Meditações Entoadas, Inspirações, Contos e Enlevos | Moema Alencar .:.

Escute. Estamos continuamente ouvindo informações vindas do mundo à volta e dentro de nós. Minimize distorções abaixando o volume do seu diálogo interior. Imagine que o universo está prestes a sussurrar a resposta às suas questões mais profundas... e você não quer perder isso. Escute. Simplesmente e sem analisar ou comentar qualquer sons que entra na esfera ada consciência. Não rotule os sons. Se começar a pensar lembre-se de apenas escutar. E escute. Escute os sons sem esforço. Deixe-os chegarem a você. Não há necessidade de retesar ou fazer força. Confie. Renuncie ao controle. Fique à vontade. Tranquilo, silencioso, receptivo e alerta. Escute. Perceba como os sons surgem e desaparecem. Os sons surgem e desaparecem fundindo no silêncio ou em outros sons. Não tente detê-los. Permita que fluam. Escute. Para onde os sons vão? Escute. De onde vêm os sons? Escute. Viva a experiência de como o espaço de sua consciência acomoda sem esforço uma sinfonia de sons, pensamentos, sensações, sentimentos e visões que se interpenetram simultaneamente. Deixe seu corpo-mente relaxar em uma claridade sem impedimentos. Escute. Permita que as respostas a essas questões cheguem a você como compreensão, não como pensamentos. Escute, e reflita: quem está ouvindo?

(Joel Levey e Michelle Levey)

Por Moema Alencar

Edição, Paulo Coração.

'Tenhais confiança não no mestre, mas no ensinamento. Tenhais confiança não no ensinamento, mas no espírito das palavras. Tenhais confiança não na teoria, mas na experiência. Não creiais em algo simplesmente porque vós ouvistes. Não creiais nas tradições simplesmente porque elas têm sido mantidas de geração para geração. Não creiais em algo simplesmente porque foi falado e comentado por muitos. Não creiais em algo simplesmente porque está escrito em livros sagrados; não creiais no que imaginais, pensando que um Deus vos inspirou. Não creiais em algo meramente baseado na autoridade de seus mestres e anciãos. Mas após contemplação e reflexão, quando vós percebeis que algo é conforme ao que é razoável e leva ao que é bom e benéfico tanto para vós quanto para os outros, então o aceiteis e façais disto a base de sua vida.'

Gautama Buddha - Kalama Sutra

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'Quando curiosamente te perguntarem, buscando saber o que é Aquilo, não deves afirmar ou negar nada. Pois o que quer que seja afirmado não é a verdade, e o que quer que seja negado não é verdadeiro. Como alguém poderá dizer com certeza o que Aquilo possa ser enquanto por si mesmo não tiver compreendido plenamente o que É? E, após tê-lo compreendido, que palavra deve ser enviada de uma região onde a carruagem da palavra não encontra uma trilha por onde possa seguir? Portanto, aos seus questionamentos oferece-lhes apenas o silêncio, Silêncio – e um dedo apontando o Caminho.' Verso Zen

Por Moema Alencar

Edição, Paulo Coração.

A herança... é a temperança. A benção, é de abundância. E o que escolho? Atenção, atenção. Discernir... é a herança. Casa desejo, seu preço. E o que vejo? Atenção, atenção. Bendigo ver com os olhos, bendigo ver com a mente, bendigo me temperar, bendigo estar consciente. Rezo com sabedoria, rezo em mim e em meu reflexo. Me batizo, e renasço. Se eu mesma fiz, também desfaço. Eu sou o que sou; perfeição e beleza, mistério e graça, bondade e compaixão, ciência e evolução; sou os reinos, sou a luz; sou o plano, e o que o eleva; sou a descendência e a aspiração; a herança, eu mesma sou. Rezo com sabedoria, rezo em mim e em meu reflexo. O rezar me instrui, na presença do eterno. Salve Luz .:.

Por Moema Alencar

Edição: Paulo Coração

Que todo o Universo seja abençoado, que todos os seres se empenhem no bem-estar do próximo, que toda fraqueza, doenças e faltas sejam diminuídas e desapareçam, que todos, em toda parte, sejam felizes e estejam em paz.

Luz, luz, plena luz .:.

- das Sabedorias de todos os tempos

Por Moema Alencar

Edição: Paulo Coração

'Por todas as filhas e filhos e velhas e velhos que, não obstante difamações culturais que digam o contrário, não obstante mágoas, decisões equivocadas, fracassos totais... são prova viva de que a alma ainda volta à vida, ainda vive, e de modo vibrante... por todas as filhas e velhas, filhos e velhos que, apesar de todas as fraquezas, apesar de toda a lengalenga do ego que indicaria o oposto, há muito tempo têm certeza, ou acabam de ter um vislumbre, de que nasceram com a sabedoria no corpo e na alma, e que essa sabedoria é tanto sua herança dourada como seu estopim dourado. Por todas as filhas e mais velhas, filhos e mais velhos, que estão criando as referências que mais importam: prova de que são como uma árvore gigantesca que, por sua capacidade de se mover em vez de permanecer imóvel, pode sobreviver às piores tempestades e perigos; e ainda estar de pé depois; ainda descobrir seu jeito de voltar a balançar, ainda continuar a dança. Por todas as filhas e filhos que ainda estão em formação, quer tenham acabado de começar, quer já tenham avançado no caminho, para se tornarem "ordinariamente majestosos" e tão sábios, indomáveis e perigosos quanto forem convocados a ser — o que é muito. Muito. Muito. Por elas e por eles... por todos nós, Grande Avó e Grande Avô, Grande Neto e Grande Neta, da mesma forma... Que todos nós nos aprofundemos e vicejemos, que criemos a partir das cinzas, que rotejamos aquelas artes, ideias e esperanças que não podemos permitir que desapareçam da face desta terra. Por tudo isso, que vivamos muito, e nos amemos uns aos outros, jovens enquanto velhos, e velhos enquanto jovens para todo o sempre. Amém. "Quando uma pessoa vive de verdade, todos os outros também vivem."' Por Moema Alencar - versão livre, adaptada e inspirada nas bendições da Ciranda das Mulheres Sábias de Clarissa Pinkola Estés

'E por todas as filhas e filhos e velhas e velhos que apoiam o que é bom e afastam a obediência cega a qualquer supercultura que premie somente a forma nivelada e deprecie o pensamento... por todas as filhas e filhos e velhas e velhos que estão se tornando escaladores cada vez mais astutos de montanhas místicas e que por vezes percorrem caminhos acidentados... por aquelas e por aqueles que cada vez mais põem alma no que dizem, e pelos animais, águas, terras e céus... por aquelas e aqueles que são a lente que amplia a luz do farol, que se erguem como terra firme, onde antes não havia terra... por aquelas e aqueles que estão inflamadas com o desejo de ensinar e de aprender, que estão apenas descansando para poder se levantar com prazer mais uma vez... por essas flores noturnas cuja fragrância tem um efeito profundo e prolongado, muito embora os botões estejam ocultos... por todas as filhas e filhos e velhas e velhos que mantêm as mãos não só no berço, mas também na roda do leme do mundo ao seu alcance... por aqueles que abandonaram algo essencial e gerador de vida, e voltaram para recuperá-lo... por aquelas que destruíram algo e pediram perdão com humildade em nome do amor... por aqueles que deixaram algo por fazer, se esqueceram, sem captar sua importância — mas voltaram, reconstruíram, amenizaram, deram "a bênção" na medida da sua capacidade... por todas as filhas e filhos, velhas e velhos, que assumiram o papel de culpados e deram tudo de si para reparar danos causados por outros... por aquelas e aqueles que sempre se interessam mais em ser amorosos do que em estar com a "razão"... Por elas e por eles... que se deem conta de como sua vida é preciosa, de como, apesar de quaisquer imperfeições, eles são exatamente os baluartes, as pedras de toque, as notas fundamentais, os paradigmas necessários.' Por Moema Alencar - versão livre, adaptada e inspirada nas bendições da Ciranda das Mulheres Sábias de Clarissa Pinkola Estés

'Por todas as filhas e filhos inteligentes, desconhecedores, sem rumo e pelos que tudo sabem... pelas filhas e filhos que estão avançando direto ou que prosseguem aos trancos... pelos que estão aprendendo a chorar novamente... pelos que estão aprendendo a gargalhar... por todas eles, não importa se estão saudáveis, curados ou não, não importa de que classe, clã, oceano ou estrela... por todas as filhas e filhos que herdaram amor em abundância de antepassados queridos que já se foram, mas que mesmo assim ainda fazem visitas... por todas as filhas e filhos que um dia ouviram por acaso o conselho de uma sábia ou de um sábio destinado a outros ouvidos, mas essas "palavras certas na hora certa" causaram uma centelha que iluminou seu mundo daquele momento em diante para sempre... por todas as filhas e filhos que ouviram a sabedoria, não a entenderam, mas a guardaram para o dia em que conseguissem compreender... pelas filhas e filhos que remam sozinhos e cujos antepassados escolhidos foram por necessidade encontradas em livros queridos, em imagens norteadoras captadas no cinema, na pintura, na escultura, na música e na dança... pelas filhas e filhos que absorvem o bom senso e as atitudes necessárias trazidas por espíritos de sabedoria, ásperos e evanescentes que aparecem em sonhos noturnos... pelas filhas e filhos que estão aprendendo a escutar a velha sábia e o velho sábio da psique, aquela estranha sensação interior de nítida percepção, de audição, noção e ação intuitivas... pelas filhas e filhos que sabem da fonte de sabedoria interior.... Por elas e por eles... abençoados sejam suas belezas, tristezas e buscas; que sempre se lembrem de que perguntas ficam sem resposta, até que sejam consultados os dois modos de enxergar: o linear e o interior.' Por Moema Alencar - versão livre, adaptada e inspirada nas bendições da Ciranda das Mulheres Sábias de Clarissa Pinkola Estés

'E pelas filhas e filhos queridos... por aquelas e aqueles que estão aprendendo a ser sãos e sábios de novo — ou sãos e sábios pela primeira vez na vida... E assim, por todas as grandes mulheres e grandes homens mais velhos que percebem que não podem existir sem os jovens com quem meditar, a quem ensinar, de quem aprender, em quem encontrar humor e para quem encontrar potencial, na direção de quem se inclinar, em quem se derramar... e, do mesmo modo, por todas os mais jovens que perceberem que lhes restaria uma vida menos favorável sem a essência dos mais sábios com quem meditar, a quem ensinar, com quem aprender, em quem encontrar humor e para quem encontrar potencial, na direção de quem se inclinar, em quem se derramar. E assim, por todas as filhas e filhos jovens, de meia idade e mais velhos que ainda hão de vir à lareira dos anciãos pela primeira vez, muitas vezes ou pela última vez... por todas as grandes filhas e filhos que manterão aceso o fogo desses relacionamentos sucessivos, por meio de cartas e livros, ensinamentos e reuniões, ditados e chamadas de atenção, viagens, bem como com a simples vizinhança... a todas as belas mulheres e belos homens, jovens, velhos e no meio do caminho, que se procuram, que trabalham em busca de ser mãe-irmã-filha  e pai-irmão-filho uns para os outros, que estão se dando conta de que são o refúgio, um verdadeiro refúgio unos para os outros... por aquelas e aqueles que percebem que estão juntos para que o menos experiente e o mais experiente possam um dia encontrar seu lar... o lar: aquele lugar da alma habitado com maior persistência à medida que acumulam em torno de si seus anos de sabedoria... o lar: qualquer lugar onde haja necessidade do Amor, abrigo para o Amor, enaltecimento do Amor... Por elas e por eles... por todos os corações peregrinos... que sempre possam se encontrar e não passar sem se ver, mas que permaneçam perto uns dos outros e que se fortaleçam, e com isso fortaleçam os perímetros e portais do mundo da alma confiados à sua guarda.' Por Moema Alencar - versão livre, adaptada e inspirada nas bendições da Ciranda das Mulheres Sábias de Clarissa Pinkola Estés

'Por todas aquelas e aqueles inteligentes e corajosos, grandes mães e pais... por todas aquelas e aqueles que são robustos, humildes, que se casaram com o próprio Amor e deram à luz cinco filhos insubmissos chamados Paz, Esperança, Sagacidade, Interferência e Impetuosidade... por aquelas e aqueles reverenciados que derramaram dentro de nós vinte, trinta, quarenta, cinquenta, sessenta, setenta e oitenta anos de vida, que derramaram um rio de conselhos, advertências, que colocaram no nosso bolso mapas de tesouro dobrados para levarmos ao entrar na selva... por aqueles e aquelas que nos desafiaram, nos instigaram, cutucaram e empurraram... as ações exatas para nos fazer crescer na direção dos caminhos exatos para que pudéssemos cultivar mais nossa alma... por seus afagos carinhosos, seus olhares ternos, seus estranhos jeitos de nos incentivar a inovar e ter tanta coragem quanto eles... por seus murmúrios no nosso ouvido: Não tenha medo, estou com você, não desanime, siga em frente, brilhe agora, abaixe-se agora, e não, assim não vai funcionar, e sim, desse jeito, sim, desse jeito... por suas qualidades enternecedoras, por estipularem limites, manterem limites, transgredirem limites; e por apagarem limites rígidos demais e ajustarem limites muito frouxos. Por essas grandes senhoras e senhores, alguns veneravelmente maduros na idade, alguns velhos no tempo da alma, mas decerto sábios, que atuam como o Norte Verdadeiro para outros — pelo simples fato de existirem... Por elas e por eles... que sempre sejam mantidos em segurança, alimentados por muitas fontes, que sempre recebam demonstrações de amor e gratidão, que mantenham sua alma vicejante a céu aberto para que todos vejam.' Por Moema Alencar - versão livre, adaptada e inspirada nas bendições da Ciranda das Mulheres Sábias de Clarissa Pinkola Estés

'Por todas as tias e tios perspicazes e todas aquelas e aqueles que se postam como avós e avôs guardiões para qualquer alma necessitada... por aquelas e aqueles que acolhem filhas e filhos, de sangue ou não, com a mesma facilidade e compatibilidade com que as flores acolhem as abelhas... pelas mulheres e homens mais velhos, queridos e amados pelos mais jovens... (cinco segundos mais jovens ou mil anos mais velhos, não importa). Por todas as idosas e idosos que estão tecendo uma vida vigorosa, preenchendo a trama com no mínimo um fio de ousadia, dois fios de impetuosidade e três de  sabedoria... pelas anciãs e pelos ancião que, com veemência, perdoam, desembaraçam, fazem expansões inspiradas, desvios, recuos e consertos na vida e nos seus relacionamentos... para que almas menos experientes vejam e aprendam a fazer o mesmo, e sem constrangimento. Por todas as mulheres e homens das raízes, das igrejas, aquelas e aqueles que respeitam a presença dos mais velhos e do sagrado, aquelas e aqueles que carregam o rosário, que usam túnicas nos tons do açafrão e do marrom-avermelhado, que usam o darma como seu traje principal para todas as ocasiões... por todas aquelas e aqueles em montes sagrados e em cachoeiras, em florestas e em templos feitos de terra e lama... todas aquelas e aqueles na "igreja por baixo da igreja"... e todas as idosas e idosos ainda capazes de visitar a diminuta catedral rubra do coração... por todas essas mulheres e homens das raízes que imploram por paz, amor e compreensão, e que agradecem e louvam com tanto fervor — que flores brancas praticamente se abram acima de sua cabeça quando estão rezando... Por elas... que continuem sempre a nos ensinar a amar este mundo e todos os seres que nele estão... das formas que mais importem para a Alma.' Por Moema Alencar - versão livre, adaptada e inspirada nas bendições da Ciranda das Mulheres Sábias de Clarissa Pinkola Estés

'Pelas avós e avôs, nas cozinhas, de cujas mãos, corações e mentes vêm muitos tipos de alimento — doces, agridoces, fortes, suaves, picantes —, alimentos que perduram na alma muito depois do primeiro registro do sabor na mente... por todas as desbravadoras e desbravadores, que desafiaram a morte, as corajosas e corajosos, assim como todas as bravas e bravos, que são exemplos vivos do que significa ter ao mesmo tempo um corpo físico e uma alma... por todas as mulheres e homens sábios, tranquilas e tranquilos como rios e igualmente propiciadoras e propiciadores de vida a quem chega por acaso ou em fuga às suas margens. Por todas as velhas e velhos que acalmam e ajudam a curar não importa quem seja que eles toquem, por pior que seja a condição em que encontrem a pessoa... por aquelas e aqueles que, pelo menos uma vez, tenham viajado para muito longe para alcançar os gravemente feridos que outros não veem, ou que se recusam a tocar... por aquelas e aqueles que ousam dar abrigo a anjos que chegam sem se fazer anunciar... e por aqueles e aqueles que se compadecem de animais abandonados... pelas velhas e velhos que aparecem sujos com salpicos de tinta ou adornados com ideias radicais; ou que simplesmente surgem por um bom motivo quando mais ninguém ousa... Por elas e por eles... que sempre sejam corajosos; que suas almas sejam protegidas por muitas outras, pois ao nosso mundo carente eles trazem recursos conquistados a duras penas.' Por Moema Alencar - versão livre, adaptada e inspirada nas bendições da Ciranda das Mulheres Sábias de Clarissa Pinkola Estés

'Por todas as mulheres e homens mais velhos que estão aprendendo quando chegou a hora certa de dizer o que precisa ser dito e não se calar — ou calar-se quando o silêncio for mais eloquente que as palavras. Por todas as velhas e velhos em formação, que estão aprendendo a ser gentis quando seria tão fácil ser cruel... que conseguem ver que podem cortar quando for necessário, com um corte afiado e limpo... que estão praticando a arte de dizer verdades totais com total compaixão. Por todas aquelas e aqueles que rejeitam as convenções e preferem apertar as mãos de desconhecidos,  cumprimentando-os como se os tivessem criado desde filhotinhos e os tivessem conhecido desde sempre... por todas aquelas e aqueles que estão aprendendo a chocalhar os ossos, balançar o barco — e a cama —, além de acalmar as tempestades... por aquelas e aqueles que são os guardiões do azeite para a lâmpada, que se mantêm em silêncio no culto diário... por aquelas e aqueles que cumprem os rituais, que se lembram de como fazer fogo a partir da simples pederneira e paina... por aquelas e aqueles que dizem as antigas orações, que se lembram dos símbolos, das formas, das palavras, das canções, das danças e do que no passado os ritos tinham o objetivo de instaurar. .. por aquelas e aqueles que abençoam os outros com facilidade e frequência... por aquelas e aqueles mais velhas que não têm medo — ou que têm medo — e que agem com eficácia de qualquer modo... Por elas e por eles... que vivam muito, com força e saúde, e com um imenso espírito aberto aos ventos.' Por Moema Alencar - versão livre, adaptada e inspirada nas bendições da Ciranda das Mulheres Sábias de Clarissa Pinkola Estés

'Por todas as idosas e idosos do mundo, cada uma e cada um e de cada tipo que já tenha sido criado, aquelas e aqueles que foram levados com delicadeza pelas ondas, e aquelas e aqueles que quase naufragaram em quantidades de tempestades e ventanias, aquelas e aqueles que se agarraram a destroços por tempo suficiente para cobrir metade da distância e, a partir dali, conseguiram avistar a terra firme... Pelas velhas e velhos que, em todas as suas diversidades, tristezas e talentos, agora estão tímidos ou determinados, meio em desalinho ou bem-arrumados, mas mesmo assim altivos... Pelas tribos das grandes idosas e idosos... com todas as suas penas e peles, todas as suas folhas, trajes de combate, suas asas e faixas, com seus símbolos cerimoniais, seus colares e cetros de autoridade, em todo o seu orgulho atlético e terno, em todos os seus bicos e caudas que reluzem e farfalham, em toda a sua sensualidade e seu caminhar vagaroso, em todos os seus comportamentos inesperados e revoltantes, em todas as suas excentricidades e toda a renda e pintura tribal, em todas as cores do seu clã e insígnias de poder, com todo o seu temperamento feroz e bondoso, de olhos brilhantes... por todos os seus costumes generosos e de preservação... por todo o seu supremo cuidado para que a decência, a vida criativa e o carinho pela alma não desapareçam da face da terra... por toda essa abençoada beleza que se encontra nelas e neles... Por elas e por eles... peçamos em prece que a força e a cura caiam direto nos ossos da sua coragem para sempre.' Por Moema Alencar - versão livre, adaptada e inspirada nas bendições da Ciranda das Mulheres Sábias de Clarissa Pinkola Estés

Versão livre, adaptada e inspirada nas bendições da Ciranda das Mulheres Sabias de Clarissa Pinkola Estés Por Moema Alencar

Eu saúdo esse dia, grande espírito. Eu entrei nesta vida há muito tempo e coloque a pele para andar sobre duas pernas nesta criação. E que tempo glorioso tem sido. Me ensinou sobre respirar e sobre sentir, sentir e cuidar através do meu coração. E eu andei por aquela estrada vermelha, olhando e tentando entender mais sobre o mistério e os segredos que ela guarda. E você falou comigo através do vento, e você cantou para mim através dos pássaros. E você trouxe desafios para que eu possa ouvir a mensagem você me traz com mais atenção. E eu continuei andando por esta estrada. E eu vim na curva, no meio daquela curva na estrada. E comecei a encontrar um segredo no Espírito do meu Ser... E eu ainda caminhava, às vezes cego e surdo, e às vezes com dor. Mas lutei com meus medos e abracei meu desconhecimento – E ainda assim continuei. E meus filhos e minha família ficaram comigo, e nos conhecemos nesses últimos anos mais do que sabíamos de nós. E ainda assim continuei andando nesta estrada em direção a você, para aquele outro mundo que se aproximava de mim a cada degrau. E como a porta do grande espírito se aproximava, meu medo me assombrava. Mas algo me chamava adiante. A estrela da manhã se levantava a cada dia. E minha oração se tornou uma centralização – e ainda assim continuei. Até que comecei a ouvir a canção da mãe, e seus braços me abraçaram de um jeito que em vez de andar ela me carregou direto para a porta. E quando a porta se abriu, ouvi sua canção. E sua canção me levantou para que eu pudesse voar.

Por Moema Alencar, versão e adaptação livre de Walk On
Violão, composição e edição: Paulo Coração

Àgua sagrada, que lava, que leva, que limpa. Terra sagrada, que seca, que fica, que abriga. Fogo sagrado, sol que clareia, chama pereira, essência da vida. Vento sagrado, que sopra, que toca... e desperta o ser.

Por Moema Alencar

* Se for confortável para você, experimente ouvir os áudios usando fones de ouvido. Alguns elementos ficam mais perceptíveis assim.

Edição: Paulo Coração

Anjo guardião, dou-te minhas mãos, tua é a missão. Curando com fé, medicina da luz. Ungindo com a paz e o sagrado sinal da cruz. Bendizendo este corpo, elevando esta alma, libertando o anjo, que sabe, e sara. Bendizendo esta terra, consagrando seus frutos, libertando o divino, em todos, em tudo. Anjo guardião, amado anjo irmão, juntos na missão, por um só coração.

Por Moema Alencar

* Se for confortável para você, experimente ouvir os áudios usando fones de ouvido. Alguns elementos ficam mais perceptíveis assim.

Edição: Paulo Coração

A origem de onde vim, é destino encontrar. Vou andando, vou voltando, minha origem é meu lar. Cumpro agora aqui o amém, em tudo que fiz germinar. Vou me vendo e entendendo, bendizendo enxergar. Esse é o destino que me fiz, tendo o sutil em alto andar. Vou me vendo e entendendo, o sutil é o meu lar. Assimilo e cresço, no sutil, repouso, adormeço e torno a me originar.

Por Moema Alencar

* Se for confortável para você, experimente ouvir os áudios usando fones de ouvido. Alguns elementos ficam mais perceptíveis assim.

Edição: Paulo Coração

Um sinal procuro, no lar do céu ou lar do mundo. Onde está pai de tudo? Mãe de tudo que cria, o sinal que procuro, onde é que brotará?

Amada luz que banha tudo, tamanha dor a dor do mundo. Ensina-nos a perdoar, ensina-nos a atravessar um vale tão profundo.

Um sinal procuro, no mar do céu ou lar do mundo. E aqui está pai de tudo, mãe de tudo que cria. O sinal que procuro, dentro é que brotará.

Amada luz que banha tudo, tamanho amor o amor no mundo. O vale somos nós, e a luz, e a voz. E o sinal profundo.  

Por Moema Alencar

* Se for confortável para você, experimente ouvir os áudios usando fones de ouvido. Alguns elementos ficam mais perceptíveis assim.

Edição: Paulo Coração

Dos males que pairam no ar, e da sombra de toda tentação, removo no dever de curar, proclamo a eterna compaixão.

Pra da liga do mal nos desviar, e dos cantos doces da ilusão, removo no dever de vestir o manto da guarda e proteção.

Junto aos astros que luzem no ar, junto às hostes de guardiões, removo no dever de nutrir o santo em nossos corações.

Por Moema Alencar

* Se for confortável para você, experimente ouvir os áudios usando fones de ouvido. Alguns elementos ficam mais perceptíveis assim.

Edição de áudio: Paulo Coração

Espírito do vento, espírito do ar, espírito que é luz Inspira em mim sua paz. Ampara-me, abriga-me. Me faz ver na escuridão. Norteia-me, norteia-me. Mãe-luz dá a direção. Espírito do tempo de tudo o que existiu, alerta-me, aviva-me pra o que já me instruiu. Ampara-me, abriga-me. Me faz ver na escuridão. Norteia-me, norteia-me. Mãe-luz dá a direção.

Por Moema Alencar

* Se for confortável para você, experimente ouvir os áudios usando fones de ouvido. Alguns elementos ficam mais perceptíveis assim.

Edição de áudio: Paulo Coração

Em silêncio para ouvir a voz do anjo falar. Muito atento pra sentir a vibração em que ele está. Pra dialogar com o anjo é correto se empenhar, se despir de tanto engano pra poder com o anjo olhar. Dois em um, três, portanto, outra compreensão dá. Pra sintonizar com o anjo basta ser e confiar. Que uma chave gira dentro, por fora não pode entrar. Na morada dos bons anjos um a um pode chegar. Em silêncio para ouvir o bom anjo se expressar. Reverente, assumir a instrução que ele dá: para adormecer com os anjos é correto acordar, reconhecer o reino, em si e em tudo o que há.

Por Moema Alencar

* Se for confortável para você, experimente ouvir os áudios usando fones de ouvido. Alguns elementos ficam mais perceptíveis assim.

Edição de áudio: Paulo Coração

Esse é o canto do curador - é o chamado do amor. Venha vento... traga a luz. Voe longe e sopre lá. Esse é o canto do beija-flor - é o chamado do amor.

Beija-flor que vive aqui, leve amor e cura lá. O irmão que está a dormir, no amor vai despertar. É a cura que vem, no intento do bem. É a cura que vem, e no amor se mantém. Luz .:. 

Por Moema Alencar

* Se for confortável para você, experimente ouvir os áudios usando fones de ouvido. Alguns elementos ficam mais perceptíveis assim.

Edição de áudio: Paulo Coração

Será que é chegada a hora, de conceder o que meu ser implora, me governar?

Será que a testemunha olha, será que o firmamento apoia, eu me entregar?

Que os anjos ouçam meu sincero apelo, toquem meu corpo, sanem o desespero, pra consumar.

Sou anjo-luz reino em meu íntimo. Em água-luz transmuto meus líquidos. Anjo solar .:.

Por Moema Alencar

* Se for confortável para você, experimente ouvir os áudios usando fones de ouvido. Alguns elementos ficam mais perceptíveis assim.

Edição de áudio: Paulo Coração

Acordar na vida, pra vida nascer. O sonho de sonhos, adormece o ser. Desperta e anima o divino poder. Ouve o som que ensina o dom de bem-querer. De bem querer a vida, bem querer saber, desperta, se alinha, com o dom de bem-querer. Desperta, caminha, livre e sem temer.

Por Moema Alencar * Se for confortável para você, experimente ouvir os áudios usando fones de ouvido. Alguns elementos ficam mais perceptíveis assim.

Edição: Paulo Coração

'Elevo meu pensamento a meu eu superior e ao supremo princípio criativo, à Lei Universal,  fonte original de toda existência, que vive nos planos superiores de consciência;

possamos nós ter o devido respeito impessoal pela lei do universo;

que nossos desejos e atividades sejam tais que a lei suprema possa cumprir-se plenamente;

que a Lei seja cumprida em nossa consciência e através de nós, – no universo visível assim como no universo invisível;

que a cada dia que passa, nós possamos beber da fonte da vida e tenhamos novas oportunidades de obter conhecimento;

e que predomine a boa vontade entre todos, pois lutamos para libertar-nos das nossas imperfeições e para ajudar os outros a que se libertem do mesmo modo, e porque na medida em que ajudamos os outros, elevamos a nós próprios;

que possamos perseverar na busca do mais elevado, pois  sabemos que os estados inferiores de consciência perdem seus atrativos para quem enxergou a meta sagrada;

que possamos evitar o erro, desejando apenas o que seja útil para avançar no caminho do aperfeiçoamento.'

2018

Voz, Moema Alencar

Edição de áudio: Paulo Coração

Acervo da LIT - Loja Independente de Teosofistas Autoria: Carlos Cardoso Aveline

‘Vivo no território sóbrio da ética. Sou um com todos, no nível do que é sincero. O fogo do respeito pela verdade me defende. Nada tenho em comum com quem quer que seja no plano do erro intencional: rejeito vícios, afasto falsidades, elimino impurezas. Não temo pagar pelos meus erros. Estou em harmonia com todos os seres, enquanto o sentimento é honrado e a intenção, altruísta. Desaprovo o que é indigno. Compaixão é útil para ajudar alguém a erguer-se. Não serve de desculpa para aderir ao erro. Deixo de lado quem me vê como desonesto ou espera que eu apoie hipocrisia. O perdão mútuo dos perversos não me interessa. Peço a minha alma que me proteja da maldade em pele de cordeiro, e me ajude a identificar logo o egoísta que me vê como seu colega. Recuso qualquer cumplicidade com quem opta pelo erro. Faço minhas as palavras de Maimônides: prefiro agradar a uma pessoa inteligente e honesta, desagradando a dez mil tolos, do que fazer o contrário. Longe de mim o elogio melífluo dos desonestos. Não quero ver espiritualidade onde ela não está. Que a austeridade me proteja, e eu possa ser honesto sem ser ingênuo. 
A fraternidade universal pressupõe um coração puro. Desmascararei serenamente a feiura moral disfarçada de bondade. Procurarei defender a ética. Plantarei o bem.  Om, Shanti, Paz. Om.’
2018

Voz, Moema Alencar

Edição de áudio: Paulo Coração

Acervo da LIT - Loja Independente de Teosofistas 

Autoria: Carlos Cardoso Aveline

'Om, Shanti.

Evoco o melhor para os meus semelhantes, para meus colegas e cada ser que conheço.

Espero que vizinhos e pessoas com quem interajo se libertem das causas da dor – e do egoísmo, fonte do sofrimento.

Que minha alma me afaste da ignorância. Que todos se ergam no caminho da Paz.

Meu semelhante é meu irmão, saiba ele ou não disso. Afasto de mim a imprudência, o descaso, o descuido e a ausência de saber. No silêncio profundo, percebo o equilíbrio.

Ao lado do desapego está a sabedoria. A consideração pelo outro é da mesma natureza que a consideração por mim.

O erro do colega é meu defeito. A virtude do irmão é minha qualidade. Os covardes pensam que se beneficiam com o tropeço alheio.

Sou rigoroso comigo e generoso com meu próximo.

Sei que boa vontade sincera não aceita indulgência: é para tirar vantagem que o preguiçoso e o manipulador estimulam a preguiça alheia.

Altruísmo e rigor, combinados, produzem paz. A boa vigilância exige o melhor de si e dos demais.

Não trato de dizer ao outro o que ele espera ouvir. Abstenho-me de falsidade.

Querer o bem do semelhante é uma atitude sóbria, e fica longe das aparências. Inclui a concordância e a discordância. É inseparável da franqueza. Não possui uma forma externa, e no entanto é perceptível onde quer que haja boa vontade.

Desejar o melhor aos outros é uma maneira imediata de ser feliz. Como tudo o que ocorre na alma, constitui uma atividade silenciosa e eficaz.

A bem-aventurança olha para o alto.

Evoco o melhor e o mais elevado para os meus semelhantes que convivem comigo, e para os que não convivem.

Desejo que se libertem da ausência de paz. Que avancem pelo caminho da simplicidade, alcançando o contentamento.

Compartilho agora mesmo a bem-aventurança e a lei da justiça com os seres que conheço, com os seres que não conheço, e os que conhecerei no futuro.

Shanti, Om.'

2018

Voz: Moema Alencar

Edição de áudio: Paulo Coração

Acervo da LIT - Loja Independente de Teosofistas 

Autoria: Carlos Cardoso Aveline

Entoar preces, meditações e bendições é uma trilha amena que permeia infinitos caminhos para estados de calma, clareza, enlevo, amparo e auxílio – servidos a nós mesmos e a quem hospedarmos em nossa potência de intenção.

Os silêncios e os sons estão em nós e em toda parte. Estamos rodeados por eles. E eles nos influenciam, quer percebamos ou não; e nós emitimos e propagamos sons e influências, quer percebamos ou não. Avançar na ciência da atenção interior também envolve a percepção e o treinamento de nossas habilidades para que nossos silêncios, sons, emissões e influências acomodem estados calmos e curadores, de observações lúcidas e compassivas, em nós e além. Plena Luz .:.

* Se for confortável para você, experimente ouvir os áudios usando fones de ouvido. Alguns elementos ficam mais perceptíveis assim.

Por Moema Alencar