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Leitura de Ouvido

Leitura de Ouvido

By LP Lucas & Daiana Pasquim

Leitura de Ouvido vai além do audiolivro, é o podcast que transforma linhas em ondas sonoras, criado por Daiana Pasquim e Lucas Piaceski. Contos e poesias, nacionais e internacionais, em domínio público. Gravação do texto interpretado em áudio drama e com sonorização cinematográfica. Crítica literária descontraída sobre o texto, escola literária e autor, ao final do episódio. Todas as sextas-feiras, um novo episódio. Boa leitura! Apoie pela chave PIX: leituradeouvido@gmail.com ou pelo financiamento coletivo: apoia.se/leituradeouvido
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Florbela Espanca - Livro de Sóror Saudade

Leitura de OuvidoMay 03, 2024

00:00
54:46
Florbela Espanca - Livro de Sóror Saudade

Florbela Espanca - Livro de Sóror Saudade

“Livro de Sóror Saudades” (1923) são sonetos de Florbela Espanca (1894-1930) e trouxemos neste episódio o livro completo, com os 36 sonetos que ela criou dedicados à uma das grandes paixões de sua vida, António Guimarães, que foi seu segundo marido, de 1921 a 1925. A poetisa iniciou o trabalho sobre a coletânea logo depois de ter editado a sua primeira obra, o Livro de Mágoas, em abril de 1920 e foi publicado em janeiro de 1923, editado em Lisboa pela Tipografia A Americana. Os primeiros versos surgiram, ela era ainda casada com Alberto de Jesus Silva Moutinho, com quem ficou de 1913-1921, desde o liceu, até maior parte de sua vida. Nos sonetos de SS. pululam o amor e paixão vivos: “a boca fez-se sangue pra beijar!”. Com esse e outros versos, enfatiza o quanto a boca e os beijos são epicentro sentimental de seus escritos. Assim, emerge o erotismo, mas renovado à visão da feminista, com o homem como objeto do serviço amoroso, não a mulher. Quanto à composição, são sonetos latinos, majoritariamente decassílabos heróicos, assim como fez Camões. As rimas costumam ser interpoladas e emparelhadas, com o típico esquema rimático das quadras a corresponder a abba-abba, enquanto os tercetos apresentam esquemas mais variados. Boa leitura!


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May 03, 202454:46
Gonçalves Dias - As Duas Amigas

Gonçalves Dias - As Duas Amigas

“As duas amigas” está em Segundos Cantos (1848) e "A sua voz” em Novos Cantos (1857), duas poesias românticas do escritor brasileiro Antonio Gonçalves Dias (1823-1864), que fazem o episódio de hoje. "As duas amigas" faz uso de variadas metáforas para referenciar essa conexão entre dois seres de alma feminina: duas aves brincando solitárias, duas nuvens, duas mariposas, até que “uma gota ensopa as asas das leves mariposas”, para fazer referência ao tempo que passa e a amizade que nem sempre se mantém, visto que cada qual alça voos para um lado, conforme seus interesses. Mas enquanto existe, os versos enaltecem a profundidade e leveza dessa relação, não à toa tem a insistência metafórica em seres alados ou que flutuam alto, como as nuvens. O perpassar do tempo vem nas linhas associado com o vento e com as intempéries. Já “A sua voz” é uma poesia apaixonante, de alguém apaixonado. Ela se relaciona justamente a esse traço característico de cada pessoa. Essa vibração que soltamos ao abrir a boca. Boa leitura!


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Apr 26, 202432:50
Simões Lopes Neto - O Boi Velho (conto)

Simões Lopes Neto - O Boi Velho (conto)

“O boi velho” é um dos Contos Gauchescos do escritor brasileiro João Simões Lopes Neto (1865-1916). Nela, o contador de histórias Blau Nunes narra a vida da família dos Silva, anunciando de pronto que “é bicho mau, o homem” e lembrando-se de um ocorrido do passado que evoca o respeito aos animais. Além da valorização da paisagem do Pampa e da integração com o meio, Blau apresenta-nos dois bois: Dourado e Cabiúna. Os animais são responsáveis por puxar o carretão, veículo da família até o arroio, para tomar banho. Os bois acompanham o crescimento da família por gerações, até que um deles morre picado de cobra e, o outro, vai ter um destino doído e sangrento, que faz o narrador reafirmar “é mesmo bicho mau, o homem”. O regionalismo presente na obra do autor está na forma de contar, na postura de grande coletor de casos e lendas do imaginário e na retratação fiel da linguagem do homem do campo. Simões Lopes Neto é o patriarca das letras gaúchas. Boa leitura!


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Apr 19, 202427:55
Edgar Allan Poe - Berenice (conto)

Edgar Allan Poe - Berenice (conto)

“Berenice" é conto do escritor estadunidense Edgar Allan Poe (1809-1849), publicado pela primeira vez no Southern Literary Messenger, em março de 1835. A história é narrada por Egeu que conta sobre sua casa e sua família, dando destaque para seu relacionamento com a prima Berenice, que tão diferente dele, tinha jovialidade a alegria, enquanto ele sempre fora doente e enfurnado nos livros. É um dos contos em que Poe usa de seu clássico traço de narrativa de desconfiar de sua própria sanidade mental. E eis que Berenice cai doente, apresentando epilepsia e catalepsia. Há mudanças em sua constituição física e em sua personalidade. Ao passo disso, Egeu conta de sua própria “monomania”, uma irritabilidade voltada às faculdades da atenção. A influência mais forte de sua monomania foram os dentes de Berenice, brancos, grandes. Ele queria-os a todo custo. Apaixonados, ele lhe propõe casamento. Mas na história que conta nos intervalos lúcidos de sua enfermidade, ocorre uma sequência de fatos misteriosos, horrorosos e mórbidos. Boa leitura!


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Apr 12, 202452:34
 Samuel Taylor Coleridge - A Balada do Velho Marinheiro (poema)

Samuel Taylor Coleridge - A Balada do Velho Marinheiro (poema)

“A Balada do velho marinheiro” (1798) é um poema clássico do Romantismo em Língua Inglesa, de Samuel Taylor Coleridge (1772-1834), publicada no volume Baladas Líricas, de autoria conjunta de Coleridge com seu amigo Willian WordsWorth (1770-1850). A "balada" foi composta entre 1797 e 1816, e deu início ao Romantismo inglês e o epíteto de "fundadores" a Coleridge e Wordsworth. O poema de sete capítulos derivou um ditado inglês: “um albatroz em torno do pescoço”, que refere-se ao fardo ou obstáculo, o qual alguém terá que transpor a fim de alcançar os seus objetivos. Isso porque o narrador, que é o velho marinheiro, sofre uma maldição a partir do momento em que mata um albatroz, lendária ave que é considerada boa sorte pelos marinheiros. A partir daquele momento, o marinheiro é condenado a uma morte-em-vida, já que todos os tripulantes morrem, menos ele, que passa a ver espectros e diversos seres sobrenaturais. O poema é feito em quadras (estrofes com quatro versos, com arranjo rítmico que pode ser do tipo abab ou abba), versos octassílabos e rimas mistas. Trata-se de uma balada de forma não-fixa, um poema narrativo também clássico da literatura fantástica. Boa leitura!


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Apr 05, 202454:50
Livro do Desassossego - Fernando Pessoa (Bernardo Soares)

Livro do Desassossego - Fernando Pessoa (Bernardo Soares)

“O Livro do Desassossego” de Fernando Pessoa (1888-1935), assinado por seu semi-heterônimo Bernardo Soares é a obra mais importante e mais profunda de Pessoa e a que mais reflete a complexidade da sua mente. É quando o escritor português mais se aproxima do gênero do romance, assemelhando-se a um diário íntimo, ficcionado, escrito por Bernardo Soares, ajudante de guarda-livros, redigido a partir de um escritório da Baixa de Lisboa, num 4.º andar da Rua dos Douradores, no qual expõe as suas vivências, interrogações e reflexões. É interessante que autor e heterônimo se tornam amigos. Esta característica torna o livro singular, já que não tem uma narrativa definida, com princípio, meio e fim. Neste episódio trazemos o Prefácio, no qual Fernando Pessoa e Bernardo Soares se encontram e Pessoa explica como o livro escrito por Bernardo foi parar em suas mãos; e selecionamos mais cinco textos do seu heterônimo. São algumas das poucas linhas desse vasto mundo literário que ainda está sendo inventariado pelos estudiosos, já que na arca de Fernando Pessoa, hoje Espólio de Pessoa na Biblioteca Nacional de Lisboa, tem mais de 25 mil folhas. Boa leitura!


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Mar 29, 202444:20
H. P. Lovecraft - Os Gatos de Ulthar (conto)

H. P. Lovecraft - Os Gatos de Ulthar (conto)

“Os gatos de Ulthar” é um conto de H.P. Lovecraft (1890-1937) pautado na Mitologia Egípcia, já que para os antigos egípcios, os gatos eram divindades. O conto fantástico do escritor norte-americano narra a história de uma pequena aldeia chamada Ulthar, mais uma das fictícias do universo de Cthulu, onde criou-se uma lei: é proibido matar os gatos. Ao que parece, a lei partiu de um ato de vingança. A história vai apresentando comportamentos dos humanos, frente aos dos gatos e tudo começa com a desconfiança de que um casal de idosos teriam o mau hábito de assassinar qualquer felino que se achegasse de sua cabana. Mas há um dia que uma caravana de viajantes chega a Ultrar e, entre eles, um menino órfão chamado Menes e que tem para si, unicamente, um gatinho preto. A caravana era de pessoas de pele escura que liam a sorte, faziam estranhas orações e adoravam figuras com metade humana, metade animal. Exatamente como é retratada a deusa Bastet, provavelmente a deidade felina mais conhecida do Egito, segundo o Centro Americano de Pesquisa no Egito (Arce). Quando o gato desse menino some, inicia-se uma sequência de insólitos que culmina em mortes e coisas inexplicáveis, com ilusões que impressionam a imaginação.


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Mar 22, 202428:45
Maria Firmina dos Reis - Cantos à Beira Mar (parte 3)

Maria Firmina dos Reis - Cantos à Beira Mar (parte 3)

Cantos à Beira Mar (1871) é o livro de poesias de Maria Firmina dos Reis (1822-1917) e, por questões didáticas de produção, vamos chamar o episódio de hoje de Parte 3 e final. Hoje lhe apresentamos 26 poemas, dos 56 do livro: "Visão", "O volúvel", "O lazarento", "Um bouquet", "Não, oh! Não", "O proscrito", "A dor, que não tem cura", "O dia de finados", "Queixas", "Hosana!", “Canto", "O pedido", "Amor", "Cismar", “Itaculumim", "À minha extremosa amiga D. Anna Francisca Cordeiro", “Meditação”, "Nas praias de Cumã", "Embora eu goste", "Não quero amar mais ninguém", "Minha alma", "Desilusão"," A vida é sonho”, "Nênia", "À partida dos voluntários da pátria do Maranhão", "Uns olhos” e "A uma amiga”. O primeiro desse conjunto, “Visão”, é dos poemas mais incríveis, com 127 versos rimados e metrificados em decassílabos. É uma longa narrativa de aventura e emoção, com vocabulário diferenciado, o que prova a envergadura intelectual da autora. Em “Nênia”, ela presta homenagem ao poeta romântico Antônio Gonçalves Dias e faz referência ao naufrágio que vitimou o autor, bem como ao seu corpo nunca visto. O marco de 202 anos de nascimento da autora foi em 11 de março. Ao longo de 95 anos, publicou poesias, ensaios, histórias e quebra-cabeças em jornais e revistas locais e também canções abolicionistas, pois foi folclorista e compositora. Boa leitura!


Parte 1: ⁠https://open.spotify.com/episode/7ezgXfJmx3ZAQM7gs5CZyF?si=b330d9a9c9c34dee⁠

Parte 2: ⁠https://open.spotify.com/episode/1FrMmFSGFQSFUWggbmNv0y?si=06afaa946de64696⁠


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Mar 15, 202401:28:41
Álvares de Azevedo | Noite na Taverna - VII O Último Beijo de Amor

Álvares de Azevedo | Noite na Taverna - VII O Último Beijo de Amor

“Último beijo de amor” é o desfecho de Noite na Taverna, de Álvares de Azevedo (1831-1852). Com epígrafe de Romeu e Julieta, não se trata de uma história contada por um dos amigos, como nos capítulos anteriores. Outrossim, é narrado por um observador que vê uma moça vestida de preto entrar na taverna e perscrutar os homens dormindo. “O anjo perdido da loucura”, primeiro, mata Johann com um punhal, como vingança. Depois, acorda Arnold, o loiro, que na verdade, é Arthur, do duelo do conto anterior, com Johann. A moça, por sua vez, é G., de Giorgia, que agora sabemos ser a irmã de Johann, que ele deflorou e que acabou se tornando uma prostituta. Com esse desfecho, vamos perceber como Álvares de Azevedo vai dando importância a esse personagem, sem que necessariamente, uma história seja narrada por ele. “Último beijo de amor” amarra os destinos dos amigos e demais personagens, incluindo a taverna, que é o maior deles, posto que é o cenário dessa inventividade fantástica. Boa leitura!


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Mar 08, 202435:41
Álvares de Azevedo | Noite na Taverna - VI Johann

Álvares de Azevedo | Noite na Taverna - VI Johann

“Johann” é o sexto capítulo de Noite na Taverna, de Álvares de Azevedo (1831-1852). Uma das histórias mais curtas do livro, mas nem por isso menos intensa. Tudo se passa em Paris e começa com um jogo, no qual Johann e Arthur se desentendem e decidem que o melhor será resolver tudo em um duelo, a “luta dos homens de brio". Durante a preparação para o acontecimento, Arthur escreve duas cartas e, entre o bilhete, indica um anel e recomenda a Johann que, se por acaso ele perdesse, que fizesse a entrega de suas missivas para a mãe e para a sua amada, G. Johann, uma vez vencedor do duelo, tem a ideia escabrosa de fazer-se passar por Arthur para deflorar, por uma noite, a mulher que ele amava. Ela era virgem! Esse desvio de conduta acaba de forma trágica, com uma revelação lancinante. É o conto que termina em suspenso, à beira do precipício. É a última história contada pelos amigos ébrios. Boa leitura!


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Mar 01, 202428:19
Álvares de Azevedo | Noite na Taverna - V Claudius Herman

Álvares de Azevedo | Noite na Taverna - V Claudius Herman

“Claudius Hermann” é o quinto capítulo de Noite na Taverna, de Álvares de Azevedo (1831-1852). É um conto com muita conversa na taverna, antes de começar propriamente a história. Há filosofia “de bêbado", análise de comportamento, tentativas de um conceito de poesia. A essa altura, os amigos estão mais bêbados que nunca. O conto é um dos pontos altos da ebriedade, tratando de jogo e luxo insaciável. Provavelmente, seja a narrativa mais erótica e romântica do livro, repleta de analogias artísticas e míticas, justamente para evocar todo esse prólogo, antes da história, cujos trechos mais cruéis, muda-se a narrativa para terceira pessoa. Claudius era muito rico e sua história se passa em Londres. Ele se apaixona cegamente pela duquesa Eleonora, a qual vê pela primeira vez como uma Amazona. É uma italiana que arrebata todos os seus planos, para satisfazer o seu desejo. Ele entorpece a moça com um narcótico fortíssimo, a estupra repetidas vezes por um mês, até que decide raptá-la para definir seu destino. Claudius era um maldito poeta. Uma vez mais, assim como conduziram seus amigos, a desculpa de Claudius para seu desvio de comportamento está em agentes externos, para além de suas forças. Está no próprio contexto byronismo, inerente a essa produção publicada em 1855. Boa leitura!


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Feb 23, 202401:00:51
Álvares de Azevedo | Noite na Taverna - IV Gennaro

Álvares de Azevedo | Noite na Taverna - IV Gennaro

“Gennaro” é o quarto capítulo de Noite na Taverna, de Álvares de Azevedo (1831-1852). A história do pintor, na ocasião com 42 anos, rememora as folhas secas, de quando ele tinha 18 anos, na Itália. Gennaro era aprendiz de pintura na casa do velho Godofredo, pintor casado com Nauza, de 20 anos. Godofredo tinha ainda uma filha, Laura, de 15 anos. Neste capítulo, Gennaro vai narrar, a um só fôlego, o triângulo amoroso que vive com as moças e que veio a culminar numa tragédia à tarantela. “Era uma luta terrível entre o dever e o amor; ou entre o dever e o remorso”, explanou. A história gira por mais de um ano, se passa junto com a passagem do tempo, das luas, das estações. Contudo, começa no outono e termina no inverno, o que mantêm o clima gótico da narrativa. Nesse conto, sobressai-se os temas perversos do infanticídio, do envenenamento e do crime passional. E para manter o clima do Byronismo, que inspirava os jovens escritores ultra-românticos brasileiros, temos uma informação de bastidores: “Gennaro lembra vagamente aquilo que Shelley fez com William Godwin, arrebatando-lhe duas filhas (Claire era sua filha adotiva, lembre-se, sendo filha de sua segunda esposa) para suas aventuras” (AGUSTINI, 2020, p.358) Na retórica do personagem Gennaro é interessante notar, assim como ocorre nos demais quatro amigos, uma magistralidade em se colocar como vítima dos ocorridos, não como algoz. Boa leitura!


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Feb 16, 202440:42
Álvares de Azevedo | Noite na Taverna - III Bertram

Álvares de Azevedo | Noite na Taverna - III Bertram

“Bertram" é o terceiro capítulo de Noite na Taverna, de Álvares de Azevedo (1831-1852). Esse personagem é uma persona de Don Juan, na literatura brasileira e nas Notas de Rodapé de hoje, você vai compreender o porquê. Ele tem uma “sina amaldiçoada” e tudo que nos conta, na sua vez de bradar a história mais horripilante entre os amigos, magoa ou destrói a vida de alguém. Sua história passa por assassinato, infanticídio, adultério, naufrágio e a assustadora antropofagia. Muitas mulheres percorrem sua vida em cada um desses acontecimentos, mas tudo começa com uma. Bertram afirma: “uma mulher levou-me à perdição”. Essa mulher é Ângela, uma espanhola que, apesar do nome angelical, revela-se uma assassina e um estereótipo de Don Juan, mais viril que o próprio Bertram. O narrador ainda estraga a vida de uma donzela de 18 anos; e da mulher de um comandante que o acolheu, após salvarem-lhe do suicídio. As cenas são narradas repletas de digressões de Bertram para conversar com a taberneira e pedir mais vinho. A digressão também aparece quando um velho entra na taverna e interrompe a narrativa, filosofa e, ao final, quer beber vinho em uma caveira. Ele lembra Satan, da obra precedente, Macário. Uma narrativa byroniana do começo ao fim! Boa leitura!


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Feb 09, 202401:00:53
Álvares de Azevedo | Noite na Taverna - II Solfieri

Álvares de Azevedo | Noite na Taverna - II Solfieri

“Solfieri” é o segundo conto de Noite na Taverna, de Álvares de Azevedo (1831-1852). A história narrada pelo jovem ébrio, na verdade, é uma lembrança de seu passado em Roma. Tudo começa numa madrugada, mas acompanha os atos insólitos de Solfieri durante dois anos de sua vida, no qual persegue um estereótipo de mulher, que ele toma como uma estátua de cera, daquela forma branca de mulher que persegue a sua imaginação e ele quer perpetuar, embora não se importe com o nome dela. Da recordação ao que viveu, narra a sua loucura por conta do “vinho do deleite”, ao cometer necrofilia com o corpo de uma moça que está sendo velado numa igreja. Embriagado, a cena horripilante é amenizada ao debandar para a catalepsia, que acometeria a defunta. Ele então rapta a moça ao seu quarto até que persista seus últimos suspiros. Depois das revelações que deixa os amigos desconfiados a história retorna à taverna, ao cenário de orgia onde os cinco amigos fumam e bebem a longas horas.


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Feb 02, 202437:52
Álvares de Azevedo | Noite na Taverna - I Uma noite do século

Álvares de Azevedo | Noite na Taverna - I Uma noite do século

“Uma noite do século” é o prólogo do emblemático livro Noite na Taverna, de Manuel Antonio Alvares de Azevedo (1831-1852), publicado póstumo, por seu pai, três anos após a morte do autor. Foi recebido como o primeiro livro de terror da literatura brasileira, uma prosa narrativa composta por sete capítulos, cinco deles são narrativas macabras dos cinco amigos embriagados e apaixonados: Solfieri, Bertram, Gennaro, Claudius Hermann e Johann (este, já foi episódio do Leitura de Ouvido em março de 2021). O prólogo situa o cenário de uma noite bebida em taças, entre vapores e loucuras. A orgia com mulheres e amigos ébrios de amores e vinho, quando cada qual decide contar a história mais horripilante que já viveu. É nos contos que Álvares de Azevedo faz conhecer sua imaginação vulcânica, embebida em elementos da cultura gótica, compondo o melhor exemplo de byronismo oitocentista da literatura brasileira. É o poeta de “Se eu morresse amanhã”. Aqui no LdO, nós trazemos hoje e nas próximas seis semanas, cada um dos capítulos do livro, com suas histórias e as análises de nossas Notas de Rodapé. Boa leitura!!


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Jan 26, 202434:06
Kate Chopin - A História de Uma Hora (conto)

Kate Chopin - A História de Uma Hora (conto)

“A história de uma hora” (1894) está entre os contos mais famosos da escritora norte-americana Kate Chopin (1850-1904) e narra um divisor de águas na vida de Louise Mallard: a notícia da morte de seu marido. A primeira linha do texto explica que a Sra. Mallard tinha um sério problema cardíaco e, comovida com a tragédia de trem que a enviuvou, a irmã da protagonista vai até a sua casa para levar a notícia com eufemismo. Primeiro a Sra Mallard chora, depois afasta-se em silêncio, sozinha no quarto. E, em seguida, ao olhar pela janela, começa a transpor a realidade de que daquele momento em diante, passaria a viver só para si. Estava “livre, livre, livre!”. Faz uma prece por uma vida longa. Um pacto entre o narrador e o leitor permite uma camada profunda de interpretação dessa pequena história, que tem um final surpreendente. O conto coaduna com um de seus principais temas: a liberdade das mulheres. Como mulher escritora do final do século XIX, Kate Chopin abriu novos caminhos na literatura americana. Curioso é que assim como o personagem, o pai de Kate Chopin de fato morreu de acidente ferroviário. Ela teve outras tragédias e benesses em sua vida, tendo sido bem presidiada pelos leitores de revistas americanas da época. O conto é sugestão da nossa apoiadora Bruna Foltz Coutinho. Boa leitura!


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Jan 19, 202436:58
Júlia Lopes de Almeida - A Boa Lua (conto)

Júlia Lopes de Almeida - A Boa Lua (conto)

“A boa lua” é um dos 30 contos do livro Ânsia Eterna (Garnier, 1903), de Júlia Lopes de Almeida (1862-1934). Este, em especial, põe em evidência o embate geracional ao contar a história do centenário Samuel, carinhosamente conhecido como Velho Samé ou Tio Samé, homem “teimoso em viver”, na visão de sua família. Ele já havia esquecido todos os nomes, os dos filhos, o dos netos, o da falecida esposa e até o dele próprio, mas ainda tinha de cor a sapiência ligada à Terra: a época de plantar, a época de colher. Samé é um ser transcendental e vivencia um acontecimento insólito seguido de uma metáfora profunda com a seiva que persiste na árvore seca, gerando novos ramos. Essa narrativa curta de Julia almeja o drama humano, como boa cientista social que era, e contém o tempero trágico e realista/naturalista, inerente à autora. Ânsia Eterna, contudo, detêm camadas do grotesco e do insólito em suas histórias, talvez para dar conta do desdobramento metafórico que nos permite a interpretação do título do livro: o desejo feminino de igualdade e respeito, território que ela militou tão bem. Boa leitura!


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Jan 12, 202431:21
Meus Oito Anos - Casimiro de Abreu (reedição)

Meus Oito Anos - Casimiro de Abreu (reedição)

“Meus oito anos” é o mais famoso poema de Casimiro José Marques de Abreu (1839-1860), relançado nesse ano que é só uma criança, para pensar a infância. O lírico-romântico compõe o seu único livro publicado “As Primaveras”, saído em 1859, um ano antes da morte do autor. Ele viveu apenas 21 anos, nasceu e morreu na mesma cidade: Barra de São João, província do Rio de Janeiro. Casimiro de Abreu começou cedo a escrever para jornais, em Lisboa, Portugal, onde foi para estudar. Em seus versos mais notórios o saudosismo da infância é claramente expresso, em especial, por relacionar seus versos à figura da mãe e da irmã. Casimiro tornou-se um dos poetas mais conhecidos do Romantismo, justamente porque tem características na linguagem que o aproximam da fala popular. Encaixa-se na segunda geração, o Romantismo Egótico, que trabalha dualidades como amor e morte, dúvida e ironia, entusiasmo e tédio. Seu legado soma-se ao de outros moços brilhantes, como Manuel Antonio de Almeida e Machado de Assis, seus companheiros de rodas literárias, mas irmana-se ao de poetas adolescentes mortos antes de tocarem a plena juventude. Assim iniciamos a 5ª temporada. Boa leitura!


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Jan 05, 202425:41
Conto de Natal - Lucie Delarue-Mardrus

Conto de Natal - Lucie Delarue-Mardrus

“Conto de Natal” (1920) é uma história supercomovente da escritora francesa Lucie Delarue-Mardrus (1874-1945), que narra a história de uma pobre mulher falida, com seu pequeno filho, vítima de um casamento violento e enganoso. É véspera de Natal e aos olhos da inocência, espera-se que o tradicional Papai Noel visite o pobre lar. É uma narrativa que comove do princípio ao fim e, apesar de ter mais de cem anos, faz total sentido nos lares atuais. Trazemos um estudo bem diferenciado, inteiramente traduzido por nós, uma vez que as informações biográficas relevantes e confiáveis sobre Lucie Delarue-Mardrus estão disponíveis apenas em língua francesa e inglesa. Famosa do início do século XX , ela nos chega diretamente da Belle Époque (1871-1914), com o legado de ter sobrevivido, por muitos anos, da renda que fez de sua pena. Amava poesia, mas teve que produzir os “romances alimentares”. Começou a publicar aos 34 anos (Marie fille mère, Fasquelle: 1908). Foram 70 obras escritas em 40 anos de carreira. Lucie foi badalada na sociedade parisiense da época, mas hoje é pouco considerada, inclusive por acadêmicos e estudiosos literários. Ela escreveu bastante sobre o amor entre mulheres e amou a várias, embora tenha se casado por 14 anos, com o ilustre tradutor de As Mil e Uma Noites, Joseph-Charles Mardrus, de quem herdou o sobrenome. Boa leitura!


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Dec 22, 202345:18
Fernando Pessoa - Cancioneiro

Fernando Pessoa - Cancioneiro

“Cancioneiro" é o título do livro de poesias reunidas de Fernando Pessoa (1888-1935), escritas e publicadas entre 1902 e 1935, ano da morte do autor. “Cancioneiro” é encontrado em sua Obra Poética Completa (volume único). Foi desse livro que fizemos uma seleção especial de poemas de Natal ou de temáticas ligadas à data, exatamente na ordem de publicação. É uma contemplação de vinte anos de produções poéticas do ciclo pessoano: 14. "Canção" (p.130), 39 a 57. "Natal" (p.131 a 189), 63. "Natal… na província neva" (p.196), 76. "Chove. É dia de Natal" (p.209) e 124. "Quando era criança" (p. 263). É a primeira vez que temos uma produção essencialmente de Fernando Pessoa, e não de um de seus heterônimos. Os versos citam expressamente o Natal ou perpassam os sinos e seus símbolos, a eterna família, a vida e os pássaros, o tempo e o clima, incluindo o vento e o frio, as músicas e a infância, o dormir, as canções de ninar, o sonhar, a noite e suas velas, o pastor e suas árias, o canto, o sol e o Senhor!, dito assim, em vocativo. À Pessoa, o Natal está mais ligado à tristeza e à solidão, que à alegria e à confraternização. Relaciona-se com algo que ele não consegue tocar, com uma saudade vã, mas também com a contemplação e a esperança, inerente à infância. Boa leitura!


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Dec 15, 202334:34
Eça de Queirós - O suave milagre (conto)

Eça de Queirós - O suave milagre (conto)

“O Suave Milagre” (1898) é um conto de Natal de Eça de Queirós (1845-1900), que parece ter saído das Sagradas Escrituras. É uma comovente narrativa que leva os olhos para a humildade, a pobreza e a pureza dos marginalizados. Foi publicado originalmente em 1898 na Revista Moderna. Nesse e noutros contos da terceira fase do autor, considera-se que Eça tenha alcançado seu apogeu de estilista, em detrimento da estrutura narrativa. A terceira palavra do conto é “Jesus”, retomado inúmeras vezes na história como "Rabi", que, por sua vez, é o chefe religioso de uma comunidade judaica; ou grande estudioso ou mestre da religião judaica. A etimologia da palavra é o latim: “rabbi" é mestre, doutor, do hebraico rabbi, meu mestre. Logo, espalha-se notícias de todos os seus milagres: cura da lepra, exorcismo de demônios, multiplicação de pães e até, a ressurreição. O texto traz notícias de homens poderosos e ricos que empenham todo o seu exército para encontrar o novo profeta, com o intuito de lhe resolver seus problemas com a sua potência, em troca de riquezas. Toda a Galileia é percorrida em vão. Em paradoxo, o texto apresenta os pobres, em especial uma viúva com seu filho doente e faminto. E assim, Eça de Queirós constrói uma paródia, que desfecha, ao que tudo indica, na véspera de Natal. Boa leitura!


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Dec 08, 202301:03:27
Anton Tchekhov - Vanka (conto de natal)

Anton Tchekhov - Vanka (conto de natal)

“Vanka” é uma história comovente do menino de 9 anos, órfão, que está sofrendo nas mãos de um patrão malvado e resolve escrever uma carta emocionada. É véspera de Natal. Daí começa-se a desenrolar a história de sua família, de um tempo no qual parece que a infância ainda não havia sido inventada. A brancura da neve e o frio do inverno russo, natural a essa época de festas, é muito marcante no gozo da desgraça ou de qualquer sorte do pobre garoto. Ele mal come, quase não se aquece, sofre horrores e, em sua carta, faz promessas de futuro, se puder receber um pouco de carinho, para amenizar seus dias terríveis. É o seu desejo de Natal, tão comovente, ideal para iniciarmos as reflexões desse último mês do ano. Um texto no qual não há "humoresque", sua marca registrada, mas sim a brilhante característica de trazer o plano espiritual para o plano da vida cotidiana, uma marca do inimitável mundo tchekhoviano. Tchekhov foi médico, dramaturgo, novelista e contista, representante do Realismo Russo. Seus protagonistas são pessoas comuns, normalmente pobres, vivendo situações cotidianas. Ele abordava a condição humana e as relações sociais, escrevendo sobre uma sociedade apodrecida, com: hipocrisia, corrupção, esterilidade, lisonja, prepotência, sabujice, entre outros. "Olhai para as criancinhas”, é o que ele grita, nas entrelinhas dessa narrativa. Boa leitura!


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Dec 01, 202341:33
Luís Gama - Quem sou eu? (poema)

Luís Gama - Quem sou eu? (poema)

“Quem sou eu?” é uma das poesias mais famosas de Luiz da Gama (1830-1882), no livro Primeiras Trovas Burlescas de Getulino (1859), que contém 40 poemas. Entre parênteses vem: “à Bodarrada”, o que remete à comparação com o bode, mas conclui naturalmente que há bodes de todas as cores, brancos, pretos, cinzas, ricos e pobres. Getulino foi um de seus pseudônimos, junto com Afro e Barrabaz. O poema é uma resposta ao preconceito de cor da sociedade brasileira. “Quem sou eu?” tem 138 versos, é todo em redondilha maior e foi escrito em resposta ao apelido que os intelectuais da época tentaram lhe impor. Bode era termo usado de forma depreciativa para designar os negros mais claros. Luiz da Gama fez uma total diferença na vida de centenas de negros, uma vez que estudou as leis e por eles agia como advogado. Impedido de cursar o curso regular de Direito, por ser preto, fora proclamado "rábula", advogado sem formação especial. E assim foi voz e libertou mais de quinhentos escravos. Ele entrou pra história como o primeiro advogado preto, no século XIX e foi pioneiro na imprensa paulista. Boa leitura!


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Nov 24, 202341:18
Cruz e Souza - Broquéis Parte 2 (poesia)

Cruz e Souza - Broquéis Parte 2 (poesia)

Broqueis (1893) é um livro de poemas de Cruz e Souza (1861-1898) que, com o volume de prosa lírica Missal, são considerados um marco da estética simbolista na poesia brasileira. Neste episódio, trazemos a segunda metade do livro. São 27 poemas, dos 54 que compõem Broquéis. Completamos o livro, com: "Deusa Serena", "Tulipa real", "Apparição", "Vesperal", "Dança do ventre", "Foederis Arca", "Tuberculosa", "Flor do mar", "Dilacerações", "Regenerada", "Sentimentos Carnaes", "Crystaes", "Symphonias do Occaso", "Rebellado", "Musica Mysteriosa", "Serpente de Cabellos", "Post Mortem", "Alda", "Acrobata da dor", "Angelus…", "Lembranças apagadas", "Supremo Desejo", "Sonata", "Magestade Cahida", "Incensos", "Luz dolorosa…", e "Tortura eterna”. Cruz e Souza é um dos precursores da literatura afro-brasileira e renovou a expressão poética em língua portuguesa no século XIX. Seus versos apresentam uma obsessão pela brancura, uma espécie de pureza idealizada. Catarinense, nasceu e cresceu num meio extremamente hostil ao preto, em província do sul do país para onde se dirigiram levas de imigrantes europeus brancos. Seu trabalho literário é inovador e fortemente contrário ao discurso conservador da época.


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Nov 17, 202355:12
Clara dos Anjos de Lima Barreto

Clara dos Anjos de Lima Barreto

“Clara dos Anjos” (1920) é o conto homônimo ao romance clássico de Lima Barreto (1881-1922). O conto que deu o embrião a esse emblemático romance que denuncia não só a condição de inferioridade pela cor de pele, como pela condição de ser mulher, no início no século passado. No conto, o plot de Clara é o mesmo. Mulata apaixonada e ingênua, moradora do subúrbio do Rio de Janeiro, que é seduzida por um malandro, o tipo “vagabundo doméstico”, mas trovador. A partir da sua “modinha”, Julio Costa (no conto) e Cassi Jones (no romance), vai seduzindo a moça, até roubar o que lhe era mais precioso, a partir do namoro na janela. Clara tem a pele pigmentada, mas é o sinônimo em si mesmo de brancura, criada meticulosamente pelos pais, mais bem educada e escolarizada que o rapaz torpe. Além de tudo, é “dos Anjos”, duplamente, no sentido etimológico, um ser (que vai buscar ser) branco. Mas a ela é reservado o pior destino. Lima Barreto transpõe para a personagem o sofrimento de cor que ele mesmo sentia. O autor morreu em 1º de novembro de 1922, dias após ter apresentado o primeiro capítulo de Clara dos Anjos - cuja escritura iniciou em 1904, na época ainda denominado “O Carteiro”, centrado no personagem do pai da mulata Clara. O romance inteiro sairia apenas em 1948. Boa leitura!


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Nov 10, 202347:07
Castro Alves - Confidência (poema)

Castro Alves - Confidência (poema)

“Confidência” (1865) é uma poesia de 108 versos de Castro Alves (1847-1871) que está no livro Os Escravos (1883), publicado postumamente. Foi escrito no mesmo ano de “O século”, que já foi episódio do LdO, contudo “Confidência” já contem a mesma estrutura poética que “Vozes D’África” (1868), publicado três anos depois: dois versos decassílabos (AA) , um verso hexassílabo(B), dois versos decassílabos (CC), mais um verso hexassílabo (B). Testada a estrutura, eles só diferem no número de estrofes: “Confidência" tem 18 e “Vozes D’África”, 19 estrofes, chegando a 114 versos. Em “Confidência”, o eu-lírico interlocuta com Maria. Enquanto ela enxerga que na alma tem amor e nos vergéis há flores, o narrador estabelece um paradoxo, referindo-se ao negro abutre que esvoaça, ao eco do grito que soluça e questiona: “Liberdade, quando enfim hás de vir?” O poema já ensaia suas críticas à Igreja: “amolando nas páginas da Bíblia o cutelo do algoz”, o que é potencializado nos poemas que viriam depois. Boa leitura!


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Nov 03, 202333:53
Demônios - Aluísio Azevedo (conto)

Demônios - Aluísio Azevedo (conto)

“Demônios" (1891) é o conto fantástico de 12 capítulos, precursor da ficção científica brasileira, de Aluísio Azevedo (1857-1913). O enredo é narrado por um escritor, em 1ª pessoa, acometido pela escuridão, silêncio e morte. Era noite, quando o escritor trabalhava, descansava e se preparava para receber "Sua-Alteza, o Sol”, mas eis que o espaço é tomado por um cataclismo, com vidas apagadas por um mesmo sopro, um acontecimento insólito nascido durante uma “febre de concepção, entre as doidas fantasias de poeta, ideias como um bando de demônios”, e espanta-se horrorosamente, ao acordar dessa vertigem produtiva. A partir desse momento, o foco de vida do escritor-narrador é reencontrar Laura, sua amada. O plote leva ao amor, mas não se trata de um conto puramente romântico. Outrossim, temos em "Demônios" um hibridismo de discurso, onde convivem o Romantismo, o Fantástico, e o Realismo/Naturalismo. Há ainda o efeito En Abîme, quando o narrador inominado permite encaixar a escrita dentro de sua vivência insólita, algo que só será clareado ao leitor, no desfecho da história. Boa leitura!


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Oct 27, 202301:42:52
O Corvo - Edgar Allan Poe (tradução de Machado de Assis)

O Corvo - Edgar Allan Poe (tradução de Machado de Assis)

“O corvo” (1845) é o poema narrativo do escritor estadunidense Edgar Allan Poe (1809-1849). Nós lançamos esse episódio em agosto de 2020, na aclamada tradução de Fernando Pessoa, publicada em 1924. Mas a primeira vez que o poema foi traduzido para a língua portuguesa foi por Machado de Assis, em 1883. E é justamente essa versão que publicamos hoje, no relançamento do texto. Nas Notas de Rodapé, você poderá acompanhar o que cada um dos três gênios da literatura mundial versaram sobre a temática desse amor perdido por Lenora, a partir da interlocução com o animal sinistro e trevoso. Corvo é a ave do mau agouro, que contudo vai pousar no busto de Palas Atenas, deusa da sabedoria, da inteligência, da guerra e da justiça, para os gregos. O corvo é tratado pelo estudante enlutado como um "profeta", que diz a ele única resposta: “Nunca mais”. Publicado pela primeira vez em 29 de janeiro de 1845, no semanário New York Evening Mirror, Poe compôs o poema com 108 versos, encharcado de musicalidade, linguagem estilizada e atmosfera sobrenatural. Cada tradução trata essa métrica com a beleza que sua língua pede. Debatemos também as revelações que Poe fez em 1846, no ensaio“A Filosofia da composição”. Boa leitura!


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Oct 20, 202344:39
Guy de Maupassant - A Morta (conto)

Guy de Maupassant - A Morta (conto)

“A morta” (1887) é um conto clássico de terror do escritor francês Guy de Maupassant (1850-1893). Na história, equilibra-se a presença de mortos-vivos com um devaneio fantástico, do jovem apaixonado e viúvo, que é o narrador-personagem. O conto breve, que encurta o medo, entrega ao leitor a maestria de interpretar do que se trata? A história desenrola-se a partir de uma noite chuvosa que vitimou aquela que ele “Amou, foi amada e morreu”, e problematiza-se numa visita ao cemitério, quando o jovem decide “passar a noite junto dela”. No texto, emerge temas caros ao Realismo psicológico francês, como a dor da passagem do tempo, a desilusão, a hipocrisia; e é marcado pela repetição de alguns vocábulos: morta, enterrada, túmulos, que noite! O que reitera o toque de devaneio do narrador, contudo, a narrativa apropria-se de um acontecimento insólito que culmina mais uma vez na corrente Realista, que apregoava o fim das idealizações, trazendo à tona retratos de adultério, miséria e fracasso social e hipocrisias da burguesia. Maupassant fez mais de 300 histórias curtas, além de ter produzido seis romances, peças de teatro, poesias e crônicas. Ele era o discípulo dileto de Gustave Flaubert (primo de sua mãe) estimulando-o para o amor à arte e os princípios estéticos do Realismo. Boa leitura!


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Oct 13, 202332:53
Ambrose Bierce - O habitante de Carcosa (conto)

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“O habitante de Carcosa” (1886) é um conto do escritor norte-americano Ambrose Bierce (1842-1914) que leva a refletir sobre a morte, conforme já anuncia uma espécie de prólogo no conto, atribuído a Hali, falando que às vezes, o corpo se mantém vivo, entanto o espírito morre. Tudo começa quando um homem acorda e passa a observar ao seu redor a planície com ervas altas e murchas, e ele então se sente o descobridor do cemitério de uma raça secular de homens. Lembra-se que estava “doente" e preocupa-se com o que possa acontecer com ele naquele lugar negligenciado. O foco de atenção do homem, que é o narrador-personagem, é a cidade de Carcosa, que por sua vez, é local fictício inventado por Ambrose Bierce e que futuramente, foi utilizada em ficções de outros escritores. Nove anos depois, Carcosa foi espaço para os contos de mistério e terror, do escritor também americano Robert W. Chambers, no livro ”O Rei de Amarelo” (1895). Foi essa obra que Howard Philips Lovecraft leu em 1927 e tornou Carcosa um dos elementos dos Mitos de Cthulhu. Boa leitura!


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Oct 06, 202344:11
Anton Tchekhov - História Alegre (conto)

Anton Tchekhov - História Alegre (conto)

“História Alegre” é um conto de envolvente e instigante do escritor russo Anton Pavlovitch Tchekhov (1860-1904). De um ato natural do namoro entre jovens, engolfados pela velocidade do vento, surge um enigma entre o frio e o quente, diante das palavras: “Amo-a, Nadia”. Tchekhov cria um narrador personagem que perscruta o sentimento entre o jovem casal. É uma história muito divertida, motivada a passeios de trenó no inverno russo, nevoento. Seria o vento a confessar seu amor? O "humoresque" traz o plano espiritual para o plano da vida cotidiana, uma marca do inimitável mundo tchekhoviano. Tchekhov foi médico, dramaturgo, novelista e contista, representante do Realismo Russo e afirmava: “A medicina é minha legítima esposa; a literatura, minha amante”. Anton Tchekhov é o mestre do conto moderno, ele fez 574 contos, em 44 anos de vida. Seus protagonistas são pessoas comuns, normalmente pobres, vivendo situações cotidianas. Nesse conto, se sobressai a lisonja. Ele abordava a condição humana e as relações sociais, escrevendo sobre uma sociedade apodrecida, com: hipocrisia, corrupção, esterilidade, lisonja, prepotência, sabujice, entre outros. Boa leitura!


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Sep 29, 202336:30
Machado de Assis - A Cartomante (reedição)

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Sep 22, 202346:29
Júlia Lopes de Almeida - A Água (conto)

Júlia Lopes de Almeida - A Água (conto)

“A água” é uma crônica de Júlia Lopes de Almeida (1862-1934) que está no Livro das Donas e Donzelas (1906), no qual ela ensaia sobre esse elemento primordial à toda forma de vida. Júlia traz uma explanação histórica diferenciada sobre as ruínas de Pompeia, baseada em visita da narradora, que parece ser a própria escritora. Historiadores apontam que a região de Pompeia começou a ser habitada por volta da Idade do Bronze (entre 3.000 e 1.200 a.C.), localizada aos pés do Monte Vesúvio, nas proximidades da atual cidade de Nápoles, em uma região da Itália conhecida como Campânia. Em 24 de outubro de 79 d.c. ocorreu a erupção do vulcão partenopeu que deixou a cidade sob as cinzas por centenas de anos, até a descoberta do sítio arqueológico, no século XVI e as escavações, no séc. XVIII. O diferencial do texto de Júlia é revelar e descrever termas e sistemas de tubulação de água, aos seus próprios olhos. Em 1997, Pompeia foi declarada Patrimônio da Humanidade, pela UNESCO, e é a cidade mais bem conservada do Império Romano. Todos os textos de Livro das Donas e Donzelas são protagonizados por mulheres, trazendo ideias feministas e ecológicas. Sua obra teve bastante influências do realismo e naturalismo francês. Boa leitura!


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Sep 15, 202329:57
Machado de Assis - Elogio da Vaidade (conto)

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“Elogio da Vaidade” (1878) é um conto de Machado de Assis (1839-1908) no qual o personagem é ninguém menos que um traço da personalidade humana: “A Vaidade”. Através de um ensaio em seis partes, sem papas na língua, ela se faz narradora para tecer elogios a si mesma, à medida em que traz à tona verdades um tanto desconfortáveis. Foi isso que causou alvoroço quando O Cruzeiro publicou, em 1878, num momento em que a literatura mantinha forte características do Romantismo, mas Machado já alçava voos no Realismo, como faz, claramente, nesse conto. A certa feita, a voz da Vaidade afirma que todos os homens são vaidosos e mal-intencionados e que a Modéstia, é uma espécie de “narcótico”. Assim, vai mostrando sinceramente a sua personalidade, versus a Modéstia, que fica todo o tempo de cabeça baixa, enquanto escuta a voz da Vaidade. Dessa feita, temos uma crítica social com ironia, humor ácido e até um pouco de pessimismo, enquanto Machado vai encharcando o texto com elementos Literários, Artísticos e Míticos: Páris, Tersites, Pança, Quixote, o Poeta, Píndaro, Trissotin, Medéia, Temístocles, Tartufo, Órgon, Dorina, Virginia e Locusta. Esse é o 12º episódio do Bruxo do Cosme Velho no Leitura de Ouvido. Boa leitura!


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Sep 08, 202336:20
H.P. Lovecraft - A Música de Erich Zann (conto)

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Sep 01, 202339:21
Conto Folclórico - O Bicho Manjaléu de Sílvio Romero

Conto Folclórico - O Bicho Manjaléu de Sílvio Romero

“O bicho Manjaléu” é um conto popular do folclore brasileiro e neste episódio, trazemos a versão de Sergipe, coletada por Silvio Romero (1851-1914). É um texto que remonta ao tempo dos reis e castelos, príncipes e princesas, citando expressamente a Rainha de Castela, que em vida foi também conhecida como Isabel, a Católica (1451-1504) e que tinha como projeto de vida a unificação da Península Ibérica, mas morreu sem conseguir seu intento. No conto, entretanto, outra faceta da rainha feita personagem é revelada. E pelo tempo de sua existência é possível estimar que o conto popular tenha iniciado no Brasil no século XV, logo no início da colonização. O bicho manjaléu que dá título ao conto também é conhecido como o bicho-papão ou bicho do mato. O texto evoca uma sequência de símbolos, em especial uma bota, uma carapuça e uma chave, que vão permitir ao herói fazer todas as viagens, até se deparar com o bicho. Ao coletar e tornar conhecida essa história popular, Silvio Romero traz uma contribuir!ao para a historiografia literária brasileira. (…) o apaixonado labor histórico e crítico de Silvio que, durante mais de quarenta anos de publicações, vincou profundamente a cultura realista e nos deu bases sólidas para construir uma história literária entendida como expressão das raças, das classes e das vicissitudes do povo brasileiro” (BOSI, 2006, p.249). Boa leitura!


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Aug 25, 202336:08
Cruz e Souza - Broquéis (poesia)

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Broquéis (1893) é um livro de poemas de Cruz e Souza (1861-1898) que, com o volume de prosa lírica Missal, são considerados um marco da estética simbolista na poesia brasileira. Neste episódio, trazemos 27 poemas, dos 54 que compõem Broquéis, apresentando a você exatamente a primeira metade deste livro emblemático simbolista, incluindo a epígrafe de Baudelaire, em francês, a quem o autor tanto se inspirava e lia. Ouça: “Antíphona", “Siderações”, “Lésbica”, “Mumia”, "Em sonhos…”, “Lubricidade”, “Monja”, "Christo de Bronze”, “Clamando…”, “Braços”, "Regina Coeli”, "Sonho Branco”, "Canção da Formosura”, "Torre de Ouro”, "Carnal e Mystico”, "A dor”, “Encarnação”, “Sonhador”, "Noiva da Agonia”, “Lua”, “Satan", "Belleza Morta", “Afra", "Primeira Communhão”, “Judia", "Velhas tristezas" e "Visão da morte”. Entre os episódios futuros de nosso podcast, faremos a Parte 2 do livro, com os demais 27 poemas. Cruz e Souza é um dos precursores da literatura afro-brasileira e renovou a expressão poética em língua portuguesa no século XIX. Seus versos apresentam uma obsessão pela brancura, uma espécie de pureza idealizada. Catarinense, nasceu e cresceu num meio extremamente hostil ao preto, em província do sul do país para onde se dirigiram levas de imigrantes europeus brancos. Seu trabalho literário é inovador e fortemente contrário ao discurso conservador da época.


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Aug 18, 202343:54
Charlotte Perkins Gilman - O Papel de Parede Amarelo (conto)

Charlotte Perkins Gilman - O Papel de Parede Amarelo (conto)

“O papel de parede amarelo” é o conto mais famoso de Charlotte Perkins Gilman (1860-1935), narrativa semi-biográfica, escrito por ela após severa psicose pós-parto de sua Katharine Beecher Stetson. "The Yellow Wall-Paper” saiu na The New England Magazine em janeiro de 1892 e, em formato de livro, em 1899. O conto é narrado pela mulher enquanto escreve e, no manuscrito escondido, revela o que sente e o que pensa, aliviando-se e esforçando-se. A personagem admite sofrer problemas nervosos e que sua condição lhe causa cansaço para se controlar. A narrativa acontece numa casa alugada para o verão, com lindo jardim e hilariantes flores, árvores de troncos rugosos e adorável vista. Para melhor repousar, ela fica no maior quarto, o de cima, que está com um extraordinário papel de parede amarelo que começa a lhe causar devaneios e a intrigar. Seu bebê é cuidado por Mary, com quem ela não consegue ficar, apesar de ser um bebê maravilhoso, mas que a põe ainda mais nervosa. Para o marido John, que é médico, doentes de nervos não podem se entregar a fantasias. Mas a cada dia, ela implica ainda mais com o papel de parede daquela casa de aluguel barato, por três meses. Exercendo sobre ela terrível influência. Boa leitura!


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Aug 11, 202301:09:09
Mário de Andrade - Vestida de Preto (conto)

Mário de Andrade - Vestida de Preto (conto)

“Vestida de preto” é um conto memorialista de Mário de Andrade (1893-1945) sobre o amor entre os primos, Juca e Maria, desde os cinco anos de idade. O texto aparece pela primeira vez no livro póstumo Contos Novos, de 1947, revelando um ápice de maturidade do autor modernista. Na narrativa divertida há uma mensagem profunda que pede atenção à primeira infância, ao quanto as memórias dos mil dias são importantes, o que vivemos até os cinco anos, aos nove, até a adolescência. Em alguma medida, cada vivência pode refletir no que vai definir uma pessoa para toda a vida. Interessante que nesse texto moderno, Mário não só questiona a classificação narrativa através de: "não sei bem se o que vou contar é conto ou não, sei que é verdade” como cita a si mesmo em determinado momento, na narrativa feita por Juca. Repleto de acasos da vida cotidiana, a narrativa provoca um mergulho na realidade psíquica e social do ser humano, investiga a vida interior da personagem, embasando-se na teoria psicanalítica de Freud (1856-1939), que, à sua época, o mundo respirava com frescor. Boa leitura!


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Aug 04, 202347:02
Leon Tolstói - O Custo de Justiça (conto)

Leon Tolstói - O Custo de Justiça (conto)

“O custo de justiça” é um conto satírico de Leon Tolstói (1828-1910) que vem para provar que o criador de grandes sinfonias literárias, como Guerra e Paz (1869) e Ana Karerina (1877) também pode compor solos e peças curtas. Traz a história de um pequenino reino, às margens do Mediterrâneo entre a França e a Itália, onde não havia violência, até o dia em que um único homem comete um crime de morte. A partir deste instante, o rei se vê obrigado a agir e convoca um conselho para resolver a sentença do homem. A sátira de Tolstói levanta o debate, sem rodeios, sobre pena de morte e sobre o custo para manter um prisioneiro, ao mesmo tempo em que parodia a realidade de qualquer país, diante daqueles que agem fora da lei. Tolstói foi um dos maiores representantes do Realismo Russo, mas foi um homem que questionava a arte. “Nosso ofício é horrível. Escrever corrompe a alma”. Em seu tempo, Tolstói era conhecido principalmente como filósofo e pelos escritos políticos que lhe angariaram grande número de seguidores na Rússia. Acreditava em uma vida simples de trabalho em busca do necessário, sem bens materiais. Escreveu longos trabalhos sobre seus pontos de vista anticapitalistas, a reforma religiosa e o caminho do protesto pela não violência. Seus conceitos de não violência e pacifismo influenciaram Mahatma Gandhi, que chegou a se corresponder com o escritor em busca de conselhos. Boa leitura!


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Jul 28, 202338:05
Maria Firmina dos Reis - Cantos à Beira-mar

Maria Firmina dos Reis - Cantos à Beira-mar

Cantos à Beira-mar é formado por 56 poemas e neste episódio, vamos trazer mais 18, desse livro de Maria Firmina dos Reis (1822-1917). Vamos chamar esse ep. de Parte 2, a considerar que já produzimos 12 poemas deste livro. Hoje você contemplará: a “Dedicatória”, seguido pelos poemas: "Uma lágrima”, “Dirceu”, "O meu segredo”, "Sonho ou visão?”, “Vai-te!”, "Por ocasião da tomada de Villeta e ocupação de Assunção”, “Melancolia”, "No álbum de uma amiga”, "Seu nome”, "Meus amores”, “Esquece-a”, “Confissão”, “Poesia”, "À recepção dos voluntários de Guimarães”, “Poesias”, “Poesia” e “Te-Deum". Contemplar é um excelente termo, já que suas poesias têm um toque meditativo sobre tudo, somados à escolha de trilhas e timbres que fizemos, proporciona uma “contemplação meditativa”. Maria Firmina dedicou esses cantos à sua saudosa mãe Leonor Felippa dos Reis, escrava alforriada de quem ficou órfã aos 5 anos, sendo a autora criada por uma tia materna, que lhe oportunizou o contato precoce com a literatura. Ela viveu por 95 anos e publicou poesias, ensaios, histórias e quebra-cabeças em jornais e revistas locais e também canções abolicionistas, pois foi folclorista e compositora. Boa leitura!


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Jul 21, 202357:59
Oscar Wilde - O Rouxinol e a Rosa (conto)

Oscar Wilde - O Rouxinol e a Rosa (conto)

“O rouxinol e a rosa” (1888) é um conto de fadas de Oscar Wilde (1854-1900), com toques de fábula, é bem verdade, já que o rouxinol usa de sua eloquência, não só para encantadoramente cantar, mas para falar e argumentar, faz de tudo para conseguir uma rosa vermelha a ser doada para o estudante, verdadeiramente apaixonado por uma moça. Ocorre que a moça é um pouco interesseira. O fato conflituoso é ser inverno, quando não se tem qualquer rosa vermelha pelos jardins. Isso, até que a Rosa e o Rouxinol traçam um plano fantástico. O conto é curto e encantador e culmina num sacrifício de amor. “Só te peço que seja sempre verdadeiro amante, porque o amor é mais sábio que a filosofia”, pediu o Rouxinol ao estudante. Ao estilo de Oscar Wilde, no texto não poderia deixar de ter críticas sociais e ao comportamento humano. Nesse, há uma crítica direta aos artistas, com um toque de sátira. Mas seu espinho mais potente é voltado ao egoísmo humano, diante do altruísmo. O escritor e poeta britânico é um dos principais proponentes do Esteticismo, também conhecido como Dandismo, movimento literário que valoriza a beleza em detrimento de outros valores. Ele promoveu a renovação da dramaturgia irlandesa. Boa leitura!


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Jul 14, 202339:26
H. P. Lovecraft - A Cor Que Caiu do Céu (conto)

H. P. Lovecraft - A Cor Que Caiu do Céu (conto)

“A cor que caiu do céu” (1927) é uma história tenebrosa de H.P.Lovecraft (1890-1837) com sobrenatural, suspense e horror. O conto nos apresenta o universo de Arkham, Massachusetts, mais precisamente, para as florestas deformadas e estradas do entorno do que foi a propriedade de Nahum Gardner, um homem de meia idade que morava com pacificidade numa granja próspera, com a esposa e os três filhos, até o momento em que um insólito meteoro caiu ao lado de seu poço. O texto é narrado por um terceiro personagem, baseada na história contada pelo melhor amigo de Nahum, Ammi Pierce, mais de quarenta e quatro anos após o ocorrido, quando a lendária charneca crestada está para ser inundada por um imenso reservatório, que transformará tudo em lago, para ficar sob a égide dos arcanos do velho mar e da terra primeva. A narrativa perniciosa cria uma tensão crescente e é rica em detalhamento para a fauna, a flora, os termos comportamentais e, especialmente, os psicológicos. Lovecraft é o fundador da ficção moderna de horror. É um grande influenciador da cultura popular, do cinema, da música, da televisão. Boa leitura!


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Jul 07, 202301:55:08
Rubén Darío - A Larva (conto e poesia)

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"A larva” é um conto de 1910 de Rubén Darío do livro Cuentos fantásticos. É uma história de uma aventura noturna do adolescente de 15 anos, Isaac Codomano, narrado em primeira pessoa por uma terceira pessoa, amigo seu de outrora. O sonho de Isaac era sair para uma noite de serenatas e, de forma meticulosa, arma a sua fuga notívaga da tia-avó com quem morava numa cidade de um país latino-americano semelhante às cidades provincianas espanholas, nas quais se dorme cedo e as ruas logo ficam desertas. Além da crescente narrativa aventureira, o conto encaminha-se para o sobrenatural, pois na cidade praticava-se a feitiçaria, acreditava-se em bruxas, espíritos e influências de outro mundo, mas o próprio Isaac se depara com o insólito, quando se afasta do grupo de jovens cantores, em busca de uma aventura amorosa. Pela primeira vez na história do Leitura de Ouvido, trazemos os dois gêneros num só episódio. Antes desse conto, abrem nossas linhas sonoras três poesias de Rubén Darío: “Alma minha”, “O fatal” e “O amado nervo”.

Rubén Darío foi um jornalista, diplomata, escritor e poeta nicaraguense iniciador e representante máximo do Modernismo literário de língua espanhola. É possivelmente o poeta que tem a maior e mais duradoura influência na poesia do século XX, no âmbito hispânico.


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Jun 30, 202348:43
Augusto dos Anjos - As Cismas do Destino (poema)

Augusto dos Anjos - As Cismas do Destino (poema)

“As cismas do destino” (1908) é uma narrativa dramática, em forma de poesia, de Augusto dos Anjos (1884-1914). O poema tem 105 quadras em decassílabos: totalizando 420 versos e é dividido em quatro capítulos nos quais se faz de um monólogo, do eu lírico, que sai para uma caminhada noturna pelas ruas de Recife, mais precisamente, da Ponte Buarque de Macedo à Casa do Agra, numa noite do início do século XX. Ele se depara com a decadência da vida urbana, com seres notívagos: ladrões, prostitutas, bêbados, mas também com seres mais fantasiosos, como esqueletos, duendes e trasgos (aparições/espíritos), sendo o mais aterrorizante “seu próprio destino”. Essa ponte está sobre o Rio Capibaribe no encontro com o Beberibe, e é uma das mais extensas do centro da capital de Pernambuco, que é ainda banhada pelo rio Tejipió. O poeta paraibano Augusto dos Anjos (1884-1914) tinha apenas 24 anos quando escreveu, ou melhor dizendo, para usar o termo que ele insiste em colocar em seus versos "perscrutou" a decadência da vida urbana noturna. Ele costuma entrar para os livros escolares com o famoso verso: “Eu, filho do carbono e do amoníaco”, de "Psicologia de um vencido”. É tido ora como parnasiano, ora como simbolista, convencionou-se acomodá-lo como Pré-Modernista. Boa leitura!


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Jun 23, 202339:38
Florbela Espanca - O Dominó Preto (conto)

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“O dominó preto” [1927 (1982)] é um conto de Florbela Espanca (1894-1930) que se encontra no livro homônimo, preparado pela autora com seis contos, mas publicado postumamente mais de 50 anos depois. Narra a quase década de um amor incondicional do pobre Joaquim pela bela Maria, separados um tanto por sua condição social, outro por sua índole - ou pela necessidade de uma personagem libertada do patriarcalismo, já que Florbela foi a primeira feminista de Portugal e, nesse livro, descreveu mulheres à frente do seu tempo. O fato é que, em “O dominó preto”, Joaquim, por sua bela amada, passa fome e frio, faz um esforço para se alfabetizar, para guardar dinheiro e até entra em sociedade na casa de vendas na qual trabalhava, de onde espiava a rapariga, todas as vezes que ela ia lá comprar. Maria, por sua vez, costurava para o teatro e, na visão do povo, “passava a vida a desgraçar os homens”. A sociedade tenta alertar Joaquim quanto a má sorte deste amor, mas ele segue firme na ilusão e vive o escárnio e o engano, de um encontro prometido no banco da avenida, embaixo da acácia. Como é terça-feira de Carnaval, ela pede a ele para ir vestindo um dominó preto como fantasia, com um lenço azul no ombro. Boa leitura!


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Jun 16, 202351:33
Alexarder Pushkin - A Tempestade de Neve (conto)

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“A tempestade de neve” é um conto de Alexander Pushkin (1799-1837) que desenrola drama e romance, fazendo-se valer do evento de proporções épicas na história europeia, a Grande Guerra Patriótica de 1812. Narrado pelo autor fictício criado por ele, Belkin, traz a história da jovem Maria Gravlovna, leitora de novelas francesas que estava totalmente enamorada por Vladimiro. O casal arma uma fuga com a intenção de um casamento secreto, mas na noite do intento, cai uma terrível tempestade de neve que, naturalmente, culmina numa mudança de planos e de destinos. No desenrolar da narrativa, Pushkin envolve os "tempos de glória” vividos pelo exército russo, ao obterem a vitória sobre o Grande Armée, exército de Napoleão Bonaparte composto por 610 mil homens e 1420 canhões. Foi esse momento na história da humanidade que se reorganizou

- diante do colapso de Estados e civilizações e diversos pôres-do-sol sangrentos - reconfigurando a política europeia, uma vez que enfraqueceu dramaticamente a hegemonia francesa na Europa. A reputação de Napoleão como um gênio militar invencível foi severamente abalada. Burmin, o coronel de hussardos que aparece no desenrolar de “A nevasca" foi um dos feridos, no lado russo. A campanha teve fim em 14 de dezembro de 1812. Mas o conto avançada adiante desfecha quatro anos depois. Boa leitura!


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Jun 09, 202356:47
Bernardo Guimarães - O Sabiá (poesia)

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“O sabiá” é uma poesia de Inspirações da Tarde (1858), de Bernardo Guimarães (1825-1884), o romancista brasileiro oitocentista, famoso por “A escrava Isaura” e “O Seminarista”. Nos versos, o "eu lírico" chama o sabiá de cantor da tarde e abre com uma epígrafe do escritor e diplomata francês Chateaubriand (1768-1848), para quem o pássaro, com sua voz, abençoa continuamente as maravilhas do Criador. Ele descreve a beleza e tentar compreender quem inspira o sabiá a ser essa ave encantadora. O termo sabiá deriva da língua tupi e significa “aquele que reza muito” e é em alusão ao rico repertório vocal destes pássaros. Morfologicamente falando, o canto de sabiá tem um propósito bem claro: demarcar o território e atrair a atenção das fêmeas.

Bernardo Guimarães pertence à primeira geração romântica, quando se procurava encontrar essa “cor local”, tornando a literatura brasileira independente. Por isso, seus escritos têm por característica o exagero sentimental e a valorização de paisagens e costumes do interior do Brasil. Ele se destacou como o iniciador do romance sertanejo ou regionalista. Seus romances, na maioria, têm como cenário as paisagens e costumes dos Estados de Minas Gerais e Goiás. Boa leitura!


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Jun 02, 202319:42
Leandro Gomes de Barros - A Filha do Pescador (cordel)

Leandro Gomes de Barros - A Filha do Pescador (cordel)

“A filha do pescador” é um poema em literatura de cordel, do escritor nordestino Leandro Gomes de Barros (1865-1918). O enredo se passa na Palestina, onde o pescador Amon encontra, num dia de tormenta, um berço com uma menina bebê, correndo pelas águas. Salva-a do mau tempo e de um lobo, leva-a para sua cabana e cria a bebê, com sua mulher Agarina, alimentando-a com leite de cabra, por três anos e meio. Chamaram a bebê de Argentina, por ter a cor muito alva. Amon e Agarina foram seus padrinhos de batismo, criando-a como pai e mãe. A menina recebe a proteção do sultão da Palestina e com sua inteligência avançada aprende tudo muito rápido. Até que um dia, o destino vai revelar, em trama épica, o passado da menina enquanto demonstra sua sagacidade e coragem, para salvar aqueles para quem sente amor. O fato é despertado por um sinal em seu corpo, uma rosa, igual a da família real. Ela jurou a Amon morrer honrada e assim vai sucedendo. E salva quem o salvou. Seu poema é construído com métricas e rimas AB AB e respectivas, do começo ao fim, o que demonstra a alta qualidade literária de Leandro Gomes de Barros. São 40 minutos de audio-drama, no qual se é fisgado pelo desenrolar acelerado da história. Lemos direto do livreto de cordel, que contêm 42 páginas e pode ser encontrado em preto e branco, na íntegra, em domínio público. Leandro Gomes de Barros foi um poeta com visão empreendedora, na confecção e distribuição desses folhetos, o que foi decisivo para o desenvolvimento do gênero da literatura brasileira. Boa leitura!


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May 26, 202301:05:14
Lima Barreto - O Homem que Sabia Javanês (reedição)

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“O Homem que sabia javanês” é um dos contos mais magistrais da literatura brasileira escrito por Lima Barreto (1881-1922) e publicado na Gazeta da Tarde do Rio de Janeiro, no dia 20 de abril de 1911. Foi o 11º Episódio do Leitura de Ouvido, lá no comecinho de nossa história, quando ainda não tínhamos notas de rodapé. Por isso, resolvemos revisitar essa trajetória e, no mês de aniversário de Lima, ele nasceu há 142 anos, no marco de 13 de maio. E claro, fizemos os devidos debates sobre esse texto que faz uso de dois gêneros: o contador de histórias e o picaresco. É uma descontraída conversa entre dois amigos num bar, Castelo, o pícaro; e Castro, que o escuta enquanto compartilham uma cervejinha. O pícaro é qualificado como uma personagem de condição social humilde, sem ocupação certa, vivendo de expedientes, a maioria dos quais escuso. Ele é o anti-herói por excelência e, assim, é dotado de uma filosofia de vida assaz particular: é materialista, primitivo, desleal, manifestando inclinação para a fraude e a vadiagem. Castelo é tudo isso e muito mais. Lima Barreto morreu há cem anos, quando o Brasil completava o centenário da Independência e seu texto segue muito atual. Boa leitura!


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May 19, 202338:36