Tempo Hábil
By Tempo Hábil | Jornal O TEMPO
Tempo HábilMay 02, 2020
Rotas da Bola #47 - 20 anos do penta: por que o Brasil não ganhou mais uma Copa?; ouça
Frederico Jota e Josias Pereira voltam ao Rotas da Bola para relembrar a histórica Copa do Mundo de 2002, na Coreia do Sul e do Japão, quando o Brasil, comandando por Felipão e com grandes jogadores como Ronaldo, Rivaldo e Ronaldinho Gaúcho, faturou o pentacampeonato mundial. Os detalhes, as curiosidades, a campanha, a caminhada da seleção e a pergunta e não cala: por que nunca mais fomos capazes de conquistar a glória mundial? Tudo isso e muito mais, você confere em mais uma edição do Rotas da Bola, o podcast de futebol internacional de O Tempo.
Rotas da Bola #46 - Liverpool x Real Madrid: quem leva a Champions? A análise e as apostas
Os jornalistas Frederico Jota e Josias Pereira trazem os detalhes e curiosidades do confronto que decidirá o grande campeão europeu desta temporada. Real Madrid e Liverpool duelam no Stade de France, em Paris, em busca da Orelhuda e no Rotas da Bola você fica por dentro de tudo. É a retomada do podcast de futebol internacional de O TEMPO, que neste ano se torna ainda mais especial com a Copa do Mundo do Catar. Vem com a gente!
O papel dos animais na história de Minas
Desde os tempos coloniais, os animais desempenham um papel importante na composição de Minas Gerais. Nos 300 anos do Estado, tropas de mulas, carros de bois, circos de cavalinhos, animais domésticos, selvagens e até insetos foram e são agentes fundamentais na formação de uma identidade mineira.
No artigo “As Minas Gerais: gentes e bichos”, publicado no livro “Orbe e Encruzilhada - Minas Gerais 300 Anos”, da editora UFMG, as professoras Regina Horta e Natascha Ostos passeiam pelos três séculos do Estado demonstrando os diversos papéis desempenhados pelos animais em diferentes períodos da história.
Neste episódio, Regina Horta, professora da pós-graduação em História da UFMG e coordenadora do Centro de Estudos dos Animais, ajuda a entender a importância de levar os bichos em conta ao se pensar a história das sociedades.
Gestantes e mães encarceradas no Estado
A criação de uma cadeia para grávidas e mães com bebês menores de 1 ano é lida por especialistas como um avanço na garantia dos direitos das mulheres privadas de liberdade. Apesar disso, a unidade mineira está longe das condições ideais e quase foi fechada. Neste episódio, ouça uma discussão sobre os impactos da prisão de uma mãe.
Entrega espontânea de recém-nascidos em Minas Gerais
Ainda que em 1990 o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) tenha garantido à gestante o direito de não criar seu recém-nascido, só no final de 2017 uma regulamentação própria foi estabelecida para esses casos.
No Estado de Minas Gerais, o instituto da doação espontânea de recém-nascidos foi criado apenas em março de 2020 com o programa Entrega Legal. Ferramenta de amparo às mulheres que desejam entregar seus bebês, o programa encaminhou 56 recém-nascidos para o Sistema Nacional de Adoção, em menos de um ano de existência.
Apesar disso, esse é um tema rodeado de tabus e preconceitos. Neste episódio, uma série de profissionais envolvidos com o Entrega Legal desmistifica a discussão e demonstra os benefícios do programa.
Violência de gênero na PMMG
Há 40 anos, em 1981, Minas Gerais se tornava o quarto Estado do país a incluir a participação feminina na Polícia Militar. Num primeiro momento, elas exerciam tarefas distintas dos homens, mas desde os anos 1990 essas distinções foram eliminadas. Embora atenda aos propósitos da igualdade entre os gêneros em suas diretrizes internas e nos planos curriculares de formação, pesquisas indicam que a Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG) ainda tem um caminho a percorrer até se tornar uma instituição igualitária para os homens e mulheres que a integram.
Um estudo realizado junto a cadetes do Curso de Formação de Oficiais da PMMG constatou que as mulheres ainda enfrentam tratamentos diferenciados nas atividades de formação e no âmbito da atuação. Parte da pesquisa resultou no artigo “Violência de gênero: quando ser mulher, na atividade profissional, pode ser um prejuízo”. Neste episódio, Rodrigo Foureaux discute o assunto. Ele é coautor do trabalho, foi oficial da Polícia Militar de Minas Gerais e atualmente é juiz de direito em Goiás, professor e pesquisador na área de segurança pública.
O samba como patrimônio imaterial de Belo Horizonte
Ainda que nem sempre reconhecido, o samba de Belo Horizonte tem uma história que remonta já aos primeiros anos após a fundação da capital. Embora negligenciado pelo discurso dominante, cumpre um papel fundamental na vida das pessoas que movimentam essa cena e no panorama cultural da cidade, seja no dia a dia ou durante o Carnaval.
Na última segunda (5), foi realizada a live “O Samba de Belo Horizonte: memória, história e patrimônio cultural”. O evento foi uma primeira ação do Coletivo Sambistas Mestre Conga, que, entre outros propósitos, pretende transformar o samba em patrimônio imaterial do município. Neste episódio, o historiador Marcos Maia, um dos integrantes do coletivo, fala das origens, da história e da importância da valorização do samba de BH.
A cozinha mais que tricentenária de Minas
Viabilizado pela Assembleia Legislativa em comemoração aos 300 anos de Minas Gerais, o livro “Nossa Comida tem História”, entre ensaios e algumas receitas, repassa a história e a memória da gastronomia mineira.
Neste episódio, José Newton Coelho Meneses, professor do departamento de História da UFMG e organizador do livro, fala sobre as origens, os traços da identidade e o que representam a culinária mineira e seus vários elementos.
O léxico da cachaça em Salinas
Se não há consenso sobre o berço e a data de nascimento da cachaça – há quem diga que foi criada em 1516, em Pernambuco; em 1520, na Bahia; e em 1532, em São Paulo –, não há dúvidas sobre qual é o local de referência para a bebida hoje: a cidade de Salinas, no Norte de Minas, que inclusive recebeu, em 2018, o título de Capital Nacional da Cachaça.
Recém-concluída, uma pesquisa do Programa de Pós-graduação em Linguística da Faculdade de Letras da UFMG demonstra quão profunda é a relação de Salinas com a cachaça, a partir de um glossário de quase 300 palavras e expressões. Neste episódio, Maurício Alves, professor, mestre em linguística e autor da pesquisa, fala sobre como as palavras e expressões traduzem de maneiras distintas, a relação dos salinenses com a bebida.
Protagonismo mineiro na política e mineiridade
A eleição de Rodrigo Pacheco (DEM) à presidência do Senado, 44 anos após o último mineiro – Magalhães Pinto, da Arena – ter ocupado o posto, e uma crescente projeção nos últimos meses do prefeito de Belo Horizonte Alexandre Kalil (PSD) reacendem um debate que andava meio esquecido: o do protagonismo dos políticos mineiros no cenário nacional.
Em mais de 130 anos de República, não faltaram momentos em que líderes mineiros desempenharam papéis de peso no jogo político nacional. Isso contribuiu para a formação do imaginário da mineiridade, que atribui aos mineiros certas qualidades – moderação, apego à liberdade, timidez e determinação – que os tornariam lideranças quase inatas.
Neste episódio, Cláudia Viscardi, professora titular do programa de pós-graduação em história da Universidade Federal de Juiz de Fora, ajuda a entender o imaginário da mineiridade e a atuação política efetiva das lideranças estaduais no cenário brasileiro, além do lugar que ambos ocupam atualmente. Ao lado de Rodrigo Patto Sá Motta, ela é autora do capítulo “Minas, a mineiridade e o quadro político nacional” do livro “Orbe e encruzilhada - Minas Gerais 300 anos”, lançado no final do ano passado pela editora UFMG.
Cintura Fina e história LGBT em Belo Horizonte
Imortalizada na ficção pelo livro “Hilda Furacão”, de Roberto Drummond, e pela interpretação de Matheus Nachtergaele na adaptação para a TV, Cintura Fina existiu de verdade e viveu em Belo Horizonte entre os anos 1950 e 1980. Conhecida por suas habilidades com a navalha, a travesti tem agora sua história contada no recém-lançado livro “Enverga, Mas Não Quebra: Cintura Fina em Belo Horizonte” (editora O Sexo da Palavra).
Nascida José Arimateia Carvalho da Silva, em maio de 1933, ela deixou Fortaleza aos 14 anos após romper com a família e viveu nas zonas de meretrício de várias cidades até chegar a BH, em 1953. Para entender as nuances dessa figura tão importante para a história da comunidade LGBT na capital mineira, este episódio traz entrevista com o pesquisador e autor do livro, Luiz Morando.
Madalena Gordiano, racismo e relações de trabalho
Há algumas semanas, foi tornada pública a história de Madalena Gordiano, 46, mantida em condições análogas à escravidão por uma família da cidade de Patos de Minas, no Alto Paranaíba, por 38 anos. A trabalhadora doméstica era mantida num quartinho sem janela, tinha poucos pertences, não se sentava à mesa com os demais moradores da casa, mas ao ser interrogado, um dos acusados de mantê-la nessas condições disse que ela era “como se fosse da família”.
O caso de Madalena demonstra como, mesmo passados mais de 130 anos desde a abolição, a escravidão foi mal resolvida no Brasil e como o racismo afeta as relações de trabalho. Neste episódio, a questão é discutida com Álvaro Nascimento, doutor pela Unicamp, professor dos cursos de graduação e pós-graduação em História e Humanidades Digitais da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro e coordenador do Grupo de Estudos Pós Abolição e os Mundos do Trabalho.
Especial Eleições Municipais em BH: 2020
Numa das eleições mais atípicas da história, realizada em meio a uma pandemia, o prefeito Alexandre Kalil (PSD) não teve nenhum concorrente à altura e levou com enorme folga a reeleição já no primeiro turno, agora não mais com discurso antipolítica.
No episódio, uma recuperação dos principais acontecimentos deste conturbado ano de 2020 e um balanço da campanha e seus resultados, numa entrevista com o editor de política do jornal O Tempo Ricardo Corrêa.
O especial “Eleições Municipais em BH” do podcast Tempo Hábil conta a história das eleições na capital mineira. A série vem relembrando, a cada semana, um ano da disputa pela prefeitura desde a redemocratização, em 1985.
Especial Eleições Municipais em BH: 2016
Sob influência do impeachment de Dilma Rousseff e da operação Lava Jato, as eleições de 2016 foram as primeiras na capital mineira desde 1988 em que o PT não foi uma das principais forças. Nesse cenário, se destacaram as candidaturas de João Leite (PSDB) e do outsider Alexandre Kalil (PHS).
No ano dos primeiros Jogos Olímpicos realizados no Brasil, no Rio de Janeiro, madre Teresa de Calcutá foi canonizada, o mundo assistiu a diversos atentados e acompanhamos a ascensão do feminejo.
Dê play e relembre como estavam o mundo, o Brasil, Minas e Belo Horizonte durante a campanha, quais eram as principais pautas dos candidatos e demandas da cidade, e como o pleito se desenrolou.
O especial “Eleições Municipais em BH” do podcast Tempo Hábil conta a história das eleições na capital mineira. A série vem relembrando, a cada semana, um ano da disputa pela prefeitura desde a redemocratização, em 1985.
Especial Eleições Municipais em BH: 2012
Com o fim da lua de mel forçada entre PT e PSDB em 2012, as coisas "voltaram ao normal". Rompidos com a chapa de Marcio Lacerda, que tentava a reeleição, os petistas lançaram Patrus Ananias, não mais apenas ex-prefeito, mas também pai do Bolsa Família.
Entre os acontecimentos importantes daquele ano, o julgamento do mensalão, a chegada do primeiro negro à presidência do STF, Joaquim Barbosa, e o fim do mundo maia.
Dê play e relembre como estavam o mundo, o Brasil, Minas e Belo Horizonte durante a campanha, quais eram as principais pautas dos candidatos e demandas da cidade, e como o pleito se desenrolou.
O especial “Eleições Municipais em BH” do podcast Tempo Hábil conta a história das eleições na capital mineira. A série vem relembrando, a cada semana, um ano da disputa pela prefeitura desde a redemocratização, em 1985.
Especial Eleições Municipais em BH: 2008
As eleições de 2008 em BH foram marcadas pela inusitada aliança entre PT e PSDB, ou melhor, entre Aécio Neves e Fernando Pimentel. Com dois padrinhos de peso, Marcio Lacerda, do PSB, parecia que venceria com os pés nas costas, mas acabou surpreendido por Leonardo Quintão, do PMDB.
Aquele também foi o ano da maior crise financeira mundial desde a Grande Depressão em 1929, da eleição de Barack Obama nos Estados Unidos e da entrada em vigor da Lei Seca no Brasil.
Dê play e relembre como estavam o mundo, o Brasil, Minas e Belo Horizonte durante a campanha, quais eram as principais pautas dos candidatos e demandas da cidade, e como o pleito se desenrolou.
O especial “Eleições Municipais em BH” do podcast Tempo Hábil conta a história das eleições na capital mineira. A série vem relembrando, a cada semana, um ano da disputa pela prefeitura desde a redemocratização, em 1985.
Especial Eleições Municipais em BH: 2004
Efetivado no cargo de prefeito após o afastamento de Célio de Castro em decorrência de um AVC, em 2004 Fernando Pimentel (PT) enfrentou João Leite, que havia trocado o PSDB pelo PSB.
Além da eleição, aquele ano teve tsunami na Ásia, duas grandes vilãs da teledramaturgia brasileira na TV – Laura Cachorrona, em “Celebridade”, e Nazaré Tedesco, em ”Senhora do Destino” – e o lançamento do Orkut.
Dê play e relembre como estavam o mundo, o Brasil, Minas e Belo Horizonte durante a campanha, quais eram as principais pautas dos candidatos e demandas da cidade, e como o pleito se desenrolou.
O especial “Eleições Municipais em BH” do podcast Tempo Hábil conta a história das eleições na capital mineira. A série vem relembrando, a cada semana, um ano da disputa pela prefeitura desde a redemocratização, em 1985.
Especial Eleições Municipais em BH: 2000
O especial “Eleições Municipais em BH” do podcast Tempo Hábil conta a história das eleições do ano 2000 na capital. A série vem relembrando, a cada semana, um ano da disputa pela prefeitura desde a redemocratização, em 1985.
No ano em que os prefeitos puderam disputar a reeleição pela primeira vez, a doença da vaca louca ameaçava o continente europeu, enquanto cientistas decifravam o genoma humano. Por aqui, Célio de Castro (PSB) enfrentou o ex-goleiro João Leite (PSDB), que como hoje era deputado estadual.
Dê play e relembre como estavam o mundo, o Brasil, Minas e Belo Horizonte durante a campanha, quais eram as principais pautas dos candidatos e demandas da cidade e como o pleito se desenrolou.
Especial Eleições Municipais em BH: 1996
O podcast Tempo Hábil - Especial Eleições Municipais em BH relembra o ano de 1996, dando continuidade à série que vem relembrando a história das eleições para prefeito realizadas na capital mineira desde a redemocratização.
No ano do “nascimento” do ET de Varginha, da morte dos Mamonas Assassinas e do hit “Dança do Bumbum”, a disputa em Belo Horizonte foi entre a continuidade do governo Patrus, representada por Célio de Castro (PSB) e o sucesso do Plano Real, de quem Amilcar Martins (PSDB) era representante.
Dê play e relembre como estavam o mundo, o Brasil, Minas e Belo Horizonte durante a campanha, quais eram as principais pautas dos candidatos e demandas da cidade e como o pleito se desenrolou.
Especial Eleições Municipais em BH: 1992
É a vez do ano de 1992 no Especial Eleições Municipais em BH do podcast Tempo Hábil, que vem contando semanalmente a história das eleições para prefeito realizadas na capital mineira desde a redemocratização.
O noticiário naquele ano foi dominado pelos escândalos de corrupção envolvendo o presidente Fernando Collor, as manifestações de rua contra ele e o processo de impeachment. Tudo isso foi pano de fundo das eleições, que em BH foram protagonizadas por Patrus Ananias, do PT, e o ex-prefeito Maurício Campos, então no PL.
Dê play e relembre como estavam o mundo, o Brasil, Minas e Belo Horizonte durante a campanha, quais eram as principais pautas dos candidatos e demandas da cidade e como o pleito se desenrolou.
Especial Eleições Municipais em BH: 1988
Dando continuidade ao Especial Eleições Municipais em BH, que vem contando semanalmente a história das eleições para prefeito realizadas na capital mineira desde a redemocratização, relembramos a campanha de 1988.
Ano de promulgação da nova Constituição e também do primeiro título de Ayrton Senna na Fórmula 1, 88 teve eleições polarizadas na capital entre Pimenta da Veiga, do então recém-fundado PSDB, e Virgílio Guimarães, do PT.
Dê play e relembre como estavam o mundo, o Brasil, Minas e Belo Horizonte durante a campanha, quais eram as principais pautas dos candidatos e demandas da cidade e como o pleito se desenrolou.
Especial Eleições Municipais em BH: 1985
Neste primeiro episódio, o ano de 1985. Com o país recém-saído da ditadura, o ex-prefeito Maurício Campos (1933-2020), então no PFL, e Sérgio Ferrara, no PMDB, foram os protagonistas do processo eleitoral daquele ano.
Dê play e relembre como estavam o mundo, o Brasil, Minas e Belo Horizonte durante a campanha, quais eram as principais pautas dos candidatos, as demandas da cidade e como o pleito se desenrolou.
As mudanças nos hábitos alimentares dos brasileiros durante a pandemia
Se no início da pandemia havia uma expectativa de que determinados hábitos fossem transformados com as muitas mudanças que essa nova realidade impôs as nossas vidas, cinco meses depois aparecem algumas confirmações. Os brasileiros passaram a consumir mais alimentos saudáveis como frutas, hortaliças e feijão.
Os dados são das primeiras análises do estudo NutriNet Brasil, realizado pelo Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição e Saúde da USP, e indicam que o índice de consumo desses alimentos foi de 40,2% para 44,6%. Por outro lado, houve também um aumento no consumo de ultraprocessados Norte e Nordeste do país e entre pessoas de escolaridade mais baixa.
O NutriNet Brasil é o maior estudo já realizado sobre padrão alimentar da população brasileira e pretende acompanhar pelo menos 200 mil pessoas por dez anos. Neste episódio, a pesquisadora do departamento de medicina preventiva da Faculdade de Medicina da USP e colaboradora do Nupens explica as implicações do estudo e seus achados.
Para colaborar com o NutriNet Brasil, acesse cadastre-se em nutrinetbrasil.fsp.usp.br
Os cruzamentos nas nossas percepções sobre o tempo durante a pandemia
A impressão de que vivemos sempre o mesmo dia gera a sensação de um tempo estagnado. Por outro lado, o fato de já estarmos indo para o fim de agosto faz parecer que o tempo tem passado muito rápido, pra não dizer voando. O excesso de conteúdo na internet, a única forma que boa parte de nós tem de contato com o mundo, dá a impressão de que a todo momento estamos perdendo algo importante, correndo atrás do tempo.
Também não perdemos de vista o passado, o mundo pré-pandêmico, e ao mesmo tempo ansiamos pelo futuro, na angústia de quando (ou se) superaremos essa situação. Neste episódio, o historiador e professor da Unirio (Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro) Rodrigo Turin reflete sobre todas essas questões.
Os efeitos da pandemia na educação e as questões em torno da volta às aulas
A volta às aulas presenciais tem se tornado uma pauta recorrente na discussão sobre a pandemia no Brasil. Aqui em Minas Gerais, o governador Romeu Zema (Novo) garantiu que o retorno na rede estadual acontece ainda no segundo semestre de 2020.
Já o prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), é contra o ensino remoto, por conta da disparidade entre ricos e pobres, e já avisou que as aulas presenciais, nas redes pública ou privada no município, só voltarão mesmo quando houver uma vacina contra a Covid-19.
Essa discussão está inserida em outra mais ampla, sobre os efeitos da pandemia na educação no Brasil e os possíveis caminhos para a solução dos problemas. Neste episódio, o professor da Faculdade de Educação da UFMG Luciano Mendes, que também é coordenador do projeto Pensar a Educação, Pensar o Brasil, dá um panorama desse debate.
A sobrecarga de trabalho com o cuidado das mulheres durante a pandemia
Frequentemente negligenciadas nas discussões sobre o trabalho, as atividades domésticas e de cuidado representam um âmbito muito importante desse debate e se tornaram uma questão especialmente séria durante a pandemia, ao menos para a parcela feminina da população.
Uma pesquisa realizada pela organização de mídia Gênero e Número, em parceria com a Sempreviva Organização Feminista (SOF) revelou que metade das mulheres brasileiras passou a se responsabilizar pelo cuidado de alguém durante a pandemia. Entre elas, as mulheres negras e residentes em áreas rurais assumiram mais responsabilidades com relação ao cuidado do outro.
Neste episódio, a socióloga da SOF e uma das responsáveis pelo estudo Tica Moreno esmiúça os dados da pesquisa e mostra como o cuidado é um aspecto importante da economia, que precisa ser considerado nas discussões sobre o mundo pós-pandemia.
Acesse o relatório completo e outros materiais sobre a pesquisa aqui.
Moradores de periferias relatam o peso da desigualdade no enfrentamento à Covid-19 em documentário
Muito tem sido dito sobre como os impactos da pandemia se tornam mais graves entre as populações mais pobres, mas nem sempre essas pessoas têm espaço pra falar. No documentário ‘Pandemia do Sistema: O retrato da desigualdade na capital mais rica do Brasil’, que estreia na semana que vem, moradores da periferia de São Paulo falam sobre como uma situação que já era difícil antes se tornou insustentável com a chegada do novo coronavírus.
Segundo média-metragem da Zalika Produções, o trabalho foi realizado com recursos próprios e a colaboração de profissionais voluntários. Neste episódio, a produtora audiovisual e fotógrafa Naná Prudêncio, diretora do filme, fala das motivações, expectativas e do processo de realização do trabalho. A estreia de ‘Pandemia do Sistema’ acontece na próxima terça (4), com exibição online às 19h na página de Facebook da agência de notícias Alma Preta.
Após a exibição, haverá um debate com participação da diretora, de Douglas Belchior, da Uneafro Brasil, de Luana Vieira, gestora executiva do projeto sociocultural Comunidade Pagode Na Disciplina Jardim Miriam, e de Raimunda Boaventura, entrevistada no filme.
Por que profissionais de enfermagem contraem mais Covid-19 do que demais trabalhadores da saúde
Dos 290 profissionais de saúde da rede do SUS-BH que testaram positivo para Covid-19 até essa quarta (22), 162 são enfermeiros ou técnicos de enfermagem. Trata-se de 56% do total. Entre médicos, são 31 ou 11%. Mesmo considerando que há mais enfermeiros e técnicos do que médicos, a proporção ainda é maior. São 2.968 médicos na rede municipal da capital e um índice de contágio de 1,04% nessa categoria. Enquanto isso, 4,27% dos 3.795 profissionais de enfermagem foram infectados, um número quatro vezes maior.
Neste episódio, a enfermeira Carolina Brito, que é diretora do Sindicato dos Enfermeiros do Estado de Minas Gerais (SEE-MG), conselheira estadual de saúde e colaboradora do Conselho Regional de Enfermagem (Coren-MG), apresenta um panorama da realidade desses profissionais em BH e no Estado e conta como atravessou a infecção pelo novo coronavírus.
Os impactos da pandemia sobre a vida nas cidades, e perspectivas de futuro
Muito antes que a pandemia se instaurasse no mundo, os modos de organização nas cidades brasileiras – mas não só nelas – vinham dando sinais de esgotamento. Diante do novo coronavírus, esses sinais se tornam gritantes, basta ver a forma desigual como a Covid-19 fez estragos, a depender de questões relacionadas a moradia, infraestrutura, transporte, acesso a recursos.
Ao escancarar uma série de problemas latentes, a pandemia permite repensar a vida urbana e abre perspectivas para uma eventual mudança, ainda que ela dependa no mínimo de mobilização. Neste episódio, o urbanista e professor da UFMG Roberto Andrés reflete sobre questões relacionadas às cidades e como a pandemia a afeta sua organização.
As vacinas estrangeiras para Covid-19 testadas no Brasil
Enquanto os números de novas contaminações já ultrapassam 1,7 milhão, os óbitos por Covid-19 se aproximam dos 68 mil, e os números de novos registros diários não dão nenhum sinal de diminuição, uma vacina parece a única solução possível para conter a pandemia do novo coronavírus no Brasil. Nas últimas semanas, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) deu autorização para que dois projetos em fase 3, ou seja, de testes em humanos, realizem ensaios clínicos no Brasil: o da Universidade de Oxford, no Reino Unido, e o da biofarmacêutica chinesa Sinovac Biotech.
Cada um desses projetos pressupõe parcerias com instituições brasileiras – inclusive uma delas é o Centro de Pesquisa e Desenvolvimento de Fármacos do Instituto de Ciências Biológicas da UFMG – e aquisição de alguns milhões de doses das vacinas pelo país posteriormente, entre dezembro deste ano e meados do ano que vem. Neste episódio, a microbiologista e presidente do Instituto Questão de Ciência, Natalia Pasternak, explica como funcionam cada uma dessas vacinas e as implicações da participação do Brasil nessas empreitadas.
Pablo Ortellado analisa a crise das instituições à luz dos efeitos da pandemia
Já faz alguns anos que as instituições democráticas vêm sendo alvo de constantes ataques no Brasil, por parte de uma faixa da população, que questiona sua legitimidade. Supremo Tribunal Federal, Congresso e também instâncias da sociedade civil como os partidos políticos, a imprensa e até as universidades frequentemente são colocados em xeque por determinados setores, que muitas vezes incluem o próprio presidente da República.
Esse quadro por si só cria um ambiente de extrema instabilidade política, e a chegada do novo coronavírus torna ainda mais complexa essa dinâmica. Neste episódio, o filósofo e professor do curso de Gestão de Políticas Públicas da USP Pablo Ortellado apresenta o contexto dessa crise das instituições e suas especificidades no Brasil, além de analisar os efeitos da pandemia sobre esse cenário e as perspectivas para ele daqui pra frente.
Coronavírus, chikungunya, fomento à pesquisa e divulgação científica
Fazer pesquisa científica no Brasil nunca foi fácil, mas vem se tornando cada vez mais difícil nos últimos anos, graças ao desinvestimento na área da educação. Num momento de pandemia, quando cientistas do mundo inteiro precisam se mobilizar para encontrar saídas, essa defasagem se torna um risco a mais à população, segundo pontuou uma nota técnica do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), em maio.
Iniciativas como o programa da organização não-governamental sem fins lucrativos Dimensions Sciences, que contemplou sete pesquisadores brasileiros com uma bolsa para estudar o novo coronavírus, se contrapõem a esse cenário. Neste episódio, um dos cientistas selecionados, o virologista doutorando em em imunologia e inflamação pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) Rômulo Neris, apresenta suas pesquisas sobre a Covid-19 e a chikungunya, e fala também sobre a importância do fomento à ciência e da divulgação científica.
O médico que enfrentou a pandemia nos EUA e no Brasil, e como os cuidados paliativos ajudaram
Estados Unidos e Brasil ocupam hoje, respectivamente, o primeiro e o segundo lugares no ranking global de casos e óbitos confirmados do novo coronavírus. Alguns paralelos podem ser traçados entre a situação dos dois países mas ao mesmo tempo são contextos muito diferentes. Brasileiro residente em Nova York há 16 anos, o médico geriatra e paliativista do New York Presbyterian Queens e professor assistente da Cornell University Fernando Kawai atuou na linha de frente do combate à pandemia na cidade onde mora, e depois veio para sua terra natal ser voluntário no Hospital das Clínicas da USP. Neste episódio, ele aponta semelhanças e diferenças entre o que viveu e observa nos dois países, e explica a importância dos cuidados paliativos num momento como esse.
Laura Carvalho mostra como a Covid-19 afeta o que se entende por funções do Estado
A batalha contra a Covid-19 fez com que líderes do mundo inteiro se valessem de recursos como os instrumentos de proteção trabalhista e de assistência social, a ajuda às empresas e sobretudo o sistema público de saúde como forma de enfrentar a pandemia. Essas respostas à crise mostram a necessidade de repensar o papel do Estado.
Autora de “Valsa Brasileira: Do Boom ao Caos Econômico” (2018), a economista e professora da USP Laura Carvalho lança agora “Curto-circuito: O Vírus e A Volta do Estado” – ambos publicados pela editora Todavia – em que apresenta cinco funções do Estado que a pandemia ajudou a revelar. Neste episódio do Tempo Hábil Entrevista, ela mostra quais são essas funções e demonstra sua importância para pensarmos no futuro.
Pandemia, protestos e o contexto do racismo nos Estados Unidos e no Brasil
Dois dos países mais afetados pela pandemia do novo coronavírus e onde as taxas de infecção e mortalidade são desproporcionalmente mais altas entre pessoas negras, Estados Unidos e Brasil têm sido palco de uma onda de protestos nos últimos dias. Lá, as manifestações começaram depois que George Floyd, um homem negro, foi morto asfixiado por um policial branco no último dia 25, e têm lemas como 'Black Lives Matter' (vidas negras importam) e 'No Justice, No Peace' (sem justiça, sem paz).
Aqui, o fim do racismo também é uma das razões das mobilizações, diante de acontecimentos como a morte do menino João Pedro, de 14 anos, em uma operação policial numa comunidade do Rio de Janeiro. Porém, protestos contra o fascismo e em defesa da democracia também foram realizados. No episódio, a doutora em sociologia pela Universidade de Brasília Bruna Pereira contextualiza as semelhanças e diferenças entre os cenários dos EUA e do Brasil e como a pandemia se insere em ambos, além das relações entre antirracismo e antifascismo.
As (más) condições de trabalho dos profissionais de saúde na pandemia
Um estudo recém-divulgado do Núcleo de Estudos da Burocracia (NEB), da Fundação Getulio Vargas (FGV), revelou que apenas 14,29% dos agentes comunitários de saúde, agentes de combate à endemia, profissionais de enfermagem e médicos brasileiros se sentem preparados para lidar com a crise da Covid-19. Entre outros dados, a pesquisa ainda mostra que só 32% dizem ter recebido equipamento de proteção individual e só 21,91% receberam treinamento para o trabalho no atual contexto.
Num contexto em que o Brasil já é o país em que mais morreram enfermeiros vítimas da Covid-19 – até agora, foram 165, segundo o Conselho Federal de Enfermagem – a pesquisa “A pandemia de Covid-19 e os profissionais de saúde pública no Brasil” aponta caminhos para melhorar as condições de trabalho dessa categoria. No episódio, a professora da FGV e coordenadora do NEB Gabriela Lotta discute o que dizem os dados do estudo e apresenta esses caminhos.
Os parâmetros que orientam a flexibilização da quarentena em Belo Horizonte
Primeira capital brasileira a decretar o isolamento social, em 18 de março, Belo Horizonte deu início na última segunda-feira (25) a um processo de flexibilização dessa medida de enfrentamento ao novo coronavírus. Desde então, parte do comércio não essencial do município recebeu autorização para voltar às atividades. Pouco antes da decisão ser tomada, a Prefeitura passou a divulgar, além de boletins epidemiológicos, boletins de monitoramento.
Neste episódio, o infectologista e integrante do Comitê de Enfrentamento à Epidemia da Covid-19 da PBH Estevão Urbano Silva explica os parâmetros adotados para a reabertura e outros aspectos, como a testagem em massa e a questão do fluxo de casos do interior e de outros Estados para a capital.
As redes propagadoras de desinformação sobre o novo coronavírus no YouTube
Um estudo realizado por pesquisadores do Centro de Análise da Liberdade e do Autoritarismo (Laut), o Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Democracia Digital (INCT.DD) e o Centro de Estudos e Pesquisas de Direito Sanitário (Cepedisa) constatou que canais que divulgam fake news sobre o novo coronavírus têm maior alcance no YouTube do que os trabalham com informações legítimas.
Enquanto os primeiros mobilizaram mais de 73 milhões de mobilizações no período de 1º de fevereiro a 17 de março, os últimos alcançaram um pouco menos de 28 milhões de visualizações. Redes com forte apelo de teorias da conspiração, associadas a discursos religiosos e que vendem supostas fórmulas médicas para a Covid-19 são as mais associadas à desinformação sobre a pandemia na plataforma de vídeos. Neste episódio do Tempo Hábil Entrevista, Caio Vieira Machado, advogado, cientista social especializado em tecnologia e pesquisador do LAUT, explica o estudo e suas principais implicações.
Como a pandemia afeta a vida da população LGBT
Uma pesquisa do coletivo #VoteLGBT recém-divulgada revelou que, durante a pandemia do novo coronavírus, lidar com problemas de saúde mental é a maior preocupação para 44% das lésbicas, 34% dos gays, 47% das pessoas bissexuais e pansexuais e 42% das transexuais. O levantamento mostra também que a taxa de desemprego entre elas é de 21,6%, enquanto na população brasileira em geral é de 12,2% segundo o IBGE.
Os problemas de convívio familiar foram citados como a maior dificuldade durante o isolamento social por 10% dos ouvidos pela pesquisa. Neste episódio do Tempo Hábil Entrevista, a demógrafa Fernanda De Lena, integrante do #VoteLGBT e uma das coordenadoras do estudo, apresenta mais detalhes sobre a pesquisa e suas implicações.
O projeto de vacina contra o novo coronavírus que tem participação da UFMG
Existe um esforço global em busca de uma vacina contra o novo coronavírus envolvendo centenas de iniciativas mundo afora. O Brasil também tem suas representantes, uma delas envolvendo a UFMG. Além da universidade mineira, integram o grupo a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), o Instituto Butantã e a Universidade de São Paulo (USP).
O projeto trabalha para sintetizar uma vacina a partir de uma versão atenuada do vírus influenza, causador da gripe. Um dos líderes do projeto e professor do Instituto de Ciências Biológicas da UFMG, Ricardo Gazzinelli (que também é presidente da Sociedade Brasileira de Imunologia, coordenador do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Vacinas e pesquisador da Fiocruz) explica, neste episódio do Tempo Hábil Entrevista, como funciona a pesquisa, em que estágio ela está e quanto tempo ainda deve levar. Além disso, ele fala da importância de existir um projeto brasileiro de vacina.
Como a pandemia pode fazer a bicicleta ser priorizada na mobilidade urbana
Desde que o novo coronavírus se espalhou pelo mundo, desencadeando uma pandemia, muitos dos nossos comportamentos têm sido revistos. Algumas dessas mudanças têm relação muito direta com a transmissão do vírus, como o reforço dos hábitos de higiene. Outras também têm a ver com ela, mas de uma forma menos óbvia.
É o caso do incentivo ao uso das bicicletas como alternativa de mobilidade urbana. Diferentes cidades do mundo têm feito ações para que seus moradores as adotem como modal de transporte. Países inteiros como França e Reino Unido também estão investindo muito dinheiro para que seja feita essa transição, que é assunto deste episódio do Tempo Hábil Entrevista. A conversa é com o pesquisador do departamento de geografia da UFMG Guilherme Tampieri.
A pandemia como marco para o fim do século XX
Em pouco mais de quatro meses, o coronavírus SARS-Cov-2 virou o mundo de cabeça pra baixo. Em tão pouco tempo, transformou a forma como bilhões de pessoas se comunicam – palavras como pandemia, quarentena, isolamento entraram para o léxico do cotidiano –, trabalham, se relacionam. Mudanças tão drásticas não deixam dúvidas de que vivemos um momento histórico.
Se é difícil saber o que será de nós quando tudo isso acabar, é possível analisar o que nos trouxe até aqui. A antropóloga e historiadora Lilia Schwarcz defende que só agora o século XX se aproxima do fim e que o XXI só vai começar quando superarmos a pandemia. Neste episódio do Tempo Hábil Entrevista, ela, que é professora da USP, da Universidade de Princeton, nos EUA, e curadora adjunta do Masp, explica o contexto dessa proposição e as implicações que ela traz.
O que falta pra vacina contra a Covid-19 e o que precisamos além dela
Dia após dia surgem notícias sobre o avanço de pesquisas para o desenvolvimento de uma vacina contra a Covid-19. Algumas delas, já saíram da fase laboratorial e se encontram na etapa de testes. Isso enche as pessoas de esperança, mas ao mesmo tempo os especialistas alertam que ainda que os processos possam ser acelerados, a produção de uma vacina eficaz e segura necessariamente demanda tempo.
Por outro lado, encontrar a fórmula da vacina é só o primeiro passo, uma vez que após isso será necessário imunizar quase 8 bilhões de pessoas. Sem contar que a vacina sozinha não resolve todos os problemas relacionados à pandemia. Neste episódio do Tempo Hábil Entrevista, a coordenadora do Núcleo de Estudo da História da Ciência e da Técnica da UFMG Myriam Bahia Lopes discute essas e outras questões. Ouça!
Por que é preciso ir além do achatamento da curva
Na última semana, foi lançada a PoliMap, uma plataforma aberta, transnacional e multidisciplinar, cujo objetivo é formar uma base de dados sobre as políticas públicas que vêm sendo adotadas em diversos países do mundo para lidar com a Covid-19. O grupo responsável pelo trabalho reúne mais de 50 pesquisadores e propõe um modo de olhar para essas políticas mais abrangente. Professora de Relações Econômicas Internacionais da UFMG, Fernanda Cimini coordena o grupo responsável pela inserção das informações relativas ao Brasil e é a entrevistada deste episódio do Tempo Hábil Entrevista. Ouça!
O caso Pugliesi e a relação das personalidades com a adesão ao isolamento social
Em artigo publicado recentemente na revista científica “Trends in Psychiatry and Psychotherapy”, um grupo de pesquisadores do Laboratório de Avaliação Psicológica e Educacional da Universidade São Francisco (USF) demonstrou que existe uma relação entre os diferentes perfis de personalidade e o cumprimento ou não das medidas de contenção da pandemia do novo coronavírus.
Paralelamente, vemos no Brasil uma crescente queda na adesão às medidas de isolamento social, o que culminou, no último fim de semana, no caso da influenciadora digital Gabriela Pugliesi, que deu uma festa em sua casa no meio da quarentena. Neste episódio do Tempo Hábil Entrevista o pesquisador e professor da pós-graduação em psicologia da USF Lucas de Francisco Carvalho apresenta os resultados do estudo liderado por ele e explica por que é importante que todos cumpram as medidas de isolamento, independente de suas personalidades ou de não estarem se colocando individualmente em risco. Ouça!
Os impactos da pandemia sobre os sonhos das pessoas
Desde o início da quarentena motivada pelo novo coronavírus, têm sido frequentes os relatos de pessoas sobre estarem sonhando mais, sonhos mais vívidos e também de maior ocorrência de pesadelos. Se parece natural que um evento de tal magnitude mexa com o inconsciente, um grupo de pesquisadores brasileiros tem se dedicado a investigar quais são os impactos da pandemia no sonho das pessoas.
Professores da USP, da UFRGS e da UFMG têm colhido relatos de sonhos de profissionais de saúde e de educação para avaliar quais são esses efeitos. O trabalho integra uma pesquisa mais ampla, iniciada em 2019, que pretende analisar a função coletiva do sonho, e como questões políticas e sociais interferem na forma de sonhar. Neste episódio do Tempo Hábil Entrevista, o psicanalista, professor titular do Instituto de Psicologia da USP e um dos coordenadores do estudo Christian Dunker explica dos detalhes do trabalho. Ouça!
Violência doméstica em tempos de pandemia
É um fenômeno global: o aumento da violência doméstica após a determinação de medidas de isolamento e distanciamento social para combater o novo coronavírus – ou seja, quando as pessoas começaram a passar mais tempo em casa – foi observado em diversos países. Entre eles, a China, a França e, claro, o Brasil.
Para falar sobre os contornos específicos desse fenômeno por aqui e também sobre as ferramentas que as mulheres brasileiras possuem (ou não) para enfrentar esse problema, o Tempo Hábil suspende temporariamente o formato de entrevista e recebe a repórter Tatiana Lagoa para conduzir a discussão. Ouça!
Quarentena intermitente até 2022 e nossas perspectivas de futuro
Há alguns dias, a “Science”, um dos periódicos científicos mais renomados do mundo, publicou um estudo, feito por pesquisadores da Universidade de Harvard, nos EUA, que projetava uma possível necessidade de quarentena intermitente até o ano de 2022, quando o novo coronavírus deixaria de ser uma ameaça. Muita gente se assombrou com a possibilidade, afinal “quando tudo isso vai acabar?” é uma questão que, em maior ou menor grau, deve estar povoando a cabeça da maioria dos habitantes do planeta.
Para entender melhor o que de fato o que o estudo de Harvard acrescentou ao universo de conhecimento sobre a pandemia da Covid-19 e tentar traçar alguns caminhos para o futuro a curto e médio prazo, o Tempo Hábil Entrevista falou com o médico, advogado, professor da Faculdade IBCMED e pesquisador do Núcleo de Pesquisa em Direito Sanitário da USP, Daniel Dourado. Ouça!
Coronavírus: a situação favorável de BH e as razões por que não podemos relaxar
Ainda que esteja acima da média nacional em termos de incidência de casos, Belo Horizonte está longe da situação limite que outras capitais como Fortaleza, São Paulo e Manaus vivem em relação à pandemia do novo coronavírus. O quadro controlado é fruto das medidas adotadas precocemente e de maneira acertada pelas autoridades da cidade.
Isso não significa, porém, que estamos próximos de relaxar as medidas de isolamento e distanciamento social, ainda que haja pressão de alguns setores da sociedade. Pelo contrário, o prefeito Alexandre Kalil (PSD) anunciou que, na próxima sexta-feira, um decreto deve impor medidas mais duras, como a obrigatoriedade do uso de máscaras na rua.
Para fazer uma análise do cenário atual de Belo Horizonte e apontar quais devem ser nossos próximos passos, este episódio do Tempo Hábil Entrevista tem a participação do infectologista e integrante Comitê de Enfrentamento à Epidemia da Covid-19 da PBH, Estevão Urbano Silva. Ouça!
A bem-sucedida experiência de BH no combate à gripe espanhola
Experiência traumática para a humanidade no século XX, a gripe espanhola é sempre lembrada pelo caos que provocou por onde passou. Não é para menos, afinal foram dezenas de milhões de mortos pelos quatro cantos do mundo. Aqui no Brasil, as histórias sobre corpos espalhados pelas ruas do Rio de Janeiro impressionam. Sozinha, a então capital do país registrou 15 mil das 35 mil mortes que houve no país, e teve dois terços de sua população – à época, de 910.000 pessoas – contaminada.
Ainda que tenha causado medo e impactado radicalmente a rotina das pessoas por onde passou, a Espanhola fez estragos menos catastróficos em alguns dos lugares onde chegou. Foi o caso de Belo Horizonte. A jovem capital mineira tinha 45 mil habitantes, dos quais um terço se contaminou. As mortes aqui não chegaram a 300. Se no Rio 1,65% dos moradores faleceu, aqui, essa taxa foi de 0,5%. Neste episódio do Tempo Hábil Entrevista, a professora de história da UFMG Heloisa Starling conta em detalhes como BH lidou com a gripe espanhola e as razões do sucesso da cidade no controle da pandemia. Ouça!