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Elas Pesquisam

Elas Pesquisam

By Eliana Coelho & Cláudia Costa

Elas pesquisam é um podcast que compartilha pesquisas feitas com mulheres e por mulheres, e também debate temas atuais tanto da política como do mundo do entretenimento. Tudo isso com um olhar feminista e o humor típico das cearenses.
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Futebol, Raça e Gênero

Elas PesquisamJun 18, 2023

00:00
01:33:10
Futebol, Raça e Gênero

Futebol, Raça e Gênero

Olá pesquisadores e pesquisadoras do nosso Brasil, tudo bem com vocês? Estamos muito animadas por que esse é o ano de copa. Você pode estar se perguntando: “O Elas Pesquisam pirou, aC opa do Mundo foi ano passado!”. Não, minhes querides, estamos muito boas da cabeça, apesar das dificuldades de ser pesquisadora nesse país. Estamos falando da Copa do Mundo FIFA de Futebol Feminino. Se você sabia de que Copa estávamos falando, parabenizamos você que assiste, entende e valoriza as mulheres jogadoras de futebol. Se não, o momento é esse. Escute esse episódio, porque nele nós vamos falar das nossas divas do futebol feminino, e também das interseccionalidades relacionadas ao futebol. E para isso, chamamos a pesquisadora e jornalista Natália Silva, que tem um projeto incrível chamado “A Negra no Futebol Brasileiro”. Então, vamos lá, aprender mais sobre mais esse assunto?


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Agradecimentos e créditos do episódio

Produção e Apresentação: Cláudia Costa

Roteiro e Apresentação: Eliana Coelho 

Trilha sonora e edição: Jade Araújo - Malamanhadas Produtora

Jun 18, 202301:33:10
As múltiplas linguagens de Tércia

As múltiplas linguagens de Tércia

Bares

“Não sei se isto acontece em todas as cidades, mas em Fortaleza os artistas se dividem em dois tipos, classificados conforme o hábito de frequentar cafés–locais aburguesados, anexos a livrarias, onde já se respira um clima intelectual – ou bares. Neste último caso, quanto mais sórdido, melhor. O bar deve ter mesas de plástico na calçada, daquelas pintadas com marcas de cerveja. Em torno delas, prolongam-se conversas boêmias em que mal se ouve o colega, por causa do barulho do trânsito ou do violão que alguém começou a tocar.” Trecho do livro Dicionário Amoroso de Fortaleza, de Tércia Montenegro, 2014. Nosso episódio de hoje será feito para escutar no bar ou no café. A escolha é com vocês. E deixamos aqui como companhia a artista-escritora-professora Tércia Montenegro. Deliciem-se!

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Agradecimentos e créditos do episódio

Produção e Apresentação: Cláudia Costa

Roteiro e Apresentação: Eliana Coelho 

Trilha sonora e edição: Jade Araújo - Malamanhadas Produtora

May 21, 202342:27
Comunicação, Política e religião no Brasil

Comunicação, Política e religião no Brasil

Olá pesquisadoras e pesquisadores desse nosso Brasil, estão gostando dessa nova temporada? Nós estamos amando fazê-la para vocês. E hoje vamos tratar de um assunto que, infelizmente, só começou a interessar parte das esquerdas a partir da vitória de Jair Messias Bolsonaro em 2018, que é a relação entre comunicação, religião e política no Brasil. As eleições de 2018, inauguraram um novo momento de desinformação de forma sistemática e em escala industrial no país. Eram informações que não só afirmavam inverdades, mas faziam coro com a crença de um grupo religioso que cresceu exponencialmente nos últimos 30 anos: os evangélicos. Dito isto, nosso episódio de hoje tem o objetivo de tentar entender um pouco mais sobre o fenômeno dos evangélicos na política nacional. Como convidada, chamamos a Doutora Magali Cunha. Vocês também estão ansiosos (as) para escutá-la? Então, vamos lá.

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Agradecimentos e créditos do episódio

Produção e Apresentação: Cláudia Costa

Roteiro e Apresentação: Eliana Coelho 

Trilha sonora e edição: Jade Araujo - Malamanhadas Produtora

Apr 16, 202359:37
A Resistência Indígena no Brasil

A Resistência Indígena no Brasil

Olá pesquisadores e pesquisadoras do nosso Brasil, tudo bem com vocês? Por aqui, tudo está como sempre: na luta e resistência contra discursos que oprimem mulheres e outras minorias políticas. Começamos já bem “militudas”, porque hoje é um episódio muito esperado por nós do Elas Pesquisam. As lutas políticas dos povos originários no Brasil nos interessam como pesquisadoras e também como feministas. Em 2020, Ailton Krenak disse em uma entrevista que sempre profetizaram o fim dos povos indígenas, contudo, eles enterraram todos os profetas que disseram isso.[1]Sabemos que esse último governo foi brutal na execução dessa profecia colonial branca e racista, mas os povos indígenas resistem (resistiram e resistirão) organizados contra toda a necropolítica histórica do estado brasileiro. Para fazer coro a essa pauta em que acreditamos, desde o ano passado, queremos entrevistar pesquisadoras indígenas para nosso podcast, e estamos felizes que essa oportunidade finalmente chegou com a convidada que estamos em contato há algum tempo: a pesquisadora, antropóloga e liderança indígena Mislene Ticuna. Então, pessoal, vamos ouvi-la?

[1] https://amazoniareal.com.br/nao-e-a-primeira-vez-que-profetizam-nosso-fim-enterramos-todos-os-profetas-diz-ailton-krenak/

Agradecimentos e créditos do episódio

Produção e Apresentação: Cláudia Costa

Roteiro e Apresentação: Eliana Coelho

Trilha sonora e edição: Jade Araújo - Malamanhadas Produtora

Créditos da imagem: Portal Catarinas

Mar 12, 202301:06:43
Uma conversa sobre Feminismos e Podcasts

Uma conversa sobre Feminismos e Podcasts

Olá, pesquisadores e pesquisadoras desse nosso Brasil e porquê não dizer do mundo também, já que temos ouvintes também fora do Brasil. Como vocês estão? Estão sentindo o ar mais leve agora em 2023? Nós estamos aliviadas com a vitória da democracia nas eleições do Brasil em 2022. Apesar da tentativa de golpe de Estado no dia 08 de janeiro, estamos aqui, firmes e fortes, no Brasil em que o presidente é Luís Inácio Lula da Silva, mais conhecido como Janjo. Assim, o Elas Pesquisam está de volta com mais uma temporada e (re) existindo apesar das inúmeras dificuldades e desafios. Falando nisso, as convidadas do primeiro episódio dessa quarta temporada foram as responsáveis por nos fazer entrar no desafio da publicação de um livro independente. Para quem nos acompanha, estávamos até o mês de Outubro de 2022 em uma campanha de financiamento coletivo do livro “Feminismos e Podcasts”, do qual fazemos parte. Para começarmos bem essa temporada, queremos começar falando sobre esse projeto maravilhoso, e que temos a honra de fazer parte. Por isso, convidamos as organizadoras deste projeto: Aline Hack  e Bruna Schlindwein Zeni.

Produção e Apresentação: Cláudia Costa

Roteiro e Apresentação: Eliana Coelho

Trilha sonora e edição: Jade Araújo - Malamanhadas Produtora

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Feb 12, 202301:27:20
Democracia e Questão Racial no Brasil

Democracia e Questão Racial no Brasil

Olá, pesquisadoras e pesquisadores desse nosso Brasil, esse ano estamos em ritmo de “conta gotas”, mas os episódios estão saindo. E não iríamos deixar novembro passar sem que fizéssemos a nossa provocação. Nunca antes na história deste podcast estivemos com o coração tão aliviado e cheio de esperança, pois cantamos a plenos pulmões “tá na hora do Jair já ir embora"!!!! A nossa tão mal tratada democracia, que esteve na UTI nos últimos anos, parece que irá para a enfermaria entrar em processo de recuperação. Contudo (sempre terá um porém), estamos iniciando a caminha para a reconstrução de algo que sempre se fez nas contradições e incoerências. A questão racial é uma das, se não a mais emblemática prova dos contrassensos da formação da sociedade brasileira. Nossa democracia é forjada na violência e essa violência sempre teve uma cor. Mas não falamos somente da violência da força, mas do apagamento da história do povo negro no Brasil, a invisibilidade do protagonismo de mulheres e homens negros na formação cultural, política e econômica de nosso país. E é sobre isso que iremos falar hoje com uma pesquisadora que foi além mar para refazer essas encruzilhadas da nossa formação. Nossa conversa hoje é com a professora e pesquisadora Camila Andrade.

Produção: Cláudia Costa 

Apresentação: Cláudia Costa e Eliana Coelho

Edição: Malamanhadas

Trilha sonora: Sem medo de ser feliz. De Rogério Carvalho

Esse episódio contou com a parceria com o Fundo Brasil: fundobrasil.org.br

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Nov 20, 202201:00:02
Série Desenrolando as Eleições - Programas de Governo para a Saúde.

Série Desenrolando as Eleições - Programas de Governo para a Saúde.

Seja bem-vinde à nossa última contribuição para a série “Desenrolando as eleições”, uma iniciativa que promove um debate político de qualidade na podosfera brasileira. A série é fruto da colaboração entre cinco podcasts nordestinos que se juntaram para divulgar conceitos relacionados à política institucional e debater os programas de governo dos principais candidatos à presidência.  Ao longo de nove episódios, a série vai debater sobre política, cultura, saúde, educação, igualdade de gênero e meio-ambiente. Além do Elas Pesquisam, participam do projeto os podcasts Calumbi (da Bahia), o Desteoriza (de Pernambuco), o Perdidos na Paralaxe (do Ceará) e o SerifaCast (também do Ceará). Então aproveita pra gravar o nome desses podcasts e seguir todo mundo nas redes sociais, tá bem? A gente faz esse trabalho de maneira independente, então seu engajamento é fundamental. No episódio de hoje, nós vamos falar sobre a política de Saúde, com a participação da convidada Ana Paula Silveira, Assistente Social e mestra em Serviço Social pela Universidade Estadual do Ceará - UECE.

Produção e Apresentação: Cláudia Costa e Eliana Coelho

Edição: Malamanhadas

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Sep 23, 202201:31:58
Série Desenrolando as Eleições - Programas de Governo para Igualdade de Gênero

Série Desenrolando as Eleições - Programas de Governo para Igualdade de Gênero

Seja bem-vinde à série “Desenrolando as eleições”, uma iniciativa que promove um debate político de qualidade na podosfera brasileira. A série é fruto da colaboração entre cinco podcasts nordestinos que se juntaram para divulgar conceitos relacionados à política institucional e debater os programas de governo dos principais candidatos à presidência.  Ao longo de nove episódios, a série vai debater sobre política, cultura, saúde, educação, igualdade de gênero e meio-ambiente. Além do Elas Pesquisam, participam do projeto os podcasts Calumbi (da Bahia), o Desteoriza (de Pernambuco), o Perdidos na Paralaxe (do Ceará) e o SerifaCast (também do Ceará). Então aproveita pra gravar o nome desses podcasts e seguir todo mundo nas redes sociais, tá bem? A gente faz esse trabalho de maneira independente, então seu engajamento é fundamental. No episódio de hoje, nós vamos falar sobre Igualdade de Gênero, com a participação da convidada Ananda Marques, Mestra em Ciência Política (UFPI).

Produção e Apresentação: Cláudia Costa e Eliana Coelho

Edição: Malamanhadas

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Sep 09, 202201:21:03
Violência de Gênero na Política

Violência de Gênero na Política

Olá, pesquisadoras e pesquisadores desse nosso Brasil! Estamos aqui retomando nossas conversas com mulheres pesquisadoras e ativistas para o bem geral da nação! Durante nossa reclusão não deixamos de acompanhar e nos indignar com o desenrolar das prévias da campanha eleitoral de 2022. Uma questão nos saltou aos olhos logo de cara: o aumento sem pudores da violência de gênero na política brasileira. Durante os últimos quatro anos observamos isso se intensificar, e nestas prévias, o show de horrores foi desde o descumprimento de acordos pré estabelecidos (como no caso do Ceará) a ameaças on line contra a vida de candidatas cis e trans ao legislativo (como os casos denunciados pela atual Dep. Federal Sâmia Bonfim e a deputada estadual por SP Érika Hilton). Judith Butler, em seu livro Vidas Precárias, nos apresenta o argumento sobre em quem recai o direito a ser uma vida passível de luto e quem é apresentado como o ser precarizado, aquele a quem o luto não deve e não merece ser endereçado. A autora faz isso partir da análise dos discursos da mídia e políticas de governo americanos durante o pós atentado às torres gêmeas. Ora, se partirmos para um diálogo com o que, historicamente, as várias vertentes dos estudos feministas nos apontam (que nós mulheres e corpos que performam o feminino somos o Outro precarizado do homem) podemos afirmar que os corpos que performam a ideia do feminino são, na verdade, os corpos precários da sociedade patriarcal, assim como todes aqueles que se encontram fora da norma de regime político heterossexual (usando os termos de Monique Wittig). Assim, hoje convidamos duas mulheres que discutem, uma na academia e outra na militância feminista, para conversarmos sobre as múltiplas bases da violência de gênero na política brasileira e as consequências disso na vida social e política do país. A professora Monalisa Soares e a militante do Movimento de Mulheres do Campo, Michela Calaça serão as convidadas deste episódio.

Produção e Apresentação: Cláudia Costa e Eliana Coelho

Edição: Malamanhadas

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Sep 04, 202201:18:17
Fuga de cérebros e a situação do brasileiro imigrante na europa.

Fuga de cérebros e a situação do brasileiro imigrante na europa.

Olá, pesquisadoras e pesquisadores desse nosso Brasil! Voltamos com mais um episódio, e esse é daqueles há muito tempo desejado e planejado. Por conta de uma crescente onda de desinvestimento em ciência e tecnologia no Brasil, bem como toda a situação vexatória em que se encontra a gestão educacional do país, muito tem se falado sobre a fuga de cérebros por aqui. Durante alguns anos, mais especificamente entre os anos de 2008 e 2014 (durante os governos Lula e Dilma), observamos um crescimento no investimento em formação científico-acadêmica em parceria com instituições internacionais, onde nosses pesquisadores tinham financiamento para estudar em instituições internacionais de grande relevância e retornavam para o país para contribuir com seu conhecimento em nossas universidades. Política essa, extremamente criticada por quem ajudou a desmoronar a nossa política de ciência e tecnologia. Com a pandemia da Covid-19, a péssima gestão sobre a crise econômica que se agravou com a pandemia, observamos a retirada massiva de investimento em ciência e, junto a isso, o aumento do número de pesquisadores que “fugiram” para outros países em busca de melhores condições de trabalho e reconhecimento. Com isso, assistimos ao fenômeno denominado de “fuga de cérebros”. Mas isso se dá em um contexto de uma crise migratória no mundo, com especial atenção para a Europa, sem precedentes. Agrava-se ainda por, no início de 2022, assistirmos a explosão de um conflito armado no leste europeu que afeta ainda mais esse processo migratório. Não está nada desconectado. E para falar sobre isso, convidamos uma mulher podcaster, a Lilian Moreira que, além de viver a situação de imigrante, resolveu contar tudo em um podcast que traz um conteúdo extremamente importante para desmistificar muita coisa sobre o universo do “lá fora é melhor”, o podcast Femigrantes.br.

Produção e apresentação: Cláudia Costa e Eliana Coelho

Edição: Malamanhadas Produtora

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Apr 24, 202256:33
Olhares e Vozes Sertanejas e a Produção de conteúdo no Brasil.

Olhares e Vozes Sertanejas e a Produção de conteúdo no Brasil.

Olá, pesquisadoras e pesquisadores desse nosso Brasil! Estamos em mais um episódio da nossa da terceira temporada do Elas Pesquisam, viemos trazer um debate super importante para nós, que somos cearenses e produzimos conteúdo e ciência fora do chamado “eixo sul-sudeste”. Glória Anzaldúa, feminista chicana, no texto “Consciência Mestiça” afirma que as pessoas que são mestiças possuem uma consciência de fronteira. Elas aprendem a equilibrar as culturas, tem uma personalidade plural. Segundo ela, “En unas pocas centúrias, o futuro pertencerá à mestiza. Porque o futuro depende da quebra de paradigmas, depende da combinação de duas ou mais culturas. Criando um novo myhtos – ou seja, uma mudança na forma como nos vemos e nas formas como nos comportamos -, la mestiza cria uma nova consciência” (ANZALDÚA, 2019, p. 326). Concordamos com essa perspectiva, e por isso, pensamos que, não somente os olhares e as vozes vindas de fora do que é chamado “centro do saber/poder” precisam ser ouvidas, como são elas mesmas potentes de transformação da sociedade. A entrevistada sabe o valor da nossa memória e cultura coletivas para construir um futuro possível no Brasil. Em quatro temporadas do podcast Calumbi, apresentou aos seus ouvintes, a cultura da Bahia, de uma forma mais ampla, do que a vista de acordo com os olhos sudestinos. E na quarta temporada do podcast Calumbi vem destacando as “Sertanejas Pesquisadoras”, o que, para nós do Elas Pesquisam, torna essa entrevista mais instigante, porque todes que estão dispostos a partilhar pesquisas de mulheres são mais do que bem-vindes no nosso podcast, são quase sócios. Assim, para começar logo esse papo, adiantamos que a entrevistada de hoje, além de produtora cultural e podcaster, também constrói, como uma das diretoras interinas, a Rede Nordestina de Podcasts, da qual fazemos parte com muito orgulho. Hoje nossa conversa é com a podcaster e produtora cultural Adriana Santana.

Produção: Eliana Coelho

Apresentação: Eliana Coelho e Cláudia Costa

Edição: Malamanhadas Produtora

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Apr 03, 202201:20:31
Ética na comunicação: como construir uma comunicação ética e democrática?

Ética na comunicação: como construir uma comunicação ética e democrática?

Olá, pesquisadoras e pesquisadores desse nosso Brasil! Estamos iniciando a nossa terceira temporada! Essas duas pesquisadoras doutorandas que aqui vos falam ainda não acreditam muito que conseguiram levar esse podcast e um doutorado nas costas por todo esse tempo, mas esse ano essa lenga-lenga acaba e vamos comemorar com vocês! Mas como nossas anteninhas que captam fofocas edificantes estão sempre alertas, demos conta de tudo que rolou nesse nosso recesso, inclusive as tretas da podosfera (que é recheada de tretas, por aqui é muito eita atrás de vixi). Exatamente por isso, iniciamos nossa temporada com um assunto que rendeu e renderá sempre por aqui: Ética na comunicação. Sabemos que o podcast é um veículo de comunicação que não requer formação específica para sua execução, aliás, quando se trata de comunicação todo mundo acha que pode dizer o que quer, na hora que quiser, mas não é bem assim. A ferramenta podcast é um veículo de informação e entretenimento que forma opiniões, fomenta debates e, se mal utilizado, pode gerar situações bem preocupantes, como o caso do tal podcaster apoiador do Nazismo. Neste sentido, a comunicação se faz como campo de estudo e pesquisa, além da atuação técnica, de jornalistas e publicitários, isso para citar as profissões que a tem como locus de atuação e pesquisa. E como toda profissão, tem seu código ética e instrumentais (teóricos e práticos) que sinalizam a formalização de sua atuação. Em um mundo que banalizou a chamada “democratização da comunicação e informação”, achamos pertinente iniciarmos essa temporada com mulheres podcasters autoridades neste assunto. Pela primeira vez recebemos aqui jornalistas de formação (e que formam outres jornalistas também) para conversarmos sobre como construir uma comunicação ética e democrática na podosfera. E essa conversa só poderia ser com três Cunhãs sabidas que manjam muito dos paranuê do jornalismo. Nossas Convidadas de hoje são as jornalistas e podcasters Inês Aparecida, Hébely Rebouças e Kamila Fernandes do podcast As Cunhãs!

Produção: Cláudia Costa

Apresentação: Cláudia Costa e Eliana Coelho

Edição: Malamanhadas Produtora

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Mar 20, 202201:11:60
O que é militância?

O que é militância?

Olá pesquisadoras e pesquisadores desse nosso Brasil!!! A partir desse mês de novembro entraremos em nossas férias do podcast, merecidas! Foi um ano desafiador, mas lindo e cheio de boas surpresas graças a audiência e apoio de todes vocês! E para não deixar ninguém com saudades, estaremos publicando drops (episódios mais curtos, ou que deveriam ser hahahaha) com temas específicos e de muita importância para nossas vidas. No primeiro drops contaremos com a participação da cientista social e militante da Marcha Mundial das Mulheres Mariana Lacerda, que irá conversar com vocês sobre: O que é militância?

Ouçam, curtam, compartilhem e fiquem mais sabides com esse nosso primeiro drops!

Produção e apresentação: Cláudia Costa e Eliana Coelho

Edição: Malamanhadas produtora

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Nov 08, 202101:15:00
A política de Assistência Social no Brasil: do direito conquistado ao desmonte anunciado

A política de Assistência Social no Brasil: do direito conquistado ao desmonte anunciado

Olá pesquisadoras e pesquisadores desse nosso Brasil! Hoje teremos mais um episódio necessário e urgente. Quem acompanha nosso podcast há mais tempo, já deve ter ouvido a Cláudia falar de sua formação de base, que é no Serviço Social, onde ela foi durante alguns anos trabalhadora do SUAS (Sistema Único da Assistência Social), uma política pública pela qual temos profundo respeito. E mais do que isso, tanto ela como a entrevistada de hoje (sua colega de profissão e de algumas lutas há vários anos), são da geração que viu o SUAS nascer! Acompanharam, enquanto estudantes de serviço social, várias discussões, seminários, congressos tanto de sua profissão como da sociedade civil organizada, onde se pensou todo o processo de construção de uma política histórica, fruto de uma luta que remonta ao período da Ditadura Militar no Brasil, mais especificamente o período de reabertura democrática, onde os movimentos sociais e profissionais pautavam a inserção da assistência social no reconhecimento como direito social e executada como política pública. Esse reconhecimento veio com a Constituição Federal de 1988, onde a assistência social, juntamente com a previdência social e a saúde, formam o que chamamos de “tripé da Seguridade Social”. Desta forma, a Assistência Social ocupa o lugar de uma política de Proteção Social, necessária para a garantia dos direitos sociais, base fundamental do que chamamos de Estado Democrático de Direito. Mas no Brasil, qual o lugar realmente ocupado pela política de Assistência Social? Qual o imaginário construído sobre ela? E mais, qual o lugar de disputa dela no sistema democrático? Essas e outras questões são trabalhadas há muito tempo pela nossa entrevistada, a professora e pesquisadora Paula Raquel Jales, que escreveu uma tese que desponta como uma referência importante para refletirmos a ou as construções políticas e ideológicas da Assistência Social no Brasil. E a nossa conversa hoje será sobre isso.

Produção e apresentação: Cláudia Costa e Eliana Coelho

Edição: Malamanhadas produtora

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Oct 17, 202101:24:30
Direitos Humanos e Políticas Públicas LGBTQI+ no Brasil.

Direitos Humanos e Políticas Públicas LGBTQI+ no Brasil.

Olá pesquisadoras e pesquisadores desse nosso Brasil! Hoje temos a honra de ter em nosso podcast uma pesquisadora representante do Centro-Oeste. E ela nos traz uma discussão importantíssima em tempos de desmonte e demonização de tudo que diz respeito à área dos Direitos Humanos no Brasil. Bruna Irineu, é professora e pesquisadora da Universidade Federal do Mato Grosso - UFMT e durante seu doutorado pesquisou as políticas públicas para a população LGBT no Brasil (utilizamos aqui a sigla posta em sua tese, haja vista a temporalidade em que ela foi escrita). O recorte temporal investigado por ela, quase quinze anos, exatamente durante os governos petistas, diz muito sobre os avanços e, principalmente, sobre o que não foi feito e que deu abertura a todo o desmonte e ataques aos direitos humanos da população LGBTQI+ hoje em nosso país. Sempre tratado no campo jurídico e nunca no âmbito parlamentar, as políticas públicas conquistadas mostram o quanto ainda precisamos avançar na discussão ética e sobre direitos, para superar as visões moralistas e preconceituosas que ainda pairam em nossa sociedade e vemos refletido em nosso legislativo repleto de homens bancos cis, heteronormados e incapazes de legislar a favor de populações historicamente violentadas e excluídas. A nossa entrevistada deu uma aula e nos conclamou à reflexão em diversos aspectos e vale muito escutá-la!

Produção e apresentação: Cláudia Costa e Eliana Coelho 

Edição:  Malamanhadas Produtora 

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Oct 03, 202101:26:25
O SUS e as Políticas de Saúde Mental

O SUS e as Políticas de Saúde Mental

Olá, pesquisadoras e pesquisadores desse nosso Brasil! Estamos de volta e hoje iremos conversar sobre um assunto muito caro para nós que fazemos o podcast Elas Pesquisam: as políticas da Saúde Mental no Brasil. A nossa convidada é a terceira psicóloga que entrevistamos no nosso Podcast, mas é a primeira vez que vamos adentrar no assunto das políticas públicas de Saúde Mental de forma mais depurada. Nossa convidada é a psicóloga Karla Dino que atuou nessa área na cidade de Sobral, município do interior do Ceará, que fica na região Norte do Estado, e ela vai nos falar da sua experiência trabalhando nos equipamentos da Saúde da Família nesta cidade. Assim, em tempos de sequestro das pautas de Saúde Mental pelos setores religiosos no Brasil (mas não só), em que unidades terapêuticas de tratamento aos usuários de álcool e drogas são dominados por evangélicos que tratam um problema de saúde pública como algo relacionado a “espíritos demoníacos”, além de termos também que combater dentro e fora do campo da Psicologia, ideias reacionárias e violentas, tais como “terapia de reversão sexual”, conhecida também como “cura gay”, algumas pontuações precisam ser abordadas para colocar os “pingos nos is” nessas questões. O episódio de hoje é uma breve contribuição para a reflexão sobre o que de fato entendemos por saúde mental dentro das políticas sociais e no campo dos direitos sociais.

Produção e apresentação: Cláudia Costa e Eliana Coelho

Edição: Malamanhadas Produtora

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Sep 12, 202101:08:59
Resistência e Luta pelos Direitos das Crianças e dos Adolescentes no Brasil.

Resistência e Luta pelos Direitos das Crianças e dos Adolescentes no Brasil.

Olá, pesquisadoras e pesquisadores desse nosso Brasil! No episódio de hoje estaremos com uma convidada muito especial, uma artivista e militante que admiramos. E hoje iremos iniciar de uma maneira diferente. Nosso texto de descrição/apresentação da convidada será uma poesia chamada “Ainda assim eu me levanto” da ativista negra e poetisa Maya Angelou. E melhor ainda, a poesia ganhou voz e alma sendo recitada pela nossa convidada, Lídia Rodrigues, ela é um verdadeiro levante contra todas as formas de opressão na voz e corpo de uma mulher, através da sua arte e sua voz. Militante dos direitos das crianças e dos adolescentes, poetisa, artista multi linguagem, estudante de filosofia e o que mais ela quiser ser no mundo. Indicamos que vocês escutem a potência que foi esse episódio, o dia de vocês irá agradecer.

Produção e apresentação: Cláudia Costa e Eliana Coelho

Edição: Malamanhadas produtora

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Aug 15, 202153:09
Refletindo sobre o contemporâneo com a Filosofia.

Refletindo sobre o contemporâneo com a Filosofia.

Olá, pesquisadoras e pesquisadores desse nosso Brasil! Hoje continuaremos com nossa série de episódio filosóficos. Como vocês sabem, Simone de Beauvoir é conhecida como uma teórica feminista, mas o que muitos não lembram é que ela foi uma filosofa existencialista. E o que seria o existencialismo? Segundo Jean Paul Sartre, existencialismo é a doutrina que torna a vida humana possível e que declara que toda verdade e toda ação implicam um meio e uma subjetividade humana. Para ele, o homem (o que seria a humanidade) existe primeiro e se define depois. A existência precede a essência. Complicado, né? Mas, se pensarmos junto com a Antropologia, talvez fique mais fácil, porque o antropólogo Geertz também diz que a cultura é o que funda o conceito de homem. Sem cultura humana, não há humanidade. Haja filosofia! Mas, voltando para a Beauvoir, o que queremos dizer no início é que ela foi uma teórica importante tanto para o feminismo quanto para a Filosofia. E queremos destacar isso para dizer que enquanto muitas pessoas falam que Filosofia só serve para divagar, vemos a cada dia a filosofia sendo importante para pensarmos o mundo e a humanidade. Além disso, filósofas importantes são expoentes e influenciadores de opinião hoje no Brasil, Djamila Ribeiro é um exemplo disso. E é por sabermos da importância da filosofia para pensarmos o mundo e, principalmente, nosso comportamento e as desigualdades, convidamos mulheres filósofas para esse exercício do pensar. E a nossa convidada hoje vai nos ajudar nessa missão, porque ela manja muito bem disso. Débora Klippel Fofano, filósofa, professora, criadora de conteúdo para internet e nossa companheira podcaster no Perdidos na Paralaxe. 

Produção e apresentação: Cláudia Costa e Eliana Coelho

Edição e distribuição: Malamanhadas Produtora

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Fontes citadas:

Livros: “O existencialismo é um humanismo” (Jean-Paul Sartre) e “A interpretação das culturas” (Clifford Geertz)

Jul 11, 202101:06:13
Pensar Justiça e Paz em Tempos de Pandemia

Pensar Justiça e Paz em Tempos de Pandemia

Olá, pesquisadoras e pesquisadores desse nosso Brasil! Hoje vamos filosofar! Enquanto gravamos, estamos no Brasil que completava 300 mil mortos pela covid-19, hoje, na sua publicação, já ultrapassamos 500 mil mortes. Além do próprio horror desse número, agrega-se a isso, estarmos em um mundo em que ao mesmo tempo que sofre com a morte dessas pessoas, os mais ricos continuam a enriquecer. Segundo a ONG Oxfam, os mais ricos lucraram 31% a mais que o “normal” no mundo durante essa pandemia, e no Brasil, o patrimônio de 42 brasileiros cresceu US$ 34 bilhões durante a pandemia. Enquanto muitos morrem, poucos ficam cada vez mais bilionários. Como visto, tudo pode parar e as pessoas podem morrer, mas a lógica do mercado financeiro precisa continuar girando. O capitalismo não deu trégua nesse período, e as pessoas que não tem como pagar suas contas continuam sendo colocadas para fora de suas casas, pois, o Estado, através da polícia, realiza esse trabalho, fazendo com que os dizeres “fique em casa” se tornem inócuos e sem sentido para as populações mais vulneráveis. As guerras também continuaram e pessoas precisaram migrar de seus territórios, mesmo que não tivessem direção para onde ir, pois os países que comandam as invasões também são os que estão de portas fechadas para receber pessoas, com medo da propagação do vírus. A xenofobia e a discriminação contra asiáticos encontram nessa pandemia mais uma justificativa para se alicerçar no imaginário popular do Ocidente. Assim, diante de tudo isso, a promessa de “tornar-se melhor do que se é”, que foi a frase mais propagada nas mídias corporativas e nas redes sociais digitais, resultou em uma completa ficção discursiva. Pois bem, não nos tornamos melhores, como então pensar os conceitos de cidadania, justiça e paz nesses tempos, se elas parecem ideias completamente idílicas? São essas as questões que vamos conversar hoje com a Doutoranda em Filosofia pela UFC e professora Ediane Soares Barbosa.

ERRATA: este episódio é o primeiro da série falada na introdução. 

Produção e apresentação: Cláudia Costa e Eliana Coelho

Edição e distribuição: Malamanhadas Produtora

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Fontes citadas:

https://g1.globo.com/bemestar/coronavirus/noticia/2021/03/24/brasil-atinge-300-mil-mortos-por-covid-19-um-dia-apos-recorde-de-mais-de-3-mil-vidas-perdidas-em-24-horas.ghtml

https://oglobo.globo.com/economia/fortuna-dos-mais-ricos-salta-31-na-pandemia-veja-quem-mais-ganhou-quem-mais-perdeu-24820323

https://g1.globo.com/economia/noticia/2020/07/27/patrimonio-dos-super-ricos-brasileiros-cresce-us-34-bilhoes-durante-a-pandemia-diz-oxfam.ghtml

https://www.dw.com/pt-br/pobreza-e-desabrigados-aumentam-no-brasil-em-meio-%C3%A0-pandemia/av-54370175



Jun 27, 202101:24:46
A Política Brasileira na Era das Mídias Digitais

A Política Brasileira na Era das Mídias Digitais

Hoje vamos falar de política brasileira, e para isso trouxemos uma professora e pesquisadora, que entende e muito do babado! Sabemos que desde a redemocratização, o Estado brasileiro vem tateando construir uma democracia forte mesmo em meio a problemas estruturais históricos que nos acompanham. Na chamada Nova República, desde o governo de transição de Sarney, já tivemos seis presidentes (Collor, Itamar Franco, FHC, Lula, Dilma e Temer), sendo que dois destes sofreram impeachment. A segunda deposição, porém, foi realizada em um acordo “com supremo, com tudo”, em que o crime do qual a presidenta Dilma era acusada, a chamada “pedalada fiscal”, foi autorizada pelo Senado dois dias depois do processo que a tirou do cargo. Além de ser inocentada pela perícia que investigava o caso no mesmo ano. Nesse sentido, podemos sim concluir que ela era inocente e que o impedimento não teve razão de ser. Dito isto, desde 2016, as instituições que fundamentariam nossa democracia andam abaladas, e com a eleição de 2018, e a vitória de Jair Bolsonaro, um deputado que era conhecido pelos posicionamentos antidemocráticos e favoráveis a Ditadura, a cada dia que passamos nesse governo nos tornamos menores politicamente tanto na política interna como na externa. Soma-se a isso o fato de estarmos em período de pandemia mundial, governados por um presidente negacionista, que utiliza de forma eficiente as suas redes sociais digitais para propagar fake news que prejudicam ainda mais a divulgação de informações seguras sobre a Covid-19 e a vacina. “Desgraça pouca é bobagem”, como diz o adágio popular, e nós parecemos estar em um looping eterno da Lei de Murphy. Mas, para que não vejamos tudo somente com nossos afetos, mas com o realismo das análises acuradas da ciência, a Cientista Política e professora da Universidade Federal do Vale do São Francisco Helga Almeida, vem nos falar sobre sua pesquisa sobre as mídias digitais e o parlamento brasileiro.

Produção: Cláudia Costa e Eliana Coelho

Edição: João Victor Cabañas

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Jun 13, 202101:01:07
Corpas Gordas (Re)existem: Autoaceitação e ativismo.

Corpas Gordas (Re)existem: Autoaceitação e ativismo.

Gostaríamos de iniciar a apresentação desse episódio com o trecho de um livro: “A beleza faz parte da construção de vida das mulheres desde muito cedo, muitas vezes até antes de nascer: 'a princesa vem aí', 'a boneca que está para nascer'. Há indústrias que lucram com a busca da beleza, que é o objetivo central do mundo feminino [...] Isto posto, o corpo desejado, trabalhado e malhado é considerado socialmente 'belo', enquanto o corpo que não segue essa busca e/ou objetivo acaba sendo considerado 'feio', fracassado e, portanto, excluído socialmente. Mas isso é ainda mais grave quando se trata de pessoas gordas, porque ser gordo é o que se pode ser de pior, de mais oposto ao padrão desejado. A mulher gorda, muito gorda é considerada uma monstruosidade, o último estado que uma pessoa pode chegar. [...] Ser gordo é a última coisa que as pessoas querem”. Isso é forte, mas também verdadeiro. Esse trecho aqui apresentado está na página 19 do livro “Lute como uma gorda: Gordofobia, resistências e ativismos” da pesquisadora-ativista Malu Jimenez. Esse livro maravilhoso é fruto da sua pesquisa de Doutorado e foi publicado pela editora Philos, em 2020. Dentro dele também você encontra fotografias da autora, feitas pela fotógrafa Jú Queiroz. E é justamente com essa pesquisadora e "artivista" (como ela mesma se intitula), que iremos conversar no episódio de hoje.

Produção: Cláudia Costa e Eliana Coelho

Edição: João Victor Cabañas

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May 09, 202101:21:52
Podcasters Nordestinas: desafios da diversidade de gênero e regionalidade na podosfera.

Podcasters Nordestinas: desafios da diversidade de gênero e regionalidade na podosfera.

Demorou um pouco, mas voltamos e daremos continuidade à série de episódios sobre mulheres podcasters! E no episódio de hoje conversamos com duas deusas da podosfera nordestina! Além de ser um ambiente (ainda) dominado por homens, a podosfera traz consigo a marca das desigualdades regionais que permeiam a formação histórica e desenvolvimento social do país.A partir do levantamento feito pela ABPOD (Associação Brasileira de Podcasters), sobre produtores de podcast no Brasil, podemos fazer algumas observações: 75, 7% são homens, 81.3% se declaram heterossexual, 58,8% são brancos, 54,21% são moradores do sudeste (sendo SP o maior produtor de podcasts do sudeste e do Brasil). É importante dizer que o Nordeste é a segunda região na posição de produtores de podcasts, representando 19, 10% das produções e o Ceará é o estado com maior número de produtores respondentes. E é justamente para refletir sobre isso que hoje temos o prazer de entregar para nosses ouvintes a conversa que tivemos com as maravilhosas Aldenora Cavalcante e Ananda Omati do podcast Malamanhadas. 

Produção: Cláudia Costa e Eliana Coelho

Edição: João Victor Cabñas

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Apr 25, 202157:20
Mulheres Podcasters: Ativismo Feminista na Podosfera.

Mulheres Podcasters: Ativismo Feminista na Podosfera.

Neste episódio, daremos continuidade à série sobre mulheres podcasters. E traremos um tema que nos afeta diretamente na vida e nas nossas pesquisas: feminismo e ativismos nas redes, mais especificamente, na podosfera. Quando falamos de ocupar espaços, nos referimos a todos, inclusive na comunicação. Iniciamos esse podcast com um objetivo muito claro para nós: promover o reconhecimento e publicização de pesquisas feitas por mulheres. Este objetivo não é por questão de vaidade, mas uma luta por justiça e equidade no que diz respeito aos reconhecimento e visibilidade da mulher na academia e sua carreira como pesquisadora, pois sabemos que este é um espaço hegemonicamente demarcado por homens, especialmente no imaginário social. E para conversar com a gente sobre militância feminista e produção de conteúdo na podosfera, trouxemos aqui uma crush antiga desse podcast! Hoje nosso papo é com Aline Hack, criadora, produtora e apresentadora do Olhares podcast e pesquisadora sobre feminismo e a podosfera. Este episódio faz parte da campanha #OPodcastÉDelas2021

Música utilizada no final do episódio: "Triste, Louca ou Má" canção de Francisco, el Hombre.

Produção: Cláudia Costa

Edição: Eliana Coelho

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Mar 21, 202146:33
A Podosfera é Delas!

A Podosfera é Delas!

Parece que, finalmente, o ano de 2020 se tornou o “ano do podcast”. Para quem já está habituado a escutar nossas vozes nas diversas plataformas de streaming, já deve estar familiarizado com as dinâmicas e velocidade de criação de conteúdo nesse pequeno grande mundo on line que chamamos de podosfera. Mas, apesar de a popularização ter se dado nos últimos tempos, especialmente 2020, tem muita gente que desbrava esse mundo há muito tempo. Além disso, tem uma mulherada sensacional que desbrava, produz conteúdo, faz militância e ainda democratiza e chama para junto delas outras mulheres com a vontade e bagagem de vários nichos de conhecimento para entrar no mundo fantástico do podcast. Nós, do podcast Elas pesquisam, recebemos o incentivo e apoio dessas mulheres maravilhosas que impulsionam uma produção feita por mulheres, feminista e de luta. É por isso que hoje iniciamos uma série de três episódios com mulheres podcasters que, além de produzir conteúdo de altíssima qualidade, movimentam e democratizam o universo do podcast junto a outras mulheres. Este episódio faz parte da campanha #OPodcastÉDelas2021 

Música utilizada no final do episódio: "Triste, Louca ou Má" canção de Francisco, el Hombre. 


Produção: Cláudia Costa

Edição: Eliana Coelho

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Mar 07, 202151:16
Sonhando alto, Caminhando juntas!

Sonhando alto, Caminhando juntas!

Olá, pesquisadoras e pesquisadores desse nosso Brasil! Depois de uns meses sabáticos onde alternamos descanso, trabalho e muitos surtos (afinal de contas estamos no Brasil em plena a uma pandemia e um momento de transição histórico que não sabemos ao certo em quê vai dar), o Elas Pesquisam está de volta! Esses meses de descanso foram também de muitos planejamentos e novas rotas de estratégia para darmos continuidade ao podcast, dentro de uma realidade que nos obrigou a nos profissionalizar, tendo em vista a proporção que nosso pequeno projeto tomou. E é justamente sobre isso que o episódio de retorno irá tratar!

Esse episódio contou com agradecimentos a: Freddy Costa @fcostafotagrafia, Marcos Vieira @marcosvieirace, João Victor Cabañas @oicabanas e Ernane Pereira @ernananepereiras

Apoia.se: https://apoia.se/elaspesquisampodcast

Mar 01, 202118:58
Outubro para além do Rosa: Interseccções de juventude, raça e classe.

Outubro para além do Rosa: Interseccções de juventude, raça e classe.

E chegamos ao último episódio da primeira temporada do podcast Elas Pesquisam. Durante todo esse primeiro ano trouxemos à discussão pautas de pesquisas feitas por mulheres e com temas diversos e, geralmente, postos à margem, longe dos holofotes acadêmicos. E para fechar nossa primeira temporada trazemos à pauta um tema esquecido pela academia, pela sociedade e marginalizado, muitas vezes, pelas próprias pautas de lutas dos direitos das mulheres. Sim, falaremos sobre câncer de mama, mas com outros tons. O rosa aqui dá espaço para cores diversas, como a inetersecção do câncer de mama com a questão da raça, da juventude e o recorte de classe. Para além da discussão biológica/médica, este é um assunto que merece ser pensado do ponto de vista social, especialmente se tratando de um país com questões sociais tão profundas e complexas. E não trouxemos pesquisadoras, desta vez conversaremos com as pesquisadas. A conversa de hoje será com três jovens que atravessaram o câncer de mama e despertaram para a discussão da doença para além da questão biológica e fazem disso o tom dos seus ativismos. Cintia, Priscila e Cláudia (nossa apresentadora), conversam hoje sobre as várias dimensões do ser paciente oncológica no Brasil, o acesso a informações, o direito à saúde da mulher, as pesquisas (na visão das pesquisadas) e de como questões sobre raça e classe interferem de maneira crucial nas discussões e direcionamentos sobre o que é publicizado e debatido sobre a doença no Brasil. Não é só sobre "se toque", mas sobre toda a dimensão social, biológica e do acesso aos direitos de mulheres de um país tão desigual e fragmentado em seus aspectos sociais, raciais e geracionais. Então, vem escutar nosso último episódio do ano! Vocês nos encontram no Instagram @elaspesquisam, no twitter @PodcastElas e nosso e-mail é elaspesquisampodcast@gmail.com. Nos encontramos em 2021 com mais pesquisas, mulheres e pautas de luta!

O episódio de hoje contou com a edição de João Victor Cabañas.

Oct 18, 202001:05:26
Como se constrói uma pesquisadora?

Como se constrói uma pesquisadora?

É com muita alegria lançamos o nosso segundo episódio em colaboração com outras mulheres incríveis que fazem divulgação científica nas redes sociais. No projeto Elas Ao Vivo, que vocês encontram salvo também no nosso Youtube! O projeto Elas Ao Vivo foi pensado como forma de aproximar nossos ouvintes do processo de gravação do podcast, bem como das nossas convidadas. Sabemos que as falas de todas instigam muitas questões e aqui é a oportunidade de trocarmos algumas figurinhas, dentro das possibilidades que esta rede nos dá. E nessa caminhada nas redes virtuais, encontramos outras pesquisadoras que fazem, deste espaço, um lugar de tensionamento através da divulgação científica das CIÊNCIAS HUMANAS! Sim, somos das humanas e fazemos ciência sim! E nesses encontros, rompemos barreiras territoriais e regionais, trocamos figurinhas com mulheres incríveis de todo o território nacional. Foram nesses encontros bonitos, que conhecemos as maravilhosas pesquisadoras do canal de Youtube Las Carolitas, que são um verdadeiro mix de sotaques, pesquisas, construções. E foi, justamente pensando nesse “se construir pesquisadora”, que nos instigamos a promover esse bate papo hoje! Então, vem escutar essa troca super alto astral e cheia de história que fiemos com as Carol´s, do Las Carolitas!

Vocês nos encontram no Instagram @elaspesquisam, no Twitter como @podcastElas. Nosso e-mail é elaspesquisampodcast@gmail.com

O episódio de hoje foi editado por João Victor Cabñas.

Sep 20, 202001:24:30
Por uma educação antirracista.

Por uma educação antirracista.

Hoje, 07 de setembro, celebra-se a Independência do Brasil. Datas simbólicas e comemorativas temos aos montes em nosso país. São símbolos fundados em mitos construídos ao longo da nossa história que sempre foi contada por quem está no lugar do privilegiado: A BRANQUITUDE! Ao longo de toda nossa caminhada enquanto nação, erguemos mitos, falácias, contos da carochinha que nos afundavam em uma falsa democracia, especialmente racial. Ao longo de nossa história, invisibilizamos personagens importantes da nossa sociedade por não fazerem parte do seleto grupo dos colonizadores. Colonizamos nossa noção de raça, democracia, diversidade, etnia, crenças...colonizaram nosso modo de ver e entender o mundo! Como bem falou Grada Kilomba, o Brasil é um exemplo de democracia racial porque ele fez com maestria o trabalho de apagar, esconder, suas feridas e responsabilidade por ter um histórico denso e violento de segregação racial. Fomos um dos últimos países a deixar de ter o regime escravocrata e somos o país que mais nega essa chaga em sua história. A negação nos leva a um delírio de democracia racial que durante muito tempo foi pouco questionada e se viu como grande orgulho nacional. Estamos em 2020 e a população negra brasileira ainda é a mais pobre, a que que mais morre em virtude da violência e é a que está em maior número  quando se trata da população carcerária do país. A população negra é a que está em maior quantidade populacional, mas a que tem menos acesso à educação, saúde e todos os bens básicos necessários para a sobrevivência. Para romper com a falácia da democracia racial é preciso, antes de tudo, nos reconhecer como racistas. Sim, somos uma nação pautada e estruturada no racismo. Reconhecer isso nos leva a pensar formas de romper com esse movimento histórico. Uma das saídas? A educação. Como construir uma educação antirracista, como pautar isso nas fileiras da universidade? Como o tripé ensino, pesquisa e extensão pode nos ajudar a "escurecer" nossa história e os caminhos que pretendemos trilhar? Para isso, hoje, temos uma convidada muito especial: a professora Dra. Vera Rodrigues, professora adjunta no Instituto de Humanidades da UNILAB- Universidade  da Integração Internacional da Lusofonia Afro-brasileira e professora  efetiva no Programa de Mestrado em Antropologia UFC-UNILAB. A professora Vera nos ajuda a refletir sobre nossa construção histórica e de quais caminhos podemos percorrer para construir uma educação antirracista. Vocês nos encontra, no Instagram @elaspesquisam, no Twitter como @PodcastElas e nosso e-mail é elaspesquisampodcast@gmail.com.

A imagem do episódio de hoje foi retirada de Bogdan Kurylo via Getty Images

Sep 07, 202001:17:29
Episódio Especial: Apropriação teórica e pós-verdade no mundo virtual. Com o Podcast Dicionário Feminista

Episódio Especial: Apropriação teórica e pós-verdade no mundo virtual. Com o Podcast Dicionário Feminista

É com muita alegria que publicamos nossa primeira colaboração com outro podcast de mulheres incríveis!  Sabemos que, além de mulheres pesquisadoras nas universidades, a podosfera está cheia de mulheres incríveis que pesquisam para produzir conteúdo de qualidade e de alcance democrático para todes. Temos algumas mulheres que se fizeram referência para nós nessa caminhada na podosfera, trocando figurinhas, compartilhando umas às outras, dando dicas, conversando nos derects da vida...somos imensamente gratas a todas elas. Por isso, pretendemos mostrar aqui, além de pesquisadoras acadêmicas, as mulheres incríveis que pesquisam para construir uma podosfera democrática, com equidade e de qualidade. E depois de muitos flertes e mensagens via direct, este primeiro episódio feito em colaboração tem a honra de contar com a participação luxuosa das hostess do Dicionário Feminista Podcast! Teka e Juh hoje estreiam o Elas Pesquisam especial mulheres podcasters!

Aug 21, 202001:13:54
A Revolução que vem do prato: Educação Alimentar, Cozinha Política e Feminismo.

A Revolução que vem do prato: Educação Alimentar, Cozinha Política e Feminismo.

Alimentação também é cultura. Ao falarmos de alimentação como cultura, fazemos a ligação, quase que instantânea,  com modos, costumes, crenças aprendidos durante a vida. E estamos certos, também. Mas é importante lembrar que esse conjunto de costumes é ensinado e passado de geração a geração, mas também sofre influências diretas das dinâmicas do sistema de consumo e produção ao qual estamos atrelados. sim, os sistema capitalista e sua lógica produtiva e todo o seu desenvolvimento tecnológico influenciaram diretamente a forma como nos alimentamos e, principalmente, como percebemos, tratamos e sentimos o alimento. Compreender que o processo de produção, consumo e transformação do alimento é um ato político, é compreender também que fazemos parte de toda uma cadeia que aliena e superficializa nossas relações com aquilo que se faz como base de nossa sobrevivência: a comida. Falar de uma educação para alimentação é falar de desconstrução de visões que nos colocam como meros consumidores do que o capital aponta como "cultura alimentar". Para isso, isso conversamos com a Psicóloga e Mestre em Sociologia e Professora da Universidade Estadual do Ceará Melina Gomes, que desenvolve e divulga nas redes sociais uma pesquisa sobre os sentidos e significados da alimentação, trazendo a figura da mulher e das produtoras rurais como fundamentais para uma revolução pela alimentação. Vocês nos encontram no Twitter @PodcastElas, no Instagram @elaspesquisam e nosso e-mail de contato é elaspesquisampodcast@gmail.com.

Aug 09, 202001:09:14
Transfeminismo e Interseccionalides: vivências de uma pesquisadora Trans.

Transfeminismo e Interseccionalides: vivências de uma pesquisadora Trans.

O episódio de hoje parte de uma pergunta: “quem é considerada mulher” em uma sociedade constituída por tantos marcadores que segregam? É importante demarcar a fala e para quem a ativista Soujouner Trouth falava, quando levantou essa questão: a mulheres brancas de classe média. Sim, os movimentos sociais, inclusive o feminismo, também são pautados por esses marcadores. E assim o são por uma questão que requer cuidado em seu trato: nós, as bandeiras que levantamos, os caminhos que percorremos, são retratos de nossa formação social. Subverter essa formação, colocá-la em cheque, tencionar visões, é função dos movimentos sociais mas também dos pesquisadores que refletem, estudam e produzem conhecimento sobre eles. Monique Wittig, sobre a sociedade heterossexual é taxativa ao dizer que a “categoria sexo é a categoria política que funda a sociedade heterossexual”. E seguindo o pensamento de Witting, Buttler, filósofa estadunidense, nos apresenta em seu pensamento a ideia de que a heterossexualidade compulsória e o falocentrismo são as categorias que devem ser problematizadas para compreendermos como a sociedade, a partir do sexo, constrói suas segregações, exclusões e demarca corpos que devam ser reconhecidos e os que são postos como corpos para a servidão, além dos que são considerados matáveis. Sim, o sexo é uma das categorias que devemos pensar no momento de tentar compreender as exclusões e invisibilidades impostas nas relações sociais hegemônicas da sociedade capitalista patriarcal. Daí a importância de compreendermos que as análises devam ser feitas a partir de um olhar interseccional sobre as realidades que nos são apresentadas, assim como as lutas sociais, dentre elas, o feminismo, que deve se fazer a partir das intersecções que são construídas historicamente nos corpos e nas imagens do ser mulher. Pensando em Beauvoir, compreendemos que o ser mulher é construção, é social, é subjetividade, é sentir, é estar no mundo. Nossa sororidade necessita ser interseccional, pois não corroboramos com as segregações e exclusões que nos são impostas. Para falar sobre isso e como s apresenta esta realidade dentro da universidade, hoje conversamos com a pesquisadora trans Fernanda Bravo, cientista social e mestranda em psicologia pela Universidade Federal do Ceará e que pesquisa o direito o acesso à educação superior de pessoas trans. Vocês nos encontram no Twiter: @PodcastElas, no Instagram: @elaspesquisam e agora também no Youtube: Elas Pesquisam. Nosso e-mail de contato é elaspesquisampodcast@gmail.com.

Jul 26, 202001:01:34
Feminismo e Agroecologia: pesquisa, militância e afeto.

Feminismo e Agroecologia: pesquisa, militância e afeto.

Agroecologia, substantivo feminino de luta. Margaridas, flores, mulheres. Margaridas que enfeitam e lutam. As Margaridas do campo, das florestas e das águas. Margaridas que marcham pelo direito à vida e ao viver. Margarida Alves, paraibana, defensora dos direitos dos trabalhadores e trabalhadoras rurais. Margarida que dá nome e alma à luta, à marcha das mulheres que trabalham por um campo, por uma floresta, e por água para todos e todas, por acesso aos direitos das mulheres trabalhadoras do campo, por uma vida mais digna e plena de igualdade e respeito. Margaridas que mostram que a terra, mãe de todos e todas, deve ser fonte de alimento mas também foco do cuidado. Não há feminismo sem agroecologia, assim como não há agroecologia sem feminismo. Nossa conversa de hoje é com a militante feminista da Marcha Mundial das Mulheres e cientista social Sarah Luiza Moreira, que nos fala sobre sua pesquisa que trata sobre como a Marcha das Margaridas influenciou na construção de políticas públicas para o campo e a construção de uma cultura agroecológica no Brasil, bem como essas políticas públicas vêm sendo desmontada com a ascensão da ultradireita no Brasil. Vocês nos encontram no Twitter @PodcastElas, no Instagram @elaspesquisam e nosso e-mail de contato é elaspesquisampodcast@gmail.com.

Este episódio contou com a edição de João Victor Cabañas.

Jul 12, 202059:07
Tapioca & Pratim & Queijo: a comida como cultura material.

Tapioca & Pratim & Queijo: a comida como cultura material.

A comida e o comer, substantivo e verbo, coisa e ação, materialidade e interação, elementos que estamos acostumados a ver como sendo naturais. Para nós, cearenses, por exemplo, comer baião de dois com queijo no almoço, e gostar de uma tapioquinha com café no final da tarde, é absolutamente normal e corriqueiro. O que teria de extraordinário em um ato quase automático, em uma necessidade básica humana? Nossa convidada de hoje, a antropóloga Fátima Farias, entende de comida e da produção de comida, porque foi seu objeto de estudo desde a monografia. Ela estudou “a tapioca, as tapioqueiras, os restaurantes de comida típica e o queijo” nos seus mais de dez anos de trajetória acadêmica. Nesse mês de junho, focaremos em pesquisas voltadas às tradições nordestinas e as comidas que comemos aqui são importantes para entendermos quem nós somos. Entender a nossa cultura material é de grande importância para diagnosticar e auxiliar políticas públicas voltadas para a alimentação do nosso povo. E pesquisas como essas são fundamentais nesse aspecto. Vocês nos encontram no Twitter @PodcastElas, no Instagram @elaspesquisam e nosso e-mail de contato é elaspesquisampodcast@gmail.com.

Jun 21, 202001:07:17
A Escrita dos Desejos: uma conversa com a escritora Kah Dantas

A Escrita dos Desejos: uma conversa com a escritora Kah Dantas

" Eu não gosto muito das pessoas. Eu provavelmente não gostaria muito e de verdade de você. São superficiais, meus relacionamentos, tenho medo e sorrio, elogio e distribuo apertadinhas simpáticas, tudo crível, mas vazio, e eu não sei por quê. Tenho vontade de ficar guardada no meu quarto, cheio de balões sobre a cama, comendo, comendo, lendo as sombras e dançando dentro da minha cabeça. Não me lembro de ninguém. Só de mim, de mim e do meu amor. Sou egoísta." Esse é um trecho do livro "Boca de Cachorro Louco", primeiro livro lançado pela escritora Kah Dantas @contakah. Escritas do e sobre o corpo, um relacionamento abusivo, uma mulher em desconstrução, uma escrita-mergulho. Assim foi o tom da nossa conversa com Kah, professora, feminista e jovem escritora que rompe barreiras, preconceitos e voa nas letras e na internet. Vocês nos encontram no Instagram @elaspesquisam , no Twitter @PodcastElas e nosso e-mail é elaspesquisampodcast@gmail.com.

Jun 07, 202055:08
"Nós somos aquelas que estávamos esperando"...o caminho, a escrita e a mulher.

"Nós somos aquelas que estávamos esperando"...o caminho, a escrita e a mulher.

"Nós somos aquelas que estávamos esperando". E, sendo assim, a nossa entrevistada do episódio 13 fez, esperava por ela mesma e ela mesma fez seu caminho, sua escrita, sua estrada. Anna Karine Lima ou, simplesmente,  Anna K, é uma escritora cearense que tem seu estilo próprio de escrita e publicação de seu trabalho e colabora para que outras mulheres também possam construir seus estilos de escritas e serem lidas por quem desejar. Neste episódio, Anna K compartilha conosco os caminhos, percursos de construção de uma escritora, sua paixão pela leitura e escrita, sua curiosidade por escutar histórias diversas de gentes diversas e, como, junto a outras mulheres, construiu a Aliás editora (@aliaseditora), que se dedica a publicar mulheres escritoras, além de proporcionar oficinas de escrita para quem deseja entrar nesse mundo lírico da literatura. Nosso episódio 13 é um misto de lirismo e ousadia, marcas dessa mulher incrível que faz da literatura o seu viver. Vocês nos encontram no Instagram @elaspesquisam , no Twitter @podcastElas e nosso e-mail é elaspesquisampodcast@gmail.com.

May 24, 202049:38
O Governo da Vida no Neoliberalismo

O Governo da Vida no Neoliberalismo

Estamos no Brasil de 2020, e vivendo na quarentena da pandemia do covid-19. Então, em meio a uma pandemia, estar saudável, não é uma preocupação de pouca monta. Mas, o que é muito interessante é observar que muitas das nossas postagens nas redes sociais é sentindo falta do cabeleireiro ou da ida a academias. As pessoas estão infelizes por terem medo de ficarem feias, segundo lógico o padrão estético. O tão propagado “medo de engordar” e as piadas sobre isso nas redes, mostram que mais do que pegar o coronavírus, as pessoas tem medo do corpo indisciplinado, que seria esse corpo gordo. Vemos assim, que a preocupação com o corpo não se resume somente no maior uso de medicamentos, mas também por questões que envolvem o cuidado de si, na construção de uma existência mais “normal” possível. Disciplinar-se para comer bem, para estar saudável e magro. E para os mais “paranoicos” estocar remédios ainda não comprovadamente aptos para prevenir a doença, como fazem os que estão lotando as farmácias de manipulação comprando “cloroquina” e “hidroxicloroquina”. Em suma, cuidar de si, do corpo, se vigiar, disciplinar-se são ideias e ideais que não são novos e já são objeto do olhar de filósofos e filosofas e teóricos e teóricas sociais, e revelam um regime político muito bem estruturado, do que vamos apenas conversar sobre ele hoje. Este cuidar passa, correntemente, pela o fator consumo. Cuidar é consumir, o consumo do cuidar de si. Para além disso, estes cuidados e consumos inserem-se em nossos regimes de governo. Tudo está interligado. Um pensador contemporâneo chamado Michel Foucault, fez de sua caminhada intelectual uma busca constante para tentar explicar esses regimes de "poder". Para falar sobre ele, seu pensamento e como nos utilizarmos de Foucault como ferramenta para pensar nosso tempo, convidamos a Filósofa Roberta Liana Damasceno, que nos deu uma aula sobre o "Governo da Vida no neoliberalismo." Vocês nos encontram no Instagram @elaspesquisam , no Twitter @podcastElas e nosso e-mail é elaspesquisampodcast@gmail.com. 

May 10, 202001:12:12
Mulheres e Política no Brasil: do Lulismo ao Bolsonarismo
Apr 20, 202055:54
Não é uma "gripizinha": escute o que a ciência diz!
Apr 04, 202057:08
Emoções em tempos de Coronavírus
Apr 03, 202048:17
O que os presos têm a contar sobre a prisão? Uma conversa sobre segregação racial e abolicionismo penal.
Mar 22, 202001:04:44
Dores Silenciadas: precisamos falar sobre assédio sexual.

Dores Silenciadas: precisamos falar sobre assédio sexual.

Mar 08, 202001:03:21
Masculinidades contemporâneas: afetividades na era dos aplicativos.

Masculinidades contemporâneas: afetividades na era dos aplicativos.

O que são as novas masculinidades? Elas realmente são novas? E como elas se constroem? Estas são questões que levantamos correntemente em nossos diálogos, especialmente em debates acirrados nas redes sociais, aliás, esse espaço das "redes" tem colocado nos holofotes temas bem instigantes, mas também aguçado visões controversas e sem muito aprofundamento. E foi a partir das redes sociais, mais especificamente os aplicativos de relacionamentos que nossa convidada super especial desenvolveu sua pesquisa. Com versamos hoje com Larissa Pelúcio, autora de " Amor em tempos de aplicativos: Masculinidades heterossexuais e a negociações de afetos na nova economia do desejo", resultado de sua pesquisa de Livre docência. Na nossa conversa falamos sobre como as afetividades construidas e reverberadas através dos aplicativos de relacionamento, colocados como novas formas do "relacionar-se", são apresentadas à reflexão em um ponto interesante: a contrução das masculinidades contemporâneas nessas novas formas de se relacionar. Larissa fala também da sua construção enquanto pesquisadora, essa caminhada cheia surpresas e constantes aprendizados, seu encontro com a antropologia e como é fazer pesquisa "on line". Essa foi nossa primeira experiência de conversa para o podcast via Skype e, apesar dos aperreios, super valeu a pena e compartilhamos com todes uma bela aula sobre pesquisa antropológica e masculinidades contemporâneas. Vocês nos encontram no Instagram @elaspesquisam, no Twitter com @PodcastElas e nosso e-mail é elaspesquisam@gmail.com.
Feb 17, 202058:36
Vamos falar sobre assédio dentro das universidades?
Feb 09, 202001:00:29
Nossos corpos não são públicos: uma conversa sobre assédio de rua.
Feb 02, 202038:23
Os Mitos da Vulva ou o que a Sociologia tem a dizer sobre a Vagina?

Os Mitos da Vulva ou o que a Sociologia tem a dizer sobre a Vagina?

Jan 19, 202032:60
Reinvenções da Maternidade

Reinvenções da Maternidade

O que é maternidade? O que significa ser mãe ou como a sociedade significa o ser mãe? Estas e outras indagações foram abordadas no episódio de hoje. A partir da pesquisa da, agora doutora, Letícia Peixoto, conversamos um pouco sobre os significados do ser mãe, tendo como ponto de partida o lugar da pesquisa de sua tese: uma favela da cidade de Fortaleza, quinta capital do país e com índices altos de desigualdade social. Ser mãe, pobre, negra, moradora de favela muda os caminhos da maternidade? O significado de maternidade também está perpassado pelas questões de classe, raça e sexualidade? E a mãe pesquisadora, onde entra nessa história? Indagações não faltaram, risos também não e emoção, ah, essa teve de sobra! O episódio é sobre as reinvenções da maternidade e aproveitamos para divulgar alguns perfis no Instagram que reinventam todo dia esse ser mãe: @maepesquisadora, @cientistaqueviroumae, Mães na Universidade (Facebook).
Dec 29, 201938:13
Sororidade pra quem?

Sororidade pra quem?

O episódio de hoje traz uma conversa bacana sobre as origens e usos da noção de sororidade entre as mulheres e como o termo foi alcunhado pelo movimento feminista. Com a participação luxuosa da designer de moda e socióloga Gabi Rebouças. O termo sororidade começa a ser trabalhado a partir do chamado feminismo de segunda onda, em meados da década de 1950, tem força a partir das lutas feministas da década de 1970, cai no esquecimento na década de 1990 e retoma com força a partir da virada do século, especialmente na década dos anos de 2010. As chamadas feministas radicais ancoram a ideia de uma sororidade universal, mas será ela possível? O feminismo negro vem desconstruir essa visão e propor a reflexão sobre para quem é e como se dá essa sororidade. Falamos hoje, também, no chamado feminismo liberal, bastante difundido entre mulheres da chamada extrema direita, que, mais uma vez, nos faz refletir sobre essa sororidade entre as mulheres. Aqui tem Kate Millet, Grada Kilomba, Julia Câmara, Angela Davis e um monte de mulherão da porra potente para nos ajudar a pensar sobre: pra quem é essa sororidade?
Dec 10, 201934:17
EP00 - Episódio Teste
Nov 23, 201915:60