It's Ok To Not Be Ok
By LACS x MadreMedia
É isso que vamos procurar fazer nesta série de conversas em que desafiámos empresários e gestores a partilhar as suas histórias de como a pandemia mudou a forma como trabalhamos e como nos vemos no mundo do trabalho.
It's Ok To Not Be OkDec 03, 2021
“Eu não estou ok”. Será que os CEOs estão prontos para ouvir os funcionários? (Episódio Bónus)
Este episódio contou com a participação de Ricardo Martins Pereira, empresário e publisher da MAGG, Nuno Abreu, Diretor Executivo de HR Solutions na AON Portugal, e Dara Boles, terapeuta na New Life Portugal, para discutir qual é o papel das empresas para promover formas de melhorar a nossas saúde mental e bem-estar no contexto profissional.
Estando atualmente num contexto já mais afastado daquilo a que chamámos “regresso à normalidade" pós-pandemia, será que agora estamos mais ok?
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Diogo Romão | Monday: “Salta-se de reunião em reunião e não se tomam decisões”
Diogo Romão é partner da Monday, uma empresa que ajuda outras empresas a ter melhores rotinas de trabalho e a pensar os produtos que oferecem aos clientes. E, com este descritivo, esta conversa tinha que falar obrigatoriamente desse tema fraturante que é o número de reuniões que fazemos nas empresas onde trabalhamos.
Sobre o futuro do trabalho, Diogo Romão diz que a única certeza que tem é que “nunca mais será igual ao que era”. E acredita que uma palavra é essencial: “o equilíbrio da vida no seu todo é fundamental, o trabalho é uma parte, mas há muitas outras partes”.
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Miguel Costa | Madpizza: “Já é ok comer pizza?”
Sim, é a resposta que a Madpizza espera que os seus clientes possam dar, sem culpa de calorias em excesso ou de alimentos menos bons. A cadeia de restauração fundada em 2007 tem hoje uma equipa com mais de 120 pessoas cuja gestão foi tudo menos fácil nos últimos dois anos.
O que é decisivo num espaço aberto ao público é a forma como os clientes são recebidos, já que não há qualquer filtro entre quem atende e quem consome. “Nós lidamos todos os dias com os clientes e quando as pessoas não estão bem, transparece”. Por isso, considera que o bem estar das equipas tem de ser uma prioridade da gestão.
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Ricardo Lima | Web Summit: “Sou um falhado, porque isso significa que estou a experimentar coisas novas”
Quis ser engenheiro informático e piloto de aviões e, a partir de certa altura, decidiu que um dia quereria fazer uma startup. Faz parte da equipa da Web Summit que todos os anos entrevista mais de 20 mil startups e onde está a aprender com quem faz.
Uma posição privilegiada para aprender sobre como se fazem startups, uma vez que a função tem como foco “ir à caça das startups mais interessantes”. Um conceito que não passa apenas pelas mais promissoras em termos de crescimento, mas também aquelas que trazem ideias de comunidades menos representadas ou que lideradas por mulheres, ainda em minoria no ecossistema de startups.
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Mariana Santos Soares | Comic Con: “Tudo o que gosto como hobby vou poder fazer? É o melhor emprego do mundo”
A convidada desta semana do podcast It’s OK not to be OK ainda não descobriu se gosta de fazer eventos ou se gosta de fazer a Comic Con Portugal, mas já leva um percurso de seis anos a trabalhar nos bastidores de uma iniciativa que nasceu há 50 anos em São Diego, nos Estados Unidos, e que chegou a Portugal em 2016.
Os últimos dois anos foram especialmente intensos no que respeita à gestão da incerteza, já que a pandemia foi dura para os organizadores de eventos. “A pandemia mudou a Comic Con enquanto evento e mudou a equipa”, afirma Mariana, admitindo, ainda assim, que “se calhar estávamos a precisar de um abanão”.
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Miguel Assis | Voqin: "Hoje todos temos de estar bem, a sociedade parece que tem de ser um espelho do Instagram”
Miguel Assis é partner da Voqin e há mais de 20 anos que tem como trabalho juntar pessoas e fazer desses momentos algo que as ajude a viver e a trabalhar melhor. A pandemia não o parou, pelo contrário, acelerou o que já andava a fazer quando dizia aos clientes que não era preciso ter eventos presenciais para tudo. O que é mesmo preciso é, afirma, interação – e isso é a matéria do que faz.
Voqin vem de “provoking” e Miguel não deixou os créditos por mãos alheias. “Não estamos fartos do telemóvel e chegamos a casa e pomo-nos em frente da televisão”, afirma quando lhe perguntamos se não ficámos com fadiga do digital depois de dois anos em frente ao ecrã. E ele acha que não e que os nossos hábitos o demonstram.
Uma conversa sobre bem-estar, saúde mental e como podemos viver e trabalhar melhor.
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(Episódio Bónus) Sandro Resende | Manicómio: "Somos muito conformistas, zero resilientes"
A 18 de novembro, no evento de apresentação do podcast "It's Ok To Not Be Ok", no LACS Anjos, a conversa com Sandro Resende serviu como uma espécie de episódio 0 para introduzir o tema da saúde mental nas empresas. Nela, o fundador do Manicómio, uma associação do Hospital Júlio de Matos que promove o trabalho artístico de pacientes com doença mental, partilhou a sua experiência e elaborou algumas lições que podem ser aplicadas à forma como as organizações têm de olhar para o bem-estar dos seus colaboradores.
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Maximino Gouveia | Cognizant: "80% das pessoas não vão mudar de emprego se a proposta não incluir trabalho remoto"
Pode uma tecnológica ajudar-nos a perceber como vai ser o futuro do trabalho? A multinacional americana Cognizant pensa que sim e, por isso, criou um centro de estudos focado especificamente nas tendências que vão impactar a vida dos seus colaboradores. Desde o início da pandemia, a empresa empenhou-se em dar as melhores condições de trabalho remoto e fez um esforço para ter uma papel ativo em alguns dos desafios criados por esta nova rotina, nomeadamente no que diz respeito à saúde mental. O convidado do último episódio desta temporada do podcast foi Maximino Gouveia, líder da empresa em Portugal e responsável por uma equipa de mais de 900 pessoas.
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Tiago Santos | WorkWell: “A pandemia veio por a nu a necessidade de as empresas olharem para os seus colaboradores”
Menos stress e mais qualidade de vida é igual a mais produtividade. Se aplicado corretamente e com o devido acompanhamento, este conceito traz ganhos a todos: às empresas e aos seus colaboradores. Esta é pelo menos a filosofia da WorkWell, empresa pioneira em Portugal no setor de “corporate wellness”. Por outras palavras, é especializada no bem-estar das empresas para estas potenciarem os seus resultados. O convidado deste episódio é Tiago Santos, co-fundador, que nos conta um pouco da história de como tudo começou — mais concretamente como quatro amigos da área da educação física, a terminar o percurso académico, em 2008, decidiram avançar com um negócio em plena crise financeira — e como é que um negócio de bem-estar se adapta a uma pandemia, nomeadamente quando em pleno confinamento ficou com 80% a 90% dos serviços suspensos.
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Pedro Castro | Multilem: "O discurso era nós estamos todos juntos, não vamos deixar cair ninguém"
Poucos conhecem a indústria dos eventos como Pedro Castro. Antes do início da pandemia, a Multilem tinha em mão uma série de contratos com empresas do mundo inteiro - o Turismo da Arábia Saudita, a Google, a Visa - que indicavam que a empresa teria novamente um ano acima das expectativas. No entanto, com os sucessivos confinamentos, o negócio ficou em stand by. Os eventos não aconteciam, a empresa não gerava receitas e continuava a haver uma série de contas para pagar. Ao contrário de outras empresas do setor, a Multilem não abdicou de nenhum de nenhum dos seus colaboradores e procurou neles a força para ultrapassar a pandemia.
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Joana Almeida | Morais Leitão: "Com o teletrabalho expusemos uma parte de nós que não fazíamos habitualmente"
Joana Almeida nunca trabalhou noutro sítio que não a sociedade de advogados Morais Leitão, onde é advogada, sócia e, desde 2021, diretora de recursos humanos. Levou para casa o trabalho durante o confinamento e como tantas mães e pais atravessou a "loucura" de trabalhar e educar filhos no mesmo horário. Hoje acredita que houve regras que mudaram para sempre e que a pandemia permitiu que falar de saúde mental deixasse de ser tabu.
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Roberta Medina | Rock in Rio: “Senti-me emocionalmente excluída mesmo que racionalmente fizesse todo o sentido”
Roberta Medina lidera uma empresa que emprega mais de 130 pessoas e quando as reuniu pela primeira vez depois do início da pandemia percebeu que o problema no mundo lá fora só podia ser maior. Ela própria precisou de entender as suas emoções: “eu me peguei me chateando por dentro comigo, a ficar magoada, com uma coisa que racionalmente era totalmente explicada. Porque efetivamente tiveram de se fazer escolhas e de se restringir os grupos sociais”. Acredita que o tempo é agora de recuperar e “resgatar” relações.
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