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Rogério Mattos

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By Rogério Mattos

Podcast sobre literatura, história, filosofia, arte, política, economia e os diversos assuntos que compõe a orientação dos saberes atuais
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Agamben e Adorno: sobre o anti-messianismo e o impotencial do autor de Minima Moralia

Rogério MattosMar 11, 2022

00:00
13:27
Sobre a possível leveza da teoria na história

Sobre a possível leveza da teoria na história

Confira o curso a ser ministrado em breve e os preços promocionais: https://www.sympla.com.br/corpo-e-alma-do-brasil-entre-conciliacao-e-personalismo__2374648

Será que a teoria em história tem que ser pensada de forma negativa, com um peso para alunos e professores? Ela também não tem um lado polêmico que quase às vezes faz esquecer seu peso intelectual? A partir de um relato da professora Rebeca Gontijo, faço um breve relato sobre o leve peso da teoria para a história.

#historia #historiografia #teoria #cultura #culturabrasileira

Mar 22, 202412:24
A obra de arte na era de sua reprodutibilidade técnica (Aula 2 - caps. I a VI)
Mar 01, 202437:48
Diante da imagem (cap. 3), de Didi-Hubeman (A história da arte nos limites de sua simples razão)
Feb 08, 202436:37
A obra de arte na era de sua reprodutibilidade técnica (Aula 1 - Apresentação + Preâmbulo)
Jan 31, 202451:42
A literatura e o mal, de Georges Bataille [resenha]
Jan 29, 202401:05:12
Como anda a desbolsonarização da sociedade?
Jan 16, 202438:52
Produção de presença: discussão sobre alguns trabalhos de Gumbrecht

Produção de presença: discussão sobre alguns trabalhos de Gumbrecht

Discussão dos livros de Gumbrecht, "Produção de Presença" e "Atmosfera, ambiência, Stimmung". GOSTOU DO PROGRAMA? ENVIE UMA GORJETA NA CHAVE PIX rogeriomattos28@gmail.com REDES SOCIAIS Site: oabertinho.com.br Twitter: @oabertinho Instagram: @o_abertinho #gumbrecht #história #filosofia #criticaliteraria #cultura #historiografia #historia #teoria #teorias

Dec 28, 202354:16
O senhor do lado esquerdo, de Alberto Mussa (resenha)

O senhor do lado esquerdo, de Alberto Mussa (resenha)

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Alberto Mussa, em seu Compêndio mítico do Rio de Janeiro, parece seguir as trilhas de Fernando Pessoa: é o mentiroso ou o fingidor. "O senhor do lado esquerdo" se apresenta como um romance policial que tem como pano de fundo a história da cidade. Como um livro-tese, conta mais sobre a história da entidade mítica do malandro e traça uma filiação literária com Joaquim Manoel Macedo (os panoramas do Rio) e Manoel Antônio de Almeida (Memórias de um sargento de milícias), enquanto busca os bruxos de Lima Barreto e os tesouros escondidos na Cidade Maravilhosa. Assim, surge toda uma outra figuração do malandro e do conceito de dialética da malandragem. Livro lançado há pouco mais de 10 anos, guarda riquezas a serem exploradas, não desprezíveis pelos amantes de literatura.

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#literatura #literaturabrasileira #historiadobrasil #historiadoriodejaneiro #cultura

Dec 23, 202332:28
O cuidado de si, de Michel Foucault (História da sexualidade 3)

O cuidado de si, de Michel Foucault (História da sexualidade 3)

Em O cuidado de si, Michel Foucault encontra, depois de um longo percurso que o fez desviar para o estudo da Antiguidade, um período de elaboração das condutas de si que desmentem visões consagradas a respeito de gregos e romanos, ao mesmo tempo em que a alteridade em relação aos modernos pode ajudar mais a aproximar do que a distanciar. Numa prosa simples, clara e objetiva, talvez um livro de filosofia não tenha sido de leitura tão difícil nas últimas décadas. GOSTOU DO PROGRAMA? ENVIE UMA GORJETA NA CHAVE PIX rogeriomattos28@gmail.com REDES SOCIAIS Site: oabertinho.com.br Twitter: @oabertinho Instagram: @o_abertinho #foucault #annales #história #filosofia #criticaliteraria #cultura #historiografia #historia #grecia #gréciaantiga #greciaantiga

Dec 11, 202347:03
A última volta do rio, de Nei Lopes

A última volta do rio, de Nei Lopes

Em seu último romance, Nei Lopes mistura uma autoficção muito bem construída ao lado de uma reflexão sobre a história do Rio de Janeiro. Se suas memórias cariocas vêm junto com memórias pessoais, o Rio de Janeiro aparece como motivo para se pensar a história recente do Brasil. É esta a "última volta do Rio", tanto da cidade quanto do país. Até que ponto a volta de um carioca ao governo federal tem relação com a história da cidade? Como isso nos afeta hoje? Esses são uns dos questionamentos que Nei Lopes busca dar resposta na forma de romance. GOSTOU DO PROGRAMA? ENVIE UMA GORJETA NA CHAVE PIX rogeriomattos28@gmail.com

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Dec 01, 202332:08
Guerra e paz: Casa-Grande & Senzala e a obra de. Gilberto Freyre nos anos 30, de Ricardo Benzaquen

Guerra e paz: Casa-Grande & Senzala e a obra de. Gilberto Freyre nos anos 30, de Ricardo Benzaquen

Ricardo Benzaquem foi responsável por recolocar Gilberto Freyre no circuito crítico. Deixado de lado pela intelectualidade em razão de seus posicionamentos políticos reacionários e seu comportamento e egoico, a reabertura democrática foi também a época de se rever a contribuição do sociólogo. Suas contribuições nos anos 1930 mostram o melhor de sua obra e relançam o desafio à intelectualidade: até que ponto a escrita quase literária e a forma ensaística aliadas a um sólido conhecimento histórico pode ser um veneno e/ou um remédio para quem acaba por se acostumar com os paradigmas mais "duros" da consagração acadêmica?


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Nov 17, 202352:28
O uso dos prazeres, de Michel Foucault (História da Sexualidade 2)

O uso dos prazeres, de Michel Foucault (História da Sexualidade 2)

O segundo livro da História da Sexualidade, de Michel Foucault, é o primeiro em que ele declara explicitamente sua dívida para com os historiadores. Talvez seja o trabalho que podemos ver de forma mais explícita as interlocuções entre história e filosofia, em especial pelo papel desempenhado pela Grécia. Por outro lado, o que leitores de Foucault dizem, como Deleuze, é que nessa última fase de sua produção foi quando ele mais se afastou da fenomenologia e nos deu uma outra imagem da Antiguidade. A resenha procura apresentar e discutir cada um dos capítulos do livro.


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#foucault #annales #história #filosofia #criticaliteraria #cultura #historiografia #historia #grecia #gréciaantiga #greciaantiga

Nov 09, 202301:03:42
A biografia de Michel Foucault, por Didier Eribon

A biografia de Michel Foucault, por Didier Eribon

Escrita há mais de trinta anos, a biografia de Michel Foucault escrita por Didier Eribon ainda é um marco para quem estuda ou se interessa pelos livros do filósofo. Contextualiza sua produção, analisa suas obras e mostra seus interlocutores no contexto francês. É um texto básico para o estudo de Foucault, assim como os trabalhos de Roberto Machado. GOSTOU DOA AULA? ENVIE UMA GORJETA NA CHAVE PIX rogeriomattos28@gmail.com REDES SOCIAIS Site: oabertinho.com.br Twitter: @oabertinho Instagram: @o_abertinho Facebook: facebook.com/oabertinho #foucault #annales #história #filosofia #criticaliteraria #cultura #historiografia

Oct 20, 202359:17
O soldado antropofágico, de Tales Ab'Saber (ou um cap. de literatura nazista na América)

O soldado antropofágico, de Tales Ab'Saber (ou um cap. de literatura nazista na América)

Ao tentar pensar o Brasil depois da eleição de Bolsonaro, Tales Ab'Saber procura no séc. XIX as raízes do que ele considera o não pensamento, ou seja, todo o pensamento que não qualificou negativamente a escravidão no país. Só que para isso se serve de um relato de viagem de um soldado alemão que vê com complacência a prostituição e o estupro: o que chama de "máquina mulata". ou o culto do sexo e da morte. Diante de tanta miséria, o brasileiro teria ao menos a música e o sexo. Nada tão mal... O professor acaba por fazer ressurgir no que tem de mais perverso a figura de Brás Cubas (talvez mais o personagem de G. de Magalhães do que o de Machado de Assis) e dá protagonismo a algo próximo a direta liberal como opção a direita conservadora que surgiu nos últimos anos...

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Aug 24, 202317:05
Diante da imagem (cap. 2), de Georges Didi-Hubeman

Diante da imagem (cap. 2), de Georges Didi-Hubeman

No segundo capítulo de Diante da imagem, chamado "A arte como renascimento e a imortalidade do homem ideal", Georges Didi-Huberman questiona os pressupostos mais antigos e canônicos da história da arte, como a noção de "desenho" de Vasari. O "desenho", que pode apontar também para o "desígnio" divino, requer um homem nobre e ilustrado que por antecedência ou por inatismo sabe aonde vai chegar quando se depara diante da tela em branco. É como se a obra, pela elevação do homem ideal, já estive pronta de antemão "no espírito" do criador. Ao contrário, Didi-Huberman vai destacar o trabalho com o grafite, os rascunhos, ou seja, a morfologia ou a luta que leva a realização do trabalho criativo. Além disso, se existe uma arte feita de antemão é porque se ampara num plano já acabado (mesmo antes de ser realizada). Assim, quando o historiador se volta à crítica de tipo hegeliano que se apoia no "fim da arte", ele voltará a apontar a facilidade com que a é feita a história da arte, já que coloca seus olhos em processos terminados, plenamente mortos, e que assim seriam mais fáceis de serem visualizados...

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Jul 27, 202327:23
Diante da imagem (cap. 1), de Georges Didi-Hubeman

Diante da imagem (cap. 1), de Georges Didi-Hubeman

No capítulo inicial de Diante da imagem, chamado "A história da arte nos limites de sua simples prática", Georges Didi-Huberman combate os pressupostos da história da arte que dariam a certeza para uma análise correta das imagens. Opõe a Anunciação, de Fra Angelico, às obras mais carregadas de informações iconológicas, como as de Botticelli, expõe erros grosseiros (ou ingênuos) dos historiadores da arte: as aporias de sua prática somente podem ser questionadas a partir das aporias de suas razões. Não é a ninguém menos que Vasari e Panofsky que Didi-Huberman ai mostrar que as imagens, antes e nos jogarem no domínio das certezas, nos envolvem no não saber, até mesmo mistério. Toda uma leitura à contrapelo da teoria (visão) é necessária para estarmos sem preconceitos diante da imagem.

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Jun 27, 202344:48
Dom Casmurro: simulacro & alegoria, de João Adolfo Hansen

Dom Casmurro: simulacro & alegoria, de João Adolfo Hansen

A crítica machadiana, depois de se debater sobre a suposta culpa ou não de Bentinho ou Capitu, debateu tanto o assunto que a suposta culpa recaiu sobre Machado: o autor teve ou não a intenção de culpabilizar algum personagem? O que Hansen chama de "autor hipocondríaco" é uma resposta ao crítico português Abel Baptista que viu uma saída pela omissão de Machado de Assis: dupla omissão: a que procura fugir da responsabilidade sobre sua criação literária e a que procura afugentar o posicionamento político do autor frente a realidade de seu tempo (o que seria um contraponto ao "realismo crítico" visto por John Gledson).
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Jun 14, 202329:33
A modernidade e a Paris do II Império, por Walter Benjamin

A modernidade e a Paris do II Império, por Walter Benjamin

No seu terceiro e último ensaio sobre a Paris do II Império, Walter Benjamin tenta concluir a fisiognomia de Baudelaire traçada desde o escrito dedicado a boemia. Talvez a forma deste "último" escrito se aproxime do prolegômenos teórico de "Sobre alguns temas em Baudelaire". A relação do poeta com a Antiguidade diante da cidade moderna parece ser o tema que mais interessa a Benjamin, num traço característico de sua escrita que o faz se aproximar de uma noção de verdade histórica cara a Pasolini, a de ver o tempo não como mera sucessão, mas como estados coexistentes, quase numa indiscernibilidade entre presente e passado. GOSTOU DA AULA? ENVIE UMA GORJETA NA CHAVE PIX rogeriomattos28@gmail.com REDES SOCIAIS Site: oabertinho.com.br Twitter: @oabertinho Instagram: @o_abertinho Facebook: facebook.com/oabertinho #walterbenjamin #benjamin #filosofia #literatura #arte #criticaliteraria #obradeartee #história #imprensa #baudelaire #paris #flaneur

Jun 04, 202334:35
Umbandas: uma história do Brasil, de Luiz Antônio Simas

Umbandas: uma história do Brasil, de Luiz Antônio Simas

Em seu livro sobre as Umbandas, Luiz Antônio Simas passa longe de pretender explicar o que é essa religião e muito menos de codificá-la. Ao priorizar as Umbandas ditas "omolocô", chama a atenção para um sem número de práticas e rituais que estão longe do que se pretende ver como "religiosismo" ou "superstição". Trata-se de uma miríade de saberes populares e que, enquanto formas não canônicas ou autorizadas de inteligência, devem ser vista, estudadas e tratadas em sua integridade ou, no mínimo, abordadas com respeito a suas particularidades. Aponta também para um processo de branqueamento das culturas populares (ele utiliza o termo talvez não tão correto de "desafricanização") e, entre tantos casos na história, destaca a disputa teórica entre dois intelectuais dos pobres, Matta e Silva e Tata Tancredo. GOSTOU DA AULA? ENVIE UMA GORJETA NA CHAVE PIX rogeriomattos28@gmail.comREDES SOCIAISSite: oabertinho.com.brTwitter: @oabertinhoInstagram: @o_abertinhoFacebook: facebook.com/oabertinho #luizantoniosimas #história #religião #umbanda #espiritismo #brasil

Jun 01, 202331:08
O flâneur na Paris do Segundo Império, segundo Walter Benjamin

O flâneur na Paris do Segundo Império, segundo Walter Benjamin

Quem é o flâneur de Walter Benjamin? O caminhante, o homem que vive nas grandes cidades, aquele que se perde na multidão ou nas galerias sempre despreocupado com a vida? Diante de respostas mais imediatas, uma leitura atenta da seção da Paris do Segundo Império sobre o flâneur pode nos deixar tão perdido quanto aqueles que primeiramente se debruçaram sobre a modernidade. Ele é uma figura que parece se esconder, fruto de um momento histórico muito preciso (a Paris anterior a Haussmann) e dificilmente pode seu exemplo ser aplicado a outras metrópoles como Berlim ou Londres. O inusitado jogo de semelhanças tecido por Walter Benjamin acaba por prender sua imagem num minúsculo cristal. Como fazer para vê-lo refletir e propagar sua luminosidade tão específica? GOSTOU DA AULA? ENVIE UMA GORJETA NA CHAVE PIX rogeriomattos28@gmail.com REDES SOCIAIS Site: oabertinho.com.br Twitter: @oabertinho Instagram: @o_abertinho Facebook: facebook.com/oabertinho #walterbenjamin #benjamin #filosofia #literatura #arte #criticaliteraria #obradeartee #história #imprensa #baudelaire #paris #flaneur

May 13, 202347:38
Rio, Europa e o mar em Machado de Assis

Rio, Europa e o mar em Machado de Assis

Um mar separa não só a Europa do Brasil, como também os personagens de seus sonhos ou o país de sua modernidade… José Dias, o agregado, muda sua ideia de apoiar a ida de Bentinho ao Seminário depois de receber como promessa uma viagem a Europa; Dona Glória, mãe do protagonista, nunca poderia sequer sonhar com o continente estrangeiro e suas modernidades devido ao seu conservadorismo e apego religioso; Capitu encontra o desterro na Suíça e o filho do casal, a morte. O suposto amante, Escobar, morre afogado nesse mar que separa cada um de seus sonhos, a sociedade de seu ideal, as duas famílias (de Escobar e Bentinho) de seu idílio europeu (a viagem que planejavam fazer juntos), além de impedir Escobar, como comerciante, de participar do capitalismo financeiro internacional e não só da limitada economia nacional… Uma outra corrente vinda de longe atravessa o famoso romance de Machado, a Guerra do Paraguai.  GOSTOU DA AULA? ENVIE UMA GORJETA NA CHAVE PIX rogeriomattos28@gmail.com

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Apr 29, 202337:26
A boêmia na Paris do Segundo Império, segundo Walter Benjamin

A boêmia na Paris do Segundo Império, segundo Walter Benjamin

Em seus escritos sobre Baudelaire, Walter Benjamin procura traçar uma fisiognomia do poeta francês. Promove aproximações perigosas (Napoleão III - Baudelaire, Victor Hugo - Baudelaire) para logo depois separá-los de um modo que, através de poucas palavras, constatamos que as aparências podem nos fornecer uma visão maior do contexto social do que do caráter dos personagens em questão. Por outro lado, a ascensão da imprensa e dos romances de folhetim nos fornece um quadro minucioso da vida literária da época. Nesse primeiro escrito sobre a "bohemia", começam a ser traçados os tipos sociais parisiense como os do flanêur, do boêmio, da prostituta, do jogador, do detetive, etc. De qual desses tipos Baudelaire está mais próximo. E por qual razão?

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Apr 19, 202355:14
Uma história dos leitores de Machado de Assis

Uma história dos leitores de Machado de Assis

Em boa medida, quem criou o Machado de Assis que conhecemos foram seus leitores. Diante da imensa fortuna crítica que conta com importantes trabalhos estrangeiros (às vezes esses chegam a suplantar em importância os nacionais), além dos escritos de Roberto Schwarz, cujo empenho de quase toda uma vida se deu a interpretar quem chamou de “mestre na periferia do capitalismo”. Este mesmo crítico, apesar de uma forte contenda com Silviano Santiago a favor de modelos explicativos nacionais contra modelos estrangeiros para explicar a literatura brasileira, sempre contrapõe nossa sociedade a um tipo de liberalismo estrangeiro que nosso país nunca chegou a alcançar. Se essa própria noção de liberalismo pode em muito ser criticada, ainda mais seria sua aplicação a realidade nacional. Esse estrangeirismo na leitura de Machado de Assis transformou-o não em um grande autor, mas em um gigante. Contudo, o século XIX é repleto de lutas sociais importantes, teve autores de grande relevância participando disso (um dos casos paradigmáticos é Sousândrade), e tudo parece se ofuscar frente a presença do “bruxo do Cosme Velho”. Mas não se ofusca só a literatura, mas a complexa sociedade brasileira da segunda metade do século XIX como um todo.

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Apr 16, 202333:24
Quando a casa queima, de Giorgio Agamben

Quando a casa queima, de Giorgio Agamben

A casa que queima é a Europa ou a "civilização ocidental"? A crise é decorrente da pandemia ou da guerra? Ou será que uma ou outra são resultados de um longo estado de exceção que nos faz hoje, ao ver somente a estrutura de uma casa toda consumida pelo fogo, compreender os alicerces que levaram à falência esta antiga casa, saudosa e admirada? Giorgio Agamben mistura num livro extremamente conciso uma alta densidade da linguagem para relatar a si próprio, quase uma crônica poética, relatar o desastre que enxerga em todos os lugares, e se colocar ao mesmo tempo como testemunha singular de um tempo de terror. Quase emulando uma ficcionalização de si que expôs ao escrever sobre Holderlin, esta prosa extremamente difícil, mas (talvez por isso) bela e agradável, quer falar talvez para expectadores que ainda não existem, uma comunidade que ainda não chegou. Tento com o máximo cuidado apresentar esse livro. GOSTOU DO VÍDEO? ENVIE UMA GORJETA NA CHAVE PIX rogeriomattos28@gmail.com

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Apr 11, 202301:06:39
Poetas e nazis no Noturno do Chile, de Roberto Bolaño

Poetas e nazis no Noturno do Chile, de Roberto Bolaño

Em "Noturno do Chile", Roberto Bolaño trabalha com uma estranha e curiosa noção de memória. É preciso salvar do esquecimento os escritores nazistas! Emulando às avessas o narrador de seu romance (padre que dá aulas de marxismo a Pinochet e a seu grupo de militares), ele acredita que somente conhecendo quem está do lado oposto de nossa luta política é que podemos nos opor, nos contrapor àquilo que consideramos o Mal. Um sintoma dos países que passaram por regimes de exceção é não deixar qualquer lastro para a memória: ele devora tanto os escritores adeptos e os não adeptos ao regime. Com o passar do tempo, desaparecem os que caíram sob as ditaduras. Com a reabertura democrática, a memória dos homens infames que fizeram história após os golpes de Estado, igualmente tendem a desaparecer do imaginário público. Roberto Bolaño tem a nostalgia de todos aqueles que sonharam com a vida literária e que por motivos diversos não conseguiram se estabelecer, como também pelos que se estabeleceram e sumiram por conveniências outras, extra literárias. É um pouco dessa difícil história que tento contar com a resenha desse livro.

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Apr 06, 202328:27
Signo e desterro: Sérgio Buarque de Holanda e a imaginação do Brasil

Signo e desterro: Sérgio Buarque de Holanda e a imaginação do Brasil

Pedro Meira Monteiro, em seu livro, relê Raízes do Brasil a partir de dois eixos: o do "signo", sinal, referência ou mesmo referência quase mitológica das interpretações sobre o Brasil, e o de "desterro" a partir das leituras do arielismo e, neste, das origens do "homem cordial" e do antagonismo entre América do Sul e América do Norte. Traça uma leitura ambígua onde Sérgio Buarque é crítico tanto do liberalismo (América do Norte), quanto do caudilhismo (América do Sul), onde parece colocar seu horizonte de expectativas num lugar indefinível, signo indecifrável, trágico exílio, jornada no deserto de um país que busca encontrar o seu modo de ser sem importar regras, mas a partir do resultado de sua própria vivência. Assim, Sérgio Buarque foge do apelo à "construção" (da sua crítica a Mário de Andrade, de parte dos modernistas e do academicismo) enquanto esboça uma crítica que aponta menos para soluções do que para os impasses a serem superados no país numa história de mais ampla duração, ou seja, a que vivemos desde a Revolução de 1930. GOSTOU DA AULA? ENVIE UMA GORJETA NA CHAVE PIX rogeriomattos28@gmail.com REDES SOCIAIS Site: oabertinho.com.br Twitter: @oabertinho Instagram: @o_abertinho Facebook: facebook.com/oabertinho #história #historiadores #historiador #historiografia #sérgiobuarquedeholanda #sergiobuarque #raízesdobrasil #literatura #filosofia

Apr 03, 202301:08:50
Manoel Salgado Guimarães: Ensaios de Historiografia

Manoel Salgado Guimarães: Ensaios de Historiografia

Finalmente reunidos em livro pela editora Milfontes, os ensaios de história da historiografia do professor Manoel Salgado Guimarães, lidos em conjunto, nos traz com clareza o caráter de suas propostas intelectuais e a evolução de suas reflexões desde a publicação de seu famoso artigo sobre o IHGB. Preocupado mais com a formação de uma sensibilidade histórica do que com dogmatismo doutrinários, Manoel é um historiador que colocará na mesa a importância do olhar (ao contrário do ler), do diletantismo (como no caso dos antiquários) e da aventura (as viagens). Nesse percursos entram Lessing, Walter Scott, Thomas Mann como referências dessa "sensibilidade", ao lado de toda uma revisão da historiografia nacional, que precisa saber olhara a si própria para não cair em tentações narcísicas, como seria comum. Segue o ensaio desse livro recente composto de antigos ensaios.

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Mar 15, 202344:42
A dialética da malandragem: A. Cândido, R. Schwarz, S. Buarque, M. de Andrade

A dialética da malandragem: A. Cândido, R. Schwarz, S. Buarque, M. de Andrade

Em meados do séculos passado, as "Memórias de um sargento de milícias" encontrou um público cada vez maior. Foram de 20 a 30 anos de reedições sucessivas. No meio do caminho, o golpe de 1964 e o AI-5. Antônio Cândido ecoa o sucesso editorial recolocando o livro na crítica literária. A dialética da malandragem ou a flutuação das camadas baixas e médias do país entre os polos da ordem e da desordem expressaria mais um modo de ser nacional do que a literatura romântica tradicional, como em O Guarani, onde o protagonista tem que se submeter aos desígnios reais e católicos. A intervenção de Cândido gerou um debate com Roberto Schwarz em que este não se contenta com a noção de "nacional" e mesmo com a centralidade da figura do malandro para a discussão da literatura brasileira. O debate entre ordem e desordem, por caminhos nem tão sinuosos, levam igualmente a crítica que Sérgio Buarque faz aos modernistas paulistas e sua busca por "construção", um outro nome para "ordenamento". É um pouco dessa história que conto nessa aula.  

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Mar 12, 202331:29
Karl Kraus, por Walter Benjamin

Karl Kraus, por Walter Benjamin

Em edição brasileira recente, o ensaio de Walter Benjamin sobre Karl Kraus desenha a figura do demônio, símile do "anjo da história" de suas Teses. Kraus é inumano para se contrapor ao circulo da mundaneidade que transforma as palavras em objetos de consumo e as opiniões em palavras de ordem. É o narrador do fim da história, quem porta o juízo final, para se contrapor e para transpor a proliferação de versões dos fatos: na época do jornalismo, a imprensa "cria" os fatos à revelia da realidade. Ao mesmo tempo, Kraus é o "homem total", capaz de ao mesmo tempo se colocar inteiro em sua tarefa enquanto luta pelo seu "direito aos nervos", pelo direito a sua privacidade. Figura bastante ambígua, Kraus é descrito por Benjamin numa prosa não tão simples, apesar de sedutora.

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Feb 13, 202343:06
A ambivalência da travesti: o militante de 2013 segundo Skylab

A ambivalência da travesti: o militante de 2013 segundo Skylab

Ao se olhar como militante de 2013, Rogério Skylab traça uma figura ambígua: a da travesti que, de bigodudo do DOPS a personagem contemporâneo, numa outra hora se transforma em monstro. O monstro está no olho de quem vê ou essa figura excêntrica é ela mesma monstruosa? Qual nexo entre a linha dura da ditadura e as manifestações de 2013? Será que existe uma ligação direta entre as jornadas e o passado ditatorial? Como se enquadra o PT nessa história? Pragmatismo? Identitarismo? São soluções talvez indecidíveis que caracterizam a estranha (ou estrangeira?) subjetividade que emerge depois de uma década de governos de esquerda depois da reabertura politica.

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Jan 24, 202352:39
Walter Benjamin e Fustel de Coulanges

Walter Benjamin e Fustel de Coulanges

A tese VII de "Sobre o conceito de História", de Walter Benjamin, tem uma série de frases que se tornaram célebres: "todo documento de cultura é um documento de barbárie", "escrever a história a contrapelo", "a história é escrita pelos vencedores", etc. Contudo, a estrutura da argumentação se baseia numa crítica ao método da história do século XIX (o que Benjamin chama de "historicismo" ou o que se chama também de "história positivista". Ao reler Fustel de Coulanges através do livro escrito sobre ele por François Hartog, ou seja, refazendo a história da historiografia, como podem ser vistas as consideração de Benjamin sobre a "acedia" ou tristeza do historiador positivista, ou o método da "empatia"? Como isso, por fim, aconteceu de fato através da escrita de Coulanges e o que exatamente Benjamin tinha sob os olhos no momento que escreveu essa tese? É um pouco sobre isso que procuro falar.

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#história #historiadores #historiador #historiografia #hartog #fustel #benjamin #walterbenjamin

Jan 13, 202333:01
Não História: Imagem-Tempo (Bergson, Deleuze, Ricoeur)

Não História: Imagem-Tempo (Bergson, Deleuze, Ricoeur)

A fenomenologia procura criar, desde Hegel, um modelo explicativo para a história que esbarra em suas próprias limitações. Forma-se uma teoria sobre as teorias da história, mas que são incapazes, mesmo com toda a sofisticação, de explicar o devir histórico ou a prática da escrita historiadora. É menos em “Tempo e Narrativa” do que em “A memória, a história e o esquecimento” que Paul Ricoeur demonstra as aporias do discurso filosófico frente à plasticidade da produção historiográfica. Mas não está em jogo as velhas celebrações a respeito da historiografia francesa, dos Annales. O que se destaca é o entrecruzamento entre o que Deleuze, ao ler Bergson, entende por “objeto real” compreendido como “imagem-cristal” ou “descrição cristalina”, onde o real e o imaginário, o presente e o passado, o atual e o virtual são indiscerníveis, duplas por natureza. O que se pergunta nesta investigação não é apenas o que é o objeto da história, mas qual sua natureza, como ele funciona ao se traçar uma zona de indiscernibilidade em que se pode perguntar como se pensa a história e  como fazer o inventário de sua escrita; ao se perguntar qual a natureza do documento historiográfico ou das perguntas que levam a se realizar uma pesquisa histórica.  

Link para meu artigo: https://www.academia.edu/39350831/N%C3%A3o_Hist%C3%B3ria_Imagem_tempo 

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Disponível também no YOUTUBE: https://youtu.be/cq6VNpAJV_w

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Jan 09, 202339:14
O séc. XIX e a História: o caso Fustel de Coulanges, de François Hartog

O séc. XIX e a História: o caso Fustel de Coulanges, de François Hartog

Em feliz tradução para o português, o livro de François Hartog sobre Fustel de Coulanges expõe as limitações do ofício do historiador e sua longa história enquanto ciência, isto é, desde o século XIX. Na esteira da revisão crítica que trouxe a escrita historiográfica como problema, Hartog fala sobre um "querido reacionário": em que medida o apagamento da imagem de Fustel prejudica a reflexão sobre o ofício do historiador? Por que a crítica ferrenha da primeira geração do Annales pode ter se tornado extemporânea, sem a precisão e a serventia que teve no início do século passado? Como reconsiderar a história dita positivista sem abordá-las através de críticas rasas e não fundamentadas? É um pouco sobre isso que essa resenha ao livro de François Hartog procura mostrar.  

AULA TAMBÉM DISPONÍVEL NO YOUTUBE: https://youtu.be/SC-9B0C-z5M

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Jan 05, 202342:01
O arcaísmo como projeto, de João Fragoso e Manolo Florentino

O arcaísmo como projeto, de João Fragoso e Manolo Florentino

Ao invés da monarquia no Brasil seguir modelos franceses ou ingleses (como parte da historiografia costuma especular), o projeto arcaico de poder emula a dominação colonial através da formação de uma classe de mercadores autóctone com conexões na África, Ásia e América Latina. Tal projeto de poder talvez possa ser comparado a aspirações imperiais como a que Gilberto Freyre chegou a defender através de sua noção de lusotropicalismo e, conceitualmente (com a teoria da dependência), entra nos cânones do que Ruy Mauro Marini chamou de sub-imperialismo. Foi o avanço em pesquisas anteriores que já apontavam nesse sentido, como as de Jacob Gorender e Ciro Cardoso, que fizeram os autores (através de extensa pesquisa documental e a partir das teses de doutorado de cada um) apontarem para um projeto que, hoje, vemos se refletir na nostalgia de um Brasil supostamente ordeiro e pacífico, seja o do Império ou o da ditadura militar.  

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Dec 15, 202240:55
Notas sobre o artigo dos Vagalumes, de Pier Paolo Pasolini

Notas sobre o artigo dos Vagalumes, de Pier Paolo Pasolini

O famoso artigo sobre os vagalumes, de Pasolini, não só apresenta seu prognóstico "corsário" a respeito do neocapitalismo, como é fruto de uma releitura da tradição literária italiana e das vivências do jovem e sonhador cineasta durante os anos de exceção sob o fascismo de Mussolini. Seguindo a análise materialista de Georges Didi-Hubeman sobre a origem e desenvolvimento do termo (as antigas luzes - vagalumes - e as novas luzes - neocapitalismo), apresento como Dante foi relido por Pasolini e sob quais fundamentos ele criou sua visão de futuro, hoje bastante debatida.  

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Nov 30, 202237:56
O narrador clássico e o narrador pós-moderno: de Walter Benjamin a Silviano Santiago

O narrador clássico e o narrador pós-moderno: de Walter Benjamin a Silviano Santiago

Entre o ensaio de Walter Benjamin, O narrador, e as objeções feitas por Silviano Santiano sobre o narrador pós-moderno, aconteceu uma revolução. Com o cinema do pós-guerra, o discurso indireto livre adquire novo estatuto e são mais os cineastas do que os escritores que passam a ter a fé pública para dizer a verdade sobre a narrativa. O que ocorre entre a apresentação dos dois narradores, o da década de 1930 e o da de 1980, que, sem levarmos em consideração, dificilmente podemos compreender as transformações do discurso literário hoje?  

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TAMBÉM DISPONÍVEL EM VÍDEO: https://youtu.be/bRqbHiSbkrQ

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Nov 22, 202228:16
O programa de O narrador, de Walter Benjamin

O programa de O narrador, de Walter Benjamin

Assim como Walter Benjamin em sua juventude esboçou um "programa" para a filosofia do futuro, podemos dizer que existe em O narrador um programa literário, político e estético? O privilégio dado ao contista ou à forma breve (Poe, Baudelaire, Leskov, etc.), sua crítica ao "fechamento" da forma romance que acentuaria a tendência de interiorização burguesa, e mesmo sua fuga em direção a formas de expressão que elidissem o aspecto informativo da imprensa, podem apontar para uma abordagem da literatura que Benjamin não elaborou por ter sua vida interrompida momentos após a publicação de seu escrito. Como, portanto, reler esse texto?

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Oct 19, 202207:12
Walter Benjamin e a categoria de Experiência, de Bruna Bortolini (resenha)

Walter Benjamin e a categoria de Experiência, de Bruna Bortolini (resenha)

Visto como crítico da arte e da literatura, com posicionamento ambivalente entre marxismo e religião, talvez se considere pouco a crítica feita por Walter Benjamin a filosofia e a ciência. Se ele dialoga com esta através da politização e historicização dos usos da técnica, as críticas de Benjamin a filosofia alemã, talvez a fenomenologia (e sua história) de modo particular, entram pouco em pauta, o que leva a provavelmente o que seria um novo exílio do filósofo. A pesquisa de Bruna Bortolini, ao colocar como central o conceito de Experiência, refaz esses caminhos críticos e ajuda a compreender toda a ambiguidade benjaminiana, entre a ciência e a arte.  

PROGRAMA TAMBÉM DISPONÍVEL EM VÍDEO: https://youtu.be/PRCArAEL7YE

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Oct 14, 202236:08
A loucura de Holderlin, de Giorgio Agamben (resenha)

A loucura de Holderlin, de Giorgio Agamben (resenha)

Ao ler o livro de Agamben, parece que faltava um retrato de um dos três tipos que Foucault põe como contrários aos saberes dominantes do século XIX: Nietzsche, Hölderlin, Artaud. São eles que irão falar a razão da loucura para os médicos ou a verdade da razão para a ciência (a disjunção entre verdade e razão em Foucault...). Acima de tudo, Agamben parece realizar uma autobiografia às avessas, uma autobiografia de seu tempo presente, de seu estado de isolamento em razão da pandemia e em função de seu posicionamento durante a pandemia. Fora essas camadas, Agamben traz uma forma bastante sofisticada de escrita de uma vida, apesar de aparentemente se inspirar em formas bem arcaicas de narrativa. Um livro quase "misterioso", um livro fecundo, resenhado em áudio e vídeo.  

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Sep 29, 202245:50
Godard, Varda, Duras e a questão feminina

Godard, Varda, Duras e a questão feminina

J-L Godard, Agnès Varda e Marguerite Duras retratam a condição das mulheres no Ocidente no período imediatamente anterior, e o posterior, à revolução sexual e dos costumes. Godard, como homem, não sabe ainda como colocar sua voz diante de um dilema que não é diretamente o dele; procura assim um curioso entrelaçamento de vozes. Varda expõe o idílio de um casal em meio a Europa do bem-estar social, onde o colorido e os sons do filme dizem mais do que a aparição dos personagens ou suas palavras... Duras procurou a vida inteira fixar uma imagem de mulher não sem antes tentar entender, através dela, a imagem do homem... O que os filmes dessa época, desses importantes diretores, pode nos dizer sobre a evolução da condição da mulher sob o capitalismo nos últimos cinquenta anos? O programa foi feito para buscar levantar esse debate.  

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#feminismo #socialismo #mulher #cinema #mulheres #sexo #história #economia #sociedade

Sep 09, 202238:28
Por que as mulheres têm sexo melhor sob o socialismo, de Kristen Ghodsee (Resenha)

Por que as mulheres têm sexo melhor sob o socialismo, de Kristen Ghodsee (Resenha)

A publicação no Brasil do livro "Por que as mulheres têm melhor sexo sob o socialismo" insere nos debates sobre a questão feminina uma perspectiva histórica que a afasta do feminismo liberal difundido nos setores chamados de "bem pensantes". Talvez depois dos governos Obama, a defesa da mulher ganhou em propaganda enquanto perdeu em conteúdo social. A partir de uma trajetória curiosa (a autora fez uma tese sobre as mulheres que trabalhavam no setor de turismo da Bulgária) até um artigo publicado no New York Times e acabou viralizando, ela conseguiu estabelecer uma ponte entre setores mais à esquerda nos EUA e os problemas (avanços e dificuldades) do dito "socialismo real". Fruto de uma imensa curiosidade, de uma singular vontade de saber, Kristen Ghodsee acaba por questionar de maneira firme os pressupostos atuais ou mais difundidos do feminismo e da luta de classes, sem descuidar de instigantes paradoxos que a prática sexual nos países comunistas acabam por nos provocar.  

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#feminismo #socialismo #mulher #mulheres #sexo #história #economia

Sep 06, 202201:02:45
Por detrás da ciência do aquecimento econômico

Por detrás da ciência do aquecimento econômico

Quando se fala em "transição energética" ou em "tecnologias apropriadas", o debate atual deixa de lado uma noção simples e clara, basilar para o desenvolvimento científico e tecnológico, para a criação de novas forças produtivas e os imensos trabalhos de conexão (infraestrutura) necessárias hoje ao mundo. Sem densidade de fluxo energético, per capita e por km², haverá regressão social, como ocorre hoje na Europa e Estados Unidos. O debate sobre energia limpas, mais até do que as renováveis, se insere no topo da inovação humana, como é exemplo a fusão nuclear. Para tratar do tema uso como referência dois pensadores que não viam em seu horizonte o regresso tecnológico (neofeudalismo digital), Lyndon LaRoche e Vladimir Vernadsky.  

Textos mencionados:  

VERNADSKY: https://www.oabertinho.com.br/arte-e-cultura/tempo-para-vladimir-vernadsky/

LAROUCHE: https://www.oabertinho.com.br/patria/as-quatros-leis-economicas-de-lyndon-larouche/ 

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PROGRAMA TAMBÉM DISPONÍVEL EM VÍDEO: https://youtu.be/u6LzzYKa7tk

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#história #economia #larouche #vernadsky #nuclear #nuclearpower #desenvolvimento

Aug 21, 202239:45
Um historiador diletante: Philippe Ariès

Um historiador diletante: Philippe Ariès

Philippe Ariès, historiador "por conta própria", não vinculado a instituição de ensino ou pesquisa, escreveu livros como "historiador de verdade". De origem política e familiar conservadora, se aproximou de nomes importantes da luta política de esquerda como Pierre Vidal-Naquet e Michel Foucault. Sua escrita "diletante", que aparentemente o afastaria do necessário rigor historiográfico, o fez próximo, quase um igual, de toda a geração que se vinculou a Escola dos Annales. Analisar sua figura nos faz ver uma série de aparentes contradições e nos mostra que o amor pela história e o ofício do historiador antecede ligações profissionais ou prerrogativas políticas. Através dessa autobiografia "transversal" perguntas talvez não colocadas e por isso importantes podem ser explicitadas e trazerem inquietações ainda bem pouco analisadas.  

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PROGRAMA TAMBÉM DISPONÍVEL EM VÍDEO: https://youtu.be/L4xkVrhGJ9k

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#história #historiografia #annales #literatura #escritaacademica #economia #sociedade

Aug 14, 202241:29
O mercado e o sonho ocidental: a criação da zona do euro

O mercado e o sonho ocidental: a criação da zona do euro

Após a queda do muro de Berlim uma série de mitos foram construídos para legitimar o livre-mercado. Com o passar dos anos, muitos foram questionados ou mesmo derrubados. Ainda assim, a dominação do imperialismo baseado no Atlântico norte alimenta sonhos impermeáveis a qualquer razão. Com a flagrante submissão da Europa aos ditados da OTAN ficaram ainda mais evidentes falhas estruturais do projeto político pós-1989. A criação da zona do euro é um objeto privilegiado de estudo.  

Texto mencionado: https://portugues.larouchepub.com/outrosartigos/2012/0924_life_after_euro.html  

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PROGRAMA TAMBÉM DISPONÍVEL EM VÍDEO: https://youtu.be/bE-hv-MYh8U

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#economia #europe #capitalismo #1989 #maastricht #monetarismo #historia

Aug 07, 202232:37
Paulo e Benjamin: messianismo e o tempo de agora (O tempo que resta / Conclusão)
Jul 23, 202236:26
Teoria do testemunho e o eurocentrismo

Teoria do testemunho e o eurocentrismo

Após a II Guerra Mundial e com as décadas de revoluções e contra-revoluções (ditaduras) nos países da América do Sul, uma avalanche de testemunhos veio tomar o protagonismo da história enquanto relato (em terceira pessoa) autorizado para dar conta dos problemas sociais recentes. É o que Andreas Huyssen chamou de "inflação da memória". Como, posteriormente teorizado, o testemunho acabou ocupando o lugar de um novo eurocentrismo (às avessas) onde o "testimonio" latino-americano parece ocupar um lugar de segunda ordem? Olhar para estas questões é importante para se analisar como hoje se escreve a história e como pensam seus teóricos.  

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#testemunhos #historia #historiografia #filosofia #teoria #testemunho

Jul 17, 202225:18
Crise de desintegração financeira controlada

Crise de desintegração financeira controlada

É relativamente aceito que setores políticos produzem guerras e golpes de Estado. Mas na área econômica muitas vezes se acredita que as crises são inerentes ao sistema capitalista, e geralmente ocorrem de forma cíclica. Estudar o caso das duas crises do petróleo dos anos 1970 e o projeto do Council on Foreign Relations (CFR) chamado "Projeto 1980: a desintegração controlada das concentrações industriais e científicas avançadas no mundo", permite ver como foi forjada uma crise financeira controlada (ao lado de golpes de Estado e de guerras) que recuperaram o valor do dólar e consequentemente das praças financeiras de Londres e Wall Street após o fim do regime de paridade ouro-dólar decretado por Nixon. Até que ponto as crises financeiras (como vimos no caso da Lava-Jato) são ou não planejadas e controladas? Esse é o tema do meu novo programa.  

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Jul 13, 202245:12
O Tempo que resta, de Giorgio Agamben (6ª Jornada)
Jul 10, 202253:55
Duas imagens de mulheres: de Machado de Assim e de Lima Barreto

Duas imagens de mulheres: de Machado de Assim e de Lima Barreto

O longo e interminável caso de Capitu e Bentinho diz mais sobre a capacidade interpretativa dos leitores de Machado do que ao que é exposto no romance. Prova disso é que só depois da interpretação da tradutora de Dom Casmurro para o inglês, Helen Caldwell, ter questionado a interpretação vigente no Brasil é que por aqui se instaurou uma espécie de tribunal a respeito da sorte do casal... Pelo contrário, ao ver a personagem Olga, cujo padrinho é Policarpo Quaresma, se vê os dilemas do escritor (e não de seus leitores) ao lado das mulheres brancas e ricas e das negras e pobres. É  através de uma sina trágica e um tanto ambígua que Lima Barreto constrói a mulher-síntese de seus romances. Ao olhar tanto o lado dos leitores quanto o dos escritores, podemos traçar alguns questionamentos a respeito da criação literária e de sua implicações histórico e culturais.  

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TEXTO MENCIONADO: https://www.oabertinho.com.br/critica-literaria/niilismo-e-concordia-os-leitores-de-machado-de-assis/ 

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Jul 03, 202227:23
Michel Foucault e sua filiação a escola dos Annales

Michel Foucault e sua filiação a escola dos Annales

Os especialistas tradicionalmente dão uma ênfase maior ao diálogo de Foucault com a historiografia através da Arqueologia do Saber, ou seja, principalmente a partir da produção inicial do filósofo e com os temas clássicos dos Annales, como a "longa duração", e mesmo a escola primeira, de Lucien Febvre e Marc Bloch. Minha intenção é ressaltar a continuidade desse diálogo nas últimas produções de Foucault, em especial seus dois últimos dois cursos no Collège de France. Aparecem então não Braudel e Levi-Strauss, mas a influência perene de Georges Dumézil (quem primeiro o ajudou em sua carreira durante a escrita da História da loucura, na consulta dos arquivos da biblioteca Carolina Rediviva), assim como a chamada "terceira geração" dos Annales, a antropologia histórica. Assim, pode ser visto um panorama de conjunto de como se deu a colaboração entre o filósofo e os historiadores "analíticos".

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Jul 02, 202246:15