Mundioka

Mais uma vez os Estados Unidos tomaram uma decisão unilateral: decidiram estender a sua plataforma continental, inclusive no Ártico. A ideia é adicionar ao seu mapa uma área equivalente a 1 milhão de quilômetros quadrados, ou seja, mais ou menos dois estados da Califórnia. Essa atitude é contestada pela Rússia, que faz fronteira com os norte-americanos no estreito de Bering, e pela China, concorrente na exploração dos minerais presentes na região. Moscou já afirmou que não reconhece os novos limites traçados por Washington. O que está por trás dessa expansão arbitrária? A Autoridade Internacional dos Fundos Marinhos (ISA, na sigla em inglês) tem força para frear o expansionismo estadunidense, ainda que os EUA não participem dela? Como esse monopólio pode prejudicar outros países? O Conselho do Ártico pode atuar nessa disputa? Para analisar esse cenário, entrevistamos Victor Gaspar Filho, editor do Boletim Geocorrente e doutorando do Programa de Pós-Graduação de Estudos Marítimos (PPGEM), da Escola de Guerra Naval (EGN); e Pedro Allemand Mancebo Silva, pesquisador de relações internacionais da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio).

O Texas conquistou o direito de prender e deportar imigrantes ilegais que entram nos Estados Unidos pela fronteira do estado com o México. A chamada Senate Bill 4 (SB4), aprovada pela Suprema Corte dos Estados Unidos em março, seria mais uma derrota para o presidente Joe Biden, que já amarga uma grande impopularidade no país? Passando para a repercussão internacional da medida, os governos do México e de Honduras informaram que não vão aceitar essa situação. O que essas declarações significam na prática? O que exatamente consta na lei SB4? Para debater o assunto, convidamos Hannah Krispin, advogada especializada em imigração nos EUA; e Denilde Oliveira Holzhacker, professora de relações internacionais da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM).

Um acordo assinado entre a Argentina de Javier Milei e os Estados Unidos vai permitir que o Exército norte-americano instale seu corpo de engenheiros na hidrovia Paraguai-Paraná. É esse canal que escoa grande parte da produção do Cone Sul, inclusive para países como a China. Os Estados Unidos poderão interferir no comércio exterior da região? Como isso pode afetar outros países? Para discutir o tema, conversamos com Bruno Rocha Lima, jornalista, cientista político e professor de relações internacionais; e Ricardo Leães, professor e pesquisador de relações internacionais.

Desde o ataque israelense à Embaixada do Irã na Síria, no início deste mês, autoridades em Teerã informaram que o episódio não ficaria sem uma resposta. No último sábado (13), enfim, o Irã lançou uma série de ataques com drones kamikaze contra Israel. Por que Tel Aviv atacou a representação diplomática? Há risco de um confronto global? Para discutir o cenário, recebemos Dominique Marques, professora de relações internacionais da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ); e Karina Calandrin, especialista em relações internacionais da Universidade de Sorocaba (Uniso) e colaboradora do Instituto Brasil Israel (IBI).

A Nigéria anunciou que vai se candidatar ao BRICS ainda em 2024. Caso isso se concretize, o grupo passará a ter os países mais populosos da Ásia (China), da Europa (Rússia), da América do Sul (Brasil) e da África. O que significaria essa adesão da Nigéria? O Novo Banco de Desenvolvimento (NBS), o banco do BRICS, aumentaria seu potencial de investimento? No episódio de hoje, conversamos com Faustino Henrique, jornalista e especialista em Nigéria; e Eden Pereira Lopes da Silva, historiador pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), pesquisador do Núcleo Interdisciplinar de Estudos Sobre África, Ásia e as Relações Sul-Sul (NIEAAS) e membro do Grupo de Estudos 9 de Maio.

Insatisfação crescente contra imigrantes, ascensão da extrema-direita e exportações em queda integram o tema do Dexit: a saída da Alemanha da União Europeia (UE). Será que a Alemanha, uma das principais economias ocidentais, vai fazer como o Reino Unido, que por meio do Brexit deixou a UE? O que fundamenta essa ideia do Dexit? Sem os alemães, o bloco europeu estaria em risco? Para discutir esse assunto, conversamos com Eduardo Galvão, professor de relações internacionais do Ibmec; e Kai Michael Kenkel, professor de relações internacionais da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio).

Os danos aos cabos submarinos no mar Vermelho estão causando interrupções significativas nas redes de telecomunicação e Internet, levando os provedores a redirecionar um quarto do tráfego entre Ásia, Europa e Oriente Médio. Embora a causa dos danos não seja clara, há especulação sobre sabotagem por parte dos houthis do Iêmen. É importante lembrar que a nossa comunicação depende mais de cabos do que de satélites. Nesse sentido, o corte de cabos de Internet poderia ser uma estratégia de países em conflito? Qual seria o impacto mundial de um apagão na Internet? De que maneira a adoção de uma rede interna própria, como ocorre na Rússia, minimizaria os impactos de possíveis apagões? Para debater o tema, conversamos com Claudio Miceli, professor do programa de engenharia de sistemas e computação da Coordenação dos Programas de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Coppe/UFRJ); e Guilherme Carvalho, pesquisador na área de defesa e segurança internacional.

Na última sexta-feira (5), as forças de segurança equatorianas entraram na Embaixada do México em Quito para deter o ex-vice-presidente equatoriano Jorge Glas, que havia garantido asilo político no local. A ação gerou uma grave crise política entre os dois países, a ponto de o governo mexicano romper relações diplomáticas com o Equador. Como fica a imagem de Quito no cenário geopolítico latino? Haverá sanções? Quais serão os desdobramentos dessa crise? Para discutirmos essa situação, conversamos com Paulo Portela, ex-diplomata; e João Estevam, professor de relações internacionais da Universidade Anhembi Morumbi.

O mundo está de olho nas eleições estadunidenses, por um motivo muito simples: os EUA têm o hábito de se meter na política interna dos outros países. A lista dos Estados soberanos que o Tio Sam já invadiu ou nos quais interferiu não é pequena. No caso dos integrantes do BRICS, qual seria a opção "menos pior": Biden ou Trump? Quais são as características de cada um na questão da política externa? A recente expansão do grupo incomoda a Casa Branca? Para discutirmos o tema, conversamos com Gustavo Macedo, professor de relações internacionais do Ibmec; e Laerte Apolinário, professor de relações internacionais da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP).

O conflito entre dois grupos étnicos, hutu e tutsi, vitimou entre 500 mil e 1 milhão de pessoas em Ruanda, há 30 anos. Essa tragédia humanitária deixou marcas profundas até hoje na população ruandesa. O que as organizações de direitos internacionais fizeram a respeito disso? Quais foram as motivações desse sangrento confronto? Para relembrarmos esse fato histórico, entrevistamos Franco Alencastro, mestre em relações internacionais pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio); e Guilherme Ziebell, professor de relações internacionais da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e do Programa de Pós-Graduação em Estudos Estratégicos Internacionais (PPGEEI) da UFRGS.

A Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) foi fundada em Washington, em 1949, no contexto da Guerra Fria. A ideia era formar uma aliança militar contra a União Soviética e os países alinhados a ela. A URSS, por sua vez, fundou o Pacto de Varsóvia junto às nações aliadas em 1955, a fim de proteger a região da expansão belicista da OTAN. O Pacto de Varsóvia acabou em 1991, como a União Soviética, mas a OTAN segue ativa até hoje, causando instabilidade na segurança nacional de diversos locais, inclusive com interferências diretas, como a que aconteceu na antiga Iugoslávia. Que motivos sustentam a permanência da OTAN até hoje? Quais são as nações consideradas perigosas por seus membros? Há algum tratado ou órgão que funcione como um contrapeso para a OTAN? Para discutirmos o tema, entrevistamos Vinicius Modolo Teixeira, especialista em organizações de tratados militares entre países; e Ricardo Cabral, professor e editor do site História Militar em Debate.

Além de lidar com alta inflação e crise imobiliária, a política segue em crise no Reino Unido. Recentemente, o primeiro-ministro irlandês, Leo Varadkar, surpreendeu ao pedir demissão antes de completar dois anos no cargo, enquanto na Escócia os separatistas seguem na liderança do país, com o desejo de deixar o Reino Unido. O que explica essa crise no Reino Unido? Corre o risco de se desintegrar? No episódio de hoje, conversamos com Ricardo Caichiolo, professor de relações internacionais do Ibmec; e José Renato Ferraz da Silveira, professor de relações internacionais da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM).

Após as ofensas de Javier Milei a presidentes da América Latina, a chancelaria argentina está trabalhando arduamente para evitar novas crises. Recentemente, os diplomatas argentinos foram expulsos da Colômbia, que ensaiou romper relações com Buenos Aires, depois de ofensas de Milei a Gustavo Petro. Logo as chancelarias divulgaram uma nota expressando sua determinação em "superar quaisquer diferenças pendentes" e fortalecer a relação de cooperação. Situação semelhante também já ocorreu com o México. Até quando Milei conseguirá manter relações com os países vizinhos? As declarações ofensivas seriam um aceno à sua base eleitoral? Que preço a Argentina pode pagar pelo estremecimento das relações bilaterais, fruto das ofensas de Milei? No episódio de hoje, entrevistamos Regiane Bressan, professora de relações internacionais da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp); e Paulo Velasco, cientista político e escritor.

A Rússia e a China estão considerando construir uma usina nuclear na lua entre 2033 e 2035. É o que informa Yuri Borisov, chefe da agência espacial russa Roscosmos. Segundo o cientista russo, isso poderá permitir a construção de assentamentos lunares no futuro. Qual é a importância desse projeto para o mundo? Como começou a relação espacial entre Rússia e China? Essa cooperação sino-russa também pode abrir portas para outros países do BRICS? Para falarmos sobre o tema, conversamos com Raquel Missagia, professora colaboradora de relações internacionais no Instituto de Estudos Estratégicos da Universidade Federal Fluminense (Inest/UFF); e Pedro Martinez, mestre em economia política internacional pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e líder da linha de pesquisa de segurança espacial do Laboratório de Simulações e Cenários (LSC).

Após polêmicas e mudanças de datas, a eleição presidencial senegalesa finalmente aconteceu, no último dia 24. A população elegeu Bassirou Diomaye Faye, que será o presidente mais novo da história do país. O que esperar desse mandato? Quais são os desafios a serem superados? Para analisarmos esse tema, conversamos com o senegalês Mamadou Alpha Diallo, mestre em ciência política, doutor em estudos estratégicos internacionais pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS); e Rafaela Serpa, professora do curso de especialização Relações Internacionais: Geopolítica e Defesa, da UFRGS, doutoranda em ciência política na mesma instituição e pesquisadora assistente do Centro Brasileiro de Estudos Africanos (Cebrafrica).

O Conselho de Segurança das Nações Unidas (CSNU) aprovou nesta semana uma resolução que pede um cessar-fogo imediato em Gaza por parte de Israel, que segue bombardeando a região. Tel Aviv já indicou que não cumprirá esse pedido, e, além disso, a relação com os EUA, seu principal aliado, estremeceu, uma vez que os estadunidenses se abstiveram e não vetaram a decisão que pressiona o governo Netanyahu a parar com os ataques contra os palestinos. O que pode ocorrer com Israel caso não siga a resolução do Conselho de Segurança? Os israelenses podem sofrer isolamento diplomático ou sanções? Ou essa resolução não terá efeito prático? Para discutirmos esse assunto, entrevistamos Reginaldo Nasser, professor de relações internacionais da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP); e Lier Pires Ferreira, professor de relações internacionais do Ibmec.

Em 1999, a aliança militar liderada pelos Estados Unidos bombardeou a Iugoslávia, nação erguida no pós-guerra com a união de seis repúblicas (Eslovênia, Croácia, Bósnia e Herzegovina, Sérvia, Montenegro e Macedônia), e duas províncias autônomas (Kosovo e Voivodina). Na ocasião, mísseis da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) atingiram o centro de Belgrado (hoje capital da Sérvia). Após quase uma década de conflitos e milhares de mortos e refugiados, a república iugoslava se desmantelou. Quais foram as razões para essa violenta intervenção da OTAN? Qual era o contexto social e político vivido na Iugoslávia? Para relembrarmos esse episódio histórico e seus desdobramentos, entrevistamos o sérvio Dejan Mihailovic, especialista em geopolítica e professor da Universidade Politécnica de Monterrey, no México.

Há 60 anos, começava a ditadura militar brasileira. Na época, o então presidente, João Goulart, teve que se exilar no Uruguai e os militares derrubaram o governo democrático com a ajuda da operação Brother Sam, um movimento da Marinha americana que apoiou a deposição de Jango. Segundo o ex-conselheiro de Segurança Nacional dos Estados Unidos John Bolton, o Tio Sam ajudou a planejar golpes em vários países da América Latina, inclusive o Brasil. O presidente Lyndon Johnson (1963–1969) foi informado com antecedência, por exemplo, do golpe militar que instaurou a ditadura no Brasil em 1964. O Brasil ainda tem motivos para desconfiar da política intervencionista dos estadunidenses? Os governos latino-americanos ainda correm risco de sofrer novos golpes caso não se alinhem à política externa da Casa Branca? Para analisarmos esse fato histórico e seus desdobramentos, conversamos com Marcos Cordeiro Pires, historiador e professor de economia política internacional da Universidade Estadual Paulista (Unesp) em Marília; e Pedro Hudson Cordeiro, professor de relações internacionais do Ibmec.

Um ataque terrorista ao Crocus City Hall deixou pelo menos 182 vítimas, entre mortos e feridos, na última sexta-feira (22). O que se sabe até agora sobre esse ato hediondo? Quais serão seus desdobramentos? Para analisarmos esse caso, entrevistamos Henrique Domingues, brasileiro radicado na Rússia e conselheiro de relações internacionais do Fórum Internacional dos Municípios BRICS+; Amanda Marini, mestre em ciências militares pela Escola de Comando e Estado-Maior do Exército (ECEME) e pesquisadora no Núcleo de Avaliação da Conjuntura (NAC); e João Cláudio Pitillo, historiador, analista internacional e autor do livro "Aço Vermelho: Os Segredos da Vitória Soviética na Segunda Guerra Mundial".

Que país é esse? Por que tem nome de crustáceo? As línguas oficiais de lá são o francês e o inglês, mas foram os portugueses que o batizaram. O território de Camarões, na África Central, já foi disputado por Inglaterra, França e Alemanha, além dos lusitanos. Apenas em 1960 os camaroneses se tornaram independentes. Mas e hoje, ainda busca se livrar das amarras do imperialismo europeu? Paris ainda tem influência? Por que o Estado também é conhecido como "mini-África"? Para respondermos a tantas perguntas sobre essa fascinante nação africana, conversamos com Alexandre dos Santos, jornalista e professor de relações internacionais da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio); e Jonuel Gonçalves, pesquisador associado do Núcleo de Estudos Estratégicos Avançado (NEA), do Instituto de Estudos Estratégicos (Inest), da Universidade Federal Fluminense (UFF).

O chefe do Serviço de Inteligência Externa (SVR, na sigla em russo) da Rússia, Sergei Naryshkin, informou que a França está se preparando para enviar à Ucrânia aproximadamente 2 mil militares. O Ministério da Defesa francês nega, e o discurso oficial do Ocidente é de que o seu apoio se limita ao envio de equipamentos e dinheiro e de que forças da OTAN estão presentes no território da Ucrânia para a realização de atividades de apoio operacional e de inteligência. Qual é o impacto dessa possibilidade de envio de tropas francesas ao conflito? Apesar de todo o material bélico da OTAN recebido até o momento, a Ucrânia não consegue obter sucesso em nenhuma contraofensiva. Enquanto isso, o novo apoio ocidental ao regime de Kiev está em xeque, já que o governo Biden enfrenta dificuldades para aprovar seu mais recente pacote bilionário no Congresso. No episódio de hoje, conversamos com Rodolfo Laterza, analista militar e autor do livro "Guerra na Ucrânia"; e Lucas Mendes, professor de geopolítica e criador do Geopolítica Hoje.

No episódio de hoje, conversamos com José Bustani, o embaixador brasileiro que perdeu o cargo ao se negar a embarcar na farsa americana de que o Iraque escondia armas de destruição em massa. A suspeita serviu de pretexto para a invasão dos EUA no país. Bustani foi destituído do cargo de diretor-geral da Organização para a Proibição de Armas Químicas (OPAQ) por pressão dos EUA, pouco antes da operação americana que mudou a história do país.

A Argentina chega ao centésimo dia sob o comando do presidente Javier Milei. O que aconteceu até agora? A Argentina se isolou politicamente da América Latina devido ao alinhamento com os EUA? Apesar da grave crise econômica e social no país, Milei continua popular? Para falarmos sobre esse tema, conversamos com Paulo Portela, professor de direito internacional e ex-diplomata; e com Matheus Oliveira, professor de relações internacionais no Centro Universitário Belas Artes de São Paulo.

O presidente Vladimir Putin venceu mais uma eleição presidencial russa, com 87,28% dos votos. Por que o povo russo escolhe a liderança de Putin há 24 anos? Como era a Rússia antes de seu primeiro mandato em 2000? Quais serão os próximos passos deste novo mandato? Para discutir o assunto, entrevistamos João Cláudio Pitillo, analista internacional e historiador; Lola Melnyck, russa-ucraniana nascida em Odessa, jornalista e apresentadora de TV; Vera Gers Dimitrov, mestra em direito político e econômico, integrante da Associação Internacional de Advogados Russo-Falantes (IARL); e Tito Lívio Barcellos Pereira, geógrafo e mestre em estudos estratégicos da defesa e segurança.

O Sudão do Sul receberá milhões de dólares do Banco Mundial para a implantação de um sistema biométrico que pretende identificar irregularidades nas folhas de pagamento do serviço público. O país, que vive uma crise humanitária, não teria necessidades mais urgentes? Qual é o interesse do Banco Mundial nesse projeto? Dada a crescente discussão sobre a preservação de dados, esse projeto poderia ser um teste para programas do Banco Mundial? Que tipo de acesso o banco teria aos dados biométricos da população do Sudão do Sul? Para discutirmos esse tema, entrevistamos Luis Haroldo Santos Junior, doutorando em estudos estratégicos internacionais pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS); e Leonardo Paz, pesquisador do Núcleo de Prospecção e Inteligência Internacional da Fundação Getulio Vargas (FGV).

Há uma década, os crimeus votaram a favor da reintegração da península à Rússia através de um referendo que contou com observadores internacionais. Com o retorno para a Federação da Rússia, houve um grande investimento em infraestrutura como a ponte do estreito de Kerch, que estrategicamente conecta a região russa de Krasnodar com a Península da Crimeia. Por que a população quis voltar a fazer parte da Rússia? Por que o Ocidente e os EUA se incomodaram? O porto de Sevastopol é estratégico por qual motivo? Como a Rússia conseguiu investir na modernização da Crimeia e de Sevastopol, apesar das sanções ocidentais desde 2014? Para discutirmos esse acontecimento histórico, conversamos com Henrique Domingues, observador brasileiro dos referendos na região do Donbass, em 2022, conselheiro de relações internacionais do Fórum Internacional dos Municípios BRICS+; Ricardo Quiroga Vinhas, tradutor de russo, pesquisador do Grupo de Estudos 9 de Maio e um dos autores do livro “A grande guerra patriótica dos soviéticos”; e Larissa Silva, mestre em relações internacionais pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e pesquisadora voluntária do Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN).

Após as eleições parlamentares portuguesas, a centro-direita conquistou a maioria através do partido Aliança Democrática, e houve também um crescimento da direita por meio do Chega — a legenda de André Ventura subiu de 12 para 48 deputados. Com o crescimento dessa faixa do espectro político, Portugal terá mais dureza com os imigrantes? Como fica a relação com a União Europeia? O que representa o resultado deste pleito na política interna? Para tratar desse assunto, conversamos com Francisco Balsinha, jornalista português e cofundador do canal Multipolar TV; e Paulo Mártires dos Santos, especialista em geopolítica.

Mais recentemente, para além do normal, os haitianos têm vivido às voltas com a instabilidade política e nas instituições, isso sem falar na violência. A Missão das Nações Unidas para a Estabilização no Haiti (Minustah), capitaneada pelo Brasil, deixou um certo rancor na população. Agora o país caribenho fechou um acordo com o Quênia para receber forças policiais para combater a violência das gangues haitianas. Por que Porto Príncipe recorreu ao país africano? A Minustah afastou a influência positiva do Brasil no Haiti? Para discutirmos esse tema, conversamos com Everaldo de Oliveira Andrade, professor de história contemporânea da Universidade de São Paulo (USP) e autor do livro "Haiti: dois séculos de história"; e Danilo Porfírio, professor de relações internacionais do Centro Universitário de Brasília (Ceub).

Neste episódio recebemos o economista Paulo Nogueira Batista Jr., que escreveu o livro "O Brasil não cabe no quintal de ninguém: Bastidores da vida de um economista brasileiro no FMI e nos BRICS e outros textos sobre nacionalismo e nosso complexo de vira-lata". Batista Jr. foi vice-presidente do banco do BRICS e economista do Fundo Monetário Internacional (FMI). Durante a entrevista, conversamos sobre vários assuntos, entre eles a independência do Brasil de organismos internacionais e o futuro do país no BRICS+.

Recentemente, o país africano recebeu duas visitas que chamaram atenção: uma delegação chinesa, interessada em investir em setores estratégicos, e o secretário dos Estados Unidos, Antony Blinken, com a intenção de fortalecer os laços entre os países e identificar oportunidades de negócio e parcerias. É possível ter aliança com esses dois países tão antagônicos sem haver choque de interesses? O que tem Cabo Verde que desperta interesse tanto de chineses quanto de estadunidenses? Como é a economia cabo-verdiana? Para conversar sobre o assunto, recebemos João Medina, jornalista, professor e pró-reitor da Universidade de Cabo Verde; e Kauê Lopes, professor do Instituto de Geociências da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e pesquisador de temas políticos, econômicos, urbanos e ambientais relacionados ao Sul Global, com foco na América Latina e na África.

Baixas, dificuldades no recrutamento e perda de posições estratégicas têm marcado a atuação ucraniana no conflito com a Rússia. Mas países como os EUA e a França seguem apoiando o regime de Vladimir Zelensky, imerso em casos de corrupção. Até quando será necessário sustentar estratégias ineficazes? Quem vai ajudar a Ucrânia quando o apoio a esse conflito não fizer mais sentido para os Estados Unidos e seus aliados europeus? A conquista de Avdeevka pela Rússia mostra que a Ucrânia não tem mais fôlego para continuar? Para debatermos o tema, entrevistamos os especialistas Ricardo Cabral, professor e editor do site História Militar em Debate; e  Robinson Farinazzo, comandante da reserva da Marinha e apresentador do canal do YouTube Arte da Guerra.

A crise no Iêmen não começou agora, com o embate entre houthis e tropas estadunidenses e britânicas no mar Vermelho. Há anos o país lida com índices alarmantes: 80% da população vive abaixo da linha da pobreza, e grande parte dos iemenitas ainda depende de ajuda humanitária. Por que essa crise ainda não foi solucionada com o apoio da Organização das Nações Unidas (ONU) e de países desenvolvidos? Qual é o posicionamento geopolítico do país? Como essa crise se agravou? Para falarmos sobre esse tema, conversamos com Najad Khouri, sócio-fundador e pesquisador sênior da plataforma digital GEPOM (Grupo de Estudos e Pesquisas sobre o Oriente Médio); e Bárbara Thaís Pinheiro Silva, professora de direito da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC Minas), mestre em relações internacionais e autora do artigo "Iêmen: a pior crise humanitária do mundo".

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou da 8ª Cúpula da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC), em São Vicente e Granadinas, no Caribe. Desde o início de seu governo, Lula tem mostrado interesse em estreitar laços com os países latinos — tornou-se inclusive o principal mediador do imbróglio entre Venezuela e Guiana por conta de Essequibo. O retorno do país à CELAC representa uma maior integração econômica da região? Como foi o desempenho do presidente durante a cúpula? Quais são os desdobramentos para o Brasil? Para discutirmos esse tema, conversamos com Thauan dos Santos, professor de economia e relações internacionais; e Victor Farinelli, jornalista do Opera Mundi.

A fila só aumenta: já são 34 países interessados em ingressar no maior bloco das economias emergentes, o BRICS. No início deste ano, o grupo passou a contar com novos membros como o Egito, o Irã, a Etiópia e os Emirados Árabes. Esse crescimento do grupo e o desejo de outras nações aderirem podem ser considerados uma vitória para a Rússia e a China, que buscam um mundo multipolar baseado no multilateralismo? Qual é a posição dos países ocidentais nesse xadrez geopolítico ao ver a sua hegemonia ameaçada? Para falarmos sobre esse tema, entrevistamos Tomaz Oliveira Paoliello, professor de relações internacionais da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP); e Giovana Dias Branco, mestre em relações internacionais pela Universidade Estadual Paulista (Unesp) e pesquisadora de política externa russa.

Os senegaleses estavam prestes a escolher o chefe do Executivo em 25 de fevereiro, mas o Parlamento do Senegal decidiu adiar as eleições gerais para 2 de junho, endossando a decisão do atual presidente, Macky Sall. Esta é a primeira vez na história do país que as eleições são adiadas. Rivais de Sall o acusam de querer dar um golpe de Estado dentro do escopo das regras vigentes, "um golpe institucional". O adiamento da eleição pode ser considerado golpe de Estado? Qual é o contexto político local? Como a opinião pública se posicionou com essa mudança no calendário eleitoral? Para entendermos o que se passa na política senegalesa, conversamos com Franco Alencastro, mestre em relações internacionais pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio) e criador do podcast 54 países; e Mamadou Alpha Diallo, mestre em ciência política e doutor em estudos  estratégicos internacionais pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

Em 1820, o continente antártico foi descoberto por uma expedição russa liderada por Faddei Bellingshausen, e, séculos depois, a região continua sendo uma zona estratégica, especialmente para a pesquisa científica. O Brasil, inclusive, tem uma base na região que é mantida pelo Programa Antártico Brasileiro (Proantar). Por que tantos países têm interesse na Antártica? Essa região ainda pode ser alvo de disputa entre nações? Qual é a importância do Proantar para o desenvolvimento dos estudos brasileiros? Neste episódio entrevistamos Gabriele Hernandez, doutoranda em estudos estratégicos e professora de geopolítica polar na Universidade Federal Fluminense (UFF); e Jefferson Cardia Simões, glaciólogo.

Desde outubro de 2023, a Faixa de Gaza vem sofrendo ataques de Israel, gerando uma grande crise humanitária. Isso motivou uma denúncia da África do Sul na Corte Internacional de Justiça (CIJ) e uma dura crítica do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que comparou a ação israelense contra os palestinos ao Holocausto, perpetrado pelos nazistas contra os judeus. Neste episódio, entrevistamos o internacionalista e influenciador digital Thiago Ávila para falar sobre a sua viagem à fronteira do Egito com a Faixa de Gaza, a situação dos palestinos e o seu trabalho de análise e divulgação nas redes sociais da crise humanitária na Palestina.

A 46ª Cúpula do Mercado Comum e Comunidade do Caribe (Caricom) será realizada no próximo dia 28 de fevereiro, na capital da Guiana, Georgetown, e contará com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O que significa a presença de Lula nesse evento? Seria uma aproximação do Brasil com países caribenhos? O país já tem influência na região? Qual é a expectativa para o encontro? No episódio de hoje, conversamos com Carolina Pedroso, professora de relações internacionais; e Guilherme Frizzera, coordenador de relações internacionais da Uninter.

Os presidentes da Rússia e do Egito anunciaram, no final de janeiro, o lançamento das obras de uma das quatro unidades que vão compor a primeira usina nuclear do Egito, construída pela estatal russa Rosatom. O anúncio foi feito por videoconferência e selou um acordo firmado em 2015 pelos dois governos. O que isso representa para ambos os países, hoje colegas de BRICS? Essa ação é parte de um plano maior da Rússia para ampliar parcerias no Sul Global? Para falar sobre o assunto, conversamos com Eduardo Gomes, coordenador do Núcleo de Estudos dos Países BRICS (NuBRICS), da Universidade Federal Fluminense (UFF); Muna Omran, doutora em teoria e história literária pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e professora convidada da especialização em geopolítica da Ásia da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR); e Leonam dos Santos Guimarães, diretor técnico da Associação Brasileira para o Desenvolvimento de Atividades Nucleares (ABDAN), coordenador do Comitê de Ciência e Tecnologia da Amazônia Azul Tecnologias de Defesa S.A. (Amazul) e membro titular da Academia Nacional de Engenharia (ANE).

Em celebração ao programa de número 300 do Mundioka, recebemos uma convidada muito especial: Maria Zakharova, representante oficial do Ministério das Relações Exteriores da Rússia. Na entrevista, feita às margens da reunião dos chanceleres do G20, Zakharova falou sobre diversos assuntos da geopolítica que estão em alta, como o próprio G20, BRICS, multilateralismo e a posição do Brasil no Conselho de Segurança das Nações Unidas, entre outros.

Há uma década, o então presidente ucraniano, Viktor Yanukovich, sofreu impeachment por conta das manifestações do Euromaidan (que haviam começado em 2013). Yanukovich foi derrubado no Parlamento após as violentas manifestações que ocorreram entre os dias 18 e 20 de fevereiro de 2014, que tiveram interferência de outros países, no contexto das chamadas "revoluções coloridas", que desestabilizaram outros governos por meio da guerra híbrida. Como a queda de Yanukovich influenciou o conflito a que assistimos hoje? Como o Ocidente apoiou esse golpe de Estado? Para entendermos esse panorama político do passado que até hoje influencia a política na Ucrânia, conversamos com Rodrigo Ianhez, historiador especialista em história da União Soviética.

A fala do presidente Luiz Inácio Lula da Silva que mencionou o Holocausto ao criticar a guerra em Gaza desencadeou uma crise diplomática entre os governos brasileiro e israelense. Lula se tornou persona non grata no país e embaixadores foram convocados a prestar esclarecimentos. O que esperar da relação entre os países a partir de agora? Quais serão os impactos sobre o posicionamento do Brasil no cenário internacional? No episódio de hoje, conversamos com Ualid Rabah, presidente da Federação Árabe Palestina do Brasil; João Miragaya, mestre em história pela Universidade de Tel-Aviv, apresentador do podcast Do Lado Esquerdo do Muro e colaborador do Instituto Brasil-Israel; e Dominique Marques, professora de relações internacionais da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Recentemente, montadoras como a BYD, a General Motors e a Volkswagen anunciaram investimentos no Brasil, e o vice-presidente Geraldo Alckmin manifestou o desejo de aumentar as trocas comerciais entre o país e a América Latina. Segundo Alckmin, que também é ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços: “No mundo, embora globalizado, o comércio é tremendamente intrarregional.” O setor automobilístico pode contribuir para o país recuperar seu espaço no mercado latino? Para entendermos melhor esse cenário, conversamos com Renan Silva, professor de economia do Ibmec Brasília; e Andrew Traumann, professor de história das relações internacionais na UniCuritiba.

A Cidade Maravilhosa sediará entre os dias 21 e 22 de fevereiro a primeira reunião entre os  chanceleres dos países participantes do G20. O evento será liderado pelo ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira. Entre as presenças confirmadas está a do chanceler russo Sergei Lavrov. O que podemos esperar desse encontro? Que pautas serão abordadas? Já é uma prévia da cúpula entre os chefes de Estado que acontece em novembro? Para falarmos sobre essas expectativas, conversamos com José Niemeyer, coordenador do curso de relações internacionais do Ibmec, e Denilde Oliveira Holzhacker, professora de relações internacionais da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM).

O presidente brasileiro viajou à África para compromissos em dois países que ingressaram recentemente no BRICS+: Egito, segundo parceiro comercial do Brasil no continente africano; e Etiópia, onde acompanha a cúpula da União Africana. O que significa essa viagem para a política externa brasileira? Brasil e África tendem a criar mais laços através de cooperações internacionais? Neste episódio conversamos com Orlando Victor Muhongo, especialista em relações internacionais licenciado pela Universidade Privada de Angola (Upra), para entender melhor o assunto.

Hoje quem domina a produção mundial de semicondutores é a província chinesa de Taiwan, mas isso pode mudar. A China continental vem desenvolvendo os seus próprios semicondutores e não deve demorar para conquistar a autossuficiência, o que deve reduzir a importância de Taiwan no cenário internacional. O que vai acontecer se Pequim, mesmo sob sanções, ultrapassar Taipé? Qual seria a implicação geopolítica desse fato? Isso pode incomodar ainda mais os Estados Unidos? Para falarmos sobre essa geopolítica da tecnologia, conversamos com Diego Kerber, especialista em semicondutores e jornalista do site e canal no YouTube Adrenaline; e Mauro Ramos, correspondente da TVT e do Brasil de Fato na China.

Declarações polêmicas, a insistência em não acatar as recomendações da ONU e a ideia fixa de acabar com o Hamas, apesar das mortes de milhares de civis, colocam o governo Netanyahu em xeque. Além de diversas críticas da comunidade internacional, internamente o  primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, sofreu um revés: sua proposta de reforma do Judiciário foi negada. As decisões tomadas pelo premiê referentes aos ataques contra o grupo palestino na Faixa de Gaza podem isolar Israel em suas relações diplomáticas? Para entendermos esse assunto, conversamos com Rafael Mandelbaum, formado em ciências sociais pela Universidade de Bar Ilan, em Israel, e ex-membro do Exército israelense, e Karina Calandrin, professora de relações internacionais da Universidade de Sorocaba (Uniso) e colaboradora do Instituto Israel-Brasil.

Com a dificuldade de conseguir petróleo por conta das sanções contra a Rússia, desde o início da operação militar especial na Ucrânia, os Estados Unidos tiveram que apelar à Venezuela para comprar a commodity. Durante seis meses, os estadunidenses relaxaram as restrições ao comércio com o governo venezuelano. Como tem sido essa relação até o momento? Houve alguma melhora na economia venezuelana? Existe a possibilidade de as sanções à Venezuela continuarem suspensas? Para compreendermos melhor essa dinâmica, entrevistamos Darc Antonio da Luz Costa, presidente da Câmara de Comércio Brasil-Venezuela.

É uma proposta da China unir as obras do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (Novo PAC), lançado no ano passado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, aos investimentos internacionais da Iniciativa Cinturão e Rota, também conhecida como Nova Rota da Seda. Também há interesse em uma maior cooperação na produção de soja, nas economias verde e digital, em inteligência artificial e até na exploração espacial. Essa união é viável? O que isso representaria em termos de investimentos para o governo Lula? Seria uma maneira de a China finalmente levar o Brasil para a Nova Rota da Seda? Para falar sobre o tema, conversamos com Pablo Ibanez, professor de geopolítica da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) e pesquisador visitante na Universidade Fudan (Xangai); e Evandro Menezes, editor-chefe da revista China Hoje e professor da Escola de Direito da Fundação Getulio Vargas (FGV) no Rio de Janeiro, onde também coordena o Núcleo de Estudos Brasil-China.

O franco CFA pode virar moeda do passado em breve em alguns países africanos. Já circulam nas redes sociais imagens das cédulas de uma nova moeda que pode ser aprovada. Os rumores surgiram ainda em novembro, quando os ministros das Finanças do Mali, Burkina Faso e Níger se reuniram em Bamako para discutir a futura união econômica e monetária entre as nações. Quais são as dificuldades que esses países enfrentarão se de fato abandonarem o franco CFA? Como ficam as importações e exportações? Por que o franco CFA deixou de ser vantajoso? Para discutirmos esse tema, conversamos com Policarpo Gomes Caomique, mestre em governança e integração regional da Pan-African University; e Rodrigo Leite, professor de finanças do Instituto de Pós-Graduação e Pesquisa em Administração da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Coppead/UFRJ).