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Espiritismo em Seu Lar

Espiritismo em Seu Lar

By Getulio Joaquim

Estamos entrando em seu lar com o Podcast "Espiritismo em Seu Lar" onde procuraremos dar a nossa interpretação da Doutrina Espírita do Evangelho Segundo o Espiritismo e demais obras correlatas da codificação Espírita.
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#124 - O óbulo da viúva

Espiritismo em Seu LarDec 02, 2022

00:00
51:48
#199 - Como a obsessão é vista na visão espírita
Apr 28, 202438:12
#198 - O reino além das fronteiras terrenas
Apr 21, 202435:60
#197 - A indulgência Espírita para com os inimigos, à luz do Evangelho Segundo o Espiritismo

#197 - A indulgência Espírita para com os inimigos, à luz do Evangelho Segundo o Espiritismo

No capítulo XII do "Evangelho Segundo o Espiritismo", Kardec nos conduz a uma reflexão profunda sobre a natureza dos inimigos, tanto encarnados quanto desencarnados, e nos orienta sobre a postura que devemos adotar diante deles. Ressalta a importância da indulgência, do perdão e da compreensão, sob a ótica espírita, como instrumentos de evolução e harmonia espiritual... Continue lendo

Apr 14, 202419:50
#196 - A importância da prática dos ensinamentos de Jesus
Apr 07, 202443:54
#195 - A relação entre o corpo e o espírito na busca pela perfeição moral
Mar 31, 202433:39
#194 - O equilíbrio entre alma e corpo na jornada da perfeição
Mar 24, 202441:00
#193 - Uma jornada de caridade e virtude
Mar 17, 202439:19
#192 - A virtude da caridade no Evangelho Segundo o Espiritismo.

#192 - A virtude da caridade no Evangelho Segundo o Espiritismo.

No capítulo XIII do Evangelho Segundo o Espiritismo, intitulado "A beneficência", encontramos ensinamentos valiosos sobre a importância da caridade e da benevolência para alcançar a paz interior e contribuir para o bem-estar dos outros.

A mensagem central é expressa através das palavras do bispo Adolfo de Argel, de São Vicente de Paulo e de Cárita, martirizada em Roma.

O texto destaca a beleza e a grandeza da beneficência, enfatizando que praticar a caridade traz alegrias puras e duradouras, livres de remorso e indiferença.

O ato de estender a mão para ajudar o próximo é descrito como uma fonte de verdadeira felicidade, capaz de iluminar vidas marcadas pela adversidade.

Mar 10, 202435:55
#191 - Desvendando os mistérios da Fé e Cura

#191 - Desvendando os mistérios da Fé e Cura

A reflexão sobre a fé se estende para além do sentido literal. A confiança nas próprias capacidades morais é destacada como fundamental. A fé robusta proporciona perseverança e energia para superar obstáculos, enquanto a fé vacilante resulta em incerteza e hesitação.

Mar 03, 202438:03
#190 - A importância da misericórdia e do perdão na jornada espiritual
Feb 25, 202436:43
#189 - Devotamento e abnegação

#189 - Devotamento e abnegação

No capítulo 6 do Evangelho Segundo o Espiritismo, no item 8, somos agraciados com uma profunda reflexão sobre a ação consoladora de Deus para os humildes e aflitos. O texto nos revela que Deus, em Sua infinita benevolência, consola os corações humildes e fortalece aqueles que O buscam em seus momentos de aflição.


A mensagem divina ressoa pela Terra, onde cada lágrima derramada encontra um bálsamo divino que acalenta as almas. O ensinamento central é claro: a chave para compreender a sabedoria humana está na prática constante da abnegação e do devotamento. Estas duas palavras, carregadas de significado, não apenas constituem uma prece contínua, mas também encerram uma lição profunda.


A exortação aos Espíritos sofredores é clara: em vez de clamarem contra suas dores e os sofrimentos morais que a vida lhes impõe, que compreendam a verdade contida no devotamento e na abnegação. Estas virtudes, quando adotadas como divisa, tornam-se a força que sustenta e guia. Todas as responsabilidades da caridade e humildade se resumem nessas duas palavras.


A verdadeira sabedoria reside na compreensão e prática desses princípios. O sentimento do dever cumprido é o caminho para o repouso espiritual e a resignação. Com devotamento e abnegação como guias, o coração bate com mais serenidade, a alma encontra paz, e o corpo se liberta dos desfalecimentos, pois é na profundidade do espírito que encontramos a verdadeira superação dos sofrimentos terrenos.


Que estas palavras do Espírito de Verdade, transmitidas em Havre em 1863, ecoem em nossos corações, lembrando-nos constantemente da força consoladora que reside no devotamento e na abnegação.

Feb 18, 202430:59
#188 - O chamado do grande médico das almas

#188 - O chamado do grande médico das almas

No capítulo 6, item 7, do Evangelho Segundo o Espiritismo, o Espírito de Verdade traz palavras de conforto e cura para os fracos, sofredores e enfermos.

Ele se apresenta como o grande médico das almas, oferecendo o remédio que há de curar.

O convite é direcionado àqueles que sofrem e se sentem oprimidos, prometendo alívio e consolo para aqueles que a ele se dirigirem.

O Espírito de Verdade enfatiza que a força e a consolação verdadeiras não serão encontradas em outro lugar, pois o mundo é incapaz de fornecê-las.

Ele faz um apelo supremo aos corações por meio do Espiritismo, exortando a extirpar a impiedade, a mentira, o erro e a incredulidade, que são como monstros que causam profundo sofrimento.

O chamado é para que, no futuro, as almas sejam humildes e submissas ao Criador, praticando Sua lei divina, amando, orando e sendo dóceis aos Espíritos do Senhor.

O Espírito de Verdade encerra suas palavras prometendo que, ao invocá-Lo do fundo dos corações, o Filho bem-amado será enviado para instruir e confortar aqueles que O chamarem.


Fonte: O Evangelho Segundo o Espiritismo, Capítulo 6, Item 7

Feb 11, 202444:23
#187 - A vinda do espírito de verdade, parte 2

#187 - A vinda do espírito de verdade, parte 2

No capítulo 6, item 6, do Evangelho Segundo o Espiritismo, encontramos uma profunda mensagem de esperança e orientação proferida pelo Espírito de Verdade, datada de Paris, 1861. Neste trecho, o mensageiro celestial fala diretamente aos deserdados da Terra, oferecendo palavras de conforto e direção em meio às suas provações.


Na sublime comunicação do Espírito de Verdade, as palavras ressoam como uma sinfonia de alento aos corações aflitos. "Venho instruir e consolar os pobres deserdados", proclama ele, convidando-os a elevar sua resignação ao nível das provas que enfrentam. A dor, sagrada no Jardim das Oliveiras, é mencionada como um lembrete de que mesmo nos momentos mais difíceis, há uma dimensão divina na experiência humana.


A mensagem continua, incentivando os obreiros a traçarem seus sulcos diários, a perseverarem no labor afanoso. O trabalho das mãos proporciona o pão terrestre, mas o Espírito de Verdade assegura que as almas não são esquecidas. Como um jardineiro divino, ele cultiva silenciosamente nos recessos dos pensamentos, garantindo que nenhum esforço, lágrima ou miséria seja perdido no reino do Pai.


A promessa de consolação é profunda, destacando que, no repouso final, a semente preciosa germinará, e os suores e misérias terrenas se transformarão em um tesouro nas esferas superiores. A mensagem enfatiza a importância de carregar fardos e auxiliar os irmãos, revelando que aqueles que praticam tal benevolência são especialmente amados pelo Espírito de Verdade.


Ao dissipar o erro das revoltas, o Espírito de Verdade instrui os deserdados a compreenderem o sublime objetivo da provação humana. Exorta-os a abandonarem despeitos contra os ricos, lembrando que muitas vezes, esses também enfrentam provas perigosas. A instrução final é clara: instruir-se na preciosa doutrina do amor, preparando-se para lançar-se, um dia, no seio daquele que os criou fracos, com a oportunidade de moldar sua própria imortalidade.


Este capítulo resplandece como uma luz guiadora para todos os que buscam compreender as complexidades da existência, oferecendo consolo, instrução e a promessa de um destino glorioso além das provações terrenas.

Feb 04, 202442:05
#186 - A vinda do espírito de verdade

#186 - A vinda do espírito de verdade

No quinto item deste capítulo, intitulado "Instruções dos Espíritos: Advento do Espírito de Verdade", as palavras do Espírito de Verdade ecoam como um chamado à compreensão e à redenção. Semelhante à missão divina que outrora conduziu os filhos de Israel, o Espírito de Verdade emerge para trazer a luz da verdade e dissipar as trevas que obscurecem as mentes humanas.


Neste pronunciamento transcendental, o Espírito de Verdade destaca a missão do Espiritismo, comparando-a à revelação divinal anterior. Como ceifeiro benevolente, reúne os ensinamentos dispersos na humanidade e convida os sofredores a encontrarem nele o alívio.


A humanidade, porém, afastou-se do caminho reto, seguindo as ásperas sendas da impiedade. O apelo é para que os seres humanos se ajudem mutuamente, unindo vivos e "mortos", compreendendo que a morte não é o fim, mas sim a ressurreição. A vida é a prova durante a qual as virtudes cultivadas se desenvolvem como o cedro.


O Espírito de Verdade, tomado de compaixão pelas misérias humanas, estende a mão socorredora aos que, mesmo vendo o céu, caem nos abismos do erro. O convite é claro: crede, amai e meditai sobre as revelações. A mensagem exorta os espíritas a amarem-se mutuamente, buscando instrução. No Cristianismo, encontram-se todas as verdades, e os erros que nele se enraizaram têm origem humana.


As vozes do além-túmulo clamam que nada perece, proclamando Jesus Cristo como o vencedor do mal e incentivando a todos a serem vencedores da impiedade. Assim, as instruções dos Espíritos ressoam como um farol, iluminando o caminho para a verdade e a redenção.

Jan 28, 202435:38
#185 - A revelação do Espiritismo

#185 - A revelação do Espiritismo

No Evangelho Segundo o Espiritismo, o capítulo VI revela a promessa do Cristo sobre a vinda de um Consolador, o Espírito de Verdade. Em João 14:15-17 e 26, Jesus anuncia a chegada desse Consolador, enviado pelo Pai para ensinar e relembrar todas as coisas.

Neste capítulo, Jesus antecipa a necessidade de um conhecimento mais profundo, além do que ele havia revelado naquele momento. O Espírito de Verdade, segundo a promessa, viria para esclarecer o que ainda não fora compreendido e relembrar as palavras do Cristo.

O Espiritismo, cumprindo essa predição na época designada, é apresentado como o advento do Espírito de Verdade. Este movimento convida os homens à observância da lei divina, esclarecendo os ensinamentos de Jesus de maneira direta, sem parábolas.

Enquanto o Cristo anunciava: "Ouçam os que têm ouvidos para ouvir", o Espiritismo vem remover o véu que encobria certos mistérios, falando sem figuras ou alegorias. Sua missão é consolar os deserdados da Terra, atribuindo sentido e utilidade às dores humanas.

Ao abordar a causa dos sofrimentos nas existências anteriores e na destinação terrena, o Espiritismo revela o propósito das aflições como instrumentos de purificação e crescimento espiritual. O homem, compreendendo a justiça por trás de suas dores, aceita-as com resignação, fortalecido pela fé inabalável no futuro.

Dessa forma, o Espiritismo cumpre a promessa do Consolador, proporcionando conhecimento, guiando para os princípios divinos e consolando por meio da fé e da esperança. Ele ilumina o caminho do homem, revelando a importância das experiências terrenas diante do vasto horizonte espiritual, oferecendo a visão da felicidade que aguarda no final da jornada.

Jan 21, 202444:49
#184 - O Cristo Consolador e a Promessa Cumprida no Espiritismo

#184 - O Cristo Consolador e a Promessa Cumprida no Espiritismo

No capítulo VI do Evangelho segundo o Espiritismo, encontramos preciosas palavras de conforto proferidas por Jesus, o Cristo Consolador. Ele nos convida a buscar alívio, prometendo um jugo leve para aqueles que estão sobrecarregados. A promessa não se limita apenas à mitigação das aflições presentes, mas estende-se à esperança e confiança no futuro.


A condição para receber essa consolação reside na observância da lei ensinada por Jesus, um jugo leve e suave que se resume no amor e na caridade. A fé no porvir, a confiança na justiça divina, são elementos que suavizam as dores terrenas, dando um propósito às adversidades e um significado à existência.


Jesus também antecipa a vinda de outro Consolador, o Espírito de Verdade, que o mundo ainda não está pronto para compreender. Este Consolador, prometido por Jesus, desempenha seu papel no advento do Espiritismo. Ele ensina todas as coisas, esclarece o que foi dito por parábolas e recorda as palavras do Cristo. O Espiritismo, nessa época predita, cumpre a promessa, presidindo seu advento com o Espírito de Verdade.


O Espiritismo, ao contrário de falar em alegorias, lança luz sobre mistérios antes obscuros. Ele revela a causa dos sofrimentos, mostrando que são expiações necessárias para o progresso espiritual. As crises dolorosas são vistas como instrumentos de cura e purificação, oferecendo uma compreensão profunda sobre a razão das adversidades.


Ao proclamar "Bem-aventurados os aflitos, pois que serão consolados," Jesus aponta para uma consolação que vai além da simples cessação do sofrimento. O Espiritismo, ao revelar a justiça divina por trás das provações, proporciona uma fé inabalável no futuro. A visão expandida que oferece, mostrando a importância relativa das tribulações terrenas diante do vasto horizonte espiritual, infunde paciência, resignação e coragem para enfrentar o caminho da vida.


Assim, o Espiritismo realiza a promessa do Consolador, trazendo conhecimento, atração aos princípios divinos, e consolação pela fé e esperança. Em sua essência, une-se ao legado de Jesus, oferecendo uma compreensão mais profunda e consoladora do propósito divino na jornada terrena.

Jan 14, 202433:58
#183 - Em busca da excelência moral: O homem de bem

#183 - Em busca da excelência moral: O homem de bem

No capítulo 17 do Evangelho Segundo o Espiritismo, intitulado "O Homem de Bem", somos apresentados a uma visão inspiradora do verdadeiro caráter moral. Este homem excepcional não é apenas alguém que segue a lei, mas alguém que a incorpora em sua essência, vivendo-a com pureza.

O homem de bem, ao refletir sobre suas ações, questiona a si mesmo com sinceridade, avaliando se violou a lei da justiça, se praticou o bem máximo possível e se aproveitou todas as oportunidades para ser útil. Sua fé em Deus é inabalável, reconhecendo que nada acontece sem a permissão divina, submetendo-se à vontade superior em todas as circunstâncias.

Além disso, sua fé no futuro transcende os bens temporais, priorizando os valores espirituais. Enfrenta as vicissitudes da vida com resignação, compreendendo que são provas ou expiações necessárias. O homem de bem é movido pela caridade e amor ao próximo, praticando o bem sem esperar recompensa, defendendo os fracos e sacrificando seus interesses em prol da justiça.

Sua benevolência não conhece limites, estendendo-se a todos, sem distinção de raça ou crença. Respeita as convicções alheias, evitando o julgamento e a condenação. A caridade é seu guia em todas as situações, lembrando-se sempre de perdoar, conforme ensinado por Jesus.

A indulgência é uma marca do homem de bem, que compreende as fraquezas alheias, pois reconhece a necessidade de ser indulgente consigo mesmo. Evita destacar os defeitos dos outros e trabalha constantemente em suas próprias imperfeições.

Além disso, ele utiliza suas habilidades e posições para elevar os outros, não buscando vantagens pessoais às custas de outrem. Consciente de que tudo o que possui é um depósito que prestará contas, evita o abuso de seus bens.

Se colocado em posição de autoridade, o homem de bem trata os outros com bondade, usando sua influência para elevar, não para oprimir. Da mesma forma, aqueles sob sua autoridade compreendem e cumprem seus deveres com consciência.

Em resumo, o homem de bem respeita os direitos naturais de seus semelhantes, compreendendo que, ao fazê-lo, seus próprios direitos são respeitados. Embora nem todas as qualidades sejam listadas, estas destacadas são o alicerce que conduz a todas as demais virtudes. Este é o caminho da excelência moral, trilhado pelo verdadeiro homem de bem.

Jan 07, 202401:08:07
#182 - Em busca da perfeição através da caridade

#182 - Em busca da perfeição através da caridade

No capítulo 17 do Evangelho Segundo o Espiritismo, Jesus apresenta uma perspectiva desafiadora sobre a busca pela perfeição. Ele instiga seus seguidores a transcenderem as fronteiras do amor convencional, estimulando-os a amar não apenas aqueles que os amam, mas também a dedicar bondade àqueles que nutrem ódio e a orar pelos que os perseguem e caluniam.

A expressão "Sede perfeitos, como perfeito é o vosso Pai celestial" não deve ser interpretada como uma busca pela perfeição absoluta, reservada apenas a Deus. Ao contrário, Jesus destaca a importância da perfeição relativa, uma qualidade alcançável pela humanidade. Essa perfeição, conforme explicada por Jesus, reside na prática abnegada da caridade, que abraça virtudes como benevolência, indulgência, abnegação e devotamento.

Ao incentivar a prática do amor aos inimigos, Jesus revela que a verdadeira caridade não pode coexistir com vícios e defeitos que emanam do egoísmo e do orgulho. A caridade, levada ao extremo de amar até mesmo aqueles que se opõem, torna-se um indicador de superioridade moral. Assim, a busca pela perfeição está intrinsecamente ligada à expansão do amor ao próximo, culminando na exortação de Jesus aos seus discípulos: "Sede perfeitos, como perfeito é vosso Pai celestial." Portanto, a verdadeira perfeição se revela na extensão generosa do amor e na prática incondicional da caridade, elementos que aproximam a humanidade da divindade.

Dec 31, 202301:03:47
#181 - A missão transformadora de Jesus e a harmonia entre fé e conhecimento

#181 - A missão transformadora de Jesus e a harmonia entre fé e conhecimento

Especial de Natal

No capítulo citado do Evangelho Segundo o Espiritismo, é possível vislumbrar a profundidade do ensinamento de Jesus e a sua missão singular. Ele não veio para destruir a lei de Deus, mas sim para cumpri-la, dando-lhe um verdadeiro sentido e adaptando-a ao nível de compreensão dos homens na época. A base de sua doutrina reside nos princípios dos deveres para com Deus e para com o próximo.

Jesus, ao contrário das leis de Moisés, promoveu uma reforma profunda, combatendo os abusos das práticas exteriores e as falsas interpretações. Sua mensagem central resume-se na essência do amor: "Amar a Deus acima de todas as coisas e ao próximo como a si mesmo". Essa máxima representa a essência da lei e dos profetas.

Quando Jesus proclama que "o céu e a Terra não passarão sem que tudo esteja cumprido até o último iota", ele expressa a necessidade de que a lei de Deus seja integralmente cumprida em toda a Terra, com pureza, ampliações e consequências. A universalidade dessa lei reflete o cuidado igualitário de Deus por todos os seus filhos, sem distinção.

Entretanto, Jesus não se limitou a ser um legislador moralista. Sua missão transcendia as palavras; ele veio cumprir profecias e sua autoridade derivava da natureza excepcional de seu Espírito e da missão divina que desempenhava. Seu ensinamento apontava para a verdadeira vida no reino dos céus e orientava os homens para o caminho que leva a esse reino, promovendo a reconciliação com Deus.

Apesar de falar sobre diversos temas, Jesus deixou muitas verdades de forma implícita, reconhecendo que algumas delas só poderiam ser compreendidas quando o espírito humano atingisse um certo grau de maturidade. A ciência, segundo ele, desempenharia um papel fundamental na revelação e desenvolvimento dessas ideias, e, por isso, era necessário dar tempo para o progresso da ciência. Essa visão antecipatória destaca a integração entre fé e conhecimento, reconhecendo que o entendimento pleno demanda evolução e amadurecimento da consciência humana.

Dec 24, 202301:13:37
#180 - A Sabedoria da Indulgência

#180 - A Sabedoria da Indulgência

No décimo capítulo do Evangelho Segundo o Espiritismo, somos guiados por uma profunda reflexão sobre a indulgência, um sentimento doce e fraternal que, segundo o Espírito protetor José, todos os seres humanos deveriam cultivar em relação aos seus irmãos. Em sua mensagem transmitida de Bordéus em 1863, ele destaca a importância de não julgar severamente as falhas alheias, mas, ao contrário, praticar a indulgência.

A indulgência, conforme descrito, vai além de simplesmente não ver os defeitos dos outros; ela envolve o cuidado em não divulgar ou evidenciar tais imperfeições. É um gesto de compreensão, de ocultar falhas para que não se tornem públicas, oferecendo escusas plausíveis quando necessário. O Espírito protetor nos lembra que, ao criticar, corremos o risco de revelar nossas próprias faltas e que a verdadeira avaliação deve começar por nós mesmos.

O apelo à indulgência não se limita a evitar a censura, mas também a prestar serviços e a atenuar as faltas alheias sempre que possível. O segundo Espírito, João, bispo de Bordéus, reforça a mensagem, instando-nos a ser indulgentes com as faltas dos outros, lembrando-nos de que o Senhor usará de indulgência conosco na medida em que tivermos sido indulgentes com os demais.

A indulgência é apresentada como uma força que atrai, acalma e eleva, enquanto o rigor desanima, afasta e irrita. O chamado é claro: sejamos severos conosco mesmos, mas indulgentes com os outros. Que possamos compreender a misericórdia infinita de nosso Pai e praticar ativamente o perdão, substituindo a cólera pela purificação do amor.

Este capítulo oferece uma poderosa lição sobre a importância de vivermos uma vida marcada pela indulgência, não apenas esquecendo as falhas alheias, mas também estendendo o amor que purifica, seguindo os passos do modelo divino de Jesus.

Que possamos, assim como ele, carregar nossas cruzes com coragem, trilhando nosso caminho em direção à glorificação, abraçando a sabedoria da indulgência em nossa jornada espiritual e humana.

Dec 17, 202330:20
#179 - Desvendando os inimigos desencarnados

#179 - Desvendando os inimigos desencarnados

No Evangelho Segundo o Espiritismo, encontramos uma sabedoria profunda que nos instiga a compreender e praticar a indulgência, especialmente para com nossos inimigos. A visão espírita nos revela que a maldade não é uma condição permanente, mas sim uma imperfeição temporária que pode ser corrigida. Assim como uma criança supera seus defeitos, um dia o coração do homem mau reconhecerá seus erros e se transformará em bondade.

A morte, segundo a perspectiva espírita, não nos livra totalmente dos inimigos, pois o ódio pode persistir para além da vida terrena. Nesse contexto, a vingança falha em seu propósito, alimentando a irritação que pode transcender de uma existência para outra. O Espiritismo nos convoca a compreender que extinguir o ódio com o sangue é uma falácia; pelo contrário, o sangue alimenta o ódio, inclusive no além-túmulo.

Ao demonstrar, por meio da experiência e da lei que governa as relações entre os mundos visível e invisível, o Espiritismo confirma a utilidade prática do perdão, reforçando o preceito de Cristo: "Amai os vossos inimigos." Cada coração, mesmo o mais perverso, pode sensibilizar-se diante do bom proceder. A benevolência não apenas evita represálias, mas também transforma inimigos em amigos, antes e depois da morte.

A existência de inimigos não se limita aos encarnados; também encontramos adversários entre os desencarnados. Estes manifestam sua malevolência por meio de obsessões e subjugações, desafiando a resignação do ser diante das provações. O Espiritismo nos lembra que a benevolência deve se estender a todos, encarnados e desencarnados, contribuindo para a solidariedade e fraternidade universais.

Assim, o mandamento "Amai os vossos inimigos" transcende os limites terrenos, tornando-se parte integrante da grande lei que rege a interligação e a fraternidade entre todos os seres.

Dec 10, 202329:50
#178 - O que levaremos deste mundo ao desencarnarmos

#178 - O que levaremos deste mundo ao desencarnarmos

No Evangelho segundo o Espiritismo, encontramos ensinamentos valiosos sobre a verdadeira propriedade do homem. O texto destaca que a posse plena reside naquilo que ele leva consigo ao deixar este mundo, não nos bens materiais que temporariamente desfruta durante sua estadia terrena.

O autor ressalta que a verdadeira propriedade está na bagagem da alma: inteligência, conhecimentos e qualidades morais. Esses são os tesouros que ninguém pode arrebatar, e que terão maior utilidade no além. Assim como um viajante se prepara para um país distante, devemos aprovisionar-nos para a vida futura, acumulando virtudes que determinarão nosso destino espiritual.

Ao chegar ao mundo dos Espíritos, somos confrontados não com títulos ou riquezas terrenas, mas com a soma de virtudes que possuímos. Não se pergunta quanto tínhamos na Terra, mas sim o que trazemos conosco. A riqueza espiritual, representada pelas qualidades da alma, determina nossa posição no além. Operário ou príncipe, a verdadeira medida é a riqueza interior, conquistada pela prática do bem.

O texto destaca que os bens da Terra pertencem a Deus, e o homem é apenas o usufrutuário, o administrador temporário desses recursos. Mesmo as riquezas adquiridas pelo trabalho legítimo são propriedade divina, e o homem é chamado a prestar contas de seu uso. Deus, muitas vezes, anula previsões e distribui a riqueza conforme Sua vontade.

Portanto, a verdadeira vantagem não está na acumulação material, mas na utilização justa e nobre dos recursos concedidos por Deus. O homem pode adquirir riquezas, mas a verdadeira recompensa vem se ele as utiliza para o bem, demonstrando coragem, perseverança e mérito. Ao deixar a Terra, a verdadeira propriedade revela-se na recompensa divina, proporcionada pela integridade e generosidade do coração humano.

Dec 03, 202336:15
#177 - Causas das misérias humanas

#177 - Causas das misérias humanas

6. Muitos se admiram de que na Terra haja tanta maldade e tantas paixões grosseiras, tantas misérias e enfermidades de toda natureza, e daí concluem que a espécie humana bem triste coisa é. Provém esse juízo do acanhado ponto de vista em que se colocam os que o emitem e que lhes dá uma falsa ideia do conjunto. Deve-se considerar que na Terra não está a humanidade toda, mas apenas uma pequena fração da humanidade. Com efeito, a espécie humana abrange todos os seres dotados de razão que povoam os inúmeros orbes do universo. Ora, que é a população da Terra, em face da população total desses mundos? Muito menos que a de uma aldeia, em confronto com a de um grande império. A situação material e moral da humanidade terrena nada tem que espante, desde que se leve em conta a destinação da Terra e a natureza dos que a habitam.
7. Faria dos habitantes de uma grande cidade falsíssima ideia quem os julgasse pela população dos seus quarteirões mais ínfimos e sórdidos. Num hospital, ninguém vê senão doentes e estropiados; numa penitenciária, veem-se reunidas todas as torpezas, todos os vícios; nas regiões insalubres, os habitantes, em sua maioria, são pálidos, franzinos e enfermiços. Pois bem: figure-se a Terra como um subúrbio, um hospital, uma penitenciária, um sítio malsão, e ela é simultaneamente tudo isso, e compreender-se-á por que as aflições sobrelevam aos gozos, porquanto não se mandam para o hospital os que se acham com saúde, nem para as casas de correção os que nenhum mal praticaram; nem os hospitais e as casas de correção se podem ter por lugares de deleite.
Ora, assim como, numa cidade, a população não se encontra toda nos hospitais ou nas prisões, também na Terra não está a humanidade inteira. E, do mesmo modo que do hospital saem os que se curaram e da prisão os que cumpriram suas penas, o homem deixa a Terra quando está curado de suas enfermidades morais.

Nov 26, 202335:04
#176 - Duas virtudes necessárias

#176 - Duas virtudes necessárias

A doutrina de Jesus ensina, em todos os seus pontos, a obediência e a resignação, duas virtudes companheiras da doçura e muito ativas, se bem os homens erradamente as confundam com a negação do sentimento e da vontade. 

A obediência é o consentimento da razão; a resignação é o consentimento do coração, forças ativas ambas, porquanto carregam o fardo das provações que a revolta insensata deixa cair.

O pusilânime não pode ser resignado, do mesmo modo que o orgulhoso e o egoísta não podem ser obedientes. Jesus foi a encarnação dessas virtudes que a antiguidade material desprezava.

Ele veio no momento em que a sociedade romana perecia nos desfalecimentos da corrupção. Veio fazer que, no seio da Humanidade deprimida, brilhassem os triunfos do sacrifício e da renúncia carnal.
Cada época é marcada, assim, com o cunho da virtude ou do vício que a tem de salvar ou perder. A virtude da vossa geração é a atividade intelectual; seu vício é a indiferença moral. Digo, apenas, atividade, porque o gênio se eleva de repente e descobre, por si só, horizontes que a multidão somente mais tarde verá, enquanto que a atividade é a reunião dos esforços de todos para atingir um fim menos brilhante, mas que prova a elevação intelectual de uma época.

Submetei-vos à impulsão que vimos dar aos vossos espíritos; obedecei à grande lei do progresso, que é a palavra da vossa geração. Ai do espírito preguiçoso, ai daquele que cerra o seu entendimento! Ai dele! porquanto nós, que somos os guias da Humanidade em marcha, lhe aplicaremos o látego e lhe submeteremos a vontade rebelde, por meio da dupla ação do freio e da espora. Toda resistência orgulhosa terá de, cedo ou tarde, ser vencida. Bem-aventurados, no entanto, os que são brandos, pois prestarão dócil ouvido aos ensinos.

Nov 22, 202331:49
#175 - Reflexões sobre Humildade

#175 - Reflexões sobre Humildade

Este conjunto de mensagens espirituais destaca a importância da humildade, condena o orgulho como uma fonte de iniquidades e explora as consequências da decadência moral na sociedade.

Os Espíritos exortam à prática da benevolência mútua, enfatizando a necessidade de seguir os ensinamentos do Cristo e alertando para a inevitável punição divina aos orgulhosos.

As mensagens também abordam a desigualdade social, destacando a igualdade intrínseca entre todos os seres e conclamando à prática da caridade e fraternidade.

Nov 12, 202335:22
#174 - A distinção entre parentela corporal e espiritual nas palavras de Jesus

#174 - A distinção entre parentela corporal e espiritual nas palavras de Jesus

Neste trecho dos Evangelhos de Marcos e Mateus, Jesus é confrontado por seus parentes enquanto ensina uma grande multidão. Surpreendentemente, ele parece indiferente à presença de sua mãe e irmãos, enfatizando que aqueles que fazem a vontade de Deus são verdadeiramente sua família.

Este episódio aparentemente contraditório é interpretado como uma oportunidade para Jesus destacar a distinção entre os laços de sangue e os laços espirituais, reforçando sua mensagem central de amor e caridade.

As palavras de Jesus, muitas vezes alegóricas, desafiam interpretações superficiais e buscam transmitir ensinamentos mais profundos sobre a natureza da verdadeira parentela.

Nov 08, 202340:34
#173 - O poder transformador da fé

#173 - O poder transformador da fé

A fé, frequentemente associada ao aspecto religioso, é abordada aqui de forma mais ampla. O texto menciona que o Cristo a elevou como uma poderosa alavanca e que seus milagres exemplificam o potencial humano quando impulsionado pela fé - a vontade de querer com a certeza de alcançar satisfação. Os apóstolos, seguindo o exemplo, também realizaram supostos milagres, entendidos como efeitos naturais desconhecidos na época, mas que agora podem ser compreendidos, em grande parte, através do estudo do Espiritismo e do Magnetismo.

A fé é categorizada como humana ou divina, dependendo se é direcionada para as necessidades terrenas ou aspirações celestiais. O texto destaca que pessoas de gênio triunfam ao perseguirem grandes empreendimentos com fé, enquanto indivíduos virtuosos, impulsionados pela fé em um futuro celestial, realizam ações nobres e caritativas. A fé é apresentada como uma força capaz de superar maus inclinações.

O Magnetismo é mencionado como uma prova do poder da fé em ação, evidenciado pela cura e por fenômenos antes considerados milagres. O autor enfatiza que se todos compreendessem a força interior que possuem e a colocassem a serviço da vontade, seriam capazes de realizar o que até então chamavam de prodígios, mas que, na verdade, são simples desenvolvimentos das faculdades humanas.

O texto é atribuído a um Espírito Protetor e datado de Paris, 1863.

Oct 29, 202337:45
#172 - A compensação da dor

#172 - A compensação da dor

No capítulo V, item 12 de "O Evangelho Segundo o Espiritismo," Jesus aponta a compensação para os aflitos, destacando a resignação como prelúdio da cura.

O texto sugere que as aflições são o pagamento de faltas passadas e que suportá-las pacientemente na Terra evita sofrimentos futuros.

A analogia de um devedor que paga parte da dívida para se libertar destaca a felicidade na quitação. Ao entrar no mundo dos Espíritos, cada um recebe conforme suas ações na Terra.

O item 13 enfatiza a importância da visão espiritual para suavizar as provas terrenas, reconhecendo a transitoriedade do sofrimento e promovendo calma e resignação para uma vida mais plena.

Oct 22, 202343:52
#171 - A superação da vingança e a sabedoria do perdão

#171 - A superação da vingança e a sabedoria do perdão

CAPÍTULO XII
AMAI OS VOSSOS INIMIGOS Se alguém vos bater na face direita,
apresentai-lhe também a outra. O texto aborda a suscetibilidade sombria gerada pelo orgulho e pela exaltação da personalidade, que impulsiona a necessidade de retribuir ofensas. Contrapondo-se a essa mentalidade, Jesus propõe enfrentar a adversidade com humildade, aceitando insultos e injustiças sem buscar vingança. Essa abordagem é vista como uma manifestação de coragem e superioridade moral, indicando que é mais nobre suportar um insulto do que retaliar.

A reflexão abrange a necessidade de discernimento ao interpretar esses ensinamentos. Não se trata de abolir toda forma de defesa ou repressão legal, mas sim de condenar a vingança pessoal. O texto enfatiza que a máxima de "apresentar a outra face" não implica em ser passivo diante da agressão, mas sim em não retribuir o mal com o mal. O perdão e a humildade são destacados como virtudes superiores, condenando o orgulho e desencorajando práticas como o duelo, consideradas manifestações deste último.

A mensagem final enfatiza a importância da fé na vida futura e na justiça divina como fonte de força para suportar pacientemente adversidades. Ele incentiva a elevar o pensamento acima das preocupações materiais, encontrando na espiritualidade a verdadeira fortaleza diante dos desafios terrenos. O título "A Superação da Vingança e a Sabedoria do Perdão" encapsula a essência da passagem, destacando a transformação interior proposta por Jesus.

Oct 15, 202331:52
#170 - Desafio Espiritual, combatendo o egoísmo para ascender na hierarquia dos mundos

#170 - Desafio Espiritual, combatendo o egoísmo para ascender na hierarquia dos mundos

CAPÍTULO XI - AMAR O PRÓXIMO COMO A SI MESMO

Itens 11 e 12, O egoísmo.

O texto aborda o egoísmo como uma chaga da humanidade, destacando a missão do Espiritismo em erradicá-lo para impulsionar o progresso moral da Terra. Enfatiza que vencer o egoísmo é uma batalha interna que requer coragem, sendo o maior obstáculo à felicidade humana. Utiliza a figura de Jesus, exemplo de caridade, contrastada com Pôncio Pilatos, representação do egoísmo. Alerta para a necessidade de os crentes se dedicarem a combater esse mal em si mesmos, atribuindo ao egoísmo a origem das misérias terrenas. Pascal acrescenta que a caridade é essencial para a sociedade, apelando para a prática do amor mútuo como antídoto ao egoísmo, visando alcançar uma vida mais justa e segura.

Oct 08, 202329:19
#169 - A responsabilidade humana na administração dos bens divinos

#169 - A responsabilidade humana na administração dos bens divinos

O texto enfatiza a responsabilidade do homem como administrador dos bens que Deus lhe confiou. Destaca que o mau uso desses recursos ocorre quando são aplicados exclusivamente para a satisfação pessoal, enquanto o bom uso ocorre quando resulta em benefício para os outros.

O mérito de cada pessoa está relacionado ao sacrifício pessoal. A beneficência é vista como uma maneira de empregar a riqueza, mas também é crucial prevenir a miséria.

Grandes fortunas têm a missão de contribuir para o bem-estar geral através de diversos trabalhos. A concentração de riqueza deve ser como uma fonte que espalha benefícios ao redor.

O texto faz um apelo aos ricos para usarem sua riqueza de acordo com os princípios divinos, prometendo alegria espiritual em vez de gozos materiais egoístas.

Oct 01, 202339:46
#168 - Paciência, Obediência e Resignação

#168 - Paciência, Obediência e Resignação

A dor é vista como uma bênção divina que prepara os escolhidos para a glória celestial. A paciência é considerada uma caridade, e perdoar aqueles que testam nossa paciência é um ato meritório. Apesar das dificuldades da vida, olhar para o alto e seguir o exemplo de Cristo é encorajado como a chave para superar o sofrimento.

Em seguida, a doutrina de Jesus é destacada, enfatizando a obediência e a resignação como virtudes ativas que devem ser praticadas. A obediência é vista como o consentimento da razão, enquanto a resignação é o consentimento do coração. Ambas são forças que permitem suportar as provações da vida. Jesus personificou essas virtudes em contraposição à corrupção da sociedade romana. A mensagem é que cada época é caracterizada por virtudes que podem salvar ou condenar, e a virtude da era atual é a atividade intelectual.

Concluindo, os textos exortam as pessoas a se submeterem à busca do conhecimento e ao progresso intelectual, pois a resistência orgulhosa será eventualmente superada. Aqueles que são brandos e abertos aos ensinamentos serão abençoados.

Sep 24, 202328:45
#167 - Retribuir o mal com o bem

#167 - Retribuir o mal com o bem

No capítulo XII do Evangelho segundo o Espiritismo, intitulado "Amai os vossos inimigos," Allan Kardec explora o ensinamento de Jesus sobre o amor aos inimigos. Contrariando a ideia convencional de ódio e vingança, Jesus exorta a amar os inimigos, fazer o bem aos que nos odeiam e orar pelos que nos perseguem.

No entanto, Kardec esclarece que amar os inimigos não implica em ter a mesma afeição por eles que por amigos, mas sim em não guardar ódio, rancor ou desejos de vingança. É perdoar sem condições, desejar o bem para eles e retribuir o mal com o bem, preenchendo as condições do mandamento divino.

Para os espíritas, essa perspectiva se baseia na compreensão de que a vida presente é apenas uma fase da existência e que as dificuldades e adversidades são provas a serem enfrentadas com paciência e resignação.

Amar os inimigos é, portanto, uma demonstração de grandeza de alma e elevação espiritual, permitindo que o indivíduo se eleve acima das hostilidades e se torne superior aos seus adversários.

Sep 17, 202336:07
#164 - Lições de Humildade de Jesus e o Espiritismo

#164 - Lições de Humildade de Jesus e o Espiritismo

Este texto apresenta ensinamentos de Jesus sobre a importância da humildade e da simplicidade de coração.

Ele enfatiza que no reino dos céus, aqueles que se humilham e se tornam como crianças serão os maiores. Jesus também adverte contra a busca de status e poder, destacando que o verdadeiro serviço aos outros é o caminho para a grandeza espiritual.

O Espiritismo, por sua vez, confirma esses princípios por meio de exemplos de espíritos que eram pequenos na Terra, mas alcançaram a grandeza no mundo espiritual devido às suas virtudes.

O texto conclui que a busca pela humildade e a renúncia ao orgulho são fundamentais para a jornada espiritual, tanto nesta vida quanto nas encarnações futuras.

Portanto, a lição é clara: "Aquele que se eleva será rebaixado, e aquele que se abaixa será elevado".

Sep 10, 202341:01
#163 - Ainda outros motivos tem o espírita para ser indulgente com os seus inimigos

#163 - Ainda outros motivos tem o espírita para ser indulgente com os seus inimigos

Neste texto, é explorado a visão do Espiritismo sobre a necessidade de ser indulgente com os inimigos, tanto encarnados quanto desencarnados. O Espiritismo ensina que a maldade não é permanente e que o perdão é essencial para a evolução espiritual. Além disso, revela que a vingança só alimenta o ódio, mesmo após a morte, e que a benevolência pode transformar inimigos em amigos. O texto destaca a importância do perdão como parte da solidariedade e fraternidade universais, indo além da vida terrena.

Sep 03, 202351:27
#162 - Amar o próximo apesar dos defeitos

#162 - Amar o próximo apesar dos defeitos

O texto, datado de 1863 e atribuído a Sanson, um ex-membro da Sociedade Espírita de Paris, transmite uma mensagem de profundo significado espiritual. Ele começa destacando a importância de amar intensamente para ser amado, enfatizando que essa filosofia proporciona consolo e alívio nas dificuldades diárias. A prática desse conselho eleva as pessoas além da materialidade, espiritualizando-as enquanto ainda estão na Terra. O texto revela que compreender o futuro através dos estudos espíritas gera a certeza de caminhar em direção a Deus e alcançar aspirações da alma.

A definição de amor é explorada, indo além do mero sentimento. Amar profundamente implica em agir com lealdade, honestidade e consciência, desejando para os outros aquilo que se deseja para si mesmo. O autor incentiva a empatia, a compreensão das dores alheias e a visão da humanidade como uma grande família destinada a evoluir espiritualmente. Essa perspectiva promove a partilha, visto que o que se recebe de Deus também deve ser compartilhado com os outros.

O texto celebra a evolução da sociedade ao longo do tempo, notando a aceitação crescente de ideias progressistas. Ele aponta para a rápida aceitação das ideias de justiça e renovação advindas do movimento espírita, enfatizando que esses princípios são intrínsecos à natureza divina das pessoas. O autor vislumbra um futuro de harmonia e solidariedade, onde a aplicação da máxima "Amai bastante, para serdes amados" resultará na reconciliação de interesses materiais e espirituais, promovendo uma profunda renovação guiada pelo Espiritismo.

Aug 27, 202326:22
#161 - Altruísmo e Compaixão - Chamado à solidariedade e à piedade

#161 - Altruísmo e Compaixão - Chamado à solidariedade e à piedade

Neste conjunto de textos, duas vozes distintas se unem para destacar a importância do altruísmo e da compaixão.

O primeiro texto, escrito por João em 1861, apela às mulheres ricas, operárias e artistas para compartilharem seus recursos, habilidades e tempo com os menos afortunados, enfatizando a recompensa divina que acompanha a generosidade.

O segundo texto, assinado por Miguel em 1862, explora a virtude da piedade como um elo entre os seres humanos e os anjos, abordando como a empatia pelos sofrimentos alheios conduz à caridade e ao amor ao próximo.

Juntas, essas reflexões destacam a importância de olhar para além de si mesmo e estender a mão aos necessitados, criando uma sociedade mais compassiva e harmoniosa. Ambos os autores compartilham esses insights, refletindo sobre o papel fundamental da solidariedade e da piedade na jornada espiritual e no aprimoramento humano.

Aug 20, 202353:21
#160 - Pelas suas obras é que se reconhece o cristão

#160 - Pelas suas obras é que se reconhece o cristão

O trecho do Evangelho Segundo o Espiritismo destaca a importância das ações e obras como critério para reconhecer um verdadeiro cristão.

O texto enfatiza que não é suficiente apenas professar a fé ou usar a aparência religiosa, mas sim praticar a vontade do Pai celestial. A passagem citada ("Nem todos os que me dizem: Senhor! Senhor! entrarão no reino dos céus, mas somente aqueles que fazem a vontade de meu Pai que está nos céus") ressalta que somente aqueles que vivem de acordo com os princípios divinos serão admitidos no reino dos céus.

O autor do texto exorta os leitores a não rejeitarem a doutrina espírita sem ouvir, destacando que é hora de prestar atenção às palavras do Mestre. O autor também faz uma analogia com árvores e frutos, afirmando que um verdadeiro cristão será reconhecido pelos "frutos" ou obras que produz. A metáfora enfatiza que, assim como uma árvore boa produz bons frutos, um verdadeiro cristão deve manifestar virtudes como vida, esperança e fé em suas ações.

O texto também critica a maneira como o Cristianismo tem sido interpretado e praticado ao longo dos séculos, sugerindo que a árvore do Cristianismo é boa, mas os "jardineiros" humanos a têm moldado e cortado de acordo com suas ideias, resultando em um distanciamento dos verdadeiros frutos. O autor encoraja a cuidar da "árvore da vida" e compartilhar seus frutos benéficos com aqueles que estão famintos por esperança e orientação espiritual.

O texto conclui com uma reiteração da importância de praticar a vontade divina e fazer o bem, pois isso é o que identifica um autêntico seguidor de Cristo. A bênção final é dada aos leitores, incentivando-os a acreditar e orar.

No geral, o texto destaca a necessidade de viver de acordo com os princípios espirituais, enfatizando que o verdadeiro cristianismo se manifesta através das ações e da busca pela vontade divina, em vez de apenas palavras vazias de fé.

Aug 13, 202353:52
#159 - Dar-se-á àquele que tem

#159 - Dar-se-á àquele que tem

Jesus nos apresenta ensinamentos sobre o entendimento dos mistérios divinos e a importância do esforço pessoal na busca pela espiritualidade. É destaca que a compreensão das verdades espirituais é concedida àqueles que buscam sinceramente e se esforçam em desenvolver-se espiritualmente.

Aqueles que já possuem entendimento e buscam a evolução receberão ainda mais, enquanto aqueles que negligenciam suas oportunidades perderão o pouco que têm. Isso ocorre porque, ao se esforçarem em direção ao bem, atraem as graças divinas e são capazes de progredir espiritualmente.

Por outro lado, os que não cultivam seus dons espirituais e ignoram suas oportunidades acabam perdendo essas capacidades. Deus não retira as dádivas concedidas, mas é o próprio espírito negligente que as deixa se perder. O texto utiliza a metáfora de um campo que não é cuidado, onde as sementes boas se perdem no meio da erva daninha. A responsabilidade de cultivar e fazer florescer os dons divinos é de cada indivíduo.

O texto encoraja os leitores a serem diligentes, arando seus corações, removendo o que é negativo e cultivando o que é bom. Se agirem assim, colherão frutos abundantes de amor e caridade, e suas vidas serão preenchidas com realizações espirituais. A mensagem final é de encorajamento para que as pessoas trabalhem para desenvolver seus talentos espirituais e busquem o crescimento interior.

Aug 06, 202326:48
#158 - Histórias Espíritas

#158 - Histórias Espíritas

O Espiritismo

Jul 30, 202358:02
#157 - Muito se pedirá àquele que muito recebeu

#157 - Muito se pedirá àquele que muito recebeu

O item "Muito se pedirá àquele que muito recebeu" aborda a ideia de que aqueles que têm mais conhecimento, talento ou oportunidades têm uma responsabilidade maior em como usam esses recursos. É baseado em passagens dos Evangelhos, onde Jesus fala sobre a importância de agir de acordo com o que se sabe e compreende.

Jesus usa a analogia de um servo que conhece as ordens de seu mestre, mas não as cumpre, sendo punido com rigor. Em contraste, aquele que não sabia das ordens, mas fez algo errado, seria menos castigado. A mensagem é que a culpabilidade está relacionada ao grau de consciência e entendimento das ações que alguém realiza.

O texto também enfatiza o ensino dos Espíritos, que é associado ao Espiritismo. Essa doutrina é vista como uma forma de propagar e ampliar os ensinamentos de Jesus, tornando-os acessíveis a todas as pessoas, independentemente de sua religião ou formação. O Espiritismo é apontado como uma maneira de chamar mais pessoas para praticar o bem e desenvolver-se espiritualmente.

Em suma, o texto destaca a importância de agir de acordo com o conhecimento que se possui e reconhece que, quanto mais conhecimento ou ensinamentos se recebe, maior é a responsabilidade em utilizá-los para o bem próprio e da sociedade. Ele também ressalta o papel do Espiritismo como uma forma de disseminar essas mensagens e expandir o número de pessoas comprometidas com a prática do bem e a evolução espiritual.

Jul 23, 202354:49
#156 - A importância de viver os ensinamentos de Jesus

#156 - A importância de viver os ensinamentos de Jesus

No capítulo XVIII do livro "O Evangelho Segundo o Espiritismo", intitulado "Muitos os chamados, poucos os escolhidos", é abordada a passagem bíblica que diz: "Nem todos os que dizem: Senhor, Senhor, entrarão no reino dos céus". Allan Kardec explora o significado desse ensinamento de Jesus, com base nos princípios espíritas.

Kardec ressalta que apenas professar a fé em Jesus ou identificar-se como cristão não é suficiente para garantir a entrada no reino dos céus. Ele enfatiza que o essencial é colocar em prática os ensinamentos de Cristo, vivenciando a caridade, a fraternidade e a reforma íntima. Essas ações são as verdadeiras provas de amor ao próximo e de progresso espiritual.

O autor alerta contra a hipocrisia religiosa, que consiste em professar uma crença, mas não agir de acordo com os princípios que ela prega. Ele destaca que Deus julgará as ações e intenções de cada indivíduo, levando em consideração a sinceridade de suas obras e a qualidade de seu caráter.

Kardec afirma que aqueles que se dedicam genuinamente à prática do bem e ao desenvolvimento espiritual estão mais próximos do reino dos céus. No entanto, ele salienta que ninguém está condenado eternamente, pois todos têm oportunidades de se melhorar ao longo das múltiplas existências.

Portanto, o resumo do capítulo XVIII de "O Evangelho Segundo o Espiritismo" destaca a importância de viver os ensinamentos de Jesus em vez de apenas professá-los, e enfatiza que as ações e a sinceridade são critérios fundamentais para a entrada no reino dos céus, de acordo com a visão espírita.

Jul 16, 202354:10
#155 - A Dura Realidade: Muitos são Chamados, Poucos são Escolhidos

#155 - A Dura Realidade: Muitos são Chamados, Poucos são Escolhidos

No capítulo XVIII do livro "O Evangelho Segundo o Espiritismo", intitulado "Muitos são Chamados, Poucos são Escolhidos", Allan Kardec aborda a parábola do banquete de casamento, descrita por Jesus. A parábola fala sobre um rei que convida muitas pessoas para o banquete, mas apenas alguns são considerados dignos de participar.

Kardec explora o significado mais profundo dessa parábola, relacionando-a com a vida terrena e espiritual. Ele argumenta que o convite do rei representa a oportunidade de cada pessoa receber os ensinamentos do Evangelho e seguir o caminho da evolução espiritual.

No entanto, nem todos aproveitam essa oportunidade da mesma forma. Muitos são chamados, ou seja, todos recebem o convite para o crescimento espiritual, mas poucos são escolhidos, ou seja, apenas aqueles que se esforçam para compreender e viver de acordo com os princípios do Evangelho são considerados dignos.

- Reflexões a partir do Capítulo XVIII do Evangelho Segundo o Espiritismo

Kardec destaca que ser escolhido não se baseia em privilégios ou favorecimentos, mas sim na conduta moral e nas ações individuais. Ele enfatiza que a escolha é resultado do livre-arbítrio de cada pessoa e de suas decisões em buscar a melhoria interior.

Assim, o texto conclui que a parábola nos convida a refletir sobre a importância de aproveitar as oportunidades de crescimento espiritual e de agir de acordo com os ensinamentos do Evangelho. Ser escolhido não é uma questão de sorte, mas sim de esforço, dedicação e transformação pessoal.

Jul 09, 202301:03:20
#154 - Como o homem deve se portar no mundo

#154 - Como o homem deve se portar no mundo

Um sentimento de piedade deve sempre animar o coração dos que se reúnem sob as vistas do Senhor e imploram a assistência dos bons Espíritos. Purificai, pois, os vossos corações; não consintais que neles demore qualquer pensamento mundano ou fútil. Elevai o vosso espírito àqueles por quem chamais, a fim de que, encontrando em vós as necessárias disposições, possam lançar em profusão a semente que é preciso germine em vossas almas e dê frutos de caridade e justiça.


Não julgueis, todavia, que, exortando-vos incessantemente à prece e à evocação mental, pretendamos vivais uma vida mística, que vos conserve fora das leis da sociedade onde estais condenados a viver. Não; vivei com os homens da vossa época, como devem viver os homens. Sacrificai às necessidades, mesmo às frivolidades do dia, mas sacrificai com um sentimento de pureza que as possa santificar.


Sois chamados a estar em contato com espíritos de naturezas diferentes, de caracteres opostos: não choqueis a nenhum daqueles com quem estiverdes. Sede joviais, sede ditosos, mas seja a vossa jovialidade a que provém de uma consciência limpa, seja a vossa ventura a do herdeiro do céu que conta os dias que faltam para entrar na posse da sua herança.


Não consiste a virtude em assumirdes severo e lúgubre aspecto, em repelirdes os prazeres que as vossas condições humanas vos permitem. Basta reporteis todos os atos da vossa vida ao Criador que vo-la deu; basta que, quando começardes ou acabardes uma obra, eleveis o pensamento a esse Criador e lhe peçais, num arroubo d’alma, ou a sua proteção para que obtenhais êxito, ou a sua bênção para ela, se a concluístes. Em tudo o que fizerdes, remontai à fonte de todas as coisas, para que nenhuma de vossas ações deixe de ser purificada e santificada pela lembrança de Deus.


A perfeição está toda, como disse o Cristo, na prática da caridade absoluta; mas, os deveres da caridade alcançam todas as posições sociais, desde o menor até o maior. Nenhuma caridade teria a praticar o homem que vivesse insulado. Unicamente no contato com os seus semelhantes, nas lutas mais árduas é que ele encontra ensejo de praticá-la. Aquele, pois, que se isola priva-se voluntariamente do mais poderoso meio de aperfeiçoar-se; não tendo de pensar senão em si, sua vida é a de um egoísta. (Cap. V, n.o 26.)


Não imagineis, portanto, que, para viverdes em comunicação constante conosco, para viverdes sob as vistas do Senhor, seja preciso vos cilicieis e cubrais de cinzas. Não, não, ainda uma vez vos dizemos. Ditosos sede, segundo as necessidades da humanidade; mas, que jamais na vossa felicidade entre um pensamento ou um ato que o possa ofender, ou fazer se vele o semblante dos que vos amam e dirigem. Deus é amor, e aqueles que amam santamente ele os abençoa.

Jul 02, 202353:50
#153 - Os superiores e os inferiores

#153 - Os superiores e os inferiores

A autoridade, tanto quanto a riqueza, é uma delegação de que terá de prestar contas aquele que se ache dela investido. Não julgueis que lhe seja ela conferida para lhe proporcionar o vão prazer de mandar; nem, conforme o supõe a maioria dos potentados da Terra, como um direito, uma propriedade. Deus, aliás, lhes prova constantemente que não é nem uma nem outra coisa, pois que deles a retira quando lhe apraz. Se fosse um privilégio inerente às suas personalidades, seria inalienável. A ninguém cabe dizer que uma coisa lhe pertence, quando lhe pode ser tirada sem seu consentimento. Deus confere a autoridade a título de missão, ou de prova, quando o entende, e a retira quando julga conveniente.
Quem quer que seja depositário de autoridade, seja qual for a sua extensão, desde a do senhor sobre o seu servo, até a do soberano sobre o seu povo, não deve olvidar que tem almas a seu cargo; que responderá pela boa ou má diretriz que dê aos seus subordinados e que sobre ele recairão as faltas que estes cometam, os vícios a que sejam arrastados em conseqüência dessa diretriz ou dos maus exemplos, do mesmo modo que colherá os frutos da solicitude que empregar para os conduzir ao bem. Todo homem tem na Terra uma missão, grande ou pequena; qualquer que ela seja, sempre lhe é dada para o bem; falseá-la em seu princípio é, pois, falir ao seu desempenho.
Assim como pergunta ao rico: “Que fizeste da riqueza que nas tuas mãos devera ser um manancial a espalhar a fecundidade ao teu derredor?”, também Deus inquirirá daquele que disponha de alguma autoridade: “Que uso fizeste dessa autoridade? Que males evitaste? Que progresso facultaste? Se te dei subordinados, não foi para que os fizesses escravos da tua vontade, nem instrumentos dóceis aos teus caprichos ou à tua cupidez; fiz-te forte e confiei-te os que eram fracos, para que os amparasses e ajudasses a subir ao meu seio.”
O superior, que se ache compenetrado das palavras do Cristo, a nenhum despreza dos que lhe estejam submetidos, porque sabe que as distinções sociais não prevalecem às vistas de Deus. Ensina-lhe o Espiritismo que, se eles hoje lhe obedecem, talvez já lhe tenham dado ordens, ou poderão dar-lhas mais tarde, e que ele então será tratado conforme os haja tratado, quando sobre eles exercia autoridade.
Mas, se o superior tem deveres a cumprir, o inferior, de seu lado, também os tem e não menos sagrados. Se for espírita, sua consciência ainda mais imperiosamente lhe dirá que não pode considerar-se dispensado de cumpri-los, nem mesmo quando o seu chefe deixe de dar cumprimento aos que lhe correm, porquanto sabe muito bem não ser lícito retribuir o mal com o mal e que as faltas de uns não justificam as de outrem. Se a sua posição lhe acarreta sofrimentos, reconhecerá que sem dúvida os mereceu, porque, provavelmente, abusou outrora da autoridade que tinha, cabendo-lhe, portanto, experimentar a seu turno o que fizera sofressem os outros. Se se vê forçado a suportar essa posição, por não encontrar outra melhor, o Espiritismo lhe ensina a resignar-se, como constituindo isso uma prova para a sua humildade, necessária ao seu adiantamento. Sua crença lhe orienta a conduta e o induz a proceder como quereria que seus subordinados procedessem para com ele, caso fosse o chefe. Por isso mesmo, mais escrupuloso se mostra no cumprimento de suas obrigações, pois compreende que toda negligência no trabalho que lhe está determinado redunda em prejuízo para aquele que o remunera e a quem deve ele o seu tempo e os seus esforços. Numa palavra: solicita-o o sentimento do dever, oriundo da sua fé, e a certeza de que todo afastamento do caminho reto implica uma dívida que, cedo ou tarde, terá de pagar.

François-Nicolas-Madeleine, Cardeal Morlot.
Paris, 1863.

Jun 25, 202358:51
#152 - A virtude

#152 - A virtude

A virtude, no mais alto grau, é o conjunto de todas as qualidades essenciais que constituem o homem de bem. Ser bom, caritativo, laborioso, sóbrio, modesto, são qualidades do homem virtuoso. Infelizmente, quase sempre as acompanham pequenas enfermidades morais que as desornam e atenuam. Não é virtuoso aquele que faz ostentação da sua virtude, pois que lhe falta a qualidade principal: a modéstia, e tem o vício que mais se lhe opõe: o orgulho. A virtude, verdadeiramente digna desse nome, não gosta de estadear-se. Adivinham-na; ela, porém, se oculta na obscuridade e foge à admiração das massas. S. Vicente de Paulo era virtuoso; eram virtuosos o digno cura d’Ars e muitos outros quase desconhecidos do mundo, mas conhecidos de Deus. Todos esses homens de bem ignoravam que fossem virtuosos; deixavam-se ir ao sabor de suas santas inspirações e praticavam o bem com desinteresse completo e inteiro esquecimento de si mesmos.
À virtude assim compreendida e praticada é que vos convido, meus filhos; a essa virtude verdadeiramente cristã e verdadeiramente espírita é que vos concito a consagrar-vos. Afastai, porém, de vossos corações tudo o que seja orgulho, vaidade, amor-próprio, que sempre desadornam as mais belas qualidades. Não imiteis o homem que se apresenta como modelo e trombeteia, ele próprio, suas qualidades a todos os ouvidos complacentes. A virtude que assim se ostenta esconde muitas vezes uma imensidade de pequenas torpezas e de odiosas covardias.
Em princípio, o homem que se exalça, que ergue uma estátua à sua própria virtude, anula, por esse simples fato, todo mérito real que possa ter. Entretanto, que direi daquele cujo único valor consiste em parecer o que não é? Admito de boa mente que o homem que pratica o bem experimenta uma satisfação íntima em seu coração; mas, desde que tal satisfação se exteriorize, para colher elogios, degenera em amor-próprio.
Ó vós todos a quem a fé espírita aqueceu com seus raios, e que sabeis quão longe da perfeição está o homem, jamais esbarreis em semelhante escolho. A virtude é uma graça que desejo a todos os espíritas sinceros. Contudo, dir-lhes-ei: Mais vale pouca virtude com modéstia, do que muita com orgulho. Pelo orgulho é que as humanidades sucessivamente se hão perdido; pela humildade é que um dia elas se hão de redimir.

Jun 18, 202301:00:30
#151 - O dever moral

#151 - O dever moral

O dever é a obrigação moral da criatura para consigo mesma, primeiro, e, em seguida, para com os outros. O dever é a lei da vida. Com ele deparamos nas mais ínfimas particularidades, como nos atos mais elevados. Quero aqui falar apenas do dever moral e não do dever que as profissões impõem.
Na ordem dos sentimentos, o dever é muito difícil de cumprir-se, por se achar em antagonismo com as atrações do interesse e do coração. Não têm testemunhas as suas vitórias e não estão sujeitas à repressão suas derrotas. O dever íntimo do homem fica entregue ao seu livre-arbítrio. O aguilhão da consciência, guardião da probidade interior, o adverte e sustenta; mas, muitas vezes, mostra-se impotente diante dos sofismas da paixão. Fielmente observado, o dever do coração eleva o homem; como determiná-lo, porém, com exatidão? Onde começa ele? onde termina? O dever principia, para cada um de vós, exatamente no ponto em que ameaçais a felicidade ou a tranquilidade do vosso próximo; acaba no limite que não desejais ninguém transponha com relação a vós.
Deus criou todos os homens iguais para a dor. Pequenos ou grandes, ignorantes ou instruídos, sofrem todos pelas mesmas causas, a fim de que cada um julgue em sã consciência o mal que pode fazer. Com relação ao bem, infinitamente vário nas suas expressões, não é o mesmo o critério. A igualdade em face da dor é uma sublime providência de Deus, que quer que todos os seus filhos, instruídos pela experiência comum, não pratiquem o mal, alegando ignorância de seus efeitos.
O dever é o resumo prático de todas as especulações morais; é uma bravura da alma que enfrenta as angústias da luta; é austero e brando; pronto a dobrar-se às mais diversas complicações, conserva-se inflexível diante das suas tentações. O homem que cumpre o seu dever ama a Deus mais do que as criaturas e ama as criaturas mais do que a si mesmo. É a um tempo juiz e escravo em causa própria.
O dever é o mais belo laurel da razão; descende desta como de sua mãe o filho. O homem tem de amar o dever, não porque preserve de males a vida, males aos quais a humanidade não pode subtrair-se, mas porque confere à alma o vigor necessário ao seu desenvolvimento.
O dever cresce e irradia sob mais elevada forma, em cada um dos estágios superiores da humanidade. Jamais cessa a obrigação moral da criatura para com Deus. Tem esta de refletir as virtudes do Eterno, que não aceita esboços imperfeitos, porque quer que a beleza da sua obra resplandeça a seus próprios olhos.
Lázaro.
Paris, 1863.

Jun 11, 202356:57
#150 - Explicação sobre a Parábola do Semeador

#150 - Explicação sobre a Parábola do Semeador

Naquele mesmo dia, tendo saído de casa, Jesus sentou-se à borda do mar; — em torno dele logo reuniu-se grande multidão de gente; pelo que entrou numa barca, onde sentou-se, permanecendo na margem todo o povo. — Disse então muitas coisas por parábolas, falando-lhes assim:
Aquele que semeia saiu a semear; — e, semeando, uma parte da semente caiu ao longo do caminho e os pássaros do céu vieram e a comeram. — Outra parte caiu em lugares pedregosos onde não havia muita terra; as sementes logo brotaram, porque carecia de profundidade a terra onde haviam caído. — Mas, levantando-se, o Sol as queimou e, como não tinham raízes, secaram. — Outra parte caiu entre espinheiros e estes, crescendo, as abafaram. — Outra, finalmente, caiu em terra boa e produziu frutos, dando algumas sementes cem por um, outras sessenta e outras trinta. — Ouça quem tem ouvidos de ouvir. (S. Mateus, 13:1 a 9.)
Escutai, pois, vós outros a parábola do semeador. — Quem quer que escuta a palavra do reino e não lhe dá atenção, vem o espírito maligno e tira o que lhe fora semeado no coração. Esse é o que recebeu a semente ao longo do caminho. — Aquele que recebe a semente em meio das pedras é o que escuta a palavra e que a recebe com alegria no primeiro momento. — Mas, não tendo nele raízes, dura apenas algum tempo. Em sobrevindo reveses e perseguições por causa da palavra, tira ele daí motivo de escândalo e de queda. — Aquele que recebe a semente entre espinheiros é o que ouve a palavra; mas, em quem, logo, os cuidados deste século e a ilusão das riquezas abafam aquela palavra e a tornam infrutífera. — Aquele, porém, que recebe a semente em boa terra é o que escuta a palavra, que lhe presta atenção e em quem ela produz frutos, dando cem ou sessenta, ou trinta por um. (S. Mateus, 13:18 a 23.)
A parábola do semeador exprime perfeitamente os matizes existentes na maneira de serem utilizados os ensinos do Evangelho. Quantas pessoas há, com efeito, para as quais não passa ele de letra morta e que, como a semente caída sobre pedregulhos, nenhum fruto dá!
Não menos justa aplicação encontra ela nas diferentes categorias espíritas. Não se acham simbolizados nela os que apenas atentam nos fenômenos materiais e nenhuma consequência tiram deles, porque neles mais não veem do que fatos curiosos? Os que apenas se preocupam com o lado brilhante das comunicações dos Espíritos, pelas quais só se interessam quando lhes satisfazem à imaginação, e que, depois de as terem ouvido, se conservam tão frios e indiferentes quanto eram? Os que reconhecem muito bons os conselhos e os admiram, mas para serem aplicados aos outros e não a si próprios? Aqueles, finalmente, para os quais essas instruções são como a semente que cai em terra boa e dá frutos?

Jun 04, 202301:02:31
#149 - Os bons espíritas

#149 - Os bons espíritas

Bem compreendido, mas sobretudo bem sentido, o Espiritismo leva aos resultados acima expostos, que caracterizam o verdadeiro espírita, como o cristão verdadeiro, pois que um o mesmo é que outro. O Espiritismo não institui nenhuma nova moral; apenas facilita aos homens a inteligência e a prática da do Cristo, facultando fé inabalável e esclarecida aos que duvidam ou vacilam.
Muitos, entretanto, dos que acreditam nos fatos das manifestações não lhes apreendem as consequências, nem o alcance moral, ou, se os apreendem, não os aplicam a si mesmos. A que atribuir isso? A alguma falta de clareza da doutrina? Não, pois que ela não contém alegorias nem figuras que possam dar lugar a falsas interpretações. A clareza é da sua essência mesma e é donde lhe vem toda a força, porque a faz ir direto à inteligência. Nada tem de misteriosa e seus iniciados não se acham de posse de qualquer segredo, oculto ao vulgo.
Será então necessária, para compreendê-la, uma inteligência fora do comum? Não, tanto que há homens de notória capacidade que não a compreendem, ao passo que inteligências vulgares, moços mesmo, apenas saídos da adolescência, lhes apreendem, com admirável precisão, os mais delicados matizes. Provém isso de que a parte por assim dizer material da ciência somente requer olhos que observem, enquanto a parte essencial exige um certo grau de sensibilidade, a que se pode chamar maturidade do senso moral, maturidade que independe da idade e do grau de instrução, porque é peculiar ao desenvolvimento, em sentido especial, do Espírito encarnado.
Nalguns, ainda muito tenazes são os laços da matéria para permitirem que o Espírito se desprenda das coisas da Terra; a névoa que os envolve tira-lhes a visão do infinito, donde resulta não romperem facilmente com os seus pendores, nem com seus hábitos, não percebendo haja qualquer coisa melhor do que aquilo de que são dotados. Têm a crença nos Espíritos como um simples fato, mas que nada ou bem pouco lhes modifica as tendências instintivas. Numa palavra: não divisam mais do que um raio de luz, insuficiente a guiá-los e a lhes facultar uma vigorosa aspiração, capaz de lhes sobrepujar as inclinações. Atêm-se mais aos fenômenos do que à moral, que se lhes afigura cediça e monótona. Pedem aos Espíritos que incessantemente os iniciem em novos mistérios, sem procurar saber se já se tornaram dignos de penetrar os arcanos do Criador. Esses são os espíritas imperfeitos, alguns dos quais ficam a meio caminho ou se afastam de seus irmãos em crença, porque recuam ante a obrigação de se reformarem, ou então guardam as suas simpatias para os que lhes compartilham das fraquezas ou das prevenções. Contudo, a aceitação do princípio da doutrina é um primeiro passo que lhes tornará mais fácil o segundo, noutra existência.
Aquele que pode ser, com razão, qualificado de espírita verdadeiro e sincero, se acha em grau superior de adiantamento moral. O Espírito, que nele domina de modo mais completo a matéria, dá-lhe uma percepção mais clara do futuro; os princípios da doutrina lhe fazem vibrar fibras que nos outros se conservam inertes. Em suma: é tocado no coração, pelo que inabalável se lhe torna a fé. Um é qual músico que alguns acordes bastam para comover, ao passo que outro apenas ouve sons. Reconhece-se o verdadeiro espírita pela sua transformação moral e pelos esforços que emprega para domar suas inclinações más. Enquanto um se contenta com o seu horizonte limitado, outro, que apreende alguma coisa de melhor, se esforça por desligar-se dele e sempre o consegue, se tem firme a vontade.

May 28, 202301:01:07
#148 - O homem de bem

#148 - O homem de bem

O verdadeiro homem de bem é o que cumpre a lei de justiça, de amor e de caridade, na sua maior pureza. Se ele interroga a consciência sobre seus próprios atos, a si mesmo perguntará se violou essa lei, se não praticou o mal, se fez todo o bem que podia, se desprezou voluntariamente alguma ocasião de ser útil, se ninguém tem qualquer queixa dele; enfim, se fez a outrem tudo o que desejara lhe fizessem.
Deposita fé em Deus, na sua bondade, na sua justiça e na sua sabedoria. Sabe que sem a sua permissão nada acontece e se lhe submete à vontade em todas as coisas.

May 21, 202355:10