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Podcast - Diocese Anglicana da Amazônia (DAA)

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By Diocese Anglicana da Amazônia

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Domingo de Ramos (PodCast 05.04.2020)

Podcast - Diocese Anglicana da Amazônia (DAA)Apr 05, 2020

00:00
11:38
Domingo de Ramos (PodCast 05.04.2020)

Domingo de Ramos (PodCast 05.04.2020)

(Mateus 21.1-11)

É novamente Domingo de Ramos – o Domingo de Ramos é um dos mais lindos domingo do ano cristão, e é especial na vida da Igreja – nele costumamos ter a proclamação de dois Evangelhos – O Evangelho das Palmas e o da Paixão. As pessoas fazem procissões pelas ruas empunhando ramos e palmas... mas esse ano de 2020, estamos vivendo um Domingo de Ramos diferente de todos os outros. Nossas Liturgias de Ramos estão acontecendo online e não podemos sair de nossas casas, o covid 19 decretou um novo modo de vida para todos(as) nós;

Com nossas cabeças e corações repletos de angustias e incertezas nos aproximamos da Semana Santa, o Domingo de Ramos é aliás o primeiro dia da Semana Santa. Se pedirmos para as pessoas definirem a vida, e a maioria a descreverá como um caminho ou estrada. A razão é simples: a vida é como uma jornada. É uma viagem de uma experiência à outra...

Neste Domingo atípico, em que não faremos a leitura do Evangelho da Paixão, nos foi concedido o privilégio de acompanhar nosso Salvador em mais uma de suas viagens, iremos acompanhá-lo em sua entrada triunfal em Jerusalém; Este era um Caminho Familiar, é um caminho já trilhado antes muitas vezes. Uma estrada na qual os discípulos estavam habituados a andar – a estrada para Jerusalém. Eles sabiam que, chegando à Betânia, contornariam o Monte das Oliveiras, e veriam de repente a cidade de Jerusalém se espreguiçar diante deles. 

Eles já tinham feito este trajeto com Jesus antes. Vinham novamente para a cidade que estava inflada com uma multidão de pessoas para celebrar a Páscoa... Jesus também conhecia bem a estrada. Ele a percorrera desde pequeno. Maria e José o traziam para Jerusalém todos os anos, para a celebração da Páscoa. A estrada era conhecida, amada, mas a jornada daquele dia era completamente diferente. A estrada era familiar, mas a jornada era especial, única. Os discípulos conheciam a estrada; Jesus conhecia a jornada. Desta vez, uma multidão seguia adiante e atrás de Jesus, estendendo as suas vestes e ramos de oliveiras pelo caminho, aplaudindo euforicamente e gritando em alta voz: Hosana ao Filho de Davi – “bendito o que vem em nome do Senhor! Hosana nas alturas!” O interessante é que próximo a Jerusalém, bem no alto de uma enorme montanha ficava a fortaleza de Herodes, e no dia do Rei – Herodes descia com sua corte, sua cavalaria, seus soldados com espadas demonstrando sua pompa e força. O cortejo que acompanha Jesus é formado pelo povo humilde, vem a pé, vem do vale (de baixo) e traz nas mãos não espadas, mas ramos de oliveira.

Os evangelistas nos descrevem um Jesus humilde, montado em um jumentinho, um Jesus entristecido, não pelo que se vê, mas pelo que não se vê. Os olhos de Jesus veem o que olhos humanos não conseguem ver, vê o centro das coisas, vê o interior. Jesus sabe que o entusiasmo da multidão, não irá durar. Vê a cidade onde as pessoas procuravam tapar sua miséria espiritual, suas injustiças, com gritos de “hosanas”, com aplausos, com vivas. Sim, Jesus, via a superficialidade presente naquela imensa e aparentemente calorosa recepção. Ele sabia que aqueles cantos se converteriam em gritos de ódio, e que os espinhos tomariam o lugar dos ramos.

. . .

Narração: Bispa Marinez Bassotto

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Apr 05, 202011:38
Salmo 130 (Podcast 30/03/2020)

Salmo 130 (Podcast 30/03/2020)

Salmo 130


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Mar 30, 202001:25
Litania para o Domingo da Juventude (PodCast 30/03/2020)

Litania para o Domingo da Juventude (PodCast 30/03/2020)

Credo Contemporâneo da Juventude

Creio em Deus que é Pai e Mãe Todo - amoroso

Criador de tudo e fonte de todo amor.

E em Jesus Cristo que foi jovem e amigo, e nos revelou o amor de Deus, acolhendo todas as pessoas que o buscaram

rompendo as barreiras da exclusão, do preconceito e do ódio

e abrindo seus braços na cruz como um gesto de amor de vida.

Creio que Cristo sofreu e foi morto, mas ressuscitou e quer ressuscitar todos os dias em nós, libertando nossas vidas para o amor, a doação e o serviço.

Creio no Espírito Santo, sopro renovador que tudo transforma.

Creio que Ele nos dá coragem e sabedoria para construirmos um mundo de amor, de justiça, de inclusão e de paz.

Creio numa Juventude forte e comprometida com o Evangelho.

Vocacionada a ser igreja, amar e servir a Cristo nas outras pessoas, a procurar a justiça, a superar todas as formas de divisão e a construir a unidade na diversidade Amém.

Credo construído coletivamente durante o Encontro Nacional da Juventude Episcopal Anglicana do Brasil.


Litania para o Domingo da Juventude

Oficiante: Nós te pedimos Senhor que olhe pelos jovens e crianças em situação de rua, que eles possam ser guiados pela tua mão, que todos nós possamos trabalhar para manter seus direitos garantidos e manter sua dignidade, que nossa comunidade possa por meio de atendimento e do acompanhamento espiritual, social e emocional amparar esses jovens e crianças. Oremos.

Todos: Escuta-nos Senhor.

Oficiante: Deus de infinito amor e justiça, te pedimos que olhe pelas jovens, mulheres e meninas que não podem exercer sua liberdade de forma plena por medo da violência de gênero presente nos seus lares, escolas, trabalho, e na sociedade como um todo. Oremos.

Todos: Escuta-nos Senhor.

Oficiante: Deus Pai e Mãe, te pedimos pelas tuas filhas e filhos LGBTI+ que clamam por amor e pela aceitação de suas famílias, para que seus lares se tornem espaços seguros numa sociedade intolerante e reticente para com tantas formas de amor. Oremos.

Todos: Escuta-nos Senhor.

Oficiante: Senhor, desperta em nós, juventude da IEAB, a coragem para interferir na nossa sociedade, injusta e desigual, e a alegria para testemunhar o evangelho, por meio de palavras e ações, que sejamos sinal de esperança no mundo, dividido e injusto. Oremos.

Todos: Escuta-nos Senhor.

Oficiante: Infinito Deus de amor maternal, abrace com ternura os jovens, meninos e meninas, que sofrem com depressão e perderam a esperança. Restaura suas forças, guiando-os pelo projeto de vida de Jesus Cristo. Oremos.

Todos: Escuta-nos Senhor.

Oficiante: Intercedemos, nosso Deus, pelos jovens que sofrem preconceito por sua etnia, orientação sexual, características culturais e/ou físicas, pedimos para que o Teu Espírito Santo intervenha e transforme os corações das pessoas que os ferem, em seus pensamentos e intenções fazendo com que estas experimentem a paz que tu queres para todos e se encham de amor. Oremos.

Todos: Escuta-nos Senhor.

Oficiante: Eterno Deus, que tua infinita misericórdia seja com a juventude negra, em especial aqueles e aquelas que vivem nas periferias das nossas cidades, para que tua luz os livrem da face de todo o mal. Oremos.

Todos: Escuta-nos Senhor.

Oficiante: Oh Senhor, livra nossas crianças e adolescentes das garras do mal, que nossas súplicas cheguem a Ti, para que teu reino promova a justiça, com isso nossas angústias cessem e não mais vejamos teus pequenos sendo explorados e abusados, dá-te pressa em acudilas, para honra e glória de Jesus. Oremos.

Todos: Escuta-nos Senhor.

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Mar 30, 202003:25
Reflexão do Evangelho do 5.º Domingo da Quaresma (PodCast 29.03.2020)

Reflexão do Evangelho do 5.º Domingo da Quaresma (PodCast 29.03.2020)

Que ideia você tem das feições de Jesus? Uma pessoa séria, com o cenho franzido? Um olhar severo e preocupado? No episódio da ressurreição de Lázaro, a Palavra de Deus nos dá pistas do humor de Jesus e da mensagem que Ele transmitia aos seus seguidores por meio do seu semblante.

Não encontramos com frequência passagens na Bíblia em que Jesus se encontra sorrindo. Encontramos bem mais trechos em que Ele chora, como quando Ele lamenta a situação espiritual dos habitantes de Jerusalém em Lucas 19.41-42; nos momentos antes da sua prisão, no Horto das Oliveiras, em Lucas 22.42-44, quando chora sangue; e no episódio da ressurreição de Lázaro. Esse é o trecho do Evangelho deste 5.º Domingo da Quaresma, escrito em Jo 11.1-45.

Para mim, Jesus não era uma pessoa de cara fechada e severa. Pelo contrário, a interpretação da Palavra me leva a crer que Cristo estava sempre sorrindo. Lembre o que Ele disse quando perguntado acerca do jejum, “Como podem os convidados do noivo ficar de luto enquanto o noivo está com eles?” (Mt 9.15). Sem falar da alegria imensa que sentiu quando os seus discípulos retornaram da missão em Lc 10.21, diz a Palavra “naquela hora Jesus, exultando no Espírito Santo, disse: ‘Eu te louvo, Pai, Senhor do céu e da terra, porque escondeste estas coisas dos sábios e cultos e as revelaste aos pequeninos’”. Imagine Jesus dizendo “vinde a mim as criancinhas” com uma cara séria ou carrancudo! É impensável uma pessoa acolher crianças em seus braços sem um sorriso no rosto. Não é verdade?

Jesus chorou sim. Essa expressão humana de Jesus serve para destacar a sua alegria. Não chorou pela morte de Lázaro, mas contagiado pelo luto dos seus amigos.

Como diz a Palavra, depois do choro vem a alegria. Nas palavras do Salmo 30.5 “o choro pode persistir uma noite, mas de manhã irrompe a alegria.” No mesmo salmo, no versículo 3, é dito: “Senhor, tiraste-me da sepultura; prestes a descer à cova, devolveste-me à vida.” Veja que, através da ressurreição de Lázaro, Jesus está cumprindo uma profecia. As discípulas de Jesus choraram, apelaram a Ele e, por meio dele, Lázaro levantou dos mortos e sobreveio a alegria! Esse é um testemunho da divindade de Jesus.

Mas não tente a Deus, pedindo milagres extravagantes e egoístas! Nem se ache melhor do que os outros, por estar na bênção. Os habitantes de Jerusalém pensavam assim também e entristeceram a Cristo. Antes, tenha compaixão e sirva aos outros como fez Jesus. Assim, a alegria vai transbordar em meio à tristeza e ao desespero. E a vida vai imperar sobre a morte.

Oremos.

Deus de graça e perdão, tu somente podes colocar em ordem a vontade e as afeições desordenadas de quem peca. Concede ao teu povo a graça de amar o que ordenas e desejar o que prometes; para que, entre as inconstâncias do mundo, permaneçam nossos corações firmados lá onde se acha a verdadeira alegria, por nosso Senhor Jesus Cristo, que vive e reina contigo e com o Espírito Santo, um só Deus, agora e sempre. Amém. (Livro de Oração Comum, p. 432)

Narração: Revdo. Sérgio Silva

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Mar 28, 202004:20
Reflexão neste tempo de Quaresma/Quarentena, oremos (PodCast 21/03/2020)

Reflexão neste tempo de Quaresma/Quarentena, oremos (PodCast 21/03/2020)

Um lindo dia!

Há 60 anos, em 21 de março de 1960, em Joanesburgo, África do Sul, durante o regime de segregação racial conhecido como apartheid, cerca de 20 mil pessoas faziam um pacífico protesto contra a Lei do Passe, que obrigava pessoas negras a andarem com um documento que limitava o direito de ir e vir. Mesmo sendo pacífico, a polícia abriu fogo contra a multidão e 69 pessoas foram mortas e 186 ficaram feridas.

Convido-nos a assistirmos ao trailer do filme UM GRITO DE LIBERDADE <www.autobahn.com.br/filmes/um_grito_de_liberdade.html> e a orarmos pelas memórias das mártires da luta contra o racismo, tipo de epidemia que desumaniza pessoas por suas características fenotípicas (cor da pele, tipo de cabelo etc.).

Lembro-nos que após superarmos a pandemia do COVID 19, continuaremos com o desafio de superarmos o racismo, o classismo, o sexismo, a homofobia, a lesbofobia, e todas as ideologias de morte que maculam e comprometem a existência humana.

Hoje também é dia de lembrarmos a memória de nosso irmão e arcebispo de Cantuária Thomas Cranmer, idealizador dos pilares da liturgia anglicana como a vivemos hoje.

- Neste tempo de Quaresma/Quarentena, oremos:

RUAH, Mãe querida, gratidão por nos oportunizar aprendermos com os erros e nos inspirarmos nos testemunhos de irmãs e irmãos que lutaram pelo direito a vida. 

Que o Teu Amor, corporificado em Jesus Cristo, siga sendo para cada qual de nós, razão de nossas vidas, para que vivamos fazendo nossa parte na construção do Teu Reinado de Misericórdia, Graça e Amor. 

Amém! Amemo-nos!

Narração: Revda. Lilian Conceição da Silva
Abraço Negro - Pastoral Afro da Diocese Meridional e Comissão Nacional de Incidência Pública
Direitos Humanos e Combate ao Racismo da IEAB

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Mar 21, 202001:45
Reflexão do Evangelho do 4º Domingo da Quaresma – ANO “A” (PodCast 22/03/2020)

Reflexão do Evangelho do 4º Domingo da Quaresma – ANO “A” (PodCast 22/03/2020)

O Evangelho deste 4º Domingo da Quaresma nos apresenta um personagem central da mensagem de Jesus: o cego de nascença e por meio dele Ele nos dá uma mensagem importantíssima para nossa vida a de que somente através Dele – de Jesus – somos capazes de enxergar além de nossa própria visão – Ele nos ensina que a cegueira não está nos olhos, mas na mente e no coração.

A ação de Jesus de cuspir na terra, fazer um barro, aplicar em seus olhos e o enviar a lavar numa piscina nos faz entender que toda ação faz acontecer uma reação. A ação tanto a de Jesus como a do cego de nascença revelam o poder do Espírito de Deus com a manifestação da fé – esse ensinamento do Evangelho nos ajuda a compreender que a Luz de Jesus brilha abundantemente quando nos esforçamos a buscar seus sinais mesmo que as trevas de nosso mundo nos queira levar para a falta de esperança, de amor e, claro, na maturidade da fé.

Essa ação de Jesus causou confusão entre os fariseus que só enxergavam seus discursos por meio de leis muitas vezes desumanas, muitas vezes leis cegas, incapazes de cuidar e salvar a pessoa humana e foi por isso que no final do capítulo nove Jesus diz: “foi para um discernimento é que vim a este mundo: para que os que não veem, vejam, e os que veem, tornem-se cegos” (v. 39), mostrando às pessoas de seu tempo e a nós hoje que o “pior cego é aquele que mesmo vendo, não quer enxergar”.

Por isso que, para nossa meditação deste final de semana, é importante lembrar que os olhos da mente e do coração são essenciais em nossas relações, em nossas ações e em nossa vida pessoal. O cego de nascença que fala o Evangelho deste domingo pode ser alguém que está tão próximo de nós, alguém excluído pela sociedade, alguém ignorado, que passa perto de nós e o vemos, mas não o enxergamos. Acredito que quando Jesus se aproximou daquele homem pedinte, excluído, marginalizado, um “zé ninguém”, foi criticado – inclusive por seus próprios discípulos que achavam que ele era cego porque os pais dele pecaram e foram castigados! Hoje precisamos seguir os passos de Jesus, ficar do lado das pessoas que são excluídas de nosso tempo; se seguimos Jesus sua Luz brilha em nossa vida e nos faz enxergar além de nós mesmos o sinal de sua salvação.

Em tempo de pandemia do covid-19, nos aproximar dos marginalizados requer verdadeiro amor, coragem e fé – acima de tudo: e podemos assim dizer que as pessoas profissionais da saúde são as mãos, os braços, o coração e os olhos de Jesus! Nos aproximar é orar pelas vítimas do mal que assola a humanidade. Nesse tempo, também, estamos reaprendendo a conviver com nossos familiares, a enxergar em nossas relações o amor de Deus presente em nossas vidas, a “lavar” nossos olhos na piscina do batistério de nossa existência, de nossa fé e a enxergar o amor de Deus nos mais próximos de nós.

Peçamos a Deus que nos dê sua bênção e nos ensine a ver e agir – por meio de seu Evangelho – de modo que sejamos pessoas da Luz Divina em meio às trevas de nosso tempo. Amém.

Narração: Luciléia Barata de Miranda
Representante Diocesana do SADD na DAA

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Mar 21, 202005:43
Oração no Fim do Dia - Uso Individual ou em Família, antes de dormir
Mar 21, 202024:22
Mensagem Bispa Marinez Bassotto - COVID 19

Mensagem Bispa Marinez Bassotto - COVID 19

** ATENÇÃO ***

*** AVISO IMPORTANTE***

Em conjunto com a nossa Junta Paroquial,

Diante da Pandemia do Coronavírus (COVID 19), seguindo orientações das Organizações Mundiais de Saúde. Priorizando a integridade da vida de todas as pessoas, como parte de nosso testemunho como Igreja Segura – AVISAMOS que ESTÃO SUSPENSOS os Encontros de Quaresma e as Celebrações na Catedral de Santa Maria nas próximas 2 SEMANAS.

Iremos reiniciar as atividades litúrgicas no DOMINGO DE RAMOS, dia 05 de abril de 2020.

Nestes 2 próximos Domingos faremos uma transmissão online de Orações, Meditação sobre as leituras e Benção de Saúde.

Também informamos que dos dias 23 de março até 01 de abril não haverá experiente físico no Escritório da Catedral e Diocese, o trabalho será realizado de casa, online ou por WhatssApp.

Esperando contar com a compreensão de todos e todas.

Fraternalmente em Cristo.

+ Marinez

Mar 17, 202007:33
3° Domingo da Quaresma – Evangelho: João 4. 5-42. (Podcast 15/03/2020)

3° Domingo da Quaresma – Evangelho: João 4. 5-42. (Podcast 15/03/2020)

3° Domingo da Quaresma – Evangelho: João 4. 5-42.

O Evangelho deste domingo apresenta o Senhor Jesus como o dom de Deus na vida da mulher que ele encontrou junto ao poço de Siquém. A descoberta deste dom divino aconteceu de maneira gradativa. A reação inicial da mulher foi de rejeição, fruto de preconceitos. Ela não podia compreender como Jesus, sendo um judeu, teve a ousadia de dirigir-se a ela, que era samaritana, dado a inimizade histórica entre estes dois grupos.

Jesus, de forma pedagógica em seu comentário, diante desta negativa, despertou nela um certo interesse. A alusão à possibilidade de obter "água viva" suscitou um mal-entendido: ela entreviu a possibilidade de ver-se livre daquela obrigação de ir todos os dias buscar água naquele poço tão profundo.

Dessa forma, quando o Senhor lhe falou de uma água que jorra para a vida eterna, ela prontamente manifestou o desejo de obtê-la. Para isso, o Mestre colocou como condição que trouxesse consigo seu esposo. Foi neste momento que Jesus começou a entrar na vida pessoal e intima da samaritana, mostrando que a conhecia muito mais do que ela imaginava. O Mestre, como sempre, manifestou seu interesse por aquela mulher desconhecida. Neste momento a mulher começou a se abrir para a fé. O tema da água foi substituído pela questão da adoração a Deus. De modo simples e delicado, Jesus conduziu-a nos meandros da fé, a ponto de fazê-la compreender que tinha diante de si o Messias tão esperado.

Assim que ela recebeu o Senhor Jesus como dom de Deus para a sua vida, tornou-se proclamadora de sua presença como salvador. E muitos acreditaram, a partir do testemunho da mulher.

Neste tempo quaresmal, somos chamadas e chamados por Deus, e guiados e guiadas por Ele a tomarmos consciência no nosso seguimento a Jesus Cristo, o Senhor que carrega a cruz. Somos então convidados e convidas a seguir a Cristo que carrega a cruz. Isso significa abrir-nos, com Ele, a todo tipo de sede que aflije, hoje, a humanidade.

Cristo é o alimento por excelência, a resposta a toda fome e a toda sede. Ele é o pão da vida que ao saciar os famintos os congrega e os une em comunhão. Ele é a água da vida, aquela água viva que falou à Samaritana, num diálogo que surpreendeu os seus discípulos, porque o conduziu, como água que flui livremente, além das margens do habitual na sua cultura e religião, a um intercâmbio com uma pessoa com quem os costumes O proibiam de falar. Em Jesus as fronteiras não fazem sentido!

Neste seu exceder-se, Jesus abraçou diferenças e novos horizontes. O Seu ministério ultrapassou fronteiras. Convidou os seus seguidores a tomarem consciência da ação de Deus, em lugares e pessoas que eles estavam inclinados a evitar. Como água que dá a vida a todos e todas que tem sede, mostrou-se interessado por todas as zonas áridas do Seu mundo; e assim, em qualquer dessas zonas ressequidas, Ele pode ser bem-vindo, pois todos os sedentos podem entender e compreender o que significa água viva.

Essa imagem pode dar vidas a nós, quanto servidores e servidoras de Cristo na Sua missão; porque depois de termos saboreado esta água, estaremos ansiosos e ansiosas para oferecê-la a todos os sedentos e de atingir, assim, as pessoas que estão além das fronteiras – lá onde pode suceder que a água ainda não tenha sido retirada do poço -, levando uma nova cultura de diálogo a um mundo rico, diversificado e múltiplo.

Peçamos ao Senhor que Ele nos dê a graça de reconhecer Seu Filho como dom para as pessoas e paras nossas vidas, e acolhê-lo com fé; e deixar que nossas vidas sejam transformadas e moldadas por Jesus.
--
Reflexão e Voz: Daniel dos Santos Lima.
"Ad majorem Dei gloriam"
Comunidade Anglicana de Manaus.
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Mar 14, 202006:07
Reflexão do evangelho Mateus 5, 21-37 (Podcast 16/02/2020)

Reflexão do evangelho Mateus 5, 21-37 (Podcast 16/02/2020)

6° Domingo depois da Epifania (Ano A).

Quando Jesus começou esses ensinamentos, dizendo: “Você ouviu o que foi dito aos antigos”, ele está nos convidando a considerar nossas certezas em relação às nossas crenças e práticas (sociais e religiosas). Além disso, no tempo da Epifania, como Igreja nos preparamos para o início da Quaresma, este preâmbulo de Jesus, o Sermão da Montanha, é um convite para avaliar e até questionar o que pensamos aquilo que temos como certezas. Este é um dos trechos nos evangelhos que questionam o argumento de que "porque a Bíblia diz isso".

Ao olharmos com carinho sobre as coisas essenciais que compõem o reino dos céus, Jesus primeiro identifica aqueles que são protagonistas da obra do reino e depois explica que as pessoas reunidas para ouvir seu sermão seriam a partir daquele momento participantes e atores da obra desse reino. No versículo 21, Jesus começa o que parece ser uma série de perguntas às expectativas que seu público (e de Mateus) tinha sobre eventos comuns nesse contexto (e talvez o nosso) - raiva, luxúria, divórcio e perjúrio. 

Esta parte deve ser visualizada em sua totalidade. Jesus não procura dar respostas rápidas ou fáceis. Parece que ele quer evitar clichês com intenção. Este é sempre um desafio para nossa comunidade de fé hoje também. E seria interessante contrastar o cuidado com as aparentes normas sociais (culturais e religiosas) com o chamado de Jesus a uma vida ética baseada em relacionamentos intencionais e sinceros, e não naquilo que se diz por aí que é certo ou errado. Jesus parece apresentá-lo com simplicidade, embora certamente não com simplicismos. O problema não é apenas que não precisamos matar; Isso estamos careca de saber. O problema é que brigar com o próximo afeta adversamente até a essência do nosso culto a Deus, lembremos que a própria comunidade passou ser o Templo e o Altar de Deus (1Cor 3,16) . A questão do adultério é muito mais complexa do que meras ações físicas; É uma questão de corpo, sentimentos e autocontrole. A questão do divórcio no passado e hoje é muito complicada e, em algumas ocasiões, o que está em questão é muito mais do que jogos de poder, expectativas de papéis de gênero e pressões religiosas. Quanto ao assunto de juramentos (antes de boca, e hoje se exige 20 assinaturas de reconhecimento em cartório em 10 documentos para se ter valor), Jesus parece se perguntar qual é a necessidade deles. Se vivermos uma vida ética e relacional, dizer sim por si só e não por não deve ser suficiente. Não é verdade? Aqui é válido pensar em nossa imensa região amazônica, cujo os povos indígenas e suas populações tradicionais se encontram ameaçados pela falta de palavra e compromisso do atual governo brasileiro em cuidar de nossa grande Casa Comum em favor da ânsia de lucro de grandes empresas de mineração que querem depredar com a floresta. Lembremos que muitos de nossos irmãos em Cristo já deram suas vidas, de modo muito especial esta semana fazemos memória dos 15 anos de martírio de Dorothy Stang, missionária norte americana assassinada por manter seu sim em favor da nossa Amazônia. Hoje somos contagiados com a força de seu testemunho cristão a mantermos nosso sim corajoso como resistência em amazonizar a Igreja de Cristo e o mundo num olhar que verse pelo bem viver e pela sustentabilidade.

Por fim que outros regulamentos, expectativas e até clichês sociais, políticos e religiosos existem em nossas comunidades que exigem um desafio do ético e relacional? Na preparação para o tempo da Quaresma, que aspectos de nossa vida comunitária requerem uma autoanálise que é influenciada pelos fundamentos do reino que Jesus nos trouxe? Como anda nosso sim como comunidade de fé em relação a defesa de nossa região amazônica? Bem, para responder a essas perguntas, sugiro que você examine a lição do evangelho exposto e comece a dar seu sim. 

Reflexão e Voz: Iuri Lima - Comunidade Anglicana de Manaus.

Feb 15, 202005:46
Domingo da Apresentação de Nosso Senhor Jesus Cristo no Templo

Domingo da Apresentação de Nosso Senhor Jesus Cristo no Templo

Hoje a igreja celebra a festa litúrgica da Apresentação do Senhor no Templo, e eu quero te convidar a não somente ouvir esta reflexão, mas orar e contemplar, ainda, o mistério da encarnação.

A festa litúrgica da apresentação do senhor, quarenta dias depois do natal, leva-te a contemplar de novo o mistério da encarnação. Deus que se faz um de nós para ser Deus conosco. Medita por um instante na impensável humildade do Senhor do Universo que vem ao teu encontro na pobreza daquele ou daquela que cruza o teu caminho, e começa assim a tua oração. 

Neste dia da Festa da Apresentação de Jesus no Templo vais escutar o salmo 24. É um canto processional que evoca a chegada da arca da aliança a Jerusalém. 

"Levantai, ó portas, os vossos dintéis! Levantai-vos, ó pórticos antigos, para que entre o rei da glória! “Quem é este rei da glória?” É o Senhor forte e poderoso, o Senhor poderoso na batalha. Levantai, ó portas, os vossos dintéis! Levantai-vos, ó pórticos antigos, para que entre o rei da glória! “Quem é este rei da glória?” É o Senhor dos exércitos! É ele o rei da glória.*"

Salmo 24. 7-10 

O Salmista canta o momento em que o Rei Davi traz a Arca da Aliança para Jerusalém. Davi é rei, mas o Rei da Glória que chega a Jerusalém é o próprio Senhor Jesus. “Levantai, ó portas, os vossos frontões..."

 Jesus é apresentado no templo pelos seus pais, de acordo com as prescrições da lei. O Deus menino é a verdadeira Arca da Aliança que vem habitar no meio de nós. Já tomaste consciência de que tu és templo de Deus? Jesus quer entrar na tua vida, na tua história! Abre as portas do teu coração e deixa entrar o Rei da Glória. 

Diz o salmo: que se abram os portões para que entre o rei da gloria. Ele é forte e poderoso. É o senhor dos exércitos que entra para governar para sempre. 

"Levantai, ó portas, os vossos dintéis..."

Cada pessoa que se converte ao Senhor torna-se um templo onde Deus habita. Pede a Jesus a graça de teres os portões do teu coração sempre abertos para o receber.  

Pai nosso...

Reflexão: Daniel Lima - Comunidade Anglicana de Manaus.

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Feb 02, 202013:33
Mensagem do 3º Domingo após a Epifania. (26/01/2020)

Mensagem do 3º Domingo após a Epifania. (26/01/2020)

3º Domingo após a Epifania. 

Evangelho: Mt 4, 12-23.

Estamos celebrando o 3° Domingo Após a Epifania e podemos dizer sem medo que o Senhor continua a se manifestar para nós, seu povo. Ele quer continuar surpreendendo a gente. 

O Santo Evangelho deste domingo, de forma muito sútil e ao mesmo tempo profundamente explícita, apresenta Jesus como a luz que brilhou para o povo que vivia nas trevas. De fato Ele é a luz de Deus. Ele, hoje, quer brilhar em meio às nossas trevas porque quer fazer novas todas as coisas. 

Jesus, a Luz do Pai, é também o clarão que anuncia o raiar de um novo tempo, a chegada do Reino de Deus. O Apóstolo Paulo nos lembra que "o Reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, paz e  alegria no Espírito Santo." Rm 14,17.

Outro elemento muito importante neste texto é a VOCAÇÃO; o olhar de Jesus que vê em pessoas simples como Pedro e André, como eu e você, a possibilidade de um segmento autêntico que garanta o anúncio afetivo e efetivo do Reino, e convida. Ele, o Senhor que chama, quer fazer de nós pescadores e pescadoras de pessoas. Também os filhos de Zebedeu, simples pescadores, aderiram à proposta de Jesus. "Deixaram imediatamente o barco e as redes e seguiram Jesus." 

Por último, o Evangelho nos ensina que seguir Jesus, percorrer com Ele o Caminho, supõe SERVIÇO, ou seja, anunciar o Reino de Deus e curar as enfermidades e moléstias do povo. Mas é preciso lembrar que o Ministério de Jesus de curar ia sempre além dos males físicos. Significava também que as pessoas tocadas por Ele eram incluídas novamente na comunidade e recebiam novamente dignidade. 

Minhas irmãs e meus irmãos, peçamos ao Senhor a graça de sermos novos Cristos no mundo, de sermos luzes em meio às trevas e bons  anunciadores e anunciadoras do Seu Reino. 

Graça e paz a todos nós!

Reflexão: Daniel Lima - Comunidade Anglicana de Manaus.

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Jan 25, 202003:53
Mensagem do 1.º Domingo depois do Natal (29/12/2019)

Mensagem do 1.º Domingo depois do Natal (29/12/2019)

O Evangelho deste domingo, tirado do livro do evangelista Mateus (Mt 2.13-23), nos traz dois aspectos que ressaltam o significado da vinda de Jesus ao mundo. O primeiro deles, é o fato de Jesus, o Verbo encarnado, ter vindo ao mundo como ser humano e necessitar da solidariedade humana, presente no ambiente familiar. O segundo, é a reação da pessoa egoísta que busca destruir tudo o que ameace a perda do seu poder. Em ambos os aspectos mencionados, temos diante de nós a reação do indivíduo diante da fragilidade humana. 

Não há dúvidas que, quando um ser humano nasce, necessita do cuidado do outro para garantir a sua sobrevivência. A família é a expressão do outro nesse processo de cuidado. Portanto, sabemos da importância que a família tem para alimentação do recém-nascido, sua higienização e segurança. Esse é um aspecto de suma importância para a manutenção da vida. Assim, é da natureza humana a preservação da integridade física do outro.

No texto de Mateus, também encontramos o tirano Herodes, que é capaz de matar inocentes desprotegidos, para sustentar o seu plano de poder. Indivíduos gananciosos são capazes até de matar pessoas inocentes, para alcançar os seus objetivos egoístas.  Procuram exaltar sua força diante dos mais fracos. O assassinato de pessoas indefesas não soa como algo natural, além de ser uma covardia. Percebemos, ainda, na figura do tirano Herodes, o inverso do que a natureza propõe para a raça humana, que é o trabalho para a preservação da vida. 

Se entendemos Deus, como Sumo Bem, somos obrigados a combater qualquer forma de atentado à vida. O texto nos propõe uma comparação entre a atitude da família de Nazaré, que acolhe o Deus Menino, e a atitude do tirano Herodes, que não mede esforços para exterminar aquilo que é mais frágil na comunidade humana: os bebês.. Podemos deduzir dessa comparação, que o egoísmo é o oposto da solidariedade.

Deus não é covarde, como muitos tiranos. Ele se despoja de todo o seu poder para ser humano como nós.  A importância de Deus ter se encarnado está no fato de se submeter às nossas fraquezas e se deixar ser ajudado. Dessa forma Ele mostra o valor das relações humanas e da solidariedade, da compaixão e do cuidado com o outro. Ao mesmo tempo assinala que não é correta a tirania e a opressão, pois isso significa subverter a vontade do Criador. E a vontade de Deus é que tenhamos vida plena e trabalhemos para que todos tenham vida também e, assim, que caminhemos nos ajudando mutuamente.

Oremos.

Deus amado, que derramaste sobre nós a nova luz do teu Verbo feito carne; concede que essa mesma luz, acesa em nossos corações, brilhe em nossas vidas; por Jesus Cristo, nosso Senhor, que vive e reina contigo, na unidade do Espírito Santo, um só Deus, agora e sempre.

Amém.

Voz: Revdo. Sérgio (Diocese Anglicana da Amazônia)

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Dec 30, 201904:22
Mensagem Episcopal de Natal - Bispa Marinez Bassotto - 24/12/2019

Mensagem Episcopal de Natal - Bispa Marinez Bassotto - 24/12/2019

Mensagem Episcopal de Natal (Podcast)

Diz a Palavra do Senhor: 

“No princípio era o Verbo. Ele estava com Deus e era Deus. Nele estava a vida e a vida era a luz da humanidade. A luz brilha nas trevas e as trevas não conseguiram apagá-la. E o Verbo se fez carne e habitou entre nós. E vimos a sua glória, glória do unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade. (Jo 1:5.14) 

Estamos novamente às portas do Natal. A época de Advento e Natal é um tempo de experimentar na vida da igreja, e em nossas vidas pessoais e familiares, a expectativa e a alegria que nos chegam através de um Nascimento. Neste tempo nosso mundo engravida-se de Deus e fica repleto de esperança. 

A cada ano ao fazermos memória do nascimento temporal de nosso Salvador, ao relembrarmos os eventos ocorridos naquela noite em Belém, tomamos novamente a consciência de que a humanidade foi tocada e experimentada por Deus de uma maneira extraordinária. Porque na escura e fria a noite de Belém, numa manjedoura, entre pessoas pobres e excluídas, na periferia do mundo, e em meio a ovelhas e bois, nasceu a Luz. 

O primeiro Natal marcou a vida da humanidade. A luz de Deus veio ao mundo, veio para iluminar o que as trevas ocultam. Veio para trazer claridade à vida humana, veio para transformar tudo e todas as pessoas. E a cada ano somos convidados(as) novamente a deixar-nos iluminar por essa luz. 

Mas é fato também que a cada ano a humanidade torna-se mais insensível a luz de Cristo. Neste nosso tempo, em que caminhamos entre desamor e violências, preconceitos e intolerâncias, ganâncias e mortes, nós somos novamente convidados(as) como cristão e cristãs a redescobrir a potente mensagem que nos é alcançada no nascimento de Jesus. Nós cristãos e cristãs somos convocados(as) a olhar o mundo, a partir da perspectiva da manjedoura, a iluminar o mundo com esperança, alegria e fé. 

Se queremos realmente que algo diferente aconteça, precisamos permitir que a luz de Cristo habite em nós e reflita se em nossas palavras e em nossas ações precisamos ser luz na vida do mundo. 

Que neste Natal e em todos os dias proclamemos a luz de Cristo. Transformemo-nos em luz. Iluminados(as) por Cristo, façamos de nossas vidas um dom sem reservas. Busquemos os sinais de Deus ao nosso redor e deixemos que Ele aja em nós e através de nós.

Oremos para que todos e todas possam ser iluminados(as) pela luz de Cristo. Envoltos(as) pela sua paz. Feliz e iluminado Natal a todos(as) vocês.

Voz: +Marinez Rosa dos Santos Bassotto
Bispa Diocesana
Diocese Anglicana da Amazônia

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Dec 24, 201904:25
3º DOMINGO DO ADVENTO - Ano “A” – 15/12/2019

3º DOMINGO DO ADVENTO - Ano “A” – 15/12/2019

3º DOMINGO DO ADVENTO - Ano “A” – 15/12/2019

PALAVRA DE DEUS
Isaías 35.1-10
Salmo 146.5-10 ou Lucas 1.46b-55
Tiago 5.7-10
Mateus 11.2-11

“Os cegos recuperam a vista, os coxos andam, os leprosos são purificados e os surdos ouvem, os mortos ressuscitam e os pobres são evangelizados” (v. 5).

O terceiro Domingo do Advento é chamado de “Domingo da Alegria”, a cor litúrgica é o róseo – cor da alegria. A liturgia da palavra destaca os grandes feitos de Deus e, sobretudo no Evangelho, das obras libertadoras de Jesus. O personagem que se apresenta no Evangelho de hoje é o profeta João Batista: “Dos nascidos de mulher nenhum é maior do que Ele” (v. 11a); o precursor é o “símbolo” da preparação da Boa Notícia anunciada por Jesus; João representa todas as pessoas que se tornam pequenas no Reinado de Deus para a responsabilidade de anunciar algo grandemente extraordinário: “Porém,  o menor no reinado de Deus é maior que João Batista” (v.11b). E João Batista foi apresentado por Jesus como aquele que extrapolou a humildade do serviço: sem roupas nobres, sem riquezas, sem absolutamente nada, tinha apenas a missão de ser pequeno servo anunciando algo tão grandioso!

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Voz: Revdo. Cláudio Corrêa de Miranda
Ministro encarregado da Missão.

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Dec 15, 201906:06
Reflexão do 2º Domingo do Advento Ano A - 08/12/2019

Reflexão do 2º Domingo do Advento Ano A - 08/12/2019

Estamos celebrando o segundo domingo do Advento. Hoje a liturgia nos propõe um convite feito por João Batista. Ele, aparecendo no deserto à beira do rio Jordão dizia: “Convertei-vos, porque está próximo o Reino dos Céus”.

Durante toda a sua vida João Batista pregou aos homens e às mulheres o arrependimento, preparando assim o caminho do Senhor que estava para chegar. O Messias de Deus, Aquele que vinha nos trazer a Salvação. Suas palavras ressoavam, ecoavam e faziam romper todas as barreiras da injustiça e, sobretudo àquelas que nos impediam de ver e enxergar o Cristo que nos faz verdadeiramente coerdeiros com Ele da glória da maior glória de Deus.

O Evangelista Mateus apresenta João Batista com seu anúncio e seu batismo como marcos iniciais do ministério de Jesus. João era filho de Zacarias, sacerdote do Templo de Jerusalém. Este sacerdócio era hereditário, porém Batista rompe com tal tradição. Ele se afasta de Jerusalém e do Templo e, como profeta, faz seu anúncio nas regiões desérticas da Judéia. Com sua pregação ele atrai a si o povo, esvaziando assim o Templo e o sacerdócio de Jerusalém. Aos líderes religiosos, saduceus e fariseus que vêm a ele para espioná-lo, adverte que não se sintam justificados por se considerarem filhos de Abraão.

A primeira leitura é tirada do livro de Isaías 11,1-10. É um pouco difícil datar este oráculo, mas a alusão ao tronco e à raiz de Jessé faz supor o estado de destruição da dinastia davídica. Nesse sentido, o oráculo assegura, na continuidade da dinastia, a fidelidade divina às promessas. O que Deus espera é os bons frutos, os frutos da justiça, é a restauração da primeira criação, onde a Paz reinará eternamente.

Já na segunda leitura, são os bons frutos que Paulo propõe a seus discípulos. As comunidades unidas em um só coração, no acolhimento, na compaixão e na misericórdia, são as sementes do projeto do mundo novo querido por Deus. Elas deverão eliminar do seu meio todas as barreiras discriminatórias no meio dela.

Ao contemplamos o Evangelho de Mateus, vemos que ele apresenta João Batista como um dos antigos profetas e oferece estrutura ordenada, pedagógica e eclesial. Estabelece três etapas fundamentais do processo evangelizador: a pregação, a conversão e depois o batismo.

Assim, só o homem que perante a palavra pregada se converter, tomando a consciência da nova realidade dada pela presença do Reino e a faz sua pode ser batizado. Diante do Reino não há privilégios de raça, porque a vinda do Senhor é também um juízo do mundo e cada um será julgado conforme tiver escutado e acolhido a palavra de Deus. Os que aceitam tal Palavra serão purificados com o Espírito e o fogo. Os que não se convertem são destinados a um fogo exterminador.

Caríssimas irmãs, Caríssimos irmãos, a pregação de João continua a realizar-se e a atualizar-se nos dias de hoje em nossas comunidades, no mundo e em cada um de nós afim de que estejamos abertos para acolher a Redenção de Cristo. Diante dele precisamos tomar nossa decisão e para isso, é preciso trilhar o caminho da conversão.

Voz: Daniel Lima (Comunidade Anglicana de Manaus)

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Dec 09, 201907:25
Reflexão do 1º Domingo do Advento Ano A - 01/12/2019

Reflexão do 1º Domingo do Advento Ano A - 01/12/2019

Este é o 1º Domingo do Advento, que são as quatro semanas de preparação para o Natal, e no primeiro domingo, o Natal é visto como a vinda do Messias que vem para nos salvar. O foco está na vigilância. O termo grego (gregoreo) significa “fiquem atentos”.  Na vinda do Messias, esperada como daquele que vem libertar Israel do jugo de Roma, podemos ver este sentido na 1ª leitura, que é de Isaías: “Deus será o juiz das nações, e sua intervenção trará a Paz aqui e agora, por isso transformarão as espadas em arados e as lanças, em foices”.

Na época de Jesus, quando os evangelhos falam da segunda vinda do Messias, têm sentido de final dos tempos, ou fim do Mundo, da doutrina milenarista (acredita que Jesus em sua segunda vinda faria uma interferência no mundo como ruptura, trazendo uma salvação com dimensões para além da morte) como vemos na 2ª leitura que é da Carta aos Romanos: “Chegou a hora de vocês acordarem, pois o momento de sermos salvos está mais perto agora do que quando começamos a crer.” Aqui, esta intervenção traria a morte e eternidade para todas as pessoas, porém para umas de salvação e para outras de condenação.

A comunidade de Mateus, neste Evangelho, traz nas palavras de Jesus outra dimensão, como a vinda do FILHO DO HOMEM. Nesta, Ele não fala em um fim dos tempos para toda a humanidade, mas “dois estão trabalhando, e um será levado...” Creio que seja a morte, pois é ela que em nossa realidade vem e leva umas pessoas e deixa outras, e vem inesperadamente. Mesmo quando a pessoa está em estado grave, a morte é sempre uma surpresa. Penso também que nesta dimensão, o ponto central é o estar preparado para este inesperado encontro com seu Senhor. Ela (a morte) faz com que o mundo acabe para umas pessoas. Neste sentido, a comunidade de Mateus nos chama a estar alertas e prontos.

Há outra dimensão, o Natal como encarnação do divino no meio da humanidade, e nesta dimensão que é tão antiga quanto as outras, a encarnação se dá na fragilidade humana do nascimento de uma criança, na fragilidade da pobreza (dos Zés Ninguém da vida), e que contrasta com a importância para o mundo. Nessa dimensão, não há um julgamento a partir de uma intervenção que signifique o fim da humanidade, seja coletivo ou unitário. A interferência não é poderosa, ao contrário, é frágil, na história humana, onde Deus entra encarnado (como humano), sendo um no meio dos demais. Aqui os humanos são chamados a fazer a interferência divina. Não são apenas sujeitos da história, mas a palavra, os braços, e pernas do seu Deus, sendo assim a ação do divino. O problema para nós, que esta dimensão traz, é que a imagem de Deus que estamos acostumados a buscar, falar e crer, são de um Deus poderoso, grandioso, vitorioso, forte, etc... E a imagem de Deus nesta perspectiva é de um Deus frágil, fraco, que se esvaziou de tudo o que tinha de poder e assumiu nossa humanidade.

É preciso estar vigilantes, atentos para enxergarmos o Senhor nas pessoas que nos rodeiam. Um dos Pais da Igreja disse certa vez: Meu maior medo é que o Senhor passe por mim, e eu não o reconheça.

Que o Senhor venha! E que possamos reconhecê-lo!

Voz: Revdo. Marcos Barros

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Dec 01, 201906:17
Reflexão do Evangelho do Domingo de Cristo Rei do Universo - Lucas 23.33-43 - 24/11/2019 (Podcast)

Reflexão do Evangelho do Domingo de Cristo Rei do Universo - Lucas 23.33-43 - 24/11/2019 (Podcast)

Jesus é para nós um rei, não só para dizer que Ele reina sobre forças espirituais. A mensagem de Jesus como Rei do Universo é uma palavra de encorajamento para que cada pessoa que crê nele não esmoreça na sua caminhada de fé, porque Deus cumpre as suas promessas. Jesus está acima de qualquer poder conhecido neste mundo e nada, absolutamente nada pode impedir os desígnios do Senhor.

Entendo que, para compreender o conceito de Jesus como um rei, é preciso compreender a ideia de reino. Hoje em dia, não temos tantos reis no mundo. E aqueles que existem, na maioria das vezes, têm a sua figura ligada a um Estado, que não é a mesma coisa que um reino. O Estado é um país soberano, administrado por instituições, orientado por leis. Como exemplo, temos a rainha do Reino Unido ou como alguns chamam, rainha da Inglaterra, o rei da Jordãnia e rei da Arábia Saudita. 

No tempo de Jesus, reino significava um território onde os habitantes estavam sujeitos a um rei. Em Lc 23.33-43, quando os romanos dizem que Jesus é o rei dos judeus, na verdade eles pretendem insultar os judeus, porque ali, diante deles, estava um homem derrotado, torturado e condenado à morte. Para o povo judeu, a mensagem soava dessa forma: vocês estão vendo, nós, os romanos, somos mais fortes, vocês são uns derrotados e estão submetidos a nós, como esse homem crucificado.

Os próprios judeus zombaram de Jesus: “‘Salvou os outros’, diziam; ‘salve-se a si mesmo, se é o Cristo de Deus, o Escolhido.’” (Lc 23.35). Nesse caso, estavam menosprezando aquele homem, e dando uma lição para todos os que o seguiam como mestre.

Para nós que cremos no Senhor, na verdade, os romanos e os judeus estavam dando início ao cumprimento de uma profecia acerca de Jesus, escrita em Ezequiel 21.26: “e assim diz o Soberano, o Senhor: Tire o turbante e a coroa. Não será como antes — os humildes serão exaltados, e os exaltados serão humilhados.” 

Façamos um exercício mental. Retire qualquer título atribuído a Jesus, retire a sua divindade, tire a coroa de espinhos colocada em sua cabeça e as suas vestes ensanguentadas. O que temos? Para uma pessoa que lê o Evangelho sem fé, Jesus é apenas um homem inocente condenado à morte, vítima do Império Romano que queria demonstrar o seu poder baseado na força e violência; vítima da elite judaica que se sentia ameaçada pela sua influência sobre o povo.

Para um cientista, Jesus é só uma pessoa. Como qualquer uma de nós. Logo, ninguém merece ser difamado, condenado injustamente, ser torturado por capricho e, muito menos, assassinado.

Mas diz o Evangelho: “Não tenham medo dos que matam o corpo, mas não podem matar a alma. Antes, tenham medo daquele que pode destruir tanto a alma como o corpo no inferno.” (Mt 10.28).

Cremos em Jesus. Ele venceu. Ressuscitou dos mortos. Está vivo. Toda a criação se submete a Ele, por isso tudo é possível dentro do seu domínio. Portanto, devemos ficar firmes e sem temor. Pois seu poder supera todo o entendimento humano. Viva o Rei Jesus.

Oremos.

Glorioso Deus, cuja vontade é restaurar todas as coisas em teu amado Filho, o Rei dos reis, Senhor dos senhores; misericordioso concede que os povos da terra, divididos e escravizados pelo pecado, encontrem liberdade e sejam reunidos em seu reino de amor, onde não há nenhum tipo de preconceito ou exclusão, por Jesus Cristo, o qual vive e reina contigo e com o Espírito Santo, um só Deus, agora e sempre. Amém. 

(Livro de Oração Comum, Próprio 29, p. 461)

Nov 24, 201905:10
23.º Domingo de Pentecostes - Lucas 21.5-19 - 17/11/2019 (Podcast)

23.º Domingo de Pentecostes - Lucas 21.5-19 - 17/11/2019 (Podcast)

23º. Domingo de Pentecostes - Meditação do Evangelho 

Lucas 21.5-19

“Dias virão em que não ficará pedra sobre pedra, tudo será destruído” (v. 6).

A mensagem do Evangelho de domingo nos remete ao anúncio da Parusia, anúncio do fim dos tempos (não do fim do mundo). Os dois últimos domingos do ano litúrgico tem essa característica: “ Novos céus e nova terra”, no sentido de “destruir” aquilo que não é importante e inovar e reconstruir o que é essencial. Mas, o que é essencial na nossa vida cristã? Se formos elencar conforme nossas impressões, creio que o amor é o essencial. Lembro de uma frase de S. Agostinho de Hipona: “A medida do amor é amar sem medida”. Na sequência da narrativa do Evangelho deste domingo Jesus conta como a consequência deste “amar sem medida” se dá: fome, guerras, nação contra nação, perseguição, mortes,... numa linguagem bem apocalíptica. Pois, ao abraçar o amor de Deus, se exige transformação da vida e as estruturas deste mundo (projetos políticos e econômicos) não compreendem este livre amor e preferem a morte à vida. 

Por causa do Evangelho que exige um verdadeiro amor, haverá perseguições aos seguidores de Jesus, inclusive dos próprios parentes, todavia “Ele nos dará palavras de sabedoria” e estás não nos será tirada, pois vem de Deus!

O “amar sem medida” por causa do Evangelho é transformador, renovador e inovador! Quando todas as pessoas tomarem consciência e vivência da menagem libertadora de Jesus acontecerá o fim de um tempo de morte, haverá “novos céus e nova terra”, começando neste mundo e integralmente concluído no Reinado do Senhor.

No final da leitura do Evangelho deste domingo Lucas usa uma linguagem figurada: “Nenhum fio de cabelo de vossas cabeças se perderá” (v. 18), em outras palavras: “Nossa fidelidade e amor será reconhecido por tudo aquilo que fizermos para o bem do anúncio do reinado de Jesus”; fidelidade e amor: perseverar, manter-nos atentos, com a sabedoria divina, capazes de reler nas entrelinhas dos tempos atuais a necessária e urgente atualização da Boa Notícia - mesmo diante dos desafios da missão e do martírio de nossos profetas e profetisas.

O fim dos tempos: de nossa velha mentalidade, de nossas ideias crônicas, de nossas velhas estruturas que não transformam e nem renovam a vida! 

Novos céus e nova terra: de uma Igreja em missão, aberta e inclusiva, misericordiosa, que celebra o perdão e a reconciliação, que “ama sem medidas”.

Então: amemos sem medida! As demais coisas são acréscimos de nossos serviços e doação! Perseveremos no amor de Deus!

Abraço fraterno,


Voz: Rev. Claudio C. de Miranda

Nov 17, 201904:57
22º Domingo depois de Pentecostes - 10/11/2019 (Podcast)

22º Domingo depois de Pentecostes - 10/11/2019 (Podcast)

Reflexão do Evangelho do 22.º Domingo de Pentecostes

Lucas 20:27-38

A ideia da ressurreição está no centro da mensagem do Evangelho. Primeiramente porque cremos que Jesus ressuscitou dos mortos. E, em segundo lugar, porque cremos que também nós ressuscitaremos dos mortos. O conceito de ressurreição nos permite compreender o significado do Batismo, que é o sinal visível da nossa filiação com Deus. Ao mesmo tempo, é um imperativo, uma ordem de Jesus, para todas as pessoas que o seguem: em tudo o que fazemos devemos combater aquilo que mata o ser humano no íntimo do seu ser e na sociedade.

No texto do Evangelho deste domingo, temos um debate entre Jesus e os Saduceus. Ao que me parece, de forma provocativa, essas pessoas — de um partido judaico que não acreditava na ressurreição — perguntam a Jesus: após a ressurreição, de quem vai ser a esposa que, em vida, casou-se com vários irmãos? A pergunta surgiu, já que a lei de Moisés dizia que em caso de falecimento de um homem, a mulher viúva, sem filhos, deveria se casar com o cunhado. Na hipótese levantada na pergunta, havia uma mulher que ficou viúva consecutivamente, e se casara com mais de dois irmãos.

A resposta de Jesus foi: “os que Deus julgar dignos da ressurreição dos mortos e de participar da vida futura, não se casarão mais, porque não podem mais morrer, pois serão como os anjos”. Deus não trata as pessoas como coisas, do jeito que muitas vezes costumamos fazer. Em nossas atitudes e pensamentos, devido às convenções sociais, acabamos matando as pessoas, diminuindo o seu valor. Nesses casos, muitas vezes transferimos nossas ideias e preconceitos para Deus, como fazia a religião no tempo de Jesus.

Conheço cristãos que criticam os seus líderes religiosos porque eles defendem o direito dos mais pobres e das minorias sociais. Veem o discurso desses líderes como uma ameaça às suas igrejas. Acusam dizendo que em seus discursos não mencionam o nome de Jesus, que são anárquicos, comunistas, políticos. Entendo que essa quebra de protocolo religioso, incomoda muito aqueles que estão mais apegados à tradição religiosa do que ao Evangelho. 

Isso me desperta indignação, porque Jesus sempre quebrou os protocolos religiosos e sociais: tocou em pessoas doentes, curou em dia de sábado, pronunciou o nome sagrado de Deus, conversou com mulheres em lugares públicos, ousou expulsar os cambistas do templo e interromper a execução de uma mulher condenado à morte por adultério. Cremos que Jesus burlou até as leis da natureza, quando ressuscitou dos mortos.

Discípulo e discípula de Jesus Cristo. Devemos trabalhar em prol da vida. Que o Senhor Ressuscitado nos dê ânimo e força para vivermos o Batismo dia-a-dia, resolutos na missão de combater toda forma de escravidão, seja do pecado, da idolatria que está instalada em nossas comunidades cristãs e a escravidão de seres humanos. 

Oremos: Ó Deus, cujo Filho, para sempre bendito, foi manifestado para destruir as obras do mal, torna-nos filhos e filhas de Deus e herdeiros da vida eterna; permite, nós te suplicamos, que nesta esperança nos purifiquemos, assim como Ele é puro. Para que, quando vier outra vez com poder e grande glória, tornemo-nos semelhantes a Ele no seu eterno e glorioso reino, por Jesus Cristo nosso Senhor. 

Amém.

Voz: Revdo. Sérgio

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Nov 10, 201904:25
21º Domingo de Pentecostes - 03/11/2019 (Podcast)

21º Domingo de Pentecostes - 03/11/2019 (Podcast)

21º Domingo de Pentecostes
Reflexão do Evangelho do dia 03/11/2019 - Lucas 19, 1-10.

Domingo  de Jesus na casa de Zaqueu. Recebemos, como Zaqueu, a visita do Senhor  em nossa casa e apresentamos a Ele nossos compromissos de vida nova.  Celebramos a Páscoa de Jesus Cristo que se manifesta em todas as pessoas  e comunidades missionárias de nossa Diocese Anglicana da Amazônia que  rompem barreiras e estabelecem novas relações.

A  história de Zaqueu é exclusiva do Evangelho de Lucas. Sintetiza  dramaticamente alguns temas importantes do discipulado, no momento em  quem Jesus se aproxima de Jerusalém: a riqueza acumulada por vias  injustas, o comer com publicanos e pecadores, a murmuração contra Jesus…  Zaqueu como “chefe dos coletores de impostos”, tinha mais oportunidade  de roubar, não os romanos, mas os pobres cidadãos. Por isso, Zaqueu é  considerado um pecador. Embora seja pessoa de certa importância, sua  posição não o impede de subir numa árvore nem de admitir publicamente a  sua culpa e professar seu arrependimento. Jesus vai comer na casa de um  pecador e desta vez Jesus não espera ser convidado, mas Ele mesmo se  convida. Jesus toma a iniciativa, mas a sua palavra não seria eficaz se  Zaqueu não estivesse disposto a aceitá-la.

Jesus vê em Zaqueu um filho de Abrão que deveria não ser condenado, mas  sim receber ajuda para encontrar o caminho de volta à sua identidade  original. Desta forma, a salvação não depende se os atos humanos seguem  ou não as normas sociais ou religiosas. A salvação é um dom de Deus que,  dado aos humanos, renova-os radicalmente e os faz agir a partir deste  núcleo mais profundo que é a própria existência de Deus em nós.

Por fim, a palavra final de Jesus, “hoje a salvação entrou nesta casa”,  sintetiza, para Lucas, a missão de Jesus, que é a de visitar seu povo e  o libertar, anunciada por Zacarias em seu canto (Lucas 1,68). É também a  missão dos discípulos missionários de ontem e de hoje para com aqueles  que têm a dignidade humana desfigurada. É um apelo para continuar a  defesa inegociável dos direitos humanos e a aposta firme na capacidade  dos pobres de transformar suas vidas e a vida das sociedades.

Somos  chamados como Igreja de Cristo na Amazônia a denunciar todas as  realidades de morte e exclusão, de modo especial nos colocamos em  solidariedade com a luta dos povos indígenas que veem seus direitos  sendo solapados e suas lideranças criminalizadas. Nossa solidariedade e  oração ao Povo Guajajara cujo líder Paulino Guajajara foi assassinado em  emboscada na Terra Indígena Arariboia no interior do Maranhão e também  clamamos por justiça e garantia dos direitos das lideranças indígenas  das ocupações urbanas na cidade de Manaus.

Em Nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém.

Voz: Iuri Lima

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Nov 03, 201903:26
30º Domingo Comum / Próprio 25 - 27/09/2019 (Podcast)

30º Domingo Comum / Próprio 25 - 27/09/2019 (Podcast)

Reflexão do Evangelho do dia 27/10 - Lucas 18, 9 – 14

Nesse evangelho, Jesus continua a falar da oração. E Como método para mostrar a atitude correta diante de Deus, o evangelho de Lucas continua comparando duas atitudes humanas opostas. Já vimos isso na parábola do pai misericordioso e os seus dois filhos (15, 12 ss), na história do homem rico e do pobre Lázaro (16, 19- 31), e no domingo passado, o contraponto entre um juiz indiferente à justiça e uma viúva pobre e indefesa.

Agora, os protagonistas são um homem religioso fariseus e, do outro lado, um publicano, cobrador de impostos. 

A oração que, conforme a parábola, o fariseu faz está de acordo com a tradição judaica: é a beraká, oração que consiste em bendizer e agradecer a Deus. Esse modelo de oração está em vários salmos, e no tratado das bênçãos do Talmud, encontramos várias orações semelhantes a essa do fariseu. São orações belas e profundas. De acordo com a tradição bíblica, a pessoa costuma orar de pé e de cabeça levantada, é o sinal da aliança. O orante tem com Deus uma intimidade que o faz relacionar-se assim com Ele. O próprio Jesus, de acordo com os evangelhos, algumas vezes orou desse modo, ex. Lc 10, 21- 24. No evangelho de João, a chamada oração “sacerdotal” de Jesus também é neste estilo (Jo 17).

Então, fica claro que Jesus não poderia condenar esse modo de orar que a própria Bíblia nos salmos e na tradição ensina. Portanto, o problema não está no estilo ou conteúdo da oração do fariseu. O que Jesus critica é a atitude interior que está por trás da oração. O fariseu não está mentindo, ele é mesmo diferente dos outros homens e tem toda razão de dizer que é fiel e justo. É como o filho mais velho da parábola dos dois filhos em Lc 15.

O que Jesus não aceita é a meritocracia na relação com Deus. O estilo de intimidade, de liberdade e dar graças é ótimo. O problema é que esse religioso tem uma relação com Deus baseada em seus méritos. A relação é autocentrada (eu não sou como os outros. Eu faço isso e faço aquilo). É incrível como nos evangelhos, Jesus é um profeta contra a meritocracia, e ela na Igreja de hoje confirma e justifica o clericalismo. O fariseu não era sacerdote. Era leigo, mas um leigo cujo próprio nome (fariseu) significava separado (santo). 

Ao contrário, o publicano é um cobrador de impostos, odiado pelos judeus por sua colaboração com os romanos e pecador por se relacionar com pagãos e por extorquir dinheiro dos pobres. Este não ousa entrar no templo. Ora de cabeça baixa, batendo no peito e dizendo somente: “Tem piedade de mim que sou pecador” (invocação que inicia o salmo 51).  Como o Reino vem de graça e de preferência para quem precisa de perdão, o fariseu que justificava-se a si mesmo, não foi justificado por Deus, enquanto o publicano saiu perdoado e justificado.

Quanto à questão da exaltação e da humildade, talvez a religião seja, na história humana a virtude que mais tem gerado um sentimento de superioridade em relação aos outros. Por isso, a espiritualidade evangélica propõe a humildade.

A humildade vem do termo húmus e significa a pessoa ter os pés na terra, assumir sua verdade, sua realidade de criatura frágil e carente. Exatamente para crescer e viver a alegria de amar e ser amado.

Na sociedade atual, a meritocracia é um dos fatores que mais reforça as desigualdades sociais. Na religião ela abole a relação com Deus como Amor. Só o Amor e a misericórdia como princípio de vida nos salvam.

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Oct 27, 201905:13
19º Domingo depois de Pentecostes - 20/10/2019 (Podcast)

19º Domingo depois de Pentecostes - 20/10/2019 (Podcast)

Palavra de Deus - Gênesis 32.22-31 - Salmo 121
2ª Timóteo 3.14-4.5
Lucas 18.1-8

“Necessidade de orar sempre e nunca desanimar” (v.1b). essa parte final do versículo primeiro do capítulo dezoito do Evangelho de São Lucas é a frase norteadora da mensagem de Jesus para este domingo. A necessidade de orar sempre implica em fomentar em nossa vida cristã a esperança; é da oração que alimentamos tanto a fé quanto a esperança. A parábola da “viúva insistente” contada neste Evangelho é o ponto central da mensagem: insistir, “teimar”, lutar, “bater à porta insistentemente”, ... são alguns adjetivos que nos remetem a nunca perder o senso da oração diária, motivada pela fé, fortalecendo em nós a esperança.

Somos, na caminhada cristã, algumas vezes, tentados a deixar tudo o que ansiamos e acreditamos porque achamos que Deus demora muito para realizar sua justiça. E a realidade do tempo de hoje, de fato, nos desanima quando presenciamos tantas injustiças, direitos sendo retirados, mortes de inocentes, violência de todo tipo, ... o desânimo é evidente diante de tantas dores, sofrimentos e desesperança! Ficamos atônitos quando o caminhar com Jesus parece algo isolado, sem parcerias, sem perseverança na fé de muitas irmãs e irmãos de caminhada. O ser Igreja toda ministerial para e pelo anúncio do Reinado de Jesus se torna uma carga pesada e não um projeto de vida pessoal, espiritual e comunitário.

Todavia, a mensagem de Jesus para nossa meditação deste domingo insiste para não desanimar! Acreditar, orar, aumentar a fé e a esperança. Como podemos alimentar nossa fé? Acredito que fomentamos nossa vida de oração com orações que promovam a liberdade, a justiça e o direito comuns. E os modos de orar insistentemente se faz pela oração pessoal (e não egoísta), pela oração da Palavra de Deus relacionando-a com a fé e a vida (e não fundamentalista), pela oração comunitária e litúrgica (e não espiritualista, moralista e pietista), oração com as diferentes profissões de fé buscando a unidade e a luta por um mundo melhor (e não fechada, sem relacionar o diálogo) e que nossa oração insistente a Deus seja verdadeira, corajosa e recheada de amor.

A parábola da “viúva insistente” nos revela a mensagem da esperança, alimentada pela fé, provocando em nós uma oração correlacionada com a vida cotidiana. Não deixemos de lado a vida de oração, ela nos garante uma esperança viva e que, quando vier a vinda definitiva de Jesus, Ele nos encontre vigilantes e firmes na fé.

Fé e Vida: oração constante, presença de Deus em nossa caminhada! Sejamos “teimosos e teimosas” na vida de oração!

Abraço fraterno,

Voz: Rev. Claudio Corrêa de Miranda

Oct 20, 201903:57
18º Domingo depois de Pentecostes - 13/10/2019 (Podcast)

18º Domingo depois de Pentecostes - 13/10/2019 (Podcast)

Evangelho do 18.º Domingo depois de Pentecostes: Lc 17.11-19

JESUS E A CURA DOS DEZ LEPROSOS

O Evangelho deste 18.º Domingo depois de Pentecostes traz o episódio em que Jesus cura 10 leprosos. É surpreendente o poder de Jesus sobre as enfermidades humanas. Apenas uma frase de Jesus foi capaz de fazer com que aqueles leprosos fossem curados. Disse Jesus: “Vão mostrar-se aos sacerdotes” (Lc 17.14). Lucas relata que enquanto eles iram, eram purificados. Apesar da cura fantástica, apenas um dos leprosos voltou para agradecer.

Esses relatos sempre chamam a atenção para o fato de que, mesmo diante de curas milagrosas, são poucas as pessoas que se dispõem ao seguimento de Jesus. Vemos isso, por exemplo, após a multiplicação dos pães no capítulo 6 de João. As pessoas que viviam no tempo de Jesus talvez o vissem apenas como um curandeiro. Ou, quem sabe, reconhecessem nele um rabino. Logo, mostrar-se aos sacerdotes para cumprir um preceito da Lei dos Judeus, já deixaria os recém-curados leprosos em plena comunhão com o Todo Poderoso, desobrigados a agradecer a Jesus. Assim, por que retornar a Jesus para agradecer? O Evangelho diz que apenas um voltou, não diz que os outros 9 foram realmente encontrar os sacerdotes.

Abra os seus olhos! O verdadeiro milagre não foi a cura da moléstia física, mas a cura interior operada na vida daquele leproso que retornou, ajoelhou-se diante de Jesus e agradeceu. Perceba no trecho do Evangelho que os leprosos foram curados durante a caminhada para se apresentar aos sacerdotes. Assim, o leproso que voltou para falar com Jesus, nem sequer tinha se mostrado aos sacerdotes. Quando viu que tinha sido curado, simplesmente interrompeu a caminhada para agradecer a Jesus. Diz Lucas: “Um deles, quando viu que estava curado, voltou, louvando a Deus em alta voz” (Lc 17.15)

Pois então. Deparamos nessa leitura com a ação divina ocorrida no íntimo daquele leproso. A experiência da graça e da proximidade de Deus na vida dele. Esse milagre não é fácil de ser percebido. Tanto mais no tempo em que vivemos, em que muitas pessoas têm tudo do bom e do melhor e outros não sabem nem se vão ter uma refeição durante o dia, ou água. Nos dois extremos a cegueira é presente: para os mais abastados, a fartura traz a impressão de que se é melhor do que aqueles que têm menos; para os que não têm nada, traz a sensação de que é um amaldiçoado. Nos dois casos pode haver uma impressão de que foram lançados no mundo ao sabor do acaso e que esse papo sobre Deus é estória para boi dormir.

O que o Evangelho quer nos transmitir nessa passagem de Lucas é que todos os dias há manifestações de Deus nas nossas vidas. Que curas físicas ou milagres extraordinários não são mais importantes do que a firme convicção de que Deus está operando em sua vida e que a verdadeira felicidade só é alcançada ao se submeter interiormente ao Senhor e deixar que Ele transforme a sua vida, e tudo mais ao redor dela. Perceba, mesmo os ricos são infelizes na sua fartura e, por outro lado, muitos pobres ou limitados fisicamente são felizes nos seus infortúnios. Faça a experiência do leproso: confie no que Jesus fala a você e perceba o milagre divino acontecendo no meio da sua caminhada.

Oct 13, 201904:06
17º Domingo depois de Pentecostes - 05/10/2019 (Podcast)

17º Domingo depois de Pentecostes - 05/10/2019 (Podcast)

(São Lucas 17:5-10), em 06/10/2019

Queridos irmãos e queridas irmãs, o trecho do Santo Evangelho deste domingo, possui duas diferentes partes: A primeira parte começa com um pedido dos apóstolos a Jesus – “Senhor, aumenta a nossa fé”. Mas como é possível aumentar a fé? A pessoa acredita ou não acredita. Não pode haver alguém mais ou menos com fé, não é mesmo? Costumamos pensar que a fé consiste na adesão a um elenco de verdades/doutrinas – então neste caso a fé não pode ser nem grande, nem pequena, porque ou ela existe ou não existe; Não é esta porém a fé que Jesus pede aos apóstolos – a fé que Jesus exige envolve uma escolha concreta – a de seguir o mestre, ou seja, a fé da qual fala Jesus é uma caminhada;

E sendo uma caminhada pode ser mais ou menos rápida, pode ser até mesmo interrompida, alguém pode se sentir cansado e parar, alguém pode não ter coragem para tomar certas decisões, renunciar a determinadas coisas, assumir determinadas atitudes... enfim...

Portanto o que os apóstolos estão pedindo a Jesus é que ele lhes conceda mais firmeza na decisão de segui-lo – Jesus havia lhes assinalado uma caminhada difícil, afirmado que teriam de estar dispostos a deixar para traz seus familiares, renunciar aos seus bens, não poderiam olhar para trás e deveriam perdoar sem limites; Como seria possível não sentir medo diante de tais exigências?

Os apóstolos percebem que estão vacilando, sentem-se tentados a voltar atrás; Por se aproximam de Jesus com o pedido: “aumenta a nossa fé”, mas ao invés de atende-los Cristo passa a descrever as maravilhas que a fé pode produzir:

Na segunda parte do Evangelho nos deparamos com uma parábola que causa até certa perplexidade: Jesus conta que após uma dura jornada de trabalho sob um sol escaldante, um empregado chega em casa esgotado; O patrão ao invés de deixá-lo descansar e alimentar-se, trata-o asperamente: Vamos – lhe diz – depressa! Prepara-me a ceia, cinge-te e me serve, enquanto como e bebo; Se patrão é Deus e os servos somos nós, temos motivos para ficar preocupados, será que no fim da nossa lida, no fim da nossa vida Deus nos tratará desta maneira?

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Oct 06, 201906:03
16º Domingo depois de Pentecostes - 29/09/2019

16º Domingo depois de Pentecostes - 29/09/2019

1ª Leitura: Amós 6. 1, 4-7  - Salmo 146
2ª Leitura: 1 Timóteo 6. 6-19 - Evangelho: Lucas 16. 19-31

Na primeira e segunda leitura deste domingo, é clara a denúncia de que a raiz de todos os males e pecados é o amor a Mamon (a riqueza, o dinheiro, o lucro, muitas vezes personificado como um deus).

Dos quatro evangelhos, o de Lucas é o mais radical e duro contra a riqueza (Mamon). Lucas coloca no canto de Maria, o Magnificat, “Ele derruba os poderosos e eleva os humildes. Dá fartura a quem têm fome e despede ricos sem nada.” (Lucas 1.52-53) Nas Bem-aventuranças, Lucas é o único que, além das esperanças para os pobres, ameaça os ricos: —Mas ai de vocês que são ricos, pois já tiveram a vida boa. —Ai de quem têm tudo, pois vão passar fome. — Ai de quem está rindo, pois vão chorar. Lucas 6.24-25.

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A parábola do Evangelho de hoje fala de Abraão como se fala de Deus. O que nos remete a uma tradição muito antiga e o fato de ela se chamar Deus de pai Abraão parece vir de fontes da religião cananeia, mais que da tradição bíblica. “Etimologicamente, o nome Abraão representava o próprio Deus: ´abiran. É a este deus ao qual os reis cananeus e também o patriarca Abraão adoravam” (Cf. Gn 14, 18). Chamo a atenção para isso porque a parábola fala de castigo divino, céu e inferno, depois de ouvirmos todo o capitulo 15 falar da infinita misericórdia de Deus.

Ora muitos estudiosos como Marcelo Barros diz: “essa parábola própria do evangelho de Lucas, é como um conto da religião popular da época. Só assim podemos aceitar essas imagens que condena uns ao inferno eterno e sem remissão. Essa mesma história foi encontrada na antiga literatura egípcia. E há contos semelhantes em livros judaicos da época do final do primeiro testamento. É uma crença totalmente diferente da tradição bíblica. Na tradição judaica da época de Jesus, não havia essas imagens opostas (o seio de Abraão como céu e o fogo eterno como inferno). O Judaísmo acreditava na “morada dos mortos”. (Morreu, foi sepultado e desceu à mansão dos mortos). Chamavam isso de Sheol, mas nenhum texto diz que era um lugar de tormentos. Era um estado de sombra, mas não tinha essa imagem de fogo. Textos evangélicos que falam em fogo inextinguível, se referem ao Vale da Geena, lugar fora dos muros de Jerusalém, onde se enterravam os mortos, jogavam cadáveres de animais e se queimava lixo... Ali havia fogo permanente como os lixões de hoje e serviu para textos apocalípticos falarem do fogo do inferno. Isso vem dos apocalipses judaicos do final do primeiro testamento, portanto depois de Jesus.

A parábola trata da relação entre rico e pobre. Apesar de dizer “havia um homem rico e um pobre”, não fala de um determinado rico e um certo pobre, pois não diz que o rico é ruim ou mau, e o pobre é bom. O que caracteriza o rico é o vestir, divertimento, e a fartura na refeição, e o pobre é a falta de roupa (o corpo cobert

Sep 29, 201910:45