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Julgados e Comentados

Julgados e Comentados

By MP Paraná

A cada episódio, o Direito é debatido a partir das principais decisões judiciais tomadas por tribunais de todo o país e de Cortes Internacionais, as ações extrajudiciais e o debate sobre a legislação, são comentados sob a ótica do Ministério Público. Julgados e Comentados é produzido pelo Ministério Público do Paraná e apresentado pela procuradora de Justiça Samia Bonavides.

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#49 - Stalking e cyberstalking, crimes de perseguição no ordenamento jurídico brasileiro

Julgados e ComentadosSep 17, 2021

00:00
39:46
#111 - Racismo ambiental e seus reflexos na garantia de direitos

#111 - Racismo ambiental e seus reflexos na garantia de direitos

Neste episódio, conversamos com Giovani Ferri, promotor de Justiça do MPPR, sobre os impactos desiguais das mudanças climáticas na sociedade. Os reflexos das mudanças climáticas deixaram de ser apenas um aviso, uma previsão catastrófica de ambientalistas, meteorologistas e ecologistas. As ondas de calor extremo, as estiagens prolongadas e as chuvas excessivas são uma demonstração clara da chegada destes efeitos. Com uma sequência de recordes sucessivos de aumento de temperatura, mês a mês no ano de 2023, o mundo inteiro tem sofrido com as consequências. Segundo o relatório da Organização Meteorológica Mundial, ligada à ONU, o ano de 2023 foi o mais quente desde 1849. A temperatura global ficou 1,4ºC acima da média, resultado das elevadas emissões de gases de efeito estufa. Embora a incidência do Sol seja para todos, as possibilidades de se proteger contra os efeitos do calor mudam conforme a classe social, a raça e a renda. Os mais empobrecidos são os que mais sofrem, apesar de serem aqueles que menos contribuem para a produção dos poluentes que afetam o aquecimento global. Acompanhado pelo aumento das temperaturas, alguns estados brasileiros foram afetados por longas estiagens, como é o caso dos estados do norte, e por fortes chuvas como alguns estados do sul. A ausência de políticas públicas para lidar com a intensidade destas catástrofes também afeta de forma diferente os diferentes grupos sociais. É nessa perspectiva que vamos debater hoje como os efeitos destas catástrofes afetam de forma distinta os diferentes grupos sociais, numa reprodução do racismo estrutural em que vivemos. Qual a importância de abordarmos este tema a partir da noção de racismo ambiental? Como a legislação brasileira trata este fenômeno em suas normativas e nas decisões jurisprudenciais? As decisões da Corte Interamericana de Direitos Humanos sobre o tema, a Resolução 123/20 do CNJ, as ações que estão em julgamento no STF e as possibilidades de atuação do Ministério Público também são debatidas neste episódio.


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Produção: Samia Bonavides e Gabriel Oganauskas || Edição: Gabriel Oganauskas || Créditos: Aces High - KevinMacLeod (incompetech.com), CC BY 3.0 || Floating Whist by BlueDotSessions || In The Back Room by BlueDotSessions || The Stone Mansion by BlueDotSessions || Vienna Beat by BlueDotSessions || Jazzy Sax, Guitar, and Organ at the club - Admiral Bob feat. geoffpeters, CC BY 3.0

Mar 22, 202446:56
#110 - Criminalização da posse de drogas para consumo pessoal

#110 - Criminalização da posse de drogas para consumo pessoal

Neste episódio, conversamos com Saulo Mattos, promotor de Justiça do MPBA, sobre a  criminalização da posse de drogas para consumo pessoal. Após uma inércia de mais de 5 anos, o julgamento do Recurso Extraordinário 635.659 que discute a descriminalização do porte de drogas para uso pessoal foi retomado em 2023. Trata-se de recurso interposto pela Defensoria Pública de São Paulo, em que argumenta que o art. 28 da Lei 11.343/06 - a Lei Antidrogas -, viola os princípios da intimidade e da vida privada. Partindo-se do pressuposto de que, em tese, o uso de drogas afetaria apenas o usuário, não haveria que se discutir acerca da intervenção na vida privada deste indivíduo. Neste sentido, alega-se que o porte de drogas para uso próprio deveria ser banido do rol de condutas criminalizadas, tendo em vista que a sua prática não afeta, a princípio, qualquer bem jurídico de terceiros. Entretanto, existem aqueles que entendem que mesmo a posse para consumo pessoal necessita ser criminalizada, seja por uma questão de saúde pública com uma atuação do Estado em prol da prevenção e do bem estar do cidadão, como também de um combate ao financiamento do tráfico de drogas e do crime organizado, pois o consumo de entorpecentes financia estes grupos e a violência decorrente das disputas territoriais. Como deve atuar o Ministério Público em meio a este cenário? Os rumos da política criminal e do combate ao tráfico de drogas, o estágio atual da legislação antidrogas e as divergências na sua aplicação, os parâmetros para distinguir posse para consumo ou para tráfico, a discussão acerca da inconstitucionalidade da criminalização do porte de drogas, e a atuação do Ministério Público na aplicação deste âmbito do Direito Penal, também são debatidos neste episódio!


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Mar 08, 202401:02:27
#109 - Participação feminina nos cargos de liderança do sistema de Justiça

#109 - Participação feminina nos cargos de liderança do sistema de Justiça

Neste episódio, conversamos com Symara Motter, promotora de Justiça do MPPR e presidenta da Associação Paranaense do Ministério Público, sobre a  participação feminina no sistema de Justiça. Embora a participação feminina no Ministério Público e no Judiciário brasileiro tenha crescido significativamente nas últimas décadas, as desigualdades de gênero ainda persistem, especialmente nos cargos de liderança e decisão. Dados do CNMP revelam que, em 2018, as mulheres representavam 39% dos membros do Ministério Público, mas apenas 18% dos Procuradores-Gerais de Justiça e 24% nos cargos de secretários-gerais. No Judiciário, o cenário é similar: em 2019, as magistradas compunham 38,8% da magistratura nacional, mas apenas 25,7% dos desembargadores e 19,6% dos ministros dos Tribunais Superiores. Fatores como a maternidade, a carga dupla de trabalho e os estereótipos de gênero ainda dificultam o avanço das mulheres na carreira. Apesar dos desafios, é importante reconhecer os avanços conquistados. A Resolução CNJ n° 525/2023, por exemplo, que instituiu a política de alternância de gênero para a composição dos Tribunais, representa um marco histórico na luta pela igualdade no Judiciário. A criação de comissões de gênero e a implementação de medidas de apoio à conciliação entre vida pessoal e profissional também são importantes destaques das medidas conquistadas. A mobilização de diversos setores da sociedade, aliada à implementação de políticas públicas eficazes continuam sendo pautas necessárias para provocar a mudança de uma mentalidade predominantemente patriarcal, que privilegia o comportamento masculino. Estas medidas aplicadas pelo CNMP e CNJ, as dificuldades e resistências ainda encontradas nas lideranças das instituições e a institucionalização de práticas que possibilitem que mais mulheres ocuparem esses espaços são debatidas neste episódio.


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Feb 23, 202441:13
#108 - Liberdade de imprensa e responsabilização civil

#108 - Liberdade de imprensa e responsabilização civil

Neste episódio, conversamos com Leandro Assunção, promotor de Justiça do MPPR, sobre questões relacionadas à liberdade de imprensa e as repercussões da divulgação de acusações falsas e caluniosas. O STF estabeleceu um significativo marco no jornalismo brasileiro ao aprovar normas e critérios que passam a reger a liberdade de imprensa e a responsabilidade civil no Brasil. Trata-se de uma tese jurídica que define parâmetros para a responsabilização de órgãos de imprensa por declarações falsas de entrevistados que atribuam ilícitos a terceiros. Por unanimidade, o STF definiu a tese de repercussão geral Tema 995, em que órgãos de imprensa podem ser obrigados a pagar indenização no caso da existência de indícios concretos da falsidade das acusações proferidas pelos entrevistados, sem o devido cuidado da verificação dos fatos. Os ministros ressaltaram que a liberdade de expressão deve ser exercida com responsabilidade, permitindo a verificação e responsabilização das informações falsas ou caluniosas. A regra geral era a isenção de responsabilidade do veículo pelas declarações do entrevistado. Neste caso, como ficam as garantias de liberdade de imprensa e de liberdade de expressão? A responsabilização deveria ser apenas do entrevistado? Temos uma excessiva judicialização da esfera pública? Como garantir também o direito à boa fama e ao contraditório? O fenômeno das fakes news, sua ocorrência em período de eleições, a possibilidade de auto regulação pelos conselhos de imprensa e o combate às mídias de aluguel também são tema deste episódio.


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Feb 09, 202446:40
#107 - Violência doméstica contra crianças e adolescentes

#107 - Violência doméstica contra crianças e adolescentes

Neste episódio, conversamos com Renata Rivitti, promotora de Justiça do MPSP, sobre questões relacionadas à violência doméstica contra crianças e adolescentes. Números do Anuário Brasileiro de Segurança Pública de 2023 demonstram que entre a faixa de 0 a 17 anos, o registro de maus tratos a crianças e adolescentes cresceu 13,8%, e o registro de lesão corporal em contexto de violência doméstica, cresceu 3,5%, entre 2021 e 2022. Muitas dessas ocorrências são as chamadas violências intrafamiliares, que ocorrem no ambiente doméstico, possuem alto grau de reincidência, longa duração na vida da vítima e são perpetradas por pessoas conhecidas. Diante deste contexto, vamos debater sobre os 10 anos da Lei 13.010/14, a Lei da Palmada ou Lei Menino Bernardo. Quais os resultados obtidos deste de sua implementação e sua importância para a mudança da cultura do medo e da violência na criação dos filhos. Como as ações de conscientização de não violência, o amparo sócio-assistencial a vítimas e familiares e a mudança na perspectiva do exercício da autoridade parental têm obtido melhores resultados na garantia de direitos de crianças e adolescentes. Temas como o ensino domiciliar (homeschooling) e a implantação da Lei 14.717/23, sobre os órfãos do feminicídio, também são debatidos neste episódio.


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Jan 26, 202401:08:57
#106 - Nova Lei de Licitações

#106 - Nova Lei de Licitações

Neste episódio conversamos com Michelle Marry, Advogada da União e Coordenadora da Câmara Nacional de Licitações e Contratos Administrativos da AGU, sobre a nova lei de licitações. O regime jurídico de licitações públicas e contratos administrativos passou por uma completa reformulação. A Lei n.º 8.666/1993, depois de quase 30 anos de vigência, foi revogada pela Lei n.º 14.133/2021, espécie normativa esta que amalgamou inovações legislativas dos últimos anos e incorporou, no âmbito da Administração Pública, modalidades de controle externo, de governança pública e de compliance, tais como o estímulo à segregação de funções, o Plano de Contratações Anual, a modalidade de diálogo competitivo e a priorização do formato eletrônico como regra para as contratações públicas. A partir de 1° de janeiro de 2024, todas estas normativas deverão ser aplicadas em todas as licitações e contratos no Brasil. Qual o impacto que estas alterações têm resultado na governança, gestão e eficiência do gasto público? Como as práticas de fiscalização, probidade e persecução foram afetadas? A admissão de novas formas de contratação e a extinção de outras, como as situações em que cada uma deve ser aplicada também são abordadas neste episódio.


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Jan 12, 202401:13:54
#105 - Juiz das Garantias

#105 - Juiz das Garantias

Neste episódio, conversamos com Simone Schreiber, desembargadora do TRF2 e professora de Direito da Unirio, sobre a aplicação do juiz das garantias. O Supremo Tribunal Federal decidiu, em agosto de 2023, que a alteração no CPP, instituindo o juiz das garantias, é constitucional. Ficou estabelecido que a regra é de aplicação obrigatória, mas cabe aos tribunais estaduais e federais definirem o formato em suas respectivas esferas. O STF estabeleceu um prazo de até 24 meses  para que leis e regulamentos dos tribunais sejam alterados, a fim de  permitir a implementação do novo sistema, a partir de diretrizes fixadas pelo CNJ. Para o colegiado, as regras, introduzidas pelo Pacote Anticrime, são uma opção legítima do Congresso Nacional visando assegurar a imparcialidade no sistema de persecução penal. Questões sobre os impactos desta decisão para a estruturação dos tribunais no Brasil, as possibilidades de mudanças regionais nas organizações dos tribunais, a pertinência destas mudanças em face das garantias constitucionais, a garantia de continuidade no acesso à justiça, dentre outras, são tema deste episódio.


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Dec 15, 202301:15:38
#104 - Atuação das guardas municipais como forças de segurança

#104 - Atuação das guardas municipais como forças de segurança

Neste episódio, conversamos com Alexey Choi Caruncho, promotor de Justiça do MPPR, sobre o reconhecimento das guardas municipais como órgãos de segurança pública. O tema da municipalização das forças de segurança tem sido objeto de debate no cenário jurídico nacional. Enquanto alguns defendem que devem promover a segurança pública em nível local, há os que questionam a extensão de seus poderes e competências, inclusive com preocupações sobre possíveis abusos e violações de direitos. O debate jurisprudencial sobre este tema ganhou destaque nos tribunais superiores brasileiros. O STF e o STJ, em diferentes momentos, têm analisado a constitucionalidade e legalidade das atribuições das guardas municipais, na busca de parâmetros da sua atuação. Para tanto, debatemos sobre a ADPF 995, que decidiu sobre a inclusão da guarda municipal como órgão do Sistema de Segurança Pública. A Lei 13.022/2014 (que estabelece o Estatuto Geral das Guardas Municipais), os poderes e limites destas forças de segurança, a realização de buscas pessoais e domiciliares, sua militarização, o controle externo realizado pelo Ministério Público, bem como  as decisões do STJ relativas ao tema. A jurisprudência desses tribunais reflete a complexidade do tema, destacando a importância de uma legislação clara e abrangente que regulamente a atuação das guardas municipais, conferindo-lhes poderes proporcionais às suas responsabilidades.


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Produção: Samia Bonavides, Gabriel Oganauskas e Erica Lewin || Edição: Gabriel Oganauskas || Créditos: Aces High - KevinMacLeod (incompetech.com), CC BY 3.0 || Floating Whist by BlueDotSessions || In The Back Room by BlueDotSessions || The Stone Mansion by BlueDotSessions || Vienna Beat by BlueDotSessions || Jazzy Sax, Guitar, and Organ at the club - Admiral Bob feat. geoffpeters, CC BY 3.0

Dec 01, 202343:24
#103 - Desafios jurídicos no processo de adoção no Brasil

#103 - Desafios jurídicos no processo de adoção no Brasil

Neste episódio, conversamos com David Kerber de Aguiar, promotor de Justiça do MPPR, sobre as questões relacionadas ao processo de adoção no Brasil. Segundo o Sistema Nacional de Adoção, do CNJ, o Brasil tem 33.325 famílias na fila para adoção e 4.318 crianças aptas para serem adotadas. Isso indica que, para cada criança na espera para adoção, há quase oito famílias à procura de um filho adotivo. Das 4.318 crianças disponíveis para adoção no país, apenas 15% têm menos de 4 anos de idade. A grande maioria (63%) é maior de 6 anos e 34% já são adolescentes, com 14 anos ou mais. Em relação a raça e a cor das crianças, 54% são pardas, 28% são brancas e 17% pretas. Apesar do grande número de interessados, as adoções não se concretizam. Vamos abordar neste episódio quais os limites e desafios para a concretização dos processos de adoção no Brasil. Quais são os trâmites e critérios mais adequados para a destituição do poder familiar e como conciliá-los ao melhor interesse da criança. Como empreender o devido acolhimento destas crianças, em situação de vulnerabilidade, com a sua institucionalização ou o uso de famílias acolhedoras. Como o Ministério Público deve agir frente aos fenômenos da entrega espontânea, da desistência da adoção ou ainda da adoção intuitu personae. Estes e outros temas são abordados neste episódio.


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Nov 17, 202353:41
#102 - Perfil criminal e personalidade do agente na dosimetria da pena

#102 - Perfil criminal e personalidade do agente na dosimetria da pena

Neste episódio, conversamos com Guilherme Nucci, professor de Direito da PUC-SP e desembargador do TJSP, sobre perfilamento criminal e a personalidade do agente na dosimetria da pena. O criminal profiling, também conhecido como perfil criminal, é uma técnica investigativa que visa identificar e analisar características comportamentais, psicológicas e demográficas de um criminoso com base em evidências deixadas em cenas de crime ou locais frequentados pelo acusado. A prática do perfil criminal se baseia em compreender o comportamento do infrator, sua motivação, e, consequentemente, ajudar as autoridades na identificação e culpabilidade do agente criminoso. Vamos abordar neste episódio os aspectos do perfilamento criminal que influenciam principalmente na atuação do magistrado. Em relação a culpabilidade e a dosimetria da pena, como ferramenta crucial para entender o vínculo de causalidade do comportamento prévio do acusado bem como a gravidade do ilícito cometido e o risco que o mesmo representa para a sociedade. Através da compreensão mais profunda do comportamento e da psicologia do infrator, os juízes podem considerar fatores como a intencionalidade, a premeditação e o potencial de reincidência ao determinar a sentença apropriada. No entanto, é crucial que a dosimetria da pena baseie-se em evidências sólidas e em uma avaliação equilibrada de todos os fatores envolvidos, evitando assim possíveis preconceitos ou generalizações inadequadas que possam comprometer a devida aplicação do processo penal.


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Nov 01, 202301:01:47
#101 - Tutela provisória no processo coletivo

#101 - Tutela provisória no processo coletivo

Neste episódio, conversamos com Fredie Didier, professor de Direito da UFBA, sobre aspectos processuais da proteção dos direitos coletivos. O cenário atual da aplicação da tutela provisória no processo coletivo, em consonância com o Código de Processo Civil de 2015, revela mudanças significativas na forma como a justiça lida com litígios coletivos. A Lei da Ação Civil Pública (Lei 7.347/85) continua a ser um instrumento fundamental, permitindo que o Ministério Público e outras entidades representativas busquem a proteção de interesses difusos, coletivos e individuais homogêneos. O novo CPC trouxe uma abordagem mais clara e abrangente para a tutela provisória, estabelecendo critérios e procedimentos específicos para sua concessão. Isso influenciou diretamente a atuação do Ministério Público, tornando mais transparente o processo de obtenção da tutela provisória em ações coletivas. A nova legislação estabeleceu também a distinção entre a tutela de urgência e a tutela de evidência, permitindo ao Ministério Público selecionar a modalidade mais adequada para cada situação. Além disso, o sistema de precedentes judiciais, introduzido pelo novo CPC, desempenha um papel relevante na aplicação da tutela provisória no processo coletivo. Com base nas diretrizes do novo CPC e na jurisprudência acumulada, debatemos a promoção de uma justiça coletiva, utilizando a tutela provisória de maneira estratégica para a proteção dos interesses da sociedade.


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Oct 20, 202354:45
#100 - Rol taxativo de condutas e as alterações no art. 11 da LIA

#100 - Rol taxativo de condutas e as alterações no art. 11 da LIA

Neste episódio, conversamos com Rita Tourinho, promotora de Justiça do MPBA, sobre o rol taxativo de condutas ímprobas por infração aos princípios e as alterações no art. 11 da Lei de Improbidade de Administrativa. A implementação do rol taxativo de condutas trazido pela Lei 14.230/21  representa um momento significativo no cenário da Improbidade Administrativa no Brasil. Embora essa medida tenha sido apresentada como uma forma de clareza e segurança jurídica, ela suscita preocupações substanciais. Ao limitar as condutas passíveis de serem consideradas como improbidade administrativa, abrem-se brechas que permitem a impunidade de agentes públicos envolvidos em atos prejudiciais ao erário e à sociedade. A ampla discricionariedade que os tribunais tinham para avaliar casos de corrupção e desvio de recursos públicos agora se vê reduzida. Dessa forma, como estas alterações ferem os princípios do microssistema de combate à corrupção e a própria Constituição Federal? Quais os impactos já percebidos com estas implementações para a devida persecução penal? Quais as saídas processuais e extrajudiciais possíveis para os operadores ministeriais? Quais elementos ainda geram insegurança jurídica carecendo de maior solidez jurisprudencial? Estas e outras perguntas são abordadas neste episódio.


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Oct 06, 202301:04:13
#99 - Aplicação da Lei Maria da Penha nos casos de violência patrimonial

#99 - Aplicação da Lei Maria da Penha nos casos de violência patrimonial

Neste episódio, conversamos com Daniel Ferreira de Lira, promotor de Justiça do MPCE, sobre a violência patrimonial como espécie de violência praticada em razão do gênero. Dentre os cinco tipos de violência previstos na Lei Maria da Penha, a violência patrimonial difere das demais pelas características relacionadas ao controle material, sendo exercida muitas vezes de forma velada sobre a vítima. A chamada violência patrimonial é identificada por meio de atos que afetam emocionalmente a vítima, como, por exemplo, controlar o  acesso a dinheiro, conta bancária e cartões de crédito. Em casos de conflito declarado, pode acontecer também com a destruição de pertences pessoais,  retenção de documentos e a dificultação no uso de meios de comunicação, tudo com a intenção de desprover condições de manutenção das necessidades que todos temos para sobreviver. Mesmo sem agressões físicas, se trata de algo nocivo, e quando se mostra mais evidente nos processos de partilha é apenas extensão de algo que já vinha ocorrendo. Mas como perceber e constatar este abuso como sendo efetivamente uma violência? O que deve fazer a vítima? Pode o Ministério Público atuar, no âmbito cível, com a finalidade de suprir proteção a vítimas nestes casos? Quais as medidas cautelares possíveis para garantia de sobrevivência material e não dilapidação do patrimônio? Sendo a violência material também um crime contra a mulher, o Ministério Público pode atuar na defesa de seus interesses no juízo de família, ainda que se trate de bens defendidos por meio de sanção criminal? Estas e outras questões são tratadas no decorrer deste episódio!


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Sep 22, 202301:01:14
#98 - Lei Mariana Ferrer

#98 - Lei Mariana Ferrer

Neste episódio, conversamos com Fabíola Sucasas, promotora de Justiça do MPSP, sobre violência de gênero e a Lei n. 14.245/21. Em novembro de 2021 entrou em vigor a Lei Mariana Ferrer, cujo objetivo é coibir a prática de atos atentatórios à dignidade da vítima e de testemunhas de crimes. As imagens da audiência de instrução demonstram como a vítima passou por cenas de violência psicológica durante o ato processual, motivando as normativas estabelecidas neste conjunto legislativo. Enquanto juiz, promotor e defensor público se omitiam, o advogado de defesa do réu ofendeu por diversas vezes a honra da vítima, tentando desqualificá-la, apresentando fatos e provas alheias aos autos. Apesar do juiz repreender o advogado por algumas vezes, ele permitiu que as ofensas continuassem. As imagens levaram o CNJ a instaurar procedimento para investigar a conduta do magistrado. Por sua vez, a OAB absolveu o advogado do réu na seara administrativa disciplinar. Tais eventos nos fazem refletir se o Poder Judiciário está de fato preparado para cuidar dessas mulheres vítimas de violências sexuais. A Justiça deve ser um local de acolhimento para a mulher e a vítima tem que se sentir segura ao buscar ajuda. Os dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública registraram quase 75.000 estupros em 2022, o maior número da história. Vamos refletir se o sistema de Justiça está plenamente estruturado para ser efetivamente local de acolhimento e não de revitimização. Em como evitar que esses casos de humilhação desestimulem as vítimas a denunciar seus agressores.


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Sep 06, 202359:51
#97 - Estupro de vulnerável em meio virtual

#97 - Estupro de vulnerável em meio virtual

Neste episódio, conversamos com Tarcila Santos Teixeira, promotora de Justiça do MPPR, sobre as possibilidades de tipificação penal do estupro de vulnerável em meio virtual. Diante das facilidades advindas com a inovação tecnológica, como maior acesso à informação e conectividade entre as pessoas, este meio também se tornou um lugar propício para a ocorrência de atos criminosos. Embora qualquer pessoa possa ser vítima de crimes virtuais, as crianças são alvos mais suscetíveis, necessitando de maior cuidado e atenção. A possibilidade de anonimato no uso destas ferramentas no ambiente virtual se tornaram meios de incentivo a esse tipo de violência. Importunação, chantagem psicológica, humilhação, agressão ou difamação são atos que saíram da esfera física para o meio virtual. E os dados recentes sobre os atos de violência sexual contra crianças e adolescentes são estarrecedores. Quais os amparos necessários que o ordenamento jurídico brasileiro oferece às crianças vítimas de violência virtual? A ausência de leis específicas para violações como “estupro em meio virtual” e “sextorsão”, exigem a necessidade de posicionamentos doutrinários que permitam a aplicação da legislação, antes elaborada para situações presencias de violência, agora também para crimes realizados em ambientes virtuais, com consequências reais para as vítimas.


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Aug 25, 202301:04:12
#96 - Processo Criminal Transformativo

#96 - Processo Criminal Transformativo

Neste episódio, conversamos com Maurício Zanoide de Moraes, professor de Direito da USP, sobre a aplicação de medidas alternativas na resolução de conflitos no âmbito do direito penal. Dados de um relatório de 2022, do DEPEN do Ministério da Justiça, e do Grupo de Avaliação de Políticas Públicas e Econômicas da UFPE, apresentaram que a reincidência criminal ocorre entre 36% e 42% dos ex-detentos nos 13 estados estudados, no período de 2010 a 2021. Dentre os reincidentes, os delitos ligados ao patrimônio e ao tráfico de drogas apresentam maior taxa de reincidência. O aumento constante da população carcerária sobrecarrega o sistema penitenciário e acaba por criar ambientes propícios à formação de facções criminosas. A falta de investimentos na ressocialização de apenados é preocupante, com menos de 13% dos detentos com acesso a programas de capacitação profissional e educacional. Ademais, a violência persiste em comunidades onde a presença do Estado é escassa. Para pensar em soluções alternativas aos problemas apresentados pela atual política de segurança pública, debatemos a efetividade das práticas de justiça restaurativa e do processo criminal transformativo. Refletimos sobre as práticas do sistema acusatório e a necessidade de mudança de método e mentalidade para pensar em outras saídas. A necessidade de trabalhar com a noção de autorresponsabilização do infrator e ressignificar as noções de culpa e pena. E a aplicação de casos práticos e seus resultados frente a ocorrências criminais, como também a necessidade de uma mudança na condução de políticas públicas e assistenciais.


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Aug 11, 202301:12:44
#95 - Combate à lavagem de dinheiro

#95 - Combate à lavagem de dinheiro

Neste episódio, conversamos com Marianna Michelette da Silva, promotora de Justiça do MPMG e coordenadora da Coordenadoria Estadual de rastreamento de Ativos e Combate à Lavagem de Dinheiro (CORA-LD) do MPMG, sobre as estratégias de atuação no combate à lavagem de dinheiro. A lavagem de dinheiro é um crime que consiste em ocultar a origem ilícita de dinheiro ou bens adquiridos por meio de atividades ilegais. A prática é considerada criminosa em todo o mundo e é um dos principais mecanismos utilizados por organizações criminosas para movimentar recursos ilegais. Ela pode ser realizada de diversas formas, como por meio da compra de propriedades em nome de terceiros, transferências bancárias internacionais, entre outras. O objetivo é fazer com que o dinheiro ilícito aparente ter origem lícita, dificultando o seu rastreamento. Nosso arcabouço legislativo para o combate destas práticas é de 1998 composto pela Lei de Lavagem de Dinheiro, a Lei 9.613, alterada pela Lei 12.683/12 a qual suprimiu o rol taxativo de crimes antecedentes, fortaleceu o controle administrativo sobre setores sensíveis e ampliou as medidas cautelares patrimoniais incidentes sobre a lavagem de dinheiro, além da adesão a outras normativas internacionais. A idas e vindas na estruturação do COAF, a importância das investigações financeiras paralelas e o estabelecimento de núcleos de inteligência para o combate ao crime organizado também são temas tratados neste episódio.


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Jul 28, 202342:10
#94 - Transação e consensualidade na Improbidade Administrativa

#94 - Transação e consensualidade na Improbidade Administrativa

Neste episódio, conversamos com Elton Venturi, procurador da República do MPF, sobre a possibilidade de aplicação de medidas negociais no âmbito da Improbidade Administrativa. Durante aproximadamente 30 anos, a Lei de Improbidade Administrativa proibiu expressamente qualquer tipo de transação ou acordo nas investigações e nas ações judiciais em trâmite sobre esse tema, sob a justificativa de que o interesse público seria indisponível e a eventual solução negocial não o protegeria adequadamente. A impossibilidade de acordo aplicava-se não apenas aos servidores públicos, mas também a quem induzisse ou concorresse à prática de ato de improbidade ou dele se beneficiasse. Em muitas dessas situações, havia o evidente interesse das autoridades públicas e das próprias empresas em buscar uma composição, mas a proibição expressa impedia que as negociações avançassem. Com o advento da Lei 13.964/19, o  chamado Pacote Anticrime, tivemos a criação da figura do Acordo de Não Persecução Civil, e assim um novo instrumento de incentivo à solução consensual quando esta for a possibilidade mais viável para reparar o dano ao erário. Sobre as possibilidades de aplicação deste novo dispositivo negocial no âmbito da Improbidade Administrativa e sua eficiência na resolução dos mesmos, abordamos neste episódio.


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Jul 14, 202352:01
#93 - Direito das Famílias na perspectiva dos Direitos Humanos

#93 - Direito das Famílias na perspectiva dos Direitos Humanos

Neste episódio, conversamos com Eduardo Cambi, desembargador do TJPR, sobre o direito das Famílias na perspectiva dos Direitos Humanos. A concepção de família e sua dinâmica de relacionamento têm sofrido transformações múltiplas no decorrer dos anos. Essas mudanças trouxeram novos ideais e provocaram um declínio da noção de família patriarcal, lançando as bases de sustentação e compreensão dos Direitos Humanos no âmbito do direito das famílias, a partir da noção da dignidade da pessoa humana. Neste sentido, hoje, delineia-se um novo tipo de família e consequentemente um novo direito de família. Nesta perspectiva, da noção de famílias multifacetadas, abordamos neste episódio temas como a teoria crítica na interpretação do direito de família e a aplicação do processo reestruturante na solução de conflitos familiares. O conceito de família e suas relações de gênero, a aplicação do protocolo de gênero nos casos de família, os avanços jurisprudenciais na interpretação das relações familiares e a harmonização e a convencionalidade do direito das famílias, também são revistos numa leitura civil constitucional e dos direitos humanos.


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Jun 30, 202355:45
#92 - Protocolo para julgamento com perspectiva de gênero

#92 - Protocolo para julgamento com perspectiva de gênero

Neste episódio, conversamos com Ivana Farina Navarrete Pena, procuradora de Justiça do MPGO, sobre a aplicação do protocolo de julgamento sob a perspectiva de gênero. O protocolo de gênero nos julgamentos brasileiros é uma ferramenta que busca garantir a igualdade de gênero e combater a discriminação e violência contra a mulher. Elaborado em 2021, o documento intitulado “Protocolo para Julgamento com Perspectiva de Gênero” tem origem nos estudos desenvolvidos por um grupo de trabalho instituído pelo CNJ, com a finalidade de colaborar com a implementação das políticas nacionais de Enfrentamento à Violência contra as Mulheres. Em março de 2023, com a aprovação da Resolução nº 492 pelo pleno do CNJ, tornou-se obrigatória a aplicação das diretrizes do referido protocolo para todas as instâncias do poder judiciário. As novas regras impõem diretrizes para julgamentos que tratam de questões de gênero e que, geralmente, têm mulheres como vítimas. Quais são as orientações quanto aos procedimentos e medidas preventivas na atuação dos magistrados para implementação destas diretrizes? Quais as principais dificuldades e conflitos culturais enfrentados na aplicação destas normativas?  As medidas de monitoramento referentes a essas diretrizes, a representatividade feminina no judiciário, o caso Mariana Ferrer e a atuação do Ministério Público na garantia destes direitos são questões também abordadas neste episódio.

Protocolo para Julgamento com Perspectiva de Gênero - CNJ: https://www.cnj.jus.br/wp-content/uploads/2021/10/protocolo-18-10-2021-final.pdf

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Jun 16, 202356:40
#91 - Gerenciamento Consensual do Processo

#91 - Gerenciamento Consensual do Processo

Neste episódio, conversamos com Felipe Forte Cobo, Juiz de Direito do TJPR e professor de Direito sobre a aplicação de medidas consensuais na gestão processual. O Processo Civil brasileiro, principalmente após a entrada em vigor do atual CPC, possui características gerais de uma racionalidade gerencial, que orienta a reformulação de diversos sistemas processuais. Traz consigo um novo paradigma de organização do processo, caracterizado na busca pela maior eficiência processual e pela primazia da consensualidade. Tradicionalmente, os atos de organização processual são vistos como eminentemente judiciais, ligados à autoridade pública do juiz e à formalidade do processo. Essa perspectiva, contrasta com a valorização da consensualidade, que promove um protagonismo das partes e não do juiz, o que é visto como tendencialmente mais eficiente. A atividade de gestão processual deve ir além ao exigir que os atos organizacionais do processo sejam justificados à luz da eficiência processual, privilegiando-se uma eventual consensualidade, mas também a organização do processo para uma possível resolução adjudicada do mérito, bem próprias de um sistema de justiça multiportas. Neste sentido, vamos debater neste episódio sobre o gerenciamento consensual do processo!


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Jun 02, 202340:48
#90 - Litigância repetitiva e encurtamento do trâmite processual

#90 - Litigância repetitiva e encurtamento do trâmite processual

Neste episódio, conversamos com Susana Henriques da Costa, promotora de Justiça do MPSP e professora de Direito da USP, sobre o acesso à justiça e as eventuais exorbitâncias relacionadas à litigância excessiva no Brasil. A Base Nacional de Dados do Poder Judiciário, mantida pelo Conselho Nacional de Justiça, contabilizou mais de 77 milhões de processos em tramitação nos tribunais e varas do Brasil até o dia 28 de fevereiro de 2023. Em 2022, foram protocolados mais de 30 milhões de casos novos e foram julgados mais de 28 milhões de processos. É preciso refletir sobre as medidas de gestão utilizadas para a realidade do Judiciário brasileiro. O que representam estas cifras de processos na casa dos milhões? Uma excessiva litigância acarretada pela facilidade de acesso à justiça ou uma ineficiência do sistema Judiciário no atendimento das demandas? Abordamos também o peso das execuções fiscais neste volume de processos, a ocorrência dos IRDRs (Incidente de Resolução de Demandas Repetitivas), as normativas do CNJ para a gestão processual, as polêmicas relacionadas às propostas de alteração da ação civil pública, a litigância predatória e excessiva, e o estudo referente ao chamado “julgamento em extinção” (vanishing trial), de Marc Galanter.


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May 19, 202356:45
#89 - Princípio da afetividade no direito de família

#89 - Princípio da afetividade no direito de família

Neste episódio, conversamos com Andréa Pachá, desembargadora do TJRJ, sobre a aplicação do princípio da afetividade nas decisões judiciais afeitas ao direito de família. Pachá foi a primeira mulher a ocupar a vaga de conselheira destinada a magistrados estaduais, no CNJ. Atuou durante 20 anos em Varas de Família e se tornou conhecida escritora e comentarista de rádio e TV, com a produção de crônicas sobre as histórias e conflitos de família que presenciou enquanto magistrada. Ela nos traz suas experiências sobre o desenvolvimento dos novos modelos de relações familiares, que apesar de não estarem previstos na Constituição Federal, são pautados especialmente no afeto, elemento essencial para caracterização da família contemporânea. A doutrina e a jurisprudência hoje já admitem a importância do afeto para as formações familiares, sobrepondo-se até mesmo sobre vínculos biológicos e gerando efeitos jurídicos. Afeto este que podemos considerar como decorrência dos princípios constitucionais da dignidade da pessoa humana, em que se leva em consideração o carinho e amor que existe entre as pessoas. Como já disse Maria Berenice Dias “a afetividade é o princípio que fundamenta o Direito de Família na estabilidade das relações socioafetivas e na comunhão de vida, com primazia em face de considerações de caráter patrimonial ou biológico”. A solidificação da afetividade nas relações sociais é forte indicativo de que a análise jurídica não pode restar alheia a este relevante aspecto dos relacionamentos.


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May 05, 202301:01:39
#88 - Justiça penal negocial

#88 - Justiça penal negocial

Neste episódio, conversamos com Vinícius Vasconcellos, professor de Direito da Universidade Estadual de Goiás e ex-assessor do STF, sobre justiça penal negocial, na perspectiva do ordenamento jurídico brasileiro. A ideia de inserção de fórmulas negociais no processo penal sempre suscita questionamentos, gera controvérsias. A cada nova proposta de lei buscando a abreviação do processo ou a obtenção de provas por meios consensuais, surgem as críticas relativas a uma suposta sobreposição de critérios de efetividade em relação aos critérios de justiça. As últimas décadas foram pródigas em trazer categorias negociais ao processo penal brasileiro. Desde a entrada em vigor da Lei 9.099/95, a legislação brasileira foi constantemente modificada, e isso resultou em institutos como a transação penal, a suspensão condicional do processo e, mais recentemente, a colaboração premiada, os acordos de leniência e o acordo de não-persecução penal (ANPP). Diante da dificuldade do Estado em investigar, processar e julgar os milhares de casos que deságuam, diariamente, nas varas criminais, os institutos de consenso foram vistos como uma solução viável. Pensando neste cenário, nossa conversa abordou a efetividade destas soluções para a resolução de conflitos penais, bem como seu vínculo com o sistema de garantia de direitos na justiça brasileira.


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Apr 20, 202345:57
#87 - Guarda unilateral e o princípio do melhor interesse

#87 - Guarda unilateral e o princípio do melhor interesse

Neste episódio, conversamos com Maria Berenice Dias, jurista, desembargadora aposentada do TJRS e vice-presidente do IBDFAM, sobre o instituto da guarda e o princípio do melhor interesse de crianças e adolescentes. O direito de família contemporâneo experimenta uma evolução com novos institutos, adequando-se às exigências dos relacionamentos que também passam por outras experiências, tudo no intuito de atender às necessidades que vão se conformando em modelos mais flexíveis. Com o propósito de respeitar os fundamentos da proteção integral da infância e da juventude, surgiu o instituto da guarda compartilhada ou guarda conjunta como mecanismo que resguarda interesses das crianças e adolescentes quando das dissoluções dos vínculos do casal. O princípio do melhor interesse da criança e do adolescente está previsto no art. 227 da CF e no artigo 3° do Estatuto da  Criança e do Adolescente, cuja finalidade é a de proteger de forma  integral e com absoluta prioridade seus direitos fundamentais. Neste sentido, em que circunstâncias se estabelece a escolha entre a guarda compartilhada e a guarda unilateral? Abordaremos também as noções de guarda alternada, o exercício do poder familiar e a possibilidade de sua abdicação, as situações de abandono afetivo e a ocorrência de alienação parental. Estas e outras questões são objeto deste episódio.


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Apr 05, 202347:41
#86 - Direito à convivência familiar e comunitária de crianças e adolescentes

#86 - Direito à convivência familiar e comunitária de crianças e adolescentes

Neste episódio, conversamos com Luciano Machado de Souza, professor de Direito e promotor de Justiça do MPPR, sobre a efetivação do direito à convivência familiar e comunitária de crianças e adolescentes. O  acolhimento  institucional  de  crianças e  adolescentes  em  situação de vulnerabilidade, embora tenha caráter protetivo, está diretamente relacionado com hipóteses de afastamento  do  convívio  familiar  e  comunitário. Enquanto família, Estado e sociedade são solidariamente responsáveis na tarefa de resguardar os direitos de crianças e adolescentes, é necessário avaliar em quais hipóteses é cabível efetivar tal afastamento. Como o sistema normativo distribui a responsabilidade pela efetivação deste direito à convivência familiar e comunitária de crianças e adolescentes? Como é a interpretação jurisprudencial a respeito desta temática? Se aquele núcleo primeiro, de pais e filhos, não cumpre aquelas funções de proteção integral e de acolhimento, a família extensa tem direito de pleitear a guarda deles para evitar a colocação em família substituta? Como o Plano Nacional de Promoção, Proteção e Defesa do Direito de Crianças e Adolescentes à Convivência Familiar e Comunitária trata esta questão? Quais são as medidas e ações, no âmbito da atribuição do Ministério Público que podem e devem ser utilizadas para se efetivar o direito à convivência familiar e comunitária em relação às crianças e aos adolescentes? Estas e outras questões são abordadas neste episódio.


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Mar 24, 202352:17
#85 - Decisões transjusfundamentais do Supremo Tribunal Federal

#85 - Decisões transjusfundamentais do Supremo Tribunal Federal

Neste episódio, conversamos com Christine Peter, professora de Direito da UniCEUB e assessora jurídica do Min. Luiz Edson Fachin, no STF, sobre o tema da circulação de precedentes e a migração de ideias sobre direitos fundamentais entre as Cortes supremas nacionais. O Direito Comparado se dedica a estabelecer parâmetros de análise entre sistemas jurídicos de diferentes países, sendo possível identificar semelhanças e diferenças que permitem a aplicação de diferentes soluções para os problemas legais enfrentados. Neste sentido, apresentamos como se insere o conceito de transjusfundamentalidade no âmbito desta migração de precedentes para melhor efetivação dos direitos fundamentais. Conversamos também sobre a ADPF 347, que aborda o estado de coisas inconstitucional do sistema penitenciário brasileiro e como seu julgamento trabalhou com o fundamento de precedentes utilizados em outros países. Além de outros casos já abordados pelo Supremo Tribunal Federal, referentes a mesma temática, também conversamos sobre a relação entre a efetividade dos direitos das mulheres, a transjusfundamentalidade e o Constitucionalismo Feminista enquanto meio de transformação das bases jurídicas e culturais que sustentam tais disparidades na efetivação dos direitos das mulheres.

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Mar 10, 202353:54
#84 - Medidas assecuratórias cíveis

#84 - Medidas assecuratórias cíveis

Neste episódio, conversamos com Marcos Porto Soares, promotor de Justiça do MPPR e professor de Direito, sobre as polêmicas que envolvem a aplicação das medidas executivas atípicas. Sabemos que o processo de execução é tão importante quanto o processo de conhecimento, pois é por meio da execução que se tem a satisfação de um direito já reconhecido. De nada adianta ter acesso ao judiciário sem que, ao final, seja possível a efetivação do que foi buscado. Uma eventual falha na satisfação do conteúdo do direito, no plano fático, efetivamente vulnera o devido processo legal e também fere o direito fundamental do acesso à justiça. O que fazer após o juiz ter esgotado todos os meios típicos de coação para o cumprimento de uma sentença com vistas a satisfazer definitivamente o direito? O pleno do STF, no julgamento da ADIN 5491, declarou ser constitucional a aplicação das medidas executivas atípicas do artigo 139, inciso IV, do CPC. Diante disso, não sendo as medidas típicas suficientes para a satisfação da tutela executiva, quais as possibilidades de uso das medidas assecuratórias cíveis no âmbito da atuação do Ministério Público, em especial, na improbidade administrativa? Estas e outras questões são abordadas neste episódio.

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Feb 24, 202357:35
#83 - As políticas raciais e a legislação antirracista

#83 - As políticas raciais e a legislação antirracista

Neste episódio, conversamos com Rita de Oliveira, Defensora Pública da União e Secretária-Executiva do Ministério dos Direitos Humanos, sobre a implantação de políticas raciais e o desenvolvimento de uma legislação antirracista no Brasil. Abordamos neste episódio a Lei 14.532/23 que promoveu mudanças no texto da lei que tipifica os crimes raciais (Lei 7.716/89), trazendo algumas causas de aumento de pena, ajustando a redação de alguns dos seus artigos e, principalmente, tipificando a injúria racial como crime de racismo. Comentamos também a criação da Comissão de Juristas Negros e sua atuação como um braço da sociedade civil na consultoria da formulação de leis e políticas de estado, vinculadas à superação do racismo no pais. No âmbito das políticas raciais vamos tratar dos 10 anos da Lei de Cotas e as desigualdades na destinação de recursos nas políticas de incentivo cultural, como a Lei Aldir Blanc. Por fim, tratamos também sobre a situação política no âmbito dos Direitos Humanos e como a mesma se desenvolveu nos últimos anos.

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Feb 10, 202346:59
#82 - As principais decisões jurisprudenciais de 2022 - Parte 2

#82 - As principais decisões jurisprudenciais de 2022 - Parte 2

Neste episódio, conversamos com Rafael Pereira e Thimotie Aragon Heemann, promotores de Justiça do MPPR e professores de Direito, sobre importantes decisões jurisprudências de 2022 para a atuação do Ministério Público. Os julgados que foram selecionados são apresentados em dois episódios, sendo esta a segunda parte na qual tratamos novamente de questões relativas à interpretação legislativa. Abordamos a Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 4768 que trata sobre a prerrogativa de membros do MP de se sentarem ao lado de juízes durante as sessões de julgamentos. O Recurso Extraordinário (RE) 1008166 que fixou o entendimento de que a educação básica é um direito fundamental e garantiu o dever constitucional do Estado de assegurar vagas em creches e na pré-escola às crianças de até 5 anos de idade. E de um processo, tramitado no STJ, sobre a possibilidade de violação ao princípio do promotor natural frente a atuação do Grupo de Atuação Especial do Ministério Público. Não deixe de conferir também a primeira parte, com outros importantes julgados selecionados.

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Jan 27, 202341:10
#81 - As principais decisões jurisprudenciais de 2022 - Parte 1

#81 - As principais decisões jurisprudenciais de 2022 - Parte 1

Neste episódio, conversamos com Rafael Pereira e Thimotie Aragon Heemann, promotores de Justiça do MPPR e professores de Direito, sobre importantes decisões jurisprudências de 2022 para a atuação do Ministério Público. Os julgados que foram selecionados são apresentados em dois episódios, sendo esta a primeira parte na qual abordamos duas alterações legislativas importantes, a abrangência das mesmas e a constitucionalidade delas segundo a ótica dos tribunais superiores. As alterações na Lei de Improbidade Administrativa e suas implicações sobre a abrangência do disposto na Lei 14.230/2021 e algumas modificações na Lei Maria da Penha. Para tanto, tratamos do Recurso Extraordinário com Agravo (ARE) 843989 no qual o STF adotando a sistemática da repercussão geral estipulou no tema 1199 diversas repercussões na lei de improbidade administrativa em especial sobre a irretroatividade. Sobre a LIA, também abordamos as Ações Diretas de Inconstitucionalidade (ADI) 7042 e 7043 nas quais o STF decidiu que entidades públicas lesadas em decorrência de atos de improbidade também estão autorizadas a agir e celebrar acordos de não persecução civil. Há ainda a medida cautelar na ADI 7.236 ingressada pela CONAMP, que suspendeu a eficácia de vários artigos da LIA. Sobre a Lei Maria da Penha, abordamos a Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 6138 na qual o STF considerou válida a alteração promovida na Lei Maria da Penha (Lei 11.340/2006) para permitir que, em casos excepcionais, a autoridade policial afaste o suposto agressor do domicílio ou do lugar de convivência quando for verificado risco à vida ou à integridade da mulher, mesmo sem autorização judicial prévia. Não deixe de conferir também a segunda parte, no próximo episódio, com outros importantes julgados selecionados.

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Jan 13, 202352:48
#80 - A Justiça Restaurativa no âmbito do direito criminal

#80 - A Justiça Restaurativa no âmbito do direito criminal

Neste episódio, conversamos com Raffaella Pallamolla, professora de Direito da Universidade La Salle, no Rio Grande do Sul, sobre a Justiça Restaurativa no Brasil. A Justiça Restaurativa representa um nicho teórico e um conjunto de práticas que se propõem a ressignificar a construção da solução de conflitos, situação especialmente complexa quando no âmbito do direito criminal. Para sua aplicação, a JR não precisa necessariamente estar vinculada ao sistema formal de justiça, mas no Brasil ela ganhou espaço sob o protagonismo do Poder Judiciário por meio da resolução 225/2016 do CNJ. Ainda sim, ela é objeto de grande preconceito, normalmente vista com certas reservas, mesmo com a presença de uma rede restaurativa de significativa expressão. Quais os ganhos no uso da JR em complemento à justiça convencional? Qual é o significado da ausência de uma regulação legislativa sobre o tema? Existem muitos problemas na aplicação da Justiça Restaurativa nos casos de violência doméstica. Como o tema tem sido tratado? Estas e outras questões são abordadas neste episódio.

Acesse:

Fórum Latino-americano de Justiça Restaurativa - @forolatamjr

Escola Justiça Restaurativa Crítica - @jrcritica

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Dec 16, 202249:60
#79 - O garantismo penal e a modulação do poder punitivo

#79 - O garantismo penal e a modulação do poder punitivo

Neste episódio, conversamos com Ana Cláudia Pinho, promotora de Justiça do MPPA e professora de Direito da UFPA, sobre o garantismo e seu papel no sistema penal. Debatemos sobre uma compreensão da teoria garantista de Luigi Ferrajoli e a aplicação dos seus princípios constitucionais no direito brasileiro. Entre a concepção dos que dão ênfase a persecução penal, com a expectativa que desestimule às novas práticas delitivas, e aos que priorizam a presunção de inocência e as garantias constitucionais ante aplicação do direito penal, o que é o garantismo como concebido pelo filósofo italiano Luigi Ferrajoli? Quais suas principais bases teóricas e a atenção dada a vítima neste contexto? Quais as dificuldades para se aplicar a teoria do garantismo no Brasil? Como conciliar o conflito jurisprudencial entre tribunais superiores e tribunais regionais na interpretação da aplicação do direito penal, em especial na aplicação do habeas corpus? Qual a importância do garantismo para uma atuação adequada do MP, no cumprimento de sua missão no campo penal? Estas e outras questões também são abordadas neste episódio.

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Dec 02, 202254:21
#78 - Constitucionalismo Feminista: o que muda na interpretação do direito

#78 - Constitucionalismo Feminista: o que muda na interpretação do direito

Neste episódio, conversamos com Estefânia Barboza, professora de Direito da UFPR, sobre o Constitucionalismo Feminista. Falar sobre a interpretação do direito por meio de um Constitucionalismo Feminista requer que se fale sobre gênero e perspectiva de gênero. Neste sentido, poderíamos afirmar que o constitucionalismo tem gênero? No que consiste o Constitucionalismo Feminista? Simone de Beauvoir, já dizia que “ninguém nasce mulher, torna-se mulher”. A mulher, na perspectiva biológica, tem um sexo feminino, mas sob o ponto de vista social, o gênero feminino lhe confere uma condição que, embora desfrutando do direito à equidade, sofre limitações. Podemos dizer que essas diferenças também estão refletidas na interpretação jurisprudencial do Direito? Como é possível incrementar as lentes interpretativas do direito para ser mais efetiva a mudança que precisa se operar no campo da equidade de gênero? Como a produção legislativa interfere nessa dinâmica? Muitos são os instrumentos, mecanismos e métodos que hoje são pesquisados para uma prática mais efetiva com vistas à essa mudança cultural. Temos agora a possibilidade de falar sobre a utilização das lentes de gênero na interpretação do direito, e nesta perspectiva, num Constitucionalismo Feminista.

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Nov 18, 202247:56
#77 - Medidas socioeducativas em meio aberto

#77 - Medidas socioeducativas em meio aberto

Neste episódio, conversamos com Danielle Tuoto, promotora de Justiça do MPPR, sobre a atuação do Ministério Público na aplicação de medidas socioeducativas em meio aberto. A proteção à infância e juventude após a Constituição Federal de 1988 e o Estatuto da Criança e do Adolescente são marcos normativos que representam a ruptura com o antigo sistema por meio da doutrina da proteção integral, colocando crianças e adolescentes na condição de sujeitos de direito, ao lhes reconhecer a condição peculiar de pessoas em desenvolvimento. Considerando a necessidade de resolução de problemas relacionados à situação de adolescentes em conflito com a lei, as medidas socioeducativas em meio aberto são um meio adequado de atenção especial e eficiente para crianças e adolescentes? Como funcionam as chamadas medidas de Liberdade Assistida e a Prestação de Serviços à Comunidade? O que são os sistemas SUAS e SINASE e como contribuem para o atendimento socioeducativo? Como se dá a articulação orçamentária para que seja possível implementar as políticas públicas socioeducativas? É importante o MP se ocupar disso? Estas e outras questões também são abordadas neste episódio.

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Nov 04, 202248:59
#76 - Ministério Público: de fiscal da lei a indutor de políticas públicas

#76 - Ministério Público: de fiscal da lei a indutor de políticas públicas

Neste episódio, conversamos com Rafael Viegas, pesquisador em administração pública e governo da FGV-SP, sobre a atuação do Ministério Público nos âmbitos da fiscalização da ordem jurídica à elaboração de políticas públicas. A partir dos estudos desenvolvidos pelo nosso convidado, sobre a atuação dos agentes ministeriais, vamos dialogar sobre a relevância desta instituição no cenário jurídico e político nacional. Como o mapeamento normativo-institucional do Ministério Público brasileiro, denota uma maior ou menor intervenção desta instituição no estabelecimento das políticas públicas?  Como os critérios de avaliação de desempenho dos membros do MP influenciam nesta atuação? Até que ponto a atuação extrajudicial é estimulada e priorizada? O Conselho Nacional do Ministério Público estabelece diretrizes estimulando promotores e procuradores a participarem em todas as etapas do ciclo de formulação de políticas públicas? Como o conceito de capacidades estatais se aplica para avaliarmos a atuação do Ministério Público ou mesmo para avaliarmos a pertinência da intervenção ministerial no estabelecimento de uma política pública? E ainda neste aspecto de intervenção democrática, ou accountability,  como você avalia a atuação do Ministério Público brasileiro a nível comunicacional, de ocupação das redes sociais enquanto espaços de formação de opinião e de democracia digital? Estas e outras questões também são abordadas neste episódio.

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Oct 21, 202240:52
#75 - Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais

#75 - Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais

Neste episódio, conversamos com Danilo Doneda, professor de Direito do IDP e membro do Conselho Nacional de Proteção de Dados e da Privacidade, sobre a aplicação dos princípios que regem a proteção de dados pessoais no Brasil. Contamos também com a participação do promotor de Justiça Murilo Cezar Soares e Silva, do MPPR. Quais são os principais parâmetros e normativas estabelecidos pela LGPD? Com a sua entrada em vigência no ano de 2020, como tem sido a adequação das instituições públicas e privadas a esta normativa? Qual tem sido a recepção e o desenvolvimento jurisprudencial desta normativa nos tribunais superiores?  As polêmicas que envolvem a atuação da Autoridade Nacional de Proteção de Dados Pessoais, o Decreto Federal 10.046 de 2019, que trata do compartilhamento de dados no âmbito da administração pública e a criação do Comitê Central de Governança de Dados, dentre outras questões que também serão abordadas neste episódio.

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Oct 07, 202255:34
#74 - OKR: planejamento, gestão e equidade de gênero

#74 - OKR: planejamento, gestão e equidade de gênero

Neste episódio, conversamos com Marcos Barros, fundador da Oxford Business Master, sobre as estratégias de aplicação da metodologia OKR para a promoção de maior equidade de gênero. Samia Bonavides, procuradora de Justiça do MPPR, assume a apresentação do podcast, contando com a participação especial de Mariana Dias Mariano, promotora de Justiça do MPPR. Debatemos sobre o que são OKRs e qual a sua importância para a implantação de um modelo de gerenciamento institucional mais horizontal. Em organizações jurídicas, com uma estrutura tradicional e hierárquica tão demarcada, como essa metodologia pode auxiliar nesta mudança de cultura? Como podemos implementar estratégias que propiciem mudanças reais nas estruturas organizacionais de forma a promover a equidade de gênero nas instituições públicas? Qual a importância de termos mais mulheres ocupando os espaços públicos e de liderança para que mudanças sejam promovidas? Estas e outras questões são abordadas neste episódio.

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Sep 23, 202239:07
#73 - Direitos reprodutivos e interrupção da gravidez
Sep 09, 202243:09
#72 - Lei do Sinal Vermelho contra a violência doméstica
Aug 26, 202242:27
#71 - A Lei Henry Borel: proteção à criança contra a violência doméstica

#71 - A Lei Henry Borel: proteção à criança contra a violência doméstica

Aug 12, 202245:60
#70 - O dolo e a culpa em uma leitura psicanalítica
Jul 29, 202230:09
#69 - As alterações na Lei de Alienação Parental e a violência de gênero
Jul 15, 202248:46
#68 - Pornografia de Vingança
Jul 01, 202238:36
#67 - Regulação e persecução patrimonial de criptoativos
Jun 15, 202244:12
#66 - Criminologia Feminista
Jun 03, 202201:05:58
#65 - Fake news, eleições e liberdade de expressão
May 20, 202243:38
#64 - Famílias simultâneas e suas repercussões jurídicas

#64 - Famílias simultâneas e suas repercussões jurídicas

Neste episódio, conversamos com Carlos Pianovski, professor de Direito da UFPR e presidente do IBDFAM, sobre a noção de famílias simultâneas e suas repercussões para o direito de família. O conceito de famílias simultâneas foi debatido por ocasião do julgamento RE 883.168, realizado pelo STF, no qual se discutiu o reconhecimento de direitos previdenciários a um indivíduo que tenha mantido relações de longa duração com outra pessoa casada. Nesta ocasião, o STF formou maioria pelo não reconhecimento de tais direitos. Como esta decisão se alinha com os precedentes já firmados sobre esta temática? Resta a hipótese de reconhecimento de algum tipo de relação simultânea e o seu consequente reconhecimento de direitos? Quais os efeitos jurídicos e suas repercussões no direito de alimentos, nos direitos sucessórios, nos direitos de convivência, dentre outros?  Estas e outras questões são abordadas neste episódio.

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May 06, 202255:42
#63 - Direito antidiscriminatório e discriminação indireta

#63 - Direito antidiscriminatório e discriminação indireta

Neste episódio conversamos com Wallace Corbo, professor de Direito da FGV-RJ, sobre o tema da discriminação indireta. Ainda pouco abordado na literatura jurídica nacional, o tema da discriminação indireta se faz presente na jurisprudência do Supremo Tribunal Federal em poucas ocasiões, envolvendo situações de discrimação de gênero referentes a mulheres e homossexuais. Nestes casos, a discriminação indireta foi entendida como uma ação que, apesar de desprovida de intenção discriminatória, acaba por produzir efeitos desproporcionais a determinados grupos ou pessoas. A partir deste fundamento, quais são os principais elementos e características que compõem a ocorrência desta discriminação? Como estabelecer a manifestação de tais práticas discriminatórias quando estas se apresentam de maneira velada por meio de relações muitas vezes legitimadas social e juridicamente?  Qual é o amparo jurídico presente na legislação brasileira para esse enquadramento jurídico? Estas e outras questões são abordadas neste episódio.

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Apr 20, 202249:58
#62 - Os direitos humanos da vítima no processo penal

#62 - Os direitos humanos da vítima no processo penal

Neste episódio conversamos com Guilherme Carneiro de Rezende, promotor de Justiça do MPPR, sobre os direitos humanos da vítima no processo penal. Tendo por base as decisões da Corte Interamericana de Direitos Humanos em que o Brasil foi condenado, estabelecemos um diálogo que ultrapassa o viés reducionista destas demandas, enquanto obrigações negativas, para compreendê-las também numa perspectiva positiva de uma prestação jurisdicional adequada. Como o atual desenho legislativo e jurisprudencial ampara os direitos humanos da vítima? O recurso ao controle de convencionalidade,  para o estabelecimento de garantias de direitos na aplicação do direito penal, acaba por expor as fragilidades deste sistema? Qual o valor probatório da vítima em casos que apenas ela pode ser inquirida como testemunha? Como a Lei Mariana Ferrer (Lei 14.425/2021)  busca corrigir abusos contra as mulheres nestes casos de testemunhos? A Lei da Escuta Especial poderia ser aplicada aos casos de violência doméstica contra mulheres adultas?  Estas e outras questões são abordadas neste episódio.

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Apr 08, 202233:48