Camadas
By Mariana Dixe
CamadasMay 20, 2022
Até já!
"Anti-poético" com Beatriz Magano - Ep. 66 (Parte 2)
Desta vez, não criámos um podcast hipotético, porque ele já existe na realidade. O Anti-poético nasceu do gosto pela rádio e de uma vontade em comum com a comediante Joana Santos e tornou-se num compromisso, seja com um ouvinte ou com dez mil. É um espaço de humor, de curta duração, dividido em temporadas e disponível em todas as plataformas habituais. Começa com uma conversa telefónica completamente aleatória e desenrola-se com um nível de aleatoriedade muito semelhante. Pelo meio desta segunda parte, há dois ou três temas que não podiam faltar: os limites do humor, o medo do cancelamento e Ivete Sangalo.
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Camadas de Beatriz Magano - Ep. 67 (Parte 1)
Fomos vizinhas e não sabíamos. Encontramo-nos pela primeira vez, se não nos tivermos cruzado nas redondezas em crianças, e fiquei a conhecer a humorista que quis ser atriz desde sempre. Primeiro, falámos sobre audições. A Beatriz fez provas para a ACE, não ficou mas foi repescada pelo Externato Delfim Ferreira. Depois, tentou entrar na ESMAE, conseguiu, mas preferiu trabalhar em teatro infantil e musical em vez de continuar estudos. Passado um ano, voltou a tentar e já não ficou. Se não está aqui um ângulo cómico qualquer a ser desperdiçado, então não sei. Sem ter grandes referências na comédia, a não ser os clássicos, um dia estava a regressar do Porto Beer Fest e deu de caras com uma noite de stand-up nas Galerias. Foi a palco, fez cinco minutos de improviso e voltou na semana seguinte para ser vista pelo Rui Xará que, “para questões meramente profissionais”, lhe pediu o número. Desde então, é só história: teve oportunidades que gostava de só estar a ter agora, decidiu que quer combater em Kickboxing, estreou (e vai repor) o espetáculo “Sai uma de pressão” e tem um podcast.
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"O Domínio do Pintelho" com Mestre André - Ep. 66 (Parte 2)
Mais uma hora de episódio, mais uma maratona de edição, para vos trazer O Domínio do Pintelho, nome improvável para um podcast em que se partilham gravações de campo e a carga afetiva a elas associada. Pelo menos, o Mestre André dignou-se a criar esta linda imagem, não deixando para mim esse trabalho extra, sobretudo depois de ter mandado os ouvintes sair do digital e procurar a escuta ativa e interna na realidade. Nesta segunda parte, temos um cocktail de temas, para homenagear a vida de copos de que tanto falámos. Temos um ano deprimente de bebedeiras pós-Londres, um Mestrado na Universidade Nova, estágio-projeto em Vancouver, apicultura, micofilia e ecologia acústica. Como é captado o som dos documentários de vida animal? Que redes unem os organismos de uma floresta? Como é que soava a Roma Antiga? Quem é que fez sauna com o Barry Truax? A resposta a estas perguntas, aqui. E não se esqueçam, malta: “a quietude é boa”.
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Camadas de Mestre André - Ep. 66 (Parte 1)
Sabem realmente quem é o Mestre André? A primeira pessoa que se dá ao luxo de vir ao podcast e ser ele a começar a conversa. Começou, acabou, e pelo meio falou durante quase duas horas. Ora sobre ser um puto pequenino, com cara de nerd e medo de ir à escola; ora sobre o dia de orientação vocacional que lhe mudou a vida para sempre. Basicamente, alguém disse ao Mestre que os tímidos é que dominam o mundo e ele acreditou. Passou 18 anos a dizer à mãe que queria ir viver para Lisboa e, quando teve oportunidade para isso, deixou-se ficar em Évora. Tinha gostos estranhos mas diz que, na verdade, aprofundou o seu conhecimento muito cedo. E depois queixa-se de ter sido vítima de bullying! Se me perguntam a mim, o mapa do bairro devia ter ainda mais zonas proibidas. Agora a sério, o episódio de amanhã explica muita coisa: a chegada ao mundo da música através do instrumento mais barato da loja, o interesse nos hip-hops por causa do mIRC e a experiência de ocupar casas em Londres. Mas sobretudo, está aqui conteúdo que não encontram em mais lado nenhum: telemóveis em que a câmara era destacável, uma review das condições de um dos edifícios da Universidade de Évora e um homem na casa dos 30 a dizer “c’um caneco”. Comprovem vocês mesmos.
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"As Escolhas da Inês" com Inês Lemos - Ep. 65 (Parte 2)
A Inês pediu uma colagem muito manhosa, como se fossem recortes de revista, com imagens particularmente aleatórias para se perceber que este é um espaço aberto a todas as possibilidades. Acho que lhe fiz jus! Se a Inês Lemos tivesse um podcast, provavelmente não teria um podcast, porque ouve sobretudo música. Vai daí As Escolhas da Inês, qual Sophie's Choice, são entrevistas a músicos e bandas cujo critério de seleção é o muito razoável "artistas de quem eu gosto". Pode passar por Tame Impala, Jungle, Rednex (autor do jingle), mas com certeza e antes de qualquer outro, Manel Cruz, que canta a sua verdade. É o regresso da minha convidada à criação de conteúdo, depois de, em criança, ter cocriado e apresentado o programa de variedades Ria-se Você Mesmo com música, sketches de teatro e massagens ao vivo.
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Camadas de Inês Lemos - Ep. 65 (Parte 1)
Depois de nos termos conhecido na produção de um festival em 2018 e de nos termos cruzado por várias vezes ao longo dos anos, finalmente sentamo-nos para pôr a conversa em dia, acompanhadas por um brinde - a nós, à cerveja e à tradição deste podcast. A minha convidada desta semana é a Inês Lemos. Por defeito desta profissão em que a única organização correta é a nossa, acabámos, irremediavelmente, a falar, sobretudo, de trabalho. Mas se lhe perguntarem que trabalho é este, a resposta será "Tens cinco minutos?". Se me perguntarem a mim, a Inês é a Bobbi de Euphoria, a assistente da Lexi na concretização do espetáculo. Isso e muito mais. Reparem que a própria família, muitas vezes, não sabe do seu paradeiro. E ela assume: esta espécie de caos inconstante é que a motiva. Os diversos empregos com que faz malabarismo têm, eles próprios, várias camadas. Garantir que os horários são cumpridos; lançar mensagens; fechar cortinas; lidar com divas e faltas de educação; e - o que eu adorei esta ideia - traduzir. Evitar o conflito, promover a comunicação e fazê-lo como um tradutor, entre duas pessoas (ou mais!) que não se entendem. Faz parte do job description? Talvez não. Mas só porque esta descrição precisa de ser atualizada. Aproveite-se e acrescente-se a frase "Uma equipa feliz faz um trabalho feliz". Se calhar, deixamos é de fora a parte em que a Inês quase arruinou uma gala internacional de magia organizada pelo Luís de Matos. Isso vão mesmo ter de ouvir para perceber.
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"Clube da Felicidade" com Sofia Faria - Ep. 64 (Parte 2)
O que é a felicidade? É possível ser-se feliz, ou apenas estar-se feliz? Porque é que tentamos imitar a felicidade das redes sociais? Os outros fazem-nos felizes ou devemos fazê-lo nós próprios? Não sou eu que pergunto, é uma psicóloga a falar e a única certeza a que chegámos é esta: a saúde da nossa saúde mental tem muito impacto. Já durante a primeira parte, a conversa foi fugindo para este tema. Mas, se tivesse de criar um podcast, a Sofia, cheia de um à-vontade que a caracteriza, e de uma preocupação genuína, ia falar com desconhecidos, na rua, para lhes perguntar, verdadeiramente: “está tudo bem?”, pronta para ficar à conversa num banco de jardim.
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Camadas de Sofia Faria - Ep. 64 (Parte 1)
Por estes dias, deixei de ter o tempo que costumava dedicar ao podcast. Não é suposto que a introdução, a edição e esta descrição me saiam do corpo ou dos dias de descanso. Portanto, decidi inaugurar uma nova fase no Camadas, mais despreparada, mais imprevista, mas, quis acreditar, mais genuína. Parti para esta conversa com três notas: "Balleteatro", "Mestre em Psicologia da Justiça", "Collection 124 - marca própria". Isto era o que eu sabia sobre a minha convidada. E a Sofia entrou-me em casa - e espero, na vida - com um à-vontade desarmante. Perguntou-me: "posso ser sincera?". Eu disse que sim mas estou em crer que ela não saberia ser de outra maneira. Falámos de depressão crónica, de ansiedade, de relações familiares, de violência doméstica, de histórias de amor, de exames de condução e de felicidade. Mas tudo de forma tão simultaneamente profunda e simples que parece uma contradição. Comovo-me muito, mesmo passados dois anos, com a generosidade destas pessoas e das partilhas que fazem. Sinto que tive um momento de verdadeira intimidade com alguém de quem só conhecia três apontamentos num caderno. E tivemos uma conversa que está aberta ao mundo, a que podemos voltar, na qual talvez consigamos, todxs, rever-nos e encontrar-nos. Faz-me redescobrir sentido nisto tudo.
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“Uma pequenina luz bruxuleante” com Amarílis Felizes - Ep. 63 (Parte 2)
O que a nossa apresentadora tem de mais singular é saber-nos falar de política cultural, sem dar ares de intelectualóide. Junta-se a uma série de convidados improváveis, pessoas interessantes mesmo quando falam de temas que não conhecem profundamente, e discute a luz ao fundo do túnel que, como aliás se vê pelo título, não deixa de ser pequenina. Um podcast para vos acompanhar no banho, na faxina, nos transportes públicos e nas organizações em coletivo de que faziam (ou deviam fazer) parte.
Com referência a: João Arriscado Nunes, Maria Filomena Molder, Revolushow, História a História, Teatra, Tubo de Ensaio, Dito e Feito, Botequim, Precisamos de Falar, João Teixeira Lopes, António Pinto Ribeiro, Cadernos da Pandemia, Perguntar não ofende.
🎶 Tuning - Yakuza
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Camadas de Amarílis Felizes - Ep. 63 (Parte 1)
Disse-me que receava que a conversa fosse demasiado pessoal, e depois abriu-se por entre a timidez e o cansaço. A Amarílis falou-nos do bicho que a levou a convencer 20 amigos e um adulto a criar um grupo de teatro de raiz; da vontade de compreender o mundo que desaguou no curso de economia; do teatro do oprimido como uma forma de democratizar os meios de produção artísticos e sensíveis; da vida académica, da experiência na Assembleia da República, da Plateia, do Estatuto.. E, depois, confessou-se uma amante de bastidores, a produtora mais desorganizada do mundo e uma personalidade rock n 'roll que ouve aquele disco específico e procurado do Fausto Bordalo Dias.
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“O poder da mente” com Joana Meneses - Ep. 62 (Parte 2)
Um podcast recém-criado, para já sem título nem ideia de convidados, que explora um tema ainda muito desconhecido, a que pode chamar-se lei da atração, manifesting, colocares-te na dimensão em que queres estar e tantas outras coisas. A Joana acredita que temos, muitas vezes, de ser uma personagem, na medida em que devemos assumir um papel e acreditar naquilo que somos em determinado momento e contexto. Já se sentiu poderosa ao ponto de se achar capaz de tudo e afirma “tudo o que eu preciso, vem a mim”.
Com referência a: O Segredo (livro de por Rhonda Byrne), O Segredo (documentário de Drew Heriot), método 5x55, Rising Higher Meditation, Teal Swan.
🎶 Chiclete - Táxi
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Camadas de Joana Meneses - Ep. 62 (Parte 1)
Como é que uma criança revoltada com recados na caderneta todas as semanas, conhecida por fechar os colegas na casa de banho e escrever bilhetinhos com insultos, se transforma nesta mulher doce, engraçada e empoderadora é um mistério que ainda está por desvendar. Fez ballet (era o terror), escrevia para desabafar, mas foi a fotografia que a fez descobrir uma veia mais artística do que o turismo e a restauração. Trabalhou em dois hóteis, um museu e um Burger King, juntou dinheiro para comprar uma câmara e, passado um ano, já tinha trabalhos pagos. É uma história digna de filme, programa da tarde ou, melhor dizendo, com a qual se tropeça de riso num podcast.
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“Sobre o Mundo” com Sofia Zehi - Ep. 61 (Parte 2)
Para sair da sua zona de conforto, a Sofia resolveu criar um podcast sobre associações, iniciativas, movimentos e grupos voluntários que defendam causas solidárias. “Sobre o Mundo” pretende investigar e ficar a conhecer novos projetos, trazer visibilidade a essas iniciativas e sensibilizar os ouvintes para os motivos que levam estas pessoas a fazer aquilo que fazem. Depois de ela própria participar numa vigilância florestal à Serra da Freita, percebeu o puro amor que leva alguém a defender a natureza e sentiu-se inspirada por essa vontade de mudar o mundo.
Com referência a: Movimento Terra Solta, Movimento Gaio, Corações Andantes, Vítor Parati, Espaço Compasso.
🎶 Another One Bites The Dust - Queen
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Camadas de Sofia Zehi - Ep. 61 (Parte 1)
A Sofia Silva, que se tornou Sofia Zehi em homenagem a um avô que nunca conheceu, fez de gato no quarto ano e notaram-lhe logo o futuro como atriz. Foi para artes visuais por se sentir artista desde pequenina mas só se viu encaixar quando decidiu estudar teatro. Passou dos karaokes em casa para as aulas de canto em grupo mas, por estar cansada de mudar de roupa todos os dias, seguiu para o ensino superior em História de Arte. Agora, depois de um impulso que a fez telefonar à mãe a perguntar se era boa ideia ir cantar para a rua, tem discos pedidos obrigatórios e originais com uma mensagem a transmitir ao mundo.
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“Noite” com Teresa Antunes - Ep. 60 (Parte 2)
Noite - título inspirado n’A Árvore de Natal dos Aliados - é um podcast pouco sóbrio, em que convidados ao nível de Meryl Streep e Khaleesi apresentam as várias facetas que gostavam de ter, em planos paralelos reais e oníricos. Neste espaço hipotético, todos estão sob o olhar atento do Joe, que não tem filtros, e não se abstém de tecer comentários, assim que terminada a conversa. Até lá, fala-se um inglês inventado e responde-se à pergunta “you crazy?”.
Com referência a: “A Árvore de Natal dos Aliados - Entrevista”, Matilde Horta, Clara Não, Meryl Streep, Stephen Hawking, Daenerys Targaryen (Khaleesi), “Conan O’Brien Needs a Friend”, “RESET”, “Vamos Todos Morrer”, “Mas Isso Não Tem Nada a Ver”, “Duas Pessoas a Conversar”, “Fuso”, “Tubo de Ensaio”.
🎶 Quem trouxe, foi o Pingo Doce - Pingo Doce
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Camadas de Teresa Antunes - Ep. 60 (Parte 1)
Uma conversa sobre a vida, a arte e o egoísmo inerente a ambas. Ou, como diz a Teresa, “NOT!”. A conimbricense que só foi a Coimbra nascer, que só foi estudar música porque gostava de piano e que só entrou na ACE para não perder tempo, só veio ao Camadas falar-nos de tudo isso: das várias casas e da dificuldade em criar raízes, da disciplina na música clássica e do Rui Monteiro como uma espécie de Bob Wilson. Embaladas pela cerveja e pelas saudades, desvendámos algumas das várias personagens da mana, desde a altura em que corria no final das aulas para ter uma sala onde estudar, até ao presente em que corre entre teatros, para gerir o pouco tempo e as muitas pessoas. Mas quem corre por gosto…
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“Saco cheio” com Bruno Manso - Ep. 59 (Parte 2)
Este é um podcast sobre tudo menos nada, incluindo alergias e constipações. É uma ideia do Bruno na voz de outra pessoa, inspirada por uma imagem na parede do meu quarto-estúdio, ou não fosse este um conteúdo sobre arte (dizem as más línguas que as temporadas vão incluir capítulos tão vastos como design, moda, fotografia, vídeo e pintura). Faz-se acompanhar de possíveis entrevistados e entrevistadores, piadas secas e um bom copo de vinho.
Com referência a: Dois à Mesa (Rui de Noronha Ozório e Cristina Bacelar), Jean-Michel Basquiat, Andy Warhol, Wandson Lisboa, Pedro Almodóvar, Janela Aberta (Miguel Luz), Bruno Nogueira, Maluco Beleza (Rui Unas), Filomena Cautela, Avenged Sevenfold, Billie Eilish, System of a Down.
🎶 The Firebird - Stravinsky
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Camadas de Bruno Manso - Ep. 59 (Parte 1)
Como é que se passa de uma infância na rua a subir às árvores para um estilo urbano inspirado no skate? Vamos descobrir. Desde o encontro com o desenho através do irmão, até à descoberta de um skate park nas Caldas da Rainha, o Bruno contou-nos todas as suas fases e paixões: a música (flauta, piano e oboé), o Audiovisual, os musicais, o Design de Moda, a carreira de influencer e a pintura. Um homem que se define como observador, que prefere ouvir do que falar e que se esconde do público nas suas próprias exposições, aceitou estar à conversa comigo e revelar-nos um percurso profissional de salta-pocinhas e a forma como vê o futuro na aproximação dos 30.
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Camadas de Mariana Dixe / Dois anos de Podcast - Ep. 58
Chamaram-me CEO deste podcast e depois lançaram-me aos leões. Começou de forma inofensiva com uma introdução para a qual não estava preparada e acabou com quase duas horas de áudio para editar. Mas também houve surpresas boas: as perguntas do público, a possibilidade de usar a expressão “bichinho da comunicação” para toda a gente ouvir, a liberdade para me gabar dos podcasts que conheço e os acrescentos vários à pergunta da praxe. Para celebrar dois anos de podcast, o Tiago e a minha mãe entrevistam-me, como se fizessem isto desde sempre e eu falo, como se fosse a primeira vez. Tem sido uma bela viagem e a vista daqui é bonita. Obrigada, malta e parabéns!
🎶 Herman José - Genérico do Parabéns (RTP Memória)
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“Somos muitas coisas” com Joana Mesquita - Ep. 57 (Parte 2)
O problema da Joana não é a falta de ideias. É a falta de antecipação. Neste episódio, gravámos um Camadas 2.0, na voz de alguém que se adapta facilmente a sítios, pessoas e contextos: aprendeu a fazer sala mas também sabe fazer do palavrão vírgula. Depois, fizemos uma nova versão do RESET, na pele de alguém que sonha poder entrar na cabeça das outras pessoas e convidar todo o mundo para as suas entrevistas. FInalmente, criámos um podcast hipotético, em que se analisam as letras das músicas pop do momento.
Com referência a: RESET (Bumba na Fofinha), Que história é essa, Porchat? (Fábio Porchat), Fernanda Montenegro, Black Mirror, Trevor Noah, Como Ela É Bela (Agir), Por um Triz (Carolina Deslandes).
🎶 Bruno Mars - Finesse
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Camadas de Joana Mesquita - Ep. 57 (Parte 1)
De alguém que viveu uma infância rodeada de paisagens e pessoas bonitas, que fazia marionetas com Barbies, que encenava as amigas e a quem chamavam, carinhosamente, de jukebox, não se pode esperar a promessa de uma arquiteta com o destino traçado. Antes, uma adolescente com “bué sentimentos bué depressa” que fez as audições na ESMAE sem saber o que era Teatro, descobriu as Indústrias Criativas e iniciou-se como produtora no Ultra Trail do Marão. Precisou de aprender a fazer as pazes com as tábuas, a gerir o amor à camisola e a impor limites - no trabalho e no amor. Mas, mesmo assim, quer a vida como os cachorros das roulottes: com tudo a que tem direito.
“Porra, e agora temos de fazer isto” com Parlamento Elefante - Ep. 56 (Parte 2)
Acabada a digressão do último espetáculo de Parlamento Elefante, a vontade de fazer não se extingue. Pelo contrário, desta vez juntam-se para um podcast, com título e tudo, que propõe um exercício de criação instantânea. Num período de uma hora, convidam artistas de várias áreas a desenvolver um espetáculo e a definir pormenores tão importantes quanto duração, ficha técnica e sinopse. A vontade é tanta que os primeiros convidados já estão escolhidos e o teaser para o Episódio Especial de Dia da Mãe já está lançado.
Com referência a: Pippo Delbono, Marlene Monteiro Freitas.
🎶 Tiptoe Through The Tulips - Tiny Tim
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Camadas de Parlamento Elefante - Ep. 56 (Parte 1)
Eduardo Molina, João Pedro Leal e Marco Mendonça assumem, como grupo, o nome da primeira criação conjunta, que surge de uma vontade artística em comum. Em vésperas do fim da digressão de CORDYCEPS, falámos sobre as infâncias ao som de Iran Costa e das dobragens dos filmes da Disney, dos percursos académicos que os levam à Escola Superior de Teatro e Cinema, de primeiras impressões, constipações memoráveis, cacifos, hambúrgueres e improvisações em tempo real. Na escola, quando se encontravam os três, faziam muita arte (palavras dos próprios). Hoje, de forma muito natural, somam o palco a uma relação de amizade, encontram tranquilidade no caos, levam o conteúdo para a forma, perdem a confiança do público e usam o teatro como ferramenta para a transformação do mundo. Sabem divertir-se - e divertir-nos.
“Escrita e Saúde Mental” com Francisca Camelo - Ep. 55 (Parte 2)
Porque é que se morre a escrever? É Francisca Camelo quem nos lança a pergunta, intrigada com a relação entre a torrente do poema para o papel (o vómito) e a intensidade emocional que, por um lado, a causa e, por outro, lhe sucede. Se a escrita criativa pode ser um mecanismo de organização, uma manifestação crua de emoções e sentimentos, a escrita de poesia não deixa de ser uma fonte de desconforto: pela falta de visibilidade, de rentabilidade financeira, pelo exercício da exposição pública e pelo questionamento da fragilidade.
Com referência a: Efeito Sylvia Plath, Florbela Espanca, Efeito Werther, Adília Lopes, Maria Teresa Horta, psicodrama, Alejandra Pizarnik, Ana Cristina Cesar, Cláudia R. Sampaio, Kate Tempest.
🎶 Déjà-vu Frenesi - Letrux
Camadas de Francisca Camelo - Ep. 55 (Parte 1)
Quem é esta mulher, herdeira dos valores humanistas da mãe e do espírito livre do pai, marcada pela infância entre a cidade e o campo, que tinha o sonho de saber ler e nunca separou a leitura da escrita? Por ter feito voluntariado num lar de idosos e, depois de descobrir que as artes visuais eram um trabalho profundamente autocentrado, formou-se em psicologia clínica mas nunca abandonou a alma de poeta. Pelo contrário, deixou que a atmosfera da psicologia invadisse a sua escrita e que as metáforas poéticas tivessem lugar nas consultas. Também falámos da raiva como motor para a arte, da dor da crítica, da crueldade do casamento e da maternidade na criação e d’A Importância do Pequeno-Almoço: o pão, o café, a fruta e o leite.
“Técnica de Palco” com João Pedro Fonte - Ep. 54 (Parte 2)
Em mais um momento “Camadas apresenta um podcast hipotético”, o João confessa que passa uma boa parte do seu tempo livre a ver vídeos que explicam processos de gravação, masterização, iluminação e vídeo. Transformámos as revistas sobre o tema que o tio lhe oferecia num conteúdo áudio que se deslumbra com o ballet da Madonna: não tanto com os passos de dança da cantora, mas com a organização da equipa de desmontagem dos concertos.
Com referência a: Tait Towers, “P!nk flying over audience”, António Pinheiro da Silva, Tim Steiner, Paulo Barrigão, Dave Rat, Marc Carolan, Rui Monteiro, Daniel Worm, 512 LiveDesign, Fred Rompante, Emanuel Pina, Vasco Gomes.
🎶 Mouna Bowa - Jean-Luc Ponty
Camadas de João Pedro Fonte - Ep. 54 (Parte 1)
Para estrear microfones novos, ou não fosse ele um artista em digressão desde tenra idade, convidei o rapaz dos sete instrumentos. Cresceu numa família ligada à música, tocou piano, clarinete, trompete e trombone (alguns deles, a fingir) e integrou uma banda de baile, embora passasse mais tempo a analisar a luz e o som. Relaxava com as aulas de geometria descritiva e tornou-se arquiteto por causa do pai de um colega que tinha uma casa como ele não sabia ser possível. São duas pessoas que vivem numa só, mas que fazem percursos cimentados: o Erasmus em Veneza, a entrada no mercado de trabalho, o curso de Formação Especializada em Cenografia, a produção de “Windows” e a mudança de vida - da rapidez da música para o rigor do teatro, da rotina para a roda viva. Isto tudo enquanto sente o chamamento da paternidade e se dedica a construir uma casa de festas.
“Assuntos Queer” com Fred Gomes - Ep. 53 (Parte 2)
O conhecimento que o Fred foi acumulando ao longo destes anos pode ajudar a que outras pessoas não tenham de passar por processos tão complicados quanto os seus e, por isso, no plano hipotético, criámos um podcast que fala de assuntos queer de forma reflexiva e honesta, direcionada à comunidade, sobre as coisas que ainda estamos todes a aprender.
Com referência a: O Fred e a Inês Falam de Coisas, Kevin Abstract, Pride, Visibly Out on TV, Love Victor, Euphoria, RuPaul’s Drag Race, The Black Flamingo (de Dean Atta), Guys We F@#ked, Lovecast (com Dan Savage), Millennial Podcast, Reply All, The Pep Talk Podcast, Killing Time, Good Morning, Sodomites!, Fruitbowl, Let’s Have a Kiki (de Scissor Sisters), I Weight (com Jameela Jamil).
🎶 Gay Sex - Be Steadwell
Camadas de Fred Gomes - Ep. 53 (Parte 1)
Cresceu como pessoa queer em Portugal nos anos 90 e ocupava-se das máquinas analógicas, cassetes e cadernos. Era o miúdo que papava os concursos todos, do desenho no pacote do leite à mascote do metro de Coimbra, mas só porque precisava de ser o melhor a tudo. Queria fazer cartoons, estudou artes gráficas e tornou-se artista por teimosia. Da novela mexicana que foi o primeiro emprego ao workshop com dois inscritos que inaugurou a We Blog You, passando pelos concertos para uma quantidade de amigos mal calculada e pelos serões a tatuar laranjas em frente à televisão, o Fred está a descobrir-se nos 30 e dá-nos o luxo de o descobrir também.
“Escrita Criativa” com Constança Freire de Sousa - Ep. 52 (Parte 2)
Na terceira temporada do Camadas, resolvi perguntar aos meus convidados sobre o que é que lhes apetecia falar se tivessem um podcast. O instinto da Constança foi para a bissexualidade, mas ficou-se pelas aulas de escrita criativa em áudio. Um programa que aborda vários capítulos: moral da história, personagens, espaço e tempo, obstáculos, público-alvo, estrutura da narrativa, o prazer de escrever, a diferença entre gostar e amar e até exercícios práticos. Pode parecer difícil, but it s not a catastrophe!
Com referência a: Richard Zimler, Ross Welford, Raya e o Último Dragão, Moana, Fangirl (de Rainbow Rowell), projeto READ ON, Pretend It's a City (com Fran Lebowitz).
🎶 Not a Catastrophe - Tom Rosenthal
Camadas de Constança Freire de Sousa - Ep. 52 (Parte 1)
Podíamos ter-nos cruzado nas aulas de natação, ténis, piano ou alemão, mas conhecemo-nos como alunas de teatro e voltamos a conversar só agora, meia vida depois. Não chegou com o casaco ao contrário, nem com um sapato de cada cor, mas veio cheia de liberdade, sem pressas. Em criança, “gato” foi uma das suas primeiras palavras. Em adulta, dar mimos à felina cá de casa foi um dos seus primeiros instintos. De tal forma que, se falasse, a Dalila diria “Constança”. Escreve histórias para crianças, compra livros para os sobrinhos e fala das coisas que a apaixonam com a capacidade de nos fazer apaixonar. Diz que teve muita sorte na vida. Sorte a nossa que a partilhe connosco!
Camadas de Maria Inês Peixoto - Ep. 51 (Parte 2)
No último episódio desta temporada, a Maria Inês, que é conhecida por elogiar muito as pessoas, começou logo por elogiar uma série de pessoas maravilhosas que merecem ser celebradas. Falámos do Invasão, da exigência e responsabilidade de apresentar um espetáculo a partir d’Os Lusíadas, e da Mão Esquerda, preenchida das suas delicadezas e sensibilidades. Depois, elogiámos a própria Maria Inês: a vontade de cuidar, a ternura nas amizades, o companheirismo nas relações e a crença de que todas as pessoas são boas. Eu descobri o seu enorme fascínio por mãos, o interesse pela pintura no primeiro confinamento e, quando precisei de pôr o computador a carregar, já no fim da conversa, pisei o cabo do microfone e piorei drasticamente a qualidade de som da gravação, só para ficar mais parecida com o tempo dos apanhados. Mas, aqui, neste caso, a senhora da patite faz recomendações literárias.
Camadas de Maria Inês Peixoto - Ep. 51 (Parte 1)
A Minês, coroada rainha dos apanhados, Inês um bocadinho minha, passa a ser também um bocadinho vossa, neste episódio em que nos fala da infância passada na aldeia de Roriz (com ó bem aberto), da experiência em dois cursos de teatro diferentes e da entrada no mercado de trabalho. Dos dias em que tentava fazer xixi de pé e dizia mentiras malvadinhas aos tempos em que, para fugir de si própria, se tornou atriz e partilhou o palco com antigos professores vão apenas alguns anos. Passou-os a atirar livros por detrás das cortinas, a definir o melhor plano para ajudar os outros e a lidar com a insegurança que a acompanha. Falámos da necessidade de continuar o processo de aprendizagem na vida profissional, da disponibilidade e sensibilidade características do trabalho artístico e, como não podia deixar de ser, de precariedade - nas finanças e nas relações humanas.
Camadas de Beatriz Lemos - Ep. 50 (Parte 2)
Retomamos, nesta segunda parte, com a dificuldade em exteriorizar sentimentos vinda de uma pessoa defensiva e desconfiada que se entregou para fazer os chamados amigos da universidade, que são para a vida toda. Falámos do quarto do povo, da vida clandestina nas residências universitárias, do mestrado em Inglaterra que, feito à distância, tem permitido o melhor dos dois mundos e da vontade de fazer tudo, elevada pela pandemia. A Mariana, do rés do chão do mesmo prédio em Luton, a tia Cristiana, que é um anjo da guarda, e a Dona Esmeralda, que é cúmplice das ilegalidades residenciais, traçam o caminho para as crises de uma vida: o medo da morte e a passagem do tempo. Mas, nem com temas tão duros, ela deixa de ser um ar fresco na vida de toda a gente: trabalha na mudança para ser uma pessoa melhor e continua a inspirar aqueles à sua volta (e a emocionar-se com a valorização que não espera).
Camadas de Beatriz Lemos - Ep. 50 (Parte 1)
A lição que vamos tirar deste episódio é que as coisas se desenrolam como têm de se desenrolar. E foi assim que aconteceu neste domingo de manhã, em que falámos da Vista Alegre e da liberdade de sair depois de almoço para brincar com os vizinhos, da experiência de uma vida no curso de teatro em que novos horários eram enviados todas as semanas, quando não havia boicotes na forma de mantas espalhadas pelos cobertores da escola, e da formatação dos alunos que são encaminhados para duas únicas saídas profissionais possíveis, que ignoram a possibilidade de reflexão. Pelo meio, houve tempo para a mãe que se apaixonou pelo pai porque estava farta de “gajos inocentes”, para a irmã que um dia se transforma em agente, para a amiga que a fez deixar de passear livros e para a professora que reagiu a uma PAP com a admiração de quem vê uma atriz “a dar tudo”.
Camadas de Rui Ramos Pinto - Ep. 49 (Parte 2)
Enquanto o Rui fazia os seus rabiscos - que, um dia, alguém há-de interpretar - e jurava não estar sob o efeito de substâncias “estupidifacientes”, contou-me como chegou ao trabalho de barman, as melhores e piores coisas de se trabalhar na noite, a beleza do contacto com clientes habituais e, ainda, talvez o mais importante: partilhou todos os truques de que precisamos para ser atendidos mais depressa ao balcão de um bar. Falámos do impacto da pandemia, dos interesses artísticos que não são óbvios num engenheiro, da componente visual transversal a todas as artes. E, no fim, o Rui (que também é DJ, embora humilde e modesto tenha dito que não) fez umas quantas recomendações musicais, saídas do seu gosto eclético “salada de frutas”, que vão das Ágatas do mundo a Massive Attack e Sevdaliza.
Camadas de Rui Ramos Pinto - Ep. 49 (Parte 1)
Convidei a única pessoa que conheço com experiência a gerir um bar para matar as saudades da vida noturna, beber um copo, festejar o São João de véspera e falar da vida. Falámos sobre “a infância de campo”, numa aldeia com trinta e cinco habitantes, duas ou três crianças e uma mão cheia de casas na árvore - empreitada que explica o percurso em engenharia civil, inspirado pelo avô e pelos vários verões passados em obras. O Rui partilhou a história de um primeiro São João, o “feeling” que o levou a escolher o Porto como a sua nova cidade, a adaptação a um exercício de relações públicas e os planos para o futuro. Para não dizerem que só falo sobre teatro, fiquei a saber quais são os quatro ramos da engenharia civil e olhei para alguns edifícios (sobretudo, imaginários) da perspetiva de alguém que lhes conhece os segredos. E nos confidencia os seus!
Camadas de Sofia Afonso - Ep. 48 (Parte 2)
Nesta segunda parte, a conversa foi mais aleatória, como a própria convidada, que é uma montanha russa de emoções. Falámos de gostos musicais, sobretudo de hip hop, da relação especial com a natureza, que atingiu o auge no regresso a Mondim e, em particular, com a assistência ao nascimento de 12 bebés cachorros (uma das experiências mais incríveis e mais nojentas da vida) e, ainda, de manter a sanidade mental com um dia livre de ecrãs por semana. Na era do excesso - de informação e de opções -, dos falsos YOLOs e Namastês, a Sofia destaca a importância da responsabilidade afetiva e do compromisso. Contou-nos sobre o projeto Fora da Caixa, partilhou a experiência de uma (não-)relação tóxica, o início da sua jornada de autodescoberta, e a terapia como forma de ganhar estofo emocional e poder de aceitação. Não se esqueçam, malta: ouçam as vossas mães!
Camadas de Sofia Afonso - Ep. 48 (Parte 1)
No terceiro episódio consecutivo com alguém da minha turma do Balleteatro, no dia em que descobre que estragou um gira-discos e no lugar do condutor de um carro, a Sofia Afonso assume que, quando sai de casa, a vida lhe acontece (normalmente mais do que às outras pessoas). Falámos da descoberta do teatro, ainda em Mondim, da partida para o Porto em busca do sonho, das audições em mais do que uma escola e da vida que se começa sozinha. A Sofia desdobrou-se em estudante recém-chegada à faculdade que pergunta “where’s the drama?”, em adulta com os seus momentos Eureka altamente reveladores e em conselheira que nos elucida sobre as duas fases principais da vida. Partilhou a escolha pelo Design, como consequência de pensar por imagens, a mudança para Comunicação Empresarial, a doença do pai, a aproximação emocional à família e o regresso às artes.
Camadas de Joana Vilar - Ep. 47 (Parte 2)
Como prometido, começámos pelo choque da faculdade, que reside essencialmente na relação distante entre professores e alunos e na falta de pessoas aleatórias ou, nas palavras da Vilar, freaks. Depois, a Joana falou-nos de ambos os aspetos positivos e negativos da praxe, do estágio no Rivoli, em produção e programação, e da experiência de trabalho na Krisálida. Discutimos o estado da cultura em Portugal e a necessidade de valorização, a forma como os cursos de teatro não nos preparam para o mercado de trabalho e aqueles palavrões conhecidos como “candidaturas”, “recibos verdes”, “CAE” e “CIRS”. Agora que a Joana está pronta para viver a vida de artista independente, abordámos o regresso a casa dos pais, o mestrado, ainda incompleto, em Educação Artística e o futuro envolto de projetos em nome próprio.
Camadas de Joana Vilar - Ep. 47 (Parte 1)
Vale a pena ter duas convidadas consecutivas da minha turma do Balleteatro quando é para as ouvir dizer que têm saudades minhas, que a melhor recordação são as pessoas e que se lembram de toda a gente. Falámos desses três anos de crescimento e descoberta em que a Joana ia para a escola de pijama, de meias calças azuis ou com um gorro em forma de leão na cabeça, do aparecimento do teatro pelas mãos da melhor amiga do colégio que a levou a conhecer a ACAL e das provas de que o teatro não era só uma fase ou um hobbie espalhadas pelas trinta mil cassetes lá de casa, em que a vemos dar concertos na sala, de comando na mão e Excesso na voz. Não podíamos deixar de lado a forte ligação com a Viagem Medieval de Santa Maria da Feira, as audições em Madrid e em Lisboa e a inscrição, fora de horas, na faculdade, em Viana do Castelo.
Camadas de Lia Tenreiro - Ep. 46 (Parte 2)
Ufa! Falar sobre a família - a difícil tarefa! Não só sobre a família, mas sobre os caminhos que se repetem, os conselhos que não se seguem, o show-off das picardias entre irmãos e as despedidas noturnas com amor reconhecido mas nunca verbalizado. O confinamento veio trazer o hábito das madrugadas na varanda, a família como pilar e as caminhadas nas ruas vazias. Depois, há a família dos animais de estimação - a Mufi, o Faruk, a Micas e a Kiki, a difícil aceitação de novos membros e a ternura com que eles nos tratam. E, ainda, as várias famílias de amizade, os amigos que se encontram em todas as esquinas (como diz o Zeca), os 99,8% que vão atender aquela chamada e os outros, que se aprende a deixar ir, sem dramas. No futuro, também a família própria, com o príncipe encantado que ficou preso na fronteira, três filhos e uma casa feliz. Quanto mais depressa, melhor.
Camadas de Lia Tenreiro - Ep. 46 (Parte 1)
A Lia despachou a leitura de Flores, do Afonso Cruz, para pôr a conversa em dia. Falámos sobre as licenciaturas em Línguas, Literaturas e Culturas, na Faculdade de Letras, e Assessoria e Tradução, no ISCAP, ambas inacabadas (ainda) e as duas com conexões ao teatro que nunca deixou de estar presente. No primeiro curso, enquanto a praxe e a tuna a convenciam a ficar, os conteúdos teóricos e os professores de nariz empinado empurravam-na para sair. No segundo, os vários empregos começaram a acumular-se e não foi possível conjugar tudo, nem mesmo para a mulher do tempo infinito. A experiência profissional é muita - numa pizzaria, como professora de treze turmas num ano, a ajudar o pai num escritório, a fazer festas de aniversário e, até, em tempos, espetáculos de Natal - e obrigou-a a pôr o fato de treino de lado. Mas a essência é a mesma. E isso ninguém lhe tira.
Camadas de Cristiano Esteves - Ep. 45 (Parte 2)
Nesta segunda parte, deixamos de lado o Cristiano e assumimos o Cristi, Cricri ou Cricas. Falámos sobre a chegada a Guimarães, na conquista de uma independência semelhante àquela que a mãe tinha procurado para si própria, da poupança como herança familiar, com dicas sobre arroz vaporizado e preços baixo, e das diferenças entre a cidade natal e a cidade berço, que o acolheu com uma tranquilidade agitada e o calor próprio do Norte. Depois abordámos três projetos da maior importância: as amizades, que se fizeram facilmente ao longo do tempo, na construção de grupos de amigos sólidos; o campo romântico, em que mesmo a pouca experiência e a baixa capacidade de flirt afinal são camioneta suficiente para tanta areia; e O Triângulo, que parecia nunca mais avançar e, hoje em dia, conta mais nicknames do que meses de existência.
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Camadas de Cristiano Esteves - Ep. 45 (Parte 1)
Desta vez, falamos com o marinhense de gema que nasceu em Coimbra, mas cresceu na Marinha com a mãe que não deixou os filhos sentirem as necessidades por que passava e com os irmãos, que sempre idolatrou, e que lhe transmitiram o gosto musical, o interesse por História e os dotes culinários. As encenações de séries de época, no jardim da infância, com espadas e pistolas na mão, já deixavam adivinhar o futuro: a oficina de teatro com dois saraus anuais, em que era sempre o palhacinho de serviço, mas também o pau para toda a obra que substituía os colegas e gostava de improvisar, os Fora de Prazo, o curso profissional que nunca chegou a abrir e a Licenciatura em Teatro, que afinal é em Couros. Pelo caminho, passou ao lado de uma carreira no andebol e vai construindo a fama como, também ele, irmão mais velho.
Camadas de Rita Mendes - Ep. 44 (Parte 2)
Começámos a segunda parte com um fenómeno: alguém que exterioriza todas as suas emoções na vida real mas que não chora com filmes. À exceção daqueles dois. A Rita está a tentar ser uma pessoa mais informada e consciente e, por isso, consome em igual medida documentários e escândalos da internet. Falámos da revolta que surge do conhecimento, do medo de ter um ídolo, da cancel culture e da separação entre a obra e o artista. Não estamos ao nível do Keeping Up With The Kardashians, mas tivemos um vislumbre para uma curta experiência como pescetariana, para os eventuais nomes de filhos e de mecânicos, para o futuro na casa do campo, com a família grande e a chinchila aleatória e para o verdadeiro show da turbinada, numa conversa sobre guilty pleasures assumidos.
Camadas de Rita Mendes - Ep. 44 (Parte 1)
Finalmente, sentei-me à conversa com a minha Riti Picky. Não foi na esplanada que andamos a prometer uma à outra há meia vida, mas estivemos lá perto. Falámos da infância feliz a inventar coisas com a terra, da relação simultaneamente impessoal e íntima com o irmão e do teatro que se experimenta com as amigas por sugestão de uma professora de português. A Rita é a pessoa que, com 12 anos, achava que era velha demais para ser atriz e, ao mesmo tempo, a atriz que sabe que se o Heath Ledger foi para os Estados Unidos fazer filmes, ela também pode. Abordámos a relação complicada com a escola e o alívio do último teste, o início de tudo com o ballet e a preguiça para a música, numa quase triple threat e, ainda, a inacessibilidade do teatro que transforma a aproximação em afastamento.
QUE SE DIXE #8 - Séries que Mudam Vidas
Shameless acabou. Eu? Fiquei um bocado obcecada. Conclusão: abri uma caixa de perguntas no instagram, pus-me a falar sozinha para um microfone e tentei justificar a minha fixação com raciocínios precipitados. Sem mencionar, nem por uma vez, o nome do Lip Gallagher.
Camadas de Patrícia Gonçalves - Ep. 43 (Parte 2)
Uma tertúlia entre duas produtoras sobre, imagine-se, produção. A produção que aparece a partir de um sentido de responsabilidade apurado e a que se sobrevive graças às pessoas de fora dos projetos e a estratégias de relativização sobre a nossa insignificância no mundo. Discutimos a diferença entre “saber resolver” e “estar disposta para resolver” (ou, por outras palavras, a lógica do trabalho árduo), a falta de apoio à cultura que é, essencialmente, sobre a vida das pessoas, a importância de nos sentirmos representados por quem deve representar-nos e as eleições como momento íntimo de partilha e compromisso. Falámos da avó da Patrícia, com uma lição sobre a política que se faz todos os dias na resistência ao comodismo, da mãe que lhe cuidou da cicatriz e daquilo que ainda está por fazer, daqueles de quem falta cuidar. Com a participação especial da Dalila e dos seus olhos iguais aos meus.