Dito Efeito Literário

O poema "Motivo" de Cecília Meireles traz elementos marcantes da sua obra, tal como o contraste, a dicotomia, o real e o imaginário, o concreto e o imaterial, que dizem sobre o sujeito na busca por integrar as muitas partes de si ao longo da vida. No podcast de hoje ouça o poema completo e a reflexão, conheça também um pouquinho da biografia desta que é uma das maiores poetas da Literatura Brasileira. A poesia de Cecília Meireles certamente pode trazer para os dias aquele respiro de quem se aceita na alegria e na tristeza, no movimento, na impermanência da vida.

Por onde começar uma conversa com as crianças sobre temas sensíveis como: as diferenças? Sobre o racismo, sexualidade (e não se trata de sexo), diferenças religiosas, de gênero? Como se prepara o adulto, as escolas, para esses enfrentamentos? E uma criança colaborativa, participativa nas tarefas domésticas, quem não gostaria? O que impede isso de acontecer? Essas e outras questões são abordadas nessa conversa rica e cheia de referências, com a doutora em educação e pesquisadora em sexualidade infantil a professora da UDESC/CEAD Gabriela M. Dutra Carvalho, e a educadora parental Wanessa Sêmola do @descobertasdemae. Juntas investigamos caminhos possíveis, trazendo a literatura infantil como um dos recursos para este processo, oferecendo dicas de livros, pensamentos, e atitudes que podemos adotar para servir de guiança às nossas crianças, seja dentro de casa ou na escola. Não esquece de assinar o canal do @ditoefeitoliterario no insta e youtube, que todo conteúdo é produzido para gente usar livro e leitura como recurso na vida! Abraços.

Você já se perguntou como se fazer humano? E o que são práticas de si? Para estas e outras questões chamamos para a conversa Drummond, Sêneca, Freud, Foucault, e claro, as convidadas Carla Sousa especialista em Biblioterapia, e Ana Sabiá artista visual que trabalha com a construção poéticas do cotidiano. Aqui são feitas aproximações entre a "Escrita de Si" de Michel Foucault, a Literatura, a Biblioterapia, as Artes em geral e a Psicanálise, de olho no desenvolvimento das habilidades, aquelas já elencadas pela ONU como essenciais ao ser humano do futuro (esse que já está presente), onde as relações são mediadas por tecnologia e é preciso criar outros modos de ser e estar no mundo. Não perde essa que o papo tá ótimo!

Novos formatos de comunicação e cultura, respiros no mar de possibilidades

Um dos movimentos interessantes do cenário pandêmico, foi a completa imersão nas tecnologias de comunicação, nos novos meios de acesso e consumo de informação e cultura, como forma mesmo de nos mantermos conectados. Fomos lançados, mesmo quem era reticente, com profundidade ao mundo digital. Os novos formatos de conteúdo esses: vídeo, podcast, live, desafiam quem produz a adequar-se a formatos, plataformas, e ao público – esse cada vez mais veloz e ansioso por aquilo que faça sentido. Neste contexto é que produzimos, a convite do Coletivo de teatro Casa Vermelha – Micro Centro Cultural (Florianópolis), uma conversa para o Ponte Dialógica - podcast que trata da importância da arte, especialmente o teatro, no nosso cotidiano. Júlia, Carlos e Sara é quem conduziram o papo, que traz relato de como navegar nas tecnologias é preciso, e encontrar algumas âncoras também. A literatura e a Biblioterapia claro, estão ali como opções de respiro nesse mar de possibilidades. Clique e confira.

A busca por identidade é uma constante na obra de Caio Fernando Abreu. Ela se dá no romance, nas crônicas e contos, e dialoga com a vida do autor, que nos idos dos anos 70-80 se assumiu homossexual e fez da sua escrita lugar de espaço para a diversidade. Por meio da literatura compartilha conosco como é afinal, ser sujeito que descobre sua sexualidade fora do que se considerava a norma? O quão difícil esse processo é, para o indivíduo, com seus encontros e desencontros com as próprias sombras, o enfrentamento social que isso exige, a quantidade de nãos com que ele precisa conviver – o não ser mulher, não ser homem. Sobre esta experiência de vida e outros assuntos bastante humanos e sensíveis é que acontece o bate papo deste episódio de podcast, com Rômulo Zanotto – ator, escritor e pesquisador UFPR sobre a relação masculinidade e propaganda, e Fabrício Gastaldi, pesquisador UDESC em Artivismo – arte e ativismo social e presidente da Ong ACONTECE Arte e política LGBTi+. Acompanhe a conversa aqui. PS: Contém conteúdo adulto.  Foram citados na conversa: Onde andará Dulce Veiga - Livro por Caio Fernando Abreu. Devassos do Paraíso - Livro por João Silvério Trevisan. Refúgio por motivos de orientação sexual: Um estudo antropológico na cidade de São Paulo - Livro por Vitor Lopes Andrade. Pós-F: Para além do masculino e feminino - Livro por Fernanda Young. Morangos Mofados - Livro por Caio Fernando Abreu. Estranhos estrangeiros: e, Pela noite - Livro por Caio Fernando Abreu. Quero ser Fernanda Young - Livro por Rômulo Zanotto.

A edição de hoje traz um bate papo que começa a partir da forte escrita de Conceição Evaristo (autora destaque no vídeo de resenha da edição passada, confira!) e nos leva para outros lugares: Um sobrevôo sobre a literatura negra, o corpo presente na escrita, aspecto abordado na fala de Victor Gonçalves discente e pesquisador em Letras, pela UFSC e uma conversa acirrada e bem democrática sobre a função (ou não) da escrita, da leitura e literatura em si, (especialmente agora em que estamos enfrentando pandemia), com o jornalista, editor e escritor catarinense Fábio Brüggemann. Teve quem quis salvar o mundo com a literatura e quem acha que ela não resolve nada. Teve Lacan, Roland Barthes, Michelle Petit, Giordano Bruno, Silviano Santiago e um cadedéu de gente sendo chamada na conversa para esclarecer: Afinal, pra quê serve a escrita e a literatura? Não perca! Põe para rodar a conversa enquanto lava aquela louça (aquela que brota magicamente na pia agora que estamos em casa ; )

A vida invisível de Eurídice Gusmão fala de invisibilidade, mas também da função da arte na vida dos personagens. A experiência estética, a poética como vivência, como lugar de resistência. Para seguir sendo, fantasiando, e realizando. Esse bate papo com o mestre e doutor em artes visuais Fábio Wosniak vai abordar o encontro com a arte e a função dela no existir. Venha com a gente!

Arte como experiência - Livro por John Dewey

Pedagogia das Encruzilhadas - Livro por Luiz Rufino

Ainda sobre, e sob, efeito de Carolina Maria de Jesus e o Livro Quarto de Despejo, o episódio 4 traz conexões com a história de vida da autora, aprofunda o livro e te ajuda a compreender múltiplas dimensões sobre racismo e diferenças sociais. Conta com a fala da Profa. Andreia Sousa da Silva, um exemplo vivo, presente e resistente, compartilhando os seus vividos como mulher, negra, intelectual. Em determinada instância, uma Maria Carolina pós moderna ; )

Visceral! Esse é o efeito da leitura de Quarto de Despejo, um livro diário, documentário, biográfico, escrito por Carolina Maria de Jesus, mulher, negra, favelada, capaz de denunciar e abstrair a realidade com altivez impressionante. Literatura que nos leva para o universo das relações de poder, estabelecidas até quando não há o mínimo de condição humana para se estabelecer sujeito. A conversa é com o professor e doutor em filosofia política, Daniel Cidade. Acompanhe!

O efeito da leitura de "Redemoinho em Dia Quente" da jovem escritora Jarid Arraes (cordelista, poetisa, e agora contista, que foi fenômeno na FLIP 2019 e teve este último título considerado o melhor livro do ano), reverbera profunda e amplamente nesse bate papo, alcançando temas como o flerte da literatura com o Cordel, o RAP, o feminismo, a escravidão, as guerras, os direitos humanos, o narcisismo das pequenas diferenças e até o Corana Vírus ; ) Venha com a gente! Estiveram na conversa o Prof. e Dr. em Literatura Fábio Soares + A Rapper e Poetisa Carolina Veríssimo e a Bibliotecária e psicanalista Karin Vanelli ; )

Dicas de livro e leitura com abordagem do efeito estético, psicossocial, terapêutico da literatura 😉