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Texto: P. Pedro Viva
Vozes: Filipe Ferreira; Faustino Xavier Ferreira; Raquel Cunha Lopes.

Celebrar a nossa esperança em Deus que cura e salva

Introdução

O texto evangélico deste V Domingo do Tempo Comum apresenta-nos, em forma de cena a contemplar, um dia típico de Jesus: a rezar, a escutar, a curar, a expulsar demónios, a pregar o Reino de Deus. Será que Jesus não se cansou? Claro que sim. Era verdadeiramente homem, sem deixar de ser Deus. Mas encontrava na oração, na escuta da Palavra do Pai, a sua força, e no testemunho dos profetas o seu estilo.

Escutemos uma passagem do Evangelho segundo S. Marcos.

Palavra de Deus

“Naquele tempo, Jesus saiu da sinagoga e foi, com Tiago e João, a casa de Simão e André. A sogra de Simão estava de cama com febre e logo lhe falaram dela. Jesus aproximou-se, tomou-a pela mão e levantou-a. A febre deixou-a e ela começou a servi-los. Ao cair da tarde, já depois do sol-posto, trouxeram-lhe todos os doentes e possessos e a cidade inteira ficou reunida diante da porta. Jesus curou muitas pessoas, que eram atormentadas por várias doenças, e expulsou muitos demónios. Mas não deixava que os demónios falassem, porque sabiam quem Ele era. De manhã, muito cedo, levantou-se e saiu. Retirou-se para um sítio ermo e aí começou a orar. Simão e os companheiros foram à procura dele e, quando o encontraram, disseram-lhe: «Todos te procuram.» Ele respondeu-lhes: «Vamos a outros lugares, às povoações vizinhas, a fim de pregar aí também, porque foi para isso que eu vim.» E foi por toda a Galileia, pregado nas sinagogas e expulsando os demónios.”

Reflexão

A casa de Simão Pedro e de seu irmão André é, hoje, Igreja. Perpetua a memória do Senhor e dos seus milagres: dentro de casa, a cura da sogra de Pedro; à porta, a cura de tantos que o Senhor libertou dos seus males. Também o memorial do Senhor, a Eucaristia, é celebração de um Deus presente no meio de nós, que cura e salva.

Falam a Jesus da sogra de Pedro. Que bela lembrança. Falar a Jesus dos que amamos. Dos que sofrem. Dos mais esquecidos e marginalizados. Jesus convida-nos a repetir hoje os mesmos gestos: aproxima-te, toma pela mão, levanta quem vive prostrado.

Amar é a forma mais credível de dizer quem Deus é e de viver a fé. Fé que levou uma multidão de doentes a pedir ajuda a Jesus. Quantos milhares, hoje, buscam alívio para os seus sofrimentos: físicos, morais e espirituais. Precisam de mãos diligentes, ouvidos atentos, olhos que vêem ao jeito de Jesus e corações cheios de compaixão para cuidar e ajudar. E eu, e tu, o que fazemos em favor dos irmãos necessitados?

De manhã, muito cedo, retirou-se para um sítio ermo e aí começou a orar. Que foi rezar Jesus? Como bom filho do seu Povo, começou por dar graças e louvar a Deus Pai pelas suas maravilhas. Certamente, também, pelas curas do dia anterior. E foi alimentar a sua união com o Pai para continuar fielmente a missão de ensinar a Palavra e realizar as obras de Deus.

A oração é alimento e sustento da nossa vida e ação. Sem ela facilmente caímos no ativismo, na autorreferencialidade e na fadiga. Que tempo dás diariamente a Deus? O que rezas, onde e como fazes a tua oração?

A Eucaristia é muito mais que uma oração. É sacrifício de amor de Cristo por nós. É um sacramento de vida nova que nos une a Cristo e nos torna capazes de compaixão para ajudar quem sofre. É com este sentido que participas na celebração da Eucaristia?

Oração

Agradece ao Senhor, que também hoje te faz viver. Na impossibilidade de o poderes comungar sacramentalmente, une-te a ele espiritualmente e reza ao Pai como Ele mesmo ensinou:

#108 Lectio Divina para o 4º Domingo do Tempo Comum (Ano C)

Diocese Leiria-FátimaBy Leiria-FátimaJan 25, 2022