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Geopizza

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By Zottis e Alexander

Afinal, toda história acaba em pizza.

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Os Crimes do Japão Imperial: Parte 2 #07

GeopizzaAug 30, 2019

00:00
41:11
O Japão Feudal e o Xógum #116

O Japão Feudal e o Xógum #116

🇯🇵 Na nova série XÓGUM: A Gloriosa Saga do Japão, disponível no Star+ e Disney+ com episódios semanais, o britânico John Blackthorne aporta no Japão em 1600 e forma uma parceria com o poderoso Lorde Yoshii Toranaga.

Baseado em personagens reais, John Blackthorne foi o mercador inglês William Adams, enquanto Yoshii Toranaga é o senhor feudal Tokugawa Ieyasu

👉 No icônico ano de 1600, o Japão era uma nação dividida, controlada por diversos senhores feudais.

Depois de mais de um século de conflito, o único sobrevivente dos 3 senhores feudais que lutaram para unificar o Japão, o Tokugawa Ieyasu, iria estabelecer uma burocracia estatal, tornando-se o 1º Shogun da dinastia Tokugawa, que governaria a nação até 1868.

Esse é o período da "Sengoku Jidai", em que o Japão entrou em uma verdadeira guerra civil por 143 anos.

Esse episódio tá repleto de samurais, ninjas, castelos e figuras históricas como Oda Nobunaga, Toyotomi Hideyoshi e Tokugawa Ieyasu!

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Apr 05, 202403:39:28
Pablo Escobar e os Hipopótamos #115.5

Pablo Escobar e os Hipopótamos #115.5

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Em 1980, o narco-traficante Pablo Escobar importou 4 hipopótamos para a sua fazenda próxima a Medélin.


Mesmo após sua morte em 1993, os hipopótamos continuaram vivos em sua fazenda se reproduzindo em uma velocidade impressionante: hoje, já são mais de 170 indivíduos.


Sendo uma espécie invasora, os hipopótamos estão cercados de debates ambientais e éticos.


O hipopótamo é um dos mamíferos mais perigosos do mundo e agora, podem tornar-se um perigo ambiental não apenas para Colômbia, mas também para outros países latino-americanos, incluindo Venezuela e Brasil.


Ao mesmo tempo que os hipopótamos invocam perigo, eles também provocam curiosidade, pois o turismo relacionado a Pablo Escobar cresce abruptamente desde os anos 2000.


Todos os dias, turistas fazem fila para visitar a antiga fazenda de Pablo e conhecer os tão aclamados “narco-hipopótamos”.


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Mar 25, 202401:40:54
Comunistas e Militares no Araguaia #115

Comunistas e Militares no Araguaia #115

Em 1970, cerca de 89 guerrilheiros foram perseguidos na Amazônia pelo exército brasileiro em um processo que levou 4 anos e envolveu mais de 10 mil soldados.


Mais da metade das vítimas da Ditadura no Brasil estiveram envolvidos nesse episódio: a Guerrilha do Araguaia.

Entretanto, a maioria das vítimas foram camponeses e agricultores vitimados pelas torturas dos militares, sob a simples suspeita de ajudar os guerrilheiros.


Suas propriedades foram confiscadas e destruídas, para tornarem-se bases de operações do exército.


Nesse ano de 2024, completa-se 50 anos desde que a Guerrilha do Araguaia acabou, mas as suas cicatrizes são visíveis:


hoje, muitos moradores das cidades de São Geraldo, São Domingos, Marabá no Pará e Xambioá no Tocantins têm receio em falar sobre a Guerrilha.


Esse medo tem fundamento: em 2001, foi confirmado que o exército, junto com a ABIN, agência brasileira de inteligência, estava espionando a população clandestinamente, intimidando muitos a darem testemunhos falsos para pesquisadores quando lhes perguntavam sobre a guerrilha.


Até hoje, diversos familiares não receberam nenhuma pista do governo do que aconteceu com seus filhos, filhas, maridos e esposas assassinados pelo exército, muito menos indenizações de suas propriedades destruídas.


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Mar 15, 202403:09:47
A Guerrilha do Araguaia na Ditadura Militar #114

A Guerrilha do Araguaia na Ditadura Militar #114

Conhece o "Vietnã brasileiro?" 🇻🇳 Durante a década de 1970, o sul do Pará e o norte de Goiás virou uma zona de guerra entre guerrilheiros do PCdoB e o Exército.

Aqui, o exército brasileiro organizou a sua maior movimentação de tropas desde a 2º Guerra Mundial.


Mais de 10 mil homens do exército, incluindo da Marinha, Força Aérea e Polícias Militares foram enviados para combater 89 guerrilheiros da Guerrilha do Araguaia, criada pelo PCdoB.

Por isso, o Araguaia foi chamado de "O Vietnã Brasileiro" por alguns.

Inspirada nas revoluções de Cuba, China e Vietnã, integrantes do PCdoB chegaram a conclusão que a "revolução brasileira" deveria começar pelo campo, mais especificamente no Araguaia.


Com sua mata fechada, rios abundantes e numerosas serras, a região do Araguaia serviria como abrigos geográficos dos tanques, helicópteros e aviões do exército.


De lá, a ideia era que o movimento se espalhasse para outras regiões do país, convocando a população camponesa brasileira a integrar a guerrilha e derrubar a ditadura militar.


Assim, nasceu a Guerrilha do Araguaia. Durante quase 8 anos, homens e mulheres das mais variadas idades e classes sociais, caçaram, treinaram e sobreviveram em meio à Amazônia, gestando no Araguaia um movimento auto suficiente que tinha como objetivo deflagrar uma guerra popular prolongada.


Campeões de boxe, garimpeiros, professoras, enfermeiras e até dirigentes que trocavam cartas com Mao Tsé-Tung participavam da guerrilha.


Mas antes que os comunistas estivessem prontos para exportar a revolução para os camponeses, os militares já tinham sido alertados da existência do grupo.


Tal como aconteceu com Canudos, a guerrilha resistiu até o fim, repelindo diversas excursões e campanhas do exército ao longo de alguns anos.


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Feb 29, 202402:33:22
Filipinos, Espanhóis e Samurais no Pacífico #113.5

Filipinos, Espanhóis e Samurais no Pacífico #113.5

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_____________________________________________ Na época medieval na Ásia, existiram associações de navegadores capazes de destronar diferentes dinastias 🌏

Vindos principalmente da Indonésia, Malásia, Filipinas e Japão, todo país asiático com litoral voltado para o Pacífico esteve sujeito à sua influência. No Japão, eles eram chamados de "Wako".

Célebres em seus países de origem, alguns desses navegadores tornaram-se tão renomados a ponto de serem condecorados como nobres, samurais e até imperadores.


Os "wakos" eram verdadeiros microcosmos da globalização: eles utilizavam barcos chineses, tripulados por marinheiros filipinos, assegurado por samurais japoneses para invadir nações como a Coreia.


Futuramente, os europeus utilizariam esses mercenários ao seu favor para colonizar a Indonésia, Taiwan e Filipinas.


Em todo caso, com a chegada do século 16, diferentes povos do Sudeste Asiático deixariam momentaneamente suas diferenças de lado para se unir contra os colonos espanhóis e neerlandeses.

Nessa edição, abordaremos nações como o Reino de Khmer no Camboja, o Reino de Srivijaya na Indonésia, o Shogunato de Tokugawa do Japão e a história de navegadores que desafiaram colonos europeus pelos mares do Pacífico 💥

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Feb 02, 202401:51:12
A Rainha Pirata: Zheng Yi Sao #113

A Rainha Pirata: Zheng Yi Sao #113

O pirata mais bem-sucedido da história não foi um homem: foi uma mulher chinesa.

Ao contrário da maioria dos piratas que saqueavam navios durante 1 ou 2 anos e geralmente morriam em batalha, Zheng Yi Sao esteve na ativa por 9 anos.

Dona de uma frota pessoal de mais de 1400 piratas e 24 navios, ela construiu uma fortuna baseado em saques, contrabandos e extorsão.


A pirata ainda comandou uma Confederação de Piratas composta por 5 diferentes frotas que navegava pelo Mar do Sul da China.


Com 400 navios e 70 mil homens ao seu dispor, Zheng Yi Sao planejou, coordenou e realizou saques à navios chineses, britânicos e portugueses nos primeiros anos do século 19.


Através de uma rede de inteligência e monitoramento, Zheng Yi Sao conseguiu até mesmo monopolizar o comércio marítimo de sal na China.


Considerada como uma ameaça nacional, a Marinha Chinesa teve que aliar-se a Marinha Britânica e Portuguesa para tentar captura-la.


Em todo caso, os resultados não foram satisfatórios: aos montes, almirantes britânicos e portugueses tornaram-se reféns nos porões da pirata.


Escondendo seus navios em baias e cavernas, os piratas tornavam inútil qualquer ajuda estrangeira que desconhecia da geografia local.


Além da pirataria, Zheng Yi Sao ainda diversificou sua carreira e construiu diversas casas de jogos em Guangzhou e Macau.

Parecia que ninguém conseguia impedi-la. Será?


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Jan 25, 202403:01:22
Pirataria no Caribe #112.5

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Em qualquer continente e época do mundo, existiram piratas.


Eles podiam ser simples agricultores, como os vikings, podiam ser caçadores, como os bucaneiros ou até almirantes renomados, como os corsários britânicos.

Um pirata temido por um povo, era normalmente um navegador renomado de outro.


Por exemplo, no século 15, o navegador otomano Oruç Reis era conhecido como um pirata feroz entre os marinheiros europeus, mas aclamado como herói no Império Otomano.


Semelhantemente, o capitão inglês Sir Francis Drake, um herói para os britânicos, era chamado de pirata pelos espanhóis. 


Em todo caso, existe uma localização e época específica que sempre vem à mente quando se fala de pirataria: o Caribe 🏝️


Seja pela influência de livros e filmes, sempre pensamos nos clássicos piratas que navegavam pelo caribe, de ilha em ilha.


Pensamos em papagaios, tesouros escondidos e homens com vestes coloridas.


Tudo isso realmente aconteceu? É o que descobriremos nesse episódio!


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Jan 02, 202402:03:38
Pequim: A Cidade Proibida #112

Pequim: A Cidade Proibida #112

Pequim, China, 1420


A Cidade Proibida de Pequim foi construída por mais de 1 milhão de trabalhadores ao longo de 14 anos.


Seguindo uma série de princípios estéticos, todo detalhe arquitetônico e artístico dos palácios reafirmavam que o imperador era o filho do céu na terra.


Esse complexo, conhecida como Cidade Púrpura, foi mais tarde chamada pelos chineses de “Cidade Proíbida” por um motivo muito claro: os seus 980 palácios eram todos restritos aos chineses comuns.


Tudo que o imperador da China Zhu Di fez ao longo de seu reinado de 24 anos foi em uma escala monumental, que buscava transmitir grandeza e glória.


A Cidade Proibida de Pequim era apenas um desses exemplos: junto dela, o imperador ordenou a construção de navios com 100 m de extensão, para compor a maior marinha do mundo.


A Frota do Tesouro, comandada pelo eunuco Zheng He, viajou até lugares tão distantes como o atual Iêmen e o Quênia. Graças às riquezas desse comércio marítimo que foi possível construir a Cidade Proibida de Pequim.


Parecia que a China tinha uma prosperidade sem limites diante de si. Mas só parecia mesmo. Pois a magnitude das obras do imperador era equivalente ao tamanho do seu ego e dos erros que ele cometeria.


O período de maior expansão externa da China foi seguida pelo período de seu maior isolamento.


Ironicamente, a China retirou-se dos mares justamente quando os europeus tentaram encontrar uma rota marítima para a Índia.


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Dec 23, 202303:32:20
A Frota do Tesouro da China #111

A Frota do Tesouro da China #111

Nanjing, China, 1403.

A Frota do Tesouro da China foi a maior Frota Marítima já reunida da história 🇨🇳

Com 317 navios e 27 mil pessoas, uma marinha maior que a chinesa só seria reunida 500 anos depois, durante a 1º Guerra Mundial.

Com embarcações com mais de 130 metros de comprimento, o mundo só veria barcos maiores no século 19, com a invenção dos barcos à vapor.

Comandada pelo eunuco Zheng He, milhares de navios chineses navegaram em conjunto até a Tailândia, Vietnã, Malásia, Indonésia, Sri Lanka, Índia, Somália e Quênia.


Essas viagens, com finalidades diplomáticas e econômicas, estenderam o poder político e a influência da China em todo o Oceano Índico, impactando até mesmo a Austrália.


Entre os anos de 1405 a 1433, graças aos seus investimento na tecnologia naval, a China tornou-se a maior potência ultramarina no mundo.


Nov 29, 202303:01:15
A China Medieval em Alto Mar #110.5

A China Medieval em Alto Mar #110.5


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China, Hangzhou, 1298 dC

Na época medieval, enquanto boa parte da Europa estava fechada em feudos, a China possuía metrópoles com mais de 1 milhão de habitantes.

Ao visitar a cidade de Hangzhou, Marco Polo escreveu:


“Essa cidade é maior do que qualquer outra no mundo. Aqui há 12 distritos murados e em cada um deles há cidades maiores que Veneza ou Pádua."


Os mercados da cidade eram abastecidos diariamente com produtos internacionais, trazido por barcos vindos da Malásia, Índia, Indonésia, Pérsia, Madagascar e Península Arábica.


No século 13, os navios chineses eram os maiores do mundo: podiam ter até 100 metros de comprimento, levando uma tripulação de mil homens.


Zhou Qufei escreveu no seu livro Lingwai Daida:


“Os navios que navegam no mar são como casas. Quando suas velas estão abertas, eles são como grandes nuvens no céu.


O viajante árabe Iban Batutta relatou que as embarcações chinesas possuíam até mesmo jardins a bordo, com vegetais e ervas cultivados em cubas de madeira.


Os navios de guerra do imperador eram igualmente equipados com as últimas tecnologias da época, como lança-chamas, minas explosivas, bombas de fumaça, equipamentos contra incêndios e aríetes.


Auxiliados pela bússola náutica - uma tecnologia chinesa - a Marinha Chinesa subjulgou diversas protências próximas através de grandes batalhas navais, como a Coreia.


Nesse episódio, abordaremos mais de 1.300 anos da história da China, em uma edição repleta de cultura, tecnologia, comércio, crises dinásticas, mongóis e muitas viagens pelo oceano.

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Nov 06, 202301:49:41
O Filho de Saddam: Uday Hussein #110

O Filho de Saddam: Uday Hussein #110

Bagdá, Iraque, 1993


O filho de Saddam Hussein tornou-se a pessoa mais odiada do Iraque, mais que seu próprio pai.


Por que?


Sádico, mimado, violento e explosivo, Uday Hussein tinha acesso a uma riqueza interminável, tornando-o possível de fazer qualquer coisa, em qualquer lugar.


Uday Hussein já tinha executado pessoas em festas em Bagdá, abusado sexualmente de meninas menores de 18 anos, torturado atletas olímpicos por perderem partidas e muito mais.

Qualquer brincadeira ou desrespeito com Uday poderia significar meses de tortura ou morte.

Com dezenas de palácios, milhares de carros de luxo, roupas de marca, animais exóticos contrabandeados e armas folheadas a ouro, Uday Hussein exibia sua riqueza tal como sua violência.


Sem amigos e constantemente movido à álcool e cocaína, Uday Hussein tinha até mesmo um dublê com sua aparência e altura, para confundir mercenários que tentassem assassina-lo.

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Oct 20, 202303:26:04
A Babilônia de Saddam #109.5

A Babilônia de Saddam #109.5

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Babilônia, 2300 aC


No braço do rio Eufrates, uma verdadeira capital imperial floresceu, a ponto de ser tornar a maior cidade do mundo em 2 séculos diferentes.


Conhecida por sua arte, arquitetura, templos, bibliotecas, coleções reais e leis rígidas, a Babilônia era mantida através de uma combinação de poder e medo: medo da inundação dos rios, medo da guerra, medo dos deuses e medo, especialmente do rei.


O rei assírio Sargão II que governou a Babilônia entre 721-705 AC disse sobre si mesmo: “Deixei para trás um terror que nunca será esquecido”


O monarca, autoridade real, era inquestionável e tinha o poder da vida e da morte sob seus súditos.


A união da arte, poderio militar e medo, centralizado em um só governante, iria 4 milênios depois causar fascínio em um menino iraquiano cujo nome significava “aquele que confronta.” Embora fosse assim nomeado, Saddam não tolerava ser confrontado.


Tal como um rei babilônico, Saddam queria, e teve, durante o período que governou o Iraque, controle sob a vida e morte de seus súditos.


Suas técnicas de propaganda política, de guerra e culto à personalidade lhe firmavam como um líder cruel, inquestionável e messiânico.


Fascinado pela história mesopotâmica e considerando-se um descendente dos assírios, em 1983 Saddam Hussein anunciou que iria "reconstruir" a tão lendária Babilônia.


Mas suas obras não tinha nenhum objetivo histórico ou arqueológico: eram pura auto-propaganda.


Sob um grande colina que apelidou de "Monte Sadam" Saddam projetou um grande palácio na Babilônia, como triunfo do seu poder.


Hoje, passado 20 anos após a queda de Saddam, o seu palácio babilônico tornou-se uma concha fantasmagórica.


Com vidros quebrados e paredes pichadas, adolescentes e turistas fumam e escutam música nas vastas varandas de Saddam, com vista para a espantosa expansão da Babilónia.

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Oct 10, 202301:20:06
O Iraque da Família Hussein #109

O Iraque da Família Hussein #109

Iraque, 2003.


Governado por Saddam Hussein durante 24 anos, o Iraque foi considerado parte de um “eixo do mal” de acordo com o ex-Presidente dos Estados Unidos, George W. Bush.


Chamado de o “louco do Oriente Médio” Saddam era acusado de financiar organizações terroristas, invadir países como o Irã e Kuwait, utilizar armas químicas em civis e de perpetuar sua família em posições de poder.


Saddam tinha, de fato, feito tudo aquilo que lhes acusavam. De tudo isso, ele só não só não era um louco. Saddam não era impulsivo, agia com critério e era bajulado por vários líderes internacionais.


Com um complexo messiânico de poder ilimitado, agressão desenfreada, uma perspectiva paranóica e aspirante à monarca, Hussein se considerava destinado a liderar todos os povos árabes a viver sob uma mesma nação, em uma ideologia conhecida como pan-arabismo.


Considerando-se um descendente do rei babilônico Nabucodonosor, do profeta Maomé e do sultão Saladino, Saddam queria ser lembrado como um grande conquistador do mundo árabe.


Constantemente rodeado de conselheiros, guarda-costas e dublês, todos tinham medo de contradizê-lo.


Junto com seus dois filhos, Udey e Qusay, a família Hussein controlava quase todos os assuntos nacionais do Iraque: política, esporte e a cultura.


Em 1991, Saddam Hussein teve em suas mãos o 6º exército mais poderoso do mundo, financiado pelo seu maior parceiro comercial, os Estados Unidos.

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Oct 03, 202302:29:32
Angola, Gana e os Retornados #108.5

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Em 1829, em Salvador, Bahia, o navio Salisbury partiu com 7 famílias de africanos com destino para Acra, capital de Gana, uma colônia neerlandesa.


Ao chegarem na chamada "Costa do Ouro" os afro-brasileiros, que voluntariamente migraram para a região, foram apelidado pelos nativos locais de "tabom" pois corriqueiramente falavam em português “tá bom!”.


Os retornados fundaram uma rua em Acra, chamada de "Rua Brasil" que rapidamente ficou lotada de sobrados construídos em estilo brasileiro pelos tabom.


Trabalhando como pedreiros, carpinteiros, alfaiates, ferreiros e ourives, ao longo do tempo os tabom tornaram-se uma elite em Gana, adminsitrando a política, educação, advocacia e até mesmo a saúde do país.


O retorno dos tabom para Gana inspirou outros africanos em Salvador a migrarem para África.


Em 1851, um liberto africano chamado de Joaquim Nicolau de Brito, foi o signatário da carta em que um grupo de mais de uma centena de libertos solicitou apoio governo britânico para uma cidade chamada de Cabinda, no litoral de Angola.


Na carta, Joaquim de Brito escreveu:


"O melhor lugar para os libertos africanos e seus descendentes livres, residentes no Império do Brasil, irem e fundarem uma cidade é o lugar chamado Cabinda, no Sudoeste da África."


De acordo com a carta, eles tinham o objetivo de "levar a civilização, redimindo os africanos de um modo de vida que tanto lhes prejudicava."


Diferente de Acra, os africanos que se estabeleceram em Angola - uma colônia portuguesa - seriam atravessados por fortes questões coloniais e políticas.


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Sep 20, 202301:23:34
Agudás: os Ex-Escravizados que Voltaram à África #108

Agudás: os Ex-Escravizados que Voltaram à África #108

No Brasil do século 19, os africanos que conseguiam comprar sua liberdade tinham a opção de "retornar" à África.

Para as autoridades brasileiras, os ex-escravizados libertos, sejam africanos ou não, eram um empecilho à modernização do país que visava estimular a migração européia e branca.

Assim, sucessivas leis discriminatórias foram postas em prática, que não reconheciam de nenhuma forma ex-escravizados libertos como cidadãos brasileiros, nem mesmo aqueles libertos que tinham nascido no Brasil.

Tudo isso tinha uma premissa clara: expulsar os libertos do Brasil. Para onde eles iriam? Nos olhos das autoridades, de onde eles tinham vindo: da África

Um liberto que topava fazer essa viagem, levava um sonho de viver seus últimos dias na terra em que nascera, na terra em que seus ancestrais foram enterrados.

Assim, de 1835 - 1866, uma média de 400 libertos por ano estavam indo para a África. Ao longo do tempo, a comunidade desses retornados expandiu ao ponto que chegou a 7 - 8 mil pessoas no final do século 19.


Entretanto, ao chegar ao continente africano, muitos deles lidaram com desafios que jamais imaginariam. Seus principais povos de origem e aldeias, tinham sido exterminados ou tinham migrado. Eles foram forçados a morar em locais da costa da África que nunca tinham morado anteriormente.


No Benin, esses retornados brasileiros foram apelidados de Agudás. No Togo, são chamados de amarôs. Em Gana, são chamados de Tabom.


Nos povoados que formaram na costa da África, os libertos construíam suas casas semelhante aos sobrados do Brasil, comiam pratos como feijoada e até dançaram festas como bumba-meu-boi


Até 1920 o português era a principal lingua falada entre eles e até a década de 1970, alguns descendentes lembravam de provérbios, canções e expressões em português.


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Sep 11, 202303:48:19
Imperialismo Britânico no Egito #107

Imperialismo Britânico no Egito #107

Em 1882, o Egito tornou-se um protetorado britânico, embora já estivesse sofrendo uma profunda influência europeia há quase um século.


Desde 1801, o governante egípcio Muhammad Ali havia aplicado moldes europeus nas instituições, escolas, exército e nas cidades egípcias.


Graças a isso, os britânicos garantiram posições de poder no país, liderando cargos científicos e burocráticos.


Acumulando riqueza, eles compravam grandes plantações e construíram suas mansões longo do Nilo.


Tamanha foi sua influência, que um dos projetos comerciais mais ambiciosos do mundo - o Canal de Suez - foi proposto e executado no Egito em 1869 através de firmas europeias.


Curiosamente, o Egito não tinha direito algum de usufruir dos lucros do canal: eles pertenciam apenas aos britânicos e franceses.

Em uma tentativa de se adequar aos moldes europeus e transformar Cairo em uma "Paris no Nilo" o Egito afundou-se em dívidas que obrigaram-lhe a ceder sua autonomia a Grã-Bretanha.

Com a oficialização da ocupação britânica em 1882, um regime praticamente colonial foi instaurado, segregando a capital em bairros para europeus e bairros para egípcios.


Em uma passagem do livro "Os Condenados da Terra” o autor Frantz Fanon escreve sobre Cairo, que:


“ O mundo colonial é um mundo cortado em dois.


Embora opostos, a cidade colonial depende de seu oposto oriental. A cidade do colono é uma cidade fortemente construída de pedra e aço. É uma cidade bem iluminada; as ruas são de asfalto e as latas de lixo engolem os restos, invisíveis, desconhecidos e mal pensados. As ruas são limpas, planas e sem buracos. A cidade do colono é uma cidade bem alimentada; sua barriga está sempre cheia de coisas boas. A cidade do colono é uma cidade de brancos, de estrangeiros, de europeus.


Já a vila dos colonizados, a vila nativa, a aldeia, a medina, é um lugar de má fama, povoado por homens de má reputação. Eles nascem lá, pouco importa onde e como se alimentam; eles morrem lá, não importa onde, nem como. É um mundo sem espaço; onde as cabanas são construídas umas em cima das outras. A cidade nativa é uma cidade faminta, faminta de pão, de carne, de sapatos, de carvão e de luz. A cidade nativa é uma aldeia agachada, uma cidade de joelhos, uma cidade chafurdando na lama. É uma cidade de estômagos vazios e de pés descalços. A vila nativa é uma cidade de negros e árabes.“


No início do século 20, diversas guerrilhas rurais e urbanas surgiram por todo o Egito, clamando por independência.


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Aug 21, 202305:01:17
Egitomania: Entre Faraós e Obeliscos #106

Egitomania: Entre Faraós e Obeliscos #106

Em 1922, arqueólogos britânicos encontraram a primeira tumba intacta de um faraó no mundo: a tumba do Rei Tutancamon.


Rapidamente o “Rei Tut” tornou-se um fenômeno midiático na Europa e nos Estados Unidos.


Músicas, livros e filmes foram produzidos em sua homenagem: era uma verdadeira Egitomania.


Na sociedade britânica, os homens passaram a vesitr casacos com botões com a forma de cabeça de Tutancamon, enquanto as mulheres usavam broches no cabelo com forma de escaravelhos.


Os pertences encontrados na tumba do faraó, como cadeiras, jóias e estátuas, revolucionaram a arquitetura e a moda europeia.


Edifícios britânicos foram construídos com colunas egípcias em suas fachadas, com seus interiores com móveis inspirados nos pertences Tutancamon.


O fascínio com o Egito chegou a tal ponto que um escocês, chamado de James Alexander, iniciou uma campanha de arrecadamento público para construir um navio e transportar um obelisco de mais de 200 toneladas do Egito até Londres.


Sua mobilização foi um sucesso, sendo o motivo pelo qual existe um obelisco egípcio no meio de Londres.


O fascínio dos britânicos com o Egito também revelava uma profunda preocupação da sociedade vitoriana: o Egito, uma das civilizações mais poderosas do mundo, agora era uma nação de ruínas.


Os ingleses, queriam evitar que o Império Britânico colapsasse de forma semelhante.

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Jul 28, 202303:19:16
O Egito no Imaginário dos Europeus #105

O Egito no Imaginário dos Europeus #105

Em 1798, o general francês Napoleão Bonaparte, com 29 anos, escreveu:


“Minha glória já desapareceu. Devo procurá-la no Oriente. Esta pequena Europa não é o suficiente."


Para Napoleão, o Egito era uma terra faraônica e bíblica, de imperadores como Alexandre o Grande e Cleópatra.


Era o espaço de uma civilização "perdida" que havia construído os monumentos mais impressionantes da Antiguidade.


Embora o Egito fosse tudo isso, a realidade mostraria para Napoleão que seus conhecimentos sobre o país estavam desatualizados e envoltos em romance.


Em pouco tempo, a conquista militar do Egito por Napoleão se mostrou um fracasso completo.


Durante a campanha, os franceses assassinaram milhares habitantes egípcios, assim como turcos e sírios. Os próprios soldados de Napoleão sucumbiram em números ainda maiores pela peste.


A derrota militar de Napoleão no Oriente Médio foi explícita para todos, mas o mesmo não pôde ser dito sobre a sua "conquista científica".


Além do seu exército, Napoleão trouxe 167 cientistas para estudar o Egito.


A cada novo templo e tumba que era escavado pela expedição científica de Napoleão, o público europeu ficava cada vez mais eufórico pelas últimas revelações no país.


Aos poucos, uma verdadeira euforia começou a apossar-se das mentes e dos corações dos europeus em relação ao Egito.


Todos queriam saber quem foi Ramsés II, Nefertiti ou que segredos estavam escondidos no templo de Luxor.


Enciclopédias, romances e guias ilustrados sobre o Egito começaram a ser comercializados nas principais metrópoles franceses, britânicas e austríacas.


Aproveitando-se daquele fenômeno, Napoleão ordenou a confecção de diversos manuais descritivos do país, aumentando ainda mais o interesse popular pelo país.


Graças a essa euforia, Napoleão não foi visto como um general inexperiente e fracassado, mas sim como um conquistador "científico" que trouxe "luz" ao decrépito país.


Para os europeus, o Egito se tornou um fenômeno cultural.


Entretanto, para os egípcios, a Europa tornou-se o sinônimo de colonização e brutalidade.


Enquanto os europeus idealizavam o Egito em Londres ou Paris, na vida real, os soldados franceses em Cairo desprezavam o islã, entravam com suas botas sujas nas mesquitas e eram truculentos com os vendedores nos bazares.


Era um paradoxo: enquanto os europeus desprezavam o Egito e a civilização árabe, eram fascinados por aquele Egito romantizado.

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Jul 14, 202304:22:52
Cairo no Islã Medieval #104

Cairo no Islã Medieval #104

Cairo, a capital do Egito, foi no século 14 uma das maiores cidades do mundo 🇪🇬

Seus bazares, mesquitas e escolas religiosas eram ocupados por mais de meio milhão de habitantes.

Localizado em uma importantíssima rota comercial de especiarias entre a África e a Ásia, Cairo se firmava não só como uma potência comercial, mas também como uma potência universitária.

As suas mais de 30 escolas religiosas fundadas no século 14, ensinavam ciências exatas, humanas e religiosas aos locais e à estrangeiros 🕌

Até mesmo reis de impérios distantes faziam longas peregrinações para ver com os seus olhos o suposto esplendor que aquela cidade tinha.

Como exemplo, o Rei do Império de Mali, Mansa Musa, visitou Cairo duas vezes e como forma de agradecimento pela recepção que teve, distribuiu moedas de ouro a todos os seus habitantes.

Entretanto, tal como Roma, Cairo não foi construída em um único dia.

Ela foi edificada através de séculos, pelas mãos de persas, judeus, romanos, cristãos, árabes, omíadas, fatímidas, abássidas e muitos homens e mulheres livres e escravizados. 

Essa é uma história na qual o personagem principal, será a cidade de Cairo.

Tal como um ser vivo, nesse episódio passaremos pelo seu desenvolvimento ao longo do tempo: contando a origem e desenvoltura da cidade, transitando pela ascensão e queda de muitos califados e impérios.

Além disso, esboçaremos a Época de Ouro Islâmica, tal como as Cruzadas do ponto de vista do líder egípcio, Saladino ⚔️

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Jun 22, 202303:35:21
Os Movimentos de Ódio nos EUA - Parte 2 #103

Os Movimentos de Ódio nos EUA - Parte 2 #103

Nesse século 21 os Estados Unidos já iniciaram duas guerras fora do seu país: uma no Iraque e outra no Afeganistão.

Os flagelos desses conflitos retornaram até os EUA, curiosamente, através dos próprios soldados que deveriam proteger o país. 

Radicalizados, os veteranos de guerra acabaram tornando-se os principais responsáveis por fundar uma série de grupos supremacistas e neonazistas. Utilizando seu conhecimento bélico, eles foram responsáveis diversos atentados à bomba e tiroteios contra aqueles que consideravam "inimigos da América"

Inspirando-se diretamente na antiga Klu Klux Klan, os grupos de ódio  nos EUA proliferaram nos últimos anos, adotando uma tática e ideologia militar em seu cerne.

Como exemplo, o fundador do grupo neonazista "Atomwaffen", Brandon Russell, é veterano da guerra do Iraque, enquanto o fundador do grupo neonazista "A Base", Rinaldo Nazzaro, trabalhou no serviço de inteligência dos EUA no Iraque e no Afeganistão.

Quando a Invasão do Capitólio em Washigton DC ocorreu nos Estados Unidos, em janeiro de 2021, dos 897 indiciados, 118 tinham antecedentes militares. 

Outros grupos de ódio como os Proud boys, A Base, Three Percenters e integrantes do Movimento boogaloo, são apenas alguns dos vários exemplos de grupos extremistas ativos hoje no país hoje.
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Jun 02, 202304:23:25
Os Movimentos de Ódio nos EUA - Parte 1 #102

Os Movimentos de Ódio nos EUA - Parte 1 #102

Hoje, existem cerca de 1221 grupos paramilitares supremacistas nos Estados Unidos; movimentos de ódio fundados principalmente por veteranos de guerra.


Devido a estresse pós-traumático e dificuldade para se reinserir na sociedade, diversos homens brancos ao retornar para casa mesclam suas visões militaristas e políticas.


Isso os leva a fundarem grupos paramilitares de direita, um costume recorrente nos EUA há mais de séculos. Por exemplo, em 1865, após a Guerra Civil Americana, o general confederado Nathan Bedford Forrest, voltou para sua casa no Tennessee e fundou a Klu Klux Klan.


Isso também aconteceu após a Segunda Guerra Mundial, quando o piloto George Rockwell voltou para os EUA e fundou o partido Nazista Americano.


Da mesma forma, após retornar da Guerra do Vietnã na década de 1970, Louis Beam reformulou a Klu Klux Klan, criando o conceito de células independentes e membros que atuassem como "Lobos Solitários".


Antes do 11 de setembro de 2001 o maior atentado terrorista dos EUA foi feito dessa forma em 1995: um veterano da Guerra da Golfo, Timothy McVeigh, detonou sozinho uma bomba em Oklahoma City, matando 168 pessoas.


No século 21, as guerras no Iraque e Afeganistão igualmente radicalizaram uma geração de veteranos, responsáveis por fundar uma série de grupos supremacistas e neonazistas.


Como exemplo, o fundador do grupo neonazista "Atomwaffen", Brandon Russell, é veterano da guerra do Iraque, enquanto o fundador do grupo neonazista "A Base", Rinaldo Nazzaro, trabalhou no serviço de inteligência dos EUA no Iraque e no Afeganistão.


Embora fundado por ex-militares, a maioria dos integrantes dos grupos são jovens solitários sem treinamento militar, que descobriram a existência das organizações em redes sociais, sites de notícias ou por influencers de extrema-direita.


Entretanto, a prioridade dos grupos de ódio são sempre recrutar membros com instruções bélicas: O aplicativo do grupo neonazista "A Base" tinha um questionário para saber se o recruta tinha conhecimento com explosivos, engenharia reversa e combate militar.


Através de assassinatos e atentados à bomba, os principais alvos das organizações são mesquitas, igrejas afro-americanas, assim como espaços de congregação de imigrantes e integrantes de esquerda, como boates, parques ou manifestações.

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May 26, 202303:50:55
Quando a Klan treinou os Nazistas #101

Quando a Klan treinou os Nazistas #101

O número de milícias neonazistas nos EUA explodiu a partir de 1950.

Todos utilizavam a Primeira Emenda do país - que garante o direito à liberdade de expressão - e a Segunda Emenda - que garante o direito à porte de armas - como respaldo para existirem.

Mas por que esse crescimento abrupto ocorreu?

Em parte, devido à Klu Klux Klan. Depois de introduzir uma série de valores racistas e antissemitas no país, a Klan entrou em declínio após a 2º Guerra Mundial, mas seus princípios influenciaram uma geração de novos líderes supremacistas.

Um deles, foi um político americano chamado George Lincoln Rockwell, que em 1959 formou o Partido Nazista Americano.

Agora, influenciados pelo Partido Nazista Americano e por outros grupos associados a Klu Klux Klan, as milícias supremacistas cristãs proliferaram, com o acesso à metralhadoras semiautomáticas, explosivos e minas terrestres.

Através de atentados com carros-bomba e missões suicidas, os grupos tinham a intenção de assassinar "traidores da pátria" e fazer uma "limpa" na sociedade.

Os grupos também tinham seus próprios jornais, canais de rádio e livros, que serviram de base ideológica para mobilizar outros possíveis membros.

Uma das milícias mais influentes da época foi o "A Aliança, A Espada e o Braço do Senhor". Considerados "exóticos" pela mídia, seus membros eram entrevistados na televisão e apareciam em reportagens por todo país.

Toda essa visibilidade acabou dando mais alcance ao grupo, levando a outros homens brancos racistas a aliarem-se à organização.

As ideias de tais organizações foram impressas em diversos livros, que tornaram-se um "guia" para diversos outros líderes de guerrilhas de extrema-direita na década de 1960 e 1970.

Um dos mais influentes foi o livro "Diários de Turner" dizia que afro-americanos, gays, judeus e comunistas estavam infiltrados no governo dos EUA preparavam-se para iniciar um "governo mundial"

Por isso - de acordo com o livro - era de suma importância que homens brancos deviam unir-se em grupos armados, para impedir que os EUA fossem dominados por "raças-impuras".

Entre as décadas de 1960-1990, o livro "os Diários de Turner" foram citados como inspiração em pelo menos 40 ataques terroristas, homicídios e crimes de ódio.

Em 1997, o governo dos EUA identificou cerca de 380 diferentes milícias com acesso à armas de guerra e outros 478 grupos patriotas que eram uma possível ameaça nacional.

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May 15, 202305:14:20
Klan: O Renascimento de um Império #100

Klan: O Renascimento de um Império #100

Em 1925, a Klu Klux Klan tinha mais de 6 milhões membros, infiltrados em todos os setores da sociedade dos Estados Unidos.

 

No estado da Indiana mais de 30% da população era filiada à Klan; no Oregon, 40%.

 

Contra a imigração, o álcool e a integração racial, todos que desvirtuassem dos seus princípios estavam condenados a linchamentos e execuções.

 

No sul, a organização influenciou outros movimentos suprematistas, responsáveis por destruir as residências, lojas e bairros de afro-americanos.

 

Apenas em 1919, mais de 60 desses ataques ocorreram, o que levou à milhões de afro-americanos deixarem o sul para morar no norte e oeste do país.

 

Um imigrante chamado Henry Adams, que deixou a cidade de Shreveport, Louisiana, falou que: 

 

“Todos os estados do Sul caíram nas mãos dos mesmos homens que nos escravizaram. "

 

Empregando profissionais de relações públicas, um jornal próprio e até uma banda musical, a Klan tornou-se multifacetada:

 

Havia uma sessão da organização destinada à meninos adolescentes, a "Junior Ku Klux Klan", enquanto as meninas ingressavam na "Tri-K-Klub" e crianças e bebês, na “Ku Klux Kiddies”

 

Havia também um clube específico para mulheres: a Women of the Ku Klux Klan foi criada em 1923, conquistando 250 mil membros em poucos meses.

 

Esses clubes eram mobilizados para organizar desfiles, palestras, comícios e boicotes a empresas locais pertencentes a afro-americanos, católicos e judeus. 

 

Espalhando-se em uma velocidade recorde, a KKK chegou até o Canadá, onde fazia oposição a imigração afro-americana e a grupos católicos.

 

A Klan estava até mesmo nas telas de cinema: um filme que vangloriava os Cavaleiros da Klan, chamado "O Nascimento de uma Nação" fez tanto sucesso no país que foi exibido dentro da Casa Branca e para o Presidente Woodrow Wilson, que disse: 

 

“É tudo terrivelmente verdadeiro.“

 

Tamanho foi a força da Klan que em 8 de agosto de 1925 mais de 50 mil membros marcharam na frente da Casa Branca, em Washington.

 

Entretanto, a Klan encontrava resistência de diversos grupos, como a Associação Nacional para o Avanço das Pessoas de Cor, a NAACP, que denunciava os abusos do grupo, realizando lobby contra os governadores e prefeitos inseridos pela KKK.

 

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Apr 14, 202303:30:21
KKK: O Império Invisível #99

KKK: O Império Invisível #99

A Klu Klux Klan foi um verdadeiro império que conquistou o coração e mentes de milhões de cidadãos brancos dos Estados Unidos.

 

Embora não tivesse capital, nem imperador, o império da Klan era invisível, pois estava em todo lugar.

 

Com milhões de integrantes, milhares de financiadores e centenas de pessoas capazes de protegê-la, a Klan foi responsável por vigiar e punir qualquer um que desvirtuasse de seus princípios.

 

Tendo como seus princípios a defesa da raça anglo-saxã, do protestantismo e da segregação racial, a Klu Klux Klan atuou como uma verdadeira autoridade em espaços rurais e urbanos nos EUA por mais de um século.

 

Em muitas localidades, sua importância superava o de xerifes, prefeitos e governadores.

 

Estava nas mãos da Klan e de seus “cavaleiros” o poder de tirar a vida de qualquer um que quisesse.

 

A organização lançou as raízes na política e na sociedade de todos os Estados Unidos, cujos valores reverberam até hoje.

 

Fundada em 1865, logo após o fim da guerra civil, a KKK teve, no seu auge, por volta dos anos 1920, mais de 6 milhões de associados oficiais, isso sem contar suas células paralelas e grupos aliados.

 

A organização teve, entre seus associados, governadores, delegados, militares, legisladores e empresários, que muitas vezes eram amparados pela lei. 







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Mar 29, 202302:56:45
O Povo Versus a Coca-Cola #98

O Povo Versus a Coca-Cola #98

Os Estados Unidos é o país que concentra mais megacorporações no mundo: de 2000, cerca de 590 estão lá.


Na posição número 100º, está a Coca-Cola: uma marca que é muitas vezes considerada como a segunda bandeira do país.

 

Fundada em 1892 como uma bebida tônica para dar mais energia, rapidamente ganhou os paladares de pessoas influentes em todo mundo: o autor estadunidense Ernest Hemingway era conhecido por bebe-la regularmente, tal como o inventor Thomas Edison, que possuía uma grande quantidade de refrigerantes no seu laboratório. 

 

Entretanto, a bebida também ganhava críticos: o líder indiano Mahatma Gandhi incentivava seus seguidores a boicotar a bebida por causa de seu papel na exploração do trabalho infantil e das práticas comerciais desonestas. 

 

Em 1904, o chefe do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, o Dr. Harvey Washington Wiley, falou sobre isso que:

 

"A Coca-Cola é uma das fraudes mais flagrantes na história da alimentação e das bebidas. É um veneno insidioso e lento, que inevitavelmente irá minar a saúde do usuário. Eu me recuso a permitir que meus filhos usem isso". 

 

Apenas 12 anos depois da Coca ser fundada, outro tônico surgiu, a Pepsi, inicialmente apenas para combater a indigestão.

 

Mais tarde, ela firmou-se como a principal concorrente da Coca, representando os valores de consumidores mais ousados e jovens, diferentes dos valores tradicionais da coca. 

 

Ambas as marcas espalharam por todos os continentes do mundo e foram parar até mesmo nas mãos de soldados nos campos da 2º guerra mundial.

 

Quase 100 anos depois da fundação da Coca e da Pepsi, as duas empresas possuíam as mesmas fórmulas químicas que tinham desde o século 20.

 

Entretanto, no ano de 1985, tudo isso iria mudar, em uma ação que alguns historiadores consideram como o “erro de marketing do século”.

 

Durante 79 dias, a Coca-Cola foi alvo de intensos protestos, em um episódio que envolveu tráfico internacional de bebidas, psicologia de massas, Guerra Fria e até mesmo Fidel Castro e Michael Jackson. 



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Mar 13, 202304:46:13
Guerra de Canudos #97

Guerra de Canudos #97

Em 1897, uma verdadeira guerra civil ocorreu no Brasil: mais de 11 mil soldados do Exército Brasileiro foram mandados para massacrar os 25 mil camponeses de Canudos.

 

Os militares receberam ordens claras de massacrar todos os habitantes do povoado e reduzir a cidade à cinzas.

 

Porém, Canudos não se rendeu.

 

Embora seja muitas vezes definido erroneamente como uma rebelião religiosa, Canudos foi muito mais do que isso: foi um conflito intimamente ligado à posse e a concentração de terras no sertão. 

 

A cidade de Canudos, um local de abrigo para aqueles que estavam desamparados ou perseguidos por desavenças políticas, colocou em xeque o poder de muitos latifundiários e militares, que não podiam mais explorar os camponeses do sertão com tanta facilidade.

 

Assim, militares e policiais de todo o Brasil foram convocados para destruir a cidade de Antônio Conselheiro, sem nenhum embasamento legal para a expedição.

 

Entretanto, Canudos parecia inderrotável.

 

Utilizando táticas de guerrilha, os sertanejos derrotaram 4 expedições do exército brasileiro, levando a baixas vergonhosas para diversos majores, coronéis, generais e oficiais.

 

Após uma guerra exaustiva, os mais de 25 mil sertanejos foram massacrados sem nenhuma discriminação:mulheres, velhos e crianças foram executados pelos soldados.

 

O fecho do livro “Os Sertões” escrito por Euclides da Cunha, é cirúrgico sobre esse aspecto:

 

“Canudos não se rendeu. Exemplo único em toda a História, resistiu até o esgotamento completo." 

 

Mas mesmo com o fim de Canudos, o movimento sertanejo continuou.

As raízes lançadas por Antônio Conselheiro espalharam-se pelo sertão do nordeste.



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Feb 24, 202304:05:23
Canudos: A Jornada de Antônio Conselheiro #96

Canudos: A Jornada de Antônio Conselheiro #96

O que você sabe sobre Canudos e Antônio Conselheiro?

 

Normalmente, Canudos é abordado como uma rebelião desenfreada, um movimento quase religioso, que beirava a seita, conduzido por uma figura que muitos consideravam como um “messias”  chamado de Antônio Conselheiro.

 

Entretanto, Canudos não foi nada disso. 

 

Canudos foi uma sublevação de trabalhadores da terra: uma cidade fundada e administrada, principalmente por Antônio Vicente Mendes Maciel — que viria a ser chamado de Antônio Conselheiro. 

 

Para muitos camponeses do sertão, Canudos  era o único lugar que acolhia os flagelados, que encontraram nele uma forma de se rebelar contra o domínio das elites latifundiárias locais. 

 

Mas muito antes de Canudos, o Conselheiro já era conhecido por todo o Sertão.

 

Vestindo sua característica túnica de algodão, com barbas e cabelos compridos, ele peregrinou ao longo de 20 anos, percorrendo todos os estados do atual nordeste do Brasil.

 

Durante suas peregrinações, além de acolher os necessitados, o Conselheiro construiu diversas obras públicas: ergueu e reformou casas, igrejas e pontes. 

 

Abolicionista, ia de fazenda em fazenda, amaldiçoando os latifundiários escravistas e acolhendo todos os ex-escravizados que podia.

 

Entretanto, as elites desprezavam Antônio Conselheiro, principalmente por desafiar os latifundiários e a igreja da época.

 

Em pouco tempo, as autoridades tentariam dar fim no seu desejo missionário de construir uma cidade igualitária na Bahia.

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Feb 10, 202302:37:48
Todos os Tanques Levam à Tianamen #95

Todos os Tanques Levam à Tianamen #95

O que aconteceu na Praça Tiananmen, em Pequim, em 1989? Ao longo de 49 dias, junto à uma greve de fome, milhares de estudantes chineses ocuparam uma das mais importantes praças no centro da cidade até que suas pautas fossem atendidas pelo governo. Suas demandas envolviam maiores investimentos na educação, fim da inflação, da corrupção, fim do controle de mídia e por uma maior participação popular nas decisões tomadas pelo Partido Comunista. Porém, o movimento com quase 2 meses de duração teve diversas modificações nas suas pautas, muitas inclusive, sequestradas por diferentes grupos. Os protestos que inicialmente pautavam uma maior transparência e reformulação de políticas econômicas, acabou, em certo grau, adotando um tom golpista, que buscava acabar com o Partido Comunista, embora essa não fosse uma opinião apoiada pela maioria dos estudantes chineses. Em um contexto durante a Guerra Fria e a busca de uma hegemonia global, era do interesse de muitos países ocidentais, principalmente dos EUA, que o Partido Comunista de fato sucumbisse e a China ficasse isolada do mundo. Não à toa, enquanto os protestos ainda ocorriam, o movimento foi bombardeado de notícias falsas: jornais como BCC ou Washington Post, em 1980 adotaram um discurso que o movimento era sobre democracia x ditadura ou de capitalismo x socialismo, quando, na verdade, a maioria dos manifestantes eram socialistas. Entretanto, o fim dos protestos, que terminou em confrontos, tiroteios e morte de centenas de civis, foi uma oportunidade de muitas mídias estrangeiras inflarem seus discursos falsos. Embora o governo chinês reconheça que houveram conflitos e mortes em Tiananmen, nas suas palavras, “entre 300 - 500 vítimas” muitas mídias estrangeiras deram números falsos de que 3 mil, 5 mil ou até 10 mil pessoas foram mortas pelo governo chinês em um verdadeiro massacre. Esse oportunismo gerou um legado que reverbera até o dia de hoje: passado mais de 30 anos, o que aconteceu na Praça Tiananmen ainda é imerso em fake news, ainda mais na língua portuguesa, onde pouquíssimos são os conteúdos que se aprofundam sobre o que ocorreu. O fato do assunto ser um tabu político na China, também contribui para que ele permaneça submerso em desinformação. ____________________ Se curte o conteúdo do Geo, agradecemos quem contribuir com nossa campanha mensal no: Picpay: https://picpay.me/geopizza Apoia.se: https://apoia.se/geopizza ou Patreon: https://patreon.com/geopizza Confira a Geostore, nossa loja do Geopizza 👇 https://shopee.com.br/shop/482090101/ ____________________ Fontes completas e dicas culturais no nosso site https://geopizza.com.br/


Jan 30, 202304:42:09
O Partido, os Estudantes e a Praça #94

O Partido, os Estudantes e a Praça #94

No fim da década de 1980, os estudantes universitários de Pequim, na China, foram responsáveis por liderar o maior protesto da história da cidade.

Apenas no ano de 1988, mais de 210 protestos estudantis ocorreram por toda a China.

Eles reivindicavam maiores investimentos na educação, exigindo o fim da alta inflação e da corrupção, tanto na área pública quanto privada.

Os estudantes de Pequim estavam inseridos em um ambiente acadêmico que propiciava o surgimento de manifestações: a maioria das 67 universidades de Pequim estavam próximas umas das outras.

Essa proximidade facilitava a difusão de ideias, pautadas nos dormitórios estudantis e espalhadas até as ruas de Pequim.

As principais mobilizações ocorriam em uma icônica praça no centro da cidade: a Praça Tiananmen, a Praça da Paz Celestial.

A maioria dos estudantes de Pequim dividiam-se entre a ala da esquerda, críticos ao regime de Mao e outros mais à direita, inspirados por pensadores liberais dos EUA.

Embora fossem separados por diferentes princípios, os estudantes eram unidos devido às suas ideias não-conformistas, pois ambos estavam insatisfeitos com o rumo do governo na última década, encabeçado por Deng Xiaoping.

Após sucessivos protestos iniciados por estudantes liberais em 1985, 1987 e 1988, em 1989 o movimento cresceu e foi apoderado por vários setores da sociedade chinesa.

Ao longo dos meses de abril e maio de 1989, mais de 1 milhão de pessoas protestaram na Praça Tiananmen : não apenas estudantes, mas operários, políticos, policiais e até membros do exército chinês.

Muitos integrantes do Partido Comunista Chinês, abriram o diálogo com os estudantes, apoiaram o movimento e até o financiaram.

Por exemplo, o Ministério da Cultura da China foi responsável por doar 360 yuans aos estudantes; um vice-comandante de divisão do Exército de Libertação Popular da China, doou mil; o presidente do Partido da Democracia Progressiva da China, Lei Jieqiong, doou outros mil yuans.

Organizações trabalhistas também entraram no movimento: os Trabalhadores da Companhia Têxtil Geral de Pequim doaram dez mil.

Enquanto isso, a Federação Chinesa de Sindicatos e o Comitê de Angariação de Fundos da Loteria de Bem-Estar Social da China doaram 100.000 yuans cada.

Em 1989, foi registrado que quase 60% da população chinesa apoiava o direito dos estudantes de protestar, com apenas 10% se opondo e 30% sem opinião concreta sobre o movimento.

Em determinado momento, os protestos não estavam mais em Pequim: tinham se espalhado por toda a China: em 19 de maio daquele ano, mais de 400 cidades chinesas estavam envolvidas com os protestos de uma forma ou outra.

O Secretário Geral do Partido Comunista, Zhao Ziyang anunciou que os protestos eram legítimos e as demandas dos estudantes deveriam ser levadas em consideração.

Entretanto, a ala conservadora do Partido Comunista Chinês pensava diferente.

Liderados por Deng Xiaoping, que tinha iniciado suas reformas de liberação econômica, o movimento foi rotulado como burguês e contra revolucionário, encabeçado por alguns estudantes liberais.

De fato, o movimento foi iniciado pelos liberais, mas mais tarde, foi adotado e reconduzido por muitos estudantes de esquerda, que iniciaram uma greve de fome na praça.

Entretanto, aquelas semanas de demonstração popular terminaria de forma diferente do que muitos estudantes imaginavam.


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Dec 26, 202203:31:28
China: Da Revolução à Inflação #93

China: Da Revolução à Inflação #93

A China durante a década de 1980 passou por uma violenta rápida transformação em todos os setores da sociedade 🇨🇳

Tudo estava crescendo: população, economia, inflação e até mesmo a violência urbana.

Após a morte de Mao Tsé-Tung em 1976, os novos líderes do Partido Comunista Chinês começaram a adotar medidas que podiam ser vistas como anti-maoístas 👀

Por exemplo, enquanto em 1970 a propriedade privada era abolida na China, em 1978 - 2 anos após a morte de Mao - o Partido Comunista comunicou que agora as empresas chinesas privadas se tornariam um “importante componente da economia”.

O novo líder da China, Deng Xiaoping, instituiu um programa chamado de as “4 Modernizações”: reformas na indústria, na agricultura, na ciência e nas forças armadas chinesas.

Muitos chineses consideravam Deng Xiaoping um anti-revolucionário, vendido para o capital estrangeiro. Entretanto, Deng Xiaoping se dizia socialista, mas que apenas estava adotando um socialismo diferente do de Mao Tsé Tung.

Como o próprio Deng Xiaoping dizia:

“Não existe uma contradição fundamental entre socialismo e economia de mercado. Não importa se é um gato branco ou um gato preto; desde que ele consiga pegar ratos, ele é um bom gato” 🤔

Assim, empresas estrangeiras e nacionais estabeleceram suas sedes em Pequim, Xangai e Shenzhen: emitindo ações e contratando cada vez mais chineses.

Entretanto, mesmo com as modernizações de Deng Xiaoping, a vida do trabalhador e do estudante chinês médio piorou.

Bolsas estudantis da época de Mao Tsé Tung foram cortadas; as vagas de emprego, embora numerosas, começaram a ser muito mais criteriosas, levando a níveis de desemprego altíssimos.


Milhares de empresas estrangeiras revelaram ser apenas fachadas, com muitas servindo para lavar dinheiro de empresários do exterior e de políticos chineses.

Os chineses acreditavam que a corrupção era endêmica na sociedade: em 1989, o jornal chinês Banyuetan realizou uma pesquisa em vinte e oito províncias, pedindo aos entrevistados que classificassem oito problemas sociais.

O resultado foi que 78,15 por cento disseram que a corrupção era o que mais os preocupava, uma porcentagem maior que ficou o próximo problema social: a alta inflação, com 60%. 😳

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Dec 12, 202202:44:54
Vlad, o Empalador #92

Vlad, o Empalador #92

Vlad III Drácula foi príncipe do Reino da Valáquia, atual Romênia, ao longo de três reinados diferentes que vão desde o ano de 1448 até 1477

Membro da Casa Drăculeşti, Vlad foi um dos monarcas mais importantes da Europa Balcânica durante a transição turbulenta da época medieval para a época moderna.

 

Hoje, ele é considerado um herói para muitos romenos, principalmente devido à resistência que apresentou contra seus inimigos otomanos ⚔️

 

Entretanto, para seus inimigos, seu nome inspirava terror devido à crueldade dos seus métodos de execução, sendo o seu favorito, o empalamento.

 

Isso fez com o que Vlad ganhasse o título de “O Empalador”: ele empalava todos que se opunham ao seu governo sem distinção: homens, mulheres, velhos e jovens.

 

O príncipe da Valáquia não tinha dó nenhuma em perseguir seus oponentes, seja pela espada, pela estaca ou até mesmo pela peste, mandando doentes disfarçados de viajantes para infectar tropas estrangeiras 🦡

 

Não eram raros os banquetes e jantares reais que o nobre oferecia para seus inimigos políticos, eventos disfarçados de congregações amigáveis, mas que no fim, os convidados acabavam na estaca. 

 

Além de empalar, Vlad também promoveu decapitações, execuções públicas, mutilações, genocídios, tributação excessiva e xenofobia. O curto período de seu reinado é quase desproporcional ao número de atos que cometeu, guerras que lutou, pessoas que matou e locais que visitou.

 

Panfletos, livros e pinturas foram feitos e distribuídos por toda a Europa retratando a crueldade de Vlad o Empalador. Tão popular eram as histórias e registros sobre ele, que Vlad se tornou o governante da Valáquia mais bem retratado da história. 

 

E mesmo depois de passados mais de 400 anos da sua morte, Vlad iria inspirar um escritor irlandês chamado Bram Stoker no seu romance “Drácula'', de 1897, em que o autor somaria as características dos contos vampíricos dos balcãs à figura do príncipe valáquia 🧛‍♂️

 

Mas como dizem, a realidade é mais estranha que a ficção e o monarca da Valáquia é muito mais intrigante do que o Drácula de Stoker. 



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Nov 25, 202203:34:00
Drácula na Transilvânia #91

Drácula na Transilvânia #91

​O Drácula realmente existiu, mas não era um vampiro: Vlad III foi príncipe da Valáquia, atual Romênia, no meio do século 15 🦇

 

Conhecido por sua crueldade, o monarca era temido até mesmo alguns dos governantes mais poderosos da época, como o sultão otomano Maomé 2.

 

Para muitos, o maior legado de Vlad III Drácula foi uma pilha de centenas de milhares de cadáveres, condenados à morte pelo empalamento.

 

Entretanto, para outros, o monarca foi um dos que mais trouxe estabilidade para a região, em uma época em que os balcãs eram assolados por guerras religiosas e políticas.

 

Vlad III Drácula assumiria o trono da Valáquia ao menos três vezes, capturado e mantido como prisioneiro pelo menos duas vezes durante sua vida.

 

Seus descendentes governariam a Valáquia mais de 200 anos após sua morte, tornando a Transilvânia e a Romênia lar de histórias sanguinárias 🩸

 

Nos séculos seguintes, o Drácula se tornou um indivíduo fascinante digno de poemas inteiros, lendas, e peças de arte.

 

Em 1897, o escritor Bram Stoker escreveu um romance sobre seres sobrenaturais na Inglaterra vitoriana, mas cujo principal antagonista levava o nome de um personagem histórico que já tinha morrido há mais de 400 anos.

 

No romance, o Drácula de Bram Stoker seduzia jovens mulheres britânicas e se portava como um aristocrata elegante. 

 

No entanto, esse personagem carecia de característica e crueldade se comparado com o verdadeiro Vlad III Drácula que viveu no século 15. 

 

Até hoje, Vlad é considerado um herói pelo povo romeno devido à sua resistência contra os otomano 👀

 

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Nov 11, 202203:00:46
A Rainha Celta: Boudica #90

A Rainha Celta: Boudica #90

No século I, a guerreira celta Boudica liderou uma das maiores rebeliões contra os romanos na Grã-Bretanha.

 

Nascida no leste da Inglaterra, atual cidade de Norfolk, a rainha Boudica do povo Iceni mobilizou mais de 230 mil rebeldes bretões-celtas em dezenas de campanhas militares.

 

Devido aos pesados tributos e rigidez a que os bretões eram submetidos, a ocupação romana da Grã-Bretanha deixava os nativos cada vez mais descontentes.

 

Movida por um sentimento de rebelião combinado com vingança por ter sido humilhada pelos romanos, a guerreira Boudica incendiou as 3 cidades romanas mais importantes da Inglaterra: a atual Londres, Colchester e Saint Albans.

 

Ao longo dos anos, diversos governadores romanos foram enviados para suprimir a revolta de Boudica, até uma batalha decisiva que ocorreu no atual País de Gales no ano 61.

 

Após sua morte, sua bibliografia foi escrita por historiadores romanos com uma clara perspectiva pró-Roma, diminuindo alguns de seus feitos.

 

Assim, a guerreira foi vista por historiadores ingleses por muitos séculos como uma "líder selvagem" dos bretões celtas.

 

Apenas no meio do século 19 sua história foi resgatada sob uma nova perspectiva, enquanto a Inglaterra era governada por uma mulher, a Rainha Vitória. 

 

Até hoje, Boudica é uma figura controversa, caracterizada principalmente pela sua resistência contra os romanos e também por sua suposta crueldade, responsável por varrer cidades inglesas inteiras.

 

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Oct 28, 202202:52:55
Os Bretões e Júlio César #89

Os Bretões e Júlio César #89

Júlio César foi um dos responsáveis por expandir a as fronteiras da República Romana, o que envolveu praticar um verdadeiro genocídio contra muitos povos nativos da Europa Ocidental.

Os bretões, na Grã-Bretanha, foram um desses povos.

Anexando vários territórios da Europa Ocidental à Roma, os romanos buscavam substituir a cultura de qualquer povo estrangeiro à sua cultura.

Entretanto, César encontrou inimigos fortíssimos, muitos dos quais não conseguiu vencer.

Na Alemanha, os romanos foram derrotados pelo Germanos, nunca conseguindo colocar bases militares além do Rio Reno.

Já na Gália, atual França, César ordenou o massacre dos gauleses, em um dos primeiros genocídios registrados de forma escrita na Europa Ocidental.

Outros milhares de gauleses foram vendidos como escravizados por todo o Império Romano, tornando César imensamente rico.

Já na Grã-Bretanha, várias campanhas militares e acordos diplomáticos com os bretões foram necessários para que a ilha fosse ocupada por Roma.

Mobilizados, alguns bretões resistiram por séculos contra romanos, liderando movimentos de resistência de escalas gigantescas.

Entretanto, a história dos bretões remonta muito antes de seu embate contra Roma.

Desde o Neolítico, os bretões construíram templos, como Stonehenge, construíram cidades fortificadas, como Old Sarum e até criaram cumes e montes artificiais, como Salisbury.

Nessa edição, vamos conhecer as cidades e crenças dos bretões, até as suas lutas nas falésias britânicas contra as tropas de César.

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Oct 14, 202202:36:40
Thomas Edison V.s Hollywood #88

Thomas Edison V.s Hollywood #88

No início do século 20, a cidade de HollywoodLand no estado da Califórnia era uma simples vila rural, cujos habitantes viviam da produção de frutas cítricas 🍊

Entretanto, aqueles agricultores jamais imaginariam que, em pouco tempo, a paisagem da cidade mudaria drasticamente: as chácaras, os campos e as estradas de terra dariam espaço a enormes galpões e ruas asfaltadas para a produção de filmes.

Hollywoodland se tornaria o polo da indústria cinematográfica, não apenas dos Estados Unidos, mas do mundo.

A indústria apenas surgiu na Califórnia pois do outro lado do país, na costa leste, um rico monopolizava a área cinematográfica: Thomas Edison.

O inventor, que normalmente é creditado como um visionário, na verdade tinha a seu dispor uma equipe de milhares de pessoas que produziam as suas tecnologias, nas quais ele recebia crédito.

Essa é uma visão curiosamente oposta que muitas pessoas têm de Thomas Edison 🤔

O que é inegável, é que o Edison mudou a história do mundo. Mas não da forma bonita como muita gente pensa.

Nesta edição, além das batalhas judiciais entre Edison e Hollywood, vamos descobrir como o cinema foi do preto e branco para o colorido, assim como quais foram os primeiros filmes a serem feitos no Brasil e quais foram as principais barreiras tecnológicas que a área teve que superar.


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Sep 30, 202204:41:59
A Invenção do Cinema #87

A Invenção do Cinema #87

Quando o primeiro filme do mundo foi feito em 1888, ainda existia escravidão no Brasil.

Foram necessárias várias décadas de processos químicos, espionagem industrial e até mesmo corridas de cavalos (sim) para que essa filmagem fosse feita.

Porém, não havia um consenso entre os inventores cinematográficos em como exibir seus filmes publicamente.

Inventores como Thomas Edison, exibia-os dentro de pequenas caixas de madeira com um visor individual, que rodava um filme de 50 segundos ao inserir uma moeda. Esse era o Cinetoscópio.

Já os franceses Irmãos Lumières, através de um projetor, projetavam seus filmes em telas de teatro, realizando a primeira sessão de cinema fotográfico em 1895, em Paris.

Seriam então, os Lumiére, os pais do cinema? 🤔

Não exatamente, pois antes de Thomas Edison e dos Irmãos Lumiére, outro francês já havia inventado uma câmera que filmava a 12 frames por segundo: Louis Le Prince.

🚨 Porém, a sua história acabou em tragédia, provavelmente em crime 🚨

Enquanto era processado por Thomas Edison, no dia que registraria a patente da sua câmera fotográfica, Le Prince sumiu em uma estação de trem e nunca mais foi visto 👀


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Sep 16, 202203:36:23
A Corrida Pela Fotografia #86

A Corrida Pela Fotografia #86

No século 19, inventores na França, Inglaterra e Brasil disputavam pelo posto de bater a 1º fotografia do mundo 📸

 

A primeira fotografia foi batida pelo francês Joseph Niépce, que em 1826 registrou uma paisagem da janela da sua casa.

 

Entretanto, a primeira pessoa a utilizar o verbo "fotografar" foi um morador de Campinas, São Paulo: foi francês Hercule Florence, em 1833.

 

De 1826 a 1829, Hercule integrou a Expedição Langsdorff, que percorreu os atuais Estados de São Paulo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rondônia, Amazonas e Pará, de barco, a cavalo e a pé 🌎

 

Como tarefa, Hercule realiza uma série de desenhos e pinturas aquarelas, nos quais retrata a fauna, a flora, a paisagem e a população dos locais visitados.

 

Buscando ter mais agilidade e fidelidade em seus registros, desde a década de 1830, o desenhista Hercule estudava técnicas da fixação de imagens através do uso da luz.

 

Embora bem sucedido em alguns dos seus experimentos, nenhum deles envolvendo a fotografia sobreviveram até os dias de hoje.

 

Suas correspondências à Academia Científica na Europa, foram todas ignoradas 😩

 

Mesmo sem financiamento e sem incentivo à tecnologia no Brasil, Hercule registrava imagens com o uso da luz 6 anos antes da existência do Daguerreótipo na França.

Com o surgimento do Daguerreótipo na França, a tecnologia da fotografia espalhou-se ao mundo em uma velocidade incrível, chegando ao Brasil em 1840.

👉👉 A fotografia mais antiga do Brasil foi batida em 17 de janeiro de 1840, pelo francês Louis Compte Retrata o Largo do Paço do Rio de Janeiro, atual Praça XV.

 

Ainda em janeiro de 1840, o francês Compte apresentou a tecnologia do daguerreótipo para um jovem de 14 anos: Dom Pedro II

Dom Pedro II foi o primeiro brasileiro a bater uma fotografia do Brasil (pois Hercule Florence e Louis Compte eram franceses).

 

Ao longo do 2º Reinado, o imperador trouxe a tecnologia fotográfica para o Brasil, facilitando o trabalho de futuros fotógrafos e estúdios fotográficos no Brasil 🎞️

 

Ao longo dos próximos anos, diversos fotógrafos cariocas registrariam em detalhes o Rio de Janeiro e a sociedade brasileira, como Marc Ferrez e Augusto Malta.

O Brasil também tornou-se um ponto turístico e fotográfico para muitos europeus que aqui vinham aqui registrar uma civilização "nos trópicos" e uma sociedade marcada pela escravidão e grandes latifúndios.

 

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Sep 02, 202203:27:09
O Dourado Império de Mali #85

O Dourado Império de Mali #85

Mansa Musa, o rei do Mali que viveu no século 14 é considerado a pessoa mais rica que já existiu, mesmo quando comparado aos bilionários do século 21 💰

Sua fortuna era de $508 bilhões de dólares.

Como comparação, isso representa 1/3 do valor do PIB do Brasil em 2020, que foi 1,445 trilhões de dólares.

Além de sua riqueza descomunal, o Mansa também era dono de um vasto império na África Ocidental 🌍

O Império de Mali era um centro comercial, minerador e de educação,  referência para muitos comerciantes e professores de toda África e Eurásia. 

O reino possuía universidades islâmicas - as Madrasas - sendo a mais famosa a Universidade de Sankoré, fundada no século 10 na cidade de Timbuktu 📚

Um dos motivos que catalisou a fama do Mansa Musa e do seu império foi a peregrinação que o rei fez a Meca no ano de 1324 - uma viagem de mais de 12 mil quilômetros.

Acompanhado por uma caravana de milhares de soldados, comerciantes, escravizados e intelectuais, o Mansa se fez visível em todas as cidades em que passou. 

Em Cairo, o rei distribuiu tanto ouro para comerciantes,  que acabou por desvalorizar o preço do metal na cidade, causando uma verdadeira inflação. 

Cairo demoraria ainda 12 anos para se recuperar dessa inflação, tornando o Mansa uma figura quase lendária no Egito 🇪🇬

Essa é a história do Império de Mali e de Mansa Musa, cujo legado ecoa em muitos lugares do mundo árabe, mesmo depois de passados mais de 700 anos.


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Aug 19, 202203:10:33
Em Nome do Imperador: O Fim da Shindo Renmei #84

Em Nome do Imperador: O Fim da Shindo Renmei #84

De 1946 - 1947, a organização Shindo Renmei foi responsável por dezenas de homicídios, atentados à bomba e vinculação de propagandas políticas falsas no Brasil.

Fundada por imigrantes japoneses em São Paulo, a instituição negava que o Japão tinha perdido a 2º Guerra Mundial, buscando restaurar o espírito samurai nipônico 🇯🇵

Para a Shindo, o Japão, uma terra divina, protegida pelos deuses, sendo seu próprio imperador um descendente dos deuses, jamais poderia perder uma guerra.

No interior de São Paulo, uma verdadeira perseguição acontecia entre os policiais do DOPS e os imigrantes japoneses.

Ao todo, a polícia paulista deteve, identificou e fichou 31.380 imigrantes japoneses suspeitos de ligações com a seita.

Milhares de japoneses, sem provas, eram torturados nos porões do DOPS ou mandados para o presídio da ilha Anchieta, a menos de 1km de distância de Ubatuba, onde o isolamento era quase absoluto.

Em cidades como Osvaldo Cruz e Tupã, linchamento de japoneses por brasileiros eram frequentes, colocando os municípios em estado de sítio.

Em 1947, o presidente do Brasil, Eurico Gaspar Dutra foi aconselhado a barrar completamente a imigração japonesa do Brasil ou a criar campos de "contenção" dos mesmos.

Até hoje, as lembranças dos crimes da Shindo e da violência dos brasileiros com os japoneses vivem entre muitas famílias do interior de São Paulo.

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Aug 05, 202203:14:38
A Máfia Japonesa no Brasil: Shindo Renmei #83

A Máfia Japonesa no Brasil: Shindo Renmei #83

Fundada por imigrantes japoneses em São Paulo, a organização Shindo Remnei acreditava que o Japão tinha VENCIDO a 2º Guerra Mundial, silenciando quem pensasse o contrário 🇯🇵

Durante 13 meses, a sociedade executou 23 japoneses  “derrotistas” e feriu outros 147.

Nas cidades de Tupã, Bastos, Marília, Presidente Prudente, Osvaldo Cruz e na própria capital São Paulo, os bairros japoneses foram palco de chacinas da organização.

Ao todo, a polícia paulista deteve, identificou e fichou 31.380 imigrantes japoneses suspeitos de ligações com a instituição 👀

A Shindo tinha uma vasta rede de financiamento e propaganda, espalhando notícias falsas via rádio, revistas e jornais.

De acordo com a Shindo, o Japão havia ocupado o oeste dos Estados Unidos; Winston Churchill estava foragido; todo o sudeste asiático pertencia ao Japão; o imperador Hirohito detinha a mais poderosa bomba atômica 🤔

Financiada através de sócios contribuintes de todo o Brasil, a sociedade também aplicava golpes financeiros, como a venda de ienes e condecorações de guerra falsas.

Para a maioria dos japoneses que viviam em terras brasileiras na década de 1940, o Japão era uma nação divina e o imperador personificava essa divinização. 

De acordo com eles, o Japão tinha sido criado por dois irmãos, o deus Izanagi e a deusa Izanami.

Seu primeiro monarca era descendente de Amaterasu Omikami, a deusa do Sol, cujos poderes governavam todas as coisas.

Assim, o Japão, perder uma guerra carecia de lógica, pois isso, de acordo com a crença japonesa, isso nunca tinha ocorrido na história.

Mesmo se Japão estivesse perto de perder uma guerra, seria mais provável que os 100 milhões de súditos do imperador (os japoneses ao redor do globo) matarem-se através do Seppuku do que aceitar a derrota.

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Jul 22, 202202:07:53
Janízaros: A Elite Otomana #82

Janízaros: A Elite Otomana #82

O Império Otomano foi um dos impérios mais poderosos do mundo, existindo por 6 séculos: de 1299 até 1922 🇹🇷

 

Seus guerreiros mais formidáveis e temidos por toda a Europa eram os janízaros: a infantaria de elite do sultão.  

 

Quem eram eles? 👇

 

Ainda crianças, os janízaros eram raptados pelos otomanos das suas cidades originais dos balcãs, convertidos à força do cristianismo ao islamismo, tornando-se parte da família do sultão.

 

Enviados para as maiores cidades do Império Otomano, os meninos passavam por um sistema de ensino e treinamento que durava muitos anos até se tornarem janízaros. 

 

Após se formarem, os homens podiam trabalhar nas mais diversas tarefas dentro do Corpo de Janízaros: como guerreiros, policiais, bombeiros, músicos e cozinheiros.

 

Mantido em estrita disciplina, os janízaros não podiam casar, ter filhos ou serem donos de negócios. 

 

Entretanto, todas essas regras mudariam nos séculos seguintes. 

 

Os janízaros se mobilizaram a ponto de conseguir direitos políticos, indicar conhecidos para a Corte Imperial Otomana, podendo elevar sultões ao poder ou os destronar.

 

Os sultões, a partir de determinado momento, se tornaram sujeitos de seus próprios escravizados.

 

Após tentar reformar o Corpo de Janízaros, os sultões Osman II e Selim III foram mortos pelos janízaros, assim como diversos vizires.

 

Depois de muitas rebeliões e governos paralelos instituídos pelos janízaros, o Corpo de Janízaros foi finalmente extinguido em 1826 pelo sultão Mahmud II

 

Este episódio, não é apenas sobre os Janízaros: é um grande recorte sobre a cultura, política e cotidiano do Império Otomano nos séculos 16 e 17 🌙




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Jul 01, 202203:38:21
Cubatão: O Vale da Morte #81

Cubatão: O Vale da Morte #81

Em 1980, a cidade de Cubatão, na região metropolitana de São Paulo, foi considerado o município mais poluído do mundo e apelidado de Vale da Morte.

Por que Cubatão era tão poluído? Cerca de 27 indústrias químicas estavam instaladas na cidade, emitindo gases tóxicos, comprometendo a saúde dos seus 80 mil moradores.

Essa poluição era grave principalmente na Vila Socó: um bairro de palafitas construído sob um mangue em Cubatão.

Os moradores da Vila Socó tinham o maior índice de doenças respiratórias do Brasil. Cerca de 12 em cada 10 mil bebês nasciam sem cérebro, um número 3x maior que a média nacional.

Em 1980, Cubatão tinha um orçamento de 25 bilhões de cruzeiros, o que hoje são mais de 9 milhões de reais. Porém, a cidade não tinha um único m²  de rede de esgotos.

Pela proximidade com Santos, o maior porto da América Latina, Cubatão se tornou uma grande área industrial. Entretanto, não era o melhor local pra isso 👇

A região fica em um vale, cercada pela Serra do Mar. Assim, os gases nocivos se acumulavam no local, dificultando a circulação de ar, criando um efeito "bolsão."

Várias denúncias eram feitas sobre a insalubridade da cidade, mas todas eram barradas pelo governo militar: desde 1964, Cubatão era considerada uma zona de interesse militar pelos seu potencial elétrico, industrial e hídrico.


Ou seja, jornalistas e pesquisadores que investigassem a poluição de Cubatão podiam ser processados ou presos por espionagem.

Somado a isso, uma das maiores preocupações dos moradores da Vila Socó era um oleoduto da Petrobrás que cruzava a principal rua da cidade: entre 1971 e 1975, o oleoduto teve 1 vazamento a cada 10 dias.

Cercada por diversas casas, de 1977 até 1984, o oleoduto já havia se rompido 19 vezes.

Legalmente, o equipamento não poderia estar ali: a Petrobrás deveria enterra-lo ou realocar todos os moradores próximos. Porém, nada foi feito por décadas.


Em fevereiro de 1984 o oleoduto não suportou a pressão e vazou 700 mil litros de gasolina na Vila Socó.

Como muitas casas não possuíam energia elétrica e sim lâmpadas à gás, um incêndio começou, se espalhando rapidamente pelo mangue.

Em questão de minutos, a Vila Socó foi consumida pelas chamas, matando mais de 500 pessoas.

Apenas após o incêndio, a Vila Socó recebeu infraestrutura: o mangue começou a ser aterrado e residências de alvenaria foram construídas para substituir as de madeira.

Os sobreviventes que perderam familiares receberam até 8 mil reais, enquanto aqueles que perderam suas moradias receberam até 4 mil reais.

Porém, só 8 famílias tiveram a perda de seus familiares indenizados e só 28 casas foram construídas para as 3 mil que ficaram desabrigadas.

Em 1985, os moradores remanescentes foram transferidos mais tarde para um bairro planejado, que recebeu o nome de Vila São José.

Até hoje, nenhuma autoridade de Cubatão ou da Petrobrás foram penalizadas de alguma forma.

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Jun 17, 202203:25:03
O Holocausto Brasileiro #80

O Holocausto Brasileiro #80

Durante 9 décadas, do início do século 20 até a década de 1990, o Hospital de Barbacena em Minas Gerais foi responsável pela tortura e morte de mais de 60 mil brasileiros. 

 

Abandonados por suas famílias, homens, mulheres, crianças e idosos eram enviados à força para o hospital.

 

Os internados no Barbacena não eram doentes mentais. Eram epiléticos, autistas, bipolares, moradores em situação de rua, homoafetivos, pessoas com sífilis, inimigos da elite local, crianças sem pais, prostitutas ou alcoólatras.

 

Entretanto, nenhum dos pacientes recebeu a devida atenção para lidar com seus problemas: durante boa parte do século 20, os manicômios no Brasil operaram de uma forma abusiva física e psicológica.

 

Os pacientes viviam em cubículos, sem alimento, sem saneamento, frequentemente submetidos a sessões de eletrochoques, espancamentos e tomando medicamentos hipnotizantes.

 

O Hospital ainda esteve envolvido em trabalho escravizado, tráfico e venda de órgãos.

 

Apenas no início da década de 1980, com o afrouxamento da Ditadura no Brasil em relação a mídia, várias fotos e reportagens foram feitas em manicômios em todo o país.


Isso atraiu atenção de profissionais de psicologia e psiquiatria de todo Brasil, revelando a urgência de uma luta antimanicomial, principalmente em Barbacena.

 

Hoje, muitos pacientes que sobreviveram ao Hospital Colônia de Barbacena relembram as décadas de tormento que passaram.

 

Entretanto, a luta antimanicomial permanece: muitos hospitais psiquiátricos por todo Brasil já foram denunciados por tortura física e psicológica, resquícios da metodologia higienista do século passado.

 

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Jun 03, 202203:33:57
Entre os Tupinambás: Hans Staden #79

Entre os Tupinambás: Hans Staden #79

Após permanecer 9 meses como prisioneiro dos tupinambás em Ubatuba, o alemão Hans Staden ganhou confiança o suficiente dos chefes indígenas para não ser devorado.

 

Participando de guerras, caças e rituais, Staden escreveu um dos relatos mais detalhados de como era o Brasil no meio do século 16: seus povos, fortes, guerras por terra e por mar 🌳

 

Em 1554, Staden presenciou os primeiros conflitos da Confederação dos Tamoios, uma longa guerra entre povos tupi e portugueses.

 

No mesmo ano, conseguiu firmar um acordo com os tupinambás e retornar à Europa, onde escreveu seu detalhado relato sobre os 5 anos que permaneceu nas selvas da colônia. 

 

O Livro “Duas Viagens ao Brasil” tornou-se um sucesso de vendas na Europa, principalmente devido às suas xilogravuras (ilustrações) dos tupinambá 📖

 

Entretanto, em rápido tempo caiu no esquecimento. Ironicamente, só ganharia uma tradução em português acessível na década de 1930.

 

Mesmo tão rico historicamente e narrativamente, o livro é pouco conhecido, até mesmo entre os próprios brasileiros.

Qual o motivo disso? É o que abordaremos nesta edição 🤔

 

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May 20, 202202:04:03
Hans Staden: Perdido no Brasil Colonial #78

Hans Staden: Perdido no Brasil Colonial #78

No meio do século 16, o mercenário e arcabuzeiro alemão Hans Staden aportou 2x nas costas do recém-fundado Brasil.

 

A primeira, em 1549, passando por Pernambuco e pela Paraíba, e a segunda, em 1550, passando pelo atual Rio de Janeiro, São Paulo e a ilha de Santa Catarina, atual Florianópolis.

 

Staden se encontrou com grandes figuras do Brasil Colonial, como São Tomé de Souza, governador geral do Brasil e fundador de Salvador, assim como Duarte Coelho, fundador de Olinda e dono da capitania de Pernambuco.

 

Em 1554, Staden foi trabalhar em Bertioga, onde foi prisioneiro dos indígenas tupinambá por 9 meses, levado para a aldeia de Ubatuba, atual São Paulo.

 

Lá, conheceu importantes chefes indígenas, como o chefe Cunhambebe, responsável por formar a Confederação dos Tamoios, que uniu diversos povos tupi aos franceses para combater os portugueses.

 

Com 25 anos na época, Staden viveu para contar o que viu: a densa mata tropical, ilhotas, cachoeiras, praias, rios, mangues os engenhos portugueses, os navios franceses, assim como a prática antropofágica de alguns povos tupi.

 

De volta na Alemanha, publicou em 1557 o Livro “Duas Viagens ao Brasil” acompanhado de xilogravuras (ilustrações) baseados nos seus 5 anos de viagem.

 

O livro, tornou-se um sucesso de vendas na Europa, principalmente devido às suas ilustrações dos povos tupi.

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May 06, 202201:49:39
Experimentos e Expedições Nazistas no Brasil #77

Experimentos e Expedições Nazistas no Brasil #77

O Partido Nazista realizou uma série de expedições e experimentos no Brasil na década de 30 👇

 

Nesta edição, comentamos 3 experimentos e expedições nazistas que ocorreram em solo brasileiro:

 

A Expedição do Jari na Amazônia, a Fazenda de Monte Alegre em São Paulo e os Experimentos eugenistas em Espírito Santo

 

Na Amazônia, de 1935 - 1937, os nazistas percorreram o Amapá ao longo do Rio Jari.

 

Essa expedição tinha propósitos cartográficos, científicos e propagandísticos para o 3º Reich.

 

Os alemães foram anunciados como os "primeiros homens brancos do norte da Amazônia" fotografando e filmando o cotidiano dos indígenas Aparaí que "não tinham contato com a civilização moderna" (todos os pontos eram falsos)

 

Os materiais audiovisuais foram mais tarde exibidos na Alemanha, reforçando o estereótipo “colonial” e “subdesenvolvido” que o Brasil possuía em relação à Europa.

 

Um alemão da comitiva, Otto Schulz-Kampfhenkel, chegou a elaborar um plano de invasão e colonização da Amazônia pelo norte do Brasil, apresentado aos comandantes do Terceiro Reich.

 

Se o seu projeto, chamado de Projeto Guiana, tivesse sido aceito, o Amapá seria, futuramente, invadido por soldados de 3º Reich.

 

Um dos membros da expedição, Joseph Greiner, faleceu no Amapá, ganhando uma sepultura em formato de cruz com uma suástica, que existe até hoje próximo à cachoeira de Santo Antônio.

 

No segundo caso dessa edição, abordamos o episódio da Fazenda de Campina Monte Alegre, em São Paulo.

 

Na cidade de Campina do Monte Alegre, interior de São Paulo, próxima a Uberaba, havia uma fazenda gerida por integralistas com tendências nazistas.

 

Seus proprietários, eram ligados à elite industrial, política e urbanística do Rio de Janeiro, os Rocha Miranda.

 

Além de ser uma sede de encontro integralista, alguns tijolos do local possuíam a suástica nazista, assim como o gado da propriedade.

 

Ao longo de 1930, mais de 50 crianças pardas e pretas foram raptadas de orfanatos no Rio de Janeiro, mandados para trabalhar nas fazendas Cruzeiro do Sul e Santa Albertina, propriedade dos Rocha Miranda.

 

Os meninos não podiam deixar a fazenda, sendo libertos apenas quando o Brasil entrou em guerra com o Eixo e proibiu o integralismo e o nazismo.

 

Por fim, na terceira história abordamos os experimentos feitos pelo 3º Reich em 1937 no Espírito Santo.

 

O Instituto Tropical de Hamburgo encomendou uma pesquisa para descobrir se os imigrantes germânicos no Brasil poderiam comprometer a "raça ariana" por fatores climáticos.

 

O experimento avaliava a cor dos cabelos, da pele, media tamanho do crânio, largura da mandíbula e do nariz.

 

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Apr 22, 202202:23:28
Pompeia e Herculano: Na Sombra de um Vulcão #76
Apr 09, 202203:50:54
Nazismo Tropical #75
Mar 25, 202203:25:25
Nossos Vizinhos Cósmicos #74
Mar 11, 202203:35:59
Procurando Vida Lá Fora #73
Feb 25, 202202:45:21