pitorescoNov 10, 2021
o desejo homoerótico na arte
os museus estão cheios de obras de arte que representam o nu feminino feitas por artistas homens. mas isso não quer dizer que o corpo masculino não tenha atraído para si desejos de diferentes naturezas. neste episódio, contamos a história de homens que amaram outros homens, criaram imagens de suas paixões ou sofreram por conta do preconceito. gustavo hatashima, poeta, professor da educação básica e mestre em educação, me ajuda a dar voz a esses personagens.
referências:
aestheticism and decadence. british library
bárbara sesso carneiro. colecionismo e sociabilidade: relações entre theon spanudis e eleonore koch. dissertação de mestrado. universidade de são paulo são paulo, 2019
c. p. cavafis. poesía completa. trad: pedro bádenas de la peña. madrid: alianza editorial, 1991
david hockney. illustrations for fourteen poems from c.p. cavafy, 1966
david hockney. we two boys together clinging, 1961.
forbidden love: the original dorina gray revealed, direct from oscar wilde's pen. the guardian, 2018
gabriela rodrigues pessoa de oliveira. um artista interdito: narrativas de desejo e exclusão acerca de virgílio maurício. anais do xxxviii colóquio do cbha, pp. 516-529, 2018
griselda pollock. encuentros en el museo feminista virtual. tiempo, espacio y archivo. madrid: ensayos arte cátedra, 2010.
gustavo brocanello regina. a máscara e o espelho: representações de masculinidades nos autorretratos acadêmicos brasileiros. dissertação de mestrado. universidade de são paulo são paulo, 2018
how oscar wilde painted over “dorian gray”. new yorker, 2011
josé fábio barbosa da silva. homossexualismo em são paulo: estudo de um grupo minoritário. In: green, James n.; trindade, ronaldo (orgs.). homossexualismo em são paulo e outros escritos. são paulo: editora unesp, 2005
marco livingstone. david hockney. nova york: thames and hudson, 1987
oscar wilde. o retrato de dorian gray. trad: josé eduardo ribeiro moretzsohn. são paulo: l&pm, 2001
peter gay. modernism - the lure of heresy.
artistas, artesãos e trabalhadores
o bordado aqui é o ponto de partida, mas há muitas outras coisas entrelaçadas no mundo da arte. de onde vem o prestígio da arte sobre o artesanato ou por que os trabalhos manuais são tão relacionados ao feminino? bruna kater fala da distinção do artístico sobre o artesanal e como a revalorização do bordado a levou para uma discussão mais ampla sobre a produção manual.
referências:
bruna kater. bordado à mão: revalorização do trabalho artesanal. (texto e projeto)
néstor garcía canclini. culturas híbridas: estratégias para entrar e sair da modernidade. são paulo: edusp, 2013.
lidewij edelkoort. crafts: on scale, pace and sustainability. in: the future is handmade: the survival and innovation of crafts, 2003, prince claus fund for culture and development, amsterdam. edição de malu halasa e els van der plas.
ana paula cavalcanti simioni. regina gomide graz: modernismo, arte têxtil e relações de gênero no brasil. revista do instituto de estudos brasileiros, são Paulo, v. 45, pp. 87-106, 2007.
eliane cristina da silva & delton aparecido felipe. tapeçarias de madalena dos santos reinbolt: identificação de arte e artista popular. conhecer: debate entre o público e o privado, 9(23), pp. 94–123, 2019
oscar lovell triggs. arts and crafts movement. nova york, parkstone international.
peter stallybrass. o casaco de marx: roupas, memória, dor. editora autêntica, 2004.
madalena dos santos reinbolt. museu afrobrasil.
catálogo da exposição transbordar. sesc são paulo, 2020.
regina gomide graz. enciclopedia itaú cultural.
a fotografia no museu
a fotografia é hoje uma expressão artística consolidada, mas não foi sempre assim. muitas vezes questionada em seu aspecto estético, sua entrada nos museus só começou nos anos 1940 e teve mais intensidade nos anos 1970 com a pop art e a arte conceitual. neste episódio, o fotógrafo hudson rodrigues conta como foi entrar no museu com uma exposição individual em 2018.
referências:
boris kossoy. fotografia & história. são paulo: ateliê editorial, 2001.
helouise costa. da fotografia como arte à arte como fotografia: a experiência do museu de arte contemporânea da usp na década de 1970. revista da usp, 2008.
instagram do hudson rodrigues: @hudrodrigues_
moma. roy decarava.
museu da imagem e do som. nova fotografia 2018 | bambas
susan sontag. sobre fotografia. são paulo: companhia das letras, 2004.
teju cole. known and strange things. random house trade paperbacks, 2016.
vox. color film was built for white people. here’s what it did to dark skin.
o que sobrou pro futuro?
referências:
3%. criador: pedro aguilera. netflix, brasil, 2016-2020.
alondra nelson (org.). afrofuturism. social text. v. 20, n. 2, 2002.
artsy. decoding bosch's wild, whimsical "garden of earthly delights"
blade runner. dir: ridley scott, eua, 1982
frederick a. kreuziger. apocalypse and science fiction. 1982.
jheronimus bosch - the garden of earthly delights
jogador número 1. dir: steven spielberg, eua, 2018
margareth atwood. o conto da aia. 1985.
vários autores. dicionário crítico do pensamento da direita: idéias, instituições e personagens. mauad, 2000.
ubu editora. o manifesto futurista de f. t. marinetti
wired. when futurism led to fascism—and why it could happen again
desenhando histórias reais
as histórias em quadrinhos não se restringem aos gibis com que muitos de nós aprendemos a ler. alguns autores usam esse formato para contar histórias reais. norberto liberator, da revista badaró, comenta sobre o jornalismo em quadrinhos, suas referências e as vantagens dessa forma de narrar eventos. william mur completa o episódio contando sobre o trabalho de jornalista gráfico numa redação de jornal.
referências:
andrea dip e alexandre de maio. meninas em jogo. 2014.
art spiegelman. maus: a história de um sobrevivente. são paulo: intrínseca, 2005.
biblioteca nacional. a manha.
joe sacco. palestina. são paulo: conrad, 2011.
keiji nakazawa. gen - pés descalços. são paulo: conrad. v. 1-10.
marjane satrapi. persépolis. são paulo: quadrinhos na cia, 2007.
marjane satrapi. bordados. são paulo: quadrinhos na cia, 2010.
norberto liberator. diasporados.
sergio lamarão. as revistas como fonte para a história da cidade do rio de janeiro. 2012.
will eisner. quadrinhos e artes sequenciais. são paulo: wmf martins fontes, 2010.
onde o cinema encontra o boteco
as saudades de estar numa comunhão (nem sempre) silenciosa com desconhecidos em uma sala de cinema ou conversando animadamente com amigos em um bar é o que move esse episódio. cayo candido, isadora maldonado e bárbara carneiro se encontram para falar sobre cinema, história e os filmes que os marcaram no último ano.
referências:
o atalho. (kelly reichardt. eua 2010)
uma mulher sob influência. (john cassavetes. eua, 1974)
um instante de inocência. (mohsen makhmalbaf. irã/frança, 1996)
oito e meio. (federico fellini. frança/itália, 1963)
retrato de uma jovem em chamas. (céline sciamma. frança, 2019)
akira. (katsuhiro ôtomo. japão, 1991)
atlantique (mati diop. senegal/bélgica/frança, 2019)
as duas faces da felicidade (agnès varda. frança, 1965)
ilha (ary rosa, glenda nicácio. brasil, 2018)
andré bazin. o cinema. ensaios. são paulo: editora brasiliense, 1991.
ismail xavier. sertão mar. glauber rocha e a estética da fome. são paulo: editora 34, 2019
paulo emílio salles gomes. cinema: trajetória no subdesenvolvimento. rio de janeiro: paz e terra, 1980
revista da usp (19): cinema brasileiro
dissertação do cayo: gustavo dahl e a embrafilme
a invenção da idade média
não é incomum que a idade média seja representada ora como um período horrível, ora como um momento nobre da história. mas os mil anos que conformam o que a gente chama de medievo são muito mais complexos do que em geral a gente pode imaginar. a medievalista aline benvegnu apresenta neste episódio os desafios das imagens medievais e das imagens criadas sobre a idade média.
referências:
fontes visuais, cultura visual, história visual: balanço provisório, propostas cautelares.
a imagem medieval: história e teoria.
algumas questões sobre arte e imagens no ocidente medieval
arte e environnement. entre arte medieval e arte contemporânea.
por que a extrema direita brasileira ama a Idade Média européia. Viomundo, 05/04/2019 .
júlio lancellotti: “morrer de frio não é uma morte medieval, é uma morte do século 21″
jovem que interpretará joana d’arc é alvo de racismo na frança
how pandemics wreak havoc—and open minds
silvia federici. calibã e a bruxa.
jacques le goff. uma longa idade média. rio de janeiro: civilização brasileira, 2008.
alain guerreau. feudalismo. in: le goff, jacques e schmitt, jean-claude. dicionário temático do ocidente medieval. v. I. bauru/são paulo: edusc/imprensa oficial, 2002. pp. 437-455.
jérôme baschet. a civilização feudal: do ano mil à colonização da américa. tradução: marcelo rede. são paulo: globo, 2006.
jean claude schmitt. o corpo das imagens. ensaios sobre a cultura visual na idade média. tradução: josé rivair macedo. bauru/são paulo: edusc, 2007.
hubert damisch. «ornamento », in enciclopaedia universalis, turin, einaudi, t. X, p.p 219-231. UTZ, richard.
arte feminista na era do algoritmo
de tanto estarmos conectados, é possível que estejamos nos tornando seres híbridos, ciborgues. desligar um aparelho é desconectar uma parte do que nos compõe como sujeito neste mundo. se for isso mesmo, como é ser uma mulher artista nesse ambiente? como dados tão diferentes que são os sexos, os gêneros e os algoritmos se encontraram em um ambiente tão cheio de possibilidades? neste episódio, isadora maríllia apresenta seu ponto de vista sobre esses temas.
referências:
- dissertação da isadora: mulheres artistas: apontamentos sobre perspectivas e experimentações possíveis
- art hoe: @arthoecollective
- livro: “pics or it didn’t happen: images banned from instagram”, de arvida byström & molly soda
- filme: dirty computer, de janelle monáe
- artigo de periódico: elon musk is not the future
de cultura e barbárie
o espaço público é o lugar da disputa. disputam-se práticas, territórios, memórias. algumas esculturas evidenciam discursos e silenciamentos nas nossas cidades. neste episódio, caróu oliveira analisa presenças e ausências nas representações de monumentos.
referências:
pra que serve o patrimônio tombado?
o parque do ibirapuera e a construção da identidade paulista
bandeirantes em movimento: entre disputas e conciliação
lei que muda nome do minhocão para elevado joão goulart é sancionada
prefeitura de são paulo se omite e ponte das bandeiras passa a se chamar romeu tuma
jacques legoff. documento/monumento.
escutar imagens
como fazer um podcast sobre imagens se tudo que acontece aqui é voz, som e musiquinha no fundo? como acessar as artes visuais quando não temos a ajuda de imagens? para pensar nesse assuntos, caio césar apresenta suas considerações a partir da criação de uma conta no instagram de descrição de obras de arte brasileira (@pensarimagens).
referências:
pensar imagens: <https://www.instagram.com/pensarimagens/>
filme: varda por agnès. direção: agnès varda, didier rouget.
livro: pensar com imagens, de enric jardí. editorial gustavo gili, 2014.