TA no DNA

As terapias gênicas chegaram. Neste episódio, eu comento a respeito das duas primeiras aprovadas pela ANVISA (desde agosto de 2020). O Luxturna, para distrofia hereditária da retina, e o Zolgensma, para atrofia muscular espinhal.

Um estudo publicado na Nature Communications sugere que recém-nascidos, concebidos por reprodução assistida, apresentam alterações epigenéticas no seu genoma.

Link do episódio: https://cientistasdescobriramque.com/2023/04/12/bebes-gerados-por-reproducao-assistida-possuem-alteracoes-epigeneticas-o-que-isso-significa/

Nesta entrevista, a ex-BBB e influencer Maíra Cardi, fala sobre uma dieta de modulação epigenética e sugere que ela faz com que nossos filhos nasçam sem genes de doença alguma.

A ciência manda um alô para ela!

Atendendo a pedidos de vocês comentei rapidamente sobre o vídeo, de uma entrevista no Flow podcast, que circula nas redes falando sobre a genética do alcoolismo.

Você sabia que o processo de metástase, que é definido como a disseminação de células tumorais do câncer primário para outros órgãos, pode se espalhar de forma mais agressiva durante o nosso sono?

*Artigo do episódio = https://cientistasdescobriramque.com/2023/04/05/celulas-tumorais-se-espalham-de-forma-mais-agressiva-durante-o-sono/#more-4398

Você sabia que atualmente temos três seres humanos vivos, que foram editados geneticamente quando embriões?

Bizarro não?

O pesquisador chinês chamado He Jiankui, que foi o responsável por utilizar a técnica de CRISPR nestas pessoas, saiu recentemente da cadeia.

Muito se tem falado a respeito da importância do ambiente nas nossas vidas. Pois bem, o fato é que alterações no seu estilo de vida podem causar modificações químicas na estrutura da nossa cromatina e levar a uma maior ou menor expressão dos nossos genes.

Todos nós temos os mesmos genes, pois somos da mesma espécie. Porém, na sequência dos nossos genes, nós temos pequenas diferenças na sequencia de A, C, T, G. Ou seja, nós temos "alelos" diferentes, que nos fazem ser diferentes. Mas apesar dos alelos dos nossos genes influenciarem quem nós somos, eles NÃO determinam o seu destino!

Este conhecimento de que o determinismo genético está ultrapassado é fundamental, pois quando falamos de doenças complexas como depressão, TDAH, ansiedade, abuso de drogas, ou quando falamos de características desejadas como inteligência, talento musical, força muscular, as pessoas têm a tendência a culpar somente os seus genes. Na verdade, a ciência moderna demonstra que o que você faz na sua vida, seus hábitos, seus comportamentos, como quem você anda, pode mudar completamente quem você é!

*Caso você sinta dificuldade em compreender a analogia, o vídeo da gravação está no nosso canal do Youtube.

Você já parou pra se perguntar quem são as pessoas que realmente realizam as pesquisas científicas no Brasil? Quem são os nossos verdadeiros cientistas?
Pois bem, estes trabalhadores subvalorizados são os nossos queridos "mestrandos", "doutorandos" e "pós-doutorandos", que vinculados às Pós-Graduações das Universidades, coletam, analisam e escrevem todos os dados científicos, que fazem o Brasil avançar na ciência mundial. 

A área de pesquisa científica da microbiota vem revolucionando a nossa compreensão do organismo humano. 

Hoje, sabe-se que podemos modular as bactérias que compõem nosso corpo através da dieta alimentar, do contato físico, ou mesmo através de beijos!

Parece incrível, mas experimentos realizados sugerem que um beijo íntimo, de cerca de 10 segundos de duração, pode transferir uma média de 80 milhões de bactérias de uma pessoa a outra. Experimentos também demonstram, que o contato frequente com coabitantes, inclusive com os nossos cachorrinhos, causa um compartilhamento aumentado da microbiota.

Artigos sugeridos:

https://microbiomejournal.biomedcentral.com/articles/10.1186/2049-2618-2-41
https://elifesciences.org/articles/00458

Este episódio é de um texto publicado pelo prof. Dr. Geison Izídio, no blog científico Cientistas Descobriram Que. Ele trata sobre as descobertas científicas, no campo de pesquisa da neurogenética, da relação da proteína beta-catenina com a depressão.

Link do artigo: https://cientistasdescobriramque.com/2015/10/20/a-depressao-uma-banda-de-rockn-roll-com-genes-nao-compreendidos/

É uma grande felicidade anunciar que a partir de hoje também farei alguns episódios sobre os textos que são publicados no blog científico "Cientistas descobriram que…" em comemoração aos 10 anos deste blog, que serão completados em 2023.

Caso você ainda não conheça este fantástico canal de informação científica confiável, você pode digitar: https://cientistasdescobriramque.com/ no seu navegador e encontrar gratuitamente os textos, que são publicados semanalmente.

A insulina controla o nível de açúcar no nosso sangue. Sem ela, o açúcar (glicose) se acumularia no sangue podendo levar, a uma doença chamada diabetes. 100 anos atrás, os seres humanos que recebiam um diagnóstico de diabetes, o encaravam como uma sentença de morte, pois a expectativa de vida de um paciente com diabetes tipo 1 era de no máximo 2 anos.

Na atualidade, com o advento de técnicas de engenharia genética, quase toda a insulina, que salva a vida de milhões de pessoas diariamente, é produzida por bactérias modificadas geneticamente. 

Em épocas de eleições, você já teve a sensação de conversar com uma pessoa, que parece viver numa realidade de informação paralela? Você já se irritou com algum familiar, que acredita piamente em uma fakenews absurda? 

Neste episódio, eu comento um pouco sobre o “Raciocínio motivado”, que é um fenômeno psicológico ativo associado a formação de opiniões sobre assuntos, que estão associados com emoções fortes (como família, sexualidade, religião, aborto, política, etc). Em outras palavras, aquele esforço consciente para produzir justificativas mirabolantes, que defendam suas crenças.

Alguns neurocientistas demonstraram, que na política as pessoas conseguiam ver mais claramente os erros do candidato oposto, do que os erros do seu próprio candidato e que isto envolvia a ativação e o desligamento seletivo de algumas áreas cerebrais. O conhecimento dos mecanismos cerebrais deste raciocínio motivado com viés de emoção é precioso, por exemplo, para pessoas que queiram produzir fakenews para dominar (como um hacker) outras pessoas. 

Voluntários que jogaram "Super Mario 64", ao menos meia hora por dia, todos os dias, durante 2 meses apresentaram aumento na matéria cinzenta do hipocampo, córtex pré-frontal e cerebelo, que estão envolvidos com navegação espacial, planejamento estratégico, memória de trabalho e habilidades motoras. 

Este estudo sugere que regiões específicas do cérebro podem ser treinadas através de videogames e que eles podem ser úteis para pacientes com transtornos mentais como a Esquizofrenia, o Estresse Pós-Traumático e o Alzheimer.

Playing Super Mario induces structural brain plasticity: gray matter changes resulting from training with a commercial video game. https://www.nature.com/articles/mp2013120

Quando crianças somos curiosos e ávidos pela aprendizagem. O que muitos talvez não saibam é que as crianças, mesmo sem saber, usam naturalmente o método científico. Não por acaso, dizemos que toda pessoa nasce cientista. Neste episódio, falarei de um hábito que pode te levar ao sucesso na vida. Certamente ele não é o único caminho, porém é um caminho simples. Este hábito consiste em automatizar o seu cérebro para funcionar seguindo os passos do método científico (1-Observar, 2-Perguntar/problematizar, 3-Criar hipóteses, 4-Experimentar, 5-Concluir). Este caminho te levará a se tornar novamente uma pessoa observadora, curiosa, criativa e que melhora as habilidades em todas as áreas da vida.

Em alguns episódios falarei um pouco sobre bons filmes que empregam conceitos importantes de ciência em seus enredos.

O primeiro deles é o filme Gattaca, de 1997, que atualmente se tornou um filme considerado "cult", por abordar uma ficção científica, que está se tornando realidade na nossa sociedade.

Nós nos identificamos como indivíduos únicos, afinal temos 10 trilhões de células que vieram de uma única célula ovo. Mas, incrivelmente, as nossas células são a minoria no nosso próprio corpo!

Atualmente, acredita-se que bactérias, fungos e vírus, que compõem a nossa microbiota, contenham ao menos 100 trilhões de células. Ou seja, para cada célula minha, existem ao menos 10 células de hospedeiros em mim. 

A microbiota está presente na nossa boca, estômago, intestino, olhos, pele etc. Embora esta se distribua por todas as áreas de contato com o exterior, a maior parte da colonização (cerca de 70%) ocorre no trato gastrointestinal.

O mais interessante é que esta microbiota agora está se mostrando estar envolvida com o desenvolvimento de doenças neuropsiquiátricas, como depressão e Alzheimer. Ou seja, a sua alimentação, o seu contato com pessoas e até com o seu cachorrinho, podem influenciar diretamente no funcionamento do seu cérebro!

Nossas células precisam da produção de milhares de proteínas, em todos os minutos, para se manterem vivas. Através da alimentação, nós destruímos as proteínas até o nível de aminoácidos. Estes aminoácidos são absorvidos no intestino delgado e são transportados para todas as nossas células. Eles servirão de base para a construção das nossas próprias proteínas. Em suma, necessitamos de aminoácidos para a produção das nossas proteínas, mas não importa se eles vêm de alimentos de origem animal, vegetal ou de suplementos.

Muita confusão existe entre fatores ambientais e fatores epigenéticos. A rigor, para que um efeito seja realmente considerado de herança epigenética, ele precisa se manter nos organismos por mais de 4 gerações, pois teoricamente um fator ambiental pode afetar até três gerações, ao mesmo tempo.

Você aí já foi uma única célula, menor que um milímetro de tamanho. A partir daquela única célula, que tinha o DNA da sua mãe e seu pai, todo o teu corpo foi formado. E este mesmo DNA, permanece até hoje com você!

Teremos vários episódios curtos falando sobre genes, que estão envolvidos com doenças genéticas raras ou complexas. 

Para iniciar a série, eu comento sobre o gene PSEN2, que codifica a proteína Presinilina 2. Alterações neste gene podem alterar a proteína Presinilina e levar ao Alzheimer. Sempre lembrando que este gene não é o único responsável pelo Alzheimer.

Artigo citado no episódio: Case Report of a 63-Year-Old Patient With Alzheimer Disease and a Novel Presenilin 2 Mutation. Wells JL, et al. Alzheimer Dis Assoc Disord, 2019 Apr-Jun.

Neste podcast farei episódios curtos sobre temas como: genes, genomas, edição genética, terapia gênica, farmacogenética, vacinas de DNA e RNA, doenças genéticas raras, sequenciamento genético, entre outros.

Para saber mais sobre estes e outros assuntos científicos fique ligado no nosso canal do Youtube (TAnoDNA), no Instagram @lgc.ufsc @vemcienciar ou nos episódios do Podcast "Vem Cienciar" (Spotify, Apple Podcasts, Google Podcasts, Anchor, etc).

Currículo lattes do prof. Dr. Geison: http://lattes.cnpq.br/7058785662429807