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O Lado B de Brasília

O Lado B de Brasília

By Juliana Martins

O podcast tenta mostrar o Lado B de personalidades que trabalham em Brasília. A intenção é destacar o lado mais "gente como a gente" de pessoas que ganham notoriedade pelo trabalho na capital do Brasil.
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Kajuru: Desejar o bem, não importa a quem

O Lado B de BrasíliaMay 18, 2021

00:00
25:26
Valmir Assunção: "O precoceito faz parte da elite rica desse País"

Valmir Assunção: "O precoceito faz parte da elite rica desse País"

O Lado B de hoje traz a primeira entrevista com um político que disse que não tem qualquer apego com a política, mas exclusivamente com a causa dos trabalhadores sem terra. Valmir Assunção diz que deve tudo ao movimento, que levou ele até a Câmara dos Deputados, onde está no quarto mandato.

Católico, ele vai a terreiro com a companheira e defende respeito, na religião e em todas as esferas da vida. Baiano, ele ama carnaval, mas defende que o São João deveria ser feriado nacional.

Valmir Assunção não gosta de falar da vida pessoal, mas como um bom brasileiro, confessa o amor pelo futebol. Com carinho, ele conta das origens e de como é a sensação de sempre voltar para a casa dos pais, em Itamaraju, no sul da Bahia.


May 12, 202339:38
Delegada Ione e o machismo: "Não é porque a senhora está chegando e é chefe que vai fazer e acontecer"

Delegada Ione e o machismo: "Não é porque a senhora está chegando e é chefe que vai fazer e acontecer"

Autonomia e independência foram guias da entrevistada do Lado B de Brasília. A deputada federal delegada Ione começou a trabalhar cedo e, aos 18 anos de idade, já tinha a própria empresa.

Ione já chefiou até cadeia pública e enfrentou em todas áreas profissionais em que passou os desafios do ser mulher e mãe dentro de uma sociedade machista. Delegada Ione conta com detalhes como bateu de frente com o preconceito e "fez e aconteceu", apesar das forças que tentaram coagi-la.

Neste episódio, ela não apenas faz indicações de obras, como relata mudanças na vida e na atuação em defesa das mulheres a partir de um seriado. Quer saber qual? É só acompanhar a entrevista completa.

Apr 20, 202330:00
Ieda Leal: "Ajudar o mundo a viver melhor"

Ieda Leal: "Ajudar o mundo a viver melhor"

O Lado B de Brasília fala neste episódio com Ieda Leal, secretária de Gestão do Sistema de Promoção da Igualdade Racial do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania. Ela, que é pedagoga por formação, fala sobre a vocação de ensinar e aprender, especialmente através do amor que tem pela família.

Com carinho, Ieda conta como ficava hipnotizada pelas histórias da mãe Maria e como ainda fica encantada com os cuidados que recebe da netinha Luara.

Como não poderia ser diferente, Ieda conta sobre sua história de luta contra o racismo e em prol da educação e da liberdade, ainda indica livros e músicas.


Mar 23, 202334:43
Adriana Accorsi: "A gente não pode ser punida por ser mãe"

Adriana Accorsi: "A gente não pode ser punida por ser mãe"

A convidada deste episódio do Lado B de Brasília é delegada de polícia, mãe, feminista, ativista e por aí vai. A deputada federal Adriana Accorsi fala sobre os desafios que enfrenta cotidianamente por conta do machismo e da violência política. Ela e a filha pequena receberam ameaças de morte. Mas isso, longe de desanimá-la, deu mais força para lutar pelo fortalecimento da democracia.

Apaixonada pela leitura, Adriana conta como consegiu falir uma loja de livros usados por ter apego às obras, que agora assumem protagonismo na estante da própria casa. Ela dá dica de livros, filme, seriado e todos na linha policial, algo inédito por aqui.

O episódio está nas principais plataformas de Podcast e no Youtube.


Feb 24, 202333:52
Soraya Thronicke: "Doida por escola de samba"

Soraya Thronicke: "Doida por escola de samba"

Chegando o carnaval, nossa entrevistada do LADO B DE BRASÍLIA é a senadora Soraya Thronicke, que se define como"doida por escola de samba". No podcast, ela conta sobre mudanças na rotina por causa  da exposição alcançada por ter concorrido à Presidência da República e como surgiram as ideias dos memes que viralizaram nos debates.

Soraya é advogada e entende que a política é mais uma missão. Para ela, as bases estão mesmo na no Mato Grosso do Sul, onde já passou por várias atividades e atualmente mantém um motel. Inquieta e agitada, Soraya revela como lê cinco livros ao mesmo tempo e faz indicações. Ela também sugere seriados para maratonar. 

A entrevista sem cortes está disponível no Youtube e a versão editada nas principais plataformas.


Feb 10, 202330:07
Mara Gabrilli: "eu policio o que como, o que penso e o que faço"

Mara Gabrilli: "eu policio o que como, o que penso e o que faço"

Mara Gabrilli fala com orgulho da trajetória política, que vai muito além da atuação no Congresso Nacional. Ela também rechaça a violência e critica o fato de algumas pessoas terem "saído do armário" da maneira errada, destilando ódio pelas redes sociais na internet.

Fora do trabalho, Mara fala sobre a disciplina de cuidados com o corpo e com a mente. Ainda indica música, filme e livro. Siga O LADO B DE BRASÍLIA e conheça o lado "gente como a gente" de quem toma as principais decisões do país.


Feb 02, 202334:50
Glaustin da Fokus: "Simplicidade, humildade e velocidade"

Glaustin da Fokus: "Simplicidade, humildade e velocidade"

O convidado desta edição do LADO B DE BRASÍLIA tem como especialidade na cozinha o carreteiro, herança dos tempos em que era caminhoneiro. Hoje, além de político, ele é empresário. "A vida nossa foi pautada de simplicidade, humildade e velocidade. Eu tinha vontade de vencer e ser alguém na vida", conta o deputado federal Glaustin da Fokus.

O deputado federal Glaustin da Fokus lamenta não ter mais tempo para ser mais tão bom "pai, marido e filho" como era antes do mandato. Mas não reclama. Ele está onde gostaria de estar.

Glaustin já gravou um disco sertanejo ao lado de um dos irmãos, diz que é quase invencível no totó ou pebolim. Bem-humorado, religioso e disciplinado, Glaustin fala da trajetória, da família, dos sonhos.

Jul 08, 202228:01
Aline Sleutjes: apegada à família, à tradição e à terra natal

Aline Sleutjes: apegada à família, à tradição e à terra natal

Apegada à família, à tradição e à terra natal. Assim é a convidada deste episódio do LADO B DE BRASÍLIA, Aline Sleutjes que está no primeiro mandato como deputada federal e atua na defesa do agro. “Mesmo quem não planta e não colhe, come”, explica a parlamentar que se orgulha de ter sido a primeira mulher a presidir a Comissão de Agricultura da Câmara.

Aline Sleutjes quer concorrer a uma vaga no Senado e, apesar da atuação política de duas décadas, é formada em educação física. Atualmente, ela não tem mais tempo para se dedicar aos esportes e usa as habilidades para brincar, principalmente com o filho mais novo. As duas filhas mais velhas já estão em uma fase mais independente e as conversas acontecem nos almoços de domingo ou até durante uma ida ao mercado.

A deputada confessa ser uma cozinheira de mão cheia e conta com carinho ter aprendido receitas com a mãe. Os ensinamentos, ela garante passar aos três filhos.  Aline Sleutjes tem ascendência holandesa e começa explicando a pronuncia original do sobrenome que ganhou um jeitinho brasileiro.

Jul 01, 202220:39
Maria Marighella: A força feminina

Maria Marighella: A força feminina

A convidada de hoje do LADO B DE BRASÍLIA é atriz e ama dançar. Ela tem como farol, não como peso, um sobrenome marcado na história brasileira: Marighella. Maria é neta de Carlos Marighella e quer reforçar a potência do feminismo como umas das conquistas da família.

Mãe solo de dois filhos, Maria não está na política, ela é política desde antes de seu nascimento. A luta por direitos precede a chegada dela ao mundo, seja pelo avô ou pelo pai. Dois homens que sofreram os horrores da Ditadura Militar. O avô Carlos brutalmente assassinado, como retrata o filme Marighella. O pai, Carlinhos, foi preso injustamente, mas encontrou espaço em uma democracia que, ela avalia que ainda está em constante reconstrução.

Além de falar desta carga histórica, carregada de tristezas e felicidades, Maria Marighella mostra um pouco do seu lado B. Ela dá dicas de leitura e de música. Também mostra um pouquinho de seu lado artístico cantando. Maria Marighela é vereadora na capital baiana, Salvador, e é pré-candidata à Câmara dos Deputados.


Jun 16, 202231:35
Fabi Barbosa: "Mãe solo, empreendedora e uma recém-apaixonada pela política"

Fabi Barbosa: "Mãe solo, empreendedora e uma recém-apaixonada pela política"

A convidada de hoje do LADO B DE BRASÍLIA é mãe solo, empreendedora e uma recém-apaixonada pela política. Fabi Barbosa quer disputar uma vaga da Câmara dos Deputados para lutar por melhorias na vida das mulheres e das crianças. 

Fabi teve um pai violento e passou por um relacionamento afetivo abusivo. Ela não quer que ninguém mais passe por esse tipo de experiência. Na política, ela esperar abrir um novo caminho, de diálogo, de mudanças e de protagonismo feminino.

Fabi, assim como boa parte dos brasileiros, não abre mão de ouvir um sertanejo raiz. Gosta de filmes que contem histórias reais e quer que a pré-candidatura dela seja real, assim como são os problemas que deseja combater.


Jun 10, 202229:37
Luiz Nishimori: O Japão é aqui

Luiz Nishimori: O Japão é aqui

Você conhece alguma palavra em japonês? Eu sei repetir pouquíssimas, mas o deputado federal Luiz Nishimori diz que é fácil aprender o idioma e garante que dez meses de estudo árduo são suficientes. Ele, que entrou na política com a bandeira de aproximar as relações Brasil-Japão, hoje percebe avanços importantes, mas espera que o intercâmbio entre os países cresça.

Nishimori quer que, assim como ele, os brasileiros tenham mais abertura para estudar no Japão. Quer também atrair o olhar dos japoneses para nossas frutas exóticas. Para ele, as duas culturas têm muito a oferecer.

O deputado conserva tradições a partir do esporte e da culinária, mas está sempre aberto ao que vem das diversas culturas do mundo. Daqui, ele confessa que não abre mão do nosso "prato feito" preferido: arroz, feijão, bife e salada. 

Nishimori convida a quem está acompanhando O LADO B DE BRASÍLIA para saber mais sobre a cultura japonesa, acompanhando a cerimônia da Câmara dos Deputados em comemoração aos 114 anos da imigração japonesa aqui. Vai ser dia 14 de junho, às 10 horas da manhã.


Jun 03, 202230:24
Plínio Valério: “É através do poder que a gente pratica o bem”

Plínio Valério: “É através do poder que a gente pratica o bem”

O novo episódio do LADO B DE BRASÍLIA traz uma conversa com o hoje senador Plínio Valério, que é jornalista por formação e paixão. A política é mais uma realização dele, que se considera uma pessoa feliz e abençoada. Plínio teve o primeiro contato com a política ainda na barriga da mãe nos comícios do pai e cresceu com uma vontade de mudar o mundo. Ele garante que está exatamente onde gostaria e entende que através do poder se pode “praticar o bem”.

Fora no mundo político, Plínio Valério já entrevistou Chico Anísio, Gilberto Gil e Roberto Carlos. É fã de todos e exibe as fotos no gabinete em Brasília. Com Roberto Carlos ele tem histórias engraçadas. Já chegou a ser confundido com o ídolo em um avião. Os dois tinham em comum os cabelos encaracolados e só.

Além de boas músicas e histórias, Roberto Carlos também desperta no senador uma memória afetiva, de quando ele levava as três filhas para a escola e escutava música nos extintos toca-fitas. Hoje a playlist de Plínio é digital, mas os artistas ainda estão nos gostos do passado e não pode faltar Fagner, Zé Ramalho, Elis Regina, Milton Nascimento e Chico Buarque.

Plínio Valério já é avô e sempre soube conciliar bem o jornalismo, a política e a vida pessoal. No pouco tempo livre que tem, ele não abre mão de pescar, mas aqui não tem história de pescador.

May 27, 202234:35
Eymael: o homem por trás do jingle mais conhecido do Brasil

Eymael: o homem por trás do jingle mais conhecido do Brasil

O convidado deste episódio do LADO B DE BRASÍLIA é candidato pela sexta vez a presidência da República e não há brasileiro que não conheça o nome dele: Eymael. Aqui, ele conta aqui mais detalhes da história do "democrata cristão" que tem um dos jingles mais conhecidos (se não o mais conhecido) da história da política nacional.

Eymael reconhece o sucesso da música que o ajudou a ganhar uma vaga como deputado federal e diz que "valeu a pena ter vivido por ter sido um dos constituintes". Não há dúvida que ele marcou o nome na política, mas a vida pessoal não é menos interessante. Eymael é formado em direito e filosofia, já criou um time de futebol chamado Avante, encabeçou um grupo de escalada e tirou  a licença para pilotar avião (o brevê) ao lado da mulher.

Gaúcho de nascimento, Eymael conta que gosta de fazer um bom churrasco para a família que hoje vive em São Paulo, terra que o acolheu muito bem. Tanto que o famoso refrão "Ey Ey Ey Mael" surgiu quando ele concorreu à prefeitura da maior cidade da América Latina.

Como não poderia ser diferente ele conta aqui a história desse sucesso, mas antes, ele destaca pontos da própria trajetória que o fizeram insitir em manter viva a Democracia Cristã.


May 20, 202227:50
Eduardo Suplicy: futebol e música têm poder de unir

Eduardo Suplicy: futebol e música têm poder de unir

O convidado deste episódio do LADO B DE BRASÍLIA mostra que o amor pelas pessoas e por uma causa é capaz de mover montanhas (nem que seja com ajuda divina). O vereador de São Paulo, Eduardo Suplicy, entende que o coração deveria guiar decisões, especialmente as políticas, para garantir dignidade e liberdade para os seres humanos. Defensor há décadas da implementação real da renda básica universal no Brasil (e no mundo), Suplicy traz exemplos reais de iniciativas nesta linha que deram certo em outras localidades. Ele ainda destaca que o papa Francisco tem defendido a ideia.

Com um discurso de paz, Suplicy afirma que o futebol e a música têm poder de unir. Como não poderia ser diferente, o vereador canta aqui duas músicas e relembra de episódios que despertaram nele a consciência social.


May 13, 202232:02
Carlos Veras: "Aprendi com pai e mãe a respeitar para ser respeitado"

Carlos Veras: "Aprendi com pai e mãe a respeitar para ser respeitado"

O convidado de hoje do LADO B DE BRASÍLIA fala sobre o preconceito que sofreu por ser de região rural. Carlos Veras foi o primeiro agricultor familiar eleito como deputado federal e conta que enfrentou na infância o olhar diferenciado de outros alunos da escola. Quando era criança, o preconceito se baseava na poeira e no suor que levava junto ao corpo depois de quilômetros de caminhada. Agora adulto, a desinformação é o motor de comentários maldosos que sugerem que os agricultores não poderiam estar dentro do Congresso. Carlos Veras conta isso sem raiva alguma, perdoa a todos e segue os ensinamentos da família: "aprendi com pai e mãe a respeitar para ser respeitado", explica.

Caçula de dez irmãos, Carlos Veras fala com orgulho das tarefas domésticas que aprendeu com a mãe, como lavar roupa e cozinhar. Com saudade, ele conta do tempero vindo da horta e do feijão que tinha mais caldo do que grão e era engrossado com farinha e enriquecido com maxixe e bucho de boi.

Nascido em uma comunidade rural que fica no limite entre o muncípios de Solidão e Tabira (PE), as raízes do deputado continuam a se espalhar, até porque ele tem casa também em Olinda, onde mora a companheira, os filhos gêmeos e um filho mais velho. Ele ainda tem uma filha que continua em Tabira. Todos herdeiros têm nomes em homenagem a políticos. Ele conta mais sobre isso neste episódio. Carlos Veras também fala do gosto musical, de séries e traz muitas muitos contos e causos. 

May 06, 202234:35
Flávio Mantovani: "não tem nada melhor que a quebra de paradigma"

Flávio Mantovani: "não tem nada melhor que a quebra de paradigma"

O LADO B DE BRASÍLIA ouve neste episódio mais um apaixonado pela causa de defesa dos animais: o vereador de Maringá (PR), Flávio Mantovani. Como todas pessoas que abraçam uma causa, ele acredita que é possível sempre fazer mais e conscientizar mais pessoas. Mudar opiniões. Quebrar paradigmas. 

A sorte ajudou o político a aprovar uma lei que proibiu carroças de cavalos em Maringá (um vereador votou errado). Na ocasião, Mantovani recebeu até ameaças de morte, mas hoje é absolutamente satisfeito com a mudança que proporcionou e quer continuar nesse caminho.

Apesar de falar sobre a importância de quebrar algumas correntes do passado, outras Mantovani faz questão de manter. Aqui, ele conta que ama rock da década de 1980. Nacional e internacional. A banda brasiliense Legião Urbana é citada como uma das preferidas. Além da música, o político tem outro hobby: carros antigos.

Mantovani tem seis pets adotivos e conscientiza sobre os custos de ter um animação de estimação. Ele é casado, fala com carinho da família e relembra do pai, com quem aprendeu a apreciar o sertanejo raiz.

O vereador conta que toma mais de 10 cafés por dia, mas que apesar desse excesso, se preocupa muito com a saúde que, segundo ele, cobra de quem já passou dos 40.


Apr 29, 202236:52
Humberto Costa : "Eu não queria falar oxente"

Humberto Costa : "Eu não queria falar oxente"

O convidado de hoje do LADO B DE BRASÍLIA ainda tem grandes sonhos, mas não tem certeza de que vai realizá-los. De toda forma a gama de possibilidades é imensa, porque estudioso que é, tem muitos caminhos a seguir. O senador Humberto Costa é médico psiquiatra, jornalista e político. Fala inglês, espanhol e estuda francês. Cuida da saúde e da dieta. Não abre mão de visitar a mãe de 92 anos de idade ou de passar tempo com os seis netos (o sétimo está a caminho). Gosta de ver jogo de futebol no estádio, ver filmes e ler, ler muito. Gosta de Vargas Llosa, Gabriel Gárcia Marquez e Roberto Bolaño. Aqui ele dá dicas de leitura, de filmes e de seriados.

Além de falar dos gostos pessoais, Humberto Costa conta no Lado B da própria trajetória, de como foi a adaptação à vida no Recife, depois de ter se mudado com a família de São Paulo. Hoje em dia, Humberto Costa não consegue viajar para o interior de Pernambuco sem comer uma boa carne de bode ou uma buchada. Mas não foi sempre assim. O senador demorou para amar a terra adotiva, não gostava da praia de água quente nem do sotaque. Humberto conta aqui que se negava a falar oxente. O que faz parte do passado, como ele deixa bem claro aqui.

Quando criança, Humberto sonhava em ser médico e se encontrou na psiquiatria. Ele ainda tentou o jornalismo, mas levou a faculdade paralelamente à política, que entrou  inspirado pela religião e na vontade de ver as pessoas viverem em condições iguais. Como um homem plural, apesar de ter estudado em colégio rígido, Humberto sempre flertou com o movimento hippie e com a militância política de esquerda.

Apr 21, 202232:49
Pastora Patrícia: traumas e fé

Pastora Patrícia: traumas e fé

O LADO B DE BRASÍLIA traz hoje uma novidade: ouvir quem tem Brasília como objetivo de vida. A convidada deste episódio é a pastora Patrícia que quer uma vaga no Parlamento para ampliar o trabalho que tem feito com crianças. A pastora tem mais de cinco milhões de seguidores no Facebook e usa a rede social para conversar não apenas com os evangélicos, já que entende que a boa ação não depende de crença.

Patrícia se aproximou da fé depois de sofrer um trauma quando criança: ela foi abusada sexualmente por um tio e não conseguiu tratar do assunto nem na escola nem com a família. Ela só tornou pública a história aos 40 anos de idade e, agora, ela quer ajudar pessoas que tenham passado pelo mesmo trauma.

Patrícia também defende a bandeira das mulheres e divide aqui uma tragédia recente que a família passou, que foi o feminicídio sofrido pela cunhada que contava com medida protetiva contra o criminoso.

Apesar das tragédias, Patrícia tenta manter o otimismo em um futuro melhor, que pode passar pela política.

Apr 14, 202229:42
Vera Lúcia: "Eu sonho com uma sociedade em que as pessoas não vivam no pesadelo do desemprego"

Vera Lúcia: "Eu sonho com uma sociedade em que as pessoas não vivam no pesadelo do desemprego"

A entrevistada de hoje do LADO B DE BRASÍLIA está pela segunda vez consecutiva na corrida pelo Palácio do Planalto. Vera Lúcia está há mais de 30 anos na militância política, atuação que deu sentido para a vida dela. A militância é tão parte de quem é Vera Lucia, que ela conta que as duas filhas nem conhecem a outra versão dela: a que fez diversos bicos desde a adolescência para ajudar a família que era humilde.

Vera é a mais velha de dez irmãos e sempre ajudou em casa. Quando completou 14 anos, começou a trabalhar fora e teve a vida modificada definitivamente quando resolveu lutar para melhorar as condições dela e dos empregados de uma fábrica de sapatos. "Eu sonho com uma sociedade em que as pessoas, a classe trabalhadora não tenha que ter o pesadelo eterno de estar trabalhando com medo de estar desempregado ou buscando qualquer coisa pra ter que trabalhar", falou.

Vera dividiu o tempo de militância com os estudos, se formou em Ciências Sociais, e passou para as filhas a importância da educação. Hoje em dia, Vera Lucia não tem mais crianças em casa e, sempre que pode, ajuda a família, tanto que no dia da entrevista uma sobrinha estava presente, alegrando o ambiente que também conta com três cachorros de estimação, que gostam de participar das lives de Vera Lucia.

Na vida pessoal, Vera Lúcia gosta do cinema e da música brasileira e, quanto à leitura, escolhe majoritariamente títulos ligados à formação dela, mas tem apreço especial por Jorge Amado. Quanto aos filmes, Vera confessa ter predileção pelo "O Auto da Compadecida", mas ela faz outras indicações aqui.

Apr 08, 202228:51
João Leão: um sonhador-realizador e "bonitão"

João Leão: um sonhador-realizador e "bonitão"

Com uma memória minuciosa para números, nomes e lugares, João Leão conta no Lado B a trajetória da família e a própria, até se tornar empresário e político. Segundo ele, um livro fez seu pai deixar tudo para se aventurar em terras baianas e um cheque sem fundo fez com que João se tornasse um empresário bem-sucedido. Mas tudo só foi possível porque o atual vice-governador da Bahia se autodefine como um "sonhador-realizador".

Aos 76 anos de idade, João Leão diz que não tem qualquer problema de saúde, toma café com açúcar durante a entrevista e relata que o único exercício que faz é caminhar. A boa-forma, de acordo com Leão, vem do trabalho e da vontade de realizar.

Apesar do Lado B ser sobre assuntos fora da política, João Leão - como bom orador que é - fez questão de destacar o desejo por ser senador na chapa recém-formada com o pré-candidato ao governo da Bahia, ACM Neto, que é o único "neto" de Leão até agora (o vice-governador da Bahia tem dois filhos).

Apr 01, 202229:23
Oriovisto Guimarães: "A insatisfação, a vontade de mudar, faz a gente se sentir vivo"

Oriovisto Guimarães: "A insatisfação, a vontade de mudar, faz a gente se sentir vivo"

O entrevistado do Lado B de Brasília entrou na política depois dos 70 anos de idade e não pretende fazer carreira, já que é contrário à reeleição. O hoje senador Oriovisto Guimarães começou como professor de cursinho, montou o próprio sistema de ensino e se consagrou como um empresário de sucesso. Crítico da política, resolveu enfrentar este desafio já que entende que a insatisfação e a vontade de mudar fazem o ser humano se sentir vivo.

Amante da poesia, Oriovisto indica Fernando Pessoa e conta sobre a relação com Paulo Leminski, com quem deu aula junto e filosofou noites adentro. A leitura e o aprendizado são companheiros constantes, bem como os exercícios físicos, essenciais para ele por conta da idade, conforme conta aqui.

Oriovisto gosta de ver filmes que fazem pensar e aproveita o espaço para dar o conselho para que todos reflitam sobre a própria existência. Segundo ele, pensar dói, mas é preciso saber o que se está fazendo para não ser mais um na manada.

Mar 24, 202235:25
João Dória: "Eu aprendi a fazer tudo: cozinhar, lavar e costurar"

João Dória: "Eu aprendi a fazer tudo: cozinhar, lavar e costurar"

O Lado B de Brasília mostra como João Dória é fora do expediente de trabalho. Neste episódio, o governador de São Paulo e pré-candidato ao Palácio do Planalto conta das primeiras lembranças da infância, da relação com os pais, em especial, dos aprendizados que teve ao ter que acompanhar à família ao exílio na França, quando o pai teve o mandato de deputado federal cassado pela Ditadura Militar.

Dória lembra de quando chegou ao país estrangeiro, da casa que vivia, da escola e, principalmente, das dúvidas do período quanto à sobrevivência da família, que perdeu a fonte de renda. Até hoje, o governador de São Paulo tem uma relação de gratidão com a França e tem guardada parte das cartas que trocou com pai no período em que voltou ao Brasil, acompanhado apenas da mãe e do irmão mais novo.

Dória conta que sabe cozinhar um bom macarrão, aprendizado dos tempos que viveu na Itália, ainda jovem. "Eu aprendi a fazer tudo: cozinhar, lavar e costurar", revela o governador que tem dificuldade para tirar um período de férias, segundo ele, onze dias foi o limite até hoje. Até a lua de mel com a esposa Bia, na Tailândia, foi interrompida para o retorno à rotina. Das poucas atividades para relaxar, escutar bossa nova faz parte do ritual da leitura e a música brasileira também é o som ambiente nos encontros familiares, que costumam ser aos domingos. Dória lamenta estar afastado das idas ao cinema e das partidas de futebol, duas paixões pessoais.

Mar 10, 202236:09
Jandira Feghali - "Se o mundo não tivesse música, não seria possível viver"

Jandira Feghali - "Se o mundo não tivesse música, não seria possível viver"

A entrevistada do Lado B de Brasília de hoje herdou a veia artística do pai e a ousadia e o atrevimento da mãe. Não à toa, a primeira atuação profissional foi como baterista em um grupo que depois foi o embrião do Roupa Nova, no qual ficou seu irmão Ricardo. Mas além da música, a militância política entrou no caminho de Jandira Feghali, que na faculdade de medicina se filiou ao então proibido PCdoB, ao qual dedica a vida desde então, conciliando com a vida particular. Apesar de ponderar que o custo pessoal de estar na política é elevado, Jandira se sente orgulhosa da própria trajetória, sabendo que tem deixado bons valores e princípios aos dois filhos. Como toda mãe, ela espera ter acertado mais do que errado e diz que procurar passar um tempo de qualidade com a família. Com a filha, lembra com carinho de shows, cinema, teatro e viagens. Do filho, ele destaca a playlist compartilhada que conta com rock. Na dela, ainda há um grande espaço atualmente para a MPB.

A deputada federal entende que a vida parlamentar ainda deve seguir nesse momento de reconstrução do Brasil, mas ela avalia que os caminhos são muitos e, entre eles, não está descartado subir novamente aos palcos. "Se o mundo não tivesse música, não seria possível viver", registra. De ascendência libanesa, Jandira afirma que não herdou o lado empresarial da família e conta aqui como tentou por dois anos ter um restaurante, mas a falta de tempo impediu que continuasse com mais esse projeto.

Mar 03, 202230:20
Preconceito e desafios nos 90 anos do voto feminino

Preconceito e desafios nos 90 anos do voto feminino

O Lado B de Brasília fala neste episódio de lutas e conquistas das mulheres na política. Isso porque hoje são lembrados os 90 anos do voto feminino no Brasil. Mas, importante destacar que, mesmo podendo votar, elas ainda são cerca de 15% do Congresso. O número ainda está longe de ser bom, mas o espaço está crescendo, inclusive, na importância das posições que ocupam dentro do Parlamento.

Duas das participantes foram as primeiras mulheres da história a presidir a Comissão de Constituição e Justiça, a mais importante das Casas do Congresso Nacional. A senadora Simone Tebet e a deputada federal Bia Kicis têm atuações diferentes, mas têm em comum o pioneirismo em colocar uma mulher no comando do colegiado, que é a porta de entrada de todos os projetos. De toda forma, elas trazem preocupação com o preconceito contra mulheres que ocupam postos de destaque, que antes eram exclusivos dos homens, o que é relatado por Tia Eron.

A esperança está no poder da presença feminina em mudar a realidade para melhor, seja colocando em discussão temas importantes para a sociedade ou mudando, mesmo que aos poucos, práticas e estruturas. Quem já imaginou que uma deputada poderia continuar a amamentação exclusiva ao mesmo tempo em que vota temas importantes para o Brasil? Hoje, felizmente, isso é possível, conta a deputada Sâmia Bomfim. Esse é mais um passo de uma longa caminhada. E, alguns desses passos se iniciaram na militância, como é o caso de Alice Portugal e Lídice da Mata, outros a partir de influências familiares, como é o caso de Ângela Amin. E o que essas trajetórias têm em comum é a vontade de fazer diferente, cumprir uma missão, deixar um legado de igualdade.

Feb 24, 202217:50
Afonso Florence: "Queria ter curtido mais tempo com meus filhos"

Afonso Florence: "Queria ter curtido mais tempo com meus filhos"

Ele herdou dos pais a profissão de professor e passou para os filhos a militância. O convidado de hoje do Lado B de Brasília é mestre em história e atua como deputado federal pela Bahia, tendo sido secretário e ministro. Afonso Florence não se lembra ao certo como entrou para a militância, mas os tempos de ditadura militar influenciaram certamente.

O deputado foi convencido a entrar para a política e a única ressalva que tem é de não ter passado mais tempo com os filhos. Hoje, avô orgulhoso, ele tenta recompensar e conta da satisfação em poder ajudar com atividades da rotina, como dar um café da manhã aos netos, quando o filho e a nora precisam. "O tempo passou e eu percebi que teria curtido mais a vida se pudesse ficar mais tempo com meus filhos", ponderou.

Afonso Florence gosta de cozinhar, celebra o arroz com feijão tão típico dos brasileiros, e dá uma aula de história sobre diferenças regionais na alimentação. Como professor, ele indica a leitura da biografia de Lula (Fernando Morais), ouvir Milton Nascimento e dois filmes: "O milagre da cela 7" e "Mais que amigos: vizinhos".

Feb 18, 202232:43
Pré-candidado ao Palácio do Planalto, Leonardo Péricles fala sobre o crime de apologia ao nazismo

Pré-candidado ao Palácio do Planalto, Leonardo Péricles fala sobre o crime de apologia ao nazismo

O Lado B de Brasília fala nesta semana com o pré-candidato à Presidência da República Leonardo Péricles sobre o assunto que dominou o debate público nesta semana: influenciadores que são acusados de fazer apologia ao nazismo.

Leonardo Péricles preside o mais novo partido criado no Brasil, Unidade Popular (UP). Ele mora em uma ocupação em Belo Horizonte (MG) e conta aqui que entrou na militância influenciado pelo falecido pai, Chico "Preto, com quem aprendeu a ter orgulho de ser negro e a lutar pelos direitos próprios e da comunidade. Péricles cuida atualmente da mãe, que requer atenção por conta da saúde, e entre os muitos ensinamentos que teve, relata aqui ter aprendido a não tocar em produtos nas lojas, para não ser acusado de algo injustamente.

No Lado B, Péricles recomenda ouvir Milton Nascimento, acompanhar o documentário "Até amanhã, camaradas", e dois livros: "As veias abertas da América Latina" (Eduardo Galeano) e "Sociologia do negro brasileiro" (Clóvis Moura).

Feb 11, 202236:52
Eduardo Girão: "Que as pessoas de bem venham para a política"

Eduardo Girão: "Que as pessoas de bem venham para a política"

Existe uma crença popular de que alguns males vêm para o bem e esse foi o caso relatado pelo entrevistado deste episódio do Lado B de Brasília, que vem mudando os rumos da vida desde que se reinventou depois de uma crise de pânico. O senador de primeiro mandato Eduardo Girão conta aqui como se tornou ativista pelas causas que acredita através de diversas áreas, seja na produção de filmes ou na presidência de um time de futebol, até chegar à política de fato. Entre as causas de Girão está ser contra o porte de arma de fogo por conta de uma experiência pessoal muito forte. Dois de seus filhos vivenciaram um atentado em uma escola na Flórida (EUA). Sua filha viu o professor e amigos serem mortos por um jovem que entrou atirando no colégio. Ele conta essa história aqui.

Eduardo Girão chegou a cursar a faculdade de jornalismo, mas não terminou, e usa as redes sociais para defender suas pautas - uma delas, ser contra o aborto - e também para passar mensagens de otimismo e pacificação. Ele é espírita, professa a fé com a família e destaca ensinamentos como o de não ver adversários como inimigos. Isso em todos aspectos da vida, incluindo futebol e política.

O senador, eleito pelo Ceará, escolheu fixar residência em Brasília para poder estabelecer uma rotina com a família. Ele dá valor a momentos compartilhados no cotidiano, como poder levar os filhos para escola ou fazer um passeio com eles e a esposa nos finais de semana.

Girão entende que a política é  mais uma missão das várias que tem cumprido pela vida e faz um chamamento para que as pessoas participem ativamente dos debates que direcionam o rumo do Brasil. Recorrendo à filosofia de Platão, Girão destaca que o destino das pessoas boas e justas que não gostam de política é serem governadas por pessoas nem tão boas e nem tão justas que gostam de política. "Que as pessoas de bem venham para a política", pede.

Feb 02, 202232:40
Bira Corôa sobre o racismo no Brasil: "um negro correndo é ladrão, um branco correndo precisa ser socorrido"

Bira Corôa sobre o racismo no Brasil: "um negro correndo é ladrão, um branco correndo precisa ser socorrido"

Na semana em que o racismo reverso entrou em debate no Brasil, o Lado B de Brasília conversa com o deputado Bira Corôa, eleito pela Bahia, estado considerado o mais negro do Brasil. Bira Corôa, que também é professor, explica porque racismo reverso não existe e traz reflexões sobre como historicamente se tentou destruir a cultura e a autoestima dos negros e como são importantes as políticas e ações afirmativas no combate ao racismo. Ele mostra como o preconceito está na nossa sociedade quando se aceita que um negro correndo é potencialmente um ladrão, um branco correndo precisa ser socorrido.

Numa espécie de aula rápida, o deputado mostra como a população de rua é fruto do que se estuda como "abolição da escravatura", critica a "lei da vadiagem" implantada logo após a suposta libertação dos negros e mostra como ela afetou na população carcerária no Brasil.

De toda forma, Bira Corôa pondera que há avanços na implementação de políticas como a de cotas nas universidades públicas ou no serviço público (como ocorre na Bahia), também na recente celebração do cabelo crespo - ele conta aqui como as irmãs se "torturavam" para manter os cabelos esticados.

Quanto à cultura, Bira prefere não indicar nomes específicos, mas ressalta a obra de Glauber Rocha e ainda indica o filme nacional "Eles não usam Black Tie".


Jan 19, 202238:43
Bia Kicis: "Ainda há um longo caminho até que os extremos se acalmem"

Bia Kicis: "Ainda há um longo caminho até que os extremos se acalmem"

A entrevistada de hoje do Lado B de Brasília é a deputada federal Bia Kicis, que conseguiu em seu primeiro mandato a inédita posição de presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), a mais importante da Câmara. Mas a ascensão rápida na política e no ativismo trouxe o lado ruim da notoriedade, o de ser ATÉ "odiada" por quem pensa diferente. Ela conta aqui que antes de entrar para a política nunca teve inimigos, que agora se multiplicam ainda mais com o uso das redes sociais. Bia Kicis, que está no topo da lista das deputadas mais influentes na internet, entende que ainda há um longo caminho até que os extremos se acalmem. E o ano eleitoral não deve apaziguar os ânimos.

Sobre o cenário, Bia Kicis entende ser inevitável que o Congresso fique mais vazio no segundo semestre e quanto aos seus próximos passos, ela sonha com o Senado, mas sabe que o jogo político requer paciência e negociações, por isso, está disposta a esperar o momento ideal para cumprir o que entende ser mais uma missão na política. Fora do Congresso, Bia Kicis teve uma longa carreira como Procuradora do Distrito Federal, também fundou a Escola Brasileira de Reiki. Muito ligada à família, Bia Kicis fala com orgulho sobre os filhos Samuel e Guilherme, de quem já cobra netos. 

Jan 11, 202229:37
ÂNGELA AMIN: "É preciso valorizar o essencial, que é a família"

ÂNGELA AMIN: "É preciso valorizar o essencial, que é a família"

Final de ano sempre volta aquele medo de reunir a família e o assunto em torno na mesa acabar em política. Mas no Lado B de Brasília, a deputada federal e primeira prefeita de Florianópolis Ângela Amin mostra que nem toda família é igual. Ela é casada com o senador Esperidião Amin e é mãe do deputado estadual João Amin. Sendo assim, a política acaba sendo um pouco assunto nos tradicionais almoços dos domingos, que reúnem ainda as outras filhas de Ângela e Esperidião, Maria e Joana, bem como os netos.

O último episódio do ano traz a mensagem de que é preciso valorizar a família acima de tudo e mostra um pouco da influência das tradições e costumes herdados. Isso porque Ângela Amin conta que o gosto pela leitura veio de uma meta que era estabelecida pela mãe dentro de casa. Hoje em dia, ela sempre tem três livros de cabeceira e escolhe o título a partir do cansaço do momento.

Apaixonada por Santa Catarina, Ângela destaca aqui o potencial turístico do estado e revela que deixou de participar de apenas uma edição da tradicional Oktoberfest de Blumenau, em que costuma desfilar. A deputada ainda revela que adorava jogar vôlei e que sonha em conhecer a Rússia.

Dentro do trabalho, Ângela entende que existe uma nova consciência em relação à importância das mulheres na política, mas que ainda é preciso melhorar a participação significativa com ocupação de ambientes de decisão. Aqui ela fala sobre a pré-candidatura da única mulher ao Palácio do Planalto, Simone Tebet, e sobre a aprovação de projetos que sejam direcionados ao público feminino. A entrevista foi gravada assim que houve aprovação da Lei Mariana Ferrer e a primeira pergunta é sobre isso.

Jan 05, 202233:17
NATAL: Orlando Silva: "Eu sou um sonhador e desejo que todos sonhem e ajudem agente a construir um mundo melhor para todos"

NATAL: Orlando Silva: "Eu sou um sonhador e desejo que todos sonhem e ajudem agente a construir um mundo melhor para todos"

O entrevistado deste episódio do Lado B de Brasília tem o coração soteropaulistano, isso porque nasceu e quer morrer na Bahia e vive há 30 anos em São Paulo, onde tem a alegria de criar e aprender com os três filhos. Nesta edição de natal, o deputado federal e ex-ministro Orlando Silva trouxe a melhor mensagem para esta época do ano: "Eu sou um sonhador e desejo que todos sonhem e ajudem agente a construir um mundo melhor para todos".

E isso começa com a construção de um país em que todos são respeitados. Orlando Silva ressaltou que o Brasil tem uma dívida histórica com os negros . Ele estudou com Carlinhos Marighella, filho de um dos maiores combatentes da Ditadura Militar do Brasil. E essa história ele conta aqui. O deputado pede mais tolerância religiosa, assunto importante para se debruçar agora, já que os brasileiros não estranham ver a transmissão de uma missa católica na televisão, mas estranhariam muito uma cerimônia de Umbanda ou Candomblé. Nessa época de Natal, vale a reflexão. Como livro para debruçar mais sobre o preconceito, ele indica "Dialética Radical do Brasil Negro", de Clóvis Moura. Como música, ele cita "Dia de Graça" de Candeia.

Indo para o lado particular, com a família, Orlando Silva curte comer um pastel com caldo de cana, programa tipicamente paulista. Mas sente necessidade de sentir a Bahia periodicamente, seja pelo tempero colocando "azeite de dendê no sangue" ou tomando um bom banho de mar quente - já que o litoral de São Paulo tem uma água bem mais gelada. Uma curiosidade do deputado, é que ele coloca os nomes dos animais de estimação da família em homenagem a artistas, neste momento, ele tem Clementina e Caetano.

Orlando Silva conta que enveredou para a política a partir da faculdade de direito, quando entrou para União Nacional dos Estudantes (UNE) e acabou se mudando para São Paulo e acabou conhecendo figuras importantes da política, incluindo o ex-presidente Lula.  O deputado curte a praia e o carnaval durante o dia e tem um gosto musical que inclui, claro, o samba, mas também outros ritmos, tanto que Ana e Vitória estão no repertório.

Relator do texto das fake news (notícias falsas), Orlando Silva defende que o projeto seja votado em 2022, que é um ano eleitoral, pela importância do debate nas redes sociais e que influencia na opinião pública. Opositor de Jair Bolsonaro, o deputado defende a renovação constante da política e sinaliza que tem outras aspirações ainda, a principal delas, terminar a faculdade de Direito e é sobre esses assuntos que começamos o episódio especial de natal.

Dec 22, 202135:31
Felipe D'Avila: "Eu sou o cara do centro"

Felipe D'Avila: "Eu sou o cara do centro"

O pré-candidato à presidência da República Felipe D'Avila acredita que o Brasil precisa se unir e retomar o diálogo, sem extremismos de direita ou de esquerda. "Eu sou o cara do centro", brinca o cientista político, criador do Centro de Liderança Pública, autor de nove livros e bem-sucedido no mercado editorial, com destaque para a revista Bravo! que iniciou com a Editora D'Avila. Bem-humorado, Felipe conta que apesar do sobrenome, não tem parentesco com Manuela D'Ávila, mas ressaltou afinidade com a família,especialmente no quesito esportes. No Lado B, ele falou que pedalar é uma paixão, ao lado dos estudos e da leitura. Além de obras ligadas ao profissional, ele conta que é um grande fã de Machado de Assis. Ele indica aqui os livros As Origens da Ordem Política (Francis Fukuyama) e Por Que as Nações Fracassam (Daron Acemoglu e James Robinson).

Mesmo sem ter concorrido anteriormente a cargo eletivo, a relação com a política dele é antiga e está presente até no nomes dos cachorros: Churchill e Clemmie Churchill (em lembrança ao ex-primeiro-ministro do Reino Unido e à esposa). Com a proposta de reconectar os brasileiros com a política, Felipe D'Avila quer servir de incentivo para que outros nomes novos se lancem ao desafio de disputar também, para trazer renovação e esperança para o Brasil, país que ele pretende percorrer durante a pré-campanha.

Dec 15, 202131:20
Aliel Machado: "Ouça, tolere, tenha amor pelas pessoas"

Aliel Machado: "Ouça, tolere, tenha amor pelas pessoas"

A família é a base do jovem deputado federal Aliel Machado, que tem esse nome em homenagem ao pai, Ali. No Lado B de Brasília, Aliel conta que pede a benção da mãe todos os dias e que, sempre que pode, a acompanha nas missas de domingo. Apesar de ser católico, Aliel faz questão de não misturar religião e política e critica quem tenta ganhar notoriedade a partir de polêmicas. O deputado preside a Comissão que analisa a possibilidade de prisão após a decisão da segunda instância da Justiça e apesar da vontade de colocar a proposta em votação, as divergências e manobras adiaram mais uma vez o debate, que para ele não pode ser partidarizado.

O amor pela política começou quando Aliel Machado ainda era criança e participava dos comícios e showmícios, nos tempos em que ainda não existia a "criminalização da política". Aqui, ele conta que conhece a realidade de quem tem que batalhar muito para colocar comida na mesa e destaca que as pessoas têm que ser o foco da política. "Ouça, tolere, tenha amor pelas pessoas", pede.

Com apenas 32 anos de idade, Aliel já tem um currículo extenso, foi o mais jovem presidente da Assembleia de Ponta Grossa, sua cidade natal, da qual ainda sonha em ser prefeito. Aliel já está no segundo mandato como deputado e conta que fora da Câmara, gosta de ir ao cinema, boliche e se arriscar no karaokê. O repertório inclui Raul Seixas, Legião Urbana e o sertanejo Daniel. Por ser uma figura pública, ele confessa que se sente incomodado por vezes em alguns programas, mas que tenta manter uma rotina comum, que inclui levar o filho, pelo menos, uma vez por semana à escola.

Dec 08, 202135:54
Arthur Virgílio: Resiliência e moderação nunca são demais

Arthur Virgílio: Resiliência e moderação nunca são demais

O entrevistado deste episódio se definiu como anticandidato nas prévias do PSDB, isso porque Arthur Virgílio queria mesmo era ter voz para colocar em debate temas essenciais, como a importância da democracia e a necessidade de acabar com o garimpo.

Arthur Virgílio veio de uma família de políticos e deixou a carreira diplomática para se dedicar à política, tendo iniciado um pouco antes da Ditadura Militar. Ele começou na esquerda e hoje se coloca no centro democrático e divide aqui histórias do tempo de Parlamento. Apesar das dificuldades do período de exceção, Arthur Virgílio entende que o nível do debate era mais alto do que hoje em dia em que, para ele, o Brasil está "pobre" de estadistas. Em umas das histórias, ele destaca um diálogo com Ulysses Guimarães. "Isso aqui é uma merda", opina Virgílio que tem como resposta: "Vai sempre ficar um pouco pior e nunca vai deixar de ser importante como um possível elemento de defesa da democracia".

Formado em direito, ex-diplomata que fala inglês, francês e espanhol, Arthur Virgílio também se dedicou às artes marciais, em especial ao jiu-jitsu e hoje em dia ao muay thai. Ele conta com saudades dos tempos em que era tratado como membro da famosa família Gracie e teve desse período vários aprendizados, entre eles, a resiliência. O que aprendeu tarde demais foi que o esporte também pede ponderação, para evitar contusões que fazem ele pagar um preço alto pela dedicação excessiva. Entre os sonhos dele está escrever um livro de memória e outro de romance. Uma obra já está pronta, sobre o papel do Congresso Nacional na formulação da política externa.

Dec 01, 202132:32
Daniel Coelho: "Quem minimamente se informa não é contra a Cannabis medicinal"

Daniel Coelho: "Quem minimamente se informa não é contra a Cannabis medicinal"

Lado B de Brasília aborda hoje um assunto de saúde que é tratado de forma ideológica dentro do Parlamento, o uso medicinal da cannabis, planta conhecida popularmente como maconha. Aqui no Brasil, os remédios com cannabis são usados apenas com autorização da Justiça e têm preços inacessíveis para a maior parte dos que precisam. Importante destacar que o debate não é sobre o uso recreativo da maconha, mas sobre o uso em remédio, tendo prescrição médica.

O deputado federal Daniel Coelho conta que acompanha de perto o efeito do óleo de cannabis na diminuição dos eventos colaterais da quimioterapia da esposa, que trata um câncer há três anos. Ele conta que ela não conseguia sair da cama no início do tratamento e agora, com o uso do óleo, ela tem uma vida normal: consegue trabalhar, levar os filhos na escola e passear com a família, seja na praia ou no sítio.

Saindo dessa questão, o Lado B também traz um pouco sobre a vida pessoal do deputado. Daniel Coelho gosta de ouvir música e sorri quando lembra que o filho definiu o rock como "música de velho". O deputado ainda é fã dos animais e tem um cachorro no apartamento onde vive. Como sonho pessoal, ele queria um país mais justo e sem fome. O recado dele é que "Depois de todo período de escuridão e de trevas vem a luz".

Nov 24, 202130:06
Sâmia Bomfim: "Sem as mulheres, nada acontece"

Sâmia Bomfim: "Sem as mulheres, nada acontece"

Todo mundo que já passou longas horas dentro de um ônibus antes de enfrentar uma jornada exaustiva já pensou como seria perfeito poder mudar essa realidade. E Sâmia Bomfim também. Motivada pelo cansaço e pela indignação,ela  se envolveu na política ainda no Centro Acadêmico, se filiou ao Psol aos 21 anos e está no primeiro mandato como deputada federal. Atualmente, além do desafio da profissão, ela enfrenta outro: o de ser mãe e manter a amamentação exclusiva sem prejudicar o trabalho presencial. Para ela, o motor da sociedade é o feminino: "Sem as mulheres nada acontece"

Sâmia Bomfim voltou há pouco mais de duas semanas da licença maternidade e se engana quem pensa que esse período longe do Plenário foi de descanso. Por iniciativa dela e do marido, o também deputado federal Glauber Braga, agora os painéis de votação do Plenário e das Comissões da Câmara mostram quem está em licença-maternidade ou licença-paternidade. Antes, aparecia que o parlamentar estava ausente.

No Lado B de Brasília, Samia conta que o filho Hugo nasceu ao som de Reconvexo de Caetano Veloso e que o pequeno já mostra um gosto musical plural: gosta de Sandy & Junior e da banda de rock The Strokes. Formada em letras, ela deixa duas indicações de leitura: o clássico nacional Grande Sertão Veredas, de Guimarães Rosa, e a coletânea "A Revolução das Mulheres".

Atuante na oposição ao governo federal, Samia entende que os mesmos sentimentos de indignação que a moviam quando entrou ainda jovem na política, estão mais intensos agora. Ela define como lamentável a onda de ódio propagada também nas redes sociais, mas conta não se incomodar mais com os ataques que recebe, parte deles, por não estar dentro do "padrão de beleza" definido na sociedade.

Nov 17, 202134:52
Major Vitor Hugo: "A política dá mais frio na barriga do que pular de paraquedas"

Major Vitor Hugo: "A política dá mais frio na barriga do que pular de paraquedas"

Deputado federal de primeiro mandato, major Vitor Hugo é líder do partido com maior bancada na Câmara Federal, o PSL, e aliado de primeira hora do presidente da República, Jair Bolsonaro, tanto que foi líder do governo. No Lado B de Brasília, o major conta como conheceu Bolsonaro e sobre alguns desafios que têm enfrentado desde os 16 anos, sempre com disciplina militar, até mesmo nas tarefas civis. Vitor Hugo conta que é movido por um sentimento que ele define como "vertigem positiva", que é de se lançar a novas experiências sem medo, sempre querendo mais.

Na política, major Vitor Hugo entende que encontrou, pelo menos por agora, o auge dessa vertigem, por causa da adrenalina que começa na campanha, segue com a contagem de votos e se intensifica nas articulações diárias dentro do Parlamento. O líder detalha o que sentiu nas negociações do valor de R$ 600 do Auxílio Emergencial, pago aos brasileiros autônomos durante a pandemia da Covid-19. Apesar dessa adrenalina diária, ele quer mais e pretende disputar o governo de Goiás, estado em que vive atualmente, depois de ter passado pela Bahia e pelo Rio de Janeiro.

Na vida particular, ele conta que já pensou em pisar no freio para passar mais tempo com a família. No tempo de dencanso, Vitor Hugo gosta de pescar, comer peixe e ver seriado com o filho - como indicação ele traz Cobra Kai, disponível na Netflix.

Nov 10, 202134:25
Aldo Rebelo: "Quando as pessoas não têm ideias a apresentar, elas as substituem pela emoção"

Aldo Rebelo: "Quando as pessoas não têm ideias a apresentar, elas as substituem pela emoção"

Sem partido e pré-candidato a presidente da República em 2022, o ex-ministro e ex-presidente da Câmara dos Deputados Aldo Rebelo, divide memórias, experiências e expectativas no Lado B de Brasília. Algumas delas estão no livro O Quinto Movimento, que escreveu durante "o retiro forçado da pandemia".

Aqui, ele conta que entre as inspirações para entrar na política esteve a mãe, que ficou viúva aos 27 anos e teve que estudar para cuidar dos oito filhos. Também os professores de toda a vida. Das memórias do pai, que perdeu quando tinha nove anos, ele lembra de aprender a andar de cavalo e dos filmes de faroeste, que vê e revê no tempo livre. Aldo Rebelo também lê e relê. Ele cita aqui o clássico nacional Os Sertões, de Euclides da Cunha, entre outros.

Na música, ele se mostra eclético: gosta do rock dos Beatles, da MPB e de ópera. As trilhas sonoras sempre fizeram parte das viagens de carro com o filho e sobrinhos. Na culinária o feijão e a carne de sol são o destaque.

Sobre a pré-candidatura, Aldo Rebelo defende sua plataforma e pondera que o debate eleitoral ainda não começou para valer na sociedade, mas sim entre os políticos. Para ele, quem não está preparado para perder, também não está para ganhar. E a disputa tem que ser nas ideias. "Quando as pessoas não têm ideias a apresentar, elas as substituem pela emoção", registra.

Nov 03, 202132:55
Pompeo de Mattos: "Sem educação não há solução"

Pompeo de Mattos: "Sem educação não há solução"

Pompeo de Mattos já está no quinto mandato como deputado federal e é conhecido por andar nos corredores da Câmara com a indumentária gaúcha, a pilcha. Inclusive, além de paletó e gravata, a pilcha agora é um traje aceito no Parlamento por uma demanda dele, como ele conta no Lado B de Brasília.

Bom de fala, o deputado acredita ser mais fácil escrever um poema a um discurso político. Aqui ele divide um pouco desse lado poeta, recita obras próprias e chega a fazer rimas durante a entrevista. Ele nega que o talento seja uma influência do nome Darci, que recebeu em homenagem ao poeta conterrâneo Darci Fagundes.

Filiado ao PDT durante toda a carreira política, Pompeo de Mattos lembra de outro Darcy - o Ribeiro - colega de partido e ex-ministro da Educação. "Sem educação não há solução", ressalta.

Pompeo já disputou onze eleições e ganhou dez, segundo ele porque caiu da garupa de um cavalo quando saiu como vice. Aqui ele diz que está pronto para qualquer desafio e acredita no potencial de Ciro Gomes para presidência da República. Sobre a personalidade intensa de Ciro, Pompeo é prático: "É melhor ser boca brava do que não ter boca para nada".

Oct 27, 202133:15
Lúcio Vieira Lima: "Os meus pecados pago eu"

Lúcio Vieira Lima: "Os meus pecados pago eu"

O ex-deputado e agora presidente de honra do MDB na Bahia, Lúcio Vieira Lima, provou no Lado B de Brasília que é inconstrangível. Ele foi o primeiro a falar de sexo no podcast - nada explícito - e o primeiro também que confidenciou chorar enquanto toma banho, simplesmente, por ser humano.

Lúcio contou que ultrapassou 11 mil seguidores no Instagram sem saber lidar com as ferramentas, apenas sendo espontâneo, disse que está muito bem "fora dos stories" e que deixou a política de vez, sem arrependimentos na trajetória e pronto para pagar pelos próprios pecados (palavras dele). Ele chorou ao falar do pai, Afrísio, mostrou que está ao lado da família e dos amigos custe o que custar e foi sincero ao falar do irmão, o ex-ministro de Michel Temer, Geddel Vieira Lima, que cumpre pena pelo caso das malas com 51 milhões de reais encontradas em 2017, em um apartamento em Salvador (BA).

O ex-deputado conta que está com quatro cachorros em seu apartamento atualmente e que espera superar com a companhia dos pets a "síndrome no ninho vazio", por causa do casamento de seu filho, Afrísio Neto, a quem deixa uma espécie de pedido no podcast: batizar o possível herdeiro de Afrísio. Será?

Como mensagem, Lúcio sugere que deixemos de lado os julgamentos aos outros e a nós mesmos e que sejamos alegres.

Oct 19, 202132:39
Álvaro Dias: "Todo processo eleitoral é um ressuscitar de esperanças"

Álvaro Dias: "Todo processo eleitoral é um ressuscitar de esperanças"

Com mais de meio século de vida pública, o senador Álvaro Dias espera que o Brasil consiga sair dos extremos políticos e encontre um caminho para sair da crise. "Todo processo eleitoral é um ressuscitar de esperanças. É preciso refletir, pensar sobre o futuro do país. O que eu espero é um debate de lucidez, de bom senso. Espero o fim dessa dicotomia, essa beligerância maldita que faz tanto mal ao país, ao povo e à democracia", registra no Lado B de Brasília.

Álvaro Dias defende mais qualidade na representação popular, o que, para ele, passa por reduzir a quantidade de partidos e de parlamentares no Congresso. Com uma bandeira contra a corrupção, é abertamente apoiador do ex-juiz Sergio Moro e disse pretender contribuir para um projeto em que o Brasil se reencontre. Na vida pessoal, Álvaro Dias conta que não abre mão de acompanhar jogos de futebol com o neto e que emprega o tempo livre com a família, no Paraná, ficando raramente em Brasília aos finais de semana.

Oct 13, 202130:48
Fabiano Contarato: "Algumas pessoas são intolerantes, exercitam mais o ódio do que o amor"

Fabiano Contarato: "Algumas pessoas são intolerantes, exercitam mais o ódio do que o amor"

O Lado B de Brasília traz neste episódio uma conversa com o senador Fabiano Contarato, que touxe à tona discussões a repeito do preconceito contra orientação sexual durante um depoimento na CPI da Covid no Senado. Ele disse estar aliviado por ter escolhido o momento adequado para colocar em debate a necessidade de combater todo tipo de discriminação. O senador lamentou que algumas pessoas exercitem mais o ódio do que o amor.

Sem vaidade, ele contou que fez escolhas profissionais difíceis, como delegado de polícia, professor de direito e, agora, senador, e reforçou que orientação sexual não define competência e que a população está cada vez mais consciente disso. Sobre seu Lado B, Fabiano conta que leva a vida de forma simples e que aproveita o tempo livre com a família: o marido e os dois filhos. A pandemia trouxe como supresa a caçula, Mariana, e o desafio de encontrar formas de entreter o primogênito Gabriel.

Fabiano Contarato entende que cada ser humano traz em si o poder de tranformar e confessa que já chegou a julgar a política antes de entrar para o Senado. Aqui, ele defende que existem muitos políticos bons e que a CPI tem trazido maior identificação da população com os parlamenares nas diferentes linhas idelógicas, seja concordando ou discordando das investigações.

Como lição para não esquecer, Contarato aponta que divergir é saudável dentro de uma Democracia, mas ressalta que a liberdade de expressão não pode ser usada como escudo para prática de atividades ilícitas.

Oct 06, 202132:51
Alexandre Baldy: "É na política que os grandes atos e as soluções para problemas se dão"

Alexandre Baldy: "É na política que os grandes atos e as soluções para problemas se dão"

O entrevistado de hoje saiu de Goiás para trabalhar no maior sistema de transporte público do Brasil, na cidade de São Paulo. Alexandre Baldy recém entrou na casa dos quarenta anos de idade, mas acumula experiências em tantas áreas que confessa no Lado B de Brasília que nunca sonhou chegar tão longe, isso profissional e pessoalmente.

Fã dos pais, dos filhos e da esposa, ele dedica o pouco tempo livre que tem ao convívio familiar e relata não conseguir viajar muito. Sem reclamar, ele que já foi jogador de futebol quando jovem no time do Goiás, agora só convive com o esporte através do videogame, em disputas com o filho adolescente, com que também corre e faz academia.

Ele vê seriados e vai à fazenda com a família, que é a base para os momentos bons e ruins da vida pública. Baldy já foi preso, segundo ele, por retaliação política, e este foi o único momento em que pensou em desistir. Mas recebeu de conselho que deveria sair pela porta da frente, por onde entrou na política, já porque ele defende que é na "política que os grandes atos e as soluções para problemas se dão".

Sep 28, 202135:16
Alice Portugal: "Temos que repavimentar o caminho da democracia no Brasil"

Alice Portugal: "Temos que repavimentar o caminho da democracia no Brasil"

Alice Portugal começou a carreira política como militante de Centro Acadêmico e se diz parlamentar por essência. Para ela, é preciso fortalecer a Câmara dos Deputados que é a voz do povo. A deputada federal Alice Portugal pede a repavimentação do caminho da democracia que, segundo ela, está "ferida" e explica que o PCdoB - do qual ela faz parte desde o início da vida política o só traz "Comunista" no nome. "Nós do Partido Comunista sabemos que não estamos nesta etapa da história. A etapa da história é afirmar a democracia representativa. A forma de luta não é a luta armada que Bolsonaro quer, é a luta pelo voto e pelo fortalecimento de entidades e movimentos", detalha.

Mãe dedicada também de gatos e plantas, Alice conta como gosta da tranquilidade do lar para ler e ouvir músicas e revela que dentro de casa tem um comportamento muito mais tranquilo do que o registrado no Parlamento. Ela fala sobre o machismo que vai além da falta de representatividade e reclama que a estrutura física do Congresso é voltada aos homens, seja pelo microfone modulado para vozes masculinas ou seja pelo ar-condicionado ajustado em temperaturas baixas, para dar conforto a quem está de terno e gravata.

Fã de Chico, Caetano, carnaval e futebol, Alice tem sonhos realizáveis, como poder ir à praia uma vez por semana e conhecer a Itália. Neste momento, a deputada está lendo está lendo "Como as democracias morrem", de Steven Levitsky e Daniel Ziblatt, e indica "1968: o Ano Que não Terminou", de Zuenir Ventura.

Sep 22, 202131:01
Marcelo Castro: "A democracia é uma planta tenra que a gente precisa irrigar todo dia"

Marcelo Castro: "A democracia é uma planta tenra que a gente precisa irrigar todo dia"

Natural de São Raimundo Nonato, no Piauí, Marcelo Castro tem 40 anos de vida pública e não tem planos de deixar a política, onde se vê no topo da carreira, como senador. No Lado B de Brasília ele disse que a política é uma atividade de provações e desafios, mas que é viciante.

Médico psiquiatra por formação, ele entende ter sido natural continuar o caminho iniciado pela família, em especial, pelo pai que foi vereador e prefeito. Apesar de celebrar a família, ele entende que uma das desvantagens da escolha da profissão é ser obrigado a perder parte desse contato por conta dos compromissos constantes. No pouco tempo livre que resta, o senador conta que lê para "não enferrujar" a mente e dá dicas de como fazer caminhadas para manter a saúde em dia.

Marcelo Castro, que atuou como ministro da Saúde durante o governo de Dilma Rousseff, fala aqui sobre "golpistas" e sobre a pandemia. Também sobre a fragilidade da democracia, que está acentuada com movimentos recentes. Ele destaca que quem quer democracia tem que ser firme para que não avance o autoritarismo. "A gente sempre pensava que a democracia era um jequitibá, uma araucária, uma aroeira e , na verdade não é, ela é uma planta tenra que a gente precisa irrigar todo dia".

Sep 14, 202128:11
Felipe Rigoni: "A qualidade do nosso futuro vai depender das nossas escolhas agora"

Felipe Rigoni: "A qualidade do nosso futuro vai depender das nossas escolhas agora"

Com uma atitude positiva em relação às escolhas pessoais e profissionais, o primeiro deputado federal cego do Brasil, Felipe Rigoni conta como é ir ao mar, fazer uma trilha ou mesmo andar pelo labirinto que é o Congresso Nacional sem enxergar. Rigoni considera que o Brasil passa por um momento complicado tanto política quanto institucionalmente, mas avalia que a qualidade do nosso futuro vai depender das nossas escolhas agora.

O jovem deputado mostra no Lado B de Brasília que é intenso em tudo o que faz e que leva a sério o trabalho, os estudos e a diversão. Se é para beber ele bebe e se é para comer ele come, mas quando é para aprender ele não perde tempo. Já leu mais de 40 livros apenas neste ano, toca violão e quer conquistar a faixa preta no jiu-jitsu. Fã de sertanejo e samba, adora ouvir uma boa música ao vivo em um barzinho (quando não é pandemia).

Felipe Rigoni indica como obra indispensável o livro "Em busca de sentido, de Viktor Frankl" e a música "O que é, o que é", de Gonzaguinha. Na nossa conversa, ele conta que entrou na política contra a vontade dos pais e que sonha em ser governador do Espírito Santo e, mais para frente, presidente do Brasil.

Sep 08, 202133:37
Alessandro Molon: "Quando passar a pandemia, vou aglomerar numa roda de samba"

Alessandro Molon: "Quando passar a pandemia, vou aglomerar numa roda de samba"

Um dia perfeito para ele é surfando, de preferência, ao lado dos filhos. Mineiro de nascença e carioca de criação, dá aula de direito em uma universidade do Rio de Janeiro, e boa parte do tempo ele passa também em Brasília, liderando a oposição ao governo na Câmara dos Deputados. O Lado B de Brasília conversa neste episódio com o deputado e pré-candidato ao Senado Federal, Alessandro Molon, que entrou na política por paixão pessoal, com vontade de mudar, pra melhor, a vida das pessoas.

Quando não está estudando - ele recém terminou o doutorado - Molon gosta de ver seriados e ler. Na parte cultural, o deputado exalta o carnaval, os artistas e as músicas brasileiras e, em especial, o trabalho de humoristas. Depois da pandemia, o programa ideal de Molon será numa roda de samba.

Nas redes sociais, Molon interage com bom humor aos comentários que perguntam sobre sua aparência. O segredo, segundo revelou, é um só: tomar banho frio todos os dias (há 30 anos!). Aqui, o deputado ainda conta que gosta de cozinhar pratos doces e salgados, se disse especialista em fazer torta de limão e tiramissu, além de costela de porco e feijoada.

Sep 01, 202134:50
Mandetta: "Tem uma pedra no meio do caminho do Brasil"

Mandetta: "Tem uma pedra no meio do caminho do Brasil"

Ele cola poesias na parede para se inspirar e tem uma trilha musical para cada momento da vida. Médico por formação e por influência do pai, ele entrou para a política sem planejar e virou ministro da Saúde durante a pandemia da Covid-19 no Brasil. Luiz Henrique Mandetta agora é presidenciável. Ele espera realmente ouvir o hino nacional no dia 1º de janeiro de 2023 e adiantou que depois da posse, se pudesse escolher, ouviria Aquarela do Brasil. Aqui, Mandetta conta como a marcenaria virou um hobby e sobre a superstição de ler seis livros ao ano, para ter certeza de que não vai ter azar!

Aqui o foco não é política, mas Mandetta fala sobre a relação com Jair Bolsonaro e recorre à filosofia e ao mito da caverna para descrever a atuação do presidente da República. Recorrendo à poesia, Mandetta diz que há uma pedra no meio do caminho do Brasil que precisa ser removida.

Aug 24, 202136:32
Delegado Waldir: "Eu sou pragmático, não sou maluco"

Delegado Waldir: "Eu sou pragmático, não sou maluco"

O Lado B de Brasília conversa com o deputado federal Delegado Waldir, que já foi protagonista de grandes momentos políticos no Brasil, como a pergunta sobre as contas no exterior, que custou o mandato de Eduardo Cunha, e também foi quem chamou Jair Bolsonaro de "vagabundo" no áudio vazado da reunião do PSL. Autor do polêmico projeto que quer reduzir a área da Chapada dos Veadeiros, em Goiás, o deputado se diz goiano de coração, apesar de ser paranaense de nascença.

Delegado Waldir se define como pragmático e não maluco, como alguns dizem, e de direita, não de extrema direita, onde avalia que estão os apoiadores de Jair Bolsonaro. Inclusive, o deputado disse que o presidente da República copiou dele a "arminha feita com a mão".

No Lado B de Brasília, delegado Waldir revela o sonho de ser senador e o de conhecer todos os países do mundo. Ligado na tomada e na família, Waldir gosta de viajar ou tomar um bom vinho ao lado dos filhos mais velhos. Para quem acompanha o podcast, ele recomenda a Itália como destino imperdível. É de lá que ele acredita ter vindo seu "sangue explosivo".

Aug 18, 202134:09
Fred Costa: não podemos ser mais um, temos que objetivar ser o melhor

Fred Costa: não podemos ser mais um, temos que objetivar ser o melhor

O deputado federal Fred Costa ficou conhecido em todo o país por causa do abaixo-assinado para colocar o vira-lata caramelo na nota de R$ 200 e tem uma atuação voltada à proteção dos animais. No Lado B de Brasília, Fred Costa conta ser apaixonado por futebol, apesar de confidenciar ser um jogador até ruim. Ele tem mais de 700 camisetas de time, gosta muito de doces e comete uma blasfêmia como mineiro: revela não gostar de queijo. Fred Costa tem acompanhado de perto as Olímpiadas e faz algumas confidências aqui, uma delas, do sonho que já teve de ser prefeito.

Aug 04, 202130:56