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Caminhadas com Arte - Lavrar o Mar

Caminhadas com Arte - Lavrar o Mar

By Lavrar o Mar

Podcast com as gravações das conversas decorrentes do programa "Caminhadas com Arte" inserido projecto Lavrar o Mar, em Aljezur e em Monchique.
Cada orador faz uma caminhada com um grupo de 15 pessoas, trazendo-nos conversas e temas diferentes.

Ao som da natureza serrana e atlântica, conversamos com personalidades da filosofia, arte, jornalismo, fotografia cinema, sociedade, agricultura, entre muitas outras áreas.

Edição: Remi Gallet
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Adérito Araújo - EP. 2 - Matemática e a Vida

Caminhadas com Arte - Lavrar o MarAug 03, 2022

00:00
44:20
José António Bandeirinha - EP. 2 - A Arquitectura e o Espaço Público

José António Bandeirinha - EP. 2 - A Arquitectura e o Espaço Público

José Bandeirinha prossegue a sua caminhada reflectindo sobre o campo e a cidade, a sua posição de oposição / contradição e simultaneamente complementaridade. O espaço público, a sua existência e a sua história.

O aparecimento dos primeiros arquitectos com Vitrúvio, durante o império Romano, e do equilíbrio dos três princípios da arquitectura: Firmitas (firmeza), Utilitas (utilidade), Venustas (Beleza) e assim chegando à importância da arquitectura na sociedade.

Aconteceu no dia 16 de Maio de 2021, em Monchique.

BIOGRAFIA

Arquitecto, professor na Universidade de Coimbra e investigador do Centro de Estudos Sociais. Tem dedicado os seus estudos à teoria da arquitectura e da cidade, centrando-se, no essencial, sobre as consequências urbanas e arquitectónicas das práticas políticas. No século passado também foi actor de teatro, CITAC 1975-1985. Gosta imenso de cidades, é por tanto gostar delas que adora excursos ao campo e ao monte. Sente-se muito bem numas e noutros. Não se sente tão bem no resto, que é quase tudo. 

TEMA

Conversarei essencialmente sobre o espaço em que vivemos, sobre o modo como o usamos, como o fomos usando e modelando à nossa condição humana, falarei sobre a sua relação com as formas através das quais nos agregamos, ou desagregamos. O espaço é também um recurso e, tal como acontece com todos os recursos, é preciso olhá-lo e desejá-lo numa perspectiva de futuro responsável. Caminhar no monte é a circunstância mais apropriada para pensarmos sobre o espaço em que se desenvolvem os nossos quotidianos. Também gostava de vos contar algumas histórias, as que vierem a propósito, ou a despropósito, tanto faz...

Jan 10, 202354:22
José António Bandeirinha - EP. 1 - A Percepção de Todos Nós e a Percepção de Cada Um

José António Bandeirinha - EP. 1 - A Percepção de Todos Nós e a Percepção de Cada Um

José Bandeirinha, arquitecto, acompanhado por 15 caminhantes, guia-nos através de uma reflexão sobre o tempo. O tempo de todos nós e o tempo de cada um. Como pensar um quarto de hora em um minuto e meio?

Existe uma forma quantitativa e cumulativa de entender o tempo. A verdadeira Arte e a verdadeira ciência não podem ser entendidas com este carácter quantitativo e especialmente cumulativo.

O mesmo se passa entre o natural e o construído: a separação mental existe como um conceito que está antes da verdadeira realidade.

A natureza toma conta do construído, com o musgo e a vegetação. Talvez daqui a dois anos, no local onde se encontram, não se detecte intervenção humana.

Quando olhamos para as coisas de que gostamos, olhamos através das nossas memórias, das nossas histórias.


Aconteceu no dia 16 de Maio de 2021, em Monchique.


BIOGRAFIA
Arquitecto, professor na Universidade de Coimbra e investigador do Centro de Estudos Sociais. Tem dedicado os seus estudos à teoria da arquitectura e da cidade, centrando-se, no essencial, sobre as consequências urbanas e arquitectónicas das práticas políticas. No século passado também foi actor de teatro, CITAC 1975-1985. Gosta imenso de cidades, é por tanto gostar delas que adora excursos ao campo e ao monte. Sente-se muito bem numas e noutros. Não se sente tão bem no resto, que é quase tudo.

TEMA
Conversarei essencialmente sobre o espaço em que vivemos, sobre o modo como o usamos, como o fomos usando e modelando à nossa condição humana, falarei sobre a sua relação com as formas através das quais nos agregamos, ou desagregamos. O espaço é também um recurso e, tal como acontece com todos os recursos, é preciso olhá-lo e desejá-lo numa perspectiva de futuro responsável. Caminhar no monte é a circunstância mais apropriada para pensarmos sobre o espaço em que se desenvolvem os nossos quotidianos. Também gostava de vos contar algumas histórias, as que vierem a propósito, ou a despropósito, tanto faz...

Jan 10, 202330:28
José Reis - EP. 2 - O Lugar e o Tempo Cíclico: Uma Economia de Proximidade

José Reis - EP. 2 - O Lugar e o Tempo Cíclico: Uma Economia de Proximidade

A Economia trata da vida material, tem uma dimensão concreta e real mas também de proximidade. Os espaços constroem-se pela proximidade. O contexto, a ligação que temos a um lugar, está também relacionado com o tempo e a vida material depende muito destas duas dimensões. No modelo capitalista existe a noção de o tempo ser linear, infinito e talvez por isso se tenha tornado tão insustentável. Nesta caminhada vamos reflectir sobre como podemos recuperar a visão do tempo cíclico, para estarmos numa relação de maior proximidade com o lugar e com a vida.

Aconteceu no dia 6 de Junho de 2021, em Aljezur.


BIOGRAFIA
Estudo economia em Coimbra desde 1973 entendendo que economia é economia política. Interesso-me pela longa duração e pela “economia impura”, isto é, pela que acontece em contextos precisos, em territórios, mesclada com instituições. Valorizo a proximidade e a ação pública.

Sep 02, 202255:36
José Reis - EP. 1 - Escutar o espaço: Uma visão inspiradora da Economia

José Reis - EP. 1 - Escutar o espaço: Uma visão inspiradora da Economia

O que é a economia? Será que conseguimos definir a mesma? Neste podcast o Prof. Dr. José Reis leva-nos numa caminhada sobre a importância de escutarmos o espaço e de ouvir o território como uma forma de compreendermos o que o constitui verdadeiramente, as suas pessoas, os materiais e as dinâmicas existentes. É nesta interrogação do espaço que conseguimos observar também as suas vulnerabilidades e o que acontece quando algo muda.

Como era a economia dos artesãos do passado e como é a economia agora, depois de uma pandemia? Será que conseguimos definir algo que está em constante mudança? A economia é muita coisa, se a observarmos assim vamos encontrar várias razões, rácios e relações para a definir. Talvez na soma das várias razões, consigamos compreender um pouco melhor como podemos definir ou olhar para a economia.

Aconteceu no dia 6 de Junho de 2021, em Aljezur.


BIOGRAFIA
Estudo economia em Coimbra desde 1973 entendendo que economia é economia política. Interesso-me pela longa duração e pela “economia impura”, isto é, pela que acontece em contextos precisos, em territórios, mesclada com instituições. Valorizo a proximidade e a ação pública.

Sep 02, 202255:47
Maria João Neto - EP. 2 - Passado e Presente de Aljezur

Maria João Neto - EP. 2 - Passado e Presente de Aljezur

Maria João Neto, natural de Aljezur, é professora universitária e investigadora em História e conta-nos a história e o património de Aljezur, sempre com um foco especial nas populações que aqui habitaram ao longo dos séculos e nas suas actividades (muitas delas já extintas), como a criação de gado, a pesca do cachalote, a cultura do arroz, entre outras.

Neste episódio, Maria João faz a comparação entre o passado e o presente de Aljezur, com observações críticas às políticas e decisões tomadas recentemente.

Conta-nos também a história dos aviões dos aliados e do regime nazi na Segunda Guerra Mundial, que sobrevoaram Aljezur. Um desses aviões (do lado alemão) chegou mesmo a cair e a juntar a população para sepultar os soldados mortos, isto num tempo em que Portugal vivia também sob um regime ditatorial.


Aconteceu no dia 6 de Junho de 2021, em Aljezur.

BIOGRAFIA
Maria João Pereira Neto é investigadora nas áreas de História e Sociologia e é docente universitária desde 1983. Ao longo de mais de três décadas, Maria João leccionou várias disciplinas, nomeadamente na área das Ciências Sociais e Humanas - Sociologia, Demografia e Antropologia - e em História: Arte, Arquitectura, Design, Cultura, Cenografia e Performance. Adicionalmente publicou diversos artigos científicos sobre a Costa Vicentina.


Sep 02, 202251:01
Maria João Neto - EP. 1 - Migrações, Escravatura e Domínios

Maria João Neto - EP. 1 - Migrações, Escravatura e Domínios

Maria João Neto, natural de Aljezur, é professora universitária e investigadora em História.

Nesta caminhada, Maria João conta-nos a história e o património de Aljezur, sempre com um foco especial nas populações que aqui habitaram ao longo dos séculos.

Neste episódio, Maria João Neto expõe as diferenças que se foram sentindo ao longo da História, como o caso do terramoto de 1755 e até aos dias de hoje, com a grande afluência turística que se sente no concelho.

Maria João Neto conta-nos como o Algarve, e em particular esta zona da Costa Vicentina, era uma espécie de fim-do-mundo, extremamente isolada, composta por populações dispersas e desprotegidas de ataques e pilhagens de embarcações provenientes do Norte de África.

Aconteceu no dia 6 de Junho de 2021.


BIOGRAFIA
Maria João Pereira Neto é investigadora nas áreas de História e Sociologia e é docente universitária desde 1983. Ao longo de mais de três décadas, Maria João leccionou várias disciplinas, nomeadamente na área das Ciências Sociais e Humanas - Sociologia, Demografia e Antropologia - e em História: Arte, Arquitectura, Design, Cultura, Cenografia e Performance. Adicionalmente publicou diversos artigos científicos sobre a Costa Vicentina.

Sep 02, 202201:13:55
Luísa Veloso - EP. 2 - Quanto Vale?

Luísa Veloso - EP. 2 - Quanto Vale?

Luísa Veloso prossegue a sua caminhada e após nos ter apresentado os seus vizinhos (habitantes rurais) passa a expor quais os outros “ocupantes” da região que vão desde proprietários de monte (estrangeiros e portugueses, não residentes), proprietários escolarizados e imigrantes (brasileiros e orientais) muitos destes a trabalharem em cultura intensiva, associada à economia selvagem ou de esgotamento.

Luísa mostra-nos que os ocupantes do espaço rural são extremamente heterógeneos e com formas de vida e de definir o valor, muito diferentes.

Luísa e João (seu marido) aprenderam, com os vizinhos, uma forma completamente diferente de avaliar os bens, através da troca não monetária.

Quanto vale um sobreiro, os ovos, um molhe de coentros?

Quanto vale? O que é o valor?


BIOGRAFIA
Luísa Veloso é socióloga e nasceu em Vila Nova de Famalicão. Mora em Grândola. Professora no ISCTE - Instituto Universitário de Lisboa e investigadora do Centro de Investigação e Estudos de Sociologia da mesma instituição. Tem desenvolvido pesquisa nos domínios do trabalho, das profissões e da economia. Tem colaborado com instituições diversas da esfera artística, tais como a Cinemateca Portuguesa, a Fundação de Serralves ou o Alkantara. Tem várias publicações, de entre as quais o livro, O trabalho no ecrã: memórias e identidades sociais através do cinema, em parceria com Frédéric Vidal, publicado em 2016 pelas Edições 70.

Sep 02, 202251:25
Luísa Veloso - EP. 1 - Vida em Grândola

Luísa Veloso - EP. 1 - Vida em Grândola

Luísa Veloso, socióloga nascida no Minho e a residir em Grândola, faz uma caminhada acompanhada por 15 caminhantes, contando histórias dos seus vizinhos e relacionando-as com a composição social e laboral de Grândola.

Ao longo do percurso somos apresentados ao Nuno corticeiro, ao Matias que tem uma mulher muito magrinha, ao Manuel que é pastor, à Dona idália que faz limpezas, à Dona Dulce, à filha do Beto, entre outros.

Aconteceu no dia 6 de Junho de 2021.


BIOGRAFIA
Luísa Veloso é socióloga e nasceu em Vila Nova de Famalicão. Mora em Grândola. Professora no ISCTE - Instituto Universitário de Lisboa e investigadora do Centro de Investigação e Estudos de Sociologia da mesma instituição. Tem desenvolvido pesquisa nos domínios do trabalho, das profissões e da economia. Tem colaborado com instituições diversas da esfera artística, tais como a Cinemateca Portuguesa, a Fundação de Serralves ou o Alkantara. Tem várias publicações, de entre as quais o livro, O trabalho no ecrã: memórias e identidades sociais através do cinema, em parceria com Frédéric Vidal, publicado em 2016 pelas Edições 70.

Sep 02, 202255:35
Adérito Araújo - EP. 2 - Matemática e a Vida

Adérito Araújo - EP. 2 - Matemática e a Vida

Neste episódio, Adérito mostra-nos como o caos tem vindo a criar padrões que se repetem na natureza (como o caso do número de pétalas nas flores). Chama-nos também à atenção da complexidade das formas da natureza, geometricamente complexas, e mostra-nos os diferentes tipos de simetria que existem nas plantas.

No final, termina com uma reflexão sobre a matemática na sua relação com a economia, as pessoas e a sociedade.


Aconteceu em Monchique, a 16 de Maio de 2021.


BIOGRAFIA
Sou matemático na Universidade de Coimbra, onde investigo e compartilho saberes com muitos colegas e alunos. Olho para disciplina pela qual me apaixonei como uma oportunidade de me relacionar com as pessoas e com o mundo. Acredito que o melhor de nós se revela nos outros e, por isso mesmo, dedico uma boa parte da minha vida ao associativismo cultural e ao exercício da cidadania política.

Aug 03, 202244:20
Adérito Araújo - EP. 1 - Onde Está a Matemática?

Adérito Araújo - EP. 1 - Onde Está a Matemática?

Neste episódio, Adérito relembra-nos que somos feitos de átomos e células que se vão substituindo constantemente ao longo da vida. No entanto, a nossa noção de individualidade, a nossa personalidade e as nossas memórias mantém-se.

Conta-nos também que a noção que temos de distância varia consoante as culturas (escalas logarítmicas), e dá exemplos de tribos indígenas da Amazónia.


Aconteceu em Monchique, a 16 de Maio de 2021.


BIOGRAFIA
Sou matemático na Universidade de Coimbra, onde investigo e compartilho saberes com muitos colegas e alunos. Olho para disciplina pela qual me apaixonei como uma oportunidade de me relacionar com as pessoas e com o mundo. Acredito que o melhor de nós se revela nos outros e, por isso mesmo, dedico uma boa parte da minha vida ao associativismo cultural e ao exercício da cidadania política.

Aug 03, 202201:00:26
David Marçal - EP. 2 - A Humanidade que se Pensa

David Marçal - EP. 2 - A Humanidade que se Pensa

A caminhada de David Marçal é um jogo entre fórmulas e lendas, uma visão sobre a humanidade enquanto esta parte curiosa do Universo que tem a capacidade de se conhecer a si própria.


Aconteceu em Aljezur, a 6 de Junho de 2021.


BIOGRAFIA
David Marçal. Doutorado pela Universidade Nova de Lisboa (2008). Bioquímico e comunicador de ciência. Em co-autoria com Carlos Fiolhais, assinou na Gradiva os livros Darwin aos Tiros e Outras Histórias de Ciência e Pipocas com Telemóvel e Outras Histórias de Falsa Ciência,  A Ciência e os seus Inimigos e Apanhados pelo Vírus. É também autor de duas obras publicadas pela Fundação Francisco Manuel dos Santos, Pseudociência e Cientistas Portugueses.  Escreveu centenas de artigos na comunicação social, espectáculos e vários programas de televisão sobre ciência. Ensina comunicação de ciência na Universidade Nova de Lisboa. Foi distinguido com os prémios Químicos Jovens (da Sociedade Portuguesa de Química), Ideias Verdes (da Fundação Luso e do jornal Expresso) e COMCEPT (da Comunidade Céptica Portuguesa).

Aug 03, 202226:47
David Marçal - EP. 1 - Ponto Azul Claro (Pale Blue Dot) 

David Marçal - EP. 1 - Ponto Azul Claro (Pale Blue Dot) 

David Marçal vira as páginas da ciência com histórias e explicações que se debruçam sobre a origem da vida, o pensamento moderno, a interpretação da natureza e a interação entre as disciplinas científicas: como se relacionam entre si e como é possível que, nessa relação, se gere poesia e beleza.


Aconteceu em Aljezur, no dia 6 de Junho de 2021.


BIOGRAFIA
David Marçal. Doutorado pela Universidade Nova de Lisboa (2008). Bioquímico e comunicador de ciência. Em co-autoria com Carlos Fiolhais, assinou na Gradiva os livros Darwin aos Tiros e Outras Histórias de Ciência e Pipocas com Telemóvel e Outras Histórias de Falsa Ciência,  A Ciência e os seus Inimigos e Apanhados pelo Vírus. É também autor de duas obras publicadas pela Fundação Francisco Manuel dos Santos, Pseudociência e Cientistas Portugueses.  Escreveu centenas de artigos na comunicação social, espectáculos e vários programas de televisão sobre ciência. Ensina comunicação de ciência na Universidade Nova de Lisboa. Foi distinguido com os prémios Químicos Jovens (da Sociedade Portuguesa de Química), Ideias Verdes (da Fundação Luso e do jornal Expresso) e COMCEPT (da Comunidade Céptica Portuguesa).

Aug 03, 202235:21
Pedro Miguel Santos - EP. 2 - Jornalismo Independente - Fumaça

Pedro Miguel Santos - EP. 2 - Jornalismo Independente - Fumaça

Pedro Miguel Santos é jornalista e faz parte do orgão de jornalismo independente Fumaça.

O projecto Fumaça nasceu com o objectivo de ser o primeiro orgão de comunicação social financiado pelas pessoas, não dependente de grupos financeiros com interesses próprios, e assim conseguir assegurar um trabalho verdadeiramente independente.

Pedro fala-nos nas últimas investigações sobre as quais têm trabalhado: presos e prisões, saúde mental, e violência policial.

Estarão as prisões a reabilitar os reclusos (como consta na Constituição), ou antes a punir?

O que se passa por trás dos muros destes edifícios?

Estarão as forças de segurança a actuar de forma correcta em zonas periféricas e nos bairros sociais?

Por fim, Pedro fala-nos dos projectos de investigação futuros.


Aconteceu em Aljezur, a 6 de Junho de 2021.


BIOGRAFIA
Cheguei à Escola Superior de Educação e Ciências Sociais, do Politécnico de Leiria, para me licenciar em Comunicação Social e Educação Multimédia e tive o privilégio de ser um dos fundadores da rádio universitária IPlay. Durante meia dúzia de anos, estive na revista VISÃO, até que me cansei de ser trabalhador precário, a falsos recibos verdes, e deixei a profissão. Achava eu. Fui trabalhar para o projeto Rios Livres, da associação ambientalista GEOTA. Mas conheci o Fumaça e voltei a acreditar que era possível fazer o jornalismo que sempre achei importante ser feito. Despedi-me. E aqui estou, de alma e coração.

Aug 03, 202230:50
Pedro Miguel Santos - EP. 1 - Errar, Mudar de Rumo, Melhorar

Pedro Miguel Santos - EP. 1 - Errar, Mudar de Rumo, Melhorar

Pedro Miguel Santos fala-nos do trabalho meticuloso e aprofundado de jornalismo de investigação do orgão independente Fumaça, do qual faz parte. Pedro explica-nos os seus métodos de trabalho, sobre como lidar com o erro e com a mudança de trajectória.

Depois, conta-nos um pouco sobre o seu último trabalhos: a série “Exército de Precários”, que aborda os problemas das empresas de segurança em Portugal, da precariedade laboral e da exploração que os seguranças enfrentam.

Pedro alerta-nos ainda para o cuidado que é necessário no jornalismo na qualificação e uso de adjectivos para descrever acontecimentos e, principalmente, pessoas.

Aconteceu em Aljezur, a 6 de Junho de 2021.


BIOGRAFIA
Cheguei à Escola Superior de Educação e Ciências Sociais, do Politécnico de Leiria, para me licenciar em Comunicação Social e Educação Multimédia e tive o privilégio de ser um dos fundadores da rádio universitária IPlay. Durante meia dúzia de anos, estive na revista VISÃO, até que me cansei de ser trabalhador precário, a falsos recibos verdes, e deixei a profissão. Achava eu. Fui trabalhar para o projeto Rios Livres, da associação ambientalista GEOTA. Mas conheci o Fumaça e voltei a acreditar que era possível fazer o jornalismo que sempre achei importante ser feito. Despedi-me. E aqui estou, de alma e coração.

Aug 03, 202251:46
Fernando Matos Rodrigues e António Cerejeira Fontes - Relação Humana com o Território

Fernando Matos Rodrigues e António Cerejeira Fontes - Relação Humana com o Território

Antigamente a relação que o ser humano tinha com a natureza, não era apenas de interesse mas também de compromisso. Existia uma consciência da relação de interdependência entre ambos. Actualmente, a não dependência do território, ou seja, a não utilidade e cuidado diário do mesmo, fez com que a consciência do lugar desaparecesse. Deixou de existir uma relação de verdade com o espaço. Nesta caminhada vamos reflectir sobre como podemos estar em relação com o lugar e sobre o impacto de vivermos cada vez mais aglomerados em cidades.

Aconteceu em Monchique, a 16 de Maio de 2021.


BIOGRAFIAS

Fernando Matos Rodrigues, Antropólogo e Investigador do Centro Interdisciplinar de Ciências Sociais na Universidade do Minho. Entre 1991 e 2015 foi docente de Antropologia do Espaço no Mestrado Integrado em Arquitectura ESAP. Director do Laboratório de Habitação Básica e é autor de inúmeros livros e de artigos científicos publicados em Portugal e no Estrangeiro. Tem investigado e publicado em áreas da antropologia do espaço rural, da cidade, da habitação e das metodologias participativas.

António Cerejeira Fontes, Arquitecto e Investigador CICS.Nova_UM. Sócio-fundador da Cerejeira Fontes Architets e foi vencedor de diversos prémios internacionais e nacionais. Autor e co-autor de diversas públicações sobre cidade, habitação e arquitectura participada. Especialista em metodologias participativas. Director e Coordenador na área da arquitectura participativa no Laboratório de Habitação Básica. Autor dos projectos de arquitectura básica participada na Ilha da Bela Vista, Ocupas do Riobom e D. Leonor (Imago) . Faz parte do Júri Internacional para o 5th Edition of the European Award for Architectural Heritage (2021).

Aug 03, 202249:07
Paulo Pires do Vale - EP. 2 · Horizonte de Possibilidades

Paulo Pires do Vale - EP. 2 · Horizonte de Possibilidades

Paulo Pires do Vale, acompanhado por 15 caminhantes, alguns errantes, guia-nos por pensamentos filosóficos sobre o sentido do caminhar, como metáfora da vida. Utilizando conceitos-motor como a queda, e referências a algumas das mais importantes obras da Filosofia, o professor facilita uma caminhada pela serra de Monchique, na qual aprendemos a revalorizar o poder da atenção e da contemplação.

Aconteceu no dia 27 de setembro de 2020, em Monchique.

BIOGRAFIA

Paulo Pires do Vale nasceu em 1973 e é filósofo, professor universitário, ensaísta e curador. Desde Março de 2019, é Comissário do Plano Nacional das Artes.

TEMA

Conversa sobre experiência e o pensamento das fronteiras: entre filosofia e curadoria, entre arte e comunidade, entre religião e estética, entre cultura e educação...

Edição de som: Rémi Gallet

Jan 18, 202243:58
Paulo Pires do Vale - EP.1 · Para onde caminhamos e para quê?

Paulo Pires do Vale - EP.1 · Para onde caminhamos e para quê?

Paulo Pires do Vale, acompanhado por 15 caminhantes, alguns errantes, guia-nos por pensamentos filosóficos sobre o sentido do caminhar, como metáfora da vida. Utilizando conceitos-motor como a queda, e referências a algumas das mais importantes obras da Filosofia, o professor facilita uma caminhada pela serra de Monchique, na qual aprendemos a revalorizar o poder da atenção e da contemplação.

Aconteceu no dia 27 de setembro de 2020, em Monchique.

BIOGRAFIA

Paulo Pires do Vale nasceu em 1973 e é filósofo, professor universitário, ensaísta e curador. Desde Março de 2019, é Comissário do Plano Nacional das Artes.

TEMA

Conversa sobre experiência e o pensamento das fronteiras: entre filosofia e curadoria, entre arte e comunidade, entre religião e estética, entre cultura e educação...

Edição de som: Rémi Gallet

May 12, 202140:36
Victor Hugo Pontes - Serra, Relevo e Dança

Victor Hugo Pontes - Serra, Relevo e Dança

Ouvimos aqui o coreógrafo Victor Hugo Pontes a construir coreografias ao longo do percurso de uma caminhada com 15 participantes, agentes e alvos de observação ao mesmo tempo - de si mesmos, e do espaço. Cenografias compostas por estruturas não planas, atribuladas, são características das peças do coreógrafo, que viu, na caminhada que guiou em Monchique, o cenário perfeito de observação da relação dos corpos num espaço tão particular.

Neste episódio, escutamos as memórias e referências do artista provenientes das suas inúmeras peças e dos seus processos criativos, que se tornam a base de uma pesquisa interna de cada um dos participantes - “Se este caminho não servir para encontrar nada, que sirva para nos encontrarmos”.

Aconteceu no dia 27 de setembro de 2020, em Monchique.

BIOGRAFIA

Victor Hugo Pontes nasceu em Guimarães, em 1978. É licenciado em Artes Plásticas – Pintura, pela Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto. Trabalha como coreógrafo, encenador e intérprete. Como criador, a sua carreira começa a despontar a partir de 2003 com o trabalho Puzzle. Desde então, vem consolidando a sua marca coreográfica, tendo apresentado o seu trabalho por todo o país, assim como em Espanha, França, Itália, Alemanha, Rússia, Áustria, Brasil, entre outros. É, desde 2009, o diretor artístico da Nome Próprio – Associação Cultural, com sede no Porto.

TEMA

A dança é a relação de um corpo com o espaço, num determinado tempo. O nosso espaço será a serra de Monchique, num percurso de três horas, em Setembro de 2020. Assinalo a data, porque vivemos um tempo novo. Vejo esta caminhada como uma aula de dança em que estaremos em relação com a natureza e em que os nossos corpos serão influenciados pela paisagem, por palavras, por sons ou pela presença dos outros caminhantes.

Edição de som: Rémi Gallet

May 05, 202146:20
Nuno Barros - EP. 2 · Threats to the Ocean

Nuno Barros - EP. 2 · Threats to the Ocean

Here we listen to the second part of Nuno Barros talk in the Caminhadas com Arte initiative. After a deep dive into the importance of the Ocean on life, he focuses on its threats. The first step for saving the Ocean is understanding its dynamics and water cycle, and connecting ourselves to it. To actually make a change, recognizing actions that are destroying it at a local level is of utmost importance to revert the problem. Integrating consistent day-to-day small changes, done by many people throughout the whole globe, might actually prevent a disastrous finale for the Ocean, and Life. In this episode, Nuno Barros suggests some and explains why they have such a big impact, based on objective, scientific arguments.

It happened in Caminhadas com Arte on September 20th of 2020 in Aljezur.

BIOGRAPHY

Nuno Barros is a Marine Biologist and Ornithologist from a local Aljezur family. He has worked most of his carreer in marine conservation and monitoring projects in Portugal and West Africa. He has witnessed first hand how the sea affects the whole life, and how our lives affect the sea.

THEME

Conversations with inner and outer Oceans, over ecology and through the sea mist. The Ocean is calling out on us. Are you listening?

Podcast editing: Rémi Gallet

Apr 27, 202149:24
Nuno Barros - EP. 1 · Ocean and Life

Nuno Barros - EP. 1 · Ocean and Life

Here we listen to Nuno Barros, a marine biologist and ornithologist, guiding a group of 15 hikers through a journey of inner connection with the Ocean and the Life it enables. From a scientific and historical point of view, he explains the role and dynamics of beings in the ecosystem along the walk, highlighting the importance and impact of the Ocean on every biological and ecological cycle, and therefore on us.

It happened in Caminhadas com Arte on September 20th of 2020 in Aljezur.

BIOGRAPHY
Nuno Barros is a Marine Biologist and Ornithologist from a local Aljezur family. He has worked most of his carreer in marine conservation and monitoring projects in Portugal and West Africa. He has witnessed first hand how the sea affects the whole life, and how our lives affect the sea.

THEME
Conversations with inner and outer Oceans, over ecology and through the sea mist. The Ocean is calling out on us. Are you listening?

Podcast editing: Rémi Gallet

Apr 21, 202151:48
Hugo Dunkel - Comida Cria Cultura

Hugo Dunkel - Comida Cria Cultura

Ouvimos aqui Hugo Dunkel, especialista em cultura alimentar, e para quem (como a Claude Lévi-Strauss) a comida cria cultura. Conta-nos como sente ter crescido numa monocultura, numa hegemonia de ideias, e da sua procura pela diversidade cultural e social, através dos alimentos, seus potenciadores. Para alguns, Hugo é uma pessoa “que fermenta”, e neste episódio, escutamos o seu papel transformador na interpretação da paisagem e sua fauna e flora, durante uma caminhada pela Bordeira, e do seu impacto na cultura e indústria alimentar.

Aconteceu no dia 20 de setembro de 2020, em Aljezur.

BIOGRAFIA

Hugo Dunkel nasceu no Porto em 1986. Formou-se em diversas áreas: Design de Produto, Alimentos Fermentados, Agricultura Biodinâmica, Permacultura e Nutrição Ortomolecular. Trabalha em programação e produção cultural na criação discursiva, crítica e experimental, principalmente sobre questões alimentares. É um apaixonado pela natureza, pelo pensamento ecológico, pelo movimento e pela fermentação, temáticas que povoam o seu trabalho.

TEMA

No árido mato brotam self-made-guts: alambiques de merda, barricas solitárias de destilação fecal. Que tal uma cosmologia microbiana: caminhamos em uníssono no silêncio da paisagem. Movimento, ingestão, incubação, fermentação, transformação, assimilação, incorporação, excreção, composto. Pele de fora e pele de dentro – somos, de microorganismos, um contínuo infinito que digere. Reivindicamos a soberania digestiva!

Edição de som: Rémi Gallet

Apr 15, 202125:58
Joana Gorjão Henriques e Nanda Kandel - EP. 3 · Aprender a viver em Portugal

Joana Gorjão Henriques e Nanda Kandel - EP. 3 · Aprender a viver em Portugal

Ouvimos aqui a terceira parte da conversa de Joana Gorjão Henriques (jornalista) e Nanda Kandel (imigrante nepalês) com 15 caminhantes, no âmbito das Caminhadas com Arte.

Joana entrevista Nanda Kandel, que nos conta o seu percurso desde que chegou a Portugal, até criar o seu próprio negócio (uma mercearia) na Zambujeira do Mar. Fala-nos do trabalho árduo das estufas, da dificuldade de suportar o calor e as dores constantes nas costas.

Conta-nos também sobre as condições sociais e económicas da comunidade migrante, assim como a sua relação com a comunidade portuguesa no concelho de Odemira.

Aconteceu no dia 27 de setembro de 2020, em Monchique.

BIOGRAFIA

Joana Gorjão Henriques é jornalista do PÚBLICO e o seu trabalho debruça-se principalmente sobre os temas de direitos humanos, imigração e discriminação. É autora dos livros “Racismo em Português” e “Racismo no País dos Brancos Costumes”.

TEMA

Conversaremos sobre as novas vagas migratórias de pessoas que se têm vindo a estabelecer no Alentejo, nomeadamente na zona de Odemira, para trabalhar nas estufas.

Edição de som: Rémi Gallet

NOTA: parte deste episódio é falado em inglês.

Mar 19, 202155:41
Joana Gorjão Henriques e Nanda Kandel - EP. 2 · Ilusão do Sonho Europeu

Joana Gorjão Henriques e Nanda Kandel - EP. 2 · Ilusão do Sonho Europeu

Ouvimos aqui a segunda parte da conversa de Joana Gorjão Henriques (jornalista) e Nanda Kandel (imigrante nepalês) com 15 caminhantes, no âmbito das Caminhadas com Arte.

Joana entrevista Nanda Kandel, que nos explica o modo de funcionamento chocante dos contratos de trabalho e dos intermediários asiáticos que recrutam trabalhadores para se mudarem para a Europa. Nanda compara-os a uma máfia.

Muitos desses intermediários iludem os trabalhadores, afirmando que irão viver o sonho europeu, que se irão emancipar e ter uma vida confortável. Na verdade, a maior parte deles, quando emigram, vivem em condições desumanas, com partilhando apartamentos feitos para 5-6 pessoas, por 10-15 pessoas e por preços exorbitantes. Em Odemira, acresce o problema da mobilidade e da falta de transporte para estes trabalhadores, que é um problema com o qual têm de lidar quotidianamente.

Por fim, muitas destas pessoas nem chegam a conseguir um trabalho como lhes fora prometido antes da sua vinda, sendo abandonados pelos intermediários e enganados com muita frequência.

Aconteceu no dia 27 de setembro de 2020, em Monchique.

BIOGRAFIA

Joana Gorjão Henriques é jornalista do PÚBLICO e o seu trabalho debruça-se principalmente sobre os temas de direitos humanos, imigração e discriminação. É autora dos livros “Racismo em Português” e “Racismo no País dos Brancos Costumes”.

TEMA

Conversaremos sobre as novas vagas migratórias de pessoas que se têm vindo a estabelecer no Alentejo, nomeadamente na zona de Odemira, para trabalhar nas estufas.

Edição de som: Rémi Gallet

NOTA: parte deste episódio é falado em inglês.

Mar 09, 202132:29
Joana Gorjão Henriques e Nanda Kandel - EP. 1 · Do Nepal até Portugal

Joana Gorjão Henriques e Nanda Kandel - EP. 1 · Do Nepal até Portugal

Ouvimos aqui a primeira parte da conversa de Joana Gorjão Henriques (jornalista) e Nanda Kandel (imigrante nepalês) com 15 caminhantes, no âmbito das Caminhadas com Arte.

Joana começa por revelar uma série dados estatísticos impressionantes acerca dos imigrantes em Portugal e fala do seu papel crucial na sociedade e na economia portuguesas.

Fala-nos também da transformação demográfica que se tem vindo a observar no sudoeste alentejano, contextualizando a realidade em que estas populações de imigrantes vivem.

Na segunda metade do episódio ouvimos o depoimento de Nanda Kandel, que fala do seu percurso até chegar à Europa, passando pela Bélgica e por uma onda de burocracia que dificultou a regularização da sua situação.

Aconteceu no dia 27 de setembro de 2020, em Monchique.

BIOGRAFIA

Joana Gorjão Henriques é jornalista do PÚBLICO e o seu trabalho debruça-se principalmente sobre os temas de direitos humanos, imigração e discriminação. É autora dos livros “Racismo em Português” e “Racismo no País dos Brancos Costumes”.

TEMA

Conversaremos sobre as novas vagas migratórias de pessoas que se têm vindo a estabelecer no Alentejo, nomeadamente na zona de Odemira, para trabalhar nas estufas.

Edição de som: Rémi Gallet

NOTA: parte deste episódio é falado em inglês.

Mar 05, 202129:33
Mário Martins - EP. 2 · Arquitectura e Cultura

Mário Martins - EP. 2 · Arquitectura e Cultura

Ouvimos aqui a segunda parte da conversa de Mário Martins (arquitecto) com 15 caminhantes, no âmbito das Caminhadas com Arte.

Mário conta-nos o que lhe dá mais gosto trabalhar, entre as possibilidades que a arquitectura oferece: a arquitectura residencial. O processo de concepção de casas para famílias é extremamente personalizado, intenso e humano.

Mário é a favor do diálogo entre culturas na arquitectura, respeitando sempre as particularidades de cada lugar, mas sem receio de aceitar fusões a partir dos pedidos dos clientes que lhe chegam dos quatro cantos do mundo.

Aconteceu no dia 20 de setembro de 2020, em Aljezur.

BIOGRAFIA

Mário Martins nasceu em 1964, em Barão de São João, Lagos. Tornou-se arquitecto por acaso, mas desenvolveu uma intensa paixão pela arquitetura, que se mantém. Com o principal foco região algarvia, trabalha para pessoas das mais diversas proveniências, cuja diversidade cultural é um factor de enriquecimento da paisagem e dos costumes. Julga que o conhecimento e a dúvida suscitam a criatividade. Aponta ao futuro, com um profundo respeito pelo passado.

TEMA

Um arquitectar que defende o saber ancestral aliado às soluções actuais da arquitectura: “As casas aconchegam-se entre si e ao terreno de uma forma contida. Apenas os rasgos horizontais envidraçados emolduram os sucessivos planos de vista, que se diluem numa simbiose: o verde envolvente, o recorte da falésia, a imensidão do mar e depois do céu.” - Mário Martins. Um caminhar para conhecer um arquitecto cujo desenho vê a terra como a última fronteira.

Edição de som: Rémi Gallet

Feb 19, 202135:53
Mário Martins - EP. 1 · Perseguir a Perfeição

Mário Martins - EP. 1 · Perseguir a Perfeição

Ouvimos aqui a primeira parte da conversa de Mário Martins (arquitecto) com 15 caminhantes, no âmbito das Caminhadas com Arte.

Mário fala-nos de o que o motiva e inspira no seu trabalho, nomeadamente a paisagem, a geologia, a arte e a cultura do território. Em cada projecto novo, Mário abraça a utopia da busca da perfeição com o fascínio de uma criança, embora sabendo da impossibilidade de a atingir.

Explica-nos também, com exemplos, os conceitos de "positivo" e "negativo" aplicado na arquitectura, e os impactos negativos que têm surgido com a globalização.

Aconteceu no dia 20 de setembro de 2020, em Aljezur.

BIOGRAFIA

Mário Martins nasceu em 1964, em Barão de São João, Lagos. Tornou-se arquitecto por acaso, mas desenvolveu uma intensa paixão pela arquitetura, que se mantém. Com o principal foco região algarvia, trabalha para pessoas das mais diversas proveniências, cuja diversidade cultural é um factor de enriquecimento da paisagem e dos costumes. Julga que o conhecimento e a dúvida suscitam a criatividade. Aponta ao futuro, com um profundo respeito pelo passado.  

TEMA

Um arquitectar que defende o saber ancestral aliado às soluções actuais da arquitectura: “As casas aconchegam-se entre si e ao terreno de uma forma contida. Apenas os rasgos horizontais envidraçados emolduram os sucessivos planos de vista, que se diluem numa simbiose: o verde envolvente, o recorte da falésia, a imensidão do mar e depois do céu.” - Mário Martins. Um caminhar para conhecer um arquitecto cujo desenho vê a terra como a última fronteira.

Edição de som: Rémi Gallet

Feb 17, 202131:23
Sandro William Junqueira - EP. 2 · Ser Escritor

Sandro William Junqueira - EP. 2 · Ser Escritor

Ouvimos aqui o segundo episódio da conversa de Sandro William Junqueira (escritor) com 15 caminhantes, no âmbito das Caminhadas com Arte.

Sandro fala-nos da sua experiência como escritor, do trabalho de cortar e costurar o texto e da dificuldade que existe em viver somente da escrita em Portugal. Para Sandro, o incómodo e o questionamento é a fonte da boa literatura.

Durante a caminhada, declama um excerto da Tabacaria de Fernando Pessoa, obra que decorou para poder levar consigo para todo o lado.

Aconteceu no dia 27 de setembro de 2020, em Monchique.

BIOGRAFIA

Sandro William Junqueira nasceu em 1974. Tem vindo a publicar diversas obras que foram nomeadas e premiadas recentemente. Em 2012, foi considerado um dos escritores para o futuro pelo semanário Expresso. É atualmente o coordenador do projeto PANOS – Palcos Novas Palavras Novas no Teatro Nacional D. Maria II. 

TEMA

A vida sobre a terra é uma luta. Contra os elementos, contra a imprevisibilidade, contra a morte. A literatura faz parte deste combate, até porque as coisas não se separam – a natureza mistura-se com as histórias, a temperatura com as palavras, os altos e baixos do território com os da criação. Não se escreve sem se ouvir o pulsar da terra e não se lê sem usar o corpo todo. No Inverno pensa-se mais o lado de dentro? No Verão é mais difícil mentir? Pode-se tapar a natureza com betão? E a arte e os livros podem existir separados do chão?

Edição de som: Rémi Gallet

Feb 12, 202135:27
Sandro William Junqueira - EP. 1 · Natureza e Escrita

Sandro William Junqueira - EP. 1 · Natureza e Escrita

Ouvimos aqui o primeiro episódio da conversa de Sandro William Junqueira (escritor) com 15 caminhantes, no âmbito das Caminhadas com Arte.

Sandro começa por nos revelar como a varicela nos pode apaixonar pela literatura e fala-nos do seu caminho longo até se tornar escritor.

Fala-nos também do denominador comum de todas as suas obras: o confronto humano entre a razão e o nosso instinto animal.

Aconteceu no dia 27 de setembro de 2020, em Monchique.

BIOGRAFIA
Sandro William Junqueira nasceu em 1974. Tem vindo a publicar diversas obras que foram nomeadas e premiadas recentemente. Em 2012, foi considerado um dos escritores para o futuro pelo semanário Expresso. É atualmente o coordenador do projeto PANOS – Palcos Novas Palavras Novas no Teatro Nacional D. Maria II.

TEMA
A vida sobre a terra é uma luta. Contra os elementos, contra a imprevisibilidade, contra a morte. A literatura faz parte deste combate, até porque as coisas não se separam – a natureza mistura-se com as histórias, a temperatura com as palavras, os altos e baixos do território com os da criação. Não se escreve sem se ouvir o pulsar da terra e não se lê sem usar o corpo todo. No Inverno pensa-se mais o lado de dentro? No Verão é mais difícil mentir? Pode-se tapar a natureza com betão? E a arte e os livros podem existir separados do chão?

Edição de som: Rémi Gallet

Feb 10, 202132:30
Rui Horta - EP. 2 · Corpo, Campo e Criação

Rui Horta - EP. 2 · Corpo, Campo e Criação

Ouvimos aqui o segundo episódio da conversa de Rui Horta (coreógrafo) com 15 caminhantes, no âmbito das Caminhadas com Arte.

Neste episódio, Rui fala do início do seu percurso como coreógrafo, partilhando histórias passadas nos EUA nos seus primeiros anos como criador. Fala-nos também do processo criativo em si e da sua actividade actual, em Montemor-o-Novo, evidenciando as vantagens e as desvantagens de viver e de criar no campo, em oposição à cidade.

Como coreógrafo, partilha ainda as suas reflexões sobre a frequente dificuldade das pessoas em lidar com o seu próprio corpo e faz a ponte com o facto de vivermos numa era cada vez mais digitalizada e afastada do mundo físico.

Aconteceu no dia 20 de setembro de 2020, em Aljezur.

BIOGRAFIA

Rui Horta é um dos mais influentes coreógrafos da sua geração. O seu trabalho tem sido apresentado em todo o mundo nos mais importantes teatros e festivais, estando no repertório de inúmeras companhias de dança. Desde 2000 que dirige o Espaço do Tempo em Montemor-o-Novo, um centro multidisciplinar de residências artísticas.

TEMA

Na nossa caminhada por terras de Aljezur, porção de terra que me remete para a minha infância e juventude, irei conversar com os meus companheiros de percurso sobre o tanto que temos e nem sabemos que temos. Sobre o chão que pisamos e que nos deu generosamente um passado e um futuro que, em conversa, gostaria de adivinhar. Irei comover-me com essa terra que nos atravessa os sentidos e sobre um simples bocado dessa mesma terra com uma  biodiversidade de milhares de micro organismos e uma flora agreste, rica de estevas, rosmaninho e medronheiros. Iremos encontrar vestígios  e marcas de homens e mulheres que deixaram as suas casas feitas de pedras e que a terra veio reclamar. Iremos sentir que o que amamos deve ser vivido e essa é a melhor forma de o proteger.

Edição áudio: Remi Gallet

Feb 08, 202122:24
Rui Horta - EP. 1 · Perder para Encontrar

Rui Horta - EP. 1 · Perder para Encontrar

Ouvimos aqui a conversa de Rui Horta (coreógrafo) com 15 caminhantes, no âmbito das Caminhadas com Arte.

Rui começa por nos falar da sua relação com a Costa Vicentina e com o mar, para depois estabelecer a relação entre cultura e "natura" e para mostrar como são indissociáveis uma da outra.

Fala-nos também da importância do caos na criação artística, de nos deixarmos perder para depois nos encontrarmos.

Aconteceu no dia 20 de setembro de 2020, em Aljezur.

BIOGRAFIA
Rui Horta é um dos mais influentes coreógrafos da sua geração. O seu trabalho tem sido apresentado em todo o mundo nos mais importantes teatros e festivais, estando no repertório de inúmeras companhias de dança. Desde 2000 que dirige o Espaço do Tempo em Montemor-o-Novo, um centro multidisciplinar de residências artísticas.

TEMA
Na nossa caminhada por terras de Aljezur, porção de terra que me remete para a minha infância e juventude, irei conversar com os meus companheiros de percurso sobre o tanto que temos e nem sabemos que temos. Sobre o chão que pisamos e que nos deu generosamente um passado e um futuro que, em conversa, gostaria de adivinhar. Irei comover-me com essa terra que nos atravessa os sentidos e sobre um simples bocado dessa mesma terra com uma  biodiversidade de milhares de micro organismos e uma flora agreste, rica de estevas, rosmaninho e medronheiros. Iremos encontrar vestígios  e marcas de homens e mulheres que deixaram as suas casas feitas de pedras e que a terra veio reclamar. Iremos sentir que o que amamos deve ser vivido e essa é a melhor forma de o proteger.

Edição áudio: Remi Gallet

Feb 03, 202149:07
Alexandra Lucas Coelho - Corpo e Escrita

Alexandra Lucas Coelho - Corpo e Escrita

Ouvimos aqui a conversa de Alexandra Lucas Coelho (escritora e jornalista) com 15 caminhantes, no âmbito das Caminhadas com Arte.

Falámos sobre a relação entre o corpo, a escrita e o mundo. O corpo que recebe informação do mundo que o rodeia, libertando e alimentando o pensamento através dos sentidos; e a escrita que tenta tornar-se matéria física, ou corpo, para poder ser partilhada com outros.

Uma caminhada onde se procurou estar atento a si próprio, ao seu corpo, mas também à matéria viva que nos rodeia, esta que merece ser anotada e relembrada.

Aconteceu no dia 20 de setembro de 2020, em Aljezur.

BIOGRAFIA

Alexandra Lucas Coelho é jornalista e escritora. Estudou Ciências da Comunicação (UNL) e Teatro (IFICT). Trabalhou na rádio e na imprensa por 30 anos como repórter, editora e correspondente, tendo coberto conflitos em várias partes. Viveu em Jerusalém e no Rio de Janeiro. Tem 13 livros publicados, entre viagem, crónica, romances e infanto-juvenis.  

TEMA

Relação entre corpo e escrita, caminhada em três partes. Na primeira, falar de como mover o corpo liberta o pensamento, ou algo antes, visões, ligações, e também da tentativa de a escrita se tornar corpo, matéria física: o corpo ser uma sua utopia. Na segunda, caminharíamos em silêncio, atentos às brechas desencadeadas pelo movimento. Na terceira, já perto de voltar à aldeia, paramos para comer e cada um anota o que lhe apareceu.

Edição áudio: Remi Gallet

Jan 25, 202153:60
Alexandra Prado Coelho - EP. 1 · Jornalismo

Alexandra Prado Coelho - EP. 1 · Jornalismo

Ouvimos aqui a conversa de Alexandra Prado Coelho (jornalista do Jornal PÚBLICO) com 15 caminhantes, no âmbito das Caminhadas com Arte.

Falámos sobre a importância do papel do jornalismo na sociedade e os seus desafios: a utopia da objectividade plena, o rigor na informação apresentada, a capacidade de saber ouvir e saber interpretar, a exigência dos leitores e a sua confiança facilmente quebrável. Alexandra fala-nos também um pouco sobre o seu percurso e da sua paixão em relação ao jornalismo, que começou com a curiosidade e o fascínio pelo Médio Oriente, tema sobre o qual escreveu ao longo de 16 anos. Ultimamente, tem escrito sobre a cultura e a alimentação.

Aconteceu no dia 20 de setembro de 2020, em Aljezur.

BIOGRAFIA
Nasceu em Lisboa em 1967 e é licenciada em Comunicação Social. Entrou no jornal PÚBLICO em 1990 onde permaneceu até aos dias de hoje. O jornal continua a ser, para a Alexandra, uma porta aberta para tudo o que deseja descobrir. Nos últimos anos dedicou-se ao tema da comida. Escreveu dois livros, um sobre a presença dos muçulmanos em Portugal e outro sobre a cervejaria Ramiro.

TEMA
Uma caminhada sobre a curiosidade e a essência jornalística. O jornalismo como forma de ouvir os outros e de perceber o mundo. Da religião à arte ou à comida, todas as perguntas fazem sentido porque todas nos abrem caminhos novos e muitas vezes inesperados.

Edição áudio: Remi Gallet

Jan 18, 202159:30
Jorge Palinhos · Memória

Jorge Palinhos · Memória

Ouvimos aqui a conversa de Jorge Palinhos, escritor e dramaturgo, com um grupo de 15 caminhantes, sobre a memória, a sua importância e os seus mistérios. Recuamos a episódios da Segunda Guerra Mundial e mesmo à Antiga Grécia, para Jorge nos explicar que a memória, segundo Platão, é a fundação da alma. Fala-nos também da técnica do Palácio da Memória.

Porque é que nos lembramos de certos episódios distantes, muitas vezes aleatórios, e não nos lembramos de outros?

Aconteceu no dia 27 de Setembro de 2020, em Monchique.

BIOGRAFIA

Jorge Palinhos é escritor e dramaturgo, e obras suas já foram apresentadas e/ou editadas em Portugal, Alemanha, Argentina, Bélgica, Brasil, Espanha, Estados Unidos da América, França, Países Baixos, República Checa, Suíça e Sérvia. Além de teatro, ensaios e contos editados, tem colaboração regular com as publicações como o P3, Bang!, Aniki, entre outros.

TEMA

Caminhar faz comunidades e faz-nos humanos. Se hoje somos chamados a ser indivíduos, indiferentes e cibernéticos, não há nada de mais inquietante do que ser grupo a caminho, no meio da natureza e rumo ao desconhecido. Nesta caminhada gostaria de partilhar histórias e gestos que revelassem o deslumbramento desse mesmo caminho.

Edição: Remi Gallet

Jan 11, 202154:32
Gustavo Ciríaco - EP. 2 · Plantas, Histórias, Tragédias e Melodias

Gustavo Ciríaco - EP. 2 · Plantas, Histórias, Tragédias e Melodias

Ouvimos aqui o segundo episódio da conversa de Gustavo Ciríaco, coreógrafo brasileiro, com um grupo de 15 caminhantes.

Neste episódio, contamos espécies de árvores e plantas, partilhamos histórias e tragédias e cantamos juntos.

Sugerimos que oiçam este episódio enquanto caminham na natureza.

Aconteceu no dia 27 de Setembro de 2020, em Monchique.

BIOGRAFIA

Gustavo Ciríaco é um coreógrafo e artista contextual brasileiro com obras que transitam entre espectáculos, exposições vivas e trabalhos site-specific onde arquitectura, artes visuais e cénicas se encontram em performances marcadas pela partilha do sensível.

TEMA

Um passeio para percepcionar a natureza e a paisagem, criando relações entre o relevo, o pensamento e o movimento. Entre texturas, conjunturas e dramaturgia espacial.

Edição: Remi Gallet

Jan 06, 202129:24
Gustavo Ciríaco - EP. 1 · Formas, Corpo e Movimento

Gustavo Ciríaco - EP. 1 · Formas, Corpo e Movimento

Ouvimos aqui o primeiro episódio da conversa de Gustavo Ciríaco, coreógrafo brasileiro, com um grupo de 15 caminhantes.

Neste episódio, lançamos o desafio da imaginação. Gustavo conduz a sua conversa através dos estímulos que encontra ao longo do caminho - sejam as montanhas, as árvores, as cores, os caminhantes, ou o próprio relevo. Fala-nos também na subjectividade da percepção das cores a partir do exemplo da Antiga Grécia - que não tinham uma palavra para denominar a cor azul, que vemos diariamente no céu e no mar.

Sugerimos que oiçam este episódio enquanto caminham na natureza.

Aconteceu no dia 27 de Setembro de 2020, em Monchique.

BIOGRAFIA

Gustavo Ciríaco é um coreógrafo e artista contextual brasileiro com obras que transitam entre espectáculos, exposições vivas e trabalhos site-specific onde arquitectura, artes visuais e cénicas se encontram em performances marcadas pela partilha do sensível.

TEMA

Um passeio para percepcionar a natureza e a paisagem, criando relações entre o relevo, o pensamento e o movimento. Entre texturas, conjunturas e dramaturgia espacial.

Edição: Remi Gallet

Jan 03, 202146:17
Magda Henriques - EP. 3 · Andar é Massajar a Terra

Magda Henriques - EP. 3 · Andar é Massajar a Terra

Ouvimos aqui o terceiro episódio da conversa de Magda Henriques, professora e programadora cultural, com 15 caminhantes sobre a sua experiência e as pessoas que a inspiram. Neste episódio, Magda lança o desafio de pensar o que pode a arte e o conhecimento, e explica-nos a inutilidade imprescindível que é a arte.  Fala-nos também sobre a importância de atentar aos diferentes ritmos das pessoas, de como ao andarmos estamos a massajar a terra e de como Adão e Eva, na verdade, eram negros.

"Seja o que for, é bom. E é tudo." - Daniel Faria

Aconteceu no dia 20 de Setembro de 2020, em Aljezur.

BIOGRAFIA

Magda Henriques é licenciada em História e foi professora em diversas instituições de ensino superior. Foi responsável pelo Programa de Atividades Educativas, “Derivas Artísticas”, da Associação Circular, em Vila do Conde, e foi Programadora do Projeto Educativo do Círculo de Artes Plásticas de Coimbra e da Bienal Ano Zero. Tem desenvolvido programas, especialmente no âmbito da arte contemporânea, destinados a públicos adolescente e adulto, em colaboração com várias instituições e festivais, em diferentes zonas do país. Criou e programou o Serviço de Exposições e o Serviço Educativo de A Moagem, no Fundão. Actualmente é responsável pela direção artística das Comédias do Minho.

TEMA

É uma caminhada orientada por perguntas. Umas definidas à partida. Outras hão de nascer do encontro. Algumas delas são: O que pode a arte? O que pode o conhecimento? Porque faço o que faço? O que faço com o que tenho? O que faço eu aqui? Qual é o meu desejo? É sobre uma mala de ferramentas e sobre esvaziar os bolsos. É sobre encontros. É sobre tudo isto e ainda sobre tentar, errar, tentar outra vez. Não desistir. Estar. Escutar. Escutar com o corpo todo. Ter medo e enfrentá-lo. Continuar.

Dec 29, 202039:48
Magda Henriques - EP. 2 · O Outro e o Acaso

Magda Henriques - EP. 2 · O Outro e o Acaso

Ouvimos aqui o segundo episódio da conversa de Magda Henriques, professora e programadora cultural, com 15 caminhantes sobre a sua experiência e as pessoas que a inspiram. Neste episódio, Magda partilha a sua percepção acerca do acaso. O acaso como potenciador e revelador do espanto, que no seu caso, a levou a tornar-se professora e a abraçar a docência de forma intensa e inesperada.

Magda partilha connosco algumas das questões que sempre estiveram presentes na sua vida, nomedamente:

- Porque é que os outros, os diferentes de nós, são vistos como uma ameaça e não como uma promessa?

- Uma atitude define uma pessoa? E as motivações e contextos que levam a essa atitudes, não importam?

Agora conclui: compreender não significa desculpar, ou desresponsabilizar.

Aconteceu no dia 20 de Setembro de 2020, em Aljezur.

BIOGRAFIA

Magda Henriques é licenciada em História e foi professora em diversas instituições de ensino superior. Foi responsável pelo Programa de Atividades Educativas, “Derivas Artísticas”, da Associação Circular, em Vila do Conde, e foi Programadora do Projeto Educativo do Círculo de Artes Plásticas de Coimbra e da Bienal Ano Zero. Tem desenvolvido programas, especialmente no âmbito da arte contemporânea, destinados a públicos adolescente e adulto, em colaboração com várias instituições e festivais, em diferentes zonas do país. Criou e programou o Serviço de Exposições e o Serviço Educativo de A Moagem, no Fundão. Actualmente é responsável pela direção artística das Comédias do Minho. 

TEMA

É uma caminhada orientada por perguntas. Umas definidas à partida. Outras hão de nascer do encontro. Algumas delas são: O que pode a arte? O que pode o conhecimento? Porque faço o que faço? O que faço com o que tenho? O que faço eu aqui? Qual é o meu desejo? É sobre uma mala de ferramentas e sobre esvaziar os bolsos. É sobre encontros. É sobre tudo isto e ainda sobre tentar, errar, tentar outra vez. Não desistir. Estar. Escutar. Escutar com o corpo todo. Ter medo e enfrentá-lo. Continuar.

Dec 28, 202037:35
Magda Henriques - EP. 1 · Escutar com o Corpo Todo

Magda Henriques - EP. 1 · Escutar com o Corpo Todo

Ouvimos aqui o primeiro episódio da conversa de Magda Henriques, professora e programadora cultural, com 15 caminhantes sobre a sua experiência e as pessoas que a inspiram. Neste episódio, Magda mostra-nos como a arte é uma forma de conhecimento que dá palco e torna visível tudo aquilo a que não damos atenção no nosso dia-a-dia. Uma caminhada sonora para escutarmos com o corpo todo.

Aconteceu no dia 20 de Setembro de 2020, em Aljezur.

BIOGRAFIA
Magda Henriques é licenciada em História e foi professora em diversas instituições de ensino superior. Foi responsável pelo Programa de Atividades Educativas, “Derivas Artísticas”, da Associação Circular, em Vila do Conde, e foi Programadora do Projeto Educativo do Círculo de Artes Plásticas de Coimbra e da Bienal Ano Zero. Tem desenvolvido programas, especialmente no âmbito da arte contemporânea, destinados a públicos adolescente e adulto, em colaboração com várias instituições e festivais, em diferentes zonas do país. Criou e programou o Serviço de Exposições e o Serviço Educativo de A Moagem, no Fundão. Actualmente é responsável pela direção artística das Comédias do Minho.

TEMA
É uma caminhada orientada por perguntas. Umas definidas à partida. Outras hão de nascer do encontro. Algumas delas são: O que pode a arte? O que pode o conhecimento? Porque faço o que faço? O que faço com o que tenho? O que faço eu aqui? Qual é o meu desejo? É sobre uma mala de ferramentas e sobre esvaziar os bolsos. É sobre encontros. É sobre tudo isto e ainda sobre tentar, errar, tentar outra vez. Não desistir. Estar. Escutar. Escutar com o corpo todo. Ter medo e enfrentá-lo. Continuar.

Dec 27, 202028:03
Alix Sarrouy - Introspection [EN]

Alix Sarrouy - Introspection [EN]

Here we listen to Alix Sarrouy, an art and culture sociologist, talking to a group of 15 hikers about this experience and his joyous view of life. In a barefoot walk, he invites us to do an introspection, to be mindful and to give time and space for the 5 senses. He talks about the Anthropocene and the need to value and preserve the nature, such as he learned from a native community in Amazonia.

It happened in the Caminhadas com Arte initiative on September 27th of 2020 in Monchique.

BIOGRAPHY
Alix Didier Sarrouy is a musician, performer and sociologist of art and culture. He seeks to explore and understand the interactions between human beings, and also between them and the objects that surround them, be they constructed or natural. He believes in the arts as a collective process and not just as a singular result.

THEME
We shall be human bodies walking through the nature of Monchique. We will let the five senses take care of the relationships between each other and with the mountains that welcome us on their slopes. The paths will consist of moments of encounter and of escape. From the soles of bare feet feeling the floor, to sky gazing with our chins facing upwards, we will be guided by stories, by reading (con)texts, by crossed looks. A chance to smell with your eyes, read with your ears and listen with your fingertips.

Podcast editing: Remi Gallet

Dec 20, 202050:02
João Salaviza - EP. 3 · Viver com os Krahô

João Salaviza - EP. 3 · Viver com os Krahô

Ouvimos aqui a terceira parte da caminhada com João Salaviza - cineasta que, juntamente com a sua parceira de vida Renée (também cineasta), se mudou para o Brasil em 2014 para acompanhar, filmar e conhecer uma tribo ancestral: os Krahô.

Um depoimento na primeira pessoa de alguém que vive no seio desta comunidade que habita o cerrado (bioma brasileiro), que nos dá a oportunidade de reflectir sobre os dados que consideramos adquiridos na civilização ocidental a partir da diferença: desde a organização política, à económica, à cultural e à ambiental.

Aconteceu no dia 27 de setembro de 2020, em Monchique.

Por motivos pessoais, a Renée não pode estar presente no dia da caminhada, como estava planeado.

BIOGRAFIA

João Salaviza (Lisboa, 1984) e Renée Nader Messora (São Paulo, 1979) encontram-se na Argentina, enquanto frequentam a Universidad del Cine de Buenos Aires, em 2006. Em 2010, Renée conhece o povo indígena Krahô, habitantes imemoriais do Norte do Brasil. João juntou-se em 2014. Desde então, têm vivido e trabalho com os Krahô, passando longas temporadas na Terra Indígena. Colaboram com os Mentuwajê Guardiões da Cultura - um colectivo de jovens indígenas que utilizam as ferramentas audiovisuais para o fortalecimento da identidade cultural e a autodeterminação. Em 2018, João e Renée lançam a longa Chuva é Cantoria na Aldeia dos Mortos, que estreou no Festival de Cannes, conquistando o Prémio Especial do Júri - Un Certain Regard. 

TEMA

A Terra Indígena do povo Krahô ocupa uma extensão de 300.000 hectares, no Cerrado - um tipo de savana que é um dos mais ameaçados ecossistemas do Brasil. Durante esta caminhada pela serra de Monchique, propomos um encontro com os Krahô através das memórias, sons e imagens que construímos com eles nos últimos anos.

Dec 17, 202022:59
João Salaviza - EP. 2 · Viver com os Krahô

João Salaviza - EP. 2 · Viver com os Krahô

Ouvimos aqui a segunda parte da caminhada com João Salaviza - cineasta que, juntamente com a sua parceira de vida Renée (também cineasta), se mudou para o Brasil em 2014 para acompanhar, filmar e conhecer uma tribo ancestral: os Krahô.

Um depoimento na primeira pessoa de alguém que vive no seio desta comunidade que habita o cerrado (bioma brasileiro), que nos dá a oportunidade de reflectir sobre os dados que consideramos adquiridos na civilização ocidental a partir da diferença: desde a organização política, à económica, à cultural e à ambiental.

Aconteceu no dia 27 de setembro de 2020, em Monchique.

Por motivos pessoais, a Renée não pode estar presente no dia da caminhada, como estava planeado.

BIOGRAFIA

João Salaviza (Lisboa, 1984) e Renée Nader Messora (São Paulo, 1979) encontram-se na Argentina, enquanto frequentam a Universidad del Cine de Buenos Aires, em 2006. Em 2010, Renée conhece o povo indígena Krahô, habitantes imemoriais do Norte do Brasil. João juntou-se em 2014. Desde então, têm vivido e trabalho com os Krahô, passando longas temporadas na Terra Indígena. Colaboram com os Mentuwajê Guardiões da Cultura - um colectivo de jovens indígenas que utilizam as ferramentas audiovisuais para o fortalecimento da identidade cultural e a autodeterminação. Em 2018, João e Renée lançam a longa Chuva é Cantoria na Aldeia dos Mortos, que estreou no Festival de Cannes, conquistando o Prémio Especial do Júri - Un Certain Regard.

TEMA

A Terra Indígena do povo Krahô ocupa uma extensão de 300.000 hectares, no Cerrado - um tipo de savana que é um dos mais ameaçados ecossistemas do Brasil. Durante esta caminhada pela serra de Monchique, propomos um encontro com os Krahô através das memórias, sons e imagens que construímos com eles nos últimos anos.

Dec 15, 202044:25
João Salaviza - EP. 1 · Viver com os Krahô

João Salaviza - EP. 1 · Viver com os Krahô

Ouvimos aqui a primeira parte da caminhada com João Salaviza - cineasta que, juntamente com a sua parceira de vida Renée (também cineasta), se mudou para o Brasil em 2014 para acompanhar, filmar e conhecer uma tribo ancestral: os Krahô.

Um depoimento na primeira pessoa de alguém que vive no seio desta comunidade que habita o cerrado (bioma brasileiro), que nos dá a oportunidade de reflectir sobre os dados que consideramos adquiridos na civilização ocidental a partir da diferença: desde a organização política, à económica, à cultural e à ambiental.

Aconteceu no dia 27 de setembro de 2020, em Monchique. 

Por motivos pessoais, a Renée não pode estar presente no dia da caminhada, como estava planeado.

BIOGRAFIA
João Salaviza (Lisboa, 1984) e Renée Nader Messora (São Paulo, 1979) encontram-se na Argentina, enquanto frequentam a Universidad del Cine de Buenos Aires, em 2006. Em 2010, Renée conhece o povo indígena Krahô, habitantes imemoriais do Norte do Brasil. João juntou-se em 2014. Desde então, têm vivido e trabalho com os Krahô, passando longas temporadas na Terra Indígena. Colaboram com os Mentuwajê Guardiões da Cultura - um colectivo de jovens indígenas que utilizam as ferramentas audiovisuais para o fortalecimento da identidade cultural e a autodeterminação. Em 2018, João e Renée lançam a longa Chuva é Cantoria na Aldeia dos Mortos, que estreou no Festival de Cannes, conquistando o Prémio Especial do Júri - Un Certain Regard.

TEMA
A Terra Indígena do povo Krahô ocupa uma extensão de 300.000 hectares, no Cerrado - um tipo de savana que é um dos mais ameaçados ecossistemas do Brasil. Durante esta caminhada pela serra de Monchique, propomos um encontro com os Krahô através das memórias, sons e imagens que construímos com eles nos últimos anos.

Dec 13, 202048:31
Joana Bértholo - EP. 2 · Nós, os Escritores, os Pássaros e a Natureza

Joana Bértholo - EP. 2 · Nós, os Escritores, os Pássaros e a Natureza

Ouvimos aqui a primeira parte da caminhada com Joana Bértholo - escritora que caminha para pensar e contar histórias. Conversámos sobre como os escritores são essenciais para entendermos as aves, sobre a nossa maneira de ver e interpretarmos a natureza, sobre como valorizamos os diferentes tipos de saber e sobre como cada um se percepciona a si próprio. Se a terra pudesse falar, o que nos diria?

Aconteceu no dia 20 de setembro de 2020, em Aljezur.


BIOGRAFIA

Joana Bértholo, 1982, escreve para diferentes formas de publicar (livro, palco, academia). Apesar do seu trabalho ter temas recorrentes (como a ecologia ou o mercado), o seu território é a ficção. Caminha muito para pensar melhor.  


TEMA

Escrever e contar histórias não diferem tanto de caminhar e procurar percursos. Há formas de estar com a paisagem (ouvir, meditar, seguir, ritualizar, enquadrar...) que geram ideias novas, e formas diferentes de estar ou de sentir. E essas ideias podem ser inspiradoras para quem cria mas, mais importante que isso, podem aproximar-nos do que nos rodeia. Nesta caminhada, o público vai explorar com a Joana algumas destas formas de olhar e de ouvir.


Edição: Remi Gallet

Dec 10, 202047:02
Joana Bértholo - EP. 1 · Palavras, Linguagem e as suas Limitações

Joana Bértholo - EP. 1 · Palavras, Linguagem e as suas Limitações

Ouvimos aqui a primeira parte da caminhada com Joana Bértholo - escritora que caminha para pensar e contar histórias. Conversámos sobre o peso das palavras, da linguagem e das suas limitações na atenção e cuidado perante o que nos rodeia. Falámos sobre errar e errar melhor, mas também sobre a errância e o espírito de viajante permanente.

Aconteceu no dia 20 de setembro de 2020, em Aljezur.


BIOGRAFIA
Joana Bértholo, 1982, escreve para diferentes formas de publicar (livro, palco, academia). Apesar do seu trabalho ter temas recorrentes (como a ecologia ou o mercado), o seu território é a ficção. Caminha muito para pensar melhor.

TEMA
Escrever e contar histórias não diferem tanto de caminhar e procurar percursos. Há formas de estar com a paisagem (ouvir, meditar, seguir, ritualizar, enquadrar...) que geram ideias novas, e formas diferentes de estar ou de sentir. E essas ideias podem ser inspiradoras para quem cria mas, mais importante que isso, podem aproximar-nos do que nos rodeia. Nesta caminhada, o público vai explorar com a Joana algumas destas formas de olhar e de ouvir.


Edição: Remi Gallet

Dec 06, 202046:11
João Mariano - EP. 2 · Serra, Medronho e o Futuro

João Mariano - EP. 2 · Serra, Medronho e o Futuro

Conversa com João Mariano - um apaixonado fotógrafo que nasceu, cresceu e vive em Aljezur - sobre os seus projectos fotográficos na Costa Vicentina e na Serra de Monchique. Neste episódio, o João fala-nos dos trabalhos duros e tipicamente praticados no Sudoeste, nomeadamente a produção da aguardente de medronho e a apanha de algas, dando-nos também uma pista sobre os seus próximos projectos. Um depoimento muito singular de alguém que, durante anos, acompanhou de perto e fotografou as pessoas que trabalham e vivem do mar e da terra, eternizando-as através da lente ocular.

Aconteceu no dia 20 de setembro de 2020, em Aljezur.

BIOGRAFIA Com um percurso na fotografia tão rico quanto diversificado, João Mariano é um filho do Algarve, sendo o seu trabalho moldado pelas gentes e pela cultura da Costa Vicentina, a que chama o seu “laboratório de emoções”. É esta região que mais o inspira e lhe estimula a criatividade no olhar. Fruto desta profunda ligação, publicou diversos livros que celebram as tradições e os saberes da terra e do mar, bem como a paisagem do sudoeste algarvio.  TEMA Uma caminhada para o público se deixar levar pela mão e voz de um apaixonado pela Costa Vicentina, e que a conhece como ninguém. «A Costa Vicentina é um lugar para gente paciente. É um local de contemplação onde o tempo é companheiro da observação. Quantas vezes olho para o mesmo, para o ver sempre diferente? Quantas vezes sinto que estou a percorrer o mesmo trilho de forma abstracta, redescobrindo-o vagarosamente, com outros tantos encantos? Quantas vezes reparo num pormenor que nunca me tinha despertado a atenção?» - João Mariano

Edição: Remi Gallet

Dec 02, 202037:55
João Mariano - EP. 1 · O Mar e a Costa

João Mariano - EP. 1 · O Mar e a Costa

Conversa com João Mariano - um apaixonado fotógrafo que nasceu, cresceu e vive em Aljezur - sobre os seus projectos fotográficos na Costa Vicentina. Neste episódio, o João fala-nos dos trabalhos duros e tipicamente praticados no Barlavento (algumas estando quase a extinguir-se), nomeadamente das duras lides da pesca e da apanha dos percebes. Um depoimento muito singular de alguém que, durante anos, acompanhou de perto e fotografou as pessoas que trabalham e vivem do (e no) mar, eternizando-as através da lente ocular.

Aconteceu no dia 20 de setembro de 2020, em Aljezur.

BIOGRAFIA
Com um percurso na fotografia tão rico quanto diversificado, João Mariano é um filho do Algarve, sendo o seu trabalho moldado pelas gentes e pela cultura da Costa Vicentina, a que chama o seu “laboratório de emoções”. É esta região que mais o inspira e lhe estimula a criatividade no olhar. Fruto desta profunda ligação, publicou diversos livros que celebram as tradições e os saberes da terra e do mar, bem como a paisagem do sudoeste algarvio.

TEMA
Uma caminhada para o público se deixar levar pela mão e voz de um apaixonado pela Costa Vicentina, e que a conhece como ninguém. «A Costa Vicentina é um lugar para gente paciente. É um local de contemplação onde o tempo é companheiro da observação. Quantas vezes olho para o mesmo, para o ver sempre diferente? Quantas vezes sinto que estou a percorrer o mesmo trilho de forma abstracta, redescobrindo-o vagarosamente, com outros tantos encantos? Quantas vezes reparo num pormenor que nunca me tinha despertado a atenção?» - João Mariano


Edição: Remi Gallet

Nov 27, 202043:50
João Maria André - EP. 3 · Ressoar com o que nos rodeia

João Maria André - EP. 3 · Ressoar com o que nos rodeia

Ouvimos aqui a conversa de João Maria André (filósofo, professor, encenador, escritor) com um grupo de 15 pessoas, a propósito do programa Caminhadas com Arte do projecto Lavrar o Mar. Falámos sobre a importância de ressoar com o que nos rodeia: com os outros, a natureza e os seus tempos.

Aconteceu no dia 27 de setembro, no meio da natureza, em plena Serra de Monchique.


BIOGRAFIA

Chamo-me João Maria André, nasci há 66 anos em Monte Real (Leiria), fiz a minha aprendizagem no mundo e com a vida e estudei Filosofia na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, onde atualmente partilho ideias com alunos nas áreas da filosofia e do Teatro. Sou também encenador e escritor, de poesia, teatro e ensaios filosóficos, em que faço da escuta do mundo a alimentação da minha arte e do meu saber. Escrevi sobre Filosofia, Misticismo, Diálogo Intercultural, Teatro e Afetividade e continuo sempre a aprender, pois estou convencido de que morremos quando deixamos de aprender.


TEMA

Escolhi como conceito-motor da caminhada a ressonância, porque reconheço que é preciso reaprender o tempo das coisas simples e naturais, de modo a podermos dizer: quando o mundo ou o outro falam, eu escuto-os e vibro com eles; quando eu falo, o mundo e os outros escutam-me e podemos vibrar em conjunto. Para pensar a ressonância pediremos ajuda ao silêncio, à escuta, ao diálogo, à lentidão, aos afetos, às artes e aos nossos cinco sentidos e também às experiências de todos os companheiros da caminhada.


Edição: Remi Gallet

Nov 26, 202048:47
João Maria André - EP. 2 · Silêncio

João Maria André - EP. 2 · Silêncio

Ouvimos aqui a conversa de João Maria André (filósofo, professor, encenador, escritor) com um grupo de 15 pessoas, a propósito do programa Caminhadas com Arte do projecto Lavrar o Mar. Falámos sobre a ressonância, sobre ter tempo para absorver, escutar, dialogar e mostrar afecto. Num mundo cada vez mais rápido e fragmentado estas são questões fundamentais para aprendermos a escutar com os olhos e a reentrarmo-nos, dando atenção às coisas que importam.


Aconteceu no dia 27 de setembro, no meio da natureza, em plena Serra de Monchique.


BIOGRAFIA
Chamo-me João Maria André, nasci há 66 anos em Monte Real (Leiria), fiz a minha aprendizagem no mundo e com a vida e estudei Filosofia na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, onde atualmente partilho ideias com alunos nas áreas da filosofia e do Teatro. Sou também encenador e escritor, de poesia, teatro e ensaios filosóficos, em que faço da escuta do mundo a alimentação da minha arte e do meu saber. Escrevi sobre Filosofia, Misticismo, Diálogo Intercultural, Teatro e Afetividade e continuo sempre a aprender, pois estou convencido de que morremos quando deixamos de aprender.


TEMA
Escolhi como conceito-motor da caminhada a ressonância, porque reconheço que é preciso reaprender o tempo das coisas simples e naturais, de modo a podermos dizer: quando o mundo ou o outro falam, eu escuto-os e vibro com eles; quando eu falo, o mundo e os outros escutam-me e podemos vibrar em conjunto. Para pensar a ressonância pediremos ajuda ao silêncio, à escuta, ao diálogo, à lentidão, aos afetos, às artes e aos nossos cinco sentidos e também às experiências de todos os companheiros da caminhada.


Edição: Remi Gallet

Nov 24, 202030:18
João Maria André - EP. 1 · Ressonância

João Maria André - EP. 1 · Ressonância

Ouvimos aqui a conversa de João Maria André (filósofo, professor, encenador, escritor) com um grupo de 15 pessoas, a propósito do programa Caminhadas com Arte do projecto Lavrar o Mar. Falámos sobre a ressonância, sobre ter tempo para absorver, escutar, dialogar e mostrar afecto. Num mundo cada vez mais rápido e fragmentado estas são questões fundamentais para aprendermos a escutar com os olhos e a reentrarmo-nos, dando atenção às coisas que importam.

Aconteceu no dia 27 de setembro, no meio da natureza, em plena Serra de Monchique.

BIOGRAFIA
Chamo-me João Maria André, nasci há 66 anos em Monte Real (Leiria), fiz a minha aprendizagem no mundo e com a vida e estudei Filosofia na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, onde atualmente partilho ideias com alunos nas áreas da filosofia e do Teatro. Sou também encenador e escritor, de poesia, teatro e ensaios filosóficos, em que faço da escuta do mundo a alimentação da minha arte e do meu saber. Escrevi sobre Filosofia, Misticismo, Diálogo Intercultural, Teatro e Afetividade e continuo sempre a aprender, pois estou convencido de que morremos quando deixamos de aprender.

TEMA
Escolhi como conceito-motor da caminhada a ressonância, porque reconheço que é preciso reaprender o tempo das coisas simples e naturais, de modo a podermos dizer: quando o mundo ou o outro falam, eu escuto-os e vibro com eles; quando eu falo, o mundo e os outros escutam-me e podemos vibrar em conjunto. Para pensar a ressonância pediremos ajuda ao silêncio, à escuta, ao diálogo, à lentidão, aos afetos, às artes e aos nossos cinco sentidos e também às experiências de todos os companheiros da caminhada.


Edição: Remi Gallet

Nov 22, 202049:34