Quintas do Avante!

Mísia fala-nos de como trouxe uma nova abordagem ao fado, num tempo em que o fado era culturalmente menorizado; dos poetas, escritores e artistas que escolheu para lhe escreverem palavras para cantar; do “animal sentimental”, o seu último trabalho, um disco que é também um livro retrospetivo; e da emoção que é regressar à Festa do Avante!

Este é o derradeiro episódio da temporada 2023 das quintas do avante! Esperamos pelos nossos ouvintes na festa do avante, que começa já esta sexta-feira, para mais 3 dias memoráveis de convívio, fraternidade, solidariedade, reflexão política e muita cultura.

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Ouve e divulga!

Na  véspera da abertura de portas da 46ª edição da Festa do Avante, o Quintas do Avante despede-se da temporada 2022 abordando os conteúdos, e alguns aspetos formais, das canções de Bia Ferreira. A compositora,  letrista e cantora brasileira tem sido, na última década, uma das mais ativas vozes na denúncia de todas as formas de injustiça e discriminação (classe, raça, género, orientação sexual), expressas na sua música de  mulher preta, na qual o amor também ocupa um lugar central. Expressando o  seu entusiasmo quanto à sua apresentação na Festa do Avante, Bia  Ferreira levanta ainda o véu sobre as suas influências musicais e sobre o  seu próximo trabalho, a ser editado em breve.

Laura Gonçalves é realizadora e autora da curta-metragem de animação  “O Homem do Lixo” que conquistou o grande prémio e o do público no festival Animafest Zagreb e venceu três prémios na Monstra – Festival de Animação de Lisboa.

A curta-metragem que vai ser exibida no CineAvante conta uma história sobre fraternidade, memória e comunidade cujo o ponto de partida é uma conversa de família sobre o tio Botão da realizadora, um homem nascido em Belmonte, que foi obrigado a lutar na Guerra Colonial e emigrou para França.

O início da conversa no Quintas do Avante podia começar pela justificação do júri de Zagreb: “Muitas coisas nos impressionaram neste filme. O naturalismo do diálogo. O calor e a intimidade do ambiente familiar. Mas, acima de tudo, a ternura com que conta a sua história de generosidade no meio das dificuldades políticas e económicas em Portugal. E o macaco, também".

O icónico vocalista, letrista e rosto principal dos bracarenses Mão Morta fala-nos das inquietações e dúvidas que a banda partilha através da sua música, acenando com distopias possíveis, mas mantendo a confiança no futuro. Com Adolfo Luxúria Canibal, falamos ainda das  nefastas consequências da privatização dos correios e do significado  sempre especial de atuar na Festa do Avante!

As razões e as possibilidades artísticas que levam um pianista a trazer o  seu jazz para junto de outros géneros musicais (ou outros géneros  musicais para junto do seu jazz), com especial destaque para o fado, foi  o pano de fundo de uma conversa com um dos mais internacionalmente reconhecidos músicos portugueses. Percorremos estas divergências e convergências, até chegarmos ao espetáculo que vai trazer à Festa do Avante!, que descreve como um espaço onde têm lugar os princípios de Abril, um espaço democrático, de liberdade e diversidade.

Fotografia: Hugo Silva

Conversamos com Rita Cruz, uma das novas vozes da literatura portuguesa. Escritora e viajante, Rita Cruz publicou No País do Silêncio em 2021 e partilha regularmente com o mundo contos e crónicas no seu blog. Natural  da Guarda, visitou e viveu em países tão diferentes como a Colômbia, o Afeganistão, o Sri Lanka, a Finlândia, Moçambique, a Austrália e a Malásia. Uma conversa sobre o acto criativo, a ligação da literatura à sociedade, a importância das viagens e os «silêncios» impostos por outros.

O centenário de José Saramago, que se celebra este ano, também na Festa do Avante, é  mote para a conversa com Zeferino Coelho, editor de sempre do escritor.

A relação com Saramago, Lanzarote, o Nobel, a militância comunista de ambos, a Festa do Avante, o trabalho de editor na Caminho (hoje  integrada no grupo Leya) desde 1977 e o que emociona comunistas como ele e Saramago são alguns dos temas pelos quais se passeia esta conversa em voz baixa, mas firme.

Como é que as tão diversas influências de quatro músicos  desaguam numa nova referência do rock português e em português? É o punk  rock um estilo musical ou uma atitude? Qual a importância de ser uma  mulher a abordar as suas emoções e as suas experiências nas letras das  músicas?

Do surgimento dos Lefty até ao papel da produção e masterização de um disco, percorremos, na companhia de Leonor Andrade, vocalista e letrista dos Lefty, os caminhos de Andrómeda, o álbum de estreia desta banda, que vem  materializando toda a sua força e qualidade em palco, perante o  acolhimento entusiasta de grandes plateias.

Foto de Kenton Thatcher

Quintas do Avante. É urgente recuperar o desporto popular

A conversa foi sobre a importância política e social que o desporto popular teve no passado e as razões por que é que tem de a recuperar no futuro. Para abordar este assunto, juntamos no Quintas do Avante: Daniel Freire dos Santos, do Museu Tricolor do Estrela da Amadora, Euprémio Scarpa, do Relâmpago; e Mário Alves, da Fúria Azul, do Belenenses. A fotografia que ilustra este podcast é de Rino della Negra, futebolista, operário e resistente, fuzilado pelos nazis. Para lembrar que o mundo novo se constrói em vários campos, com bola ou sem ela.

O segundo livro-disco do projeto Mão Verde, que a nossa  convidada partilha com Pedro Geraldes, Francisca Cortesão e António Serginho, é diversidade criativa em várias dimensões: nos temas, nos  géneros musicais, na maneira de escrever a poesia das canções. As  músicas e as letras falam com simplicidade de temas atuais e complexos,  mensagens fortes tanto para "verdes" como para "maduros",  interpelando-nos a meter as mãos na terra e a semear novos horizontes.  Sobre tudo isto falamos com Capicua.

Foto de Matilde Ramos

O  nosso convidado d’ “As Quintas do Avante!” desta semana é Pedro Neves.  Documentarista e fundador da produtora Red Desert Films. Da sua  filmografia, destacam-se documentários como “Água Fria” “Esquecidos” ou  “Tarrafal”. O cinema documental e os novos projetos do realizador estão  no centro da conversa que pode ouvir nesta edição.

O funaná dos Fogo Fogo tem Cabo Verde no horizonte e Lisboa como porto  de abrigo, fazendo-se da multiculturalidade própria desta cidade, e  trazendo mensagens fortes embaladas pelos seus sons festivos. Coletivo  formado em 2015, os Fogo Fogo assentam arraiais mensalmente na Casa Independente, e acabam de lançar o seu primeiro disco com originais, de  nome "Fladu Fla". Partimos deste disco em busca das referências musicais  e culturais que nele confluem, levados pelas palavras do João Gomes.

João Brites é fundador do Teatro O Bando, uma das mais antigas  cooperativas culturais do país, que desde a sua origem integra o  projecto de descentralização do Teatro em Portugal. Um colectivo que  actualmente viver em Palmela, faz Teatro para a comunidade, dialogando  com as histórias, vivências e realidades de todas as idades.

João  Brites fala-nos das marcas e escolhas do seu percurso e aguça-nos a  curiosidade relativamante aos espectáculos que estarão connosco na Festa  do Avante! 2022. "Ti Miséria" capaz de enganar a morte, interpretada  por Paula Só, e "Joana" a mulher determinada que consegue ser  marinheira, interpretada por Suzana Branco.

O segundo trabalho dos Retimbrar, de nome "Levantar do Chão", levou-nos a  uma conversa sobre a necessidade e as possibilidades de trabalhar as  sonoridades tradicionais portuguesas para dar conta das inquietações dos  tempos atuais. É o que faz este movimento de nove músicos, que coloca  os espectáculos ao vivo no centro da sua atividade, tendo participado no  Dia de Portugal na Expo Dubai. Para o seu segundo disco, trouxeram  dezenas de convidados, incluindo a galega Uxía, que os vai acompanhar na  Festa do Avante 2022.

As Quintas do Avante conversam com João Rodrigues, professor na Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra e autor do recente livro “O Neoliberalismo Não É um Slogan”.

Aqui se conta a história dessa forma de ideologia económica que defende que o capitalismo, a financeirização e a globalização são irreversíveis e se faz o balanço crítico de um sistema de ideias que tem promovido o crescimento das desigualdades e a estagnação económica.

A execução da obra "Memorial" no concerto de homenagem a José Saramago, que vai abrir a edição deste ano da Festa do Avante, foi o ponto de partida para uma conversa com um dos mais marcantes compositores portugueses das últimas décadas, e um dos poucos que navega por duas práticas musicais distintas: o jazz e o erudito. Com António Pinho Vargas, falámos da obra de Saramago, das metáforas, da importância dos títulos nas peças musicais, da ópera dedicada ao 25 de Abril "Os Dias Levantados", e no modo como esta Revolução também se fez sentir na música em Portugal.

Ouve e divulga!

Fotografia: Miguel Manso (Público)

Fascinado pelo cineclubismo, Paulo Cunha é um verdadeiro estudioso do cinema português. O Programador do Cineclube de Guimarães desde 2012 falou  connosco sobre seu percurso académico e dos seus muitos estudos já  publicados, entre os quais sobre o cineclubismo durante o Estado Novo.

É o nosso convidado desta semana d’As Quintas do Avante!

Fotografia: João Brites

Quais são as razões que nos levam a escrever? Pode a literatura dar-nos força para os dias da pandemia e da  guerra? Qual é a importância de nos conseguirmos colocar na pele do outro? São algumas das questões que percorrem um diálogo com dois escritores, de diferentes gerações, que estão ligados por laços especiais. Mário de Carvalho e Ana Margarida de Carvalho à conversa em mais um episódio do “Quintas do Avante”.

José  Russo, actor e director do Centro Dramático de Évora – CENDREV -  destaca a importância da revolução de Abril para a  descentralização do  teatro e da cultura. Faz referência à criação de vários projectos, que  vão de Gil Vicente à dança, e têm expressão  diferentes partes do  mundo. Sublinha a importância dos Bonecos de Santo Aleixo, como parte  do património e das práticas culturais e artísticas, e valoriza a Festa  do Avante! Questionado sobre a situação dos trabalhadores das artes, na actualidade, refere as graves consequências das políticas de subfinanciamento para a cultura e aponta a luta como o caminho necessário a percorrer.

Não percas o primeiro episódio da temporada 2022!

O produtor Pedro Fernandes Duarte é o nosso convidado em mais uma edição das Quintas do Avante! Do seu currículo faz parte a Metamorfose dos Pássaros de Catarina Vasconcelos, um dos filmes portugueses mais premiados de sempre. O fundador da Primeira Idade fala de um ato revolucionário, em prol do cinema, feito pela sua produtora independente e outras no país.

A conversa com Pedro Fernandes Duarte termina com a Festa do Avante, cuja existência tem sido de grande importância na vida do produtor. Fique para ouvir!

"As pessoas criam relações com as canções porque se ouvem dentro elas": a  força do ritmo, das palavras e das canções no trabalho dos Bateu Matou,  um colectivo de três consagrados percussionistas, que traz dança para o  centro da sua abordagem musical.   

Falamos ainda com o nosso convidado, o músico, estratega de marketing e  radialista Quim Abergaria, sobre o seu trabalho nos PAUS, na rádio, e  sobre a importância de ouvir a música dos outros.   

Foto de: Carlos Constantino

Faz parte da história do DocLisboa. Foi espectador, voluntário, programador e é, hoje, um dos directores do Festival Internacional de Cinema documental, que vai já na 18ª edição. Miguel Ribeiro é o nosso convidado das Quintas do Avante.  O co-director fala da relação do cinema com o real e as diferentes formas que esta arte tem de dialogar com o mundo. Siga na próxima meia hora a conversa com um entusiasta da cultura e um fã da Festa do Avante.

O nosso convidado desta edição das Quintas do Avante! é o guitarrista da  banda portuguesa HMB, na qual já participou em quatro álbuns de  originais e um disco ao vivo e que regressa este ano à Festa do Avante!.  Este estudioso e especialista na guitarra participa ainda noutros  projectos como os Pimenta Caseira e é mentor da Musical Partners. O seu  nome é Frederico Martinho, não percam!

A nossa convidada em mais um episódio do "Quintas do Avante" é uma das maiores vozes angolanas da actualidade, e vai estrear-se na Festa do Avante! como directora musical de um espectáculo que homenageia Waldemar Bastos. Um ano após o desaparecimento físico deste nome maior da música angolana, falamos da sua importância para a nova geração de artistas deste país. Abordamos ainda os dez anos de carreira de Aline Frazão, percorrendo a poesia, a estética musical, o processo criativo, as mensagens e as emoções dos seus discos.

A  musicalidade mais escura, impetuosa e contundente de "Prétu" é o ponto  de partida para uma conversa em que falamos da situação dos  trabalhadores negros e mais precarizados, em especial em tempos de  pandemia, ou do papel da comunicação social enquanto "organizadora do  medo", na qual temas como o racismo e o colonialismo são tratados de  forma sensacionalista e superficial. Falamos também do modo como a  imagem e o movimento do corpo amplificam o poder da palavra, e de  projectos de partilha na comunidade, como o "Peles Negras, Máscaras  Negras", do qual Nuno Santos (também Chullage e Prétu) é fundador.

Paulo Carneiro é o convidado desta semana no "Quintas do Avante". O realizador que vê no cinema uma forma de libertação e questionamento, é autor de Bostofrio. Um filme rodado em Trás os Montes, que viemos a descobrir, é muito mais do que uma viagem à procura de um avô incógnito. 

A falta de apoios no cinema em Portugal e a Festa do Avante são temas explorados aqui pelo nosso convidado, que faz também parte da direção da Associação Portuguesa de Realizadores.

Neste número do "Quintas do Avante!" falámos com Julieta Aurora Santos -  directora artística, encenadora e presidente da direcção do Teatro do Mar. Abordámos o conceito de Teatro de Rua, capaz de transformar a rua num espaço cénico acessível a todos os que nela habitam; a importância do Teatro Físico, enquanto linguagem e forma de expressão universal e a ligação de diferentes expressões artísticas que habitam as artes performativas.

Houve ainda oportunidade de destacar os seus projetos mais recentes. A idade do silêncio, que explora a vida finita, o envelhecimento, as limitações do corpo, as memórias e a solidão. E Mutabilia, um projecto que está em fase de processo criativo, dedicado à falta de tempo para as relações humanas numa sociedade que empurra as pessoas para uma contínua transformação, um sucessivo recomeço e uma busca incessante do "eu" de cada um.

Há uma raíz progressista e emancipatória na música electrónica de dança? Faz sentido associar-lhe um carácter meramente individualista e hedonista? Haverá "vida sem cultura"?
Inês Borges Coutinho, que é também Violet, DJ e produtora musical, aborda estas e outras questões relacionadas com a sua música e o seu activismo político, que a levou até à plataforma DJs For Palestine. Falamos ainda da editora Naive e da Rádio Quântica, outros projectos desta artista, que está no cartaz da Festa do Avante!

O convidado desta edição das Quintas do Avante! é Fernando Galrito. Fundador e director do Monstra, o cinema de animação de Lisboa e também um participante assíduo do CineAvante da nossa Festa. Vamos tentar saber como é que o cinema de animação entrou pelos olhos de um menino que vivia em Samora Correia e que, agora adulto, mostra ao mundo a magia das imagens e histórias em movimento.

O  convidado deste Quintas do Avante é Vasco Pearce de Azevedo, maestro titular da Orquestra Sinfonietta de Lisboa e Professor na Escola  Superior de Música de Lisboa. Abordamos a expectativa com que a  Orquestra Sinfonietta de Lisboa aguarda o regresso da música sinfónica à  Festa do Avante, nesta edição de 2021, com o espectáculo comemorativo  "A Revolução na Arte e a Arte na Revolução", o programa e as novidades  deste espectáculo, o estado do ensino da música em Portugal e o trabalho  da Orquestra dirigida pelo nosso convidado no panorama da música no nosso país.

Neste novo episódio do "Quintas do Avante" estivemos à conversa com Rodrigo Francisco.

Rodrigo Francisco é encenador e, actualmente, director artístico da Companhia de Teatro de Almada e do Festival de Teatro de Almada.

Com ele abordámos a sua paixão pelo Teatro, o seu interessantíssimo percurso, o papel da Companhia de Teatro de Almada - em geral e, particularmente, durante as dificuldades colocadas pela COVID-19 a todos os agentes culturais -, a situação actual dos trabalhadores da cultura e ainda a sua ligação à Festa do Avante! e, claro, ao Avanteatro.

Não percas!