Sala de Projeção

Torturas, gente queimada viva na fogueira, bruxas parindo demônios… Não, não estamos falando de um novo filme de terror da A24 ou de um torture porn do Eli Roth: no episódio de hoje voltamos aos primórdios do cinema para conversar sobre uma obra-prima: Häxan, documentário sueco lançado em 1922. Com um intuito principalmente educativo, buscando iluminar como a ignorância e a intolerância levaram a Igreja na idade média a torturar e matar milhares de mulheres por sofrerem do que no presente entendemos como doenças mentais, Christensen foi muito além de uma mera palestra e representou de maneira assustadora e vívida o mundo medieval, cheio de superstições e violência, com demônios, sabás noturnos, bruxas voando em suas vassouras e sádicos inquisidores da igreja. Um filme imperdível e atemporal.

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Boa noite, ouvintes… No episódio do Camera Obscura de hoje vamos falar sobre o filme austríaco de terror “Ich Seh, Ich Seh” (conhecido internacionalmente como “Goodnight Mommy” e como “Boa Noite, Mamãe” no Brasil). Os limites da identidade, relações entre pais e filhos, como as crianças lidam com traumas, Síndrome de Capgras… É tanto conteúdo que tivemos que chamar novamente o nosso querido Diego Nunes para participar da conversa. Ao longo do episódio comentamos detalhes e revelações da trama então fica o SPOILER ALERT!

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Ficha do filme:

Boa Noite, Mamãe (Ich Seh, Ich Seh), 2014. Dirigido por Veronika Franz e Severin Fiala. Elenco: Susanne Wuest, Elias Schwarz e Lukas Schwarz. 100 minutos. Áustria.

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Outros filmes mencionados no episódio:

Boa Noite, Mamãe! (Goodnight Mommy), 2022. Dirigido por Matt Sobel. Refilmagem do filme sobre o qual conversamos no episódio, só recomendamos caso seja impossível encontrar a versão original.

Deixe Ela Entrar (Låt Den Rätte Komma In), 2008, dirigido por Tomas Alfredson. Também recomendamos sua refilmagem Deixe-me Entrar (Let Me In) 2010, dirigido por Matt Reeves.

Círculo do Medo (Cape Fear) 1962, dirigido por J. Lee Thompson. Também recomendamos sua refilmagem Cabo do Medo (Cape Fear), 1991, dirigido por Martin Scorsese.

O Salário do Medo (Le Salaire de la Peur), 1953, dirigido por Henri-Georges Clouzot. Também recomendamos sua refilmagem O Comboio do Medo (Sorcerer), 1977, dirigido por William Friedkin.

Asas do Desejo (Der Himmel über Berlin), 1987, dirigido por Wim Wenders.

A Fita Branca (Das weiße Band), 2009, dirigido por Michael Haneke.

Spider - Desafie sua Mente (Spider), 2002. Dirigido por David Cronenberg. Recomendamos.

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Livros recomendados

ARNOLD, Sara. Maternal Horror Film: Melodrama and Motherhood. 2013.

JELINEK, Elfriede. The Piano Teacher. 1983.

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No primeiro episódio de 2023, o Câmera Obscura tem um convidado especialíssimo: Diego Nunes! O saudoso (e atarefado) host do Sala de Projeção conseguiu um tempinho para conversar com o Igor e o Felipe sobre o novo filme do grande diretor Luca Guadagnino: Bones and All! Ao longo do episódio discutimos a respeito do canibalismo (tanto literal quanto simbólicamente) e sobre a procura pelos pais ausentes, pelo amor e pela própria identidade. Chocante mas magistralmente dirigido, muito rico e com ótimas atuações, este é um filme que vai e volta constantemente entre o sublime e o grotesco e que vale muito a pena ser assistido - se o espectador tiver estômago para isso…

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Ficha do filme:

Até os Ossos (Bones and All), 2022. Dirigido por Luca Guadagnino, escrito por David Kajganich e baseado no livro de Camille DeAngelis. Elenco: Taylor Russell, Timothée Chalamet, Mark Rylance, Michael Stuhlbarg, André Holland, Chloë Sevigny, David Gordon Green, Jessica Harper e Jake Horowitz. 130 minutos. Itália e Estados Unidos.

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No terceiro episódio do Camera Obscura, André, Igor e Felipe conversam sobre vários filmes com algo em comum: todos são adaptações de contos de fadas (ou de literatura infantil) com um viés inquietante ou, como dizia Freud, unheimlich. Entre outros assuntos, conversamos sobre como diretores procuram novos modos de adaptar de maneira original as antigas e batidas histórias do folclore, sobre representação realista versus teatralidade e se versões mais “adultas” de contos infantis precisam ou não deixar literal o que era simbólico originalmente.

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Livro recomendado pelo Igor: "Fairytale and Gothic Horror: Uncanny Transformations in Film" de Laura Hubner

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Ficha dos filmes:

A Companhia dos Lobos (The Company of Wolves), 1984. Dirigido por Neil Jordan, escrito por Angela Carter. Elenco: Sarah Patterson, Angela Lansbury, David Warner, Tusse Silberg, Micha Bergese, Brian Glover, Graham Crowden, Kathryn Pogson e Stephen Rea. 95 minutos. Reino Unido

Alice (Něco z Alenky), 1988. Dirigido e escrito por Jan Švankmajer. Elenco: Kristýna Kohoutová. 86 minutos. Tchecoslováquia.

Maria e João - O Conto das Bruxas (Gretel & Hansel), 2020. Dirigido por Oz Perkins. Elenco: Sophia Lillis, Sam Leakey e Alice Krige. 87 minutos. Canada, Estados Unidos e Irlanda.

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No primeiro episódio do Camera Obscura, spin-off do Sala de Projeção, os projecionistas Igor, André e Felipe se reunem para conversar sobre a série-antologia de terror produzida pelo mestre Guillermo Del Toro: O Gabinete de Curiosidades! Del Toro juntou um incrível grupo de oito diretores e cada um teve carta branca (e aproximadamente uma hora) para contar uma história macabra.

Como toda antologia, o Gabinete de Curiosidades tem altos e baixos. Entre os episódios que recomendamos tem um sobre um casal lidando com o luto da perda de um filho, um que conta a história de uma exibição organizada por um bilionário excêntrico e um outro sobre um produto de beleza que promete o impossível. Quanto ao episódio que não recomendamos, houve unanimidade… mas para saber qual foi, só ouvindo o programa!

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Ficha da Série: O Gabinete de Curiosidades de Guillermo Del Toro, 2022. Direção: Guillermo Navarro, Vincenzo Natali, David Prior, Ana Lily Amirpour, Keith Thomas, Catherine Hardwicke, Panos Cosmatos e Jennifer Kent.

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Produção de alto prestígio, Ilusões Perdidas, dirigido por Xavier Giannoli, consuma o grande feito de ser ao mesmo tempo uma excelente adaptação do romance homônimo de Balzac, em especial a parte 2 do romance, e uma crítica da sociedade parisiense da primeira metade do século XIX surpreendentemente ressonante com os nossos tempos.

Este episódio do Sala em especial está imperdível. Além da nossa discussão sobre a ascensão da burguesia e a decadência da nobreza, o desvirtuamento da arte e do jornalismo pelo capitalismo, idealismo vs. cinismo e desilusão e maturidade, confira o episódio até o fim, onde explicamos porque vamos dar uma breve pausa.

Sim, queridos ouvintes, infelizmente eu, Diego Nunes, Gustavo Leal e André Vicente vamos nos ausentar por alguns meses. Gustavo e André estão bem ocupados com a recente paternidade e eu estou de mudança de Tóquio para Brasília muito em breve, o que nos impossibilita dedicarmos tempo suficiente para assistir aos filmes, preparar os episódios, ouvir as edições e outras várias tarefas necessárias para garantir o mínimo de qualidade ao programa.

Não se aflijam, Felipe e Igor estão preparando um conteúdo especial para vocês, num formato diferente, mais enxuto, mais leve e mais informativo. Espero que gostem! Um grande abraço e muito obrigado pela audiência! Voltaremos em breve.

Ficha do Filme: Ilusões Perdidas (Illusions Perdues), 2021. Direção: Xavier Giannoli. Roteiro: Xavier Giannoli e Jacques Fieschi. Elenco: Benjamin Voisin, Xavier Dolan, Vincent Lacoste, Cécile de France, Gérard Depardieu, Jeanne Balibar. 141 min. França.

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Créditos:

Muito obrigado a @madamemargon pela recomendação! Estava faltando Lars von Trier na nossa lista. Qualquer um de seus filmes se encaixaria muito bem no nosso perfil, mas Anticristo, em especial, foi provavelmente a escolha mais acertada. Embora seu conteúdo chocante e provocador sempre esteja em primeiro plano nas discussões sobre Anticristo, esse belíssimo filme possui enorme carga simbólica, prato cheio para quem gosta de hermenêutica e semiótica. Tocamos em alguns de seus inúmeros pontos de discussão, mas apenas começamos a conversa. Agora é com vocês, ouvintes.

Não deixe de acompanhar, portanto, mais um episódio do Sala e confira a nossa discussão sobre Lars von Trier e suas controvérsias, sobre o trio Luto, Dor e Desespero; Ordem vs. Caos; a natureza e sua faceta mais cruel; a inépcia masculina ao lidar com o sofrimento feminino, entre muitos outros.

Todos nós do Sala de Projeção ficamos muito impressionados ao rever a trilogia do Senhor dos Anéis, tema do capítulo 52. São épicos de fantasia de altíssima qualidade, comoventes, eletrizantes, atemporais e, acima de tudo, inspiradores de uma das discussões mais ricas e prazerosas que tivemos desde que começamos o podcast.

Não deixe de acompanhar mais um episódio do Sala e confira a nossa discussão sobre a perda da inocência, a passagem da infância à vida adulta, a importância da jornada e do retorno ao Lar, a fraternidade sincera entre homens (entre hobbits, elfos, anões e magos também), a duplicidade e a ganância do Mal, entre muitos outros.

O que aconteceria se você descobrisse que os seus simpáticos vizinhos de porta, que te levam biscoitinhos e chá no final da tarde de domingo, são na verdade um covil de bruxas e bruxos, em conluio com o diabo pra trazer o anticristo à luz, e você é a barriga de aluguel?

Em homenagem ao Dia das Bruxas e dando seguimento ao tema depois do episódio sobre The VVitch, a equipe do Sala destrinchou esse clássico do Horror, filmaço do Roman Polanski, adaptação super fiel do romance de Ira Levin, com atuações magníficas de Mia Farrow e Ruth Gordon (a Maude, de Harold and Maude).

Não deixe de acompanhar a nossa discussão sobre o horror da despossessão, a banalidade do mal, maridos canalhas, gravidez, gaslighting, anticristo, o poder da sugestão em filmes de terror, e muito mais.

Uhuu! Chegamos ao episódio 50! A equipe do Sala de Projeção Podcast agradece a todos os ouvintes pela audiência, pelos elogios, pelas excelentes recomendações e por participar da nossa conversa nas redes sociais. Esse episódio é dedicado integralmente a vocês. Valeu demais!

O formato deste capítulo é um pouquinho diferente: cada um de nós escolheu um de seus filmes favoritos e fez uma pequena resenha para a gente comentar depois. A discussão foi um belo passeio por cinco filmes em vez de apenas um, mas não se preocupem, com ajuda do nosso fantástico editor Thiago Vergara, conseguimos chegar à nossa meta limite de 1 hora e meia de duração.

Sem mais delongas, seguem abaixo os cinco filmes, acompanhados dos Projecionistas correspondentes. Esperamos que aproveitem bastante o episódio e, para aqueles que ouvirem até o fim, não se esqueçam de votar no filme merecedor de um episódio exclusivo.

Taxi Driver – Felipe Sobreiro

Sangue Negro (There will be Blood) – André Vicente

Hellraiser – Renascido do Inferno – Igor de Campos

Encontros e Desencontros (Lost in Translation) – Gustavo Leal

O Discurso do Rei (The King’s Speech) - Diego Nunes

Fichas dos 5 filmes:

Taxi Driver, 1976. Direção: Martin Scorsese. Roteiro: Paul Schrader. Elenco: Robert De Niro, Jodie Foster, Cybill Shepherd, Albert Brooks, Harvey Keitel, Peter Boyle. 114 min. EUA.

Sangue Negro (There will be Blood), 2007. Direção e Roteiro: Paul Thomas Anderson. Elenco: Daniel Day-Lewis, Paul Dano, Kevin J. O'Connor, Ciarán Hinds, Dillon Freasier. 158 min. EUA.

Hellraiser – Renascido do Inferno, 1987. Direção e Roteiro: Clive Barker. Elenco: Clare Higgins, Ashley Laurence, Andrew Robinson, Doug Bradley, Sean Chapman, Nicholas Vince, Simon Bamford, Grace Kirby. 93 min. Inglaterra.

Encontros e Desencontros (Lost in Translation), 2003. Direção e Roteiro: Sofia Coppola. Elenco: Bill Murray, Scarlett Johansson, Giovanni Ribisi, Anna Faris. 102 min. EUA / Japão.

O Discurso do Rei (The King’s Speech), 2010. Direção: Tom Hooper. Roteiro: David Seidler. Elenco: Colin Firth, Geoffrey Rush, Helena Bonham Carter, Guy Pearce, Timothy Spall, Derek Jacobi, Jennifer Ehle, Michael Gambon, Claire Bloom. 119 min. Inglaterra.

Créditos:

Excelente recomendação da nossa ouvinte @lina.bomfim, A Bruxa, dirigido pelo genial Robert Eggers, o mesmo de O Farol, tema do nosso primeiro episódio, é mais um filme perfeito para o Sala de Projeção Podcast. Atmosférico, misterioso, controverso, aberto a várias possibilidades de interpretação, o filme foi um banquete para nós, especialmente para o Igor, que amou demais The VVitch, comprovando uma vez mais a sua trevosidade.

Não deixe de acompanhar mais esse episódio do Sala e confira a nossa discussão sobre contos de fada e do folclore norte-americano; autenticidade e verossimilhança; fanatismo religioso; o orgulho de um pai inepto; mulheres despidas de autonomia, impedidas de concretizar suas vontades e desejos; além de Deus e o Diabo na terra da floresta sombria.

Um dos maiores sucessos de público e crítica de 2022, Tudo Em Todo o Lugar Ao Mesmo Tempo marca a merecida consagração da espetacular Michelle Yeoh, cuja atuação demonstra de uma vez por todas seu enorme talento como atriz e artista marcial. O elenco todo, na verdade, já merece o ingresso: Stephanie Hsu (a filha), Ke Huy Quan (o marido), James Hong (o pai) e Jamie Lee Curtis (a auditora), todos desempenharam seus papéis com brilhantismo, tanto cômico como dramático.

O filme, porém, dividiu opiniões entre nós do Sala. Incrivelmente, dois de cinco não gostaram do frenesi, da grande quantidade de informações e referências, e do elemento meio pateta, meio boboca contido na proposta do filme. Tudo bem, o desafio de recuperar esse filmaço para ambos fez valer mais ainda a discussão.

Não deixe de ouvir, portanto, mais um episódio imperdível do Sala de Projeção Podcast e descubra algumas possíveis respostas sobre o “Everything Bagel”, dedos de salsicha, Racacoonie, dedo mindinho com bíceps, entre outros desatinos e prazeres de “EEAAO”.

Filme que fez explodir a fama do diretor Joachim Trier, A Pior Pessoa do Mundo é, na verdade, o terceiro capítulo da “trilogia de Oslo”, cujas primeiras duas parcelas são Começar de Novo, de 2006, e Oslo, 31 de agosto, de 2011. Os três filmes da trilogia possuem duas características que os tornam únicos: são simultaneamente melancólicos e cômicos, e permitem, com muita sensibilidade e precisão, observar o autêntico comportamento humano. Mérito de roteiros geniais, escritos em parceria com o brilhante Eskil Vogt, e das performances impecáveis de seus atores, em especial da espetacular Renate Reinsve, e de Anders Danielsen Lie, protagonista dos dois filmes anteriores, que, além de ator, é médico e músico.

Afinal, quem Julie pensa que ela é? O filme se faz essa pergunta a sério, sem julgamentos e preconceitos. Não deixe de conferir a nossa discussão sobre autoconhecimento, a mutabilidade da identidade (possível apenas na Noruega), sobre “ser você mesmo” em relacionamentos, sobre caprichos e Desejo, e o que realmente significa se intitular a pior pessoa do mundo.

Várias sensibilidades se juntaram em uma tempestade perfeita para produzir esse belíssimo filme. O resultado não poderia ter sido melhor: situações e personagens autênticos; fotografia e direção de arte impecáveis; atuações totalmente entregues; roteiro adaptado superior à obra original (Oscarizado inclusive); direção magistral de Luca Guadagnino. Naturalmente tivemos uma deleitosa e enriquecedora discussão sobre primeiro amor, identidade, fluidez sexual, ritos de passagem, pêssegos, relação tutor/aprendiz, e muito mais.

Para comemorar 40 episódios do Sala de Projeção, homenageamos o astro, ídolo, Bruce Willis, que estará sempre no coração de quem cresceu assistindo Duro de Matar, A Gata e o Rato, Pulp Fiction e muitos outros. Aliás, seu carisma como galã suave, de poucas palavras, e seu senso de humor cáustico e sardônico se prestou a quase todos os gêneros: comédia, horror, ficção científica, thriller erótico, noir/quadrinhos, infantil, guerra... Bruce Willis fez de tudo.

No entanto, a equipe do Sala escolheu o filme que, além de ser excelente por si só, contém a melhor atuação do astro: Os 12 Macacos, dirigido pelo lendário Terry Gilliam. Consideramos este o melhor trabalho do Bruce, porque se despiu das características mais marcantes de sua persona e nos brindou com James Cole, um personagem genuinamente humano. Ainda que física e mentalmente muito forte, James está constantemente vulnerável, confuso, perdido, entregue aos cuidados da Dra. Katherine, a mulher de seus sonhos e sua psiquiatra. Parabéns, Bruce, em alguns filmes você provou ser simplesmente um excelente ator.

Não deixe de acompanhar, portanto, a nossa discussão sobre a perspectiva anárquico-infantil do genial Terry Gilliam, sobre a imutabilidade do passado, sobre La Jetée, o filme que inspirou os 12 Macacos, sobre ciência e discurso paranoico, e muito mais.

Considerado um clássico moderno, sempre presente nas listas dos melhores filmes do século XXI, Cidade dos Sonhos (Mulholland Drive) é fonte inesgotável de exegese, um filme destinado aos prazeres da análise interpretativa. A equipe do Sala de Projeção se divertiu muito ao sugerir possíveis respostas aos vários enigmas propostos: quem é Diane Selwyn? Existe uma realidade no filme ou é tudo sonho? O que é a caixa azul? O que é o clube Silêncio? A moça de cabelo azul? O cowboy? O mendigo atrás do Twinkies? O casal de velhinhos?

Essas e muitas outras questões estão presentes na nossa discussão, que inevitavelmente está bem freudiana. Abordamos a dinâmica dos sonhos - o que eles revelam e ocultam, como se dá a realização do desejo na narrativa onírica, a relação entre o pesadelo e a culpa, ego e superego, o que está além do princípio do prazer e o que isso tudo tem a ver com a famosa Mulholland Drive, uma estrada cheia de curvas, com acesso a vistas espetaculares de Los Angeles, onde se passou muito da história de Hollywood.

Durante a discussão, mencionamos dois vídeos que oferecem interpretações exaustivas sobre o filme. Vale a pena dar uma conferida:

Super favorito para todos os prêmios de melhor filme estrangeiro (já ganhou vários; deve ganhar o Oscar), Drive my Car está entre os melhores filmes de 2021, sem nenhuma dúvida. Dirigido com maestria, sem solavancos e freadas bruscas, pelo jovem diretor japonês Ryusuke Hamaguchi, o filme é como uma daquelas viagens que você nem sente o tempo passar.

Ao destilar a experiência da perda sob a perspectiva dos diversos personagens de Drive my car, Hamaguchi agrega elementos de várias fontes literárias, não somente do conto homônimo no qual o filme é baseado, mas também das histórias “Sheherazade” e “Kino”, também presentes na coletânea “Men without Women”, de Haruki Murakami, além, é claro, do tio Vânia, de Chekhov. Recomendamos fortemente a leitura dessas excelentes obras antes de ver o filme, vai enriquecer muito sua experiência como espectador.

Não deixe de acompanhar a nossa discussão sobre o luto e a melancolia, o impulso conservador e o avesso ao imprevisto, o Ponto Cego nas relações amorosas, o filme Shin Godzilla, e muito mais.

Enfim o Sala de Projeção Podcast chega a Wes Anderson. A Crônica Francesa, seu mais recente e talvez mais deleitoso filme, abrange tudo o que seus antecessores abordaram: a transitoriedade, entropia, corações partidos, violência, fracasso, covardia, duplicidade, crueldade, luto. Porém, nada disso acabrunha o espectador, ao contrário, sua filmografia é leve e prazerosa. Como ele consegue realizar tal façanha?

Michael Chabon, em sua introdução ao “coffee table book” dedicado ao diretor, organizado pelo crítico de cinema Matt Zoller Seitz, arrisca a seguinte tese: “Wes Anderson se propõe a conciliar tais agruras com a nostalgia de uma glória há muito dissipada, de uma completude perdida, de um mundo passado ainda não fraturado. O primeiro momento que essa nostalgia surge marca o que se costuma chamar de ‘adolescência’.”

Portanto, caro ouvinte, não deixe de acompanhar a nossa discussão sobre forma e substância; técnica cinematográfica vs. técnica dramatúrgica; casas de boneca e conceito de “cute”; a importância da edição no processo artístico; a experiência do mundo sob a perspectiva infantil e muito mais.

Quer fazer um comentário, uma crítica ou uma sugestão? Envie mensagem por Instagram (@saladeprojecaopodcast) ou pelo Facebook (saladeprojecaopodcast), ou mande um email a saladeprojecaopodcast@gmail.com e responderemos em breve.

Ficha do Filme: A Crônica Francesa (The French Dispatch). 2021. Direção e roteiro: Wes Anderson. Elenco: Bill Murray, Owen Wilson, Tilda Swinton, Benicio del Toro, Léa Seidoux, Adrien Brody, Frances McDormand, Timothée Chalamet, Lyna Khoudri, Jeffrey Wright, Mathieu Amalric, Steve Park e outras dezenas de grandes atores da atualidade. 108 min. EUA.

Créditos:

Ilustração: Felipe Sobreiro – sobreiro@gmail.com

Edição e Identidade Visual: Thiago Vergara - thiagoverg@gmail.com

O Sala de Projeção Podcast termina o ano de 2021 com chave de ouro. Ataque dos Cães tem sido um dos filmes mais premiados do ano (Leão de Prata em Veneza), com promessa de receber múltiplas indicações para o Oscar, Globo de Ouro e similares. Para uma ocasião tão especial, convidamos o nosso grande amigo Cássio (apenas Cássio), que gentilmente nos brindou com seus insights lá de Londres.

A película se destaca pela belíssima fotografia, excelentes atuações e um desfecho que fez muita gente cair do cavalo, para depois se perguntar: “O que cara*!# aconteceu??”

Venha descobrir tudo sobre os detalhes dessa grande obra da diretora neozelandesa Jane Campion (The Piano, Bright Star, In the Cut, The Portrait of a Lady) e não deixe de conferir a nossa discussão sobre repressão sexual e seus efeitos na psiquê; sexualidade, orientação sexual e erotismos; a teatralidade do machão; a associação falaciosa da ideia de fraqueza com o feminino e muito mais.

Quer fazer um comentário, uma crítica ou uma sugestão? Envie um email a saladeprojecaopodcast@gmail.com e responderemos em breve.

Ficha do Filme: Ataque dos Cães (The Power of the Dog) 2021. Direção: Jane Campion. Roteiro: Jane Campion, baseado na obra “The Power of the Dog”, de Thomas Savage. Elenco: Benedict Cumberbatch, Kirsten Dunst, Jesse Plemons, Kodi Smit-McPhee. 126 min. Nova Zelândia, Austrália, Reino Unido e Canadá.

Créditos:

Ilustração: Felipe Sobreiro – sobreiro@gmail.com

Edição e Identidade Visual: Thiago Vergara - thiagoverg@gmail.com

Bem-vindos ao especial de Natal do Sala de Projeção Podcast! O filme dessa quinzena parece puro, ingênuo e otimista, mas não se enganem! A gente conseguiu esmiuçar bem esse clássico dos anos 40, dirigido pelo grande Frank Capra, protagonizado de forma brilhante por James Stewart, recém chegado da segunda guerra mundial.

Venha conferir a nossa conversa sobre assumir ou não o seu desejo frente à demanda do Outro, existir ou não existir, o que significa ser Bom e se, no fim, os Bons são recompensados pela cidade inteira com um belo presente de Natal.

O Sala de Projeção deseja um Feliz Natal a todos! Agradecemos muito a sua audiência, não há presente melhor!

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Episódio imperdível! Se a segunda parte for tão boa quanto a primeira, pode-se comemorar. Denis Villeneuve finalmente fez justiça à obra de Frank Herbert e conseguiu adaptar Dune para a telona de cinema com maestria.

Especialmente se você que é fã da obra, não deixe de ouvir a nossa conversa sobre o livro, sobre o filme de 1984, dirigido por David Lynch, e também sobre a “obra-prima” jamais realizada de Alejandro Jodorowsky. E claro, tem as nossas interpretações sobre Dune de 2021: discutimos sobre questões de herança e identidade - a relação de Paul Atreides com os pais; messianismo; visões do inconsciente em Dune e em vários outros filmes do Villeneuve; além dessas duas estruturas muito presentes e em constante conflito na mente de Paul: o Eu Ideal e o Ideal do Eu.

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O episódio de hoje marca a estréia do nosso grande amigo Felipe Sobreiro como integrante definitivo do Sala de Projeção Podcast. Artista, ilustrador, colorista e cinéfilo, Felipão vai estar sempre aqui com a gente daqui em diante. Bem-vindo, veião! 

Nada mais apropriado do que falarmos hoje de um filme escolhido pelo Felipe Sobreiro. "Shirley", filme norte-americano de 2020, conta uma história fictícia sobre a real e maravilhosa escritora Shirley Jackson, interpretada pela espetacular Elizabeth Moss, uma das atrizes favoritas entre nós aqui do Sala de Projeção. O filme foi dirigido com maestria por Josephine Decker; o roteiro foi escrito por Sarah Gubbins, que, por sua vez, se baseou na obra homônima de Susan Scarf Merrell. Uma curiosidade sobre o filme é que Elizabeth Moss também atuou como produtora e Martin Scorsese foi produtor executivo.

Não deixe de acompanhar a nossa discussão sobre amor e parasitismo, processo criativo e rituais do escritor, papéis sociais e gênero, o significado da carta de Tarô "O Enforcado" no filme, e, especialmente, sobre uma interessante relação entre duas mulheres, distanciada da ótica masculina e das normas e expectativas sociais da época.

Quer fazer um comentário, uma crítica ou uma sugestão? Envie um email a saladeprojecaopodcast@gmail.com e responderemos em breve.

Ficha do Filme: Shirley, 2020. Direção: Josephine Decker. Roteiro: Sarah Gubbins. Elenco: Elizabeth Moss, Odessa Young, Michael Stuhlbarg e Logan Lerman. 107 min. EUA.

Créditos:

Ilustração: Felipe Sobreiro – sobreiro@gmail.com

Edição e Identidade Visual: Thiago Vergara - thiagoverg@gmail.com

O episódio 27 do Sala de Projeção podcast talvez nem precisasse de descrição, só o título já basta: The Matrix. Mescla harmoniosa de ficção científica cyberpunk, kung fu, inteligência artificial, a alegoria da caverna e Alice no País das Maravilhas, talvez só Pulp Fiction tenha gerado mais discípulos, imitadores e fãs fervorosos. Mas será que ainda é um filmaço, 22 anos depois de seu lançamento? Muitos afirmam que The Matrix é uma tremenda aula de filosofia disfarçada de ficção científica; outros defendem que é simplesmente um ótimo filme de ação com pitadas de filosofia de botequim. 

Não deixe de ouvir esse episódio imperdível do Sala de Projeção Podcast e descubra onde a gente fica nessa discussão. Venha conferir as nossas interpretações e delírios sobre um dos filmes mais influentes dos anos 90.  

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O episódio 26 do Sala de Projeção Podcast é um pouquinho diferente. Wag the Dog (1997), sátira política estrelada por Dustin Hoffman e Robert de Niro, foi o ponto de partida para a nossa discussão, mas dessa vez deslocamos o foco da interpretação da obra de arte para temas atuais muito presentes, como o fenômeno das fake news, estratégias de manipulação e desinformação, pseudociência, o enviesamento da mídia, a lógica emocional do “nós” contra “eles”, e muito mais.

No final, nos perguntamos: o exercício de debate ainda vale à pena?

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“Eu sou o seu Deus agora.” Em meio à escuridão, iluminada apenas por uma luz vermelha intermitente, Nicolas Cage conclui a saga de Red Miller, seu personagem em “Mandy”, com a frase acima, dita com voz demoníaca ao seu algoz, o rosto coberto de sangue, vestindo roupa de couro estilo heavy metal/Mad Max. No começo do filme, Red é apenas um marido fiel e dedicado, abstêmio, contente com a domesticidade rotineira de sua vida com Mandy, em sua casa no meio da floresta, longe do caos e das tentações da cidade grande. O que acontece entre esses dois pontos, só assistindo a Mandy, você vai descobrir.

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Não perca essa verdadeira descida ao inferno, ao som de heavy metal, e acompanhe a nossa discussão sobre vencer seus demônios tornando-se um deles; falsos profetas e seitas satânicas; fadas do bosque, magos, monstros, machados e motosserras; e também sobre esse fantástico ator, hiperbólico, expressionista, meme, kabuki, o espetacular Nicolas Cage.

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Sucesso de crítica, mas não tanto de público, The Green Knight quebra expectativas de quem esperava assistir a lenda de um cavaleiro valente, fiel, exímio com a espada, virtuoso. Longe disso, o filme transcria a fábula, liberta a trama da Tradição e nos revela uma outra história por trás do mito. Em vez do galope do herói, observamos os passos trôpegos de um cavaleiro perdido, em busca não do cálice sagrado, mas de si mesmo.

Não deixe de acompanhar a nossa discussão e descubra o que há de contemporâneo neste novo e dolorosamente humano Sir Gawain.

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A Pele que Habito, dirigido pelo espetacular Pedro Almodóvar, suscitou resposta do público bastante dividida na época de seu lançamento. Tendo isso em conta, o episódio 23 do Sala de Projeção Podcast pode servir para todos, tanto para aqueles que amaram esse filme e adoram Almodóvar, quanto para aqueles que não são fãs do diretor espanhol e não suportaram A Pele que Habito. Temos a certeza de que sua visão sobre a película, e sobre Almodóvar, não será a mesma depois de ouvir a equipe destrinchando essa bela, controversa e macabra obra-prima.

Confira a nossa discussão sobre cientistas loucos, Pigmalião, Frankenstein e o tema da reconstrução da mulher perdida; sobre a incrível capacidade que Almodóvar tem de conferir complexidade a seus personagens e narrativas; e, claro, sobre corpo e identidade.

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Segundo o diretor polonês Pawel Pawlikowski, mesmo diretor de Ida, vencedor do Oscar de melhor filme estrangeiro em 2014, o ponto de partida para Guerra Fria foi seu desejo de fazer um filme sobre seus pais, cuja relação tempestuosa durou até o fim de suas vidas, um pouco antes da queda do muro de Berlim. Além do nome – Zula e Wiktor - talvez esta seja a única característica em comum entre eles e os protagonistas de Guerra Fria. Pawlikowski disse que a melhor maneira de contar a história de seus pais era transformá-los em personagens totalmente fictícios.

Se você gostou de Ida, ou se é fã de fotografia em preto e branco, não deixe de assistir essa belíssima história de amor, contada de forma sucinta, por meio de breves retratos da vida de um casal dividido por um muro, literal e figurativamente. Em seguida, confira a nossa discussão sobre o amor pendular, em constante movimento entre sonho e pesadelo; sobre ser estrangeiro e o desejo de retornar à pátria e às origens; sobre nacionalidade e identidade; e, por fim, não perca a participação especialíssima da nossa querida amiga e ouvinte Carol Galli.

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“Onde vocês estão me levando?” “Até onde o arco-íris termina.” Assim começa a jornada do protagonista de Eyes Wide Shut, última obra do mestre Stanley Kubrick. Na época de seu lançamento, alguns meses depois da morte de Kubrick, o filme teve recepção polarizada, tanto em termos de público quanto de crítica, muito por conta da enorme expectativa que a campanha publicitária criou, com base na promessa de cenas luxuriosas entre Tom Cruise e Nicole Kidman, o casal queridinho da América naquele momento.

Revisto vinte anos depois, sem expectativas relacionadas à celebridade do casal protagonista, a apreciação do filme tem sido muito maior, especialmente se acompanhada da leitura de “Breve romance de sonho” (Traumnovelle), novela de Arthur Schnitzler, adaptada de maneira bastante fiel pelo próprio Stanley Kubrick e Frederic Raphael. Confira, portanto, a nossa discussão a respeito de sonhos e fantasias e o quanto ambos afetam o nosso comportamento; sobre o conflito entre a promessa de êxtase e entusiasmo oferecidos pela vivência do proibido em face à segurança e estabilidade da vida em família; sobre desejar o desejo do outro; e também sobre eunucos e marinheiros. Não perca!

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O desafio parecia ser intransponível: falar sobre duas obras monumentais como Blade Runner e Blade Runner 2049 em apenas um episódio e ainda desbravar um assunto tão complexo como a inteligência artificial. Bom, espero que desfrutem o resultado final (perdoem os 101 minutos de conteúdo).

Já que falamos bastante sobre o que é ser humano em episódios passados (Babel, Sob a Pele), confira a nossa discussão sobre o que significa ser robô, além de outras temas, como morte e nascimento, autonomia e obediência, teoria da mente, autoconsciência e os limites da inteligência artificial. Descubra também porque William Blake e Nabokov são tão importantes para melhor apreciar ambos os filmes do que o próprio Philip K. Dick.

Quer fazer um comentário, uma crítica ou uma sugestão? Envie um email a saladeprojecaopodcast@gmail.com e responderemos em breve.

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Ficha dos Filmes:

Blade Runner – O Caçador de Andróides, 1982. Direção: Ridley Scott. Roteiro: Hampton Fancher e David Peoples. Elenco: Harrison Ford, Rutger Hauer, Sean Young, Edward James Olmos, Darryl Hannah, Joe Turkel, M. Emmet Walsh, Brion James, James Hong. EUA.

Blade Runner 2049, 2017. Direção: Denis Villeneuve. Roteiro: Hampton Fancher e Michael Green. Elenco: Ryan Gosling, Robin Wright, Jared Leto, Harrison Ford, Dave Bautista, Ana de Armas, Sylvia Hoecks. EUA.

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Créditos:

Episódio especialíssimo do Sala de Projeção Podcast. Além de ter sido aniversário do nosso querido projecionista Gustavo Leal, vulgo tio Guga, a equipe produziu três conteúdos sobre Babel, película de 2006, dirigida pelo aclamado Alejandro González Iñárritu, estrelada por Brad Pitt, Cate Blanchett e grande elenco:

1) a nossa conversa, lógicamente, em formato clássico, onde tentamos extrair alguns dos múltiplos significados contidos em Babel;

2) episódio bônus com entrevista resumida, em inglês, com a cenógrafa japonesa Miyuki Kitagawa, que trabalhou em Babel, no departamento de arte; e

Tudo tem uma primeira vez e não poderia ser diferente com episódios bônus do Sala de Projeção podcast.

Diego Nunes e Igor de Campos entrevistam, em inglês, a cenógrafa japonesa Miyuki Kitagawa, diretora de arte com longa experiência no meio cinematográfico japonês e internacional.

Na versão da entrevista publicada nas plataformas do podcast, Miyuki-san nos conta sobre sua experiência no departamento de arte em Babel, além de compartilhar histórias interessantes sobre Iñárritu e seu estilo passional e obsessivo. No fim, discutimos sua visão da obra, na perspectiva de designer de set, e também na posição de espectadora, o que resultou em várias boas ideias para a nossa discussão no podcast. 

Descumprimos a duas primeiras regras do Clube da Luta! Falamos muito sobre o Clube da Luta e foi ótimo, que Tyler Durden nos perdoe e não nos bata o mais forte que ele puder. Se você está entre os poucos que não viram esse clássico dos anos 90, corrija esse lapso imediatamente. Clube da Luta é um retrato nítido do Zeitgeist no final do século XX e previu vários fenômenos da atualidade, como trolagem na internet, culto ao macho-alfa tirânico, e outros mais. 

Aperte play e confira nossa discussão sobre meninos de 30 anos entediados, inertes e insones; consumismo; narcisismo; masoquismo; angústia na pós-modernidade e a busca pelo caos e pela tirania; entre outros. Ah, a gente fala bastante sobre internet também.

O 17º. episódio do Sala de Projeção Podcast é dedicado a uma obra que, apesar de recente, já virou cult entre os fãs de filmes de horror e admiradores do cinema de arte. O tema do filme, em princípio, é sobre uma alienígena, interpretada pela maravilhosa Scarlett Johansson, que vem à Terra com o simples intuito de se alimentar de homens. Mas será que é só isso? Claro que não, tem muito mais. Under the Skin é o típico filme-enigma que o Sala adora destrinchar.

Confira nossa discussão sobre o formigueiro humano, observado da perspectiva de uma inteligência não humana; identidade, corpo e a imagem no espelho; a invulnerabilidade da predadora alienígena vs. a fragilidade humana da mulher; e muito mais.

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Nada melhor que um filme que celebra a amizade com muito champanhe e vodka para estrear o novo visual do Sala de Projeção Podcast. Saúde! Tim-Tim! O 16º filme do Sala é Druk – Mais uma Rodada, ganhador merecido do Oscar de melhor filme “internacional”. Dirigido e estrelado respectivamente pela dupla dinâmica dinamarquesa Thomas Vinterberg e Mads Mikkelsen (também responsáveis pelo excelente “A Caça”, de 2012), Druk é o registro definitivo do talento de ambos. Não deixe de assistir essa belíssima tragicomédia, com personagens profundamente autênticos, que decidem beber para viver e descobrem que a vida não é nem um mar de rosas sem ressacas nem o abismo da sarjeta.

Chegamos ao fim da temporada de clássicos do Sala de Projeção Podcast com o Piano, de 1993. Considerado por pesquisa da BBC como o melhor filme da história dirigido por uma mulher (será?), essa bela história de amor, mas também de violência e abuso, é protagonizada magistralmente por Holly Hunter, na melhor atuação de sua carreira. 

Quem aprecia música não pode perder esse episódio, que está carregado da belíssima trilha composta para o filme pelo grande Michael Nyman, que absurdamente não foi indicado ao Oscar daquele ano.

Confira nossa discussão sobre trilhas sonoras, comunicação sem palavras, as futilidades da civilização no meio da selva na Nova Zelândia do século XIX, o desejo insondável, e o Sublime.

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Ficha do Filme: O Piano (The Piano), 1993. Direção e roteiro: Jane Campion. Elenco: Holly Hunter, Anna Paquin, Harvey Keitel e Sam Neill. Nova Zelândia. 

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Considerado como o “Everest” pela crítica, por sua complexidade e beleza inigualáveis, Persona é um filme que sempre oferece uma nova experiência toda vez que você o vê.  Lançado em 1966, é um dos filmes mais “cinematográficos” de Ingmar Bergman, também conhecido por ser um grande diretor de teatro e maravilhosos filmes teatrais. Persona é teatral sim, mas também é puro cinema. Não perca essa obra magistral, atemporal, obrigatória para quem é minimamente fã da sétima arte e confira a nossa discussão sobre o que mostramos ao mundo vs. quem realmente somos, e como a linguagem e o silêncio entram nessa equação.  

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Ficha do Filme: Persona, 1966. Direção e roteiro: Ingmar Bergman. Elenco: Liv Ullmann e Bibi Andersson. Suécia. 

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