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Muitos gestores empresariais decidem investimentos baseados apenas nos gastos objetivos com os novos ativos físicos ou imobilizados. Considerar a construção de um novo galpão, tendo em vista o custo de equipamentos e instalação, claro, é essencial. Mas resumir o projeto a esses que são, possivelmente, os gastos mais relevantes é uma simplificação perigosa dessa decisão de investimento. É preciso considerar os gastos associados à operacionalização desses ativos no contexto pré-existente da empresa. Em outras palavras, é preciso verificar o impacto que esses investimentos terão sobre o capital de giro do negócio.

A contabilidade surgiu como necessidade natural de comunicação do ser humano, em virtude do aumento da complexidade nas transações comerciais. Essas evoluções datam de milhares de anos, sendo que a contabilidade sobreviveu e passou por épocas importantes na história da humanidade, como o surgimento da moeda, a evolução dos números naturais e a revolução industrial. Quantas crises o mundo não viveu nesse período, não é mesmo?

Todavia, eu ouso dizer que até o início do século XX, a evolução da contabilidade ocorreu mais pelo aumento de complexidade das transações ao longo do tempo (do escambo à industrialização) e, consequentemente,  pelas necessidades de controle decorrentes dessa evolução social do que por questões relacionadas à crises, haja vista não termos até então mercados financeiros evoluídos (a NYSE – bolsa de valores americana –, por exemplo, só foi criada em 1817, e seu agente regulador apenas na década de 1930) e transações intercontinentais recorrentes, fazendo com que a demanda pela contabilidade fosse apenas de controle interno, e não de informe externo.

O desenvolvimento de um produto precisa levar em conta os efeitos colaterais que ele gerará. Tais efeitos podem ser em termos ambientais, sociais, tecnológicos, concorrenciais ou econômicos. De qualquer forma, tais efeitos tendem a afetar a capacidade de a empresa gerar fluxos de caixa e sustentar a viabilidade do projeto em questão e mesmo da própria organização. A história é recheada de exemplos a esse respeito, cuja lista é tão extensa que não nos cabe dar conta aqui (vide o caso de companhias como Kodak, Olivetti, Xerox, Nokia, HP, só para citar algumas).

Quase 70 anos depois e Markowitz (1952) continua acertando, mesmo quando o assunto é Criptomoedas, tais como o Bitcoin. Não tem jeito. Quem quer maiores retornos, precisa incorrer em maior grau de risco, entendendo risco como nível de variação/oscilação de preço do investimento ao longo do tempo. E se estamos falando de risco, as criptomoedas não podem deixar de serem discutidas, visto que esta é uma das formas mais arriscadas de investimento disponíveis no mercado (e aqui discutiremos apenas essa vertente, pois já está provado que a maior parte das transações com Bitcoins não são para comprar e vender produtos e serviços, conforme sinalizam Badev e Chen (2015)).

Imagine-se na seguinte situação: você comprou um ingresso para ver aquele filme que tanto queria assistir e logo nos primeiros minutos percebeu que ele não era nada do que imaginava. Enfim, tratava-se de um péssimo filme! E aí, você continua assistindo o filme até o fim ou sai do cinema para aproveitar o tempo fazendo outra coisa? A decisão de continuar na sala de projeção pode se basear na expectativa de achar que o filme pode melhorar do meio para o fim ou simplesmente porque você pensa: “eu paguei pelo ingresso e, por isso, vou ficar até o fim”.

Essa segunda base decisória é uma tentativa de compensar o valor gasto com o ingresso. Contudo, ela não faz o menor sentido, ainda que intuitivamente pareça coerente. Isso porque ao adquirir o ingresso, o dinheiro gasto nele se torna um custo irrecuperável e o fato de se buscar compensar o valor pago aproveitando até o último minuto só aumentará o peso do custo incorrido, em um fenômeno denominado “escalada do comprometimento”.

Uma criptomoeda é uma espécie de “moeda” virtual que pode ser utilizada tanto para compras, quanto para investimento (neste último caso, compra-se a moeda esperando que ela vá se valorizar, considerando a relação oferta-demanda). Atualmente, o seu uso para finalidade comercial é bastante limitado, sendo que a maioria massiva das transações envolve pessoas que estão comprando e vendendo a moeda com objetivos especulativos ou de investimentos de médio e longo prazo, visando lucros ou proteção patrimonial. Neste momento, você deve estar se perguntando como uma criptomoeda se (des)valoriza.

Existem pessoas que tomam decisões relevantes e complexas sem muito apuro analítico. Há, inclusive, os que decidem iniciar um novo negócio com base apenas em um insight gerado durante um banho ou com base em palpites ou depoimentos de terceiros, nem sempre carregados de verdade. A esses, pode-se atribuir o adjetivo de “arrojados”, “imprudentes” ou até de “ingênuos”, ainda que “visionários” possa, acidentalmente, ocupar lugar, especialmente quando a empreitada dá certo, mesmo que por obra do acaso. Mas, e as corporações e gestores focados nas boas práticas financeiras, como processam suas decisões de investimentos?

Calls, puts, strikes e premiums são alguns exemplos de jargões relacionados às negociações de opções. Talvez, esses jargões afastem alguns potenciais investidores deste mercado. Por outro lado, diferente do que se imagina, quando bem compreendido, o mercado de opções pode ser menos arriscado do que o mercado tradicional de ações. Isso porque o detentor de uma opção não possui o ativo de fato, mas sim um direito de exercer aquela opção. De outra forma, um portador de uma opção de compra, por exemplo, pode simplesmente desistir de comprar o ativo subjacente, caso entenda não ser uma operação benéfica com o decorrer do tempo.

Os fluxos de caixa previstos serão a base para todo o estudo analítico que sustentará o relatório de viabilidade. Ainda que se possa colocar em pauta a definição das taxas de juros e riscos associados ao empreendimento como elementos adicionalmente desafiadores, a questão é que se os fluxos líquidos de recursos previstos ao longo da vida útil do projeto estiverem incoerentes ou com ampla variabilidade em relação a sua capacidade real de entregar resultados, todo o esforço analítico se mostrará estéril.

No Brasil, o mercado de derivativos cambiais se desenvolveu de forma significativa com o advento do câmbio flutuante, crescimento do mercado de comércio exterior e do PIB. Atualmente, com as recentes volatilidades do dólar em relação ao real em função de instabilidades econômicas e também das guerras comerciais entre Estados Unidos e China, este tipo de papel passa a ser de grande importância para empresas brasileiras que possuem moeda funcional diferente do real, ou ainda que importam, exportam ou transacionam periodicamente com fornecedores no exterior.

Em tempos de crise é natural que apareçam diversos profissionais buscando fazer prognósticos quanto ao contexto. Naturalmente, dentre esses há os que se posicionam de modo mais otimista ou pessimista, mas todos desejosos de estarem certos em suas previsões, nem que seja para vociferar um vitorioso “eu te disse” no futuro. A realidade, por sua vez, se pudesse (se é que não o faz) gargalharia da maioria. Não é tão simples ser um “Dr.Apocalipse”, do mesmo modo que não é simples ser um arauto de boas novas, apenas pelo desejo otimista de que as coisas melhorem.

Os contratos derivativos são bastante utilizados em empresas que negociam commodities. Como o preço destes produtos oscila diariamente, os contratos derivativos servem, nesse e em outros sentidos, para travar o preço de determinada compra/venda em uma determinada data, fazendo com que o negociante deixe de estar suscetível às oscilações futuras de preço. Este tipo de estratégia é interessante, dentre outros aspectos, para reduzir risco das operações (tornando-as conhecidas a priori em termos de preços e custos) e até mesmo melhorar o entendimento sobre os resultados e fluxos de caixa futuros das empresas – as ramificações disso para os negócios são inúmeras.

Em matéria recente publicada por Mariana Segala, foram apresentados dados que apontam para um crescimento de 28% no intervalo de um ano no volume de recursos na poupança de investidores com mais de 1 milhão de reais na famosa caderneta. Números “assustadores” para um perfil de público com suposto melhor nível de conhecimento sobre investimentos do que os pequenos poupadores. Historicamente vista como um produto conservador e de baixa rentabilidade, a poupança tem sido alvo de críticas as mais diversas quando o assunto é retorno sobre os investimentos. Em tempos de juros baixos e inflação superior à taxa Selic, a poupança sofre ainda mais ataques, uma vez que sua rentabilidade básica fica em torno de 70% da citada taxa básica.

O mercado financeiro vem sofrendo ondas de entrada de novos investidores ao longo dos últimos anos. Parte significativa dos adeptos em investimentos nesta modalidade foi atraída por consumirem conteúdo no ambiente online, onde as promessas de rentabilidade são atrativas.

Não são poucas as empresas que têm trabalhado com influenciadores digitais, ou até mesmo campanhas que visam converter clientes para assinaturas de relatórios e indicações de analistas. A entrada de mais CPFs na B3, oriundos deste tipo de comunicação, expõe um número considerável de novos investidores inexperientes ao risco de investirem em empresas cuja ação já atingiu uma valorização expressiva.

Fechado o ciclo de um ano de pandemia do coronavírus no contexto brasileiro, o país atinge o nível mais elevado na média de mortos desde o início da crise sanitária. Ora, em diversos tempos desde fevereiro de 2020 foram noticiados que o Brasil estava no nível recorde de contágios e mortes. Assim como, em diversos momentos, ações para tentar conter o fluxo de contaminação do vírus foram adotadas pelos governos. Eis que, como em filmes de roteiro repetido, chega-se ao mês de março de 2021 com tudo novamente sendo reeditado.

A mensagem é simples: a prosperidade da atividade econômica é o resultado de um dever de casa cumprido: o sistema de ensino que gera mão-de-obra qualificada; cuja qualificação impulsiona o nível tecnológico da infraestrutura; e o legislador responde à essa dinâmica instituindo regras do jogo que estimulam o espírito empreendedor ao lhes indicar direitos, obrigações, e ônus do não cumprimento. Ou seja, quais são as possibilidades de retorno de seu investimento, seus custos e riscos.

Nos dias que se seguem, a crise do coronavírus afronta os neoliberais mais uma vez, como quem provoca a paciência de um falso monge. Lá vão os cofres públicos serem abertos para injetar na economia até mesmo o dinheiro que nem lá estava, a custas de elevação da dívida pública e da elevação do esforço popular em pagar a conta no futuro. Em mais um momento em que liberais e estadistas são postos no octógono, não faltam defensores de um ou outro lado. No meio do ringue, sendo esmurrado por ambos, está o povo, alheio às tais teorias, mas ciente da realidade: será ele quem pagará por tudo e limpará a sujeira depois!

Dito de forma mais explicita, a estratégia define como a empresa vai responder aos desafios recorrentes ou como ela espera trabalhar no futuro, a partir do cruzamento dos seus pontos fortes com os pontos fracos, e das oportunidades com as ameaças identificadas no ambiente. Sob o ponto de vista da gestão empresarial, a estratégia deriva do processo denominado planejamento estratégico.

Considerando o título desse podcast, o que se quer dizer com “não olhe”? O velho ditado “o que os olhos não veem o coração não sente” ajudará a explicar. Quando uma pessoa adquire um terreno ou imóvel com o objetivo de revendê-lo no futuro, sabe que os preços dos imóveis flutuam de acordo com variáveis como oferta e demanda, poder de compra das pessoas, oferta de crédito, valorização da região, dentre outras. Há uma crença evidente que se trata de uma “aposta” (ainda que pautada em estudos consistentes) no crescimento dos preços dos imóveis no futuro, que determinará se terá sido ou não um bom negócio esse investimento.

As Demonstrações Contábeis mais conhecidas são o Balanço Patrimonial e a Demonstração do Resultado do Exercício. A primeira apresenta, de forma sistemática e detalhada, a posição patrimonial da entidade; e a segunda apresenta a performance de resultado (lucro ou prejuízo) de um determinado período, que por sua vez passa a compor o patrimônio, aumentando-o ou reduzindo-o. A junção destas duas demonstrações (existem outras, lógico) permite que o analista/acionista entenda de forma muito mais completa a situação econômico-financeira de uma empresa, haja vista sua capacidade de projetar resultados futuros utilizando essa linguagem.

O viés da disponibilidade se refere à rapidez com que os eventos recentes se manifestam para as pessoas e ganham importância relativa superior em comparação a eventos passados, muitos ainda mais relevantes. As notícias que estão sendo apresentadas nos diversos meios de comunicação, sejam digitais, de rádio ou TV atualmente faz parecer que os problemas de hoje são os piores de toda a história. Ainda que isso possa ser real, a verdade é que, ao longo do tempo, a capacidade de recordar com clareza de fatos e eventos anteriores, que poderiam servir de parâmetro para validar essa questão, vai se perdendo. Ninguém mais se lembra, com os detalhes do que se vê neste momento, do que aconteceu há cinco, dez ou quinze anos atrás.

A análise fundamentalista deve fazer parte da rotina de um investidor no sentido de sinaliza-lo para “o que comprar”, assumindo que sua aliança com uma boa análise técnica o permite investir com um bom timming, obtendo resultados mais eficientes, na média. O mercado financeiro sempre incorpora no preço aquilo que espera para a ação ao longo do tempo. Se uma empresa apresenta bom potencial de crescimento, o mercado, por intermédio de agentes participantes dele (os investidores), antecipa esse bom sinal por nos preços – aumento do volume financeiro de investimentos naquele ativo que, consequentemente, eleva seu preço.

O que 2020 deixa para todas as pessoas, para além dos aspectos materiais, é que a vida é frágil ao sopro de um vírus microscópico, devendo ser valorizada em toda sua extensão e aproveitada ao máximo em prol do que realmente vale a pena. E o que realmente vale a pena? A vida chamou para si mesma a atenção: ela própria e o que você desejar colocar em seu recheio! Se ainda tiver dúvidas do que colocar no seio de sua vida, pondere sobre o que realmente sentiria falta se soubesse que seus dias se encerrariam a qualquer momento. Após essa reflexão, considere que ainda tem vida para viver, hoje, em 2021 e nos anos que virão, se assim o Criador permitir. De uma coisa é certa, se você venceu 2020 já pode se considerar um vencedor e comemorar a vida ao lado de quem realmente importa, mesmo que de máscara e com o devido afastamento social.

Os indicadores representam uma infinidade de opções. Mas o uso de todos eles tende a ser simples, como Bollinger, RSI Estocástico e MACD. Cabe a você, nosso ouvinte, começar a degustar eles e entender seu funcionamento individual e agrupado. Aqui, o objetivo foi apenas de aguça-lo para as oportunidades que se abrem no mercado e que, às vezes, o suporte de ferramentas técnicas nos ajudam a tomar decisões um pouco menos intuitivas.

Revolto como as ditas “águas de março”, esse mês de 2020 ficará marcado na história como o período mais rápido e intenso de quedas sequenciais no mercado financeiro brasileiro. De lá para cá, em uma sinalização de expectativa, correções e esperança quanto ao futuro, o mercado veio gradativamente (rapidamente?) corrigindo os preços dos ativos, como quem sinaliza que o pior talvez tenha ficado para trás ou ao menos que não “há mais surpresas” na crise. Assim, a despeito das supostas “segundas ondas” (ou continuação da primeira), que mostram uma força ainda maior de contágio pelo coronavírus, o mercado segue sua escalada neste fim de ano.

A identificação de tendências futuras com base em movimentos passados é o ponto central deste tipo de análise. Se você é um leitor curioso, já verificou que existem inúmeros indicadores técnicos disponíveis, cada um com um propósito. Dado que esgotar o assunto foge do objetivo, vamos conhecer apenas mais dois indicadores.

Imaginar que seria possível comprar algo e obter de volta parte do dinheiro desembolsado poderia soar como um disparate tempos atrás. As operações comerciais, historicamente, deixavam de colocar algumas unidades monetárias a mais no caixa da empresa, pela concessão de descontos, e não por devolver parte daquilo que recebem (ou receberão). Ainda que conceder dez por cento de desconto ou devolver ao cliente dez reais a cada cem que eles gastem supostamente tenham o mesmo efeito financeiro, o efeito psicológico parece ser muito diferente.

A análise técnica/grafista repousa na teoria de Dow (vou te poupar desta parte. Fica para os curiosos pesquisarem). De forma pragmática, você precisa focar na aplicação dos indicadores no gráfico e não em como os indicadores são calculados. Na maioria dos casos, tais indicadores sinalizam compra ou venda quando uma linha cruza a outra, ou quando um determinado comportamento dos candles é identificado.

Corrente de esperança é a expressão apresentada por Penman (2013)* para descrever o comportamento das pessoas em depositar fé a crenças normalmente desprovidas de qualquer fundamento verídico, pelo fato de muitas outras estarem dando crédito aos mesmos rumores. Tendendo a iniciar de modo despretensioso, as tais correntes podem se agigantar com rapidez, quanto mais incautos aderem ao seu elemento de atração. Fake news e pirâmides financeiras se baseiam nos fundamentos da corrente de esperança.

Investir em ações exige uma série de habilidades: comportamentais, de finanças, economia, contabilidade, além de outros conhecimentos e técnicas. Esse conjunto de habilidades pode ser resumido em dois grandes blocos de análise: i) fundamentalista; e ii) técnica. Os dois devem caminhar juntos. Na prática, uma análise fundamentalista está preocupada com as “explicações” sobre o comportamento dos preços, do ponto de vista econômico – macro e micro –, político, características específicas da empresa e seu ambiente. Já a análise técnica está preocupada em identificar padrões nos preços, por intermédio de gráficos e fórmulas matemáticas e estatísticas.

O ano de 2020 está terminando, deixando consigo uma das mais emblemáticas lições a qualquer empreendedor, seja ele iniciante ou gestor experiente. Provavelmente, nunca, em tão pouco tempo, tantas transformações aconteceram ou foram provocadas. Considerado por muitos como o “ano que acabou sem ter começado”, a verdade é que 2020 carrega no seu tempo eventos que poderiam ser cobertos por diversos anos, tendo tudo para vir a ser lembrado como um dos períodos mais emblemáticos da história recente da humanidade.

No último dia 09 de novembro deste ano, “o fim” do coronavírus voltou a ser discutido em todo o mundo. Isso porque tanto a Pfizer quanto a BioNTech anunciaram que suas vacinas eram mais efetivas do que o esperado anteriormente, atingindo marcas superiores a 90% de eficiência. “Good news” como essas tendem a inflar a esperança dos investidores mundo afora, fazendo com que os mercados “disparem” no curto prazo.

As escolhas que qualquer pessoa faz na vida sempre terão uma fatura a ser resgatada no futuro. Essa fatura pode representar ganhos ou perdas, mediante a direção que as citadas escolhas apontem. Isso vale para decisões em qualquer área, seja pessoal ou profissional. Sendo assim, redamo-nos a discorrer inicialmente sobre as escolhas no contexto da gestão empresarial.

Em um país que mais da metade dos brasileiros não conhece e não utiliza produtos de investimento, 80% dos trabalhadores não conseguem poupar para realizar alguma forma de investimento e, dos que conseguem, a maioria “investe” em poupança; há de se esperar que o desconhecimento acerca da variedade de produtos disponíveis aumente a curiosidade do potencial investidor sobre as ações.

Decerto que o mercado de renda variável é atrativo. Lógico! Os maiores retornos estão naqueles ativos mais arriscados, já dizia Harry Markowitz e tantos outros. Diante disso, as ações em algum momento se tornam uma espécie de possibilidade de ganhar dinheiro.

Pense sobre esse tripé: comodidade, customização e interatividade. Mas não fique só no pensamento, reveja seus processos e práticas e faça com que seu cliente tenha maior protagonismo na relação de consumo que mantém com o seu negócio. Até porque você só terá sucesso se seu cliente estiver satisfeito, correto? Quer satisfação maior do que ele adquirir aquilo que quer, do jeito que deseja? É provável que esteja disposto até a pagar a mais por isso, desde que a experiência valha a pena. Que tal apresentar ofertas cômodas, personalizadas e interativas que valham a pena?

Já investe há um bom tempo e tem certo nível de maturidade no mercado financeiro? Este tipo de fundo pode ser para você. Diferente dos outros ativos, este tem como característica seguir a variação de preços de moeda estrangeira, seja euro ou dólar. É uma opção para aqueles que querem investir na moeda, mas não querem compra-la diretamente, em espécie, ou via minicontratos de dólar futuro.

A crise está mordendo os calcanhares de quem é empregado do setor privado no Brasil (o do setor público, por hora ainda não foi mordido, mas já vê a corda, que prende a fera que rosna, querendo arrebentar). A insegurança trazida por esses dias coloca dúvidas sobre o futuro dos empregos, que já mostrou índices descendentes no último trimestre. Se por um lado os empregos estão sendo colocados sob a guilhotina do arrocho econômico, por outro, seguindo uma tendência genética típica dos herdeiros do sofrimento, o brasileiro vai se virando.

Há mais de cinco décadas atrás, o Prêmio Nobel Harry Markowitz contribuía com a literatura de finanças e com o mercado financeiro através da sua teoria do portfólio, cuja síntese (uma delas) culminou na célebre frase “não coloque todos os seus ovos na mesma cesta”.

A ideia desta frase está relacionada à possibilidade teórica (e prática) de se reduzir o risco em uma proporção maior do que a redução do retorno (lembra da relação risco retorno, já discutida em artigos anteriores?). Ainda que existam personalidades igualmente importantes no mercado financeiro que pensem o contrário, a diversificação pode ser favorável, especialmente para aqueles que não são especialistas em investimentos (para a palavra especialista aqui, quero dizer Warren Buffet, George Soros, Steven Cohen e tantos outros… não aquele especialista que nos assessora quando precisamos).

Diferente dos fundos de investimento em renda fixa, discutidos no artigo anterior desta série, os fundos de investimentos baseados em ações, como o próprio nome sugere, tem pelo menos 67% do seu patrimônio composto por ações, cotas de outros fundos de ações, de índices de ações e outros derivados.
Desse modo, um fundo de ações é um fundo que concentra seu patrimônio em renda variável, sugerindo risco significativamente maior em relação aos fundos de renda fixa e, consequentemente, maior probabilidade de retorno (positivo ou negativo).

Nos dias atuais, diversos “vencedores”, ou galhofeiros de plantão, estão escrevendo suas estórias, ao se posicionarem como infalíveis. De quem estamos falando? Dentre outros dos operadores e investidores diversos do mercado financeiro. Como sujeitos imunes ao vírus da derrota, contam apenas seus supostos acertos, demonstrados como praticamente unânimes em suas investidas operacionais. A verdade é que a vida não é uma sucessão de vitórias sem perdas. Por isso, apresentar os fatos como eles realmente são talvez fosse mais honesto. Contudo, a honestidade pode não render frutos financeiros ou likes.

Os fundos de renda fixa simples são fundos cujos recursos estão alocados em sua maioria (pelo menos 95%) em títulos do tesouro nacional ou outros títulos lastreados neste tipo de papel, além de títulos de dívida de bancos sólidos. São os fundos mais conservadores, cuja rentabilidade líquida pode ser semelhante, levemente pior ou melhor do que a caderneta poupança, dependendo das condições econômicas, das taxas de administração cobradas pelo gestor do fundo e do tempo que o investidor mantém o papel na carteira. Portanto, este tipo de fundo se destina ao poupador que estuda iniciar sua diversificação em outros papéis para além da poupança, mas que ainda não se sente seguro em investir diretamente em títulos do tesouro. Contudo, cuidado! Assim como qualquer tipo de investimento, é preciso conhecer os detalhes do fundo, como suas taxas de administração e o período que deseja manter o título (pois o Imposto de Renda pode ser um vilão para este tipo de investimento em casos de resgate no curto prazo).

Imagine três hipotéticas situações: i) você ganhou na mega sena acumulada; ii) você herdou uma fortuna milionária; iii) você tem dinheiro acumulado de uma vida inteira de trabalho duro. Para qualquer um dos cenários propostos, seu objetivo neste momento é colocar o dinheiro “para trabalhar para você” e não o perder em decisões equivocadas. Em outras palavras, você precisa decidir onde melhor investir seus recursos e percebe que a coisa não é nada simples. Bem-vindo um dos mais complexos ambientes de decisões financeiras: o dos investimentos!

Quatro são as classes de fundos de investimento no Brasil, a saber: i) fundos de renda fixa; ii) fundos de ações; iii) fundos multimercados; e iv) fundos cambiais. É importante comentar que a eficiência (leia-se alocação adequada) na aplicação em fundos depende do conhecimento que o investidor tem sobre o mesmo, e isso implica dizer que é preciso, minimamente, compreender de que forma o fundo funciona e em que tipo de ativo ele investe.

Amostras, brindes, degustações, vídeos, músicas, alimentos diversos, conhecimento, informação, copos d’água e tantos outros elementos que poderiam encher linhas e linhas de um livro infinito, estão todos os dias sendo dados de graça. Tudo em prol do fortalecimento dos laços de reciprocidade, reconhecimento, valorização e outros tantos elementos de correspondência mútua, que faça com que o grátis seja compensado por algo de mais valor, mas que pareça banal à contraparte. E são esses elementos os verdadeiros geradores de riqueza e que fazem com que a máxima do notável economista Milton Friedman, “não existe almoço grátis”, siga eterna.

Pense em um condomínio e a sua forma de gestão. Os fundos de investimento são análogos. Tecnicamente, são constituídos na forma de condomínio, no qual uma série de recursos, de diversos investidores, são geridos por uma pessoa ou equipe. Esses fundos aplicam seus recursos em títulos da dívida pública (já vimos, o Tesouro Nacional neste artigo), derivativos (que veremos mais adiante), além de ações, ouro e diversos outros ativos disponíveis no mercado.
Diante desse contexto, ao aplicar em um fundo, o investidor está alocando seus recursos em cotas (partes) deste fundo, proporcionais ao total dos recursos geridos por ele. Por ser constituída na forma de condomínio, tais recursos alocados pelo investidor não vão para o banco para que este use em sua gestão, diferente do CDB – visto no artigo anterior da série. Também por este motivo, os recursos investidos em fundos de investimento não contam com a garantia do FGC.

No Brasil, segundo dados da PwC, três em cada quatro empresas de origem familiar fecham quando são passadas para os herdeiros. Boa parte da causa está associada a questão de conhecimento para gerir o negócio e por problemas na sucessão, vinculados a relação de poder entre os herdeiros e conflitos familiares internos. Bernhoeft e Martinez (2013) destacam que é preciso construir um alinhamento compartilhado da gestão do negócio e criação de uma clara estrutura de poder, para que o processo de sucessão não fracasse. O que é raro de se ver, especialmente em empresas familiares de pequeno até médio porte é a construção de um plano de sucessão clara, quando existente.

Os CDBs, assim como os LCIs e LCAs, são títulos de dívida emitidos pelos Bancos. Desta forma, estes captam recursos a uma renda pré-determinada (renda fixa). Na maioria dos casos, a remuneração é atrelada ao CDI. Logo, considerando que o CDI segue a movimentação entre bancos (é único, independente do Banco que está emitindo o CDB ou LCI/LCA), o que vai diferenciar a remuneração destes papéis é o tipo de banco que está emitindo.

Quer coisa mais limitada do que meta de faturamento? Temos casos de empresas batendo metas de vendas e obtendo resultados muito piores e até prejuízo, quando o resultado é comparado a meses de vendas menores. Isso acontece pelo fato de muitos gestores definirem as metas desconsiderando a dinâmica do ponto de equilíbrio e a relação que a sustenta, baseada na associação entre vendas, custos e margens de contribuição.