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By Uakani

Pensar Uakani é pensar que é tempo de aquilombar-se, tempo de cuidado, de conexão conosco e com nossa ancestralidade, é tempo de trocar conhecimento, afeto, saberes e dores, é tempo de resistir e acreditar em um futuro melhor.
Somos pessoas de lugares, histórias e profissões diversas, mas também somos iguais em muitas dores, experiências e vivências.
Aqui a vida será pauta, não há limite ao que a gente tem a dizer, porque nós somos o podcast que tem muita a dizer.
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51 - A arte de Tatuar

UakaniNov 10, 2022

00:00
01:01:18
51 - A arte de Tatuar
Nov 10, 202201:01:18
50- Maconha: por que é que essa erva é proibida?

50- Maconha: por que é que essa erva é proibida?

Está começando Uakani o podcast que tem muito a dizer, esse podcast é patrocinado pela Zkaya Moda Afro-brasileira  uma marca autoral que tem como propósito levar criatividade, afeto, autoestima e alegria ao mundo através das estampas exclusivas. Eu sou Verdi Vilela e estou aqui hoje com Lino Gabriel,  Laís Zkaya e Karoline Reis.


Ganja, chá, xibaba, beck, baseado, taba, são alguns dos muitos nomes atribuídos para a cannabis sativa, mais popularmente conhecida como Maconha. A planta que Luísa Saad aponta que  pode ter sido a primeira a ser cultivada segundo evidências de pesquisas antropológicas e arqueológicas. Dela, nada se perdia: o óleo extraído das sementes tem inúmeras finalidades, dentre elas a medicina, assim como fibra oriunda dos talos, chamada de cânhamo, é responsável por talvez um dos tecidos mais antigos que se tem registro, encontrado inclusive nas velas e cordames das embarcações de nossa colonização e muito provavelmente também das roupas da tripulação. Ainda não menos importante, em suas flores se encontram uma psicoatividade que foram elementos aproveitados por numerosas sociedades ao longo dos tempos. Seu uso tanto recreativo, quanto medicinal, ou economico é milenar, o que é novo é a sua criminalização, um discurso que vem sendo forjado a menos de 100 anos. Uma corrida baseada, ou melhor, forjada em argumentos falaciosos, intencionais ou por ignorância.

O que sabemos hoje é que argumentos da criminalização relacionados ao uso recreativo não tem comprovação científica, pelo contrário, seus benefícios é que já foram comprovados cientificamente. E nesse lenga, lenga todo, a pergunta de hoje é:

Se Deus criou a natureza e também as belezas desta vida, Bezerra da Silva, Planet hemp, o Uakani e inúmeras outras pessoas querem saber “porque é que essa erva é proibida?”

Para responder essa questão, estamos  aqui hoje com Laís Eloá, pesquisadora do programa em Mudança Social e Participação Política na USP. Ela que pesquisa maconha terapêutica com perspectiva de cultivos, associações, regulamentação e descriminação. Boa noite Eloá, seja bem vinda e pode se apresentar.


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Nov 03, 202201:22:17
49- Reconhecer a nossa potência

49- Reconhecer a nossa potência

Está começando UAKANI, o podcast que tem muito a dizer!

Eu sou o Jorge Guerra e estou aqui com Laís Zkaya, com a Karol Reis, com a Verdi Vilela e com o Lino Gabriel.

Costumamos falar muito sobre racismo e seus efeitos negativos sobre a população negra aqui nesse podcast, mas eu tenho feito cada vez mais uma reflexão sobre mecanismos para sair dessa lógica colonial e pensar a nossa existência fora do trauma racial.

Katiuscia Ribeiro, filósofa preta, discursa sobre a importância de buscarmos o nosso passado tomando a consciência de que a nossa história não é só de chicotes, correntes, troncos e subalternização.

Katiuscia discursa ainda no sentido de que o processo de escravização da população negra se deu a partir do medo sentido pelo homem branco ao pisar no território africano e constatar a grandiosidade da produção dos nossos ancestrais em termos de ciência, cultura, matemática, arquitetura, etc.

Existe uma máxima que diz “Ser negro e minimamente consciente é viver o tempo todo com raiva”. Eu não sou esses branco tilêlê que só fala de paz e amor e quer pintar o mundo de colorido, distante da realidade, mas reconheço que é muito fácil cair na lógica de que a nossa luta deve ser movida apenas pela inquietude e revolta dessa realidade que criaram para a gente, porém tenho procurado me amparar no pensamento de que os meus passos vem de longe, que posso ser tão grande quanto meus ancestrais foram e que se ainda estamos aqui, sendo maioria da população brasileira mesmo após tantos anos de violência, é em razão da nossa grandiosidade.

Mas e aí amigos, vocês já refletiram sobre o quão potentes nós somos?


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Oct 27, 202201:02:31
48- Aplicativos de relacionamento
Oct 20, 202251:11
47- Fofoca Uakani
Oct 13, 202201:02:47
46- Astrologia e Cartomancia
Oct 06, 202201:45:35
45-É possível falar em branquitudes?

45-É possível falar em branquitudes?

Está começando o uakani, o podcast que tem muito a dizer. Eu sou Lino Gabriel e estou hoje com: Laís Zkaya e Karol Reis.

Hoje é um dia muito especial pra mim. Por dois motivos. O primeiro é a pessoa convidada que já já eu vou contar pra vocês. A segunda é a oportunidade de conversar sobre um tema como este que vem a seguir.

A gente, pessoas pretas, sabemos que há uma coisa chamada colorismo. Já discutimos esse tema por aqui. Discutimos também o lugar ou o não lugar da pessoa parda. Ainda discutimos como a colorimetria é diferente a depender de que região estamos. Em Salvador, talvez uma pessoa não seja reconhecida como negra, enquanto em Santa Catarina ela com muita probabilidade não será vista jamais como branca.

Uma coisa que ainda me marca é quando eu tava fazendo a minha dissertação que chama “"Não tinha espaço pra mim nessa história": moda, raça e resistência no espaço escolar’, foi que em alguns lugares de Santa Catarina também há colorismo entre as branquitudes, ou seja, branquitudes que se acham e se fazem mais legítimas e legitimadas do que outras. Nossa convidada de alguns capítulos atrás, a Furcifer Scher chama esse tipo de branquitude ‘exacerbada’, diríamos assim de brancos retintos. Os brancos retintos seriam aquelas pessoas loiras, de olhos claros, bem brancas mesmo. Juro, gente, uma pessoa de olhos verdes e cabelos loiros escuros me disse uma vez que o seu apelido, também no interior de Santa Catarina era ‘pretinha’.

Pois bem, pra falar sobre as branquitudes eu tenho o imenso prazer de trazer aqui, Lia Vainer Schucman! Liaaaa, maravilhosa, se apresente pra nós, quem é você na fila do pão?


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Sep 29, 202201:12:60
44- Responsabilidade Afetiva

44- Responsabilidade Afetiva

Está começando Uakani, o podcast que tem muito a dizer.

Eu sou Laís ZKaya, e estou com Karol Reis, com Lino Gabriel, e com Jorge Guerra

Aqui em Uakani a gente já falou de relacionamentos e afetos, ouçam os podcast o que é o amor, amor colonial, relacionamento afrocentrado, e interracial, e uma serie de outros episódios, e o episódio de hoje é para falarmos sobre responsabilidade afetiva, mas afinal o que é responsabilidade afetiva?

Responsabilidade afetiva é assumir o seu papel quanto às expectativas criadas em uma relação, porque vamos combinar que não é legal estimular um relacionamento, dizer que ama, fazer planos para o futuro, que ninguém pediu, e de um dia para o outro terminar.

É normal repensar relações e querer encerra-las, aqui ninguém vai dizer que você é obrigado a ficar com alguém que não queira, afinal não estamos no século 19.

Mas com responsabilidade afetiva há conversas racionais, respeito a essas conversas e as consequencias que essas promessas podem trazer.

Mais do que um erro é uma irresponsabilidade levar a pessoa a acreditar que é amada e desejada quando, na verdade, não é.

E para ajudar na reflexão trago o audio Não Seja Joana, gravado por Diego Queiroz, lá em 2017 mas que permanece atual, disponível no youtube, um video que sempre mando quando algum amigo está em uma desilusão causada pela falta de responsabilidade afetiva.


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Sep 22, 202201:01:40
43- Circo preto e LGBTIAP+

43- Circo preto e LGBTIAP+

Está começando Uakani, o podcast que tem muito a dizer.

Eu sou Verdi Vilela, e estou aqui hoje com Karol Reis, com Lino Gabriel e com Laís Zkaya

O circo é aquela memória de criança com muitos atrativos, o circo encanta quem o vê, mas quem? O circo nasceu como uma forma de trabalho de famílias rurais, mas também foi apropriado para mostrar os horrores do mundo, entre aspas, né? Mulheres barbadas, anões e toda sorte de gente estranha era apresentada ao grande público sobre pequenas quantidades de dinheiro. Sarah Baartman, conhecida também como Vênus Negra ou Vênus de Hotentote, hoje vista como um termo pejorativo, foi uma mulher negra africana exposta num desses circos. Seus restos mortais continuaram sendo exibidos no Museu de Paris, na França, até 1974. Outra figura marcante no circo, o palhaço pode deixar várias pessoas entre nós, sem graça, com piadas antigas, deslocadas, racistas e misóginas. No entanto, hoje no circo há outra perspectiva de cerca de circo feita por pessoas trans e não brancas. Por isso, o tema hoje é o circo não normativo. E estamos aqui com Furcifer Scher uma convidada especial, multi artista e que participa do circo.

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Sep 13, 202201:08:10
42- Saúde mental da população negra.

42- Saúde mental da população negra.

Está começando Uakani, o podcast que tem muito a dizer.

Eu sou Jorge Guerra, e estou com Laís Zkaya, com a Verdi Vilela  e com a Karol Reis.

No episódio de hoje vamos conversar sobre um tema bastante delicado: Saúde mental da população negra. O racismo adoece e isso não é novidade pra ninguém que tenha acompanhado alguns poucos episódios deste podcast, não é mesmo? Mas só pontuar isso não é suficiente, precisamos nomear e especificar as coisas para que possamos apontar os erros e não repetir eles (com muito custo, óbvio). A existência negra no Brasil é marcada por racismo a todo momento e, para além das manifestações externas que tanto discutimos nesse espaço, não há como ignorarmos os efeitos psicológicos dessa agressão racial ininterrupta. Dados apontam que, no país, o suicídio é a terceira principal causa externa de mortes. Uma pesquisa do Ministério da Saúde publicada em 2018 revelou que jovens negros do sexo masculino e idades entre 10 e 29 anos são os que encaram o maior risco de morrer por suicídio. A probabilidade de suicídio nesse grupo é 45% maior do que entre jovens brancos na mesma faixa etária. E neste ponto precisamos refletir também sobre o genocídio da juventude negra em curso, com os números de assassinatos e encarceramentos cada vez maiores, mesmo durante o auge da pandemia de o coronavírus. Isso quer dizer que os nosso corpos estão marcados para morrer, seja externamente, por meio da violência física, seja internamente, a partir do adoecimento mental que nos leva, muitas vezes ao suicídio. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o Brasil é o país com a maior prevalência de ansiedade no mundo e o número 2 nas Américas quando o tema é depressão. O racismo influencia esses rankings. Situações de discriminação, sejam elas explícitas sejam sutis, produzem estresse e traumas. E esses traumas, acumulados ou vivenciados de maneira mais intensa, podem desencadear, no longo prazo, transtornos psicológicos. Para tirar algumas das nossas dúvidas e falar com um pouco mais de propriedade sobre o tema, temos aqui hoje uma convidada mais que especial: Lara Gomes.

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Sep 07, 202201:29:49
41- Jogos e Regras
Sep 02, 202201:25:49
40- O que é moda?

40- O que é moda?

Está começando Uakani, o podcast que tem muito a dizer.

Eu sou Verdi Vilela, eu sou Lino Gabriel e estamos aqui hj com Karol Reis, com Lais Zkaya e com Jorge Guerra.

O que é Moda?

Uma caixinha de surpresas, como sempre, esse episódio, diferentemente dos outros, não traz um organizador, mas dois! Isso porque essa é uma inquietação, uma pergunta que nasce de duas pessoas aqui do Uakani!

Essa pergunta considerada ainda  por muitos como fútil, tem muito a ver com as problemáticas do racismo e tenho certeza que chegaremos lá hoje.

Mas já adiantando e  parafraseando Carol Barreto, como Moda ainda pode ser considerada uma ciência fútil sendo que a estética no nosso país determina quem vive e morre?

Tá… mas começando do começo pra gente poder problematizar aqui no podcast que tem muito a dizer. O que é Moda então?

Na academia brasileira, Moda ainda é ensinada como uma particularidade da Europa, uma prática econômica e social que não só surgiu na modernidade, mas também trata-se da própria lógica por trás desta. Essa busca incessante pelo novo que divide e hierarquiza classes, gêneros e raças desde então.

Porém esse discurso quase perde sentido, pois trata-se de um discurso branco do qual ainda separa povos com moda e povos sem moda da mesma forma que respectivamente esses povos são chamados de povos com cultura e povos sem cultura, povos civilizados e selvagens.

De um lado uma elite acadêmica (e branca) de Moda que afirma e reafirma a Moda como um sistema exclusivo europeu, de outro uma perspectiva decolonial que aponta que todas as sociedades são sociedades de Moda, uma vez que elas não são fixas, estáveis e imutáveis

Consideramos a perspectiva decolonial, lógico! Mas e aí? Considerando essa ideia, negamos que existe essas diferenciação de Moda?

Negamos que existe uma ordem estética chamada de Moda que não só determinou a modernidade, mas determina até hoje quem vive e morre no nosso país?

E perguntamos, o que é Moda para vocês? Qual é sua relação com essa danadinha?



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Aug 17, 202201:06:47
39- Afroveganismo

39- Afroveganismo

Está começando Uakani, o podcast que tem muito a dizer.

Eu sou Verdi Vilela, e estou aqui com Laís Zkaya (Oi gente, tudo bem com vocês?), com Karol Reis, (Oi galera!), com Jorge Guerra (Olá a todos, todas e todes!) e  Lino Gabriel (E aí pessoal!)

o tema de hoje vem muito de frente com uma nova reflexão da minha vida, questionamento do qual ainda não tenho respostas e certezas, e é exatamente por isso que trago ele hoje, porque preciso discutir com outras pessoas e como esse é o podcast que tem muito a dizer, trago ele aqui. Bom o bafo é que… Eu sou vegetariana desde 2007, e meu discurso, embora seja também sobre saúde e questões ambientais, esse nunca foi meu verdadeiro foco. Minha causa… ia dizer real, mas todas essas são, então digo minha causa maior, sempre foi os maus tratos a animais, o que sempre coube muito bem porque tenho uma relação bastante peculiar com os animais desde muito pequena. Porém, de um tempo pra cá tenho trazido novos questionamentos, problematizando o que a a 15 anos já era assunto encerrado para mim. Mas acontece que há 15 anos atrás eu não tinha consciência racial. Hoje me questiono que muitos vegetarianos falam sobre causa animal, mas são racistas, e daí vejo muitos problemas, como: desde a nossa colonização, pessoas pretas são tratadas como inferiores aos animais e daí naturalizaram a empatia com animais e a vista grossa com questões raciais, afinal socialmente estamos abaixo disso. Problematizo o discurso da pessoa que tenta empurrar goela abaixo, como o ecofeminismo, que o consumo de carne está relacionado ao patriarcado e por isso cobra o vegetarianismo de todos mesmo sabendo que vivemos no país que voltou a vender ossos no mercado. E daí? E daí que eu não preciso passar por essas inquietações sozinha e é por isso que eu trago isso hoje aqui.

E trago um convidade especial Aiyê, proprietárie da Aiyê Ajeum, não para nos trazer respostas sobre o tema mas para compartilhar conosco sua experiência com o Afrovegetarianismo e esses cruzos com a sua vivencia! Aiyê, se apresente e nos conte um pouco da sua historia com a Aiyê Ajeum.


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Aug 12, 202201:02:19
38- Feminismo Negro

38- Feminismo Negro

No episódio de hoje, vamos introduzir e debater sobre um grande aspecto que impacta diretamente a vida da mulher negra, o feminismo negro. Como de costume, vale ressaltar que feminismos negros e o plural não está aqui por engano, é um tema Guarda-Chuva, com diversos desdobramentos que dariam uma série de episódios à nossa proposta, que é introduzir alguns pontos sobre esse tema e refletir sobre como eles nos atravessa.

Uma das grandes obras a abordar o surgimento do feminismo negro é o livro Teoria Feminista da margem ao centro, da autora bell hooks,  que muito infelizmente nos deixou em dezembro de 2021. Na obra,  bell hooks faz uma análise sobre como o movimento feminista surgiu exclusivamente a partir das demandas de mulheres brancas e burgueses, sem que se considerasse sequer que a mulher preta fosse um corpo sujeito a direitos. Assim, durante muito tempo, convivemos apenas com a existência de um feminismo branco hegemônico, que não é capaz de dar conta das demandas de todas as mulheres. Um exemplo dessa impossibilidade ainda é tirado do livro da bell hooks. Consiste na relação entre a mulher branca e o homem branco. Segundo a autora, o objetivo da mulher branca quando do surgimento do feminismo, era ser colocada em pé de igualdade ao homem branco, colocando como o outro, quase como inimigo. Dessa forma, as feministas brancas tentaram impor que as mulheres negras deveriam também ter a mesma relação com o homem negro, como se todos os homens fossem iguais e a população negra, homens e mulheres não sofressem opressões similares. Enquanto a mulher branca sofria com o machismo, as mulheres negras  sofriam com machismo e racismo, encontrando nos homens negros muitas vezes o apoio nessa segunda opressão.


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Aug 11, 202201:18:44
37- Cobrança de posicionamento
Jul 30, 202252:49
36- Boteco Uakani
Jul 28, 202201:00:20
35- Transidentidade e Nome Social
Jul 12, 202201:49:23
34- Racismo na Academia

34- Racismo na Academia

Está começando  Uakani, o podcast que tem muito a dizer. Eu sou Jorge Guerra e hoje estou aqui  com a Verdi Vilella, com o Lino Gabriel, com a Laís Zkaya e contamos também com a participação especial do nosso convidado Douglas Vaz Franco.

A produção do conhecimento é tida pela nossa sociedade como um local de prestigio e destaque, de forma que, considerando o racismo como fator estruturante da nossa sociedade, a figura do intelectual está diretamente ligada à branquitude. Assim, durante muitos anos, os corpos negros só apareciam, quando apareciam, nas universidades como objeto de estudo. Com o sucesso da política de cotas, fruto dos tensionamentos promovidos pelo movimento negro, como bem explica a Professora Nilma Lino Gomes em seu livro intitulado O Movimento Negro Educador, as pessoas pretas passaram a ocupar este espaço de forma substancial, pautando nossas demandas e reivindicando mudanças sociais através da produção de conhecimento em primeira pessoa. No entanto, a academia, historicamente branca e burguesa, não acompanhou essa mudança como deveria, prova disso é o fato de que autores como Frantz Fanon, velho conhecido do movimento negro, só veio ter destaque acadêmico muito recentemente. O fato é que ainda hoje o ambiente acadêmico é extremamente racista e violento com todos os corpos que fogem ao padrão do homem médio branco. Temos aqui hoje desde pessoas que não estão no ambiente acadêmico atualmente àqueles que estão batalhando há anos neste espaço. O episódio de hoje é sobre as diferentes visões destes corpos dissidentes resistindo e provando que o lugar de produção de conhecimento científico também é nosso


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Jul 06, 202201:55:01
33- Empoderamento Financeiro
Jul 01, 202201:00:07
32- Racismo Ambiental
Jun 23, 202201:12:29
31- Apropriação cultural
Jun 16, 202201:10:17
30 - Amor Colonial

30 - Amor Colonial

Então o amor é real? Lina quebrada fala várias vezes que ela não ama. Isso foi discutido no Big Brother Brasil e na sua participação lá. Lina lembra que o amor romântico é uma criação recente que nasce no século dezoito. Adiciono aqui que ele é fruto de literaturas e posteriormente do cinema que alimenta um ideal de amor forjado na metade da laranja. Quem nunca ouviu a expressão ficar pra tia ou nunca ouviu falar de solteirão?

A ciência biológica afirma que quando nos apaixonamos liberamos várias substâncias químicas entre elas ocitocina, dopamina, serotonina e a betaendorfina.

Mas hoje aqui decidimos falar de amor colonial. Esse amor fala, mas também ultrapassa as barreiras do amor romântico, Genillonghi Nunes fala sobre a monocultura dos afetos. Forma de amor trazida pelos colonizadores e que mantém duas estruturas principais. Um, a binariedade e dois, a possibilidade do amor único. Afinal, pra ser binário é preciso que duas metades sejam ao final duas metades da laranja. Assim os homens são feitos para amar as mulheres, as mulheres para os homens, ou seja, um só gênero. Mas não para por aí. Também devemos amar um só Deus, uma nação e assim por diante, e por isso ele não termina no amor romântico. Cada par de familiares por sua vez deve amar e cuidar das suas próprias crianças. E o amor se torna uma empreitada individualista. O amor familiar faz às vezes familiares se considerarem donos de suas crianças. Esse fato faz ainda que meninas sejam estupradas pelos próprios pais. Assim também são as parcerias românticas. Uma é da outra uma do outro.

Esse lugar de posse também é ligado ao sentimento de dor. Amar é sofrer. Para homens e mulheres pretas e pessoas LGBT e  mais ainda outras exigências para que esse amor se torne real. O amor muitas vezes pra essas pessoas acontecem na surdina, às escondidas. Ficam as perguntas, será que o poliamor pode ser uma realidade para todas as pessoas? Será que o amor precisa ser assim? Será que existem outras formas de amar?

Será que é possível a gente conversar e perceber de que forma os nossos amores foram colonizados? A pauta então é essa, amor colonizado. Quais são as histórias de amor romântico, de amor familiar e de amizades coloniais?

Jun 08, 202201:12:51
29 - Colorismo
Jun 02, 202201:27:26
28 - Ciclos da vida

28 - Ciclos da vida

A vida é cheia de começos, meios, fins e recomeços. Uakani começou com um lugar de encontro, assim como Akani significa um encontro que enriquece, Uakani por quase um ano fez esse papel. Mas a verdade é que a vida vai tomando os seus próprios caminhos, seus próprios acontecimentos, e muitas vezes a gente tem que fazer escolhas. E nesses muitos acontecimentos tivemos que pausar, e ficamos ensaindo a volta por quase um ano. E ai a roda da vida foi girando, até que tivemos que tomar as decisões, a Natália Magalhães, a Cleo Martins, e Camila Nunes, encerram esse primeiro ciclo de Uakani. Cada uma com um novo projeto, com novas prioridades e principalmente com novos ciclos, e é sobre isso que viemos conversar nesse episódio de retorno, vem com a gente ouvir esse podcast que tem muito a dizer.  

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May 26, 202250:40
27 - Racismo no Movimento LGBTQIA+ (parte 2)
Jul 12, 202132:03
26 - Racismo no Movimento LGBTQIA+
Jul 05, 202101:06:32
25 - Veganismo
Jun 19, 202101:04:45
24 - Vidas Negras Importam
Jun 11, 202123:59
23 - Sobre a "Abolição" da Escravatura e Outras Reflexões
Jun 04, 202142:29
22 - Um Encontro que Enriquece (parte 2)
May 24, 202143:16
21 - Afroempreendedorismo

21 - Afroempreendedorismo

Afroempreendorismo é o movimento empreendedor dos negros e negras. 

Ainda que sem um nome especifico as pessoas negras vem empreendendo desde sempre, muitas pessoas escravizadas compraram suas liberdades encontrando uma fonte que lhes proporcionassem um renda.

A gente sabe que historicamente as pessoas negras foram “libertas” sem nada, e ainda com leis que as impediam de estudar, trabalhar e terem suas terras. 

Certamente foi através do afroempreendorismo que estamos aqui. 


Os números de empreendedores negros e brancos no Brasil são bastante próximos, com uma ligeira vantagem para os empresários negros. 

Porém o desafio para as população negra é muito maior. 

Vou dizer alguns dados para começar essa conversa.

40% dos negros adultos são empreendedores

55,5% dos empreendedores negros empreendiam por oportunidade, em relação a 71,5% dos empreendedores brancos. 

Esse dado é importante porque é um sintoma de negócios que tem sucesso.


Em relação ao faturamento anual, quase 80% dos empreendedores negros faturaram até R$ 24 mil por ano; 8 pontos percentuais a mais que os empreendedores brancos nessa faixa de faturamento. Por outro lado, o percentual de empreendedores brancos com faturamento acima de R$ 36 mil foi de 13,6%, quase o dobro dos empreendedores negros (7,7%).  Os empreendedores negros com renda familiar até dois salários mínimos são a maioria (54,2%). Entre os brancos essa proporção é de aproximadamente um terço (37,5%).


A realização de serviços domésticos figura como a segunda atividade mais frequente entre os negros, mas não aparece entre as principais para os brancos. Se somadas com as práticas de cabelereiros e de tratamento de beleza, que se caracterizam por serviços voltados ao consumidor final, elas perfazem aproximadamente 16% do total dos empreendimentos iniciais conduzidos por empreendedores negros.


Os dados são muitos, e mostram o abismo que existe ao empreender. 

Somos a maioria, mas ainda somos a maioria que presta serviço, e não contrata. 

Com a pandemia é perceptivo o aumento de pessoas que irão empreender por necessidade e não oportunidade, e mais uma vez nós como pessoas negras estaremos no centro nesse lugar. 


Para ampliar ainda mais essa conversa, convidamos o Anderson Rosa fundador da marca Saúda Afro e Yan Ragede gerente comercial da Casa Preta Hub e Feira Preta.

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16 - Padrão de Beleza: A Beleza Que Há Em Nós

16 - Padrão de Beleza: A Beleza Que Há Em Nós

O corpo considerado belo, é branco, é magro, não tem celulites nem estrias, não tem marcas, e a mídia e a moda reforçam esse estereótipo.

A beleza é uma construção social e muda de sociedade para sociedade, na sociedade em que vivemos, desde criança somos apresentados a um padrão considerado belo, desde o livro infantil, aos desenhos animados, as séries, novelas, programas de TVs e filmes, e é um belo que exclui a maioria da sociedade brasileira.

Na infância de cada um que está aqui, não havia, ou havia poucos pares que se assemelhavam a nós, e assim crescemos sem referências que nos trouxessem ao centro.

O acesso à internet deu voz a quem nunca teve acesso, e a gente começa a ver um movimento de pessoas que através da estética valoriza seus traços negróides.

Assumir os cabelos crespos e cacheados, é uma ação que não só trás a estética mas potencializa quem somos, é uma mudança de fora pra dentro, de dentro da fora, é uma

movimento de aceitação.

Mas para além disso, mesmo quando falamos de pessoas negras, quando falamos de do que é belo, temos também um padrão do que é aceitável.

Quando minha mãe fez 62 anos,  postei uma foto no instagram, e estava lendo os comentários pra ela, e muita gente dizendo o quanto ela era linda, e lembro muito dela dizendo: engraçado, nunca me achei bonita, sabia que tinha um corpo bonito, mas não me achava bonita.

Óbvio que a minha primeira reação foi argumentar pra ela o quanto ela era linda, mas depois a minha reflexão veio para quanto tempo ela demorou para se achar bonita? Uma mulher negra e retinta, que hoje nos seus 62 anos não tem mais sua cintura finíssima e quadril largo.

E eu começo questionando a vocês quando vocês reconheceram a beleza em vocês?

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