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VósAug 08, 2022
O gato fantasma do Pampa
Pesquisadores tentam monitorar o raro e ameaçado gato-palheiro-dos-pampas e construir estratégias para salvá-lo da extinção. Restam menos de 50 indivíduos na natureza, o que faz dele o felino mais ameaçado do mundo.
A reportagem é uma parceria do Vós com a associação ((o)) eco de jornalismo ambiental com produção da Todavós.
Reportagem: Duda Menegassi e Geórgia Santos
Roteiro e Edição: Geórgia Santos
Trilha sonora original: Gustavo Finkler
Trilha sonora adicional: StoryBlocks e Artlist
Arte de capa: Gabriela Gullich
O caminho para o fim do mundo
A temperatura do planeta aumentou e continua a aumentar graças à progressiva queima de combustíveis fósseis. “O Caminho para o fim do mundo” mostra que o investimento em infraestruturas de transportes precisa ser parte da agenda ambiental e deve ser prioridade para um governo que se preocupa em mitigar os efeitos do aquecimento global e também da desigualdade. No Brasil, e no resto do planeta.
A jornalista Geórgia Santos se debruçou sobre uma série de relatórios e documentos para entender de que forma os governos e a sociedade podem agir de modo a interromper o aquecimento da superfície da Terra e, com a ajuda de especialistas, apresenta três possibilidades de ação. Todas elas envolvem tirar o automóvel do centro da vida.
Solidariedade com calendário
Enquanto na pandemia de Coronavírus, a mobilização para ajudar pessoas vulneráveis e sem amparo alcançou expressivos níveis de engajamento, seja entre empresas, famílias, instituições e igrejas, agora, diante dos 33 milhões de brasileiros que passam fome segundo dados da Rede Penssan, a mobilização é bem mais escassa. Organizações da sociedade civil, entidades e grupos de solidariedade são unânimes: o apoio financeiro, material e até de voluntários, está menos disponível. As causas são inúmeras, e passam pelo empobrecimento de parte dos doadores, - a renda média brasileira está no menor valor da série histórica - pela própria negação política da fome e pela desestruturação de programas de combate à fome, seja por sua extinção ou congelamento de verba.
O Vós acompanhou três iniciativas de doação de alimentos e outros itens para populações vulneráveis de Porto Alegre para analisar como está o trabalho no pós-pandemia e encontrou relatos de fragilidade nas ações. Por que mobilizações parecem responder a calendários? Quais motivações levam alguém a doar recorrentemente? O que é necessário doar?
Neste especial do Vós, são citadas três iniciativas. Saiba como doar aqui:
Dignidade consignada
Documentário menção honrosa no Prêmio Associação Riograndense de Imprensa 2022, segundo lugar em radiojornalismo no Prêmio Conselho de Economia do Rio Grande do Sul 2022 e segundo lugar do Prêmio Associação dos Defensores Públicos do Rio Grande do Sul 2022
As mulheres nunca estiveram tão endividadas no Brasil. Em cada 100 lares do país, 79 têm dívidas a vencer. No Rio Grande do Sul, o dado é muito pior: 95%. As causas são inúmeras: queda do rendimento, desemprego flagrante e a falta de letramento financeiro são as mais visíveis. Um problema histórico, com raízes sociais e econômicas. Neste documentário, a equipe do Vós se debruça sobre os números do endividamento entre mulheres para analisar as causas, fatores, contextos e realidades que permeiam o mais alto endividamento na história do Estado e do País, ouvindo relatos, análises e debates que permitam vislumbrar soluções de médio e longo prazo. Ações emergenciais e políticas públicas aparecem como ideias para minimizar um problema grave, que afeta a cidadania e os Direitos Humanos.
Dignidade consignada: endividamento alcança recorde entre as mulheres
Produção: Flávia Cunha, Geórgia Santos e Tércio Saccol
Roteiro e edição: Geórgia Santos e Tércio Saccol
Trilha sonora original: Gustavo Finkler
Episódio com áudios de Arquivo do Congresso Nacional, SBT, Jornal da Cultura e Bandnews TV
Dinheiro em espécies
Dinheiro em espécies - um retrato da criminalidade contra a fauna silvestre - Especial segundo lugar no Prêmio Ministério Público RS de jornalismo e menção honrosa do Prêmio ARI de jornalismo 2022 categoria áudio
No Brasil, a Rede Nacional de Combate ao Tráfico de Animais, a RENCTAS, estima que há 38 milhões de animais silvestres retirados da fauna anualmente, sobretudo para sustentar um mercado de quase R$ 3 bilhões por ano. Nas estradas, trens e até empresas de transporte, um negócio baseado na crueldade se perpetua, com maus tratos e morte de aves, micos, cobras e outras espécies. Se por um lado a cadeia do crime enfrenta um combate cada vez mais articulado de órgãos de fiscalização e autuação, do outro, o estímulo à caça e apreensão ilegal também ganha força com redes organizadas em plataformas de mídia social, e amparadas em um discurso de facilitação do acesso às armas. Enquanto isso, polícias, Ministério Público, Ibama e Organizações da Soceidade Civil clamam por maior conscientização e maior rigor na punição dos criminosos.
Rotas da exaustão
Documentário finalista do Prêmio CNT 2022
Depois de abordar a precarização do trabalho dos motofretistas durante a pandemia de Covid-19 em 2021, a equipe do Vós aprofundou a investigação das condições de trabalho dos motoristas de diferentes categorias profissionais, analisando a situação de caminhoneiros e, ainda, motofretistas e motoristas de aplicativos de transporte. É corrente entre os trabalhadores do tráfego piora da saúde mental, o incremento das doenças ocupacionais e a falta de perspectiva em um cenário de aumento dos combustíveis e de preços. Especialistas ouvidos e pesquisas analisadas pela reportagem do Vós apontam a necessidade de uma mobilização para aumento do acolhimento e da escuta, além de atenção das gestões públicas para o problema, que pode desencadear mais acidentes e aumentar o número de vítimas.
Produção: Flávia Cunha, Geórgia Santos e Tércio Saccol
Roteiro: Geórgia Santos e Tércio Saccol
Edição: Geórgia Santos
Trilha sonora original: Gustavo Finkler
Por uma vacina contra a desinformação
Este é o episódio 5 do canal de documentários do Vós.
Neste especial, falaremos sobre a desinformação e o impacto na vacinação infantil. Nos últimos anos, o índice de imunizações de crianças está em queda, causada, segundo especialistas da área, por desinformação, polarização, interesses econômicos e falta de respaldo à ciência e educação formal. O Vós avaliou estatísticas, entrevistou profissionais e dialogou com pais para entender melhor como esse fenômeno está se conformando, quais seus impactos e potenciais soluções em médio prazo. Em perspectiva, a preocupação com o retorno de doenças e a necessidade de políticas públicas emergentes.
Produção: Vós
Roteiro e apresentação: Tércio Saccol
Edição: Tércio Saccol
Trilha sonora original: Gustavo Finkler
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Mascarando o lixo
Documentário Prêmio FEPAM de jornalismo 2021. O uso de máscaras contribuiu e ainda contribui para prevenir o contágio, manter segurança sanitária e salvar milhões de vidas. O item já é parte do cotidiano dos brasileiros. Mas há um problema em curso. No audiodocumentário Mascarando o Lixo, mostramos que a falta de padronização nas orientações e de informações sobre o descarte correto está desencadeando um problema ambiental que já cobra um preço alto.
No Brasil dos últimos anos, a preocupação com o meio ambiente tem sido não apenas deixada de lado, mas agredida. E essa nova demanda trazida pela pandemia do novo coronavírus agora é mais um problema ambiental mascarado pelo descaso.
Produção: Vós
Roteiro e apresentação: Geórgia Santos e Tércio Saccol
Trilha sonora original: Gustavo Finkler
Trilha sonora auxiliar: Storyblocks
Fotos: Mary Caporal Prior/reprodução Facebook Yorkshire Swan & Wildlife Rescue Hospital /Oceans Asia
O Retrato da Miséria
Documentário Menção Honrosa no Prêmio Direitos Humanos de Jornalismo 2021, MPRS de jornalismo e Segundo Lugar no Prêmio ARI de jornalismo
O Brasil de 2021 é um país miserável. E não é um jogo de palavras, é uma realidade dura amparada por dados que mostram que mais de 116 milhões de brasileiros não têm acesso pleno e permanente a alimentos.
Mas como chegamos até aqui? Por que o Brasil voltou ao mapa da fome? Nós explicamos esse caminho no documentário O Retrato da Miséria.
O retrato da miséria é aquela foto em tom rosado em que pessoas famintas catam carcaças com restos de carne. É aquela foto que resulta da combinação perigosa de desemprego, queda na renda e aumento no preço dos alimentos.
E esse retrato mostra que a escalada da miséria e da fome durante a pandemia não é responsabilidade do coronavírus, mas de escolhas, de negação, negligência e ausência de medidas que protejam a população mais vulnerável.
Uma produção do Vós
Apresentação: Geórgia Santos e Tércio Saccol
Produção: Flávia Cunha, Geórgia Santos, Raquel Grabauska e Tércio Saccol
Trilha sonora original*: Gustavo Finkler
Roteiro e edição: Geórgia Santos
*Além da trilha original, também foram utilizadas melodias de domínio público
Foto original: Domingos Peixoto/ O Globo
Desigualdade até na dor
Desigualdade até na dor . a dificuldade de acesso a serviços de acolhimento e saúde mental por pessoas de baixa renda.
Desde o início da pandemia de coronavírus, o número de brasileiros que sofrem de transtornos de ansiedade, depressão e estresse só aumenta. E para as pessoas de baixa renda, o sofrimento é ainda maior em função da dificuldade de acesso a serviços de acolhimento e saúde mental. O Brasil está mais triste e continua desigual, até na dor.
Democracia infectada
Desde 2013 testemunhamos a fragilização do regime democrático no Brasil. No começo de tudo, as manifestações, depois um derrotado que não admite o resultado das eleições, o que leva a mais manifestações e um golpe institucional. Depois a preferência por um candidato autoritário. Até que chegamos à militarização do governo, mesmo conhecendo a experiência da Ditadura. Tudo isso levou a uma constante perda de direitos, aumento da já profunda desigualdade social e um crescimento da radicalização política no país. Como se não bastasse, em 2020, o mundo é assolado por um vírus novo. O novo coronavírus, que no caso do Brasil acentua os problemas gerados pelo vírus antigo e hoje temos milhares de mortos por completa inaptidão de um governo autoritário e militarizado.
. Vivemos, hoje, em uma democracia infectada .Produção: Geórgia Santos e Raquel Grabauska. Texto, apresentação e edição: Geórgia Santos. Direção artística e locução: Raquel Grabauska. Trilha Sonora: Gustavo Finkler