As Quentes de Jei Ghi

Post de: 10 de set de 2014 21:03

Os seres humanos mais joviais são aqueles cujo diálogo interno é mais fluido e variado.

Este post também foi inspirado nos ensinamentos do fictício personagem Don Juan onde dizia ser importante a fluidez do diálogo interno.
Não é preciso crer nisto, é só pensar um pouco para se ter certeza que sim, é importante termos um diálogo interno que se renova e se transforma. A velhice mental nada mais é do que a estagnação em idéias, visões e conceitos.
E sabemos que o que se passa em nossas mentes reflete-se em grande escala em nossos corpos e atitudes.
Logo, pensamentos jovens no levam invariavelmente a maior jovialidade física.

Post de 10 de set de 2014 21:06.

Carlos Castañeda, em um dos seus livros, cita a estratégia de Dom Juan (um xamã) para acabar com a vaidade (ego). Consistia em 6 elementos que interagem entre si. Cinco deles são os Atributos do Guerreiro: CONTROLE, DISCIPLINA, PACIÊNCIA, OPORTUNIDADE e VONTADE.
O sexto é o "pequeno tirano".

Após 40 anos ainda lembro muito dos escritos de Carlos Castañeda, até porque eu tenho as anotações que fiz.
Esta deste post é especial, e por isso trago aqui.
Dos elementos citados por Castañeda, o Controle e a Disciplina são muito parecidos e nos remete a ter um método para atacar as manifestações do ego quando elas surgirem.
Já a Paciência é justamente o tempo que isto leva. É uma batalha de uma vida. É preciso ter paciência para quanto o ego se manifestar, estar pronto para detectar e agir.
E, justamente, quando o ego se manifesta, é a vez do elemento Oportunidade. Com o passar do tempo, as manifestações do ego tendem a diminuir e a se sofisticar e é preciso estar atento à cada Oportunidade.
O penultimo elemento é a Vontade e ela é, de fato, a força motriz. Sem a Vontade, não há como ter sucesso nesta batalha. A Vontade deve ser a primeira a ser buscada para que tudo dê certo. É a Vontade de Mudar e Melhorar. A Vontade de ser uma pessoa de conhecimento.
Mas o último é o mais incrível: o Pequeno Tirano.
Quase todos nós temos um pequeno tirano em nossas vidas. Segundo Dom Juan, deveríamos agradecer enormemente a estes pequenos tiranos e não nos afastar ou nos entristecer.
Porque? Porque são eles que irão forçar ao extremo nossos egos e nossa visão de auto-importância.
Aquele marido (ou esposa) chato que impinge constante sofrimento pode ser um incrível professor para o guerreiro(a).
Evidente que não falo que é bom ter um cônjuge tirano de fato, mas de entender que aquele "mala" pode estar prestando um grande serviço à nossa estratégia de destruição de nossa vaidade, é importante.

Isso tudo, os 5 elementos mais o Pequeno Tirano, são um verdadeiro "coquetel de elementos" contra a vaidade, contra o ego.

Post de 6 de ago de 2014 18:12.

O segredo para a importância de ter uma boa auto-estima é o auto-convencimento de que todos, sem a menor exceção, somos infinitamente complexos.
As pessoas nos fazem acreditar que somos básicos, burros e simples, mas não é verdade.
Se acreditarmos nisso, enfraquecemos nossa auto-estima de forma quase irreversível.
É só uma questão de negar-se a crer nisto.
ACREDITE-SE COMPLEXO, pois você é!!

Auto-estima é determinada pela crença. A crença em si.
Se você se crê incapaz ou não merecedor de algo, isto lhe impinge uma limitação determinante.
Uma auto-estima baixa nos suga a concentração e a abstração necessária para grandes feitos. Nos tornamos rasos e fracos intelectualmente.
Mas é incrível quando entendemos que auto-estima é, no final das contas, uma questão de crença. Isto é, basta nos acharmos capazes que seremos. Simples assim.
Bem…é claro que o que não é simples é nos convencermos disto, pois quando nos tocamos disso já se passaram anos em que nos dissemos incapazes e não é nada fácil reverter isto.
A parte boa é que só depende de nós.
Então...vamos lá?

Post de 9 de mar de 2014 22:22.

Não reprove, comente!

Não há coisa mais comum do que a reprovação alheia.
Pais são os que mais incorrem neste erro, mas chefes corporativos também erram muito neste sentido.
Amigos também.
Porque mostrar reprovação se pode comentar e explicar o que você acha?
A reprovação, dita ou demonstrada, é ruim, muito ruim para quem a recebe podendo causar sérios problemas conforme o estado emocional da pessoa reprovada.

Post de 19 de mar de 2014 08:00.

Dirigir é um ato essencialmente social. É como estar numa fila de supermercado. Mais que isto, até, pois há muita interação.
O que causa problema é justamente o anonimato.
Quando, e se, chegarmos no ponto de, automaticamente, sabermos quem é o fulano do carro da frente, de trás e do lado, teremos, certamente, bem mais respeito e cuidado com o próximo. O que, na verdade, será mais o cuidado com a nossa própria imagem, pois teremos certeza de que seremos reconhecidos.
MORAL: quando não se tem educação suficiente para que as coisas aconteçam naturalmente, temos que ter mecanismos para a impunidade, mesmo que estes mecanismos sejam de punição da reputação somente. Vide o "bom comportamento" (mesmo que hipócrita, mas é melhor assim) de todos os minimamente educados nas redes sociais.

A arrogância dos motoristas, em geral, escondidos em suas toneladas de ferro em movimento nos entregam um trânsito violento e desumano, onde atropelar alguém muitas vezes é culpa do pedestre que não atravessou na faixa de segurança.
A simples velocidade de um veículo já mostra que o motorista não tem claro seu papel no trânsito, onde um erro, somado à velocidade, pode ser catastrófico.
No post dou uma de visionário pois prevejo sistemas integrados nos veículos que nos façam repensar (ou avaliar melhor) nossas ações pois estaremos sendo notados. Nossos erros e arrogâncias no trânsito terão nome e cara. Seremos nós.
Creio que não estamos muito longe disso.
Tudo vai depender de um sistema que permita que optemos por "aparecer" no trânsito e como aparecer.
Não creio num big brother para nos coibir, e sim numa exposição intencional de nós mesmos, assim como já fazemos nas redes sociais.

Post de 9 de mar de 2014 22:25.

O segredo de uma boa postura e uma boa personalidade é unir as características do gato do cachorro, num "caminho do meio".
GATO: esperto, ágil, intuitivo
CACHORRO: amoroso, fiel, presente.

Quando comecei minha busca por conhecimento interior, por volta de 1981, não havia internet e os livros eram muito poucos. Essa coisa de auto-ajuda ainda não existia, então busquei por tudo, mandando vir livros direto de editoras, descobrindo-os nas contracapas de outros livros.
O budismo foi um dos assuntos que me envolveram logo de cara.
Nesta busca, logo me veio uma questão que para mim representou sempre uma grande dúvida a ser respondida: deveríamos ser “amor puro” ou deveríamos ser “instinto puro”? O cão e o gato eram os signos que a esta dualidade eu representava.
Foram décadas sem saber ao certo.
Ora, o cão era coração e amor, e eu sabia que não existia nada mais sofisticado do que o amor, logo, parecia ser um bom comportamento para um ser humano se orientar. Mas, por outro lado, tinha uma forte característica de dependência, sofrendo fácil por não ter o objeto de seu amor. Isso não parecia ser evoluído.
Já o gato, era instinto, sobrevivência, inteligência, agilidade e independência. Mas, por outro lado, faltava-lhe a sofisticação do amor.
Por anos tentei entender e decidir qual era o melhor perfil e qual eu deveria adotar.
Após décadas, sim, décadas, descobri o que era mais do que óbvio: caminho do meio. Descobri que o certo era sermos uma composição entre o cão e o gato, recolhendo o que há de melhor no cão e o que há de melhor do gato.
É amar sem depender.

Post de 19 de mar de 2014 00:03.

Não é ontem nem amanhã.
É AGORA!
Cai na real e deixe de estar entorpecido.
Viva o agora.
Respire o agora.

Eu passei anos entorpecido e longe do agora. Frequentemente sentia momentos de euforia onde a sensação do agora era totalmente presente, mas logo uso voltava ao normal.
Passei anos buscando esta sensação para que se tornasse, ela, o normal em minha vida.
Não é uma mudança brusca, é algo gradual.
O importante é tornar-se tanto físico quanto intelectual ao mesmo tempo. E não se trata de fazer exercícios (mesmo que isto seja altamente recomendável) mas de sentir seu corpo sempre.
Nosso problema consiste em sermos cada vez mais inteligentes, mas, ao mesmo tempo, não nos isolarmos em nossas mentes, em planos, culpas, elucubrações e tudo mais que o universo mental tem para nos da.
A respiração é um dos grandes pontos de conexão de nossas mentes com o nosso corpo e com o ambiente que nos rodeia. Alongamentos e respiração são duas coisas que qualquer um pode fazer e nos conecta com o agora.
Mas o maior desafio é, sem dúvidas, o agora mental. Não estar no passado, nem no futuro. Estar conectado com o que se vê, com o ambiente, como o momento, com as pessoas ao redor.
Tudo isso junto, traz esta sensação do AGORA. A sensação de se estar vivendo o momento.

Post de 17 de fev de 2014 07:53.

A vida ensina que superar algo em nós não significa, necessariamente, exterminar um pensamento, uma atitude ou um instinto. 
Geralmente é uma batalha sem fim de você buscando conquistar tais pensamentos ou instintos. Você aprende a "guardá-los", aprende a silenciá-los, ou ao menos não ouví-los.
É uma luta que vai se tornando amena ao longo dos tempos pois você vai se acostumando. Isto, é aprender.

Vamos aprendendo que estas coisas que queremos nos livrar, são parte, realmente, de nós. Temos que conquistar a transformação sim, mas esta conquista nunca termina, mas vai ficando amena. 
Para cada uma de nossas guerras, há um "aprender a guardar" o sentimento, o pensamento, de forma que ele não se manifeste mais em sua vida. 
Isto, é conquistar.

Por anos eu era tomado de pensamentos reincidentes que me infernizavam e até me transformavam. Era fácil deixar que eles me dominassem e eu me perdesse temporariamente.
Pense num alcoólatra. É igual. Comigo eram só pensamentos chatos, mas realmente me incomodavam e me traziam um “eu” que eu não queria. Não gostava.
Estou certo que isto acontece com todos, em menor ou maior intensidade.
Por anos isso me incomodou, até que fui me tocando que a única forma de segurar estas ondas era não prestando atenção a elas. Negando-as. Creio que seja exatamente isto que os alcoólatras fazem.
Dia após dia, negar os pensamentos e impulsos que não queremos que se manifestem.
Dia após dia eles vão perdendo a força.
Dia após dia eles vão sendo esquecidos.
Dia após dia a batalha vai sendo ganha.

Post de 26 de jan de 2014 21:28.

Somos seres vivos e biologicamente falando, precisamos de contato com a natureza. Não existe essa de ter nascido em cidade grande e estar acostumado. O corpo precisa. A mente precisa. O animal humano precisa.

Nós adultos e pais nos convencemos de que nossos filhos, nessas metrópoles violentas, ilhados em nossas casas, nunca viveram outras vidas e, por isso, não lhes faz diferença não brincar em árvores e não conviver com a natureza.
Estou convencido do contrário.
Penso que tanto o corpo como a mente precisa desta proximidade. Precisamos ver e interagir com a natureza. Ela nos acalma. Ela nos faz sentir parte de tudo.
Subir numa árvore pode ser uma experiência quase espiritual para uma criança que não tem este costume. Brincar na areia, pegar ondas de "jacaré"...
Minha aposta é que as crianças que têm o privilégio destas experiências de forma natural em suas vidas, tornam-se adultos muito mais equilibrados.
O equilíbrio emocional é a base para o sucesso em todos os sentidos que se possa falar de sucesso.

Post de 20 de jan de 2014 22:42.

Existem duas fases bastante distintas na vida de um ser humano: a de aprendizagem, que vai até por volta dos 45 anos e caracteriza-se, mentalmente, pela conjectura e acúmulo de pensamentos, e a fase pós 45, que é caracterizada pela busca da simplicidade. Nesta fase, o Homem que alcançou bom conhecimento das coisas e de si mesmo começa a lutar contra suas conjecturas e pensamentos. Ele busca fervorosamente a paz de espírito e isto significa o controle de seus pensamentos e de suas emoções.

Comentário Jei Ghi:

Quando a pessoa chega por volta dos 50 ela passa a ver a rampa em declive. Isto é, passa a ver que, à partir de agora, a vida é uma contagem regressiva.
Neste momento a saúde física vira um ponto central de suas elucubrações, do tipo: tenho saúde suficiente para mais 30 anos? O que posso fazer para ter saúde até os 80 ou 90?
Neste redemoinho de pensamentos logo surge um nevrálgico elemento do qual pouco temos controle: nosso coração.
Quando começamos a entender o que podemos fazer para termos um "coração tranquilo", e não dá outra: descobrimos que o que se passa em nossa cabeça afeta diretamente nosso coração.
E, então, impelidos pelo projeto de longevidade, passamos a TER de combater todo e qualquer pensamento que cause dano. Qualquer pensamento reincidente, negativo, de culpa, de angústia futura…
Passamos a auscultar o próprio coração e vigiar nossas mentes.
Afinal, TEMOS que viver bem mais. Cinquentinha é guri!!!

Post de 13 de jan de 2014 07:36.

A respiração calma e profunda é tão necessária ao corpo humano quanto um carro estar "no ponto". Isto é, o carro até pode ter uma vida longa, mas de longe será uma vida menor do que o carro regulado, e, sem dúvidas, mal regulado, será uma vida de solavancos.

Os budistas bem sabem que assim como o coração está ligado aos nossos pensamentos, nossa respiração igualmente está.
Eles têm toda uma ciência com a respiração, a qual chamam de Pranayama (o controle do Prana, do ar).
Só que o coração é um órgão involuntário, não o controlamos diretamente e, portanto, temos que controlar nossos pensamentos para que ele, o coração, esteja melhor. Só funciona no sentido "mente-corpo".
Já na respiração ambos os sentidos são verdadeiros. Tanto se pode controlar a respiração para melhorar os pensamentos, quanto se pode, assim como com o coração, controlar os pensamentos para que a respiração melhore.

Olá amigos.

Eu criei este podcast para falar de meu livro.
Na verdade, falar O LIVRO.
O livro é uma composição de posts que venho fazendo em uma página do Face que chamei de As Quentes de Jei Ghi. Criei-a em 13/01/2014 e ainda sigo postando.
Na página, são pensamentos. No livro eu discorro um pouco sobre cada um destes pensamentos, tentando achar algum sentido para eles.
Esse podcast é o livro em áudio.
Assim como o livro, os áudios se classificarão em seis tipos: Autoconhecimento, Corporativo, Relacionamento e Comportamento, Sociedade e Política, Arte e Música e Redes Sociais.

Espero que gostem e curtam As Quentes de Jei Ghi.

Um abraço.