Mais História, por favor!

A professora Célia da Graça Arribas, do Departamento de Ciências Sociais da Universidade Federal de Juiz de Fora, estuda o espiritismo. Autora do livro Afinal, espiritismo é religião?: A doutrina espírita na formação da diversidade religiosa brasileira (editora Alameda/FAPESP, 2010) e da tese No princípio era o verbo: espíritas e espiritismos na modernidade religiosa brasileira (Programa de Pós-Graduação de Sociologia da USP, 2014). Tem se dedicado a , temas tratados no episódio. A professora Beatriz Weber, do Departamento de História da UFSM, conversou com ela sobre espiritismo, religião e outros temas transversais como gênero e sexualidade.

Na segunda parte desse especial explorando a história da associação entre o rock e o satanismo, os professores João Malaia e Carlos Armani abordam o metal. Do thrash ao black metal, com destaque para a cena do black metal na Noruega, palco de episódios intensos de violência. Esses episódios dos anos 1980 e 1990 foram objeto de vários estudos, documentários e análises e provocam reflexões sobre paradoxos entre cultura jovem e transgressão.

A professora Keila Grinberg, do Departamento de História da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro, coordena o projeto "Passados Presentes: Memória da Escravidão no Brasil" junto de suas colegas Hebe Mattos (da Universidade Federal de Juiz de Fora) e Martha Abreu (da Universidade Federal Fluminense). A Keila é uma das principais pesquisadoras do Brasil sobre a temática. O professor João Malaia, do Departamento de História da UFSM, conversou com ela sobre o projeto e sobre a atuação da professora no campo da história pública.

João Malaia conversa com o professor da UFSM Carlos Armani e sua orientanda Simone Margis e orientando Neandro Thesing sobre história intelectual, história dos conceitos e teoria da história.

Para o presidente da Funarte, Dante Mantovani, o rock ativa a droga que ativa o sexo que ativa a indústria do aborto e alimenta o satanismo. Mas o que o rock tem a ver com isso tudo? O episódio de fevereiro do podcast Mais História, por favor! é o primeiro de uma série de episódios buscando investigar os usos públicos da história, parte do projeto Laboratório de História Pública. Sentaram a mesa para falar sobre rock e satanismo o professor João Malaia, o professor Carlos Henrique Armani e Mauricio Fanfa.

Bibliografia e documentários mencionados:

"Pensamento Europeu Moderno" por Franklin L. Baumer;

"Satanismo: realidades e acusações" por Graham Harvey;

"The Invention of Satanism" por Asbjorn Dyrendal, James R. Lewis e Jesper Petersen;

"Satanism: A Social History" por Massimo Introvigne;

"Season of the Witch: How the Occult Saved Rock and Roll" por Peter Bebergal;

"The Lure of the Dark Side: Satan and Western Demonology in Popular Culture" por Christopher H. Partridge;

"I Am the Black Wizards: Multiplicity, Mysticism and Identity in Black Metal Music and Culture" por Benjamin Hedge Olson;

Para aproveitar o clima de verão e de praias lotadas, o “Mais História, por favor!” de janeiro aborda a pesquisa histórica sobre surfe. Em parceria com o Stadium: grupo de estudos em história do esporte e das práticas lúdicas, o primeiro podcast de 2020 tem como convidado Rafael Fortes, professor da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO) e do corpo permanente do Programa de Pós-Graduação Interdisciplinar em Estudos do Lazer da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

Realizou toda a sua formação na Universidade Federal Fluminense, com graduação em História e Comunicação e mestrado e doutorado em Comunicação. Realizou estágio pós-doutoral no Departamento de História da University of California, San Diego (UCSD), EUA, com bolsa Capes; e no Programa de Pós-Graduação em História Comparada (PPGHC) da UFRJ.

É autor do livro “O surfe nas ondas da mídia: esporte, juventude e cultura” (Rio de Janeiro: Apicuri, 2011) e de vários artigos em revistas científicas. Ficam aqui algumas dicas com publicações sobre história do surfe:

FORTES, Rafael . Surfe, mídia e cultura no Rio de Janeiro (anos 1960 aos anos 1980). REVISTA DO ARQUIVO GERAL DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO , v. 13, p. 535-546, 2017.

FORTES, Rafael . Surfe feminino, indústria do surfwear e promoção da África do Sul: uma análise de A Onda dos Sonhos 2. Licere (Centro de Estudos de Lazer e Recreação. Online) , v. 17, p. 283-311, 2014.

FORTES, Rafael . Making Surf Media in Brazil: Social Agents and the Organization of Surfing in the 1980’s. Journal of Sport History , v. 40, p. 385-392, 2013.

DIAS, C. A. G. ; FORTES, Rafael ; MELO, V. A. . Sobre as ondas: surfe, juventude e cultura no Rio de Janeiro dos anos 1960. Estudos Históricos (Rio de Janeiro) , v. 25, p. 112-128, 2012.

Odilon Caldeira Neto é professor de História Contemporânea do Departamento de História da Universidade Federal de Juiz de Fora (MG). Até setembro de 2019, Odilon realizou estágio pós-doutoral no PPGH/UFSM e bateu um papo com a gente sobre suas pesquisas versam sobre temas como fascismo, neofascismo e a direita radical brasileira. Em sua tese de doutorado defendida pela UFRGS, Odilon fez uma pesquisa sobre a trajetória do político brasileiro Enéas Carneiro. Neste episódio, falamos um pouco sobre as campanhas políticas de Enéas para a presidência do Brasil, além das apropriações contemporâneas de sua imagem.

Publicou em 2014 o livro Sob o signo do sigma: integralismo, neointegralismo e o antissemitismo, pela EdUEM (2014) e organizou recentemente e em conjunto com Gabriela Grecco a coletânea Autoritarismo em foco: política, cultura e controle social, pela Autografia Edupe e pela UAM Adiciones (2019). Além disso, publicou vários artigos em revistas científicas também sobre a temática das direitas no mundo contemporâneo.

Luis Augusto Farinatti é docente de História Contemporânea do Departamento de História e atua também no Programa de Pós-Graduação em História da Universidade Federal de Santa Maria. Realizou seu Mestrado na PUCRS e o Doutorado na Universidade Federal do Rio de Janeiro. Líder do Grupo de Pesquisa “Sociedade e Hierarquias no Brasil Meridional (1750-1930)”.

Farinatti pesquisa a temática da história rural e da história urbana. Autor do livro "Confins Meridionais: famílias de elite e sociedade agrária na fronteira sul do Brasil (1825-1865)" (EdUFSM, 2010).

Neste episódio, Farinatti fala do contexto da fronteira entre o Rio Grande do Sul e Uruguai, abordando a pluralidade de sujeitos na região. A partir de documentos judiciais, contesta a versão de uma região formada apenas por grandes estancieiros e peões livres e mostra a complexidade da sociedade daquela região. Para dar um exemplo dessa complexidade social e da forte presença da escravidão, Farinatti conta a história de João Potro, homem livre e filho de uma índia que foi capturado e preso como se fosse um escravo fugido por parte de um proprietário de terras, Mariano Teixeira. A partir do processo criminal do caso, João Potro ficou preso e precisou provar que ele não era o escravo fugitivo.

Músicas do episódio:

Os Posteiros - Gaudêncio Sete Luas

Chico Science e Nação Zumbi - A cidade

Artigo citado no episódio:

Mais História, por favor conta com a participação da Profa. Dra. Leonice Aparecida de Fatima Alves Pereira Mourad, coordenadora do Programa de Mestrado Profissional em Ensino de História (ProfHistória) e do Departamento de Ciências Sociais da Universidade Federal de Santa Maria. A professora Leonice tem graduação em várias áreas (Direito, História, Ciências Sociais, Geografia, Agricultura Familiar e Sustentabilidade e Serviço Social). Tem mestrado em História e Geografia e doutorado em História, terminando seu dourado em Geografia no final de 2019.

Os temas abordados, Educação do Campo e Trabalho Escravo Contemporâneo, estão dentro daqueles abordados pela pesquisa da Profa. Leonice. Ao longo do programa, ela explica o que é escravidão contemporânea, os diferentes exemplos deste tipo de trabalho no Brasil e suas principais áreas de investigação dentro desta temática. Em um segundo momento, falamos sobre Educação do Campo e suas diversas vertentes, além de exemplos da importância desta área para a formação de educadores que possam atuar em diferentes contextos, para além das escolas urbanas (como as escolas do campo, indígenas e quilombolas).

História, educação e música para sabermos um pouco mais do trabalho realizado na universidade pública brasileira. O podcast é uma produção conjunta do Programa de Pós-Graduação em História (PPGH) e do Programa de Mestrado Profissional em Ensino de História (PROFHISTÓRIA) da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) com o apoio do Núcleo de Rádios da UFSM. A produção e locução do episódio ficou por conta do Prof. João Malaia Santos, professor do Departamento de História, do PPGH e do ProfHistória da UFSM. A gravação do episódio foi realizada no Núcleo de Rádios da UFSM e a edição foi realizada por Jonathan Ferreira.

Os episódios são exibidos quinzenalmente nas duas rádios da UFSM, a Rádio Universidade 800AM e na UniFM 107,9FM, na cidade de Santa Maria e região.

O episódio deste mês traz uma conversa com o Prof. Dr. Adriano Comissoli e seu orientando de mestrado Thiago Vinicius Bonhemberger. Prof. Adriano é professor do Departamento de História e professor e coordenador do Programa de Pós-Graduação em História da Universidade Federal de Santa Maria. Suas pesquisas atuais são sobre impérios ultramarinos da Era Moderna, com ênfase na América portuguesa e na construção do Estado-nação brasileiro. Atualmente desenvolve pesquisa sobre espionagem no rio da Prata, preconizando perspectiva Atlântica.

Neste episódio, foi debatido a historicidade da espionagem  com exemplos que podem vir desde a antiguidade até os tempos contemporâneos. Além disso, tanto o Prof. Adriano, quanto seu orientando Tiago Bonhemberger falaram de suas pesquisas sobre as práticas de espionagem na região Sul do América no período colonial.