamado dos povos indígenas
Milhares de indígenas ocuparam Brasília ao longo das últimas duas semanas para a 18ª edição do Acampamento Terra Livre (ATL). Este ano, o tema “Retomando o Brasil: Demarcar Territórios e Aldear a Política” evidenciou a mobilização dos povos da floresta para ocupação cada vez maior de espaços políticos e de representatividade.
Neste episódio, entrevistamos Francisco Piyãko, uma das lideranças da Aldeia Apiwtxa, da Terra Indígena Kampa do Rio Amônia, localizada no Acre, para entendermos todas as dimensões do processo de aldeamento da política.
Além de depoimentos de outras lideranças, no segundo bloco, Josileia Kaingang, cofundadora da Articulação Nacional das Mulheres Indígenas Guerreiras da Ancestralidade (Anmiga), fala sobre o protagonismo das mulheres dentro do movimento indígena.
#58 - Como adaptar as cidades para a crise climática?
O rastro da destruição causada pelos fenômenos climáticos extremos, a exemplo das fortes chuvas, evidenciam o total despreparo do país para lidar com os efeitos da crise climática. Apesar do abandono do poder público, há o que ser feito para que os danos sejam menores e os impactos reduzidos.
Você já ouviu falar, por exemplo, nos planos de adaptação climática? Quem o implementa, o que ele prevê? Todas essas respostas estão neste episódio do nosso podcast.
Entrevistamos Paulo Zangalli, pesquisador da Universidade Federal da Bahia (UFBA) e coordenador da Câmara Temática de Eventos Extremos do Painel Salvador de Mudança do Clima, sobre o assunto. E falamos também com Sarah Marques, liderança comunitária de Recife, do coletivo Caranguejo Tabaiares, que comenta sobre como as populações em situação de vulnerabilidade são mais impactadas, e apresenta algumas soluções possíveis para adaptar o território e reduzir os impactos dos eventos extremos.
No segundo bloco deste episódio, abordamos o Acampamento Terra Livre 2022, o maior encontro de povos indígenas do Brasil, que terá início na próxima semana.
#57 - As 5 maiores ameaças socioambientais de 2022
O ano de 2022 começou daquele jeito quando o assunto é o cenário socioambiental. Enquanto as fortes chuvas assolaram populações de diferentes regiões do país, a exemplo da tragédia de Petrópolis, na esfera política seguimos enfrentando propostas extremamente nocivas ao meio ambiente e que atacam direitos fundamentais dos povos originários.
Estamos falando do pacote da destruição, um conjunto de projetos de lei em curso no Congresso Nacional que, se aprovados, irão trazer graves impactos para a população e para o planeta como um todo.
No primeiro episódio do nosso podcast desta temporada, nós te explicamos quais são as cinco maiores ameaças socioambientais de 2022. E para falar sobre elas, convidamos pessoas que conhecem profundamente os assuntos.
Contamos com a participação de Paola Carosella, chef de cozinha e ativista, para nos explicar os perigos do Pacote do Veneno, aprovado recentemente pela Câmara dos Deputados. Já Maurício Guetta, do Instituto Socioambiental, nos trouxe um panorama do PL do Fim do Licenciamento Ambiental.
#56 - PRODES: a destruição da Amazônia sob Bolsonaro
Entre agosto de 2020 e julho deste ano, o Brasil registrou a maior taxa de desmatamento desde 2006. Somente na Amazônia, segundo dados do Projeto de Monitoramento de Desmatamento da Amazônia (Prodes), divulgado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o desmatamento atingiu 13.235 km² - um aumento de 21,97% em relação ao ano anterior.
Para entender melhor as decisões e retrocessos que nos trouxeram até este cenário, entrevistamos a ex-ministra do Meio Ambiente Izabella Teixeira, que ocupou o cargo entre 2010 e 2016, e a porta-voz da campanha para Amazônia do Greenpeace Brasil, Cristiane Mazzetti.
Neste episódio, também abordamos as falsas promessas apresentadas pelo Brasil na COP26 e falamos sobre a Semana Chico Mendes com a participação de Angela Mendes, filha do ambientalista e coordenadora do Comitê Chico Mendes.
A temporada deste ano do As Árvores Somos Nozes fica por aqui. Nos vemos em 2022!
#55 - Arte e ativismo
Você sabe o que é uma arte ativista? Neste episódio, vamos falar sobre o que é “artivismo” e entender como as expressões artísticas podem levar longe uma mensagem de luta e resistência e contribuir para a transformação da sociedade. Para alguns artistas, a realidade e o olhar crítico acerca dela não se separam de sua criação.
Para entender o tema, entrevistamos o pesquisador André Mesquita, que estuda a relação entre arte, política e ativismo e é curador do MASP, o Museu de Arte de São Paulo. Batemos um papo também com o compositor Carlos Rennó, autor e idealizador da Canção pra Amazônia - um manifesto poético-musical em defesa da maior floresta tropical do mundo -, o grafiteiro amazonense Raiz - que tem a cultura indígena e cabocla como tema central de suas artes -, e Mundano, que inaugurou recentemente uma obra feita com as cinzas da floresta.
#54 - COP26: o que está em jogo
Acontece entre 31 de outubro a 12 de novembro, em Glasgow, na Escócia, a COP26, o maior encontro global dedicado ao enfrentamento da Crise Climática. A vigésima sexta edição da Conferência do Clima da ONU é o prazo final para que os países apresentem seus planos de redução de emissões de gases do efeito estufa. Juntos, esses planos precisam colocar o mundo de volta nos trilhos para deter o aumento da temperatura global de mais de 1,5°C até o final do século.
Para falar sobre as principais decisões a serem tomadas na Conferência, as transformações necessárias para evitar um colapso climático e a visão do Grupo Carta de Belém, do qual o Greenpeace faz parte e tece críticas a respeito do que o governo brasileiro pode apresentar como soluções, conversamos com Maureen Santos, da FASE, Federação de Órgãos para Assistência Social e Educacional, e Fabiana Alves, da campanha de Clima e Justiça do Greenpeace Brasil. E para trazer a voz da juventude que vai a Glasgow, entrevistamos Marina Guião, integrante do Fridays For Future e ativista ambiental que já está de malas prontas!
#53 - Bioeconomia: solução ou maquiagem verde?
De 18 a 20 de outubro, o Fórum Mundial de Bioeconomia acontecerá em Belém, no Pará, para discutir os caminhos de uma economia que se anuncia como “sustentável”. No entanto, mostramos nesse episódio que não há bioeconomia que realmente esteja em harmonia com a natureza sem o diálogo e sem a participação dos povos e comunidades tradicionais da floresta.
Simultaneamente ao evento internacional, que conta apenas com a presença de representantes do agronegócio e do governo, acontecerá o Encontro Amazônico da Sociobiodiversidade, onde comunidades tradicionais da Amazônia trarão exemplos de iniciativas econômicas desenvolvidas com a floresta em pé, nas quais o respeito à natureza é prioridade.
Para falar sobre o tema, convidamos Danicley Aguiar, porta-voz da campanha Amazônia do Greenpeace Brasil, e Edel Moraes, vice-presidente do Memorial Chico Mendes e integrante da coordenação do Encontro.
#52 - Queimadas: inimigas da natureza e dos pulmões
O desmatamento e as queimadas seguem fora de controle na Amazônia. Junto com a destruição das nossas florestas, a fumaça dos incêndios florestais impacta diretamente a saúde da população local. Tudo isso em meio a uma pandemia que, além de sobrecarregar o sistema de saúde, também atinge o sistema respiratório. Neste episódio, repercutimos os achados de expedição feita recentemente pelo Greenpeace em Porto Velho e Candeias do Jamari, em Rondônia, passando por Lábrea e Humaitá, no estado do Amazonas - áreas intensamente afetadas pelo fogo.
Entrevistamos Cristiane Mazzetti, porta-voz da campanha para a Amazônia do Greenpeace, e contamos também com a participação do médico Daniel Pires de Carvalho, que atua no Hospital Infantil Cosme e Damião, em Porto Velho. Além disso, detalhamos dados do “Engolindo a Fumaça”, projeto do InfoAmazonia que apresenta uma série de reportagens sobre os efeitos da poluição do ar causados pelas queimadas. A mobilização da Greve Global Pelo Clima, que aconteceu na semana passada, também não ficou de fora!
#51 - Marco Temporal, não!
Após uma mobilização histórica com milhares de lideranças indígenas ocupando Brasília no acampamento Luta Pela Vida, o julgamento da tese do marco temporal no Supremo Tribunal Federal (STF) foi suspenso por tempo indeterminado após pedido de vista do ministro Alexandre de Moraes.
Neste episódio do As Árvores Somos Nozes, trazemos um panorama do julgamento até o momento, o ataque que ele representa aos direitos dos povos indígenas e quais são as perspectivas do processo.
Para isso, contamos com a participação de Tito Menezes, assessor jurídico da Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab), Carol Marçal, porta-voz da campanha de Florestas do Greenpeace Brasil, e Eloy Terena, coordenador jurídico da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib).
#50 - IPCC e a influência humana no clima
O recado dado pela ciência é claro: estamos vivendo uma última janela de oportunidades para a tomada de ação em direção a uma mudança urgente e necessária no modo de funcionar da humanidade. Segundo o último relatório do IPCC, o Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas, entre 2011 e 2020, a média da temperatura global já atingiu 1.09°C acima dos níveis pré-industriais, e é inequívoca a influência humana sobre o superaquecimento do planeta.
Para falar sobre os dados do relatório, nós conversamos com Mercedes Bustamante, professora do Departamento de Ecologia da Universidade de Brasília (Unb) e cientista integrante do Grupo de Estudo III do IPCC, que discute as ações de mitigação das mudanças climáticas. E falamos também com Jurema Werneck, da Anistia Internacional, que faz uma análise sobre como as populações em situação de vulnerabilidade são mais atingidas; e com Samela Sateré-Mawé, bióloga e ativista indígena, que traz a perspectiva dos povos originários sobre o tema, agentes fundamentais na luta contra o desmatamento e a crise climática.
Neste episódio, nós usamos áudios da Apib (Articulação dos Povos Indígenas do Brasil), Rádio Usp, TV Globo, e contamos com a narração da jornalista Rosana Villar, do Greenpeace Brasil.
#49 - Amazônia: temporada de queimada não existe!
Você já tentou colocar fogo num pedaço de papel molhado? É essa a imagem que precisa ter em mente para entender por que a Amazônia não pega fogo sozinha. Ela é uma floresta úmida e só pega fogo porque botam fogo nela. Tem ideia de como isso acontece? O desmatamento é um processo que criminosos como grileiros, madeireiros e mineradores sabem muito bem como manejar a favor da destruição, ameaçando a biodiversidade e a vida dos povos da floresta.
Neste episódio, tivemos uma verdadeira aula sobre como o desmatamento acontece com Rômulo Batista, porta-voz da campanha de Amazônia do Greenpeace Brasil, que voltou recentemente de uma série de sobrevoos de registro e monitoramento de queimadas. Também temos uma importante contribuição da ecologista Erika Berenguer, e um bloco especial com Lika Gonçalves, analista de Mobilização do Greenpeace Brasil, falando sobre a Brigada Digital, uma alternativa para combater o fogo à distância.
#48 - Agroecologia: saúde individual, coletiva e ambiental
Enquanto vivemos uma crise sanitária e social, aumenta o cenário de insegurança alimentar no país. Só durante a pandemia, houve queda de 85% no consumo de alimentos saudáveis. Todos os cidadãos e cidadãs precisam ter seu direito garantido à comida de verdade e a uma vida saudável. E este é o tema desse episódio, que trata de uma forma de produzir comida de verdade que é fundamental para a recuperação da saúde individual, coletiva e ambiental, a agroecologia.
Para entender a relação entre alimentação e saúde, conversamos com a Fernanda Savicki de Almeida, pesquisadora em saúde pública da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz-MS) e vice-presidente da Associação Brasileira de Agroecologia (ABA). E para falar sobre a importância de enfrentarmos a epidemia do veneno e da necessidade de políticas públicas para o fortalecimento da agroecologia, conversamos com Marina Lacorte, porta-voz da campanha de Agricultura e Alimentação do Greenpeace Brasil.
#47 - Maquiagem camuflada: entenda o papel dos militares na proteção da Amazônia
Com a temporada de seca na Amazônia começando, se inicia também a ameaça da alta dos incêndios criminosos na floresta. Por isso, o governo determinou a volta dos militares à região. Mas o que a gente pode esperar dessa nova fase da Operação Verde Brasil que, só em 2020, custou 530 milhões de reais e como resultado teve o maior desmatamento dos últimos 12 anos? Quem fala sobre este assunto é Suely Araújo, ex-presidente do Ibama e analista sênior do Observatório do Clima.
E antes de aprofundarmos qual é o papel do Exército no combate ao desmatamento, voltamos algumas décadas no tempo para entender como se formou a visão dos militares sobre a maior floresta tropical do mundo e a influência que essa visão tem até hoje em alguns grupos da sociedade. Para falar sobre o plano de invasão orquestrada da floresta na época da ditadura militar no Brasil, conversamos com Ricardo Cardim, botânico, paisagista, historiador, e responsável por essa pesquisa histórica.
#46 - O fantástico mundo da Amazônia noturna
Como a ciência pode contribuir para a conservação da biodiversidade? Por que é tão fundamental o investimento em projetos de pesquisa que busquem revelar novas espécies da floresta? Neste episódio, entrevistamos pesquisadores do Projeto Mantis contemplados pelo programa “Tatiana de Carvalho de Incentivo à Pesquisa e Conservação da Biodiversidade na Amazônia” para responder a perguntas como essas e outras mais, e também para contar curiosidades sobre como é ser um pesquisador na Amazônia.
Além de um bate-papo recheado de aventuras sobre as noites dos pesquisadores Leonardo Lanna e Lucas Fiat na floresta em busca do louva-a-deus, contamos com a participação do fotógrafo e documentarista, Christian Braga, que tem registrado de perto a dura realidade de populações afetadas pela cheia em Manaus, a maior da história desde o começo das medições. Se nada for feito para o enfrentamento da crise climática agora, eventos extremos como esse serão cada vez mais intensos e frequentes.
#45 - Licenciamento fica!
Foi graças ao licenciamento ambiental que o mico-leão-dourado, sobreviveu à construção da rodovia BR-101. O licenciamento obriga empreendedores a arcar com os impactos ambientais e sociais de suas obras, funcionando como uma garantia de proteção do meio ambiente e das populações afetadas por empreendimentos como a construção de hidrelétricas, barragens e rodovias.
Mas é justamente esse instrumento tão valioso que o Congresso Nacional está tentando fazer desaparecer no Brasil, por meio do Projeto de Lei (PL) 3729. No último dia 12 de maio de 2021, a Câmara dos Deputados aprovou o novo texto do PL, que vergonhosamente propõe acabar com o licenciamento ambiental no Brasil. A versão aprovada proposta pelo deputado Neri Geller (PP-MT) é a PIOR desde o início de sua tramitação, em 2004. Para falar sobre o assunto, conversamos com Luiza Lima, assessora de políticas públicas do Greenpeace Brasil, e André Aroeira, especialista em políticas públicas e ambientais.
#44 - A melhor arma contra a fome é a agroecologia
Em parceria com o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), a Central Única das Favelas (CUFA) e a Rede Maniva, o Greenpeace iniciou a campanha “Comida para quem precisa de comida de verdade” com o objetivo de doar e promover alimentos agroecológicos, produzidos pela agricultura familiar, para pessoas em situação de vulnerabilidade e insegurança alimentar.
Com a pandemia de COVID-19 no Brasil, este cenário piorou ainda mais. O Brasil, líder mundial nas exportações do agronegócio, chegou a 116,8 milhões de pessoas em situação de insegurança alimentar. Dessas, 19 milhões estão passando fome. O que precisa ser feito para reverter esse quadro? Para falar sobre este assunto, trouxemos Natália Almeida, pesquisadora na Agenda de Saúde e Agroecologia da Fiocruz, Pamela Gopi, Estrategista da Campanha de Agroecologia do Greenpeace e Isis Campos, membro da Coordenação Nacional do MST.
#43 - Biden, não confie em Bolsonaro
Neste episódio, ouvimos representantes de povos da floresta sobre negociações entre Brasil e EUA a respeito do desmatamento na Amazônia
O resultado dessas negociações, nós só vamos ficar sabendo na Cúpula do Clima, que acontece nos dias 22 e 23 de abril, um evento online, convocado pelo governo dos Estados Unidos, que reúne 40 líderes mundiais para debater ações práticas de mitigação e adaptação às mudanças climáticas nas próximas décadas.
No entanto, já há algum tempo, a sociedade civil brasileira tem se manifestado para chamar a atenção de Joe Biden em relação aos riscos de se fazer um acordo com o governo Bolsonaro. Afinal, este é um governo que não só tem aumentado os índices de desmatamento, ao promover um desmonte das políticas ambientais, como tem um discurso que incentiva a destruição e ataca os povos da floresta. A poucos dias da Cúpula do Clima, apresentou um plano vergonhoso para a Amazônia, em que propõe entregar um índice de desmatamento 16% maior do que quando ele chegou ao governo.
Para falar sobre este assunto, ouvimos representantes de povos indígenas e quilombolas que falam sobre a importância de integrarem este diálogo e das possíveis consequências de um acordo sem sua participação. Os entrevistados são Biko Rodrigues, coordenador executivo da Conaq (Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais), Dinamam Tuxá, coordenador executivo da APIB (Articulação dos Povos Indígenas do Brasil), e Fabiana Alves, coordenadora da Campanha de Clima e Justiça do Greenpeace Brasil.
#42 – O maior desmatamento em doze anos
A gente conversou com a Cristiane Mazzetti, da campanha de Amazônia, do Greenpeace Brasil, e com Carlos Nobre, um dos mais importantes cientistas sobre clima e Amazônia. Também trazemos o depoimento de duas voluntárias do Greenpeace sobre o porquê elas defendem o meio ambiente.
#41 - Nossa ação judicial pelo Clima e pela Amazônia
Os índices de desmatamento estão batendo recordes históricos desde 2019, enquanto o governo paralisou o principal plano de combate e prevenção à destruição da floresta e não gastou todo o dinheiro que poderia para essa questão. Acabar com o desmatamento é uma urgência se queremos conter a crise climática, que já afeta o Brasil e o mundo.
Neste podcast, falamos com o Maurício Guetta, que é advogado do Instituto Socioambiental e que trabalhou à frente dessa peça jurídica, e com Fabiana Alves, coordenadora da campanha de Clima e Justiça do Greenpeace Brasil. Contamos também com áudios de Wallace Apurinã, que coordena a Organização Dos Povos Indígenas Apurinã e Jamamadi (Opiaj).
#40 - Especial: Pesquisa Datafolha sobre a Amazônia
Neste episódio especial do nosso podcast, o analista de dados, Jean Prado, e a especialista em Amazônia, Cris Mazzetti, apresentam alguns dos mais importantes resultados dessa pesquisa, dando um panorama geral sobre o que a população deseja para o futuro da maior floresta tropical do mundo.
#39 - Cidadania para além do voto
As eleições municipais estão se aproximando e é hora de pensar em quem escolher nas urnas. Nossos convidados deste episódio dão dicas para que você vote consciente e acompanhe o que está acontecendo em sua cidade. Também ouvimos histórias de como ser um cidadão engajado para além do momento do voto, ou seja, como atuar politicamente no seu dia a dia.
Recebemos Vinícius Zunino, do Politize!, uma organização que faz educação política. E Izabela Borges de Vasconcelos, que fez uma mobilização em Manaus para que os vereadores votassem um projeto de lei sobre alimentação.
#38 - Educação durante a pandemia
Neste episódio, comentamos os dados da pesquisa e ouvimos os relatos pessoais de professores e estudantes. Também conversamos com Rafael Onori, da área de Comunidades do Greenpeace Brasil e com Gabriela Marques. Ela é pedagoga e consultora do Projeto Escola e falou sobre os desafios que a pandemia trouxe ao sistema de ensino e sobre qual educação a gente deveria investir mais nas escolas.
#37 - Como anda a fauna das nossas notas de dinheiro?
Conversamos sobre o status da onça-pintada e as ameaças causadas pelos incêndios no Pantanal, sobre a história do mico-leão-dourado, que quase foi extinto e sobre o lobo-guará, que estampa nossa nova cédula de R$ 200. Os entrevistados são Luiz Paulo Marques Ferraz, secretário-executivo da Associação Mico-Leão-dourado, e Ricardo Luiz Pires Boulhosa, presidente do Instituto Pró-Carnívoros.
#36 - Justiça para os atingidos pelo petróleo
Conversamos com Maria Vale, pescadora de Fortim (CE), que conta como a vida dela mudou radicalmente neste um ano que passou. E também com Ormezita Barbosa, secretária-executiva do Conselho Pastoral dos Pescadores (CPP) Nacional, uma das organizações envolvidas na campanha.