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Os Três Poderes

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By Os Três Poderes

Dora Kramer, Augusto Nunes e Ricardo Noblat fazem uma análise dos principais fatos da semana no Brasil
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Os atritos entre Gilmar e Pazuello e os novos rumos do MEC

Os Três PoderesJul 17, 2020

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40:42
Os atritos entre Gilmar e Pazuello e os novos rumos do MEC

Os atritos entre Gilmar e Pazuello e os novos rumos do MEC

A revista VEJA desta semana traz em sua capa como a pandemia ampliou a crise da desigualdade no Brasil e no mundo e como é o momento de tomar medidas que acabem de vez com a visão de que esse mal não tem cura. Outro destaque são os atritos entre o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes com o governo federal, o Exército e o ministro interino da Saúde, Eduardo Pazuello, ao dizer que os militares estavam se associando a um "genocídio" na pandemia de coronavírus.

Dora Kramer diz que a entrevista chama a atenção pela conclusão de Pazuello de que o Brasil será reconhecido como um ponta de lança da administração correta da crise sanitária. Para a colunista, seria algo surpreendente, já que o país é citado como um exemplo ruim pelo mundo. Dora afirma ainda que o general se contradiz em vários trechos da entrevista.

Ricardo Noblat diz que não se pode nem culpar Pazuello pela gestão na Saúde, já que ele foi colocado no cargo como interino mesmo sendo apenas um especialista em logística. E nem na sua especialidade foi bem sucedido, já que não conseguiu distribuir os equipamentos e remédios que o governo prometeu distribuir.

Augusto Nunes avalia que Gilmar Mendes precisa deixar de ser arrogante e tentar opinar sobre tudo. Para o colunista, o ministro não é médico para dar pitacos nas políticas do ministério da Saúde. Nunes diz que Gilmar é esclarecido o suficiente para entender o conceito de genocídio e como isso não se encaixa no caso brasileiro.

Os colunistas também falam sobre a posse de Milton Ribeiro no Ministério da Educação.

Jul 17, 202040:42
Bolsonaro com Covid-19, ações contra fake news e o caso Queiroz

Bolsonaro com Covid-19, ações contra fake news e o caso Queiroz

A revista VEJA desta semana traz em sua capa os brasileiros na linha de frente da corrida pela vacina contra a Covid-19 e como é possível que até o fim do ano desponte algum imunizante eficaz — mais de 14 mil voluntários fazem parte dessa fascinante movimentação científica. Mas o destaque foi para o diagnóstico positivo do coronavírus do presidente Jair Bolsonaro.

Dora Kramer chama a atenção para a volta do "velho anormal" de Jair Bolsonaro, que desafiou medidas de prevenção, tirou máscara ao anunciar que estava com Covid-19 e, mais uma vez, se mostrou uma pessoa acima do cidadão comum, como se a ele o coronavírus não fizesse tão mal assim. Mas lembra que Bolsonaro é monitorado com frequência e tem um tratamento muito diferenciado em relação aos demais brasileiros. A colunista desafia o presidente a se tratar exatamente como a maioria dos brasileiros.

Ricardo Rangel avalia que a reação de Bolsonaro ao ter o diagnóstico positivo da doença é de particular irresponsabilidade de alguém que sempre teve um comportamento muito irresponsável, afinal, o presidente diz que toma cloroquina todos os dias, mas não ressalta que tem acompanhamento médico duas vezes ao dia para monitorar os efeitos.

Ricardo Noblat quer entender por que Bolsonaro se comporta desta maneira, como um garoto-propaganda da cloroquina, e cogita se ele fez uma aposta errada e não quer voltar atrás.

Os colunistas também comentam as ações do Facebook contra fake news que afetaram integrantes do governo e a decisão da Justiça de colocar Fabrício Queiroz em prisão domiciliar.

Jul 10, 202038:26
A pacificação de Bolsonaro, o novo nome para o MEC e a Lava Jato

A pacificação de Bolsonaro, o novo nome para o MEC e a Lava Jato

A revista VEJA desta semana mostra como o presidente Jair Bolsonaro se afastou dos radicais para buscar uma pacificação com o Congresso e com o STF. Em um movimento acertado, o Executivo muda a agenda e indica movimentos de conciliação com os outros poderes

Para Dora Kramer, se não fosse o coronavírus, o país teria passado pelas duas melhores semanas do governo desde janeiro de 2019. Não houve nenhum atrito, nenhuma declaração estapafúrdia, as coisas seguiram dentro do normal. Mas levanta uma questão: isso é para valer? O que Bolsonaro vai fazer quando se sentir acuado?

Ricardo Noblat avalia que Jair Bolsonaro está passando por uma síndrome de abstinência. Está mais irritado no ambiente interno, mas um doce externamente. Tudo isso porque lhe tiraram de supetão duas coisas que prezava muito: o direito de ir e vir, já que gostava muito de ir passear, comer em padarias, e o direito de se expressar livremente, já que está contido em declarações públicas e em redes sociais. O colunista questiona se isso está fazendo bem ao presidente.

Augusto Nunes considera que Bolsonaro acerta ao mudar o tom, tanto na forma quanto no conteúdo, já que a cada declaração do presidente se iniciava uma crise ou um debate dispensável.

Os colunistas também avaliam a escolha do novo ministro da Educação e o comportamento do brasileiro em relação a pandemia do coronavírus e a investigação da Operação Lava Jato sobre o senador tucano José Serra.

Jul 03, 202037:03
As revelações de Wassef a VEJA sobre o caso Queiroz

As revelações de Wassef a VEJA sobre o caso Queiroz

A revista VEJA desta semana traz como destaque uma entrevista exclusiva com Frederick Wassef, que diz que escondeu Fabrício Queiroz para ‘proteger’ Bolsonaro. O advogado afirma que havia uma trama para matar o ex-policial e responsabilizar o presidente pelo crime.

Dora Kramer afirma que o advogado é uma fonte inesgotável de contradições. E só conseguiu expor ainda mais o presidente Jair Bolsonaro, ao falar que deu abrigo a Queiroz por iniciativa própria por ter informações seguras de que o ex-assessor de Flávio Bolsonaro seria assassinado. Para ela, o relato não para em pé e questiona como esse tipo de declaração pode ter algum efeito jurídico nas investigações.

Ricardo Noblat avalia que Wassef já contou tantas mentiras que as pessoas vão duvidar se algum dia ele falar uma verdade. O colunista diz ainda que as declarações chegam a ser irresponsáveis.

Augusto Nunes diz que o advogado se mostra um mentiroso compulsivo e lembra que Wassef já disse que não sabia que Queiroz estava na casa dele, depois disse que havia tido alguns contatos com Queiroz, agora, com essa entrevista, conta coisas perigosas sobre quem ele quer defender. O colunista ainda considera que Wassef não tem nem álibi para explicar porque protegia o ex-assessor da família Bolsonaro.

Os colunistas também comentam o tom mais moderado por parte do governo nesta semana e a nomeação do novo ministro da Educação, Carlos Alberto Decotelli.

Jun 26, 202033:55
As consequências da prisão de Queiroz e a saída de Weintraub do MEC

As consequências da prisão de Queiroz e a saída de Weintraub do MEC

O mais potente de todos os golpes desferidos até agora em direção ao presidente da República ocorreu na quinta-feira 18, com a prisão do ex-policial Fabrício Queiroz, suspeito de ser laranja da família Bolsonaro e considerado testemunha-chave na investigação do esquema de rachadinha no gabinete do então deputado estadual Flávio Bolsonaro, hoje senador. A prisão, por si só, já representaria um fator de desgaste para o presidente Jair Bolsonaro, que sempre reclamou do uso do caso para desestabilizar o seu governo.

Mas ela tem uma agravante: Queiroz foi detido numa casa em Atibaia, no interior de São Paulo, que pertence ao advogado Frederick Wassef, defensor de Flávio no inquérito da rachadinha e detentor de uma procuração assinada pelo presidente lhe dando amplos poderes para representá-lo na Justiça. Ou seja, dependendo do que vier a ser descoberto de agora em diante, ficará cada vez mais difícil estabelecer uma barreira separando Queiroz e suas transações financeiras suspeitas dos ex-­patrões Flávio e Jair Bolsonaro.

Não é exagero dizer que o destino do governo passa pelo que o ex-policial pode revelar.

Dora Kramer avalia que é muito grave o que ela chama de 'cerco da legalidade' em torno do presidente, com várias questões, como a das fake news. Ela lembra Bolsonaro só se manifestou muito tempo depois, em sua tradicional live nas noites de quinta-feira, tentando amenizar a situação de Fabrício Queiroz. Para a colunista, o que mais preocupa o Palácio do Planalto é o fato de Queiroz ter sido encontrado na casa do advogado Frederick Wassef e isso deixa Bolsonaro completamente acuado.

Ricardo Noblat diz que o episódio reforça o cerco judicial sobre Bolsonaro e seus filhos. Cada novo escândalo apresenta novas perguntas que precisam ser respondidas. Queiroz, de fato, estava apenas escondido ou estava em uma espécie de cativeiro?

Augusto Nunes considera que a única saída para Flávio Bolsonaro é assumir a existência das rachadinhas, que é uma prática generalizada e dizer que se arrepende de ter feito. Ao não fazer isso, o agora senador entrou em uma história que parece não ter como ter um desfecho favorável a ele.

Os colunistas também comentam a saída de Abraham Weintraub do Ministério da Educação.

Jun 19, 202039:10
Flexibilização da quarentena, novo ministério e polêmica na educação

Flexibilização da quarentena, novo ministério e polêmica na educação

A revista VEJA dessa semana traz em sua capa os desafios dos estados que começam a flexibilizar a quarentena no Brasil. Mesmo com números altos de Covid-19, São Paulo e outras regiões aumentam a esperança de que a vida pode começar a se normalizar

Dora Kramer avalia que é muito cedo para fazer essa flexibilização. Para ela, se os casos ainda estão aumentando, não é hora de abrir. A colunista diz que é um tira-teima que a gente vai ver da melhor ou da pior maneira possível em alguns dias, quando começarem os efeitos reais nas pessoas do que significa essa abertura.

Ricardo Noblat lembra que o Brasil fez pouquíssimos testes e não consegue monitorar quem pegou ou não pegou a doença, além de ressaltar que os números seguem assustando. O Brasil pode passar em breve o Reino Unido em número de mortos e só ficar atrás dos Estados Unidos na estatística.

Augusto Nunes explica que os números absolutos no país sempre serão impressionantes pelo tamanho da população e diz que há uma situação diferente para cada estado. A medida adotada em São Paulo pode não ser a mesma necessária para Minas Gerais. Ele também diz que a decisão sobre abertura deve ficar para as prefeituras, já que a administração municipal conhece melhor o que acontece em cada cidade.

Os colunistas também comentam o pedido de impeachment contra o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, a nomeação de Fábio Faria (PSD) para o Ministério das Comunicações e a devolução da Medida Provisória que dava poderes para Weintraub nomear reitores das universidades.

Jun 12, 202041:50
Os riscos para a democracia, Bolsonaro, Lula e a crise nas instituições

Os riscos para a democracia, Bolsonaro, Lula e a crise nas instituições

A revista VEJA dessa semana traz em sua capa os riscos que a escalada da tensão política sinaliza para a democracia. As trombadas entre poderes e enfrentamentos nas ruas desviam os cuidados com o coronavírus e fragilizam as instituições do país.

Dora Kramer ainda reflete sobre qual é o real risco para a democracia. Para ela, não é possível dizer que não há risco nenhum, mas também não é possível dizer que há um risco absoluto. A colunista lembra que não há respaldo da sociedade para um golpe militar, mas admite que existe uma situação anormal no país.

Ricardo Rangel afirma que há um risco concreto sim. Para ele, Jair Bolsonaro caminha para forçar um impasse institucional, especialmente com a queda de sua popularidade. E, na hora desse impasse, o presidente aposta que as Forças Armadas fiquem ao seu lado. É importante que a sociedade se mova para que este tipo de movimento não ocorra.

Ricardo Noblat analisa que Bolsonaro aposta em um rompimento da ordem, mas fica em dúvida sobre por qual motivo as Forças Armadas o apoiariam em um eventual golpe e lembra que os militares já estão no poder. O colunista não sabe se o Exército seria capaz de romper hoje com a ilegalidade.

Os colunistas também comentam as declarações recentes do vice-presidente Mourão e do ex-presidente Lula sobre a crise política brasileira.

Jun 05, 202038:16
As acusações contra Witzel e o vídeo da reunião de Bolsonaro

As acusações contra Witzel e o vídeo da reunião de Bolsonaro

A revista VEJA desta semana traz como destaque a delação que pode colocar o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, no centro de um escândalo. Ele é apontado como o chefe de esquema para extorquir prestadoras de serviço.

Dora Kramer avalia que, se as denúncias forem comprovadas, os planos de futuro político de Witzel estarão extintos.

Ricardo Noblat lembra que a delação é um instrumento forte contra Witzel e pode equilibrar o jogo político contra Jair Bolsonaro, já que o presidente se queixa que é sob influência do governador do Rio que a Ministério Público do Rio está atrás de seus filhos.

Augusto Nunes acredita que Witzel dificilmente escapará de problemas com a Justiça, já que os contratos com as empresas encarregadas de instalar e gerir por seis meses os hospitais de campanha no Rio são suspeitos.

Os colunistas também comentam a questão da divulgação do vídeo da reunião ministerial que está sob análise do ministro Celso de Mello, do STF.

May 22, 202040:19
A saída de Teich do ministério da Saúde e a tragédia nos hospitais brasileiros pela Covid-19

A saída de Teich do ministério da Saúde e a tragédia nos hospitais brasileiros pela Covid-19

Nelson Teich pediu demissão do Ministério da Saúde após menos de um mês no cargo. Ele vinha sendo pressionado para apoiar o uso da cloroquina em pacientes com sintomas leves de coronavírus. O agora ex-ministro vinha sendo questionado por médicos que lhe cobravam coerência em relação ao uso da cloroquina já que Teich, enquanto especialista em oncologia, sempre condenou uso de medicamentos sem comprovação científica, algo que ocorre com frequência em tratamentos de pacientes com câncer.

Teich também vinha sendo pressionado a agilizar a flexibilização da política de isolamento social, criticada pelo presidente Jair Bolsonaro.

Dora Kramer avalia que a saída de Teich era uma pedra cantada, já que o agora ex-ministro vinha sofrendo humilhações por parte de Jair Bolsonaro.

Ricardo Noblat lembra que o agora ex-ministro da Saúde não se alinhou ao discurso do presidente e considera que o substituto de Teich será alguém alinhado com o discurso de uso da cloroquina e com o fim do isolamento.

Augusto Nunes pergunta se Teich não sabia como Bolsonaro pensava e questiona por que ele aceitou o emprego. Para ele, o Brasil precisa encontrar algum tipo de coordenação nacional para o combate à pandemia.

Os colunistas também debatem a situação dos hospitais públicos brasileiros, destaque da capa de VEJA desta semana.

May 15, 202037:20
A desordem da quarentena no Brasil e a crise no governo Bolsonaro

A desordem da quarentena no Brasil e a crise no governo Bolsonaro

A revista VEJA desta semana traz em sua capa como o Brasil se tornou campeão mundial da desordem na quarentena. A falta de consenso entre as autoridades, pressões comerciais e comportamento de risco da população provocam perda de vidas e prejuízos financeiros.

Dora Kramer avalia que as coisas estão piorando e, com isso, as deficiências do país ficam mais evidentes. Existem vários fatores que não se consegue resolver em uma emergência, por exemplo, a deficiência do sistema de saúde e uma questão cultural de indisciplina. Mas há um fator primordial que a gente não precisaria estar vivendo, que é o comportamento de Jair Bolsonaro. Para ela, ele só tumultua o ambiente ao invés de organizar a situação e lembra que Bolsonaro já foi apontado como o governante que pior lida com a crise da pandemia.

Ricardo Noblat classifica que Bolsonaro toma essas decisões por estar mais preocupado com a economia e esquece o lado humano, achando que as pessoas vão se contaminar e morrer do mesmo jeito.

Augusto Nunes afirma que o comportamento do presidente é equivocado, mas é uma simplificação culpar apenas Jair Bolsonaro pelos problemas no país. E cita alguns fatores: a baixa popularidade de Bolsonaro e a decisão do STF que colocou na mão de estados e municípios as orientações sobre a quarentena. Ele argumenta que Bolsonaro não pode ser culpado pela baixa adesão da quarentena em São Paulo, por exemplo.

Os colunistas também falam sobre o caso do vídeo da reunião ministerial que teve a participação do agora ex-ministro Sergio Moro e que o governo quer entregar apenas partes para a Justiça.

May 08, 202041:15
A entrevista de Sergio Moro e suas consequências para o governo Bolsonaro

A entrevista de Sergio Moro e suas consequências para o governo Bolsonaro

A revista VEJA desta semana traz uma entrevista exclusiva com o ex-ministro da Justiça Sergio Moro, na qual ele afirma que apresentará ao STF provas de suas acusações contra Jair Bolsonaro, revela que é vítima de intimidação e que o presidente nunca priorizou o combate à corrupção

Dora Kramer afirma que já esperava que Moro tivesse provas para apresentar contra Bolsonaro. Mas na entrevista, ao dizer que respeita e tem admiração pelo presidente, Moro já procura desenhar um cenário em que as provas soem técnicas e não tenha margem a nenhum tipo de argumentação relacionado a divergências ou desapreço ao ex-chefe.

Ricardo Noblat avalia que a entrevista, por mais cuidadosa que ela tenha sido, foi uma pancada forte no presidente da República. Apesar disso, neste momento, a ordem no Congresso é não criar tumultos e seguir o caminho que o STF mandar trilhar.

Augusto Nunes lembra que Bolsonaro nunca escondeu que queria acesso direto ao diretor da PF e não consegue imaginar qual a consequência disso. Se Moro estiver mesmo falando a verdade, o que pode acontecer, questiona o colunista. Nunes acha improvável um processo de impeachment neste momento, já que seria mais uma confusão grande na vida de um país que já enfrenta uma pandemia e uma crise econômica, além de também não haver condições políticas para isso neste momento.

May 01, 202039:16
A saída de Sergio Moro do Ministério da Justiça e a crise no governo Bolsonaro

A saída de Sergio Moro do Ministério da Justiça e a crise no governo Bolsonaro

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, pediu demissão do cargo nesta sexta-feira, 24. Em seu pronunciamento de despedida, ele disse que avisou o presidente Jair Bolsonaro que a interferência no comando da Polícia Federal seria política e que o problema não é “alguém que entra, mas quem entra”. Ele lembrou também que o presidente lhe deu carta branca quando ele decidiu deixar de ser juiz da Operação Lava-Jato, – foi magistrado por 22 anos – para assumir o posto. “Quando fui convidado para ser ministro, em 1º de novembro, tivemos uma conversa sobre combate à corrupção e ao crime organizado. Foi dada carta branca para nomear pessoas para todos esses órgãos, incluindo a Polícia Federal”, disse.

Dora Kramer afirma que nunca viu nada parecido e avalia que Moro saiu atirando com muita força em Jair Bolsonaro, especialmente ao falar em mentira cometida pelo governo quando disse que diretor-geral da Polícia Federal, delegado Maurício Valeixo, teria pedido exoneração. Moro também reclamou de uma interferência explícita de Bolsonaro no comando da Polícia Federal.

Ricardo Noblat espera também uma reação da Polícia Federal sobre a tentativa de Jair Bolsonaro de tomar o comando da corporação. Ele acredita que Moro entregou elementos suficientes para uma eventual aceitação de um pedido de impeachment de Jair Bolsonaro.

Augusto Nunes afirma que a decisão de Bolsonaro foi suicida e dificilmente haverá uma saída para o presidente.

Apr 24, 202043:36
Mudança no comando do Ministério da Saúde e os atritos de Bolsonaro

Mudança no comando do Ministério da Saúde e os atritos de Bolsonaro

A semana marcou a saída de Luiz Henrique Mandetta do Ministério da Saúde após uma longa crise com o presidente Jair Bolsonaro. Na tarde da quinta, 16, depois de conseguir algum consenso dentro do governo e o nome do oncologista Nelson Teich para substituí-lo, Bolsonaro finalmente mandou Mandetta embora. Por trás do desligamento do ministro, um aspecto maior: o governo vai mesmo flexibilizar a quarentena.

Dora Kramer lembra uma fala do ex-vice-presidente Marco Marciel: "As consequências vêm depois". E lembra que o primeiro desafio de Nelson Teich é manter a condução dentro pasta, que é bem vista pela população. Mas o novo ministro também precisa se livrar da sombra de Mandetta e saber dialogar com a sociedade como seu antecessor.

Ricardo Noblat diz que o Brasil não tem tempo para a adaptação de um novo ministro. Para ele, Bolsonaro corre um grande risco fazendo uma substituição absolutamente desnecessária.

Augusto Nunes considera que a demissão de Mandetta foi precipitada pela entrevista do agora ex-ministro à Rede Globo no último domingo, 12. E avalia que todos os envolvidos no combate à pandemia estão pensando demais nas eleições de 2022.

Os colunistas também falam sobre a possibilidade de fim da quarentena no Brasil e o atrito entre Jair Bolsonaro e o presidente da Câmara dos Deputados Rodrigo Maia.

Apr 17, 202041:29
A postura (e a situação) de Bolsonaro na crise do coronavírus e o futuro do presidente

A postura (e a situação) de Bolsonaro na crise do coronavírus e o futuro do presidente

A crise do coronavírus encerra mais uma semana e o presidente Jair Bolsonaro segue envolvido em polêmicas. Na terça­-feira 31, o chefe do Planalto foi à televisão e trocou o tom beligerante e negacionista de sempre pela moderação. Mas, nas redes sociais, ele retomou a estratégia do confronto e reproduziu um vídeo com informações falsas a fim de atacar os governadores e fomentar na população o temor de uma crise de desabastecimento de alimentos.

Dora Kramer diz que Bolsonaro está cada vez mais isolado dentro e fora do país em uma situação em que pode perder as condições de governar. Ela ainda avalia como grave ter o STF sendo obrigado a derrubar uma a uma as decisões do presidente e acredita que a situação de Bolsonaro ficará muito complicada depois do fim da crise do coronavírus.

Ricardo Rangel avalia que a postura de Jair Bolsonaro é mais do mesmo. Ele sempre ensaia que vai recuar, mas depois dobra a aposta. Ele considera que a declaração sobre o ministro Mandetta à rádio Jovem Pan, quase o demitindo ao vivo, é muito grave e a discussão pública entre os dois leva a situação a uma insustentabilidade. Para ele, Bolsonaro está em uma rota suicida.

Para Ricardo Noblat, Bolsonaro fez mais uma aposta errada e está perdendo o apoio até nas redes sociais, onde era mais forte. O colunista acha até que o presidente parece querer que seu mandato seja interrompido.

Os colunistas também falam como estão lidando com a quarentena.

Apr 03, 202029:12
O Brasil em quarentena e o isolamento de Bolsonaro na crise do coronavírus

O Brasil em quarentena e o isolamento de Bolsonaro na crise do coronavírus

Enquanto o mundo aceita a quarentena como uma maneira de evitar a disseminação do coronavírus, o presidente Jair Bolsonaro se isola politicamente ao apostar no negacionismo. "Não parece estar no cardápio do presidente mudar essa posição, até porque ele não escuta os conselheiros mais ponderados e prefere se basear na opinião de meia dúzia de moleques com gabinete no Palácio da Planalto", avalia Dora Kramer.

O colunista Ricardo Rangel, que substitui Augusto Nunes no episódio da semana, observa que a situação é ainda mais inusitada porque o presidente, embora ignorado por muitos, mantém a pleno vapor sua atuação nas redes sociais. Para Noblat, o mais espantoso é que o discurso de Bolsonaro vai na contramão da política oficial do próprio governo: que pede para o brasileiro ficar em casa.

Mar 27, 202033:22
A guerra ao coronavírus, a vida em quarentena e os equívocos de Bolsonaro

A guerra ao coronavírus, a vida em quarentena e os equívocos de Bolsonaro

No episódio da semana, os colunistas Augusto Nunes, Dora Kramer e Ricardo Noblat analisam o drama humano por trás do avanço da pandemia de coronavírus no Brasil. A capa de VEJA desta semana, sobre o trabalho dos profissionais de saúde na linha de frente da guerra contra o vírus, é um dos temas em debate. Nunes diz que é otimista em relação à descoberta do remédio para a doença e Dora observa o confinamento da população. "Uma coisa é não querer sair. A outra é não poder", diz Nunes.

A atuação desastrada de Bolsonaro diante da crise também é um assunto debatido pelo trio. "Todos nós subestimamos a doença, mas o ministro Luiz Henrique Mandetta reagiu tão rápido quanto possível", diz Nunes. Para ele, é injusto o tom como se cobra o Ministério da Economia porque o problema é, no fim das contas, mundial. "Temos duas ameaças no momento: uma é do próprio vírus, e outra é a do comportamento irresponsável do presidente da República", opina Noblat.

Mar 20, 202039:42
O apelo de Guedes ao Congresso e o avanço do coronavírus do Brasil

O apelo de Guedes ao Congresso e o avanço do coronavírus do Brasil

No episódio da semana, os colunistas Augusto Nunes, Dora Kramer e Ricardo Noblat discutem o tema da reportagem de capa: a cobrança de Paulo Guedes por união entre o governo e o Legislativo contra a crise econômica. O objetivo do ministro da Economia é que as reformas tributária e administrativa sejam aprovadas.

Para Nunes, o pânico em relação ao turbilhão do momento é "exagerado", mas não há como prever o desenrolar dos acontecimentos. "É preciso que o Congresso pense nos brasileiros", resume. Já Noblat acredita que o entendimento entre Poderes pode até ocorrer de maneira pontual, por conta dos efeitos do coronavírus, mas que possivelmente será desfeito. "O clima é de desarmonia", afirma.

Mar 13, 202037:33
O acordo do Orçamento, os ataques de Bolsonaro à imprensa e o PIB

O acordo do Orçamento, os ataques de Bolsonaro à imprensa e o PIB

No episódio da semana do podcast, Augusto Nunes, Dora Kramer e Ricardo Noblat analisam o acordo entre Executivo e Legislativo sobre o Orçamento, acertado depois da nova crise entre Poderes. Foi mantido o veto de Bolsonaro a um trecho da Lei Orçamentária Anual que destina 30 bilhões de reais para aplicação pelos parlamentares, o chamado Orçamento impositivo.

O acordo se tornou possível depois que Bolsonaro enviou ao Legislativo um projeto de lei que muda uma regra para a execução orçamentária e divide o dinheiro em disputa: 15 bilhões de reais ficam com os parlamentares e a outra metade vai para os cofres do Executivo. "A origem (do acordo) está a negação do presidente em relação à política", resume Dora. "É importante lembrar que é a destinação do nosso dinheiro que está sendo debatida", afirma Nunes.

Os colunistas de VEJA também discutem os ataques do presidente à imprensa e comentam o crescimento do PIB em 2019, que frustrou o mercado. "Eu procuro ver nesse crescimento mínimo, de 1,1%, que o caminho passa pelas reformas", diz Nunes.

Mar 06, 202039:43
Coronavírus no Brasil e os novos atritos entre Bolsonaro e o Congresso

Coronavírus no Brasil e os novos atritos entre Bolsonaro e o Congresso

A capa da revista VEJA desta semana traz uma reportagem sobre as consequências da chegada do coronavírus ao Brasil: os prejuízos do surto para a economia (global e nacional), com impacto no dólar e na bolsa, estão entre os efeitos analisados. "Por enquanto, a onda inicial é de pânico", observa o colunista Ricardo Noblat, que elogia o desempenho do ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, que "conseguiu se manter à margem da balbúrdia" do governo Bolsonaro.

Dora Kramer diz que concorda com Noblat sobre o bom desempenho do ministro, que, segundo ela, tem posição "moderada". "É uma exceção no governo", afirma. Ainda no podcast, os colunistas também analisam os riscos dos atritos entre Bolsonaro e o Congresso Nacional, que devem se desdobrar em protestos nas ruas e que podem afetar as reformas tributária e administrativa.

Feb 28, 202028:39
Os protestos no Carnaval, a desarmonia entre Poderes e a crise no Ceará

Os protestos no Carnaval, a desarmonia entre Poderes e a crise no Ceará

A revista VEJA desta semana traz como destaque uma reportagem sobre os protestos políticos que devem mobilizar foliões no Carnaval 2020. Os exageros verbais do presidente Jair Bolsonaro e o conservadorismo das alas evangélicas instigam a grita em blocos e escolas de samba. Um fenômeno, nas palavras de Dora Kramer, influenciado por "todas as coisas carnavalescas que o governo produziu este ano."

Ricardo Noblat nota que, mesmo durante o regime militar, o Carnaval se manifestou "em tom de galhofa e crítica explícita". Dora aponta que o governo deveria ficar atento ao tom dos protestos que virão: eles apontam para o sentimento de insatisfação crescente da população.

Os colunistas também falam sobre os atritos entre o Congresso e o Executivo, intensificados por áudios vazados do general Heleno, e o episódio violento que envolveu policiais em greve e o senador Cid Gomes.


Feb 21, 202039:60
Caso Adriano da Nóbrega, as mudanças no governo Bolsonaro e as declarações polêmicas de Guedes

Caso Adriano da Nóbrega, as mudanças no governo Bolsonaro e as declarações polêmicas de Guedes

A revista VEJA desta semana traz como destaque as imagens obtidas pela revista que fortalecem a suspeita de queima de arquivo no caso do ex-capitão do Bope Adriano da Nóbrega, morto a tiros no interior da Bahia.

Dora Kramer avalia que o material reforça a hipótese de execução. Para ela, a questão é a consequência: historicamente, casos que envolvem, mesmo que indiretamente, pessoas poderosas, tendem a ficar sem apuração, como os casos de Celso Daniel e Marielle Franco.

Ricardo Noblat considera que trata-se de um caso de execução, já que os tiros foram disparados perto do corpo, a ponto de uma das armas ter sido encostada no corpo do miliciano. Ele também atenta para a declaração da mulher de Adriano da Nóbrega, na qual ela diz que essa queima de arquivo tem a ver com manobras que o governador do Rio fez para chegar a Adriano. Para Noblat, isso deve ser esclarecido.

Augusto Nunes lembra de uma frase do governador Wilson Witzel, de que 'a operação obteve o resultado que se esperava'. Mas o colunista questiona, já que a operação foi feita para a captura do ex-capitão do Bope. Ele lembra que o caso ainda tem muitas esquisitices e pede que as investigações não caiam no esquecimento.

Os colunistas também falam sobre as recentes e polêmicas declarações de Paulo Guedes, além das mudanças no governo Bolsonaro: Onyx Lorenzoni vai ao Ministério da Cidadania. O general Braga Netto assume a Casa Civil em seu lugar. Já Osmar Terra volta à Câmara dos Deputados.

Feb 14, 202038:02
As dificuldades da esquerda, confusão no MEC e a crise envolvendo Onyx

As dificuldades da esquerda, confusão no MEC e a crise envolvendo Onyx

A reportagem de capa da revista VEJA desta semana traz os atritos criados por Lula com aliados da esquerda e como isso aprisiona o grupo de oposição. Segundo o texto, o ex-presidente coloca seus interesses pessoais e os do PT acima da tentativa de formação de uma frente ampla de oposição a Bolsonaro.

Na opinião de Dora Kramer, ninguém na esquerda, seja dentro do PT ou em partidos aliados, sabe o que fazer. E isso se configura em uma situação como a retratada na capa, de um grupo à deriva.

Ricardo Noblat avalia que o PT está algemado a Lula. E isso não teria maiores consequências se o ex-presidente não tivesse acumulado ressentimentos em relação aos que o condenaram. Lula dá a entender que está obstinado com a ideia de voltar a se candidatar à presidência da República, o que parece bastante improvável até o momento. Outro problema é que o PT não abre mão do monopólio dentro da oposição.

Augusto Nunes lembra que o Partido dos Trabalhadores também sofre com a pobreza na criação de novos quadros, tanto que Fernando Haddad é o único nome cogitado pela sigla para concorrer tanto à Prefeitura de São Paulo quanto ao governo estadual. Para ele, Lula poderia se apresentar como um patriarca da esquerda, mas ainda luta para ser cabeça de chapa do PT.

Os colunistas também falam sobre os problemas enfrentados por Abraham Weintraub no Ministério da Educação e a crise envolvendo o ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni.

Feb 07, 202036:10
O futuro de Moro, os problemas da educação e a polêmica com Onyx

O futuro de Moro, os problemas da educação e a polêmica com Onyx

A revista VEJA desta semana traz uma reportagem sobre uma articulação entre deputados e senadores para afastar o ministro da Justiça e Segurança Pública Sergio Moro da disputa presidencial, com a possibilidade de ficar impedido de participar de eleições por seis anos.

Na opinião de Ricardo Noblat, isso é um casuísmo escandaloso para afastar o ministro das próximas disputas eleitorais. E também algum reflexo das paranoias de Jair Bolsonaro, que fica preocupado com qualquer ato de Moro, como uma foto postada nas redes sociais, por exemplo.

Dora Kramer concorda e avalia que os políticos estão com medo de Sergio Moro.

Já Augusto Nunes considera que os deputados e senadores que fizeram o plano estão lançando uma candidatura de Moro à presidência. Mas se esquecem que Moro ainda é jovem e pode voltar como um candidato imbatível.

Os colunistas também comentam os recentes problemas envolvendo o Ministério da Educação e o ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni.

Jan 31, 202038:53
Regina Duarte no governo e a ideia de fatiamento no ministério da Justiça

Regina Duarte no governo e a ideia de fatiamento no ministério da Justiça

A revista VEJA desta semana apresenta os próximos capítulos da novela envolvendo a secretaria da Cultura. A atriz Regina Duarte pode assumir a bagunçada pasta com a missão de enfrentar os delírios ideológicos dos bolsonaristas e a desconfiança da classe artística.

Dora Kramer considera a ideia de indicar Regina Duarte para a secretaria da Cultura é esperta, já que a atriz, no mínimo, vai apaziguar os ânimos no setor, mesmo sofrendo com algumas críticas. A questão é que não há como ela ter garantias de que vai poder exercer um bom trabalho dentro deste governo. Como Jair Bolsonaro vai se comportar na primeira contrariedade que Regina Duarte vier a protagonizar?

Augusto Nunes avalia que o tempo pedido pela atriz é para ela 'sentir a temperatura da água'. Para ele, Regina Duarte deixa claro que quer um canal direto com o presidente, afinal, ela vai comandar uma secretaria, que é subordinada a um ministério e a atriz quer ter certeza de que não terá esse tipo de obstáculo.

Os colunistas também comentam a possibilidade de fatiamento do ministério da Justiça, algo que Jair Bolsonaro já disse que tem 'chance zero' de acontecer. Dora Kramer diz que a ideia era dar uma alfinetada de Bolsonaro no ministro Sergio Moro . Augusto Nunes afirma que é 'uma ideia de jerico' e um tiro no pé por parte do governo. Outro assunto abordado no programa foi o caso do juiz das garantias.

Jan 24, 202027:03
A saída de Roberto Alvim, o caso Wajngarten e 'Democracia em Vertigem'

A saída de Roberto Alvim, o caso Wajngarten e 'Democracia em Vertigem'

O secretário especial de Cultura do governo do presidente Jair BolsonaroRoberto Alvim, foi demitido do cargo nesta sexta-feira, 17. Alvim deixa o cargo depois da divulgação de um vídeo em que copiou um discurso do nazista Joseph Goebbels, ministro da propaganda de Adolf Hitler, para anunciar a criação do Prêmio Nacional das Artes.

Dora Kramer diz que Jair Bolsonaro agiu mal ao avaliar a declaração como 'infeliz' e deve uma demonstração definitiva de que considera atos desse tipo graves. Para ela, Bolsonaro não pode repetir na Cultura o que fez na Educação, trocando seis por meia dúzia, com um ministro que até piora a situação da área.

Augusto Nunes diz que a justificativa de Roberto Alvim de que não foi ele quem escreveu o texto não pode ser considerada, já que o conteúdo é um absurdo e um elogio aos métodos nazistas. Para ele, o ato de Bolsonaro em demitir Alvim é positivo, mesmo tendo agido sob pressão. Mostra que o presidente tem sensatez. Mas a missão de Jair Bolsonaro é melhorar a área com indicação de quem conhece o setor. Augusto Nunes lembra que existem pessoas conservadoras e competentes.

Os colunistas também comentam a capa da revista VEJA desta semana, sobre a polarização ideológica que a indicação do documentário 'Democracia em Vertigem' ao Oscar causou no país e o escândalo envolvendo o chefe da Secretaria de Comunicação da Presidência da República, Fábio Wajngarten.

Jan 17, 202022:32
Conflito entre EUA e Irã, eleições municipais e as polêmicas de Weintraub

Conflito entre EUA e Irã, eleições municipais e as polêmicas de Weintraub

A edição desta semana da revista VEJA mostra os efeitos para o Brasil de uma possível guerra entre EUA e Irã. A reportagem mostra que a economia e a diplomacia do país não têm nada a ganhar com um conflito nos próximos meses

Dora Kramer afirma que a impressão que deu no dia 3 de janeiro, quando o general Soleimani foi assassinado, é que o mundo iria explodir. Apesar de os ânimos dos países envolvidos ter acalmado após o ataque iraniano a duas bases usadas pelos EUA no Iraque, o cenário ainda é de preocupação e o Brasil precisa ter muito cuidado com o que faz e o que se fala, mesmo isso não sendo uma característica do atual governo.

Augusto Nunes reforça que o Brasil precisa ficar de fora dessa questão. É uma coisa muito complexa, de séculos. O Brasil não é um dos atores principais e só terá prejuízos entrando nesta assunto.

Os colunistas também falam sobre as eleições municipais deste ano, a questão sobre o juiz de garantias e as polêmicas envolvendo o ministro da Educação, Abraham Weintraub.

Jan 10, 202032:31
 O balanço (e o isolamento) de Bolsonaro, o caso Queiroz e investigação sobre Lulinha

O balanço (e o isolamento) de Bolsonaro, o caso Queiroz e investigação sobre Lulinha

O presidente Jair Bolsonaro concedeu sua segunda entrevista exclusiva à VEJA falando sobre vários assuntos, inclusive reclamando da solidão. O chefe do Planalto também comparou o Brasil a um transatlântico redirecionado ao curso correto.

Ricardo Noblat destaca a forma como Bolsonaro vive no Palácio do Alvorada. Porque a reportagem descreve que ele vive de forma isolada, aparentemente por escolha dele. É uma vida absolutamente esquisita, parece que não consegue dormir direito, dá declarações de que fica com um revólver na mão ao seu alcance, uma paranoia com a questão da segurança

Augusto Nunes avalia que o isolamento no poder é uma coisa inevitável, mas que há um certo exagero. E isso pode ser o caminho mais curto para a paranoia.

Os colunistas também falam sobre as suspeitas de rachadinha envolvendo Flávio Bolsonaro e as investigações envolvendo Lulinha, filho do ex-presidente Lula.

Dec 20, 201934:47
As reformas de Guedes, os 51 anos do AI-5, os ataques de Bolsonaro à imprensa e Lulinha na Lava Jato

As reformas de Guedes, os 51 anos do AI-5, os ataques de Bolsonaro à imprensa e Lulinha na Lava Jato

Dec 13, 201930:16
Pesquisa contra a ditadura, violência em São Paulo e o fundão eleitoral

Pesquisa contra a ditadura, violência em São Paulo e o fundão eleitoral

A capa da revista VEJA desta semana traz uma pesquisa exclusiva que mostra que quase 80% dos brasileiros rejeitam o retorno de um regime autoritário. Segundo os dados, a grande maioria da população, apesar de preferir a democracia, vê um risco razoável de retrocesso.

Dora Kramer considera uma barbaridade a sociedade ainda precisar discutir esse assunto. Mas ainda precisamos falar sobre democracia porque autoridades eleitas cogitam possibilidade, mesmo remota, de AI-5. Para ela, essa medida só deve ser lembrada de maneira pedagógica, como um exemplo do que não deve ser feito.

Ricardo Noblat avalia que os nostálgicos da ditadura são pessoas que não viveram a ditadura, que não sabem o que é isso na pele e o quanto isso faz mal. Mas pondera que, já que há quem tenha interesse no retorno daquela época, é necessário encarar o assunto e desmascarar essa situação, ressaltando que ditadura não é boa em hipótese alguma.

Augusto Nunes se espanta com a mania de se querer voltar a épocas que foram totalmente distintas da que estamos vivendo agora. Para ele, é uma velharia ideológica que é impossível ressuscitar num Brasil que, mesmo longe de uma democracia perfeita, é capaz de resolver seus problemas no voto. Ele considera que o assunto ditadura deve ficar nos livros de história.

Os colunistas também falam sobre a pesquisa eleitoral que aponta a força de Lula e, especialmente, de Sergio Moro, na disputa pela Presidência, do caso de violência policial na favela em Paraisópolis, em São Paulo, e do fundão aprovado na Câmara, que fez subir o fundo eleitoral para mais de R$ 3 bilhões.

Dec 06, 201938:50
Compartilhamento de dados sigilosos, nova condenação de Lula e o AI-5

Compartilhamento de dados sigilosos, nova condenação de Lula e o AI-5

O Supremo Tribunal Federal decidiu pelo compartilhamento irrestrito de dados sigilosos de órgãos de controle financeiro como a Unidade de Inteligência Financeira (UIF), antigo Conselho de Controle de Atividades Financeiras, e a Receita Federal sem prévia autorização judicial.

Ricardo Noblat diz que fazia tempo que não tinha uma lambança desse tamanho no STF. O colunista avalia que Dias Toffoli deu por não dito o que dissera e aderiu à vontade da maioria dos seus pares. Na melhor das hipóteses, foi um gesto de respeito a eles. Na pior, um gesto de oportunismo.

Na opinião de Dora Kramer, a decisão de Toffoli, mitigada pelo próprio em propositadamente obscuro voto, serviu apenas para que fossem perdidos alguns meses na tramitação de inquéritos relativos a movimentações financeiras consideradas suspeitas. Ficou exposto o despreparo do presidente do STF e comprovada a evidência de que não se é reprovado duas vezes em concurso para ingresso na magistratura impunemente.

Augusto Nunes compara o voto de Dias Toffoli como se um dos gols do 7 a 1 na Copa de 2014 tivesse sido contra. Ele lembra que Toffoli votou em uma coisa como relator e como ministro votou em outra.

Os colunistas também falam sobre a nova condenação do ex-presidente Lula e as declarações de Paulo Guedes sobre o AI-5.

Nov 29, 201937:37
Decisão sobre o antigo Coaf, Aliança pelo Brasil e congresso do PT

Decisão sobre o antigo Coaf, Aliança pelo Brasil e congresso do PT

Augusto Nunes, Dora Kramer e Ricardo Noblat comentam o julgamento no STF sobre órgãos de controle financeiro, o novo partido do presidente e presença de Lula em evento do partido

Nov 23, 201938:06
O porteiro do presidente, julgamento da 2ª instância e o pacote de Guedes

O porteiro do presidente, julgamento da 2ª instância e o pacote de Guedes

A reportagem de capa da revista VEJA desta semana descreve as atividades do porteiro que citou o nome do presidente Jair Bolsonaro em depoimento à polícia do Rio, no caso do assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes.

Dora Kramer avalia que as coisas continuam obscuras do ponto de vista do que o que realmente aconteceu.

Ricardo Noblat também considera que a confusão sobre a gravação continua e precisa ser apurada de maneira decente, já que até Carlos Bolsonaro teve acesso a gravação antes da polícia.

Augusto Nunes lembra que ainda existem muitas perguntas a serem esclarecidas e ressaltou que, se o porteiro mantém o depoimento, também mantém a conversa com o 'Seu Jair'. E isso precisa ser bem apurado.

Os colunistas também comentam a decisão do STF sobre a prisão em segunda instância e o pacote econômico do ministro Paulo Guedes.

Nov 09, 201932:58
Investigação do caso Marielle e as declarações de Eduardo Bolsonaro sobre o AI-5

Investigação do caso Marielle e as declarações de Eduardo Bolsonaro sobre o AI-5

A execução da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes não para de produzir notícias espantosas, a começar pelo tempo de 600 dias sem que o caso tenha uma solução, um prodígio até para os padrões indigentes de produtividade da polícia nacional. Quem matou? Quem mandou matar?  Este é o destaque da edição desta semana da VEJA e o principal assunto desta edição do podcast Os Três Poderes.

Dora Kramer faz vários questionamentos: por que o porteiro mentiria? Por que a mulher de Ronnie Lessa tiraria uma foto do registro da portaria mandando para o marido como se quisesse ter em mãos uma prova? Para ela, é um caso que necessita ter muito cuidado antes de adotar uma posição definitiva.

Ricardo Noblat avalia que não faz sentido o porteiro fazer anotações de que alguém iria no número 58 sendo que ninguém iria lá e cobra uma perícia mais apurada por parte do Ministério Público.

Augusto Nunes considera que o depoimento do porteiro perde a validade a partir do momento em que existem provas de que Jair Bolsonaro não estava no condomínio nem na cidade no momento da ligação e que deve ser checado se o porteiro citou o nome do presidente porque quis.

Os colunistas também falam sobre as declarações de Eduardo Bolsonaro sobre o AI-5

Nov 01, 201940:21
Caso Celso Daniel, julgamento da segunda instância e a volta de Queiroz

Caso Celso Daniel, julgamento da segunda instância e a volta de Queiroz

A edição da revista VEJA desta semana traz um depoimento inédito de Marcos Valério que cita o ex-presidente Lula como um dos mandantes da morte do ex-prefeito de Santo André, Celso Daniel. O operador conta que o ex-presidente deu aval para pagar a chantagista que iria apontá-lo como envolvido no assassinato do então prefeito da cidade do ABC paulista.

Dora Kramer considera que o caso é um esqueleto e Marcos Valério é um fantasma que assombra o PT. A reportagem traz de volta à tona um caso muito mal explicado, já que a polícia trata como crime comum, mas o Ministério Público nunca ficou convencido disso.

Ricardo Noblat avalia que Valério não trouxe nenhuma prova concreta do que está falando e a única novidade é que o próprio Valério foi acionado para negociar com Ronan para não denunciar Lula no caso.

Augusto Nunes afirma que Marcos Valério precisa contar tudo o que sabe, assim como o PT, senão essas versões vão circular até o fim dos tempos.

Os colunistas também comentam o início do julgamento no STF sobre a prisão após condenação em segunda instância e a volta de Fabrício Queiroz ao centro das atenções da política brasileira.

Oct 25, 201941:31
Projeções para 2022, o julgamento sobre a segunda instância e a crise no PSL

Projeções para 2022, o julgamento sobre a segunda instância e a crise no PSL

A revista VEJA trouxe na edição desta semana um levantamento exclusivo com projeções de como seriam alguns cenários sobre as eleições presidenciais em 2022. O principal destaque é que o ex-presidente Lula ainda é o principal nome da esquerda contra Jair Bolsonaro. Na simulação, Lula perderia por 46% a 38%. Os dados mostram também que o atual presidente perderia para Sergio Moro e ganharia por pouco de Luciano Huck em um hipotético segundo turno.

Ricardo Noblat avalia que a possível libertação de Lula é o melhor dos cenários para Jair Bolsonaro. Com isso, o atual presidente poderá manter o seu discurso de ameaça esquerdista. Mas tudo depende de qual Lula sairá da cadeia, o paz e amor ou um mais disposto ao ataque.

Dora Kramer concorda que a saída do petista da cadeia é favorável a Jair Bolsonaro. Mas ela avalia que Lula ainda é o nome mais forte da esquerda simplesmente porque é o único nome da esquerda.

Augusto Nunes lembra que ainda é cedo para projetar as próximas eleições presidenciais. Ainda não é possível dizer que Lula será candidato, por exemplo. E isso mostra a ausência de opções do PT. O líder populista não criou um sucessor e parece não fazer questão de ganhar a eleição com outro nome que não seja o dele mesmo.

Os colunistas de VEJA também comentam o início do julgamento sobre prisões após segunda instância no STF e a crise interna no PSL, partido do presidente Jair Bolsonaro.

Oct 18, 201940:52
Crise no PSL, canonização de Irmã Dulce e o vazamento de petróleo no Nordeste

Crise no PSL, canonização de Irmã Dulce e o vazamento de petróleo no Nordeste

A semana foi marcada pela crise envolvendo o presidente Jair Bolsonaro e a direção do seu partido, o PSL. O problema na relação é tão grave que pode até causar a saída de Bolsonaro e outros integrantes da sigla.

Ricardo Noblat avalia que o caso dos laranjas desgastou muito a imagem do PSL e causa um incômodo no presidente Bolsonaro e sua família. Mas o crescimento do partido nas últimas eleições, graças a Jair Bolsonaro, fez com que o PSL passasse a ter mais dinheiro vindo do fundo partidário. E essa pode ser a causa fundamental de toda a crise, quem é que controla um partido que ficou muito valioso nos últimos anos.

Augusto Nunes lembra que o PSL não tem sido problemático na Câmara, tem votado junto com o governo. E essa crise pode causar problemas para Bolsonaro neste sentido também e atrapalhar os projetos do governo.

Os colunistas também comentaram a canonização de Irmã Dulce, capa da edição desta semana da revista VEJA, e o problema do vazamento de óleo no litoral do Nordeste.

Oct 11, 201930:28
Moro fala sobre candidatura em 2022 e o sínodo da Amazônia

Moro fala sobre candidatura em 2022 e o sínodo da Amazônia

O ministro Sergio Moro, em entrevista à VEJA, diz que não será candidato em 2022 e comentou a condenação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo o ex-juiz, não houve nenhum excesso na Lava Jato e o petista está preso porque cometeu crimes, além de afirmar que a Petrobras foi saqueada.

Dora Kramer destaca a maneira moderada que Moro falou sobre temas polêmicos, como o pacote anticrime. Na opinião dela, o ministro entendeu como se comportar como um verdadeiro político em Brasília. A colunista também se disse convencida que Moro, de fato, não quer ser candidato a presidente em 2022, mas não descarta a possibilidade de o ex-juiz sair para o Senado.

Ricardo Noblat considera Moro um bom jogador de xadrez, mas ainda duvida que Moro não vá ser candidato nas próximas eleições. Para ele, existe uma boa chance de haver apoio popular o bastante para ele mudar de ideia.

Augusto Nunes lembra que o bom candidato a presidente não diz que é candidato a presidente. Mas avalia que Moro não tem o perfil para fazer uma campanha pesada para eleições como a brasileira.

Os colunistas falam também sobre o julgamento no STF que decidiu a favor do entendimento de que réus delatados devem apresentar alegações finais depois dos réus delatores e o começo do sínodo da Amazônia em Roma, que pode trazer mais encrencas para o governo Bolsonaro.

Ouça mais um episódio do podcast Os Três Poderes:
Oct 04, 201938:09
O tiro não disparado por Janot e seus efeitos na Lava Jato

O tiro não disparado por Janot e seus efeitos na Lava Jato

Reportagem de capa de VEJA desta semana revelou a intenção do ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot de assassinar o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, com um “tiro na cara” e, em seguida, se suicidar. As chocantes declarações provocaram reações em Brasília. Gilmar Mendes aconselhou que Janot procure ajuda psiquiátrica, enquanto o ex-deputado Eduardo Cunha tratou o ex-PGR como um psicopata.

Dora Kramer destacou o “desequilíbrio” de Janot, que considerou “algo absolutamente surpreendente e inimaginável, embora reflita o clima exacerbado do país” e disse que o fato é bastante negativo para o para o Ministério Público como instituição. Ricardo Noblat ironizou a alegação do ex-PGR de que a “mão de Deus” teria retido seu ímpeto assassino, enquanto José Benedito considera que o “tiro não disparado” por Janot atingiu em cheio a Operação Lava Jato, que que já vinha sendo alvejada de todos os lados.

Os colunistas também comentaram sobre a sessão do Supremo Tribunal Federal (STF), que formou maioria pela tese que pode anular sentenças da Lava Jato, entre elas a do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e sobre a decisão do Congresso de rejeitar 18 vetos feitos por Jair Bolsonaro nas leis de abuso de autoridade. Dora Kramer destaca os novos revezes para a operação, mas considera exageradamente alarmista falar em “enterro da Lava Jato”.

Noblat, por sua vez, viu como “curioso e irônico que o enfraquecimento da Lava Jato esteja ocorrendo no governo do capitão e do juiz” e disse estranhar o silêncio do presidente Jair Bolsonaro diante dos últimos fatos. Os jornalistas também comentaram sobre o discurso de Jair Bolsonaro na ONU no início da semana. José Benedito considera que o presidente agradou o “núcleo duro” do bolsonarismo, mas perdeu uma grande oportunidade de assumir uma atitude mais ponderada e melhorar sua imagem perante os líderes mundiais.

Sep 28, 201938:30
A guerra fria entre Bolsonaro e Moro, Lava Toga e a ida do presidente à ONU

A guerra fria entre Bolsonaro e Moro, Lava Toga e a ida do presidente à ONU

Uma história que começou sob o signo da parceria e culminou com a vitória de Jair Bolsonaro na disputa da presidência da República passa por uma forte turbulência. Depois de oito meses de governo, a relação do presidente com o ministro da Justiça Sergio Moro fugiu do script e agora imperam os atritos, as intrigas e as disputas pelo controle de cargos estratégicos. O motivo é simples: Bolsonaro acha que ele e Moro juntos são imbatíveis nas urnas, mas teme que o ministro, mais popular que o presidente, lance candidatura própria ao Palácio do Planalto em 2022. Por isso a história agora se desenrola sob o signo da desconfiança.

Para Dora Kramer, esse é o jogo mais interessante da política na atualidade, do ponto de vista da sutileza. Ela avalia que essa briga ocorre de uma forma não muito explícita, já que Bolsonaro e Moro não podem se anular. Então os dois se pautam pela máxima imortalizada no filme O Poderoso Chefão: amigos próximos, inimigos mais próximos ainda.

Ricardo Noblat lembra que o plano de fundo dessa briga é a questão do combate à corrupção. E Jair Bolsonaro deu uma recuada grande neste assunto pelo fato de ter um filho envolvido em alguns rolos. Na opinião de Noblat, se dependesse apenas de Bolsonaro, se não fosse lhe causar um grande estrago, o presidente já teria se livrado de Moro há tempos. Mas o ministro é mais popular do que Bolsonaro. E essa relação de confiança fragmentada entre os dois pode explodir a qualquer momento.

Augusto Nunes também considera a disputa entre Bolsonaro e Moro fascinante. E é um confronto inevitável desde a eleição, já que Bolsonaro foi eleito com uma plataforma muito próxima a de Moro, a de combate à corrupção. E a alta popularidade de Moro representa um grande perigo para o presidente, que não pode descartar essa informação. Moro já mostrou paciência para engolir sapos e o ministro deve apostar no combate às organizações criminosas para crescer ainda mais na preferência da população. Para Augusto Nunes, Bolsonaro precisa tratar o ministro com uma frieza que ele não tem.

Os colunistas comentam as posições do Congresso Nacional sobre a CPI da Lava Toga, especialmente o fato de o Senado mostrar que não teme o Supremo Tribunal Federal.

Sep 20, 201938:12
As declarações dos filhos de Bolsonaro e o comportamento audacioso do Congresso

As declarações dos filhos de Bolsonaro e o comportamento audacioso do Congresso

Declarações dos filhos de Jair Bolsonaro causaram polêmica durante esta semana. No Twitter, Carlos Bolsonaro afirmou que o Brasil não terá transformação rápida por vias democráticas. Eduardo saiu em defesa do irmão e aproveitou para dizer que acredita que terá o nome aprovado pelo Senado para ser embaixador do Brasil nos Estados Unidos

Dora Kramer avalia que as manifestações da família Bolsonaro não estão sendo bem-vindas. E quanto mais estapafúrdias forem as declarações, mais fortes são as reações. E eles estão conseguindo fazer com que a sociedade fique alerta.

Ricardo Noblat coloca a culpa no pai Jair Bolsonaro. Para ele, os garotos são fruto da educação que tiveram. Eles ouviram o pai a vida inteira fazendo esse discurso e agora apenas repetem o que aprenderam em casa. O problema é que eles não repetem mais apenas o que o pai diz. Repetem o que o presidente da República diz.

Augusto Nunes considera que Bolsonaro e os filhos fazem este tipo de discurso para tentar manter o atual eleitorado, já pensando nas eleições de 2022.

Os colunistas de VEJA também comentam o comportamento do Congresso Nacional, que está aprovando medidas polêmicas, como afrouxar a lei do caixa dois, o controle de gastos, contribuindo para tudo o que possa interessar a corruptos. Eles também falam sobre a indicação de Augusto Aras para a Procuradoria-Geral da República.

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Sep 13, 201938:51
Um ano da facada em Bolsonaro, o novo PGR e os vetos na lei de abuso de autoridade

Um ano da facada em Bolsonaro, o novo PGR e os vetos na lei de abuso de autoridade

O atentado contra o então candidato à presidência pelo PSL, Jair Bolsonaro, completa um ano nesta sexta-feira, 6. E, mesmo tanto tempo depois, ainda alimenta teorias conspiratórias e segue reverberando na saúde do atual presidente e na política brasileira.

Na opinião de Ricardo Noblat, a facada não mudaria o destino de Bolsonaro. O colunista avalia que a eleição de 2018 foi uma eleição dos indignados com a falta de segurança pública, com o comportamento dos políticos e com o desastre econômico que foi o governo de Dilma Rousseff. Na cabeça de grande parte dos eleitores, era necessário evitar que o PT voltasse ao poder. E essa parcela dos eleitores considerava Bolsonaro a única escolha segura para derrotar o Partido dos Trabalhadores.

Dora Kramer considera que o fato ajudou, mas não determinou a vitória de Bolsonaro. Ajudou no sentido de dar mais exposição ao então candidato do PSL na televisão além dos poucos segundos que tinha no horário eleitoral e provocou um constrangimento nos adversários, que pararam os ataques contra Bolsonaro.

Daniel Bergamasco, editor digital de VEJA, lembra que Jair Bolsonaro terá de ir na Assembleia Geral da ONU, no próximo dia 24, onde o presidente brasileiro faz o discurso de abertura. Mas, no dia 8, ele fará mais uma cirurgia para retirar uma hérnia causada pelas operações em consequência da facada que levou um ano atrás.

Os colunistas e os jornalistas de VEJA também comentam a escolha de Augusto Aras para suceder Raquel Dodge na Procuradoria-Geral da República e os vetos do presidente Jair Bolsonaro na lei de abuso de autoridade.

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Sep 06, 201933:24
O paradeiro de Queiroz e a relação entre Jair Bolsonaro e Sergio Moro

O paradeiro de Queiroz e a relação entre Jair Bolsonaro e Sergio Moro

Depois de uma apuração que durou pouco mais de três meses, VEJA descobriu o paradeiro de Fabricio Queiroz, o ex-assessor de Flávio Bolsonaro, sumido desde o mês de janeiro. Ele reside hoje, no Morumbi, Zona Sul de São Paulo, mesmo bairro onde se encontra o hospital Albert Einstein. No local, Queiroz faz tratamento contra um câncer no intestino. E é o principal assunto analisado pelos colunistas Dora Kramer, Ricardo Noblat e Augusto Nunes.

Dora Kramer diz que a realidade é mais prosaica que a fantasia, já que as suposições sobre o destino de Queiroz eram as mais criativas possíveis e, no fim, ele estava no Morumbi, na Zona Sul de São Paulo, fazendo o tratamento contra um câncer no hospital Albert Einstein, que fica na região. Mas ela questiona porque a família manteve o mistério em relação ao paradeiro do ex-assessor de Flávio Bolsonaro, já que não havia nada de desabonador no que ele estava fazendo.

Ricardo Noblat avalia que essa coisa de "onde está o Queiroz" foi muito mais uma provocação para cutucar o presidente Jair Bolsonaro e sua família. Ele lembra também da preocupação do presidente da República com a vontade do Ministério Público do Rio de apurar o que de fato aconteceu no gabinete de Flávio Bolsonaro quando Queiroz trabalhava para o então deputado. E não é bom para a família Bolsonaro seguir com essa suspeita, seria bom esclarecer todos os fatos rapidamente.

Augusto Nunes lembra que Queiroz não é procurado pela polícia, mas também defende que o caso seja solucionado rapidamente, mesmo que o STF o tenha desobrigado a apresentar qualquer explicação com a decisão do ministro Dias Toffoli de não permitir investigações com base em números levantados pelo Coaf.

Os colunistas também comentam os desdobramentos da Operação Lava Jato e a relação conturbada entre o presidente Jair Bolsonaro e o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro. Além disso, eles também projetam o que pode acontecer com o Meio Ambiente no Brasil depois da polêmica dos últimos dias.

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Aug 30, 201939:18
A questão da Amazônia e a opinião do brasileiro sobre Bolsonaro

A questão da Amazônia e a opinião do brasileiro sobre Bolsonaro

As queimadas na Amazônia dominaram o assunto nesta semana, especialmente depois de o presidente Jair Bolsonaro trocar farpas com o chefe de estado francês Emmanuel Macron pela internet.

Dora Kramer considera que há muita informação desencontrada no caso, muito uso político e comercial. E o assunto tomou uma proporção mundial, o que mostra a importância do tema para o planeta. Para ajudar, o presidente Jair Bolsonaro dá margem a críticas ao ser negligente com a questão e ao fazer declarações que vão na contramão do que todo o mundo civilizado acha adequado como tratamento na preservação do meio ambiente e, especialmente, ao ser beligerante sobre o tema. Na opinião da colunista, é necessário que o governo olhe para o tema com mais seriedade.

Ricardo Noblat diz que essa situação era uma bola cantada. Além de ser a temporada das queimadas na região amazônica, houve a piora no ritmo desses incêndios nos últimos oito meses, coincidentemente desde o início do governo Bolsonaro. Todo mundo está de olho na Amazônia, e o Brasil precisa dar um jeito nisso se não quisermos passar uma vergonha maior, além de pagar o preço de eventuais revides na área de negócios.

Augusto Nunes avalia que faltam informações precisas sobre o tamanho do desmatamento e sobre quem provoca essas queimadas. Também critica a falta de medidas que modifiquem a legislação, o que dá a percepção de impunidade para quem desmata a região. Ele também classifica como impressionante a inabilidade do governo em responder com dados a autoridades de outros países e ONGs.

Os colunistas também comentam a edição desta semana da revista VEJA, que traz uma pesquisa exclusiva sobre o que o brasileiro pensa sobre o governo Bolsonaro.

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Aug 23, 201937:36
Lei de abuso de autoridade e a relação do governo com o meio ambiente

Lei de abuso de autoridade e a relação do governo com o meio ambiente

 Em um momento de desgaste da Operação Lava Jato, a Câmara aprovou projeto que pune o abuso de autoridade. O texto define penas para vários tipos de ilícitos. Magistrados, por exemplo, serão punidos com detenção de um a quatro anos ao decidirem pela prisão preventiva sem amparo legal. Abertura de investigação sem indícios de crime e obtenção de prova por meio ilícito também são algumas das práticas enquadradas como crime de abuso.

Dora Kramer considera que houve um certo abuso das autoridades parlamentares, já que a votação foi em regime de urgência, sem voto nominal, num momento em que a Lava Jato está fragilizada e em que Jair Bolsonaro muda de posição na questão do combate à corrupção por causa do envolvimento de familiares e amigos em questões que exigem investigações. Para ela, a população vai ficar contra isso e causará um dilema no presidente.

Ricardo Noblat avalia a lei como um atraso. Na opinião dele, a aprovação era uma pedra cantada, já que o Congresso estava incomodado com os resultados da Lava Jato e queria dar um freio na atuação dos procuradores.

Augusto Nunes afirma que a lei aprovada é uma indecência e vai permitir que o fora da lei vai dar voz de prisão a quem defende a lei baseado na lei. Ele diz que Bolsonaro deve vetar o texto aprovado ao menos parcialmente ou vai arriar uma das suas bandeiras de campanha.

Os colunistas de VEJA também criticam a forma que o governo Bolsonaro age com as questões do meio ambiente, o que prejudica até as relações internacionais do Brasil. Augusto Nunes, Dora Kramer e Ricardo Noblat ainda comentam a situação política na Argentina.

Ouça mais um episódio do podcast Os Três Poderes:
Aug 16, 201936:42
A relação entre Bolsonaro e Moro e as decisões polêmicas do STF

A relação entre Bolsonaro e Moro e as decisões polêmicas do STF

Nos últimos dias, o desgaste na relação entre o presidente Jair Bolsonaro e o ministro Sergio Moro parece ter aumentado. O chefe do Planalto mudou um pouco o tratamento em relação ao titular da pasta da Justiça e da Segurança Pública, chegando até a pedir que 'se dê um tempo' no pacote anticrime elaborado por Moro. Mesmo com Bolsonaro chamando Moro para participar de uma live horas depois, o desconforto era evidente.

Dora Kramer avalia que há uma espécie de menosprezo de Jair Bolsonaro em relação a Sergio Moro e que isso pode ser uma tentativa de demonstração de poder do presidente. O problema é que Moro ainda tem muita popularidade, talvez até maior que a de Bolsonaro

Para Ricardo Noblat, Moro enfrenta uma grande encruzilhada: ficar sujeito aos caprichos de Bolsonaro ou ir para casa e dar tempo ao tempo e tentar manter o capital eleitoral que o ex-juiz ainda tem.

Os colunistas também comentaram algumas decisões recentes do STF, como a que barrou a transferência do ex-presidente Lula de Curitiba para São Paulo.

Ouça o sexto episódio do podcast Os Três Poderes:
Aug 09, 201932:56
As recentes decisões do STF e as controvérsias produzidas por Bolsonaro

As recentes decisões do STF e as controvérsias produzidas por Bolsonaro

Os ministros do Supremo Tribunal Federal Luiz Fux e Alexandre de Moraesdecidiram proibir nesta semana a destruição dos materiais obtidos pelos hackers e pediram cópias das conversas, apreendidos pela Polícia Federal durante a Operação Spoofing. A decisão de Fux atendeu a um pedido do PDT. Segundo o partido, o ministro da Justiça e Segurança Pública Sérgio Moro poderia cometer crime com a destruição.

A medida adotada pelos juízes tira das mãos da Polícia Federal, que é subordinada a Moro, e do juiz Vallisney de Souza Oliveira, da 10 Vara Federal do Distrito Federal, o domínio sobre a informação do inquérito que culminou na prisão de quatro suspeitos de hackear a conta do aplicativo Telegram de autoridades.

Neste quinto episódio, os colunistas Augusto Nunes e Ricardo Noblat também repercutem uma outra decisão de Alexandre de Moraes: suspender imediatamente qualquer procedimento investigatório da Receita Federal contra os ministros do Supremo. Para Moraes, “há graves indícios de ilegalidade no direcionamento das investigações”.

A decisão do ministro é uma reação às últimas mensagens reveladas pela Folha de São Paulo e o site The Intercept Brasil, que revelaram que o procurador Deltan Dallagnol incentivou colegas a investigar o atual presidente da corte, o ministro Dias Toffoli, em 2016. Em um dos diálogos publicados, Deltan afirma que recebeu da Receita Federal informações sobre contas do escritório de advocacio da mulher de Toffoli, Robertal Rangel.

Os colunistas também comentam as últimas controvérsias envolvendo o presidente Jair Bolsonaro, entre elas os ataques de Bolsonaro ao pai do presidente da OAB, Felipe Santa Cruz. Nesta semana, o presidente disse que pode “contar a verdade” sobre como pai dele desapareceu durante a Ditadura Militar. Felipe é filho de Fernando Augusto de Santa Cruz Oliveira, intengrante do grupo Ação Popular (AP), organização que era contrário ao regime dos militares.

Aug 02, 201932:59
A prisão dos hackers e a decisão de Dias Toffoli sobre Coaf

A prisão dos hackers e a decisão de Dias Toffoli sobre Coaf

A prisão dos hackers que vazaram diálogos de autoridades nos últimos dias é o principal assunto da semana e o alvo da análise dos colunistas Augusto Nunes, Dora Kramer e Ricardo Noblat.

Para Dora Kramer, as prisões não alteram as suspeições sobre as condutas de Sergio Moro e Deltan Dallagnol. Também não colocam em cheque a questão da liberdade de expressão, ou seja, o direito de qualquer publicação de colocar no ar o que considera notícia, além do sigilo da fonte. E questiona se há mandantes no crime de roubo de dados.

Ricardo Noblat avalia que as gravações devem seguir sendo analisadas, já que são comprovadamente verdadeiras e o meio como elas foram obtidas não podem invalidar o fim. E não descarta a possibilidade de ter mais gente envolvida no caso.

Augusto Nunes considera que a apuração está apenas no começo e defende uma investigação profunda do grupo, para descobrir o real tamanho e como conseguiram tantos dados.

Ouça o quarto episódio do podcast Os Três Poderes.

Jul 26, 201937:56
As ameaças a Bolsonaro e as consequências da decisão de Toffoli

As ameaças a Bolsonaro e as consequências da decisão de Toffoli

 O terrorismo é uma ameaça real no Brasil? A revista VEJA desta semana traz uma entrevista com o líder de um grupo terrorista que revela planos para matar o presidente Jair Bolsonaro e os ministros Ricardo Salles (Meio Ambiente) e Damares Alves (Mulher, Família e Direitos Humanos)

Dora Kramer avalia que o assunto não é familiar no Brasil, o que traz uma tendência natural de acharmos paranoia. Mas ela diz que essas coisas podem, sim, acontecer. Ricardo Noblat lembra que nenhum tipo de ameaça pode ser subestimada, citando a tragédia de 11 de setembro. Augusto Nunes ressalta a necessidade de o governo tomar ações preventivas para se defender.

Outro assunto abordado pelos colunistas foi a decisão do ministro Dias Toffoli, do STF, de suspender investigações baseadas no compartilhamento de dados bancários e fiscais com o Ministério Público sem autorização do Poder Judiciário.

Ricardo Noblat diz que a medida enfraquece e pode até paralisar os trabalhos da Lava Jato, além de ser um movimento de defesa de Toffoli e outros que já tiveram as contas bancárias verificadas pelo Coaf. Para ele, ainda há muita coisa por trás da decisão a ser decifrada. 

Augusto Nunes classifica a medida como absurda e diz que ela já causa prejuízos: a Polícia Federal suspendeu determinadas investigações porque elas podem descumprir a decisão de Toffoli.

Dora Kramer lembra que outras decisões também já decretaram o fim da Lava Jato e a medida de Toffoli não deve prosperar.

Ouça o terceiro episódio do podcast Os Três Poderes.

Jul 19, 201937:42
Reforma da Previdência e Eduardo Bolsonaro na embaixada dos EUA

Reforma da Previdência e Eduardo Bolsonaro na embaixada dos EUA

 Quem sai fortalecido e quem sai derrotado na votação da reforma da Previdência? Este é o principal tema da semana, comentado pelos colunistas de VEJA Augusto Nunes, Dora Kramer e Ricardo Noblat no segundo episódio do podcast Os Três Poderes. A cada sexta-feira, eles comentarão juntos os principais temas do Brasil – Nunes em São Paulo, Dora no Rio de Janeiro e Noblat em Brasília.

Na opinião de Dora Kramer, Rodrigo Maia é o maior vencedor. Mas também ganha o ministério da Economia e até o presidente Jair Bolsonaro, a longo prazo, já que a maioria da população queria a reforma e há um benefício eleitoral a ser recolhido pela presidência da República.

Ricardo Noblat acrescenta que Bolsonaro ganhará até contra a vontade dele. Para o colunista, claramente a reforma da Previdência não era uma prioridade dele e fez muito pouco por ela. O presidente sempre deixou muito claro que 'era uma coisa do Guedes' e tinha que ser feita.

Augusto Nunes avalia que Jair Bolsonaro não pode ser acusado de se omitir e ao mesmo tempo de ter comprado votos para a aprovação do texto. E a oposição é a grande perdedora, especialmente pela falta de projeto. Ele também destaca o amadurecimento do povo brasileiro, pelas manifestações de rua a favor da reforma.

Os colunistas também falam sobre a possibilidade de Eduardo Bolsonaro assumir a embaixada do Brasil nos Estados Unidos. É nepotismo? O filho do presidente tem as credenciais necessárias para assumir o cargo?

Ouça o segundo episódio do podcast Os Três Poderes.

Jul 12, 201938:14
Os novos diálogos vazados e a reforma da Previdência

Os novos diálogos vazados e a reforma da Previdência

 Os colunistas de VEJA Augusto Nunes, Dora Kramer e Ricardo Noblat acabam de estrear o podcast Os Três Poderes. A cada sexta-feira, eles comentarão juntos os principais temas do Brasil – Nunes em São Paulo, Dora no Rio de Janeiro e Noblat em Brasília.

No primeiro episódio, o principal tema é a reportagem de capa de revista VEJA da semana, que revela e analisa novos diálogos entre o ex-juiz e hoje ministro Sergio Moro e o procurador Deltan Dallagnol, obtidos pelo site The Intercept Brasil.

Eles também falam sobre os rumos da Reforma da Previdência após a aprovação do texto-base pela comissão especial da Câmara.

Acompanhe a estreia do podcast Os Três Poderes.

Jul 05, 201937:48