O passar do tempo e o avanço da vacinação no país vêm levando os jovens brasileiros de volta ao trabalho presencial. De acordo com a Pesquisa Jovem Covid-19, realizada com brasileiros entre 15 e 24 anos, 52% deles já voltaram ao local de trabalho. Esse é o maior número desde o início da pesquisa, em abril de 2020 – e ele só tende a crescer nos próximos meses. Mas essa volta ao trabalho não acontece de maneira igualitária entre os diferentes grupos da sociedade.

O levantamento mostrou, por exemplo, que quanto menor a renda familiar, maior a chance de essa parcela da população ter que sair de casa para trabalhar. Na faixa de até 1 salário mínimo, o percentual de entrevistados que atualmente vai fisicamente ao trabalho é de 56%. A porcentagem vai caindo à medida que a renda familiar sobe, e chega a 40% entre os jovens que ganham mais de cinco salários mínimos. A realidade ainda varia de setor para setor.

Como será que os jovens estão lidando com esse retorno? E como é que isso pode ser feito de maneira positiva e segura? Para debater essa questão, conversamos com Alessandro Saade, superintendente executivo do Espro e professor convidado da ESPM.

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