BiYiNiao do Livro

O Clássico do Grande Mistério 太玄经 , escrito por Yang Xiong 扬雄, trata da vida que ascende em constante movimento.

"Ascensão desalinhada

Esforço para ser exuberante sem ter raízes,

apoiando-se sobre uma falsa reputação flutuante.

Ascensão desalinhada,

crescer tortuosamente."

O Clássico do Grande Mistério 太玄经 , escrito por Yang Xiong 扬雄, fala sobre a perspectiva da vida que ascende.

Para fora do Vale Profundo, 

O pássaro chega em árvores altas, 

buscando seus grãos.

Para fora do vale profundo, subindo em árvores altas,

Ele sabe a direção de onde quer chegar. 

O Clássico do Grande Mistério 太玄经 , escrito por Yang Xiong 扬雄, fala sobre a perspectiva da vida que ascende. Para Yang Xiong, a capacidade de ascender da terra, ou seja, de sobreviver aos desafios do mundo e continuar em um processo de construção da própria vida é uma luta, por vezes, estressante. 

A parte dois do capítulo traz o estado de espírito que o ser humano sente quando vive no entre. Entre o que eu tanto desejo, e onde a minha mente e meus pensamentos já conseguem chegar, e o vale profundo atrás de mim, onde eu posso cair a qualquer momento.

O Clássico do Grande Mistério 太玄经 , escrito por Yang Xiong 扬雄, fala sobre a perspectiva da vida que ascende. Quando seu coração puro ascende, ele destrói a necessidade de ser afiado aquilo que é, por natureza, cortante. Esse é um episódio sobre harmonia.

Trilha: Christian Perrota

Confúcio emputecido, amores chilenos (não) correspondidos e medo de ouvir Podcasts. Deus cuida de todos os aflitos.

Poema de Cao Cao 曹操 e Cao Pi 曹丕 sobre a sensação de não ter mais caminho para andar. Reflexões sobre o Taoísmo de Liezi.

Trilha sonora: Christian Perrota

Confúcio, afrontoso, se envolve em uma história pouco confuciana. E nós aprendemos com ela.

Do Confucionismo ao Taoísmo, o mundo é feito de pessoas que estão fazendo o seu melhor para torná-lo um lugar mais sincero.

Trilha: Christian Perrota

A coragem do pescador é viver no oceano sem ficar se escondendo do tempestuoso dragão das águas.

A coragem do caçador é viver na terra sem ficar fugindo dos grandes rinocerontes e temíveis tigres.

A coragem do soldado em batalha é ver flechas afiadas voando em sua direção e enxergar a morte como uma nova vida.

A coragem do sábio é saber que o infinito traz o destino, que o tempo determina a jornada e não se assustar, mesmo quando estiver rodeado por tão grande nuvem de dificuldades.

Uma conversa sobre medo e coragem.

Liu Xie 刘勰 escreveu o livro A Mente Literária e o Esculpir de Dragões 文心雕龙 porque teve um sonho com Confúcio e decidiu, então, eternizar seu nome em seus escritos.

Neste episódio, contudo, analisamos o desejo que está por trás da vontade de não ser esquecido na história. Existe um medo mais elementar que o de não ser lembrado em um futuro pós morte: o medo de não estar sendo entendido no presente. 

"A vitalidade de Yang 阳, pode ser firme, pode ser flexível, pode ser ativa e pode descansar. Ao encontrar resistência, encolhe".

E se você fosse um peixe que ama bicicletas? 

Para você, a vida é uma aventura ou um tribunal? 

O livro "A menina que amava as plantas" foi lançado em maio de 2021 pela editora Cai-Cai e selecionado no programa Minha Biblioteca, da Secretaria Municipal de Educação da cidade de São Paulo, agora no começo de 2022. Criado em 2007, o programa Minha Biblioteca é uma iniciativa da prefeitura da capital paulista de compra e distribuição gratuita de livros para escolas e bibliotecas, que visa a promoção e a democratização da leitura entre as crianças da rede pública de ensino.

Todos os anos, é aberto um edital para seleção dos livros, que são inscritos pelas editoras. A Secretaria, por meio de uma comissão de avaliadores, faz uma seleção criteriosa, cujo resultado é publicado no Diário Oficial. As editoras recebem então um prazo para providenciar a tiragem solicitada e também uma versão em formato acessível da obra.

No caso da "Menina que amava as plantas", a Cai-Cai optou por criar um audiolivro, com descrição das imagens para inclusão das crianças com baixa visão. Pela afinidade temática, a gravação ficou a cargo de Calebe Guerra, do podcast Biyniao do Livro.

Pagode Lei Feng (雷峰塔) e a lenda de Madame Serpente Branca (白蛇娘娘).

Da antiga lenda chinesa de um pássaro de uma asa, o pássaro Biyiniao se tornou uma jornada criativa sobre aquilo que todos nós somos e o que todos nós precisamos.

Um pássaro de uma asa não voa sozinho. Sozinho, seu destino está nos lugares baixos. Mas o fim vazio de nunca voar não é uma escolha solitária do Biyiniao - é um destino outorgado caso ele não encontre um outro Biyiniao para voar com ele.

A ilusão de que o Biyiniao foi criado somente para o chão é quebrada quando um outro Biyiniao aparece para ser deste a segunda asa que ele precisa para ir conhecer as nuvens.

O destino vazio vivendo no chão não precisa ser uma escolha pra nenhum pássaro de uma asa só, contanto que ele não esteja sozinho.

Por isso, a jornada do Biyiniao é sempre em direção à comunidade, a outros pássaros como ele. Pássaros de uma só asa. Limitados e dependentes, igual a ele.

Para chineses antigos, o aparecimento do arco-íris não era uma coisa boa. É no aparecimento do arco-íris era algo tenso, denso, misterioso.

Ao aparecer o arco-íris, a gente sabe que o Yin e o Yang não estão em harmonia. Então o que se segue será uma história de como algo está dando completamente errado no mundo dos seres humanos, fazendo com que o yin e o yang se desloquem e o arco-íris apareça.

Bom, o que era um arco-íris então para os chineses antigos?

A representação mais antiga do ideograma para arco-íris traz claramente o que os chineses achavam que ele era: Um bicho de duas cabeças, uma em cada ponta. Talvez “ser celestial” ou “ser sobrenatural” caberia melhor, mas… existia esse grande ser fantástico que vinha justamente pra beber as águas dos rios.

Isso no imaginário de camponeses era terrível. Depois de um período de chuvas, que era bom pro plantio, pra regar a terra e trazer a promessa de uma colheita robusta no futuro, você tem um monstro que aparece pra secar a água que acabou de cair no solo.

Mêncio acreditava que "o grande homem é aquele que não perdeu o seu coração puro".

Para ele, a formação do eu virtuoso é na verdade a busca pela benevolência e justiça que foram perdidas, é o resgate da inocência da curiosidade infantil.

A auto-reflexão, o ato de pensar e meditar sobre si, em Mêncio, toma proporções gigantescas quando comparadas a Confúcio. E para ele, esse era o “Summum bonum”, o bem supremo!

Partindo de pressupostos diferentes aos de Mencio sobre bem, mal, coração humano e vida religiosa, eles concordavam em uma coisa:

O “eu” é uma terra a ser conquistada.

A contemplação da verdade leva o homem a desbravar o próprio coração e conquistar a si mesmo.

E a verdadeira sabedoria, tanto na tradição confucionista quanto na tradição agostiniana reside em construir a si mesmo através  da auto reflexão.

Wang liang pergunta para a sombra:

“Num momento você anda, no outro você para. Num momento você senta; no outro você se levanta. Você não tem vontade própria?".

Pra Zhuangzi, depois de concluir que todas as coisas convergem em uma única direção, todas interdependentes e em eterna transformação, ele diz que o ápice da interconexão de todas as coisas é quando elas já não mais sabem onde uma termina para que a outra comece.

Pequena história extraída de um clássico taoísta, o livro de Zhuang zi.

O pensamento confucionista foi desenvolvido a partir da crítica ao taoísmo. 

E o pensamento taoísta foi desenvolvido a partir da crítica ao confucionismo.

Nenhum vive sem o outro. E ambos estão de acordo sobre a essência um do outro.

O dilema do homem que tinha tanto medo das pegadas que deixava pelo chão que, ao tentar fugir delas correndo, morreu exausto.

Zhuang zi 庄子, em seu texto 《渔父》conta essa história.