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By Luiz Sérgio F. Castro

Informativo Maçônico, Político e Cultural
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Elizabeth Aldworth: A Notável Senhora Maçonaria

Malhete PodcastDec 03, 2023

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Elizabeth Aldworth: A Notável Senhora Maçonaria

Elizabeth Aldworth: A Notável Senhora Maçonaria

A história da Maçonaria é repleta de tradições, rituais e, muitas vezes, uma aura de mistério. No entanto, há um capítulo excepcional que destoa das convenções estabelecidas ao longo dos séculos - a notável figura de Elizabeth Aldworth, conhecida como Lady Freemason ou Senhora Maçonaria. Seu papel pioneiro na Maçonaria, sendo uma mulher inserida

Dec 03, 202303:52
O ABORTO

O ABORTO

O que podemos compreender acerca do aborto? É considerado um crime? Quais são as implicações morais e espirituais decorrentes dessa prática? Quais intuições a Doutrina Espírita nos proporciona para uma compreensão mais profunda?
Aborto é definido como a interrupção da gravidez antes da viabilidade fetal, ou seja, antes do feto ser capaz de uma vida independente fora do útero. Distingue-se de eventos como morte fetal, feticídio, parto prematuro, infanticídio e natimortos. A melhor definição é a eliminação de um ser humano no período entre a fecundação e o nascimento.
O tema do aborto é controverso, abordando desde o direito da mulher sobre seu corpo até os preceitos divinos que protegem a vida indefesa. Torna-se crucial também para políticas públicas, considerando os impactos financeiros. Atualmente, há debates sobre a descriminalização do aborto no Brasil, já legalizado em alguns países. A Igreja e as religiões frequentemente criticam sua legalização, destacando a diferença entre legalidade e moralidade.
É essencial analisar o aborto considerando os membros da família consanguínea, que, segundo instruções dos benfeitores espirituais, têm resgates a serem enfrentados. Impedir o nascimento de uma criança pode dificultar as provações pelas quais o espírito deveria passar.
A problemática filosófica do aborto está fundamentada no estatuto antropológico do embrião.
Desde a fecundação, ocorre a formação de um novo ser humano. A questão é: quando o feto se torna uma pessoa e não apenas uma "pessoa futura" ou "pessoa potencial"? Historicamente, acreditava-se que a alma espiritual se manifestava após 40 dias para homens e 80 dias para mulheres. Essa visão foi abandonada no século passado em favor da "animação imediata", considerando a simultaneidade entre fecundação e personalidade humana.
Se o concebido é considerado uma pessoa desde a fecundação, qualquer aborto carrega uma responsabilidade moral, sendo equiparado a um homicídio, dada a impossibilidade de defesa e a inocência do agredido. A resolução de conflitos de valores permite, em alguns casos específicos, a intervenção moralmente lícita, como nos casos de embrião morto, ablação de útero grávido com embrião inviável e situações de perigo iminente à vida da mãe.
Aborto pode ser natural ou artificial, espontâneo ou provocado voluntariamente. Existem também o aborto ilegal, considerado crime, e o aborto clandestino.
As causas são diversas, envolvendo fatores relacionados à mulher, à família e à sociedade. Entre elas, estão o medo da gravidez, falta de recursos financeiros e pressões familiares.
Estimar o número de abortos clandestinos é desafiador, enquanto dados sobre abortos legais podem ser subnotificados. Segundo pesquisa do Ministério da Saúde, cerca de uma em cada sete brasileiras entre 18 e 39 anos já fez aborto, totalizando aproximadamente 5 milhões de mulheres.
A condenação do aborto baseia-se em avaliações morais, especialmente oriundas de convicções religiosas, defendendo o direito inalienável à vida que somente Deus detém.
Questiona-se se o aborto provocado é um crime, considerando que, ao contrário de guerras e pena de morte, não há um agressor. Contudo, a perspectiva religiosa condena o aborto, considerando o novo ser como uma vítima inocente.
O aborto é associado à interrupção da vida, infringindo a lei divina. As consequências espirituais podem refletir-se em desafios para o casal, como a dificuldade de conceber, e em desajustes perispirituais, manifestados no corpo físico, presente e futuro, através de condições como câncer, esterilidade e infecções persistentes.
Nosso corpo é um empréstimo divino, exigindo cuidados tanto físicos quanto espirituais. Respeitar a vida dentro dele é fundamental, considerando as implicações morais, espirituais e sociais do aborto.

Dec 03, 202304:26
Grande Loja do Espírito Santo Comemora 53 Anos de Fundação

Grande Loja do Espírito Santo Comemora 53 Anos de Fundação

No dia 18 de novembro, a Grande Loja Maçônica do Estado do Espírito Santo (GLMEES) encerrou as festividades em comemoração aos seus 53 anos de fundação, em uma celebração grandiosa realizada em Vitória. O evento reuniu mais de 500 Irmãos, cunhadas e sobrinhos, solidificando os laços de fraternidade que há décadas unem a família maçônica no estado.

Nov 30, 202302:33
EGO: - QUAL É O MEU NOME?

EGO: - QUAL É O MEU NOME?

Por Hilquias Scardua

Quando descobrimos a importância de nossos nomes, seus significados e o quanto influenciam socialmente, emocionalmente e até espiritualmente em nossas vidas? Alguns questionam mais cedo que outros os motivos e a origem de seus nomes, tanto o nome que precede a existência como os sobrenomes que carregam a herança cultural familiar e o "rótulo" social ao longo do tempo e das civilizações.

Nov 30, 202304:01
BAPHOMET - DA LUZ ÀS TREVAS

BAPHOMET - DA LUZ ÀS TREVAS

Por J.A.P. Filho (*)

A imagem de BAPHOMET, bode andrógino e alado, certamente consiste em uma das figuras mais controversas do ocultismo moderno. Diversos estudiosos demandam grande parte de suas pesquisas no intuito de explicar o significado dessa esfinge, a qual desperta em cada pessoa, sentimentos que variam desde às trevas à luz.

Dessa forma, justifica-se a importância desta peça de arquitetura. Explicar o significado dessa figura tão explorada, muitas vezes de forma temerária, consiste em uma tentativa de combater superstições e incentivar os irmãos a manterem sempre abertas suas mentes. Destaco que um símbolo nada significa para àquele não detém a chave para interpretá-lo e, deixar que outras pessoas o interpretem em seu lugar, consiste em renegar o dever mais básico do maçom, o de pensar. 

No entanto, julgo importante que, antes de começarmos a interpretação da tradicional e horripilante imagem, primeiramente devemos recorrer ao estudo da etimologia da palavra BAPHOMET. Ressalto que os significados que serão apresentados decorrem de diversas linhas filosóficas e explicações de antigos e modernos ocultistas.

Nov 29, 202317:24
1º REGISTRO DA CARAVANA DA COLMEIA OPERATIVA

1º REGISTRO DA CARAVANA DA COLMEIA OPERATIVA

Na histórica jornada da caravana "Colmeia Operativa" em direção à ARLS Fraternidade Iconhense, Nº 3.888, sob o amparo do VM.’. Charles Marcon Almeida, as ásperas pedras, firmemente enraizadas no solo, longe de sua inanição, metamorfosearam-se em peregrinos maçônicos em busca de fortalecimento fraternal e respaldo filosófico em 20/11/2023. A tripulação da caravana fora preenchida por 15 (quinze) valorosos IIr.’. Kheytte Vasconcelos Gomes; Wildelson Nascimento de Faria; Carlos Alberto Conde Santos; Antonio Eugenio Polessa de Castro; Arlivaldo Guimarães dos Santos; Carlos Eduardo Mofati Andrade de Oliveira; Celso Machado Castellan; Marcelo Paiva Santos; Manoel Guimaraes; Phelippe Zanotti Giestas; Vitor Andrade de Oliveira; Marcelo Luiz Rosas Barbosa; Ormindo Affonso Neiva Pinto; Washington Agripino Da Silva Habbib; Jose Carlos Federici.

Nov 28, 202306:08
Laico: a Verdade do Impostor

Laico: a Verdade do Impostor

Por Hilquias Scardua
Eu perdi a hora, o exato momento em que eles entraram e tomaram a banca, sentaram no trono, revestiram-se de coroa, dos trajes e alfaias. Perdi a festa quando as danças ganharam novos gestos e a música um ritmo cacofônico. Ainda é muito estranho lidar com o monólogo impositivo dos senhores da verdade. O diálogo ficou silenciado; uma parte não conseguiu dizer o que veio dizer; então o monólogo continuou, servido de arrogância e por um ato de perjúrio, traindo a condição humana e o progresso.
Perdemos a capacidade de colocar à mesa o pensamento para ser assistido, apreciado e compartilhado, quiçá permiti-lo ao nobre avanço dialético. Em meio a imposição, surge uma reflexão sobre a laicidade, sobre a liberdade de pensamento, sobre a necessidade de respeitar o espaço do outro na construção das verdades pessoais.
Eles querem possuir, conquistar e escravizar o pensamento alheio com as "verdades irrefutáveis" da voz "divina".
A laicidade, entendida como a separação entre o poder religioso e o poder político, tem como princípio o respeito à diversidade de opinião e a garantia da liberdade de expressão de cada indivíduo e de sua crença. No entanto, mesmo nas sociedades laicas, percebe-se a persistência de imposições disfarçadas, muitas vezes sutis, que tentam moldar a visão de mundo de acordo com determinadas narrativas.
É bem comum ouvir inúmeras vertentes religiosas imporem suas tradições de fé como o método mais eficaz e soberano sobre a natureza humana e Divina. Eco: “Eles querem possuir, conquistar e escravizar o pensamento alheio com as 'verdades irrefutáveis' da voz 'divina'”.
As experiências e a diversidade, tanto quanto o caminho extenso das culturas religiosas, mesmo que umas e outras se encontrem em certa camada e linha histórica. Recentemente, vi grupos religiosos atacando uns aos outros de forma explícita e naturalizada. Vertentes de matriz africana são atacadas por milícias no Rio de Janeiro, outros são caçados por políticos... São questões presentes e resumidas, para não precisarmos entrar no absurdo dos fatos. A briga animosa da política, da fé, da corrupção e da ganância.
Nesse turbilhão de interesses conflitantes, a laicidade se torna um refúgio necessário. Ela não é apenas uma separação formal entre Estado e religião, mas também uma garantia de que a fé seja uma escolha pessoal, livre de imposições e manipulações.
A busca pela verdade, muitas vezes, é desviada quando a religião se torna um instrumento de poder e controle. A laicidade surge como um chamado à reflexão, convidando-nos a resgatar a essência espiritual, afastando-nos das artimanhas do impostor que distorce a verdade em prol de interesses egoístas.
Os bastidores das religiões, na banalização da fé e dos cultos sagrados, evocam sem reservas inúmeros charlatões e tendenciosas mazelas quanto ao Sagrado Ofício, até descredibilizar alguns grupos e instituições. Um descrédito generalizado, desviando o foco do verdadeiro propósito espiritual permitindo que os interesses Profanos e ganhos pessoais ganhem cada vez mais espaço na sacralidade.
São confidentes, porém sutis afirmações. Considerando a frase do pensador Martin Heidegger: "Entre o pensamento e a poesia há um parentesco porque ambos usam o serviço da linguagem e progridem com ela. Contudo, entre os dois persiste ao mesmo tempo um abismo profundo, pois moram em cumes separados". Aqui está a ponte, caro leitor.
Assim, o pensamento serve aos ânimos da fé cega, do fanatismo religioso, da falta de cultura e de conhecimento. As guerras por detrás disso são as nossas próprias guerras, vigoradas pelas verdades absolutas de nossa ignorância. É o tato áspero que impossibilita sentir o calor da pele vizinha; com essa mesma aspereza nos relacionamos e ousamos dizer que respeitamos.
Fomos convidados a perder a hora e chegamos ao final da festa. Mas cá estamos, ouvindo a música nas piores frequências e cientes do monólogo imperativo e falacioso de quem tem a palavra na boca. Um convite à reflexão sobre os valores e culturas, a tradição e evolução da fé.

Hilquias Scardua
Cavaleiro da Liberdade
Nov 28, 202304:44
Quais as Origens da Maçonaria e Qual a sua Idade? (parte 3)

Quais as Origens da Maçonaria e Qual a sua Idade? (parte 3)

Por Irmão José Ronaldo Viega Alves

COMENTÁRIOS (continuação)
Existem artigos que conseguem abarcar de maneira sucinta assuntos que exigem bastante trabalho quando se pretende resumi-los. No caso do Colégios Romanos há uma grande quantidade de estudos sobre os mesmos e, portanto, um manancial de informações. Um desses artigos que tem sido de grande utilidade aqui, pois, consegue contemplar várias das organizações e associações do passado que possuíam semelhanças ou que acabaram influindo na Maçonaria, é o de autoria do Irmão António Rocha Fadista e que tem por título “Origens Religiosas e Corporativas da Maçonaria”, sendo que, muitas das informações que os leitores puderam absorver até aqui a respeito aos Colégios Romanos são dele provenientes. O autor conseguiu compactar uma história que sabemos complexa, em virtude das suas muitas vertentes, a dos primórdios da Maçonaria, expondo de forma muito clara os arcabouços de muitas das antigas corporações de artesãos e arquitetos que deixariam marcas indeléveis na Maçonaria, fossem elas provenientes dos seus métodos, da maneira como se organizavam, dos seus rituais, do seu simbolismo, das suas crenças e das suas práticas nos antigos mistérios.
Nov 27, 202322:42
O Trabalho

O Trabalho

Em uma visão geral e ampla, o trabalho é muito desejado pelo homem, cultivado e exercido pelo ser humano em geral. Na Maçonaria, é enfatizado no Grau de Companheiro, sendo uma constante nos demais Graus simbolizado pelo uso do Avental.

Na visão dos alquimistas, os três elementos mais importantes para o desenvolvimento do Ser humano e da humanidade como um todo são: o sol, a inteligência e o trabalho. Na verdade, tanto o sol quanto a inteligência estão intrinsicamente relacionados ao trabalho como passo a apresentar nessa minha singular explanação.

Nov 27, 202312:13
AMÓS, MAÇONS E O PRUMO DE DEUS

AMÓS, MAÇONS E O PRUMO DE DEUS

Por Pablo Henrique Hubner de Lanna Costa

Livro de Amós, Capítulo 7, versículos 7 e 8

7. Mostrou-me também isto: eis que o Senhor estava sobre um muro levantado a prumo; e tinha um prumo na mão. 8. O Senhor me disse: Que vês tu, Amós? Respondi: Um prumo. Então, me disse o Senhor: Eis que eu porei um prumo no meio do meu povo de Israel; e jamais passarei por ele.

Nov 26, 202305:10
A Maçonaria a Beira do Abismo

A Maçonaria a Beira do Abismo

No entrelaçamento do tempo e do destino, onde o futuro se desdobra em um mosaico de possibilidades, nos deparamos com uma reflexão sombria: a possível extinção da Maçonaria. Imaginemos um mundo onde o silêncio ressoa em nossos templos maçônicos, e as colunas que sustentam nossas lojas desmoronam, não sob o peso do tempo, mas sob o fardo do esquecimento. Esta imagem evoca uma dor aguda em nossos corações, pois simboliza a perda de algo que transcende o físico, algo que reside no domínio do espírito e da moralidade.

Nov 24, 202305:03
A MAÇONARIA E O NATAL

A MAÇONARIA E O NATAL

O Natal é uma época do ano marcada por celebrações, festividades e uma atmosfera de confraternização. Enquanto muitas pessoas associam essa festividade principalmente a tradições religiosas, há uma dimensão menos conhecida, mas fascinante, que envolve a Maçonaria. A Maçonaria, uma antiga ordem fraterna que remonta a séculos, tem uma relação interessante e multifacetada com o Natal.

Nov 24, 202303:16
POR QUE O PAPA FRANCISCO CONFIRMOU A PROIBIÇÃO DE CATÓLICOS SE TORNAREM por MAÇONS – Parte 2

POR QUE O PAPA FRANCISCO CONFIRMOU A PROIBIÇÃO DE CATÓLICOS SE TORNAREM por MAÇONS – Parte 2

Por Massimo Introvigne

Não é porque a Maçonaria seja anticatólica (o que, em muitos países, não é) que os católicos não possam aderir a ela, diz o Vaticano, mas porque ensina um método onde não há lugar para dogmas inquestionáveis.

Nov 24, 202310:21
A RELAÇÃO ENTRE TEMPLÁRIOS, MAÇONARIA E A INTRIGANTE CAVERNA ROYSTEN

A RELAÇÃO ENTRE TEMPLÁRIOS, MAÇONARIA E A INTRIGANTE CAVERNA ROYSTEN

Uma fascinante viagem no tempo entre gravuras religiosas e teorias misteriosas

Royston, Inglaterra – O ano é 1742 quando um comerciante local, com a intenção de melhorar a localização da sua loja, faz uma descoberta surpreendente: uma pedra de moinho enterrada que esconde uma incrível caverna artificial.

A Caverna Royston, cujas origens remontam a épocas anteriores, revela-se um tesouro de inestimável valor histórico e arqueológico. A imagem da capa

Nov 23, 202303:46
POR QUE O PAPA FRANCISCO CONFIRMOU A PROIBIÇÃO DE CATÓLICOS SE TORNAREM MAÇONS Parte 1

POR QUE O PAPA FRANCISCO CONFIRMOU A PROIBIÇÃO DE CATÓLICOS SE TORNAREM MAÇONS Parte 1

Por Massimo Introvigne

Para surpresa de alguns, em 13 de novembro foi confirmada uma antiga proibição que remonta a 1738. Mas embora a proibição seja a mesma, as motivações são diferentes.

Nov 23, 202308:39
Um Maçom Elegante

Um Maçom Elegante

Salvador Allende, segundo o biógrafo Mario Amorós: ‘Um maçom elegante, longe da imagem típica de um revolucionário socialista’.

Uma biografia atualizada descreve com nova documentação a vida e a trajetória política do ex-presidente chileno.

Nov 22, 202306:28
Elites Católicas Travam Guerra Contra os Maçons

Elites Católicas Travam Guerra Contra os Maçons

Por Ashley Cowie
Em 1738, o Papa Clemente XII proibiu os católicos de se tornarem maçons e, em 1983, o cardeal Joseph Ratzinger lembrou aos católicos que ser maçom os colocava “num estado de pecado grave”. Agora Roma está tendo outra chance em uma das irmandades mais famosas do mundo. Isto ocorre à medida que mais católicos estão migrando para o que é conhecido como “o ofício”, um termo que abrange o ritual, os princípios e os ensinamentos dos maçons.
Embora ninguém esteja dizendo isso, esta história é sobre um ato moderno de “anti-maçonaria”, um movimento tão antigo que tem sua própria página na Wikipedia. A Antimaçonaria não é um movimento organizado globalmente e consiste em críticas divergentes de instituições políticas e religiões organizadas, que têm membros da elite que desprezam a Maçonaria.
Nesta recente demonstração de perseguição aos maçons, o Vaticano publicou um novo documento, assinado pelo Papa Francisco e pelo Cardeal Prefeito da DDF, Victor Fernández, em resposta às preocupações levantadas por um bispo nas Filipinas. O santo paranóico alertou Roma sobre o aumento do número de católicos na sua diocese que se matriculavam na Maçonaria e pediu conselhos ao topo da hierarquia católica.

Defina o inimigo e depois destrua o inimigo
Um artigo no site da Agência Católica de Notícias explica que o dicastério respondeu ao bispo das Filipinas em 13 de novembro, sugerindo “uma estratégia coordenada” para enfrentar a ameaça maçônica. Tão dramática foi a resposta de Roma que apelou a “todos os bispos” da Conferência dos Bispos Católicos das Filipinas para “promoverem a catequese em todas as paróquias sobre as razões da irreconciliabilidade entre a fé católica e a Maçonaria”.
Leia a última linha novamente. É uma caça às bruxas moderna. Certo? Roma não está a pedir aos seus bispos relatórios sobre o número dos seus membros que também são maçons, mas sim razões para apoiar a noção predeterminada de que o catolicismo é incompatível com o seu antigo rival, a Maçonaria.
A afirmação tradicional de que o Catolicismo e a Maçonaria são incompatíveis é uma farsa demonstrável. Pois se este fosse o caso, por que então tantos católicos estão aderindo à Maçonaria? O problema neste caso nega o problema!

A mais longa guerra fria: a Igreja Católica versus os maçons
Em 1738, o Papa Clemente XII assinou uma bula papal proibindo os católicos de se tornarem maçons. O Vaticano desenterrou as disposições da Declaração da Igreja Católica de 1983 sobre as Associações Maçónicas. Assinado pelo Cardeal Joseph Ratzinger, que serviu como prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, em poucas palavras, este documento decreta que os clérigos e membros da congregação que se inscrevem na Maçonaria “estão em estado de pecado grave e não podem receber Comunhão."
O documento da DDF afirma que a Maçonaria “é muito significativa nas Filipinas” e apela aos bispos nas Filipinas para que considerem fazer uma declaração pública sobre o ensinamento da Igreja sobre a Maçonaria. Prossegue difamando não apenas os católicos que também são maçons, mas qualquer pessoa que não veja “nenhuma oposição entre ser membro da Igreja Católica e de Lojas Maçónicas”.

Os Caminhos Conjuntos da Maçonaria e do Catolicismo?
Ao contrário do que o History Channel pode lhe dizer, a Maçonaria não é uma sociedade secreta. Se fosse, não saberíamos de sua existência. Mais precisamente, é uma sociedade com segredos. E embora muitos estudiosos católicos afirmem que os rituais da Maçonaria entram em conflito com a fé católica, isso ocorre porque eles não sabem o que os maçons realmente fazem.
A Maçonaria compreende membros de “todas as religiões” e não exige adesão a nenhum livro sagrado. Os membros prestam juramento sobre um “Volume da Lei Sagrada” (VSL), que é representado por diferentes textos religiosos ou filosóficos, dependendo dos requisitos de uma reunião ou ritual da Loja. Além disso, os rituais maçónicos são essencialmente reconstituições teatrais de histórias “bíblicas”, com os membros reencenando figuras históricas importantes.
Portanto, em vez de um bispo “pregar” aos seus membros, a função do ritual maçónico expõe os candidatos a maçons a ideias, morais, princípios e valores, ferramentas com as quais ele primeiro se enquadra, como uma pedra de construção, para que ele se encaixe congruentemente dentro de si mesmo. Assim, Roma afirmar que a Maçonaria está desalinhada com o catolicismo, é desrespeitoso com o poder percebido da Bíblia , que na realidade une os caminhos religiosos e maçónicos.

Nov 21, 202305:07
O Maçom Entre o Domínio Esotérico e Profano

O Maçom Entre o Domínio Esotérico e Profano

Por Francesco Sammartano
A Ordem Maçônica desempenha o papel de guardiã da Chave que abre as portas da comunicação com o vasto universo do conhecimento, valendo-se da linguagem simbólica que caracteriza o esoterismo como uma herança ancestral. São os verdadeiros iniciados que, ao compreender a essência do Divino e estabelecer uma espécie de "troca" com ele, conseguem a "Chave" para adentrar o fascinante mundo do Espírito.
Rudolf Steiner, nosso Irmão, nos recorda que o Homem-Espírito vivencia, desde o nascimento, a posse de uma natureza tríplice: Astral (possuindo alma), Etérica (podendo usufruir de várias Vidas através da metempsicose) e Física (com um corpo associado em cada manifestação).
O homem iniciado, desenvolvido eticamente e alinhado com as Leis Morais, pode "acessar" a segunda natureza (a Esotérica), um reino que permanece impenetrável para o profano.
Será que nossa instituição pode realmente aspirar a se comunicar com as massas e esperar ser compreendida? A Loja, enquanto espaço limitado, representa um microcosmo, uma imagem do Universo. Quantos estariam dispostos a acreditar ou seriam capazes de compreendê-la?
É crucial reiterar que o "conhecimento fundamental" capaz de transformar o mundo deve permanecer "reservado", acessível apenas àqueles que demonstraram insensibilidade às personalidades profanas e guardaram zelosamente o "Conhecimento" confiado a eles. Dessa forma, o diálogo Exotérico na sociedade profana e o diálogo Esotérico entre os iniciados tornam-se necessários.
Cada Iniciado deve encontrar na Maçonaria o propósito de sua existência, embarcar na busca pelo Caminho que une o Céu e a Terra e ascender à verdadeira Luz da Verdade. Entretanto, essa jornada não está isenta de riscos, especialmente o constante perigo de se perder caso não tenha sido previamente moldado por uma cultura universal.
A partir do exposto, torna-se evidente que a Maçonaria, como Sociedade Iniciática, permanece fora da influência direta sobre a sociedade profana, reservando esse papel mediador ao Maçom que, impregnado eticamente e não mais uma Pedra Bruta, pode trabalhar de maneira significativa para o bem e o progresso de todos.
Uma sociedade iniciática não é um poço onde todos podem livremente se abastecer; ao contrário, é um local de educação da alma. Nos reunimos para construir templos à virtude, não para obter facilidades em nossas necessidades diárias.
A Maçonaria não se resume a uma entidade moral ou um clube filantrópico, embora trate de ética e filantropia. Temos o dever não apenas de ajudar uns aos outros, mas principalmente de defender qualquer indivíduo da injustiça.
Enquanto as sociedades profanas competem entre si para determinar e impor seus líderes, o mundo iniciático, composto por Pares, busca o Primus inter Pares confiando na "Levigação". A qualidade da escolha resultará em uma jornada mais suave ou mais áspera, dependendo de quanto o sujeito se deixou permear pela Arte Real.
A Maçonaria, enquanto escola de pensamento, possui o magnetismo necessário para atrair homens diversos que internalizaram a essência da total disponibilidade fraterna por meio do árduo exercício da Tolerância em benefício de todos.
Quando observamos de perto, percebemos que o único objetivo compartilhado por todas as associações misteriosas é a elevação do ser humano. Isso é significativo, especialmente considerando que a sociedade atual encoraja a competição desenfreada.
Portanto, as características essenciais para integrar uma sociedade iniciática como a nossa são a liberdade e a retidão moral: a primeira auxilia na distinção entre o sábio e o revolucionário, enquanto a segunda, baseada em princípios éticos universais, facilita a escolha do bem em detrimento do mal.
Assim, torna-se imperativo e essencial para a Maçonaria investir na formação de bons Mestres, pois deles podemos esperar a promulgação de leis boas e justas, protegendo os jovens de se tornarem presas fáceis para o mal.
Nov 21, 202304:21
Templários apresentam queixa contra o Vaticano

Templários apresentam queixa contra o Vaticano

A Ordem Soberana do Templo de Cristo, uma associação espanhola que reivindica a herança dos Templários, tomou uma medida legal séria e surpreendente ao apresentar uma queixa contra o Vaticano nos tribunais espanhóis, mais de sete séculos após a dissolução da Ordem. O cerne da questão reside na contestação da validade jurídica da bula papal de 1312, assinada por Papa Clemente V, que dissolveu os Templários. Os demandantes argumentam que seus ancestrais foram condenados após um julgamento infame, carente de provas, resultando na prisão de 15.300 cavaleiros, incluindo o Grão-Mestre Jacques de Molei, que foi queimado vivo em 18 de março de 1314, e 650 dos quais foram assassinados.
A Ordem Soberana do Templo de Cristo não busca apenas reabilitar os Templários medievalmente, mas também exige uma compensação financeira pela apreensão de seus bens, em grande parte transferidos para a Ordem de Malta. Atualmente, enquanto implementam uma reforma constitucional imposta pelo Vaticano, os Cavaleiros de Malta podem estar ocupados com questões mais prementes do que a queixa apresentada por seus colegas espanhóis.
Os demandantes, em busca de justiça, não são estranhos a esse processo; em 2005, 2006 e 2007, sob o papado de Bento XVI, já haviam apresentado uma queixa sem sucesso. Agora, possivelmente confiando na abordagem mais aberta do pontífice argentino, que destaca "escuta e compreensão" em seu projeto sinodal, renovam suas tentativas.
Além da reabilitação, a associação espanhola almeja o direito de erigir locais de culto de forma canônica, acessar os arquivos do Vaticano relacionados aos Templários e realizar o martírio dos irmãos durante a liquidação da Ordem. Surpreendentemente, propõem que os Templários contemporâneos tenham uma missão oficial da Santa Sé: atuar como um corpo de exército em conflitos religiosos e mediar entre as partes adversárias. Este inusitado episódio sugere que, na Faixa de Gaza e em outros lugares, os Templários do século XXI poderiam encontrar uma nova e inesperada vocação.
Nov 19, 202302:21
A Liberdade: Aos Homens Livres e de Bons Costumes

A Liberdade: Aos Homens Livres e de Bons Costumes

Por Hilquias Scardua

 

A liberdade nos parece tão próxima quanto distante. É antagônico pensar no que nos faz considerar nossa liberdade e o quanto somos livres diante da imensidão de possibilidades da escravidão. É sob a condição dos Homens Livres e de Bons Costumes que ensaio o pensamento, ousando afirmar que nenhum desses ousaria dizer que é livre, senão por um argumento qualquer justificando-se pela ideia de posse. A razão falha sobre suas Virtudes e por condições débeis de uma colocação social que enche de ego qualquer um desses Operários.

Quem já se julgou livre o suficiente para não assistir a imputável razão dilacerar a sua condição existencial? Antes de avançarmos, devo tomar nota de que a reflexão não volta o simples olhar para as nossas condições básicas e necessidades fisiológicas puramente animais. Esses critérios nos tornam incapazes de pensar a liberdade. Não nos cabe relacionar a necessidade humana orgânica e natural como sinônimo de prisão para encontrar diante disso uma possibilidade de tornarmos livres. Aqui, a Liberdade e seus conceitos operam em âmbitos mais metafísicos e imputam o caráter singular do filósofo, o de refletir.

Em diversas ocasiões, os proclamadores da liberdade exerceram a pauta de discursos deturpados, buscando iludir e conquistar, de maneira perversa, a maioria leiga e incapaz de compreender seus princípios e direitos fundamentais - O Trivium, um recurso intelectual que antes era mérito para aqueles que serviam de um cérebro, hoje passou a ser sinônimo de uma mente nobre, dada a superficialidade desses dias.

Nov 17, 202304:40
REFLEXÃO: A VIDA? UM DESAFIO PARA CADA UM DE NÓS

REFLEXÃO: A VIDA? UM DESAFIO PARA CADA UM DE NÓS

Nenhum homem é uma ilha; você não pode viver e crescer sozinho, a solidão é morte, a comunicação é vida.

A vida humana é uma vida com os outros, uma vida para os outros; é algo extraordinário que nos sorri, que nos fala através de tudo o que vive, que nos oferece.

Nov 14, 202305:43
A Dualidade da Luz e Sombra: Uma Reflexão Sob o Meio Dia.

A Dualidade da Luz e Sombra: Uma Reflexão Sob o Meio Dia.

Por Hilquias Scardua

Caminhando sob as luzes artificiais da noite, em um litoral onde a pálida luz da Lua se ausentava, deparei-me com diversas pessoas. Observava-as, e por instantes, ouvia seus disparates. Era difícil perceber, quase impossível sentir ali uma chama, a ponto de adormecer por completo. Contudo, essa chama existia, latente em cada uma delas.

Nesses momentos, as vozes dos Mestres ecoavam como um coro de vozes afinadas, cada uma ressoando em sua escala harmônica. Recordo-me do canto: "Enquanto muitos buscam suas lanternas à Luz do Meio Dia, raros ousam ser Luz na densa sombra da Meia Noite." A frase, mesmo que não exatamente assim, foi meu ponto de partida para esta reflexão.

Fato é que frequentemente fazemos mau uso de nossas capacidades, privando nossos sentidos pela insanidade de nossos pensamentos, direcionados ao confortável desejo de permanecer sob a luz já ofertada. Será que perdemos a capacidade de perceber que ainda somos a Luz, a centelha que persiste? Quem ousará renovar a força da antiga chama e ser Luz em meio às trevas?

Essas perguntas me conduzem às prateleiras da memória, onde sou compelido a trazer um recorte que resgato de um texto de Diderot, em sua obra "Carta aos Cegos Endereçada aos que Vêem." "Se a curiosidade não me dominasse", disse um sábio cego, "eu preferiria muito mais ter longos braços; parece-me que as minhas mãos me instruiriam melhor do que os vossos olhos ou os vossos telescópios; além disso, os olhos cessam de ver mais do que as mãos de tocar. Valeria pois muito mais que me fosse aperfeiçoado o órgão que possuo do que me conceder o que me falta."

Esse trecho revela a resposta de um filósofo cego, e tantas referências poderiam ser trazidas à luz dessa reflexão, inflamados por essa sincera exposição. Notório é que esse sábio esteve sob a Luz do Meio Dia, regozijando-se de sua magnitude; não há sombras para ele, mesmo privado do sentido da visão.

Enfadonho é perceber tantos, mesmo com olhos sadios, que se esgueiram tateando o mundo à sua volta, sem dedicar um tempo mínimo para a contemplação. Parece que estão ainda nos grilhões, presos no fundo da caverna platônica.

Quando um dos sentidos nos falta, compensamos de alguma maneira. Para os que creem apenas nos cinco sentidos, e quanto ao sexto sentido? Este não faz falta, não há motivo para compensá-lo. Certo? Entretanto, é aí que, iludidos, nos limitamos, e ainda pior quando não utilizamos esses cinco caminhos de Luz com a eficiência que nos foi concedida.

Imagine-se na condição do filósofo cego, considerando que o sentido que lhe falta não é a visão, pois seus cinco sentidos estão sadios. Busca compensar a falta do sexto sentido, e aí entenderá o cerne desta reflexão.

Nessa antagônica condição de Luz e Sombra, a alusão à Sabedoria e Ignorância testemunha a face comum de nossos dias. Os sofistas ganharam praças, meios digitais, bares, poder, e etc. Em nossa Ordem, percebe-se que a matéria de Sócrates foi sufocada pela Ordem do Dia. Conduzimos inúmeros cegos, como no "Ensaio sobre a Cegueira" de Saramago. No entanto, esses seres privaram-se da visão por escolha própria, deixando de exercer a ferramenta que o Divino Arquiteto dos Mundos lhes concedeu.

 

Hilquias Scardua

Cavaleiro da Liberdade

Nov 12, 202304:38
Reflexão do dia - A Felicidade

Reflexão do dia - A Felicidade

Por Giovanni Cecconi
Todos procuram a felicidade, mas todos são, mais ou menos, infelizes, porque não existe uma visão clara da natureza da felicidade, que resulta de um estudo preciso e rigorosamente científico, bem como profundamente psicológico, de nós próprios.
A felicidade é um estado da nossa consciência, que surge das profundezas do nosso Ser real, do nosso verdadeiro eu, que é alcançado através da meditação introspectiva.
Poderíamos definir a felicidade como...a Bela Senhora...que evita se mostrar, demonstrando-nos o fato óbvio de que todos aqueles que a buscam nas coisas ou nas pessoas, ou em divindades externas a elas, acabam na tristeza.
A felicidade não consiste em possuir coisas, objetos de prazer ou alegrias que vêm de fora, mas sim em ser o nosso verdadeiro Ser; seu segredo não está em ter, mas em sermos verdadeiramente nós mesmos.
Os prazeres dos sentidos, por mais fugazes e momentâneos que sejam, naufragam na dor e na tristeza; são evanescentes, desprovidos de conteúdo, enquanto a dor e o sofrimento que causam duram muito tempo.
Somente o homem que está nos níveis mais baixos da vida material busca alegria nos prazeres materiais; alegria que, muitas vezes, mais cedo ou mais tarde, se transforma em desilusão, mal-estar, turvação da inteligência, enfraquecimento da vontade, morte iminente e renascimento muito triste porque custa tanto sofrimento.
O homem ascende a escada da felicidade, em direção à bem-aventurança no nível de evolução mental em que se encontra e, assim como o homem “normal” encontra alegria nos prazeres do bem viver, o homem renascido busca a alegria nos valores mais elevados da vida e eleva-se às dimensões superiores do Espírito
Neste itinerário, nesta aventura que o homem percorre, unindo-se ao Princípio, é necessário recorrer à meditação introspectiva, à autoanálise, à confiança em si mesmo e no Logos interno que ilumina cada homem e, nunca, nos externos, autoridades, sacerdotes, igrejas, encarnações divinas e escritos sagrados, que só podem ser indícios capazes de confirmar a nossa experiência divina.
A honra, a fama e a reputação que os homens buscam na ilusão de serem felizes são ilusórias; mesmo quando esses “metais” chegam sem serem solicitados, o homem renascido não é afetado por eles e a beleza enganosa da glória não o altera, porque ele sabe muito bem que as mesmas são coisas que se encontram na mente dos outros, enquanto a felicidade é intrínseca ao indivíduo e ao seu estado interno.
A felicidade é a flor que desabrocha, é o fruto que amadurece, o da “Sua harmonia com o Infinito que já existe e dentro de você, que é o seu Eu mais profundo e a sua realidade interior”.
Nov 11, 202303:40
Elogio a Densidade

Elogio a Densidade

Por Hilquias Scardua
Lidamos cotidianamente com a superficialidade das pessoas, é comum, massivo e redundante, numerosos, aqueles que não obtiveram valores, não detiveram densidade nobre ao seu juízo, que, visivelmente, se reflete em suas exposições comportamentais.
Muitos colhem do final do curso, as águas contaminadas por sua longa trajetória até a exposição dos lagos prontos à face, pelo simples exército do "menor esforço". Não são todos que ousam percorrer distâncias para desfrutar da límpida e fresca água da fonte.
É nesse campo que abriga a conformidade e impureza que convido a adentrarmos e, juntos, refletirmos.
E por base na frase, de autoria desconhecida, a qual me amparo, expondo a angústia de permanecer entre os seres rasos que se multiplicam disparadamente:
"Cansei de sofrer traumatismo craniano por mergulhar em pessoas tão rasas".
E para ilustrar um pouco melhor a busca por uma densidade nobre, uma profundidade atrativa, exponho a sugestão que fiz a um grande amigo desenhista quando, ele em sua busca para alcançar melhor resultado técnico, usou como referência alguém de seu meio, um desenhista capaz e que atraía sua admiração:
Foi quando sugeri que ele estudasse um Grande Mestre dos desenhos, Gustavo Doré, técnico muito além da referência da qual havia me apresentado.
Ele, contrariado, disse que aquilo era demais e nada tinha a ver com o nível do outro artista. Com isso, complementei dizendo: - meu amigo, busque Doré, que no caminho, bem na metade desse caminho, você já terá ultrapassado tecnicamente aquele ao qual você admira.
Essa busca nos tira da condição da superficialidade, quando almejamos ofertar melhores coisas e vamos diretamente à fonte, sem reservas e com a devida dedicação, não nos deixamos contaminar com os manuais daqueles que oferecem o final do caminho, o espelho turvo da superfície da água.
Criamos densidades quando mergulhamos fundo na história da existência, nas fontes deixadas por aqueles que enobrecem a genialidade humana.
Sim, temos que ir às fontes, aos Mestres, à melhor referência e servir-nos disso. É na Lei da Correspondência: "Tudo que está embaixo, é como tudo que está em cima". - “O que está fora é o reflexo do que está dentro”.
E sobre essa razão, configuramos nossas densidades para não ofertarmos águas rasas e superfícies turvas.
É fundamental compreender que essa busca pela profundidade não apenas nos liberta da superficialidade, mas também contribui para a riquíssima tapeçaria da sociedade. À medida que cada indivíduo se empenha em mergulhar nas fontes do conhecimento, das artes e da sabedoria, cria-se uma teia intricada de experiências enriquecedoras.
Essa profundidade pessoal, longe de ser um empreendimento solitário, tece conexões que transcendem o indivíduo, impactando positivamente a comunidade ao seu redor. É como se cada mergulho nas águas profundas deixasse uma marca indelével, formando um legado que ecoa para além das fronteiras da superfície.
Nesse processo, não apenas nos elevamos, mas também elevamos o coletivo, compartilhando as riquezas que encontramos nas profundezas da existência.

Hilquias Scardua, Cavaleiro da Liberdade, T.F.A.

Nov 10, 202304:14
Tristeza

Tristeza

doçura da tranquilidade, ela se alimenta da tristeza que surge da perturbação.
A tristeza é um abatimento da alma, que se segue a pensamentos irados; é essa sombra que nos toma, que nos paralisa e deprime, extinguindo, aos poucos, a vontade de viver em nós.
É reconhecida pela incapacidade de chorar, pois só graças ao dom das lágrimas podemos vivenciar a tristeza como um estado pelos nossos erros.
A tristeza insinua-se no coração do homem, corrói lentamente toda a sua vida e se não for combatida acaba por habitar em nós, como um inquilino, cada vez mais difícil de afugentar.
A tristeza é o não prazer por excelência: priva-nos de todo o prazer e seca o coração e está na raiz da depressão nervosa, porque leva à sensação de não sentido da vida e a um estado de letargia, em que a vida aparece sem luz e sem esperança: numa palavra, inabitável.
Eu me perguntei: por que minha alma está perturbada? Por que, às vezes, a tristeza permanece como uma sombra dentro de nós, como um zumbido que nunca para de nos atormentar?
Podem ser muitos os motivos que, de vez em quando, geram em nós este estado: o sofrimento sofrido injustamente, as contradições reais da nossa vida, a constatação das frustrações dos nossos desejos, mesmo os mais nobres e justos.
Muitas vezes, a vida e a realidade contradizem-nos em muitos aspectos, mas ai daqueles que pensam que podem viver num mundo dourado livre de frustrações, ai daqueles que se alimentam de nostalgia imaginária e de expectativas impossíveis; ai daqueles que se apaixonam pelos seus papéis e não querem abrir mão deles e crescer...!
Se, porém, praticarmos a aceitação das contradições diárias; se, apesar do sofrimento, soubermos compreender e tratar as nossas feridas, os nossos porquês, então poderemos também abrir-nos àquela consolação que vem do nosso princípio, do nosso ser e da comunhão com os nossos irmãos.
Indo mais fundo, parece-me que a essência da tristeza consiste em ser uma patologia da nossa relação com o tempo; por um lado, o passado é idealizado como um tempo indiscutivelmente melhor que o atual e é evocado com acentos sinceros de nostalgia, não sem uma certa obtusidade; por outro lado, sonhamos realizar num futuro mítico o que está sempre destinado a começar amanhã, ou tememos o futuro pelas incógnitas que ele pode conter; enfim, de uma forma ou de outra, refugiamo-nos num mundo imaginário para não aderir à realidade, mas, ao fazê-lo, não apreendemos o presente, como hoje, como a hora irrepetível que nos é dada para viver.
Sentir tristeza diante da perspectiva da morte é típico da raça humana; a pedra angular, porém, para seguirmos o nosso caminho - tudo menos fácil - é apenas quando vislumbramos o amor e quando sabemos que o amor, a anima mundi, pode ser a razão de viver e de morrer; então a tristeza cessa e a felicidade e a alegria sempre renovadas que habitam dentro de nós abrem caminho.
A Maçonaria é alegria e, portanto, antídoto para a tristeza, capacidade de viver, de forma adequada, a relação com o tempo, de viver o momento presente, o eterno presente; a alegria é uma virtude que une o tempo humano no hoje e na plenitude do nosso ser, antecipando, no presente, a nossa dimensão final, a alegria da meta que nos espera no conhecimento universal.
A alegria não é um sentimento vago e espontâneo, mas um estado a ser buscado com esforço e comprometimento; devemos obedecer ao comando da alegria e praticá-lo, vivendo plenamente o momento presente, para experimentar que nem o passado nem o futuro podem nos determinar, mas que isso é possível vivendo apenas o hoje da nossa consciência.
Cada um de nós deve começar o dia levantando os olhos para o céu e ouvindo o verdadeiro impulso do nosso coração, agradecendo, à nossa maneira, por ter recebido aquele lindo presente que é a vida.
Uma forma particular de tristeza é a inveja e surge da consciência, da observação do bem e da felicidade dos outros; a matriz deste estado de ser é o desejo de ter a nós mesmos, as “coisas” dos outros, mesmo que às vezes desejemos simplesmente que o outro não tivesse esses bens, essas características e esses dons específicos e é por isso que que nós tentamos esconder esse sentimento indescritível, do qual não nos gabamos, mas do qual nos envergonhamos.
Mais profundamente, a inveja é um reflexo que consiste em comparar-se sistematicamente com os outros; é o que reflete a minha capacidade pessoal de reconhecer o que foi concedido a mim e aos outros, respectivamente.
Sempre há qualidades que os outros têm e eu não…; fixando-me nisso, em vez de me alegrar com a vida como ela é, observo e invejo os dons que ela distribuiu aos outros.
A inveja é um sentimento que, infelizmente, já surge na infância, principalmente nas relações familiares.
O invejoso é aquele que se sente excluído de um bem que o outro próximo possui: o bem do outro é sofrido como o próprio mal.
Os afetados por esta patologia olham com maus olhos para a felicidade, a bondade e a virtude dos outros, a ponto de desfigurar a sua imagem e realidade, a ponto de concentrar todos os seus desejos naquilo que os outros possuem.
A inveja às vezes assume uma conotação específica, que costumamos definir como ciúme; vem do viver próximo, da comparação contínua, da verificação do que os outros são e fazem e, consequentemente, da aprovação e do reconhecimento que recebem: mas é precisamente aqui que devemos praticar alegrar-se com aqueles que se alegram, chorar com aqueles que choram, para partilhar as alegrias e as tristezas dos nossos irmãos e dos nossos pares, porque as alegrias são dádivas para todos e para o bem comum.
Porém, a inveja e o ciúme são os males mais presentes na vida comum e provocam discussões, disputas, desentendimentos, murmúrios...
Existe um antídoto para a inveja e o ciúme?
Sim, gratidão, isto é, saber agradecer, saber se surpreender com o bem, não importa quem o faça, saber ver com bom olhar tudo o que floresce ao nosso redor….
Só quem sabe reconhecer e agradecer o bem feito pelos outros é capaz de fazer o bem, de purificar o seu trabalho e de cantar o seu agradecimento ao GADU por tudo o que funciona na história e na vida de um homem.
O sentimento de inveja só deixa de existir em todos nós quando somos capazes de dizer que “o bem que pude fazer, fiz aos outros que estão comigo: sem estes irmãos, sem estes meus entes queridos, eu não teria sido capaz de fazer o pequeno bem que fiz."

Nov 09, 202307:51
O Jeitinho Brasileiro - Uma Dose de Corrupção

O Jeitinho Brasileiro - Uma Dose de Corrupção

A corrupção é sistemática, abrangendo desde os cidadãos comuns até líderes e figuras célebres. No entanto, é triste considerar que a corrupção se entranhou em nossa cultura, ganhando até um apelido dócil que reflete uma característica do povo.
É bem superficial a abordagem, mas é mesmo sobre as superficialidades que resolvo compartilhar essa reflexão.
O "Jeitinho Brasileiro" tornou-se comum, encontrando espaço nas instituições como se fosse um recurso adicional, muitas vezes mascarando a impunidade.
Mais recentemente, popularizou-se outra máscara desse comportamento cultural, desse símbolo nacional, quando a expressão "dá nada não" passou a ser ouvida entre as vozes dos hipócritas, dos que deturpam, dos corruptos assumidos e daqueles replicantes que, sem perceber, adotam esse comportamento corrupto. Não se trata de uma simples expressão, ela se inclina à profundidade dos abismos lamacentos do comportamento pretensioso e vil.
Essa naturalização e banalização do comportamento têm implicações devastadoras. É comum depararmos com alguém oferecendo esses artifícios, sugerindo uma decisão superficial e fácil para definir resoluções variadas. Pois a corrupção foi ganhando força à medida que abraçamos a cultura do "nosso jeitinho.". E é nesse contexto que a citação de Nietzsche, que associa essa superficialização a uma grande e radical corrupção, se torna profundamente pertinente.
"Raso, ralo, relativamente estúpido, geral, signo, marca de rebanho que, com todo tornar-consciente, está associada a uma grande e radical corrupção, falsificação, superficialização e generalização” – Nietzsche, Gaia Ciência, §354
A corrupção, em suas formas mais sutis e cotidianas, mina a integridade da sociedade e compromete nossa capacidade de prosperar como nação. A normalização desses comportamentos corruptos tem consequências sérias, enfraquecendo a confiança e minando os alicerces de uma sociedade justa e ética. Enfrentar essa questão é essencial para a construção de um país mais íntegro e moralmente saudável.
Pode parecer radical, certo? Mas não se trata da anticultura; entretanto, é um chamado à reflexão mais pura e sem filtros.
Portanto, o "Jeitinho Brasileiro" deve ser confrontado e superado, não apenas no nível individual, mas também nas instituições e na cultura como um todo. Somente assim poderemos construir uma sociedade mais justa, onde a corrupção não encontre espaço para prosperar.
Não é por base nessa reflexão que resolveremos a máxima do pavoroso estado de corrupção que encontra-se generalizada. Mas, é a partir do desvelo dessas máscaras que a face do perverso mundo das banalizações enfraquecem e as ações virtuosas ganham espaço.

Jacaraípe, Serra-ES, 08 de Novembro de 2023.

Hilquias Scardua
Cavaleiro da Liberdade
Nov 08, 202303:55
Reflexão - O Selo Divino

Reflexão - O Selo Divino

Por Hilquias Scardua

Nov 04, 202303:24
Clemente XII: A Primeira Excomunhão da Maçonaria

Clemente XII: A Primeira Excomunhão da Maçonaria

, uma análise histórica aprofundada do momento significativo em que a maçonaria foi excomungada pela primeira vez pela bula papal "In Eminenti Apostolatus Specula" do Papa Clemente XII. Um evento que marcou um ponto de virada na história da maçonaria e seu relacionamento com a Igreja Católica.

Nov 01, 202308:32
A Maçonaria pode acabar?

A Maçonaria pode acabar?

Sim, talvez ou não.

Decerto iremos divagar, ou seja, trilhar caminhos tortuosos, visto que a resposta dependerá de qual parte da Maçonaria estamos indagando.

O Maçom pode acabar? Sim! Basta ele, por suas atitudes, retornar à condição de profano.

Uma Loja Maçônica pode acabar? Sim! Basta ela deixar de ser para o Maçom um lugar consagrado aos Sãos Princípios da Moral e da Razão.

Uma Potência Maçônica pode acabar? Sim! Basta ela se tornar um Reino ou uma empresa, acreditando que as Lojas são suas colônias/filiais, instituindo "Viscondes", "Condes", "Duques" e aplicando leis imperialistas.

Nov 01, 202304:34
ARLS SAPIENTÍSSIMO IR.'. ALCY RIBEIRO DA COSTA Nº 3839 PRESTA HOMENAGEM E RECEBE NOVOS MEMBROS

ARLS SAPIENTÍSSIMO IR.'. ALCY RIBEIRO DA COSTA Nº 3839 PRESTA HOMENAGEM E RECEBE NOVOS MEMBROS

No dia 28/10/2023, a ARLS Sapientíssimo Ir.’. Alcy Ribeiro da Costa Nº 3839, Oriente de Guaçui/E.S., Rito Adonhiramita, realizou Sessão Magna de Iniciação, em seu Templo. A solenidade foi presidida pelo Venerável Mestre Adilson Júnior Ornela Págio, e marcada pela presença de diversos irmãos e convidados, que acompanharam de perto a cerimônia dos novos irmãos: Bruno Bonela da Silva, Geandro Pereira de Oliveira e Jackson Bruno de Sá Viana. 

Oct 31, 202303:49
QUAIS AS ORIGENS DA MAÇONARIA E QUAL A SUA IDADE? (II)

QUAIS AS ORIGENS DA MAÇONARIA E QUAL A SUA IDADE? (II)

Por Ir.’. José Ronaldo Viega Alves

Logo no início da Parte I deste trabalho, foram expostas três opiniões vindas de diferentes autores e estudiosos, todos eles Irmãos que em algum momento se debruçaram sobre este tema bastante complexo e sempre apaixonante: as origens da Maçonaria. Com base no que foi apresentado por eles, é possível ter uma ideia a respeito do quanto a Maçonaria poderia ser antiga, e consoantes com essa ideia que o tema carrega junto, na medida em que ele vai ganhando desenvolvimento uma quantidade de perguntas vai povoando nossas mentes. Uma delas: até onde poderemos recuar no tempo sem que estejamos acompanhados da dúvida, se o que estamos falando ou descrevendo, já pode ser considerado Maçonaria, ou em outras palavras, se a corporação ou a organização da qual estamos falando pode ser classificada como uma das precursoras da Maçonaria Operativa? Para além das dúvidas e das conjecturas, parece que a resposta só pode ser uma: ninguém conseguiu até o presente momento estabelecer a idade exata dessa instituição, e em termos de unanimidade(?) o que temos é a presença de grupos, organizações, corporações, onde algumas são aceitas (não por todos estudiosos), como possíveis precursoras da Maçonaria.

Falando resumidamente sobre as opiniões que foram apresentadas no capítulo anterior: H. L. Haywood apontou para várias maneiras de se interpretar a questão da idade da Maçonaria. Destaque-se a seguinte passagem: “se for para ser relacionado às organizações com as quais essa Maçonaria especulativa moderna pode formar uma continuidade histórica incontestável, aí ela poderá ser datada nos séculos XII ou XIII” (Haywood, 2022, pág. 46,).

O Ir.’. Darley Worm, por sua vez, deixou claro sobre a impossibilidade de se obter a idade da Maçonaria, sem antes distinguirmos a Instituição dos seus conteúdos, estes sim milenares.

Oct 30, 202319:41
Reflexão do Dia: O Iniciado: Elogio à Compreensão

Reflexão do Dia: O Iniciado: Elogio à Compreensão

Por Hilquias Scardua

A Iniciação é, em sua totalidade, um rito de passagem que atravessa épocas remotas e assume formas variadas em diferentes civilizações. Atualmente, diversas instituições, tribos, grupos, seitas e até clubes escolares adotam ritos iniciáticos ou ritos de passagem.
Entre essas instituições iniciáticas, a Maçonaria, à qual pertenço, adota um processo iniciático simbólico repleto de mistérios e alegorias. No entanto, compreender esse processo requer mais do que simplesmente participar da cerimônia ou seguir a ritualística. A verdadeira iniciação não reside apenas nas formalidades pré-elaboradas.
Para compreender essa ideia, adentramos a senda complexa da Compreensão, atentos ao sentido do verbo compreender. Entretanto, não se trata de uma aula de língua portuguesa e muito menos da etimologia por detrás dos termos. Vamos lá! O Iniciado não passa apenas por provações e ensaios exaustivos para provar seu renascimento em busca da Luz. Muitas vezes, a barreira estética da linguagem se choca com a percepção e o entendimento - atenção a esses termos: percepção e entendimento. A percepção é estética e sensorial, enquanto o entendimento liga as palavras às experiências, é o "fio de prata" que liga as ideias/coisas ao ente, trazendo à mente a matéria que a palavra e o símbolo evocam.
Portanto, em plena percepção e entendimento, damos um passo em direção à Luz da compreensão. Um passo que transcende o desafio da razão assistida. Muitos Iniciados, que não pessoas sem ligação alguma com algum grupo Iniciático, já passaram por esse processo sem fazer parte de uma instituição específica. Ao longo da jornada da vida, dado a intensas e singulares experiências, eles experimentaram a compreensão ao renascer, superar e se tornar alguém diferente, o outro de si mesmos do outro lado da jornada. Como um ato de "travessia" sugerido por alguns terapeutas.
As instituições não criam Iniciados, elas não são detentoras da verdadeira iniciação; a verdadeira iniciação não é apenas um produto de uma etapa simbólica transitória. Aqueles que passam por esses ritos sem compreender a profunda sabedoria que a jornada oferece podem superar as etapas, mas nunca se investirão plenamente da Luz do Iniciado.

Hilquias Scardua
Cavaleiro da Liberdade
Tríplice e Fraternal Abraço

Oct 29, 202302:46
Valores Afetivos - Caminho para a Renovação e Fortalecimento da Maçonaria.

Valores Afetivos - Caminho para a Renovação e Fortalecimento da Maçonaria.

Por Eugenio Polessa

Em diversas organizações e sociedades, é comum observarmos um fenômeno em que as gerações mais velhas resistem em delegar poderes e responsabilidades de gestão aos mais jovens. Esse comportamento pode se originar de diferentes motivos. Por vezes, os mais experientes acreditam que sua vasta vivência e sabedoria acumulada são indispensáveis para o êxito e perpetuação da organização, temendo que os jovens, vazios dessa experiência, possam fazer escolhas inadequadas. Em outras ocasiões, pode existir o receio de que tradições e métodos consolidados se percam. Ou ainda, o medo de que, uma vez que o poder esteja nas mãos dos mais novos, seus próprios valores e visões para a organização sejam desconsiderados, gerando assim uma forte resistência às mudanças e preferência pela manutenção da posição alcançada com o passar dos anos.

Oct 27, 202304:27
A BANALIZAÇÃO DO USO DA IMAGEM NO INTERIOR DOS TEMPLOS MAÇÔNICOS

A BANALIZAÇÃO DO USO DA IMAGEM NO INTERIOR DOS TEMPLOS MAÇÔNICOS

A Maçonaria é uma antiga ordem fraterna que se baseia em princípios de discrição, segredo e moralidade. Ao longo dos séculos, os maçons têm trabalhado diligentemente para manter a aura de mistério e sigilo em torno de suas atividades. No entanto, nos últimos tempos, temos testemunhado uma preocupante banalização do uso da imagem no interior dos Templos Maçônicos. Este ensaio tem como objetivo discutir as razões pelas quais essa tendência é prejudicial para a Ordem e também para seus membros, que têm o dever de preservar a discrição que sempre caracterizou a Maçonaria em seu âmbito Universal.

A liberdade de expressão é um direito fundamental e constitucionalmente garantido em muitos países que têm como base a democracia, incluindo o direito de expressar opiniões, ideias e informações livremente. A Liberdade é um assunto complexo e extenso que não é a base desse tema. No entanto, esse faz necessário tocar nesse ponto, pois em seus desdobramentos tangenciam outros direitos igualmente importantes, como o direito à privacidade individual e institucional, assim como o direito de uso da imagem. No caso da banalização do uso da imagem no interior dos Templos Maçônicos, é importante considerar o equilíbrio entre a liberdade de expressão e o direito de imagem. Embora a liberdade de expressão permita que as pessoas expressem suas opiniões e ideias, isso de forma alguma deve ultrapassar o direito do outro de não se expor. É necessário ter em mente que o direito de imagem protege a privacidade e a identidade dos indivíduos. Sou artista, e não sou um especialista em direito, contudo, tenho real compreensão sobre o que foi dito até aqui.

 

Oct 26, 202314:27
REFLEXÃO DO DIA: A DOR É UMA CONDIÇÃO; O SOFRIMENTO É UMA ESCOLHA

REFLEXÃO DO DIA: A DOR É UMA CONDIÇÃO; O SOFRIMENTO É UMA ESCOLHA

Por Hilquias Scardua
Servimos dos banquetes aprazíveis, muitas vezes doces; consequentemente, esgotamos o amargor de muitos dissabores ofertados durante o ciclo dos dias. Essa Roda da Vida tende a girar e nos coloca em seu ponto mais alto e, em seu contínuo giro, nos vemos condicionados em seu extremo ponto baixo.
Um grande mestre nos trouxe uma lição de dor e superação que prometo ser uma reflexão profunda a respeito da efêmera condição da dor e, para evitar a curiosidade alheia, daqueles que antecipam, não é do Cristo que irei falar, pois esse exemplo está mais do que consolidado.

Certa altura, um amigo relata a grandeza sutil do outro amigo, quando um deles estava na eminência de sua morte, após ser condenado a tomar cicuta como castigo por suas boas obras, preso em grilhões e ansioso pela visita de seus amigos, caminhava de um lado para o outro com os pesados grilhões presos em seus tornozelos. Essa condição o fazia sangrar e sentir dores constantes. Mas, no momento oportuno, quando seus amigos chegam para visitá-lo, ele imediatamente corre até eles e dá um abraço forte e afável. Um deles diz: - "Sócrates, não precisa vir até a nós, isso te provocará mais dores, seus pés sangram!" - ele precipita os passos e diz - "aqui não há mais lugar para a dor, minha alegria e regozijo são tão intensos que é só isso que sinto neste instante."

Refletindo sobre esse feito, podemos avaliar nossos inúmeros momentos de dor, desde nossas quedas nas paixões, frustrações e dores físicas. Vencer as paixões, as frustrações, essa patologia da alma, é uma escolha. Sentir a dor é inevitável quando a ferida se expõe e nos castiga, mas podemos escolher sofrer ou superá-la.

Não há espaço para a coexistência de dois sentimentos em nosso espírito. Nossa Alquimia Sagrada nos proporciona a transmutação e superação das adversidades que parecem imutáveis. Transcendemos, superamos, reagimos ou, por outro lado, escolhemos um sentimento agradável de tamanha potência para revigorar nosso espírito.

Oct 26, 202303:22
A Simbologia dos Números 4 e 5

A Simbologia dos Números 4 e 5

Por Pablo Henrique Hubner de Lanna Costa 

 O maçom termina sua jornada como Aprendiz compreendendo a simbologia do número 3 (três), o Companheiro Maçom deve prosseguir sua instrução compreendendo a simbologia dos números 4, 5, 6 e 7. Ante a riqueza de cada um desses números, a presente peça de arquitetura versará sobre a simbologia que circunda os números 4 e 5. Aponta o manual do Grande Oriente de Minas Gerais que, geometricamente falando, o 1 (um) representa o ponto, 2 (dois) a linha, 3 (três) a superfície e 4 (quatro) o sólido, representado em loja pela pedra cúbica presente na coluna do segundo vigilante (responsável pelo acompanhamento da instrução dos companheiros).

Oct 24, 202305:05
A Liberdade Possível

A Liberdade Possível

Por João Alexandre Paschoalin Filho, Grau 33

Quanto mais sábia uma pessoa se torna, menos estará inclinada a se submeter à imposição de grilhões ou cangas, seja sobre seu pensamento ou sobre sua pessoa.  Porém, o mero conhecimento não faz ninguém independente, nem o prepara para sê-lo. Na maioria das vezes faz do homem um escravo mais útil. Para o ignorante e bruto, a Liberdade é uma calamidade. O único modo seguro de perpetuar a liberdade é estendendo à humanidade a concessão do Intelecto.

Oct 24, 202307:07
A Origem da Maçonaria da Oceania

A Origem da Maçonaria da Oceania

Por William Regal – Fonte: Freemasons Community

Chegada e crescimento na Austrália e Nova Zelândia

A chegada da Maçonaria à Oceania remonta à colonização britânica da Austrália e da Nova Zelândia no final do século XVIII e início do século XIX. A Maçonaria Britânica desempenhou um papel importante no desenvolvimento inicial da fraternidade na região, com o estabelecimento de lojas para servir os colonos europeus e, mais tarde, a adesão entre a população local.

Oct 23, 202303:42
A Origem da Maçonaria Asiática

A Origem da Maçonaria Asiática

Por William Regal – Fonte: Freemasons Community

A introdução da Maçonaria na Ásia pode ser em grande parte atribuída à influência colonial britânica nos séculos XVIII e XIX. Lojas maçônicas britânicas foram estabelecidas em colônias como Índia, Hong Kong e Cingapura, atraindo tanto colonos europeus quanto elites locais que adotaram os valores e princípios da fraternidade.

À medida que a Maçonaria se espalhou pelo continente, criou raízes em várias regiões, como as Filipinas, a Índia e outros países. Em muitos casos, a fraternidade desempenhou um papel na luta pela independência e na formação de identidades nacionais, tal como o seu impacto na África e na América Latina.

 

Oct 23, 202303:27
 A Origem da Maçonaria Latino-Americana

A Origem da Maçonaria Latino-Americana

Por William Regal – Fonte: Freemasons Community

 

Propagação da Maçonaria durante o período colonial

A Maçonaria chegou à América Latina durante o período colonial, transportada por colonos espanhóis e portugueses que trouxeram consigo as tradições maçónicas dos seus países de origem. Apesar da oposição da Igreja Católica à Maçonaria, a irmandade conseguiu ganhar uma posição segura na região, estabelecendo lojas nas principais cidades e atraindo membros influentes das populações europeias e locais.

Oct 23, 202303:28
A Origem da Maçonaria Africana

A Origem da Maçonaria Africana

Por William Regal – Fonte: Freemasons Community

Introdução precoce e crescimento

As sementes da Maçonaria foram plantadas em África durante a era colonial, quando lojas maçónicas britânicas e francesas foram estabelecidas nos seus respectivos territórios. Estas lojas serviram como pontos de encontro para a troca de ideias e a promoção da fraternidade entre os colonos europeus e as elites africanas locais, muitas vezes atraídas pelos ideais e princípios da fraternidade.

Oct 23, 202303:30
A Origem da Maçonaria Escandinava

A Origem da Maçonaria Escandinava

A Maçonaria Escandinava tem as suas raízes no século XVIII, quando as ideias e rituais da Maçonaria britânica e francesa se espalharam para o norte. As primeiras lojas foram estabelecidas na Suécia e logo depois a fraternidade se espalhou pela Dinamarca, Noruega e Finlândia.

Nos primeiros dias da Maçonaria Escandinava, o Rito Sueco se desenvolveu. Este sistema único de graus e rituais, fortemente influenciado pelas tradições britânicas e francesas, tornou-se a forma dominante de Maçonaria praticada na região. O Rito Sueco, com a sua mistura distinta de elementos maçónicos e cristãos, demonstra a adaptabilidade da Maçonaria a diferentes culturas e contextos.

 

Aspectos únicos do rito sueco

Uma das principais características do Rito Sueco é a sua forte orientação cristã. Os rituais e simbolismo do Rito estão impregnados de temas e valores cristãos, refletindo a paisagem religiosa da Escandinávia. Esta ênfase no Cristianismo distingue o Rito Sueco de outras formas de Maçonaria, que são geralmente de natureza mais secular.

O Rito Sueco também apresenta um sistema de graus único, compreendendo dez graus organizados em três divisões: os graus de São João, os graus de Santo André e os graus capitulares. Esta estrutura hierárquica fornece um caminho de progressão maçônica distinto tanto do Rito Escocês quanto do Rito de York praticados em outros lugares.

 

Maçonaria em outros países nórdicos

Além da sua prevalência na Suécia, o Rito Sueco teve uma profunda influência na Maçonaria noutros países nórdicos, como a Noruega, a Dinamarca e a Finlândia. As lojas nesses países praticam frequentemente o Rito Sueco ou uma variação dele, enfatizando os fortes laços que unem a comunidade maçônica escandinava.

A ênfase do Rito Sueco nos valores cristãos, combinada com o seu sistema de graus distinto, ajudou a moldar o desenvolvimento da Maçonaria na região nórdica. A mistura única de elementos maçônicos e religiosos do Rito oferece uma visão fascinante sobre a adaptabilidade da Maçonaria e sua capacidade de evoluir e prosperar em

Oct 23, 202303:04
 A Origem da Maçonaria Alemã

A Origem da Maçonaria Alemã

Origens e desenvolvimento

A Maçonaria Alemã surgiu no início do século XVIII, fortemente influenciada pelas tradições maçônicas britânicas e francesas. As primeiras lojas alemãs foram estabelecidas em cidades como Hamburgo e Berlim, promovendo uma mistura única de ideais intelectuais e sociais da Maçonaria britânica e francesa.

À medida que a Maçonaria alemã cresceu, deu origem a várias organizações maçónicas distintas. Estes incluíam a Estrita Observância, que enfatizava valores cavalheirescos e cavalheirescos, e a Ordem dos Illuminati, uma sociedade secreta de curta duração, mas altamente influente, fundada em 1776. Estas organizações contribuíram para o rico e diversificado panorama da Maçonaria Alemã.

Oct 23, 202303:23
A Origem da Maçonaria Francesa

A Origem da Maçonaria Francesa

Começos e influência

As origens da Maçonaria Francesa remontam à criação do Grande Oriente de França em 1733. Este órgão central de governo desempenhou um papel central no desenvolvimento e expansão da Maçonaria em França, com as suas lojas servindo como centros dinâmicos da vida intelectual e social.

Oct 23, 202303:08
A Origem da Maçonaria Americana

A Origem da Maçonaria Americana

Introdução aos Estados Unidos

A Maçonaria encontrou terreno fértil nas colônias americanas no início do século XVIII. Muitas figuras influentes da época, incluindo Benjamin Franklin e George Washington, foram atraídas pelos princípios de fraternidade e desenvolvimento pessoal da fraternidade. À medida que as lojas se multiplicaram, tornaram-se centros vitais de intercâmbio social e intelectual, atraindo algumas das mentes mais brilhantes da época.

Oct 23, 202303:51
Mark Twain e o Jovem Satanás

Mark Twain e o Jovem Satanás

Ele é considerado o progenitor da literatura americana. O primeiro autor a demarcar uma fronteira clara (de caráter, estilo e conteúdo) entre a narrativa da América e a do resto do mundo.

Esta é a primeira conotação do escritor Mark Twain, pseudônimo de Samuel Langhorne Clemens (Flórida, 30 de novembro de 1835 – Redding, 21 de abril de 1910).

Para Ernest Hemingway “Toda a literatura americana moderna vem de um livro de Mark Twain, Huckleberry Finn. (…) Todos os escritos americanos derivam disso. Não havia nada antes. Não havia nada tão bom antes.”


Oct 22, 202310:03
A ORIGEM DA MAÇONARIA BRITÂNICA

A ORIGEM DA MAÇONARIA BRITÂNICA

Desenvolvimentos iniciais
A história da Maçonaria Britânica começa com as guildas de pedreiros da Europa medieval. Estes artesãos habilidosos, responsáveis pela construção das impressionantes catedrais e castelos do seu tempo, formaram comunidades muito unidas com os seus próprios rituais e códigos de conduta. As guildas não apenas forneciam apoio profissional, mas também serviam como âncora social e moral para seus membros.
Com o tempo, o foco dessas guildas começou a mudar. À medida que a demanda por pedreiros diminuía, surgiu uma nova geração de membros, chamados de pedreiros "especulativos". Estes indivíduos, muitas vezes provenientes dos escalões superiores da sociedade, não eram eles próprios artesãos, mas sentiam-se atraídos pelos ensinamentos morais e filosóficos das corporações. Gradualmente, as guildas dos pedreiros transformaram-se nas lojas especulativas da Maçonaria moderna, colocando maior ênfase no desenvolvimento moral e espiritual.

Formação da Grande Loja Unida da Inglaterra
A fundação da Grande Loja Unida da Inglaterra (UGLE) em 1717 marca uma virada na história da Maçonaria. Quatro lojas de Londres se uniram para criar um único corpo governante, que serviria como pedra angular da Maçonaria organizada. Figuras-chave como Anthony Sayer, George Payne e Dr. John Theophilus Desaguliers desempenharam papéis centrais na criação da Grande Loja Unida da Inglaterra, moldando sua constituição e rituais.
A formação da Grande Loja Unida da Inglaterra teve um impacto profundo na difusão e no desenvolvimento da Maçonaria em todo o mundo. À medida que o Império Britânico se expandia, o mesmo acontecia com a fraternidade, com a formação de lojas em suas colônias e territórios. A Grande Loja Unida da Inglaterra não só forneceu uma autoridade central para a crescente comunidade maçónica, mas também estabeleceu o padrão para práticas e rituais que seriam adaptados por outras organizações maçónicas em todo o mundo.

Notáveis tradições maçônicas britânicas
Uma das marcas da Maçonaria Britânica é o seu forte compromisso com a caridade e o apoio social. As Lojas frequentemente se envolvem em atividades filantrópicas, prestando assistência aos necessitados em suas comunidades. Este espírito de caridade é parte integrante do ethos maçônico, refletindo a dedicação da fraternidade em promover um mundo melhor.
A Maçonaria Britânica está impregnada de simbolismo e alegoria e utiliza estas ferramentas para transmitir lições morais e verdades espirituais. Os rituais e cerimônias realizados nas lojas têm como objetivo transmitir sabedoria e promover o desenvolvimento pessoal dos membros. Esta rica tapeçaria de simbolismo, inspirada nas ferramentas e práticas dos primeiros pedreiros, acrescenta profundidade e significado à experiência maçónica, tornando-a uma viagem única e fascinante para os seus membros.
Oct 21, 202303:54
A Origem da Palavra Loja

A Origem da Palavra Loja

Ao realizar uma revisão histórica, verifica-se que o termo Loja Maçônica tem origem comum com o termo Loja Comercial.
Para Castellani, entre muitos maçons influenciados por obras não confiáveis, a palavra Loja para designar uma corporação maçônica vem da palavra sânscrita “LOKA ”. Mas a palavra “ LOKA ” significa espaço, lugar, tempo, como o latim “ LOCUS”, seu significado portanto não corresponde exatamente ao do termo Loja Maçônica.
A origem correta da palavra loja é encontrada em “Guildas Medievais”. Entre as guildas de artesãos medievais (hoje denominadas Maçonaria operativa), destacam-se as Guildas, características da Germânica e Anglo-Saxônica e que começaram a prosperar no século XII. Antes desta data, eram apenas entidades religiosas e não constituíam entidades profissionais.
Havia dois tipos de guildas: guildas mercantis e guildas artesanais. As corporações mercantis adotaram a palavra Loja para designar seus locais de depósito ou venda, ou seja, onde os produtos manufaturados eram armazenados e trocados. Deram origem, portanto, a casas comerciais de venda de produtos, que hoje correspondem a lojas comerciais.
As Guildas de Artesãos, ou seja, as oficinas de mestres artesãos, eram chamadas de Lojas e estas deram origem ao termo Loja Maçônica, que designa as corporações maçônicas, que atuam em Templos Maçônicos. O primeiro documento maçônico (da Maçonaria Artesanal) em que aparece a palavra Loja, data de 1292 e veio de uma Guilda.

O templo
Quanto à origem dos templos, percebe-se que no início, na era da Maçonaria operativa, junto aos grandes edifícios foi erguido um alpendre para diversos fins. Durante o inverno, os pedreiros, antigos maçons, realizavam ali atividades de preparação de materiais destinados à construção, quando os trabalhos foram retomados na primavera.
Os companheiros transitórios também permaneceram nesses locais, deslocando-se entre as cidades para aperfeiçoar seu ofício, aprendendo novos métodos e novas invenções. Nestes ambientes também foram expostas plantas, discutidos detalhes construtivos, distribuídas tarefas, tornando-se assim um local sagrado, assim como a própria arte de construir é, desde tempos imemoriais, considerada uma “arte sagrada”. (Gárcia).
Para Varoli Filho, o Templo Maçônico material, como os de hoje, com diferenças em cada Rito, foi uma criação tardia da Maçonaria Especulativa. Começou a ser imaginado nas últimas décadas do século XIII e foi parcialmente realizado no compartimento destinado às reuniões da loja, o "Freemasons Hall", inaugurado em Londres em maio de 1776.
Em 1778, o Grande Oriente da França começou a proibir o funcionamento de Lojas fora dos edifícios ou templos maçônicos. Até então, as Lojas funcionavam em espaços adequados, bastando apenas uma tela Símbolo colocada no chão ou em qualquer mesa retangular. Ainda havia quem desenhasse os Símbolos no chão, com giz, carvão ou numa tábua retangular de areia seca – prática herdada dos maçons ingleses.
Os desenhos foram destruídos quando a loja fechou. Dos retângulos simbólicos surgem os Painéis de cada Grau, bem como o percurso de enquadramento da Loja, dos Ritos que ainda a preservam.
Inicialmente, a entrada nos templos maçónicos era pelo Oriente, como nos templos do antigo Egito e no próprio Templo de Salomão, evoluiu para uma entrada pelo Ocidente, como nas igrejas cristãs.
Reunir-se num local escondido sempre foi uma tradição, mesmo em pousadas que se reuniam no topo de colinas, no fundo de vales ou em campos abertos (“country lodges”). Os maçons de Aberdeen, na Escócia, autorizados pela loja principal, praticavam iniciações numa tenda erguida no cume da colina Cunnigar, com vista para a Baía de Nigg, mas, em 1670, a loja mãe ou principal de Aberdeen proibiu, pelo seu estatuto, as reuniões como elas aconteciam e, em caso de mau som, permitia que as sessões fossem realizadas em prédios onde ninguém pudesse ver ou ouvir (Varoli Filho).
O Templo Maçônico representa o mundo e a Loja Maçônica representa a humanidade. A Loja é formada quando seus membros se reúnem em um Templo e, ao final de cada Sessão, a Loja é considerada fechada, mas o Templo permanece aberto, inclusive para funcionamento de outras Lojas Maçônicas.

A Loja e o Templo
Templo e Loja são expressões que se fundem em diversos Ritos, cujas constituições virtuais não falam de Templo e apenas mencionam Loja – reunião regular de maçons em lugares escondidos. Bouliet apud Aslan , diz que a palavra Loja tem origem no antigo alemão "Loubja", que significa cabana feita de folhas; no entanto, os ingleses derivam-no da palavra anglo-normanda "lodge", que tem o significado de habitação ou alojamento.
As duas origens etimológicas se complementam e se tornam a palavra inglesa “Lodge” com o significado de reunião maçônica que hoje lhe damos. Varoli Filho especifica que as Lojas, ao longo de sua evolução, funcionaram em Templos temporários, evoluindo para Templos com suas características atuais, que são parlamentos onde funcionam as Lojas.
Para Aslam, Loja é uma assembleia ou sociedade de maçons, devidamente organizada e cada irmão que dela fizer parte estará sujeito aos seus estatutos e regulamentos. Boucher apud Aslan, especifica que as reuniões de maçons dos diferentes graus são chamadas de Lojas ou Oficinas e que este sobrenome é dado em memória das primeiras reuniões de maçons operacionais.
Para Garcia, a Loja Maçônica é a base de todas as organizações maçônicas e é simbolicamente uma redução da humanidade e funciona em um Templo que representa uma redução do universo, criado pelo Grande Arquiteto do Universo, nas dimensões dos princípios universais sobre os quais o homem se estabelece para dominar e ampliar seu conhecimento, associando cada utensílio utilizado, aqui onde se qualifica na razão e na moral que deve ser absorvida pelo homem em si mesmo, só assim ele poderá compreender e libertar-se das coisas que o rebaixam.

Conclusões
Ao longo deste documento existem discrepâncias quanto à origem da palavra Loja e também confusão entre Loja e Templo.
A Loja Maçônica, cujo significado da palavra tem a mesma origem da palavra Loja para designar estabelecimentos comerciais, quando utilizada para designar uma instituição maçônica, refere-se à instituição como sua razão social, composta por membros (homens livres de bons costumes). ) e este necessita de um espaço físico para funcionar, que são os Templos. A Loja só se materializa quando seus membros se reúnem em sessão. Ao final da assembleia, a Loja é desmontada e só será reconstituída na reunião seguinte.
Adaptado de um autor desconhecido

Observação
O sânscrito foi a língua falada pelos invasores indo-europeus do Punjab por volta do século 14 aC; Tendo afinidades com o antigo persa, grego e latim, nunca foi uma língua popular, sendo reservada a padres e estudiosos. A primeira literatura indiana, de inspiração filosófica e religiosa, foi escrita nesta língua, constituindo os “Vedas”, uma coleção de hinos sagrados

Oct 19, 202308:43
QUANTO TEMPO DEVO TRANSPORTAR ESSES RUFIÕES COMIGO?

QUANTO TEMPO DEVO TRANSPORTAR ESSES RUFIÕES COMIGO?

Por Robert G. Davis, 33

Os graus da Maçonaria baseiam-se na compreensão clara de que os homens precisam estar engajados na busca pelo auto aperfeiçoamento. Mas muitos caras por aí não concordam com a missão. Eles não sabem quem são ou para onde estão indo com suas vidas. Eles estão confusos e muitas vezes desencaminhados pelos seus instintos primitivos. Eles estão cheios de ideias definidas pela mídia sobre a masculinidade, e seu condicionamento social tem sido baseado em grande parte no físico, no sexo, na riqueza e na conquista. Eles podem parecer muito bem-sucedidos nas aparências. No entanto, fica totalmente perdido em saber o que significa auto aperfeiçoamento, de onde ele vem e como acessá-lo.

Oct 18, 202309:37
Irmandade no Século 21

Irmandade no Século 21

Por Irmão Byron J. Collier
Como Maçons, orgulhamo-nos da antiguidade e da história da Arte, mas serão as nossas cerimónias e rituais por si só suficientes para satisfazer as gerações futuras? O futuro exigirá uma melhor compreensão do que realmente significa ser maçom através de um melhor conhecimento de nós mesmos e da prática dos princípios que todos juramos defender em nossos juramentos ou obrigações. Acredito ainda que o exemplo silencioso de homens íntegros que demonstram as virtudes morais e sociais de homens bons, e que fazem a coisa certa por causa da justiça, prevalecerá e preencherá as lacunas sociais criadas nesta nova era.
Para que a nossa fraternidade não apenas sobreviva, mas prospere, devemos fazer da recepção de novos membros e da retenção dos irmãos existentes uma parte importante do que fazemos na Loja. As experiências dos primeiros meses de um Aprendiz e Companheiro, e dos primeiros anos de um novo Mestre Maçom determinarão como eles veem a Maçonaria pelo resto de suas vidas. É por isso que o compromisso com a orientação e a sustentação do companheirismo é relevante, agora mais do que nunca. Acredito que nossas Lojas deveriam se esforçar por melhores maçons, em vez de mais maçons.
Há uma velha história sobre um homem que estava pensando em se oferecer como candidato à Maçonaria. Ele selecionou uma das duas Lojas em sua área local. Depois que ele se tornou maçom, um amigo perguntou por que ele havia escolhido sua Loja específica. Sua resposta foi que após entrevistas com oficiais das duas Lojas, sua seleção foi fácil porque uma Loja estava muito interessada nele como candidato, enquanto a outra estava interessada nele como irmão. Qual você acha que ele escolheu?
Embora tornemos as nossas reuniões mais interessantes através de eventos sociais e da educação maçónica, a força motriz que une os maçons é a nossa comunhão quando nos reunimos; seja nas reuniões da Loja ou em encontros casuais na rua. Não demora muito para um novo maçom perceber que pode esperar formar novas amizades para o resto da vida. No entanto, um dos maiores perigos surge quando a “novidade” da experiência maçónica começa a desaparecer. Quando a frequência de um homem se torna irregular ou ele para de frequentar a Loja, isso sugere que: 1) suas prioridades mudaram, 2) ele está ficando sobrecarregado com os deveres da Loja, ou 3) algo mudou em sua vida. Para saber o que mudou para o irmão, devemos estar dispostos e ser capazes de travar um diálogo aberto e franco.
Para chegar ao ponto de uma conversa honesta e aberta com os nossos irmãos maçônicos, devemos estar mais próximos. Devemos fazer um esforço concentrado para obter as opiniões e sentimentos de todos os membros, e não apenas de alguns. Portanto, se a formalidade de uma reunião da loja impedir a contribuição de alguns membros, devemos reconhecer isso e solicitar as suas opiniões em reuniões menos formais ou em discussões individuais. É importante que cada Irmão sinta que não está excluído, que a Loja acolhe os seus pontos de vista e que “deu a sua opinião”.
Uma das armadilhas mais comuns que devemos ter cuidado para evitar é apenas nos associarmos com os nossos maçons que pensam como nós, pois podemos criar o que parecem ser “panelinhas”. Digo percebido porque às vezes não dedicamos tempo suficiente para compreender plenamente todos os nossos irmãos. Eles podem ter a mesma opinião mais do que imaginamos!
Finalmente e mais importante, devemos praticar a abertura e a tolerância. Abertura para se sentir à vontade para discutir assuntos delicados, questões humanas que são importantes para construir e manter bons relacionamentos. Porque somos todos diferentes, cada um de nós vem de origens diferentes e cada um de nós pensa e age de forma diferente; portanto, devemos nos conhecer suficientemente para podermos conversar num nível que promova a amizade e ao mesmo tempo evite a discórdia. Devemos também assumir uma atitude que seja completamente tolerante com os pontos de vista e ideias dos nossos irmãos. Podemos sentir que a sua ideia ou ponto de vista está errado, mas devemos reconhecer que eles têm as suas próprias razões para as suas expressões, e não nos compete julgá-los por isso. Como pessoas, todos nós dizemos e fazemos coisas que mais tarde gostaríamos de poder retirar. Bem, podemos tentar recuperá-los abertamente, sendo honestos conosco mesmos e tentando corrigir esses erros e perdoar rápida e facilmente as transgressões dos outros. Ouso dizer que todos conhecemos irmãos da Arte que, por uma razão ou outra, estão em algum nível de disputa emocional com outros maçons. Essas disputas são realmente importantes no grande esquema das coisas? Eu realmente acredito que uma boa discussão honesta tornaria inexistentes a maioria das disputas. Cada um de nós deve aprender a procurar e aceitar admoestações e sussurros de bons conselhos de outros, e pelo menos ter alguma concordância ao “concordar em discordar”.
Peço-lhe que considere e pratique essa abertura e tolerância e que expresse um interesse genuíno pelo seu companheiro maçom, o homem que você chama de Irmão.

Oct 17, 202306:16