Coronavírus em Xeque
By Coronavírus em xeque
Coronavírus em XequeApr 10, 2020
Até uma próxima!
Neste último episódio da primeira fase do projeto Coronavírus em Xeque, convidamos os nossos parceiros recorrentes para fazerem um balanço da desinformação que circulou nas últimas 20 semanas. Além disso, também apontamos alguns desafios no combate à desinformação e deixamos dicas de outros projetos empenhados em enfrentar este problema tão complexo.
Também entrevistamos o pesquisador Viktor Chagas (UFF), que monitora a atividade de grupos de discussão política no WhatsApp e no Twitter. Ele explicou a organização das milícias digitais bolsonaristas, que utilizam plataformas de redes sociais de maneira distinta. Também apresenta evidências de que esses grupos atuam de forma profissional, coordenada e organizada.
Acesse o site do Coronavírus em Xeque em bit.ly/coronavirus-em-xeque
Neste episódio:
- A bióloga Mariana Guenther (UPE) faz um resgate das principais ondas de desinformação sobre ciência, nos últimos 5 meses;
- A pesquisadora Cláudia Galhardi (Fiocruz) comenta as principais fake news que foram denunciadas por meio do aplicativo Eu Fiscalizo, da Fundação Oswaldo Cruz;
- A professora Yvana Fechine (UFPE) analisa as estratégias de desinformação adotadas pelo presidente Jair Bolsonaro ao longo de toda a pandemia;
- O pesquisador Viktor Chagas (UFF) explica o modo de funcionamento das milícias digitais bolsonaristas;
- A professora do Departamento de Ciência Política Nara Pavão (UFPE) comenta o papel das elites políticas na propagação de desinformação;
- O pesquisador Ivo Henrique Dantas (UFPE) explica o trabalho e metodologia das agências de checagem de fatos;
- A jornalista Alice de Souza (Confere Aí) reforça a importância de criarmos formas inovadoras para combater a desinformação;
- A pesquisadora Luciana Petersen (Coletivo Bereia) comenta como o coletivo verificou a informação de que a Unimed estaria distribuindo um suposto kit de tratamento da Covid;
- O professor Rone Santos (IF Sudeste MG) explica o funcionamento do projeto Infocast;
- O professor Márcio Granez (UFPI) fala sobre o projeto NUJOC Checagem e explica a metodologia da equipe;
- A professora Juliana Teixeira (UFPI) comenta a atuação do projeto UFPI no Combate à Covid-19.
Agradecimentos especiais a Felipe Peixoto e Catarina Apolônio, servidores que ofereceram apoio técnico ao longo dessas 20 semanas.
Fontes deste episódio:
- Termômetro digital lança raio destruidor da glândula pineal #Boato (Boatos.org)
- Infocast
Desinformação e politização da pandemia
O Brasil ultrapassou a marca dos 100 mil mortos esta semana, ao mesmo tempo em que autoridades - e notícias falsas - continuam atuando para minimizar a gravidade da pandemia. Neste episódio do Coronavírus em Xeque, discutimos como a pandemia tem sido instrumentalizada por interesses políticos e podem afetar as próximas eleições.
O programa reúne todas as colaborações de especialistas enviadas entre 10 e 14 de agosto.
Neste episódio:
- A bióloga Mariana Guenther (UPE) esclarece o risco de transmissão por aerossóis;
- A editora geral do Coletivo Bereia, Magali Cunha, comenta o episódio envolvendo o Apóstolo Valdemiro Santiago, da Igreja Mundial do Poder de Deus, que publicou vídeos com falsas promessas de cura para a Covid-19;
- O pesquisador Ivo Henrique Dantas (UFPE) faz um balanço das fake news que foram desmentidas durante o mês de julho pela Agência Lupa e Projeto Comprova;
- A professora Yvana Fechine (UFPE) analisa como o presidente Jair Bolsonaro tem se utilizado politicamente da pandemia;
- A doutora em Ciência Política Carolina Botelho analisa a politização da pandemia pelo governo Bolsonaro;
- O cientista político Sérgio Ferraz avalia os riscos da desinformação à democracia, em ano de eleições municipais;
- A professora Renata Rolim (UFPB) analisa as formas de combater as fake news em tempos de pandemia e de eleições;
- A integrante do Coletivo Intervozes Maria Mello comenta como a pandemia e o contexto de desinformação podem influenciar as eleições municipais.
Fontes deste episódio:
- É falso que Camila Pitanga falsificou diagnóstico de malária para se medicar com cloroquina (Aos Fatos)
- Falta de liderança transparente compromete combate à pandemia (Revista Questão de Ciência)
Teorias, fakes e mitos
Desde o início da pandemia do novo Coronavírus, não foram poucas as teorias e explicações mirabolantes que surgiram para tentar dar conta de um fenômeno tão impactante. Ao mesmo tempo, a ansiedade e a expectativa por respostas estimulou a propagação de discursos pseudocientíficos e conspiracionistas. Falamos sobre esses e outros assuntos neste episódio do Coronavírus em Xeque, que reúne os depoimentos de especialistas recebidos entre 03 e 07 de agosto.
Nesta edição:
- A professora Ana Regina Rego (UFPI) comenta os principais resultados do estudo da UNESCO Desinfodemia, que analisou os principais tipos de desinformação durante a pandemia;
- O pesquisador Ivo Henrique Dantas (UFPE) faz um apanhado das principais teorias da conspiração que circularam desde o início da crise sanitária;
- A pesquisadora Dayane Machado (Unicamp) explica o que é o movimento antivacinação e como ele atua;
- O pesquisador do Laboratório de Genética Bacteriana do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo, Luiz Gustavo de Almeida, esclarece por que é um erro pensar que é possível incrementar a imunidade com pílulas ou suplementos vitamínicos;
- A bióloga e professora Mariana Guenther (UPE) explica como funcionam as vacinas e por que o processo de produção é demorado;
- O professor Leandro Tessler (Unicamp) esclarece a teoria por trás do conceito de "imunidade de rebanho" e por que "todos os modelos estão errados";
- O professor de filosofia Filipe Campello (UFPE) comenta como fake news podem ser fabricadas para mexer com as emoções das pessoas;
- A professora Yvana Fechine (PPGCOM-UFPE) analisa a relação entre deboche e desinformação, a partir das redes sociais de Jair Bolsonaro;
- A jornalista Juliana Dias (Coletivo Bereia) comenta uma publicação que falava da morte de cinco pastores, líderes da Assembleia de Deus, no estado do Mato Grosso.
Fontes deste episódio:
WhatsApp ganha recurso de busca para combater fake news (Olhar Digital)
Dicas para "fortalecer o sistema imune" funcionam? (Revista Questão de Ciência)
Ozonioterapia não tem eficácia comprovada contra a Covid-19 (Projeto Comprova)
Vacinas, volta às aulas e outros "negócios" da China
Numa semana em que fervilharam as peças desinformativas envolvendo vacinas, discutimos como a desinformação tem atuado para promover dúvidas em torno das pesquisas mais avançadas que estão sendo desenvolvidas em vários países para encontrar uma solução para o novo Coronavírus. Além disso, analisamos o risco de volta às aulas, desmentimos um vídeo em que médicos defendem a cloroquina e discutimos o papel das plataformas de redes sociais no combate às fake news.
Participam do episódio:
- A doutora em Neurociências e idealizadora da Rede Análise Covid-19, Mellanie Fontes Dutra, comentou a desconfiança das pessoas em torno da vacina produzida pela China para o programa Saúde é o Tema, da Rádio Paulo Freire;
- O pesquisador Ivo Henrique Dantas (UFPE) comentou algumas fake news sobre vacinas que circularam nos últimos dias, a partir dos desmentidos feitos pela Agência Lupa e Projeto Comprova;
- A professora Yvana Fechine (UFPE) analisa como Bolsonaro utiliza a preterição como estratégia de desinformação;
- A professora Maria Helena Weber (UFRGS) comenta a omissão do Governo Federal diante da pandemia;
- O integrante do Coletivo Bereia Elton Rodrigues desmente informação de que a imunologista Nise Yamaguchi teria sido afastada do Hospital Albert Einstein por defender a cloroquina;
- O professor Wladimir Gramacho (UnB) comenta um estudo que sinaliza possíveis caminhos para combater a desinformação nas plataformas de redes sociais como Facebook e YouTube;
- O professor Rodrigo Martins (UFPB) explica o que são "bolhas" e por que elas favorecem a circulação de desinformação;
- O professor Fernando Firmino (UFPB) comenta iniciativas de combate às fake news que buscam atingir a fonte de financiamento de redes inautênticas nas redes sociais;
- A bióloga Mariana Guenther (UPE) comenta os riscos de voltar às aulas enquanto a pandemia ainda não está sob controle.
Este episódio reúne todos os "drops" enviados ao longo da semana de 27 a 31 de julho para o projeto Coronavírus em Xeque.
Fontes:
Sete das dez imagens mais compartilhadas em grupos de WhatsApp durante a pandemia são falsas (Agência Pública)
Facebook, YouTube, and Twitter removed a COVID-19 video tweeted by Trump due to false coronavirus information — but millions had already viewed it (Business Insider)
Argentina não existe mais, virou China Comunista #Boato (Boatos.org)
Imunidade de rebanho e falsos dilemas
O conceito de imunidade de rebanho já circula no contexto do novo Coronavírus há algum tempo, mas a divulgação de recentes estudos e também a declaração de cientistas fizeram com que o assunto voltasse aos jornais - e, consequentemente, à indústria da desinformação e fake news. Neste episódio do Coronavírus em Xeque, explicamos o que é Imunidade de Rebanho e por que esse conceito não pode ser aplicado à Covid-19, menos ainda como justificativa para a reabertura do comércio. Também discutimos outras estratégias de desinformação que têm como objetivo criticar as recomendações de distanciamento social.
Neste programa:
- A professora Mariana Guenther (UPE) explica o que é imunidade de rebanho e por que esse conceito não se aplica à Covid-19;
- O pesquisador Ivo Henrique Dantas (UFPE) apresenta algumas fake news relacionadas ao conceito de imunidade de rebanho e outras formas (falsas) de imunização. Também fala sobre os golpes virtuais que surgiram com o aumento da vulnerabilidade social;
- Do Coletivo Bereia, Luciana Peterson esclarece fake news sobre a menor probabilidade de contaminação por assintomáticos, que circularam em sites evangélicos;
- A professora Yvana Fechine (UFPE) analisa a utilização de falsos dilemas como estratégia de desinformação, inclusive propagada pelo presidente Jair Bolsonaro;
- A coordenadora da Rede Análise Covid-19, Mellanie Dutra, esclarece os principais problemas do estudo realizado pela Força Tarefa Henry Ford, que sugere benefícios no uso da cloroquina. O conteúdo foi revisado por Otavio Ranzani;
- O jornalista e sociólogo Laurindo Leal Filho (professor aposentado da USP) comenta a importância de encontrar mecanismos para responsabilizar o presidente Jair Bolsonaro diante da pandemia;
- O professor Rogério Christofoletti (UFSC) analisa os principais fatores que contribuem para a desinformação durante a pandemia e também comenta o papel da confiança da informação no momento de compartilhar algo nas redes sociais.
Fontes deste episódio:
- A infeliz eterna polêmica da cloroquina (Rede Análise COVID-19)
- Imunidade de rebanho: uma nova hipótese e as críticas a ela (Nexo)
- Bolsonaro será responsabilizado pela comunicação criminosa na pandemia, diz Lalo Leal (Brasil de Fato)
- #Verificamos: é falso que vacinas contra Covid-19 podem criar seres humanos geneticamente modificados (Agência Lupa)
- Cascas de laranja e limão contém ivermectina e cloroquina e curam Covid-19 #Boato (Boatos.org)
- Na pandemia, criminosos usam falsas ofertas e benefícios para aplicar golpes (Agência Lupa)
A volta da cloroquina e outras armadilhas
O Brasil é um dos poucos países do mundo que ainda discutem a cloroquina como tratamento possível para a Covid-19, já que todos os estudos randomizados (os mais confiáveis) feitos até o momento com a droga mostram que ela não é eficaz e nem segura para combater a doença. Defendida por interesses políticos, a cloroquina volta a ser tema de mais um podcast do Coronavírus em Xeque. Nele, abordamos por que relatos individuais de melhora após o uso da substância não são suficientes para comprovar a sua eficácia, além do forte engajamento de Bolsonaro na defesa do medicamento.
Participam deste episódio:
- A jornalista Magali Cunha (Coletivo Bereia) desmente informações propagada por políticos e religiosos que sugerem que a Covid-19 não é tão preocupante quanto outras doenças;
- A professora Yvana Fechine (PPGCOM-UFPE) analisa por que Bolsonaro continua a fazer propaganda da Cloroquina, apesar de o medicamento não ter nenhum respaldo científico no tratamento da Covid-19;
- O professor Paolo Demuru (Unip) explica o papel de testemunhos pessoais na disseminação de desinformação;
- A professora Mariana Guenther (UPE) apresenta o conceito de placebo e comenta qual a sua relação com depoimentos de melhora após o uso da Cloroquina;
- O pesquisador Ivo Henrique Dantas (UFPE) faz um balanço dos conteúdos verificados por agências de checagem durante o mês de junho. Além disso, ele também comenta a grande diversidade de estratégias desinformativas no contexto da pandemia que se apropriam de jargões científicos ou idiomas estrangeiros para confundir a população;
- A jornalista Alice de Souza (Confere.Aí, Sistema Jornal do Commercio) comenta como atores mal intencionados se utilizam de conteúdo em língua estrangeira para conferir credibilidade às suas peças e confundir a população;
- O jornalista e consultor em comunicação, Rafael Marroquim, analisa as últimas medidas tomadas pelo Facebook diante da pressão que a plataforma vem sofrendo para combater a desinformação e o discurso de ódio de forma mais efetiva.
Fontes citadas no episódio:
Não é verdade que 2020 registra menos mortes diárias que 2019 (Aos Fatos)
Coronavirus Facts Alliance (em inglês / em português)
#Verificamos: É falso que swab, ‘cotonete’ usado em exames de Covid-19, atinge barreira de proteção do cérebro (Agência Lupa)
Hidroxicloroquina Patriota #Deepfake (Bruno Sartori)
BotSentinel (site / extensão para o navegador)
'Brasil é o único país que discute cloroquina' (CBN)
Este programa consolida todos os drops do Coronavírus em Xeque durante a semana de 13 a 17 de julho.
Falsas soluções para a COVID-19 e para as fakes news
Bolsonaro admitiu estar contaminado pelo novo Coronavírus, mas segue baseando suas opiniões sobre a Covid-19 em suas convicções pessoais - ignorando evidências científicas e dados estatísticos. Neste episódio, repercutimos como o presidente está usando a doença em favor de sua agenda política. Também escutamos especialistas que esclarecem informações (e desinformações!) sobre cloroquina, ivermectina e o estudo que relaciona a luz solar com o combate à doença. Finalmente, avaliamos a expectativa de tramitação do PL 2630 na Câmara e discutimos a pressão que o Facebook tem sofrido por movimentos sociais e anunciantes para combater a desinformação e o discurso de ódio.
Participam deste episódio:
- A professora Yvana Fechine (PPGCOM-UFPE) falando sobre a "síndrome de São Tomé" que acomete o presidente da República;
- A professora Mariana Guenther (UPE), que retoma a questão da cloroquina após Bolsonaro aparecer em vídeo tomando uma pílula do medicamento, além de explicar as limitações do estudo que aponta o potencial da luz UV para desativar o novo Coronavírus;
- A bióloga e presidente do Instituto Questão de Ciência, Natália Pasternak, que esclarece a desinformação em torno da ivermectina;
- A jornalista Juliana Dias, integrante do Coletivo Bereia, que conta como foi realizada a checagem do estudo sobre a luz solar e o SARS-CoV-2;
- O professor Marcelo Robalinho (UFAL), que comenta o papel do jornalismo na divulgação científica num momento de crise, a partir de depoimento no debate Divulgação Científica na Pandemia;
- A coordenadora do Intervozes, Marina Pita, que comentou a rapidez na tramitação do PL 2630 ("PL das fake news") no Senado;
- A professora Renata Rolim (UFPB), que explica quais foram os caminhos adotados ao redor do mundo para regular as plataformas na questão das fake news;
- O pesquisador Ivo Henrique Dantas (UFPE), que analisou o impacto do movimento "Stop Hate for Profit" na gigante de tecnologia Facebook.
Fontes utilizadas neste episódio:
Ao anunciar que contraiu Covid-19, Bolsonaro recorre a informações falsas sobre a pandemia (Aos Fatos)
Como Bolsonaro usa a infecção pela Covid-19 a favor de sua agenda (Nexo)
Site engana ao afirmar que há consenso médico para tratamento de Covid-19 (Projeto Comprova)
Organizadores do boicote ao Facebook se dizem decepcionados com rede após reunião (UOL)
Removendo Comportamento Inautêntico Coordenado (Facebook)
Estudo revelou que tutores de gatos podem ser mais resistentes à Covid-19? (E-Farsas)
Dilemas no combate às fake news
Na semana em que o chamado "PL das Fake News" foi aprovado no Senado, discutimos neste podcast algumas questões em relação aos dilemas e limites da regulação das fake news, como a responsabilidade das plataformas e os limites entre fake news e liberdade de expressão. Além disso, desmentimos fakes sobre máscaras de proteção individual, analisamos a volta da cloroquina e como a contradição entre discursos oficiais têm atrapalhado o combate à pandemia do novo Coronavírus.
Neste episódio:
- O pesquisador Ivo Henrique Dantas (UFPE) analisa a volta de conteúdos desinformativos sobre a cloroquina;
- A pesquisadora Viviane de Morais (LIKA/UFPE) comenta como a contradição entre discursos oficiais (políticos e autoridades sanitárias) atrapalha no combate à pandemia. O comentário foi feito na live "Divulgação científica na pandemia";
- A professora Mariana Guenther (UPE) esclarece fake news envolvendo o uso de máscaras de proteção individual;
- O professor Lucas Reino (UFMA) explica o papel dos títulos caça-cliques na propagação de fake news;
- O professor Fernando Firmino (UFPB) analisa a responsabilidade das plataformas de redes sociais, como Facebook e Twitter, na circulação de fake news;
- O pesquisador Jonas Valente (LAPCOM-UNB e Coalizão Direitos na Rede) comentou o teor do PL 2630 de 2020, votado no Senado e que agora segue para a Câmara. Leia a nota da Coalizão Direitos na Rede sobre o texto;
- O professor Érico Andrade (UFPE) explicou por que o direito à liberdade de expressão não pode ser usado como argumento de defesa para quem propaga fake news;
- O professor Marcelo Robalinho (UFAL) comenta a responsabilidade do governo na contenção da pandemia do novo Coronavírus - e analisa a postura negacionista dos políticos. O comentário foi feito na live "Divulgação científica na pandemia";
- A professora Yvana Fechine (PPGCOM-UFPE) comentou o episódio da "Ave Maria" tocada na live presidencial, como homenagem às vítimas da Covid-19;
- A professora Leila Salim (UFRN), jornalista da Eté Checagem, explica a iniciativa de criar uma agência especializada na verificação de conteúdos relacionados a minorias sociais.
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Foram fontes neste episódio:
- O que aconteceu para as marcas boicotarem o Facebook (Terra)
- Zuckerberg perde R$39 bilhões com Coca-Cola e Unilever fora do Facebook (G1)
- Chico Xavier previu pandemia do coronavírus em mensagem sobre desencarnes coletivos e nova era #boato (Boatos.org)
A ciência na berlinda
Cientistas e pesquisadores de todo o mundo estão trabalhando em tempo recorde para encontrar respostas para a pandemia do novo Coronavírus. Essa urgência fez com que alguns procedimentos científicos precisassem ser agilizados. Além disso, como se trata de um vírus novo, consensos anteriores nem sempre se aplicam. Com tudo isso, a sensação de muita gente é de que o discurso das principais autoridades sanitárias oscila muito e que, por isso, não é confiável. Em meio a todo esse vai e vem de estudos e descobertas a todo instante, a desinformação atua diretamente para tentar minar a confiança das pessoas nessas instituições. Fake news envolvendo o nome de entidades científicas, que divulgam falsas recomendações ou que atacam a credibilidade de seus integrantes, têm sido frequentes nas redes sociais.
Este é o principal assunto do podcast Coronavírus em Xeque, que escutou especialistas de diversas organizações para analisar a desinformação durante a pandemia. Neste episódio:
- A professora Yvana Fechine (UFPE) aponta como Bolsonaro tem utilizado argumentos falaciosos em seus perfis nas redes sociais, para justificar a inoperância do Governo Federal diante da pandemia;
- A pesquisadora Sylvia Moretzsohn (professora aposentada da UFF, colaboradora do objETHOS) ressalta o cuidado que devemos ter ao receber informações oriundas de entidades científicas;
- A professora Mariana Guenther (UPE) analisa como a urgência por respostas pode aumentar a confusão, especialmente devido à quantidade de estudos inconclusivos sendo publicados e divulgados pela mídia;
- A pesquisadora Claudia Galhardi (Fiocruz) faz um balanço das principais mensagens falsas que usam o nome de instituições renomadas como Ministério da Saúde, Fiocruz e OMS;
- O pesquisador Ivo Henrique Dantas (UFPE) comenta como remédios e receitas caseiras têm sido citados pela indústria da desinformação para minimizar a gravidade do vírus e apresentar soluções milagrosas;
- O professor André Lemos (UFBA) aponta caminhos possíveis para combater as fake news;
- A coordenadora-geral do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC), Renata Mieli, analisa como as fake news prejudicam a democracia;
- A professora Dóris de Arruda Cunha (Unicap) analisa a relação entre fake news e discurso de ódio;
- A jornalista Alice de Souza (Confere Aí, Sistema Jornal do Commercio) convida a todos a participar da fase de testes do aplicativo Confere Aí, ferramenta que promete agilizar o processo de checagem de conteúdos duvidosos.
Também citamos neste episódio:
É #FAKE vídeo que mostre diretor-geral da OMS dançando em bar durante o isolamento social (G1)
Participe da etapa de testes do Confere Aí enviando nome completo e data de nascimento para: contato@confere.ai
Infodemia, crença e negacionismo da COVID-19
O excesso de informações sobre a COVID-19 nem sempre nos ajuda a estar mais informados. Pelo contrário, a infodemia foi apontada pela Organização Mundial da Saúde como um problema de nossos tempos que também precisa ser tratado. Este Coronavírus em Xeque aborda esse assunto, além de refutar fake news sobre hospitais vazios e maneiras de se prevenir do novo Coronavírus. Também discutimos como pessoas com deficiência podem estar mais expostas à desinformação.
Também neste episódio, reproduzimos alguns momentos do debate Entre fatos e Crenças: Desinformação na Pandemia, organizado pelo OBMídia (UFPE) e pela equipe do Coronavírus em Xeque.
Neste programa:
- A professora Yvana Fechine (UFPE) discute o negacionismo da Covid-19 como estratégia de desinformação;
- A professora Mariana Guenther (UPE) esclarece o que é imunidade adquirida, desmentindo vídeos falsos com orientações de prevenção à Covid;
- A jornalista Ana Rita Cunha, chefe de reportagem do Aos Fatos, fala sobre infodemia e características da desinformação no contexto da pandemia;
- O semioticista Paolo Demuru (Unip) analisa duas das principais estratégias de construção da crença em conteúdos enganosos: a subjetivização e a objetivização;
- A professora Lia Seixas (UFBA) comenta como as fake news impulsionaram a valorização do jornalismo;
- A professora Lívia Cirne (UFRN) discute de que modo a falta de acessibilidade comunicativa nos jornalismo torna pessoas com deficiência mais vulneráveis à desinformação;
- A pesquisadora Magali Cunha, editora-geral do Coletivo Bereia, explica como funciona a rede de verificação de notícias falsas no contexto religioso.
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Foram citados neste episódio:
- 70 dias do Comprova na Checagem de informações sobre a Covid-19 (Projeto Comprova)
- Creme dental Kolynos era vendido com cloroquina, mostra propaganda #Boato (Boatos.org)
Dados, transparência e desinformação na pandemia
Após uma semana cheia de vai-e-vem, em que o Ministério da Saúde mudou a forma de comunicar os números pelo novo Coronavírus no Brasil, a OMS fez comentários que deram margem a uma interpretação polêmica sobre o papel dos assintomáticos na transmissão e autores de um estudo abrangente sobre a cloroquina pediram retratação, este podcast discute a importância da transparência na comunicação de crise.
Participaram deste episódio:
- O professor Marcelo Robalinho (UFAL), que explicou como a mudança na forma de comunicar os dados sobre o novo coronavírus abala a confiança do país nas fontes oficiais;
- A professora Yvana Fechine (UFPE) analisou a estratégia de Bolsonaro de divulgar apenas dados positivos sobre o governo, em meio à pandemia;
- O pesquisador Ivo Henrique Dantas (UFPE) fez o balanço das verificações feitas pela Agência Lupa e Projeto Comprova durante o mês de maio;
- O professor Leandro Tessler (Unicamp) discutiu a politização da cloroquina e o alto investimento do governo federal em torno de uma medicamento sem nenhuma comprovação;
- A professora Mariana Guenther (UPE) explicou a diferença entre assintomáticos e pré-sintomáticos;
- O estudante de Rádio, TV e Internet José Estevam (UFPE) explicou como denunciar uma emissora de televisão ou de rádio para o Ministério Público Federal, no caso de violação da constituição;
- A professora Carol Westrup (Intervozes) divulgou o lançamento do livro DESINFORMAÇÃO: CRISE POLÍTICA E SAÍDAS DEMOCRÁTICAS PARA AS FAKE NEWS;
- O jornalista Leonardo Sakamoto ponderou os riscos de uma regulação para fake news, a partir de trecho extraído da live do Intervozes realizada por ocasião do lançamento do livro.
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Também citamos neste episódio:
Entenda a retratação de estudo sobre cloroquina e hidroxicloroquina - Revista Galileu
Trump chamou Bolsonaro de Javier Bolsonaro e deixou de o seguir no Twitter #Boato - Boatos.org
Verificamos: é falso tuíte de Trump chamando Bolsonaro de 'Javier' - Agência Lupa
Como mentir com estatística - Darrel Huff - Editora Intrínseca
Quando a desinformação explora a sua fé
As redes de desinformação sobre a pandemia da Covid-19 contam com um importante aliado. No YouTube, segundo dados do relatório de pesquisa Ciência Contaminada, a segunda principal rede de conteúdos enganosos sobre o Coronavírus está associada a grupos religiosos, utilizando linguagens e símbolos para atingir diretamente a crença dos cidadãos. Neste episódio do Coronavírus em Xeque, analisamos como a fé pode ser utilizada para manipular pessoas, no contexto das fake news.
Também neste episódio, abordamos os riscos de relaxar as medidas de distanciamento social, discutimos os limites entre liberdade de expressão e propagação de mentiras e desmentimos fake news que fazem a população questionar dos protocolos de saúde adotados em todo o mundo.
Neste podcast:
- A professora Mariana Guenther (UPE) analisa os riscos da reabertura e desmente áudios falsos que têm circulado no WhatsApp para fazer parecer que a pandemia está sob controle;
- O professor Camilo Aggio (UFMG) discute como a cloroquina tornou-se símbolo de uma disputa narrativa, sobretudo política;
- A professora Yvana Fechine (PPGCOM-UFPE) problematiza os limites entre liberdade de expressão e propagação de conteúdos enganosos, a partir do pronunciamento do presidente Jair Bolsonaro contra as investigações da PF que têm como alvo blogueiros e empresários suspeitos de envolvimento com redes bolsonaristas de desinformação;
- A professora Helena Martins (UFC), integrante do Coletivo Intervozes, analisa os problemas do atual Projeto de Lei que tramita no Senado para criminalizar as fake news;
- O pesquisador Ivo Henrique Dantas (UFPE) comenta como as plataformas de redes sociais podem acabar dando destaque a conteúdos enganosos, citando como exemplo a expressão "CANCELARAM O ANO LETIVO", que foi parar nos Trending Topics do Twitter, dando a falsa impressão de que o Governo havia decidido pelo cancelamento do ano escolar;
- A pesquisadora Nina Santos (INCT.DD) analisa as principais redes de informação sobre o novo Coronavírus no YouTube, a partir da pesquisa "Ciência Contaminada";
- O professor Alexandre Brasil (UFRJ) comenta por que as religiões são ambientes férteis para a propagação de desinformação. Trecho extraído do seminário "Lives Cátedra Intercom", disponível na íntegra no YouTube;
- O professor Gustavo Gilson Oliveira (UFPE) analisa como fake news que utilizam o discurso cristão têm relação com o imaginário anticomunista;
- A professora Karla Patriota (PPGCOM-UFPE) esclarece que a fé religiosa não precisa ser cega diante de fatos e evidências científicas, usando o próprio texto das escrituras cristãs como argumento. Ela ainda recomenda o Coletivo Bereia, uma iniciativa de checagem de fatos no contexto da religião cristã.
- A pesquisadora Mellanie Dutra (Análise Covid-19) apresenta a rede Análise Covid-19 e dá o serviço para quem quiser acompanhar os conteúdos produzidos pelo grupo.
Foram citados neste podcast:
Como lucra a indústria da desinformação?
No contexto de uma pandemia, fake news são um problema de saúde pública. Por isso, é fundamental compreender como funciona a indústria de desinformação no Brasil. Uma questão importante é: de onde vem o dinheiro que financia esses atores maliciosos? Como lucram os produtores e disseminadores de boatos e teorias conspiratórias? Este podcast escutou especialistas de instituições como UFPE, UFF, UFMG, Unip e USP para responder a essa e outras questões.
Neste episódio:
- O professor Viktor Chagas (UFF) fala sobre o funcionamento das milícias digitais;
- O jornalista Renato Mota, colaborador do Olhar Digital, explica como sites de fake news ganham dinheiro com publicidade;
- O jornalista Ivo Henrique Dantas (PPGCOM-UFPE) comenta a chegada do movimento Sleeping Giants ao Brasil;
- O médico e advogado sanitarista Daniel Dourado (USP) explica por que não podemos confiar no surgimento de tratamentos para relaxar as medidas de distanciamento social;
- A professora Mariana Guenther (UPE) analisa o protocolo do Ministério da Saúde que amplia o uso da cloroquina para pacientes leves e moderados da COVID-19;
- A professora Yvana Fechine (PPGCOM-UFPE) destaca o uso de sofismas pelo Presidente Jair Bolsonaro, desviando a questão num momento de crise e desinformando a população;
- A professora Maria Eduarda da Mota Rocha (UFPE) analisa como opiniões pessoais são construídas e por que muitas elas resistem a fatos e evidências científicas;
- O professor e semioticista Paolo Demuru (PPGCOM-Unip) desmascara a estratégia de utilizar a passionalidade para comover a audiência.
Também citamos neste programa:
É Fake decreto que estabelece rodízio de pedestres por numeração do calçado
Relatório do Global Disinformation Index (em inglês)
Pesquisadores da UFMG lançam força-tarefa de divulgação científica sobre o coronavírus
Mentiras perigosas, verdades artificiais
Precisamos, mais do que nunca, ter responsabilidade com as informações que compartilhamos. Neste episódio do Coronavírus em Xeque, comentamos algumas estratégias utilizadas pela indústria de desinformação, como o uso de robôs e o uso descontextualizado de dados verdadeiros para propagar mentiras sobre o novo Coronavírus.
Contamos com as participações de especialistas de várias áreas.
- Leandro Tessler (Unicamp) fala sobre como a taxa de óbito por milhão é uma métrica que esconde a verdade da pandemia no Brasil.
- Yvana Fechine (PPGCOM-UFPE) analisa como as insinuações de Bolsonaro podem fazer a população minimizar a gravidade do vírus e relaxar as medidas de distanciamento físico.
- Mariana Guenther (UPE) comenta as evidências científicas sobre a origem do SARS-CoV-2, para refutar teorias da conspiração que associam o vírus a laboratórios em Wuhan, na China. Ela também comenta a controvérsia em torno da cloroquina, recentemente aprovada pelo Ministério da Saúde em um protocolo para pacientes leves.
- Fernando Weimer (UFRGS) fala sobre o uso de robôs na propagação de notícias falsas - e como podemos usar as mesmas armas para identificar e desarticular essas redes.
- A jornalista Luiza Bodenmüller (Aos Fatos) explica o que é a Fátima, um robô criado pela equipe para auxiliar usuários a checar informações duvidosas sobre a Covid-19.
- A jornalista Thays Lavor (Abraji) fala sobre os riscos de criar novas leis para combater fake news, pois essas leis podem abrir brechas contra a liberdade de expressão e de imprensa.
- Ulysses Albuquerque (UFPE), coordenador do Manual de enfrentamento às Fake News em tempos de Covid-19 dá dicas para não cair em fake news.
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Fontes consultadas para este episódio:
Número de mortos por milhão de habitantes não evidencia que pandemia no Brasil é menos grave (Aos Fatos)
Grupo de cientistas brasileiros já recebeu 60.000 denúncias de notícias falsas sobre coronavírus
Melancia vendida no Brasil foi contaminada por chineses com coronavírus #boato
Com foco na pandemia, Aos Fatos lança robô checadora Fátima no WhatsApp
Falsas promessas e incertezas
Esta semana, o Brasil se tornou o sexto país do mundo com a maior quantidade de óbitos pela Covid-19 e o epicentro da doença na América do Sul. Enquanto uma vacina não chega, governadores de vários estados endureceram as medidas de distanciamento social, restringindo ainda mais a circulação nas ruas. Mas a máquina de desinformação sobre o novo Coronavírus tem atuado para provocar dúvidas em relação às medidas de contenção da pandemia. Promessas de cura, remédios mágicos, críticas ao isolamento social, ataques à imprensa e uso de conteúdos impostores têm contribuído para confundir ainda mais a população.
Neste episódio do Coronavírus em Xeque, contamos com a participação de especialistas de diversas áreas para tratar desses assuntos.
- A professora do Instituto de Ciências Biológicas (UPE), Mariana Guenther, explica os perigos de automedicação com remédios como cloroquina e ivermectina, além de analisar os perigos de compartilhar fake news aparentemente inocentes - como as montagens que mostram animais reocupando as cidades.
- A professora Carolina Dantas (PPGCOM-UFPE) desmente uma informação enganosa de que o distanciamento social não estaria funcionando em Nova Iorque, a partir de uma checagem feita pelo Projeto Comprova.
- O professor Lula Pinto (Unicap) analisa como a disseminação da dúvida sempre fez parte da indústria da desinformação.
- A pesquisadora Yvana Fechine (PPGCOM-UFPE) comenta o caso do "Churrasco da Morte", anunciado e depois desmentido por Bolsonaro.
- A jornalista Alice de Souza (Confere.Aí, Sistema Jornal do Commercio de Comunicação e colaboradora do Projeto Comprova) explica o que são "conteúdos impostores" e como se proteger deles.
- A jornalista Bia Barbosa (Coletivo Intervozes) fala sobre o andamento da CPMI das fake news, que ganhou mais seis meses de atuação no Congresso.
Para este episódio, usamos as seguintes fontes:
Grupo de cientistas brasileiros já recebeu 60.000 denúncias de notícias falsas sobre coronavírus
Temas e formatos da desinfodemia sobre COVID-19, segundo pesquisa da ONU-ICFJ
A ciência sob ataque da desinformação
Sete em cada dez brasileiros acreditam em informações falsas sobre o novo coronavírus, segundo estudo da Rede Avaaz publicado no dia 04 de maio. Entre os três países pesquisados, o Brasil teve o maior índice de crença em conteúdos falsos relacionados à pandemia. Muitas dessas mensagens se referem a curas milagrosas, receitas caseiras e dados falsos que tentam descredibilizar orientações das autoridades sanitárias. Os ataques à ciência e as mensagens pseudocientíficas são o foco deste podcast.
Neste episódio:
A professora Carolina Dantas (PPGCOM-UFPE) desmente fake news sobre a qualidade das máscaras distribuídas pelo Ministério da Saúde, além de indicar a plataforma http://saude.gov.br/fakenews.
A pesquisadora Fiocruz Cláudia Galhardi explica quais são os fakes denunciados com maior frequência pelo aplicativo "Eu Fiscalizo".
A professora Mariana Guenther (UPE) analisa como informações pseudocientíficas são perigosas, no contexto da pandemia, pois podem colocar a saúde das pessoas em risco. O pesquisador Eduardo Amorim (PPGCOM-UFPE) comenta como Donald Trump tem distorcido declarações da comunidade científica, estimulando o clima de incertezas nos Estados Unidos.
Nessa linha, o professor Érico Andrade (Filosofia - UFPE) explica como as fake news têm atuado para desconstruir os consensos científicos. Ele também comenta como os fakes que minimizam o número de casos do novo Coronavírus têm negado à população o direito ao luto pelos mortos.
Um estudo realizado por pesquisadores da Fundação Getúlio Vargas e da Universidade de Cambridge mostra que as falas de Jair Bolsonaro influenciaram a queda nas taxas de isolamento social. A professora Yvana Fechine (PPGCOM-UFPE) explica como o presidente também pode provocar a desinformação ao silenciar sobre a pandemia. Neste trecho, utilizamos o áudio de uma paródia produzida por Bruno Sartori, a partir da música "A Lua me traiu", em deep fake.
Ivo Henrique Dantas (PPGCOM-UFPE) faz um balanço de todas as checagens feitas pela Agência Lupa e pelo Projeto Comprova durante o mês de abril. O relatório está disponível na íntegra no site do Coronavírus em Xeque.
Outras fontes utilizadas neste episódio:
http://www.coronaverificado.news/
https://chequeado.com/verificacionfb/no-nostradamus-no-predijo-el-coronavirus/
Teorias da conspiração e relaxamento do isolamento social
Tá cada vez mais difícil acompanhar o mundo. Estamos sendo bombardeados por informações que não parecem fazer sentido. As orientações de organizações de saúde nem sempre estão de acordo com os interesses de políticos e empresários. A ciência está descobrindo coisas novas todos os dias, então é natural que algumas informações pareçam contraditórias. Em meio de tanta desordem, discursos falaciosos e oportunistas podem acabar ganhando espaço.
Neste podcast, desmentimos fakes, discutimos teorias da conspiração e conversamos sobre a falsa oposição entre economia e vida, como fazem parecer aqueles que defendem o fim do isolamento social.
Neste episódio:
A professora Carolina Dantas (PPGCOM-UFPE) desmente o boato de que a intoxicação por álcool em gel pode ser tão perigosa quanto o próprio coronavírus.
A pesquisadora Dayane Machado (Unicamp) fala sobre teorias da conspiração e explica algumas das mais comuns quando se trata de saúde. O trecho foi extraído do podcast Coemergência e gentilmente cedido à nossa equipe. A professora Yvana Fechine (PPGCOM-UFPE) analisa como teorias da conspiração têm aparecido no discurso de membros do governo federal, enquanto o professor Arthur Perrusi (Sociologia, UFPE) explica por que essas narrativas têm tanto apelo.
Algumas fontes citadas neste bloco: https://piaui.folha.uol.com.br/lupa/2020/04/27/lupa-ciencia-coronavirus-laboratorio/
O presidente Bolsonaro tem defendido o fim do isolamento social, num discurso que prega a "salvação" da economia e dos empregos. Os índices de afastamento social têm caído diariamente, aumentando os riscos de contágio. A professora Mariana Guenther (UPE) menciona os riscos desse relaxamento, enquanto Ivo Henrique Dantas (PPCOM-UFPE) identifica uma relação entre os baixos índices no isolamento e o aumento do enfoque da empresa na crise política. Será que essas duas coisas (saúde e economia) são opostas? O professor Policarpo Lima (Economia-UFPE) considera que não. Ele avalia possíveis formas de recuperação da economia a partir de uma postura mais proativa por parte do governo federal. Já Jackeline Natal (Dieese) demonstra como o discurso supostamente em defesa dos empregos na verdade tem sido utilizado para precarizar os direitos do trabalhador.
O conteúdo mais bizarro da semana foi verificado com ajuda do E-Farsas: https://www.e-farsas.com/e-verdade-que-o-peido-pode-transmitir-a-covid-19.html
O uso político da desinformação e os meios para enfrentá-la
A expressão Fake News, de modo muito simplista, quer dizer que uma informação não é verdadeira. Mas nem sempre as coisas são tão preto no branco. Um conteúdo pode nos enganar de maneiras muito diferentes. Neste episódio do Coronavírus em Xeque, reunimos os depoimentos de especialistas que fizeram parte da nossa programação entre 20 a 24 de abril. A discussão, conduzida pela apresentadora Cecília Almeida, passa por diversos pontos que relacionam o novo coronavírus à onda de desinformação, cada vez mais sofisticada e com finalidades políticas.
A professora Yvana Fechine (PPGCOM-UFPE) analisa o uso de "meias verdades" pelo presidente Jair Bolsonaro, para defender o fim do isolamento social. O uso da desinformação por líderes políticos muitas vezes está associado ao que o professor Gabriel Peters (Departamento de Sociologia - UFPE) chama de "política da trollagem".
A professora do Instituto de Ciências Biológicas da UPE, Mariana Guenther, alerta para as promessas de cura precipitadas e explica os procedimentos científicos para que a gente possa considerar um remédio eficaz e seguro no combate ao coronavírus.
Quais os caminhos possíveis de enfrentamento à desinformação, nesse contexto de pandemia? A jornalista Alice de Souza (jornalista do Confere.Aí e do Projeto Comprova) menciona algumas iniciativas globais de checagem de fatos como a rede #CoronavirusFacts, cujo trabalho está disponível no site do Instituto Poynter e no site Chequeado.
Mas os desmentidos nem sempre chegam a quem deveriam chegar. Discutimos algumas alternativas de enfrentamento das fake news nas periferias, a partir de depoimentos do jornalista Laércio Portela (Marco Zero Conteúdo), do pedagogo André Fidelis (Coletivo Força Tururu) e de Erica do Cardoso (Grupo S.O.L - Sonho, Organização e Luta).
Igualmente responsáveis pela propagação de desinformação, as plataformas digitais têm apontado medidas para combatê-la. O pesquisador Ivo Henrique Dantas (PPGCOM-UFPE) explica algumas mudanças implementadas pelo Facebook, enquanto Dayane Machado (Unicamp - Grupo de Estudos da Desinformação em Redes Sociais) analisa por que não podemos confiar que essas empresas farão tudo o possível para minimizar esse problema. Para quem pensa que a solução contra as fake news é a criminalização, a professora de Direito Renata Rolim (UFPB) pondera que essa alternativa pode significar um risco à liberdade de expressão.
Para quem está em Pernambuco, o podcast também vai ao ar na Rádio Universitária FM (99,9) e Rádio Paulo Freire (820 AM), às sextas-feiras.
Conheça o site do Coronavírus em Xeque e acesse todos os nossos conteúdos: bit.ly/coronavirus-em-xeque.
Cloroquina, subnotificação, WhatsApp e golpes virtuais
Neste episódio, esclarecemos um pouco da controvérsia da cloroquina/hidroxicloroquina no tratamento da Covid-19, a partir do depoimento de especialistas da área de saúde. Cláudia Galhardi (Fiocruz) sinaliza que as drogas não são indicadas para a prevenção do vírus e só podem ser usadas sob orientação médica, em pacientes hospitalizados.
A professora Yvana Fechine (PPGCOM-UFPE) analisa como a discussão tem sido instrumentalizada pelo presidente como parte de uma narrativa que se opõe ao isolamento social; enquanto o professor Érico Andrade (Filosofia - UFPE) comenta o papel do ódio na política brasileira.
Outra questão que tem gerado desinformação é a minimização do vírus. Sobre isso, o pesquisador Eduardo Amorim (PPGCOM-UFPE) comenta como esse discurso contribuiu com o aumento dos casos nos Estados Unidos. Já a professora Carolina Dantas (PPGCOM-UFPE) analisa o risco da subnotificação dos casos aqui no Brasil. Sobre o tema, mencionamos estudos do Núcleo de Operações e Inteligência e Saúde e do portal Covid-19 Brasil que projetam que o número de casos de infectados no Brasil pode ser de 12 a 15 vezes maior do que o relatado pelas autoridades.
O pesquisador Ivo Henrique Dantas (PPGCOM-UFPE) comenta as mudanças no aplicativo Whatsapp para combater as Fake News e diminuir a velocidade na sua circulação. Já a jornalista Alice de Souza (colaboradora do projeto Comprova e desenvolvedora do aplicativo Confere.Ai, junto ao Sistema Jornal do Commercio), analisa como os conteúdos falsos têm ficado cada vez mais sofisticados para nos enganar. Essa sofisticação faz com que qualquer pessoa possa se tornar vítima de golpes virtuais, como o aplicado pelo MBL (Movimento Brasil Livre) para obter doações usando o nome da Fiocruz.
Conheça o projeto Coronavírus em Xeque e todos os seus conteúdos na página http://bit.ly/coronavirus-em-xeque.
DISCLAIMER
Neste episódio, utilizamos o áudio de uma declaração do imunologista Luiz Vicente Rizzo, dita no dia 11/04, no Bem-Estar, quadro do programa É de Casa, da Rede Globo.
Também citamos a lista falsa das próximas "lives" no Instagram, que citava o cantor Charles Bradley, morto em 2017. A música que toca nesse trecho do episódio chama-se Changes e pode ser ouvida no Spotify.
Coronavírus: os riscos da desinformação
Neste primeiro episódio do Coronavírus em xeque, abrimos a discussão a partir de depoimentos de especialistas recolhidos nas semanas de 06 a 10 de abril.
Neste programa:
O procurador de Justiça do Francisco Dirceu Barros explica as ações do Ministério Público de Pernambuco contra a desinformação (https://sites.google.com/mppe.mp.br/coronavirus);
O pesquisador Ivo Henrique Dantas (PPGCOM-UFPE) faz um balanço das fake news que foram desmentidas pela agência de checagem Lupa e pelo projeto Comprova, uma coalizão que reúne mais de 20 veículos jornalísticos no combate à desinformação;
A pesquisadora Fiocruz Cláudia Galhardi apresenta o aplicativo "Eu Fiscalizo";
A coordenadora executiva do Intervozes, Marina Pita, explica a ação do coletivo contra a campanha "O Brasil não pode parar";
O professor Paolo Demuru (UNIP) analisa o papel dos vídeos gravados em primeira pessoa para nos enganar;
A professora Yvana Fechine (PPGCOM-UFPE) comenta como a fé vem sendo instrumentalizada pelas redes do presidente Jair Bolsonaro, no contexto da disputa política entre direita e esquerda.
A professora Cecília Almeida destaca o papel dos perfis de políticos do governo em impulsionar a produção de desinformação sobre cloroquina e hidroxicloroquina, baseada na sua própria pesquisa e em estudo divulgado pelo Aos Fatos.
Ainda nesse programa, falamos sobre a notícia falsa que associa a pandemia à tecnologia 5G.
Conheça o Projeto Coronavírus em Xeque no site: http://bit.ly/coronavirus-em-xeque