Podcast Múltiplas: práticas de equidade de gênero na educação

O quinto e último episódio problematiza a temática das travestilidades e das transexuailidades no ambiente educativo. São abordadas práticas e discursos transfóbicos presentes entre docentes e discentes, envolvendo o uso do nome social, o acesso ao banheiro da escola e a violação de direitos de pessoas trans e travestis. Propõe-se repensar o lugar na escola de corpos trans e travestis que não se enquadram na cisheteronormatividade, sendo por isso, considerados corpos abjetos. Nesse sentido, o episódio apresenta cinco entrevistas: 1. Três entrevistas com docentes de escolas públicas - um professor homem trans, uma coordenadora pedagógica cisgênera e um professor cisgênero; e 2. Duas entrevistas com estudantes - uma estudante trans não binárie do curso de graduação em Psicologia e uma estudante mulher trans do Ensino Médio. As entrevistas fornecem um repertório social, político e ético para discussão dos pontos de convergência e divergência na reflexão sobre os direitos à educação para todos os corpos e sujeitos e os direitos de cidadania para todas, todos e todes.

O quarto episódio intitulado "Conversa de meninos: refletindo sobre as masculinidades" apresenta três entrevistas com pesquisadores do campo de estudos das masculinidades. Renna, como professor da Educação Básica e da Universidade, descreve e problematiza suas experiências na discussão da temática na sala de aula. Reinaldo apresenta sua pesquisa de doutorado em Psicologia na PUC Minas que tem como objeto canais do You Tube que ensinam "Como ser homem na lógica heterocisnormativa". E, por ultimo, Thiago apresenta sua pesquisa de doutorado em Ciências Sociais na PUC Minas que tem como objeto a discussão do racismo e da homofobia na escola.

O terceiro episódio apresenta uma breve contextualização teórica sobre os fenômenos de evasão e abandono escolar no Brasil, destacando alguns dados do PNAD de 2018. Na sequência, por meio de um bate papo entre dois professores de escolas públicas de Belo Horizonte, são problematizados alguns casos de evasão/abandono escolar interseccionados por marcadores sociais de gênero, raça, classe social, idade, território e profissão. Por fim, é apresentada parte da música "Cota não é esmola" da artista Bia Ferreira que dialoga com os temas discutidos nesse epísodio do Podcast.

O segundo episódio apresenta e problematiza o Projeto "Papo de Meninas" realizado com um grupo de meninas adolescentes estudantes de uma escola pública de Belo Horizonte. Temos duas entrevistadas: 1ª A professora corresponsável pelo desenvolvimento das atividades que destaca a demanda inicial da escola, a formação do grupo, a metodologia utilizada e os desafios encontrados durante o projeto; 2ª A gestora pública à época da realização das atividades que resgata a trajetória do projeto no escopo da política pública educacional, bem como o reconhecimento e a premiação recebidos. O episódio procura refletir sobre como as relações de gênero atravessam o cotidiano escolar, demandando de corpos femininos posições de gênero subalternizadas, dóceis e domesticadas.

No primeiro episódio, o Podcast conversa com duas entrevistadas: 1ª Uma diretora de escola pública de Belo Horizonte; e 2ª Uma ex-estudante de uma outra escola pública; sobre a ocupação generificada dos espaços coletivos da escola como quadras de esporte, cantina, ginásio, biblioteca e banheiros. A proposta é refletir sobre as assimetrias de gênero nos espaços físicos da escola que privilegia corpos masculinos em detrimento de corpos femininos, evidenciando práticas discriminatórias sexistas naturalizadas no discurso pedagógico.