DEUS NÃO ME ADICIONOU!

Muitos místicos podem até dizer que essas críticas, só os afastam da Ciência, pois um dos aspectos mais triste da vida, é que quanto mais a Ciência avança, mais ela se afasta de Deus. Mas não percebem que em relação ao aspecto mais triste da vida, não é constatarmos que os avanços na Ciência são proporcionais ao retrocesso em relação aos deuses, que há muito já deveriam desaparecer junto com as mentiras que os fizeram “existir” e nem que as religiões perdem adeptos à medida que as pessoas adquirem conhecimento, discernimento e bom senso. Mas saber que a Ciência ganha conhecimento mais rapidamente que a sociedade em sabedoria, como prognosticou Isaac Asimov. Se você concorda, então não se esqueça: se o tempo não para e nem espera, é porque a vida não tem botão de pausa, o que passou, passou, o ontem é história, o amanhã é um enigma e o hoje é o presente que nos ajudará superar os erros antigos para tentarmos descobrir novos conhecimentos que gerarão sabedoria para que vocês continuem buscando explicações para o milagre da vida e os mistérios da morte. Você poderia corretamente contrapor isso, dizendo que para entendermos a vida, devemos olhar para trás. Sim, mas se o importante na estrada da vida são as decisões que tomamos no caminho, pois são elas que nos ajudam a chegar na reta final, olhemos para trás somente para avaliar as nossas marcas e assim corrigirmos a rota, pois se partirmos do princípio de que na estrada da vida o passado é contramão, devemos deixar para trás tudo o que não nos leva para frente.

Devemos realmente basear nossas vidas no passado?

Para entendermos tudo que a bíblia, essa coleção de muitos livros escritos durante séculos quer dizer e ensinar precisamos conhecer a história da época em que ela foi escrita, conhecer um pouco dos homens que a escreveram e para quem escreveram. Eu sei que ela foi escrita dentro de um contexto histórico, por homens que viveram numa determinada época e que a mesma foi dirigida a um povo primitivo. Ou seja, essa lenda cuja origem perde-se na noite dos tempos foi escrita por homens assim como você e eu, e não por seres sobre-humanos. Tudo bem que os místicos acreditam que a bíblia tenha sido inspirada por Deus, que os homens que a escreveram eram guiados por Deus e por isso, a bíblia é o livro de Deus para nós, como escrito em II Pedro 1:21 e que suas doutrinas antigas ainda sirvam para os homens contemporâneos. Que fique claro meu caro leitor,  que o principal objetivo desta conversa não consiste em mostrar se devemos, ou não dizer às pessoas que caminho seguir e nem como fazer as coisas, o seu objetivo é fazê-las capazes de fazer coisas novas e mostrar novas estradas para que simplesmente não repitam o que outras gerações fizeram e para que não percorram caminhos já traçados por outras, que não as levaram a lugar nenhum.

Um recado ao amigo religioso!

Tudo bem que o mal de quase todos nós, observado por Norman Vincent Peale, “é que preferimos ser arruinados pelo elogio a ser salvos por críticas que nos corrigem.” Mas se na vida devemos brindar aos nossos defeitos, já que com as nossas qualidades ninguém se importa mesmo, passemos a elogiar as pessoas, mais pelos seus muitos defeitos inatos do que pelas suas poucas qualidades inerentes, até porque se não somos capazes de tolerar nos outros os defeitos que nós próprios possuímos, não podemos exigir dos outros, qualidades que ainda não temos.  Eu sei que os homens em geral formam suas opiniões guiando se antes pelas aparências, pois todos sabem ver, mas poucos conseguem distinguir o que parecemos ser, do que realmente somos, ou ver que somos principalmente o que fazemos para mudar o que somos. Por isso não devemos nos preocupar com o que as outras pessoas estão pensando a nosso respeito, mesmo que não estejamos fazendo nada para mudarmos, por que em muitos casos elas estão muito ocupadas preocupando-se com o que estamos pensando a respeito delas. E esse é um ótimo motivo para que todos nós devêssemos nos tornar tão especiais quanto imaginamos, para sermos na realidade, o que parecemos ser, mesmo que não sejamos.

SÓ PARA ILUSTRAR!

No Gênesis está escrito que antes da criação só havia um caos de trevas que a “tudo” cobria... Mas se antes da criação só havia um caos de trevas que a “tudo” cobria, então como é que pode haver algo antes da criação, se antes dela não havia nada? De onde veio esse "tudo?” Do nada? Vamos à outra explicação que também não explica quem projetou o projetista do Universo. O senhor diz que tudo só pode ser obra de um criador perfeito e onipotente. Mas que explicação lógica teria para vir a existir do nada esse criador perfeito, quando você não admite ser possível surgir sequer uma proteína do acaso? De onde não pode surgir o micro, pode surgir o macro?  Agora vamos refletir sobre duas improbabilidades quase absolutas de Deus ser o criador do Universo e de si mesmo. Na primeira, John Hospers discorre sobre esse tema de uma forma muito elucidativa, observando que "um dos argumentos para existência de Deus é o de que tudo deve ter uma causa. Deus seria a causa da existência do Universo e não teria ele próprio, uma causa. Mas isto contradiz o próprio argumento, que supostamente implica na existência Dele. Se tudo tem uma causa, Deus também deveria ter uma. Ou seja, se o pressuposto é verdadeiro, a conclusão é falsa e se a conclusão é verdadeira, o pressuposto é falso. É um argumento autocontraditório, mas as pessoas não se dão conta disto, por que uma vez tendo chegado aonde queriam, preferem não examinar mais a questão."

Se a bíblia fosse um manual de instruções, os mandamentos da lei de Deus seriam amplamente respeitados e jamais a moral dos princípios dos 10 mandamentos Satânicos seriam considerados por muitos, superior à dos 10 Mandamentos. Veja que mandamentos como não roubarás e não matarás, está entre nós há aproximadamente 3 mil anos e, no entanto na bíblia, há cerca de 2,5 milhões de assassinatos em nome de Deus e apenas 5 imputados a Satanás, quando da aposta de Deus em relação a Jó. E ainda me vem um tal de Michael Green, nos dizer que “ninguém concebeu progressos morais desde os ensinos de Jesus”, como se para a imposição de um código de valores seculares, morais e éticos à Humanidade, fosse necessária uma legitimação divina. Veja que no século 18, por exemplo, os ideais de igualdade e justiça social, aceitos hoje como uma preocupação Ética, surgiram de formulações dos filósofos iluministas que acreditavam ser possível defendê-los com base na razão, não na religião.   Dr. WLC, dentre os filósofos que mais admiro pela qualidade de seus textos acerca do ateísmo, um deles é o francês Jean-Paul Sartre, o mais proeminente do existencialismo, que em meados do século 20, em sua obra “O Ser e o Nada”, demonstra a existência como sendo validada por si própria e fala da má-fé que a crença em Deus e na religião, trazem ao anular a responsabilidade do homem perante a sua existência, pois de nada adianta buscar um propósito da existência para além da vida humana, já que a nossa própria condição de seres que vivem em sociedade é suficiente para justificar a prática de valores solidários.

Muitos crentes ficariam horrorizados ao ouvir tais heresias, mas não percebem, primeiro: se Deus não existisse e tudo fosse permitido, então Deus não poderia ser brasileiro (se existisse, claro!), pois no Brasil tudo é permito! Segundo: Kant, o proponente de “O argumento moral”, também criou um argumento moral, quanto à existência de Deus e o mesmo se tornou grandemente popular durante o século XIX. Tem hoje toda a espécie de formas e uma delas é a que afirma que não haveria o bem ou o mal, a menos que Deus existisse, mas mesmo assim você afirma que se Deus não existe, tudo seria permitido, sem nunca se perguntar, se Deus existe, se por outro lado, valeria à pena fazer alguma coisa.    Vocês ateus podem até afirmar que se existe Deus, então todos os esforços da Humanidade para se entender e se autogerir, toda a Ciência e toda a Filosofia, de nada valeriam. Pois se existe Deus, então não existe ética ou moralidade: somente adequação ou não às regras impostas pela divindade. Mas claro que valeria!   Não para nós! Nós não alimentamos a perspectiva de necessidade de encontrar uma base fatual que prove a inexistência de Deus, pois a sua própria existência faria a própria vida não ter sentido, uma vez que condenaria ao fracasso qualquer iniciativa do ser humano para mudar o estado das coisas, visto que tudo estaria predestinado, diferente do ateísmo, que conduz à responsabilização do indivíduo pelos seus atos. Pois da mesma maneira que o culpa pelos seus erros, lhe dá também todo o mérito pelos seus acertos e ainda o incentiva a não mais colocar culpa nos outros, ou se apoiar em algo imaginário.

Dr. WLC, se o senhor afirma que não existe moralidade sem Deus, com certeza discorda de Einstein, quando disse que nenhuma base religiosa seja necessária à educação, por acreditar que a bíblia seja um manual de bons costumes e ótimos exemplos e dessa forma a considera como um potente motor de mudança positivas em sociedades decadentes. Mas aqui está outro argumento baseado na ignorância de quem não sabe que os sistemas éticos/morais, baseiam-se em valores humanos que brotam no interior dos nossos cérebros e não advindo de deuses, pois se apontasse para um “deus”, então nós somos deuses, pois esses conceitos são simplesmente projeções conceituais de ideais humanos.   O senhor pode até alegar que o ateu por não seguir uma religião, ou não acreditar em Deus, está automaticamente desprovido de valores morais e virtudes éticas. Mas saiba que os descrentes, são no mínimo tão morais quanto os crentes e por razões melhores, se partirmos do princípio não só de que a moral só faz sentido sem Deus, mas principalmente porque a hipótese “Deus” não é a criadora e muito menos proprietária exclusiva da moralidade. Portanto, se Deus existe não haveria moral e muito menos um apelo moral universal, porque obrigatoriamente teríamos que fazer o que está escrito na bíblia e eu tenho certeza que você não faria, pois essa mesma bíblia que dita os padrões de um deus dito moral, está repleta de imoralidades.

Apocalipse NOW!

Dr. WLC, muitos religiosos divulgam na Internet, mortes trágicas de pessoas famosas que acreditavam, ou não no cristianismo, no intuito de infundir o medo nas pessoas, ou convence-las da necessidade de crença em um deus que supostamente dito ter dito: "Não vos deixe enganar: de Deus não se zomba; porque tudo o que o homem semear, isso também ceifará" - Gálatas 6:7. Mas o senhor acha que seja moralmente correto o seu deus supostamente ter matado John Lennon, por ter dito que Jesus era legal, mas que suas disciplinas eram muito simples? Tancredo Neves, por ter dito que nem Deus o tiraria da presidência da República? Brizola, por dizer que acolhia até o apoio do demônio para se tornar presidente? Cazuza, por ter soltado a fumaça de um baseado para cima e ter dito: "Deus isso é para você!" O construtor do navio Titanic, por ter dito que nem se Deus quiser ele tomba o meu navio, ou a Marilyn Monroe, por ter dito: "Não preciso do seu Jesus", para vingar heresias simples? É ético o seu deus deixar que o querido Papa João Paulo II, ter sido baleado gravemente por um terrorista em pleno Vaticano, depois de ter proclamado que a Teoria da Evolução é "mais que apenas uma hipótese"? O senhor pode ardentemente desejar que eu vá arder nos "quintos do inferno" pela minha heresia, mas saiba que JP II, também disse que "o inferno existe, não como um lugar, mas como uma condição".

Dr. WLC, se existe uma coisa que é pública e notória sem nenhuma possibilidade de contestação é a capacidade de um religioso na hora de lutar para impor suas opiniões mesmo fundamentas em alegações tão sólidas quanto as nuvens que compõe o seu fictício céu. Mas pode dizer que nós ateus inspiramos também, que Deus removeu as rodas das carruagens dos egípcios - Êx 14:25, que Deus jura por ele mesmo - Gn 22:16, que Deus raspou os "cabelos dos pés" (Cabelos dos pés é um eufemismo bíblico para pelos pubianos) - Is 7:20, e que gente associa sua força ao cabelo - Jz 16:17.   Dr. Craig, todos nós sabemos que muitas coisas na vida não fazem qualquer sentido, mas veja que a maioria delas se encontra na bíblia. Mas pode dizer que imagens de hemorroidas de ouro - I Samuel 6:4-5, 6:11, 6:17, sementes mortas germinando, ursos matando 42 crianças - II Reis 2:23-24, as cobras de Deus, as cobras de Moisés - Nm 21:8, Deus enviando um leão para matar - I Reis 13:11-26, gente despedaçando leão - Jz 14:5-8, existência de Dragões, Unicórnios, tantos camelos quanto a "areia que há na praia do mar - Jz 7:12, é tudo criação de nossas mentes ateias, irracionais muitos loucas.

Pode falar que fomos nós ateus que jogamos a bomba atômica no Japão, a de napalm sobre o Vietnã, e que somos nós que fornecemos armas para todas as guerrilhas. E que somos a extrema direita fanática composta de fervorosos ateus, que na contramão do criacionismo e do DI (Design Intelligent), obrigamos as escolas a ensinar a Teoria da Evolução de Darwin, que é apenas uma teoria não provada, que sempre muda, que só faz previsões, que não pode ser falseada, que não explica a consciência, a inteligência, a linguagem, a moralidade e principalmente a criação do Universo e o desenvolvimento da vida.   Fale também que a Teoria da Evolução, é a base de uma sociedade imoral e que a culpa do aumento da intolerância, da criminalidade, do atraso social e intelectual, da pedofilia, da prostituição e da promiscuidade em geral, é do Darwinismo que prega que o homem é um animal e, portanto, sem ética. Pode dizer que pelo Evolucionismo implicar em ateísmo, que a Evolução passa a requerer fé e que isso faz dela uma religião sem propósito para a vida, já que nega o papel de Deus. Pode dizer que o aumento da ignorância científica, é também dos evolucionistas que afirmam que o acaso pode ter criado a vida, que tudo surgiu a partir do nada e que a partir daí, só vida origina vida, para que vocês continuem questionando: por que ainda existem macacos se eles evoluíram e por que o homem parou de evoluir?

Dr. WLC, eu acho que está na hora de os ateus abandonarem o mantra ingênuo e repetido de que a crença religiosa por milênios tem sido a fonte principal dos conflitos e da violência humana e assumirem que é o ateísmo e não a religião, o responsável pelos piores assassinatos em massa da História. Mas vale ressaltar que Stálin e Pol Pot, eram loucos sanguinários e fizeram o que se espera de loucos sanguinários no poder. Seus supostos ateísmo foram apenas detalhes e não a razão para os massacres. Os crimes dessas ditaduras comunistas não foram fruto da essência do ateísmo, mas sim do lunatismo ideológico político, nacionalista e racial de cada um.  Eu sei que para um místico leigo, não faz nenhuma diferença, se Pol Pot e Stalin não levantaram a bandeira do ateísmo e não tenham praticado seus massacres pelo simples fato de serem ateus, diferente dos soldados do cristão Hitler, que usaram a frase “GOTT MIT UNS” (“Deus conosco”) nas fivelas de seus cintos, assim como as expedições militares comandadas pelo papa Inocente III, no século XI (as Cruzadas), onde os combatentes levavam no peito o emblema da cruz (razão pela qual eram denominados cruzados.) com a seguinte inscrição latina: In Hoc Signum Vincet, que significa: “Em nome da cruz, venceremos.”

Ser humanista secular, não só ter uma postura filosófica que abraça a razão humana, a ética, a justiça social e o naturalismo filosófico, ou só rejeitar especificamente o sobrenatural, as pseudociências com seus dogmas e suas tradições. É também viver centrado nos interesses, ou valores humanos, para buscar constantemente a verdade objetiva, tendo entendido que a nossa imperfeita percepção dessa verdade é constantemente alterada por novos conhecimentos e experiências que nos livra de ilusões, superstições e ideologias, quer religiosas, políticas, ou sociais, que devem ser avaliadas e testadas em foro íntimo, em vez de simplesmente aceitas quando impostas por uma questão de fé.   Por isso, ser humanista, é ter posições filosóficas que buscam as soluções de problemas humanos em seres humanos em vez de deuses, até porque o Humanismo, é uma filosofia que normalmente rejeita o sobrenatural e dá ênfase à dignidade do indivíduo e ao seu valor e capacidade para a autorrealização pessoal através do uso da razão, que nos faz ver que se filosofar é uma fase da vida que a abandonamos apenas no túmulo, não devemos incutir a teologia em mentes infantis, se ela as prendem ao berço da imaturidade.

Muitas pessoas gostam de dizer que se não podemos mudar a realidade, devemos mudar os olhos com os quais a vemos, ou se não temos um caminho novo, devemos procurar um jeito novo de caminhar. Mas se você não quer mudar a sua realidade simplesmente a vendo de uma forma diferente, ou achar um novo caminho, caminhando de um jeito novo, porque sabe que a gente só muda a nossa realidade e a realidade que nos cerca, é trilhando novos caminhos que nos levará a mudança.     Adquira novos elementos de transição, como novos ares, ou olhar para dentro de si mesmo, para obter uma nova transformação da realidade que o cerca. Pois de uma coisa eu estou certo: agindo assim você não mais verá o mundo com novos olhos, ou com os velhos mudados. Você verá a realidade que já existe em você mesmo, e essa é a sua nova realidade! Mas se mesmo olhando para dentro de si, você não consegue visualizar outro caminho além daquele que sempre trilhou, leia sobre o que busca e continue tentando mudar a sua forma de pensar e olhar enquanto caminha, fatalmente achará uma nova visão que vai te ajudar a tornar visível um caminho novo que o fará voltar a andar como você gosta e isso pode ser um impulso para o seu primeiro passo.

Tudo bem que no Brasil, muitos professores estejam mais ocupados, separando brigas (ou se defendendo), recolhendo armas e drogas, do que ensinando qualquer matéria. Mas por que ao invés de querer doutrinar crianças sem formação intelectual, vocês não focam mais intensamente esse belo trabalho espiritual nos presídios, nos hospícios, nos hospitais e nos puteiros? Será que não está claro que vocês religiosos estão travando uma desumana guerra contra o intelecto natural das crianças ao impor conhecimentos de um livro repleto de equívocos e verdades impossíveis e que não faz mais sentido matricular seu filho em escolas que inspiram crenças em absurdos mitológicos em detrimento à valores universais atuais? O senhor não acha que crianças deveriam ser estimuladas a questionar e pensar ao invés de acreditar?

Você pode até acreditar que o laicismo, seja um princípio de fraternidade e que quando se retira os direitos da Igreja Católica, ou Protestante de ensinar religião nas escolas públicas, esteja atentando contra a liberdade de pregar a palavra de Deus. Mas a função da laicidade não é estar contra nenhuma religião e nem atentar contra a liberdade de se pregar a palavra de Deus, mas de evitar que “uma” religião intervenha no Estado e querer impor somente os seus valores confessionais. Portanto tirar das Igrejas a possibilidade de ensinar religião nas escolas públicas, não é tirar-lhe um direito, mas sim um privilégio imerecido, não porque não exista um curso de secularismo ateu, de humanismo da filosofia budista, ou o espiritismo da doutrina Kardecista nas escolas públicas, mas porque já passou da hora de dar o livre-arbítrio para as crianças e o direito de escolha para as famílias, sobre o que será incutido dentro da cabeça dos seus filhos.

Só para ilustrar: satisfação não é querer o que você quer, satisfação é você conseguir não querer e mesmo assim estar satisfeito com o que tem. Pois sabemos que quando não conseguimos ter o que queremos, é isso que nos torna insatisfeito. Portanto, da próxima vez que você for querer algo, não queira algo para ter, queira algo que o faça ser. Porque quando você é, você pode ter o que quiser. Tudo bem que você sendo, pode até não ter o que muitos têm, mas não se esqueça, que agora você é o que poucos são, e isso não tem preço, pois não se compra.

Ser ateu, é saber que em muitos casos não é a religião que nos prendem, mas nós mesmos que nos aprisionamos e nem notamos que a porta estava aberta todo o tempo e o que faltava era coragem e atitude para libertar-se. Pois ser ateu, é ter nascido do ventre da mãe Liberdade para ser prisioneiro dela, em uma cela sem paredes. É ter a avidez de conhecimento como o motor propulsor que nos impulsiona pelos distintos e complexos campos do saber, pois sabemos que essa coisa de céu não é o limite. É ter liberdade de pensar livremente, já que ninguém pode aprisionar a nossa mente, é poder usar a dádiva do conhecimento para ser formador de consciências questionadoras e críticas para que um dia a Humanidade deixe de acreditar e queira saber.

Tudo bem que por milênios, as pessoas só podiam ver as coisas pelo prisma de Deus. E por séculos, a religião através de sua Teologia impôs seus mitos, seus dogmas e sua doutrina. Mas por que depois do advento da Ciência, com questionamentos sérios sobre sua utilidade e objeções oportunas sobre Sua plausibilidade, vocês ainda querem que as pessoas deixem de discutir esse assunto para apenas continuar acreditando? O senhor pode até admitir que não seja pelo medo de não crer em entidades mitológicas, mas saiba que enquanto a fé é para religião uma questão de certeza, e a coragem de duvidar um pressuposto da Ciência, nada vai impedir dela continuar desmascarando e anulando os mitos e os dogmas de sua crença.

Só para ilustrar: várias pesquisas científicas já provaram que oração não serve para nada, pois orar é o mesmo que falar com as paredes e esperar que elas respondam. E todos que rezam já deveriam saber, pois suas orações nunca foram atendidas e jamais serão, porque não há ninguém para ouvir, exceto as paredes, que dizem ter ouvidos, claro! Portanto independente de os místicos do abstracionismo, digo: do Cristianismo aceitarem ou não que a oração e sua crença trabalham com “teorias” abstratas e conceitos não científicos e que por serem simples ideologias, tem que ser tratadas como tal, eu sempre que possível aconselho essas pessoas a criarem bactérias embaixo de suas unhas para que obtenham um pouco de cultura, ou que conversem com um saco de cimento, para quem sabe, possam absorver algo de concreto.

Ser ateu, não é só não aceitar ter de entrar em repartições públicas e ser forçado a ver a imagem de um homem agonizando em uma cruz, cravado por pregos; discordar da mensagem: “Deus seja louvado” impressa em nosso dinheiro; ficar indignado ao ser comparado à radicais com cunho em magia negra; não admitir a divindade de Cristo; não aceitar a existência do céu e do inferno; recusar milagre; repudiar o caráter divino da bíblia, ou qualquer outro tipo de manifestação religiosa menos popular. Ser ateu, é também caracterizar-se pela ausência das convicções que constituem o repertório mental dos crentes nas religiões teológicas, ou pela negação delas. Em suma, não acreditar em deus não basta para ser ateu. Pois ser ateu, não é uma simples oposição, ou rebeldia contra uma crença. Ser ateu, vai muito além até mesmo de buscar todos os elementos possíveis que possam manter nossa descrença.

Tudo bem que na Filosofia, a primeira instância para aceitação dos seus conceitos, é a discussão e da Ciência, a última instância para aceitação das suas teorias, é a observação e a experimentação, diferente da religião que tem para aceitação dos seus conceitos a autoridade. Mas será que depois de mais de 400 anos, não devemos concordar com Galileu Galilei, de que "a verdade é filha do tempo e não da autoridade?" Eu mesmo não preciso que alguém me diga o que fazer, o que pensar, no que acreditar, o que comer, o que vestir, ou o que ser, pois já superei essa dependência mental e não preciso mais seguir cegamente as ordens, ou conselhos de nenhuma figura de autoridade.   Se o faço, é porque tais ordens, ou conselhos “fazem sentido”, ou seja, são razoáveis por advir da razão e do que pensamos ser o certo. Agora, se muitos cientistas e filósofos, acreditam que seja possível cada qual encontrar “a sua verdade”, sem partir de algum tipo de crença espiritual, qual o sentido de se crer e não buscar a confirmação de sua fé de maneira científica, ou filosófica? Medo da verdade?

Até entendo um místico não saber que Tiger Woods, “quanto mais treina, mais sorte ele tem”, já que o místico reza a vida inteira denotando falta de confiança em si próprio, ou nos desígnios do seu Deus, que por ser onisciente deveria saber do que ele precisa. Mas qual o sentido de se ter um pé de coelho no chaveiro, ou uma ferradura atrás da porta, se ferradura desse sorte, o pé coelho já vinha ferrado? Baseado nisso, será que as pessoas não percebem que um “cara pintada” dançando para as nuvens para que chova, um “cara pálida” orando para que o Sol nasça no dia seguinte, ou um supersticioso “cara de pau” que tem o poder de obter o que precisa sem necessidade de oração, portando um pé de coelho para lhe dar sorte, resulta na mesma proporção de pedidos atendidos? Parodiando uma frase de Isaac Asimov.   Quando eu soube que a oportunidade bate à nossa porta, na hora eu pendurei uma ferradura na minha. Mas eu devo ser muito azarado, pois mesmo assim a oportunidade nunca bateu à minha porta. Às vezes eu acho que ela só bate, quando eu estou no fundo do quintal cultivando meus trevos de 4 folhas para os meus amigos Duendes exportarem para Irlanda. Mas não foi isso, eu acho que deve ser porque a casa que é azarada. Eu estava até pensando em vendê-la com os trevos e tudo mais. Mas aí eu consultei um amigo tarólogo, que leu minha mão, jogou os búzios e me sugeriu que saísse de casa e procurasse um emprego. Hoje “graças à Deus, digo: a aquele que não existe”, eu descobri que a sorte chama-se trabalho e que Deus só ajuda quem trabalha.

Você que não desistiu da vida que planejou para o futuro e ainda não voltou para a realidade, por não saber que a verdadeira vida te aguarda aqui e agora, pode até achar que o maravilhoso da fantasia, é nossa capacidade de torná-la realidade. Mas se você tem consciência de que os grandes feitos invocam nossas maiores habilidades de realização e que você é do tamanho dos seus pensamentos e sonhos; mesmo que você pense e sonhe pequeno, saiba que segundo George C. Marsball, “os pequenos atos que se executam, são melhores que todos aqueles grandes que se planejam”, até porque muitos que se dedicam demasiado às pequenas coisas como a oração, tornam-se normalmente incapazes praticar as grandes ações.   Sei que por mais impossível que possa parecer, a grandeza de querer tornar seus ideais em realidade, pode se transformar em algo tão profundo, quanto a sua convicção de poder realizar. Mas saiba também, que da mesma forma que os sonhos são de graça, custa muito para realizá-los, pois a nossa capacidade real em relação às fantasias, muitas vezes é só a de criá-las. Portanto, se você é daqueles que acredita que o futuro pertence aqueles que acreditam no poder de realização de seus sonhos, acorda para realizá-los, mas se acredita que o sonho é uma maneira de traduzi-los em realidade, é melhor continuar dormindo! Zzzzz    Só para ilustrar: se partirmos do princípio de que a generosidade, consiste em dar antes de ser solicitado e que esta é a prova cabal de que Deus não é onisciente, haja vista que também não é pós-onisciente, já que também não dá nem depois de solicitado, não fica claro que devemos ir confiantemente na direção dos nossos anseios, pois sabemos que nenhum deus onisciente vai nos ajudar realizá-los, pois se fosse ajudar, não seria necessário desejar?

Tudo bem, que quem tem Espírito crítico não precisa de Espírito Santo. Mas se toda e qualquer pessoa que lê a bíblia pode interpretá-la a partir da assistência do Espírito Santo, ou se estiver sob o rótulo de protestante, por que todo dia, se abre uma nova igreja para se pregar para novos crentes? Aliás, se Lutero não era confiável, por que razão um crente desavisado deveria dar crédito a um pastor/padre que lhe vem falar de Jesus e seus ensinamentos, se até mesmo a existência de Jesus e seus ensinamentos também não o são, haja vista que tudo que Jesus supostamente fez ou falou, já havia sido dito, ou supostamente falado por outros deuses solares?

Outro detalhe: até entendo Lutero ter dito que “a razão deveria ser destruída em todos os cristãos”, mas qual o sentido de um homem místico dizer de boca cheia: a religião é baseada na fé e não na razão, como se esse fosse um argumento razoável para respaldar tal irracionalidade?

Próximo.

Se William Shakespeare, estiver certo de que “choramos ao nascer, por que chegamos a este imenso cenário de dementes”, está explicado por que nossos entes queridos choram quando morremos, pois, no Apocalipse 21:8, está escrito: “Mas, quanto aos tímidos, e aos incrédulos, e aos abomináveis, e aos homicidas, e aos fornicadores, e aos feiticeiros, e aos idólatras e a todos os mentirosos, a sua parte será no lago que arde com fogo e enxofre.” Baseado nessa passagem eu pergunto ao senhor Dr. WLC: eu sei que o senhor não é idólatra, incrédulo, abominável, homicida, mas vai me dizer que mesmo sendo um bom cristão, o senhor nunca mentiu? Fala a verdade, não seja tímido!

Ser ateu, é se perguntar: por que nós contemporâneos não projetamos uma sociedade moderna utilizando­-se do método científico para determinar o que é melhor para nós? Por que não projetamos uma sociedade que desenvolva automaticamente indivíduos com valores e mentalidades completamente cooperativas, pacíficas, humanas e tolerantes, ao invés de ter que impor leis primitivas para que se comportem bem? Ou você ainda apoia a mentalidade de uma sociedade que ainda hoje quer impor restrições, ou impingir sofrimento eterno as pessoas por acreditarem ou não, no quiser?   Qualquer pessoa sensata, sabe que essas religiões antigas que promoveram tanto mal na antiguidade, quanto bem ao homem e à sociedade moderna, que seu único encanto, é que elas estão vivas até hoje, é por tentar provar que não são meros enganos absolutamente desnecessários, apesar de dispensável e por isso não precisam ser extintas. Mas como o ser humano, elas precisam evoluir, ou se restringirem aos seus templos, para absterem-se de opinar sobre os assuntos seculares, científicos e laicos. Além disso, é importante sua dessacralização, para que elas percam o “ar de sagrado” que possuem e sejam tratadas, apenas e simplesmente, como mitologias que sempre foram.

Todos nós sabemos que a aparência de um Jesus bonito, hippie, de pele clara, olhos verdes, cabelos longos, apresentada pelos cristãos atualmente é uma criação renascentista inventada pela ICAR para “agradar” os nobres europeus que são os que trazem em seus rostos estas feições e também para distanciar Jesus Cristo dos negros que eram escravos e discriminados pela Igreja Católica, mas nada combinando com o tipo dos homens de seu tempo e lugar. Até porque se Jesus tivesse a aparência europeia que é mostrada pelos cristãos, o beijo de Judas não teria sido necessário. Bastaria ele dizer para os romanos: "é aquele loiro de madeixas cacheadas, pele clara e olhos verdes.”   Agora, se a frenologia, que é a teoria que estuda o caráter e as funções intelectuais humanas, baseando-se na conformação do crânio, está descartada no caso de Jesus, haja vista que não foi encontrado os seus restos mortais, o senhor sinceramente acredita que pode através da fisiognomonia, reconhecer o caráter de Jesus pelos traços fisionômicos estampados no Santo Sudário, mesmo esse sendo reconhecidamente uma fraude pela própria Igreja? Tudo bem que a expressão facial deixada no Santo Sudário, só reflete a farsa de uma fábula perpetrada pela Igreja. Mas se Deus escreve certo por linhas tortas e foi o autor de tudo, por que ele não assinou sua obra, ou deixou sua impressão digital, haja vista que tenha inspirado analfabetos? Tudo bem que segundo Hans Konzelmann, "a Igreja vive da certeza de que os fatos revelados pelas pesquisas modernas sobre Jesus, não são de conhecimento público.” Mas se tudo o que é bom dura pouco, ou o tempo suficiente para ser inesquecível, por que a Igreja Católica insiste em perpetuar esse mito que causa tanto mal?

Ser ateu, é se perguntar: qual o sentido de ainda hoje se acreditar na inverossímil e absurda versão que Josué, teria ordenado ao Sol que se detivesse em Gideon e que a Lua se detivesse no vale de Aijalon, se sabemos que não é o Sol que gira em torno da Terra? Quem não sabe hoje em dia que a duração do dia terrestre depende dos movimentos de rotação e de translação do nosso planeta? Tudo bem que um crente pode até acreditar que o Universo só existe há 6021 anos baseado na genealogia dos personagens bíblicos, por não saber que a Ciência, há muito tempo já observou partículas de luz de bilhões de anos.   Mas será que alguns crentes não sabem que o som (a voz humana) não se propaga no vácuo do espaço e mesmo que se propagasse, seriam precisos mais de 2021 anos, só para que algo com a velocidade da voz humana percorressem os cerca de 149 milhões de quilômetros que separam a Terra do Sol e que esse possa ser o motivo pelo qual até hoje não recebemos quaisquer respostas das orações enviadas aos deuses solares?  Você pode até não saber onde estavam as cabeças daquelas pessoas que não acreditavam que era a Terra que girava em torno do Sol, apesar de muitos cientistas acreditarem que estivessem na Lua, mas você não acha que isso é o que configura o típico abuso da credulidade popular de quem quer continuar tapando o Sol com peneira?

Perguntas retóricas que um cristão deveria fazer: como posso confiar na minha religião, que ao mesmo tempo em que se julga a única verdadeira, se esquece de que absorveu para si, elementos de muitas das próprias crenças acusadas por ela como falsas? Como poderia confiar que a minha bíblia seja a verdadeira, se existem várias outras religiões mutuamente excludentes, repletas de semelhanças e que também não aceitam a minha como a única portadora das verdades absolutas, mesmo ela sendo plágio das mesmas? E agora como ateu eu pergunto: como pode um místico afirmar com convicção absoluta que o seu Deus é único, se por definição o Deus de todos os místicos das diferentes vertentes religiosas também são?   Podem todos eles deterem a verdade concreta sobre a unicidade do seu deus, mesmo eles sabendo que o critério ‘fé’ seja só intrínseco a coisas abstratas? Aliás, que diferença faz todos os crentes se acharem certos, segundo eles mesmos, se o núcleo de suas crenças contraditórias prova que tolos estão errados, digo: que todos estão errados? Aliás, como aceitar a existência de várias convicções religiosas mitológicas, se filosófica e historicamente falando não podem ser verdadeiras? Como aceitar a existência de várias vertentes divergentes e contraditórias, se pela lógica não deveriam existir ao mesmo tempo na mesma realidade?   Tudo bem que seja louvável um crente não querer prova da inexistência de Deus e sim da sua existência, diferente das crianças que depois de adultas não pensam que sua crença infantil prove a real existência do Papai Noel. Mas se da mesma forma que ainda não podemos supor que exista vida em outros planetas e nem conseguimos verificar a existência de qualquer deus, por que continuar supondo que Ele exista? Não é melhor considerar que os indícios da sua não existência são mais fortes que aqueles que porventura são favoráveis a ela? Por que sustentar opiniões por sua utilidade em vez de sua veracidade? Não deveria a praxe de dar crédito às evidências e as teorias serem de muito mais importância intelectual, do que a crença em dogmas primitivos que não levam em consideração ao menos se o “objeto” da crença seja real?

Ser ateu é estar plenamente consciente, de que o Ateísmo é democrático, pois tem como essencial meio de pregação, a conscientização individual e coletiva, da liberdade de pensamento e expressão, da necessidade de assentar as práticas sociais dos valores humanísticos, da racionalidade pura, da solidariedade e principalmente do ecumenismo, no intuito de superar a alienação espiritual materializada através do mítico e substituir por uma cultura ideológica pela defesa dos valores do laicismo que podem nos tirar desse mundo de mediocridades, digo: que pode nos levar à um mundo de igualdade. Diferente das Igrejas que persistem na tarefa de domesticação conceitual dos seus adeptos e não em uma conscientização intelectual dos mesmos, pois elas sabem que isto os levariam a no mínimo se afastarem das suas crenças.

Ser ateu, é combater, não só as religiões que não cumprem o papel social que lhes é destinado, mas principalmente as que usam uma capa de neutralidade que é retirada tão logo seus interesses sejam contrariados. Até porque ser ateu é usar sua condição de ser provido de inteligência para questionar sem medo de castigo, ou represália de uma divindade inventada por alguns espertos materialistas que querem escravizar suas mentes atrofiadas por desuso!  Diria um crente: da forma como você fala, dá-se a impressão de que Deuses são ilusões alimentadas por uma ideia nefasta, cujo único intuito é dominar mentes fracas!  E por isso, reitero que a arma mais poderosa para enfrentar essa investida religiosa que insiste em dominar os incautos, é sem sombra de dúvida um cérebro inteligente.

Segundo Albert Einstein, "a única razão para o tempo, é para que não aconteça tudo no mesmo instante", mas se Jesus não voltou depois de 2021 anos para dar sentido ao Cristianismo, não já passou da hora de a Igreja Católica se renovar, ou rever seus conceitos mais do que ultrapassados? Tudo bem que muitos católicos dizem que a Igreja protestante está precisando de um novo Lutero, não porque seus cultos metafinanceiros hoje em dia, pareçam mais rituais empresariais do que transcendentais.   Mas principalmente porque ela atualmente, além de ter virado um grande shopping popular, onde a principal palavra, é dinheiro e a mercadoria Deus, está contrariando a tese de Lutero, que combate a compra de indulgências. Mas será que a Igreja Católica não percebe que também está precisando de um novo Lutero, para novamente reformar o “Clube do Bolinha” de chapeuzinho vermelho do Vatican Corporation?

Ser ateu, é não acreditar em ira, ou amor de Deus, é acreditar na maldade, ou na bondade do Ser Humano. Pois se entendermos que liberdade é aceitar a diferença do outro, entenderemos que essa integridade é sinônimo de igualdade, que fatalmente nos levará a fraternidade universal, por querermos um mundo melhor agora! Não após a morte, pois ser ateu é morrer para Deus e viver para o mundo. Pois quem ama o próximo e quer fazer pelos outros aquilo que gostaria que fizessem por você, o faz agora, não espera acontecer. Saiba que quando um ateu encontra uma criança em uma noite, tão fria quanto o coração daqueles que prometem ajudar, mas nunca estendem as mãos; ou ele toma a si a situação, ou não toma. Ele até pode pecar por ação, mas não por omissão, até porque quem tem boas intenções de ajudar, ajuda é com ações e não com orações.

Pense comigo Dr. WLC, se Jesus, o “Espírito de luz”, ainda não voltou, não foi este o mais terrível golpe já desferido a favor do império das trevas?  Diria um crente: vale lembrar que para Deus uma eternidade é um segundo.  Sim! Mas se em Isaías 40:28, nos é dito que Deus, não se cansa e fez o mundo em seis dias e descansou no sétimo, você imaginou se ele estiver dormindo por oito horas? Acorda! Certa vez Brooks Atkinson disse: “Eu não tenho problemas com igrejas, desde que elas não interfiram no trabalho de Deus.” Mas se Deus trabalhasse, ou ao menos interagisse com a Humanidade, quem ou qual igreja poderia interferir no trabalho de um Deus onipotente? Só se for o capeta, que deve estar impedindo-o de fazer qualquer coisa, porque depois do descanso no sétimo dia, parece que ele fechou o céu para balanço e nunca fez mais nada, dando a impressão que se aposentou por invalidez.

Dr. WLC, se a questão, “deus existe”, é puramente filosófica, por que não passemos a ver os deuses apenas como princípios teofilosóficos, para que o homem místico, passe a buscar a sabedoria e o poder compreendido na sua própria essência, por ser ele e não os deuses, a realidade sagrada da vida por excelência? Por que não passemos a ver os deuses apenas como princípios abstratos, para que o homem místico passe a buscar as evidências que o fará entender que não existe algo maior do que a pessoa humana? Porque continuar a canalizar suas experiências intelectuais humanas em termos transcendentais religiosos que tornam seus leitores e alunos em simples crentes, e não em termos seculares, que poderia fazê-los ver que quando o Ser Humano for reconhecido como o Super Homem, o Humanismo Secular passará a ser a criptonita do teísmo?

Ser ateu, é estar cônscio de que infelizmente ainda vivemos uma epidemia de ignorância científica, onde a esmagadora maioria da população desconhece os elementos mais básicos do conhecimento científico que os poderia levar a descrença. E o pior, é que não podemos dizer que é só por causa da crença; pois no Brasil temos 15% de sem religião, 67% de não praticantes, 67% de excomungados, 15% divididos entre Ateístas, Deístas, Agnósticos Céticos, Secularistas, Materialistas, Laicistas, Humanistas, enrustidos, discordionistas, Apateus que se portam apáticos à existência ou não-existência de Deus e até duístas, que duvidam que deuses possam existir.

Muitos místicos adoram dizer que cristãos desempregados, têm suas vidas mudadas para melhor por lerem a bíblia, ou por rezarem para Jesus enquanto procuravam emprego. Tudo bem que ateus são fechados para esse tipo de experiência espiritual, mas sejamos sinceros: você não acha que se um crente quer sua vida melhorada profissionalmente, ele tem é que estudar? Você pode até acreditar que rezar vai melhorar sua vida profissional, mas neste mundo moderno se você não estiver em constante processo de atualização, você vai é ficar desempregado por muito tempo enquanto reza.   Diria um crente: mas é Deus que nos dá...   ...esquece esse negócio de que é Deus que te dá, te ajuda a estudar e trabalhar. Se crescimento profissional dependesse de Deus, o Brasil como a maior nação católica do mundo, não teria uma das piores notas no ranking da Educação, um dos piores IDH e muito menos teria o terceiro maior sistema prisional do mundo. Isso é fato e o resto é crença.

Próximo!

Perguntar não ofende: você já viu alguém ser queimado, ou decapitado por não acreditar em uma lei da Física, ou em uma teoria da Biologia? Diria um crente: Não!  Mas por que, corre perigo quem manifesta dúvidas sobre a sanidade mental dos profetas, ou sobre os ensinamentos que cada religião propaga segundo suas conveniências? Alguém já matou, ou foi morto por duvidar do movimento de rotação da Terra, ou da Lei da gravidade?   Diria um crente: Não!   Mas por que diariamente, se mata e morre em nome de um deus verdadeiro, que cada teísta julga ser o seu? Por que as pessoas que mais declaram amor a Deus, são as que menos amam o próximo e ou respeitam Suas leis? Porque em países religiosos, onde é correto acreditar no impossível e no invisível, é quase crime repulsar dogmas em troca de explicações racionais para o mundo que nos cerca?

Tudo bem que uma pessoa religiosa pode até não saber que Jesus vive nas alturas e aprendeu andar sobre águas para fugir de seus algozes, e que nesse mundo cristão com pouca justiça, é perigoso se ter razão, fazendo nos concordar com George Gudjeff, de que “quando estivermos entre os lobos, uivemos como eles” e com John Morley, que “onde há o dever de prestar culto ao Sol é praticamente certo que seja crime examinar as leis do calor.” Mas porque os místicos que acreditam na necessidade da religião, não entendem que se uma proclamação pública repentinamente anunciasse a anulação de todas as leis criminais, que eles não teriam coragem de ir para casa sob a proteção das causas religiosas, provando que eles acreditam mesmo é na necessidade da polícia como bem observou Arthur Schopenhauer e H. L. Menck.

Ser ateu, é não entender como pode Calvino, considerar essencial a Igreja como instituição para salvação do homem e ver protestantes dizendo que religião não salva ninguém e que igreja não serve para nada, ao passo que vivem abrindo templos protestantes em toda esquina? Não é engraçado ver protestantes dizer que católicos deveriam ler a bíblia, ou que falta conhecimento bíblico ao povo católico e quando se põe em dúvida seus métodos de doutrinação, gritam que estão sendo vítimas de perseguição religiosa? Se cada protestante pode ler e interpretar a bíblia por conta própria, para que servem seus cultos e pregadores, se eles têm a “assistência” do Espírito Santo para sua interpretação? Afinal para que serve um templo protestante, se o fiel já está salvo pelo simples fato de crer em Jesus? Aliás, qual o sentido de pregar para quem já está salvo?   Por que os protestantes costumam conceituar todos os seus adeptos como “Povo de DEUS”, se estes ainda precisam ouvir música Gospel, frequentar denominações e assistir pregações para tomar consciência dos ensinamentos de um Deus que o salvará pela sua obra ou pela sua fé? Se segundo Lutero, não é se criando dificuldades para se vender facilidades, por que muitos protestantes continuam achando que existem métodos fáceis para resolver os problemas difíceis não resolvidos pela reforma do seu mestre? Como entender os protestantes poderem protestar contra tudo e contra todos, seguirem aquilo que desejam da bíblia, acreditar que podem ensinar e de que nada necessitam aprender, se fazerem doutos aos seus próprios olhos como se estivessem divinamente certos, e continuarem a frequentar suas denominações?

Ser ateu, é estar ciente de que a intolerância dos católicos e protestantes em relação aos ateus, é puro reflexo da ignorância e da incapacidade de compreender e aceitar o racionalismo secular. Isso é fato! E contra fato não existe “reforma” e nem “apostasia; certo “cristãos?” Espero que isto não soe como proselitismo às pessoas que não estudam a bíblia e muito menos o Ateísmo, mas que mesmo assim se sentem aptas e no direito de criticá-lo.

Ser ateu, é ter capacidade de entender católicos e protestantes se confraternizarem como “irmãos em Cristo”, mas também serem incapaz de compreender, como que ao mesmo tempo em que eles se confrontam teologicamente, razão pela qual se fragmentam, serem diametralmente distintos quando pregam os princípios e conceitos cristãos e depois de novo unirem-se como “irmãos em Cristo”, para defenderem-se quando um ateu supostamente confronta suas ideologias divergentes que nos, e os separam. Portanto enquanto não houver respeito pela crença, ou descrença, a distância conceitual só tende a crescer, já que ao invés de pensarmos em algo que nos una, sempre vamos exaltar a intolerância mútua que nos afastam.

Não concordo com Sócrates, de que “se o desonesto soubesse a vantagem de ser honesto, ele seria honesto ao menos por desonestidade.” Isso é o mesmo que perdoar inimigo. A gente até pode aceitar o pedido de desculpas, mas isso não vai mudar o que aconteceu e nem vai evitar que tudo possa acontecer novamente. Até por que da mesma maneira que nunca saberemos que o pedido de desculpa é sincero, como poderíamos saber que a pessoa se arrependeu de verdade? Diria uma pessoa equilibrada: mas as pessoas merecem uma segunda chance.  Concordo! Desde que tenha pagado pelo seu erro.   O verdadeiro perdão, o perdão Cristão, é aquele que lança um véu sobre o passado.  Mas não se esqueça: arrependimento e perdão nunca impediram ninguém de reincidir no seu erro, tanto que Pedro negou a cristo por três vezes.

Ser ateu, é ver uns dizerem que serão salvos pelas obras e outros pela fé, mas quando começam a debater quem tem razão, parece mesmo que ninguém se salvará. Até porque o livro que diz a forma como eles se salvarão, mostra que todos estão condenados. E à propósito: se todos que creram estão salvos, os demônios estariam salvos, haja vista que eles também creem? Até entendo a onipresença de Deus fazer com que Ele esteja também no inferno. Mas disso posso concluir que os Demônios também vão para o céu?   Outro detalhe: se uma pessoa má, por não conhecer Deus, pode ir para o Céu, quer dizer que quanto mais pessoas conhecerem Deus, maior a probabilidade de pessoas irem para o Inferno. Mas você não acha que é muita prepotência dos crentes acharem que esse Universo infinito tenha sido feito só para as minúsculas criaturas que acreditam em Deus? Aliás, qual o sentido de se acreditar que um Deus onipotente mandaria simples descrentes para o inferno após sua morte, em um universo infinito, se a doutrina do "universalismo", afirma que todos os homens estão destinados à salvação eterna, em virtude da bondade de Deus?  Diria um crente: independentemente de a pessoa conhecer ou não a Deus e praticar o mal, ela vai para o inferno.   Tudo bem que um Deus onipotente, seja capaz de criar pessoas que ele sabe que vão para o inferno, mas qual o sentido de um Deus onisciente criar gente que não acredita nele e depois os punir, se lhe foi dada a liberdade de escolha? É a isso que vocês que acreditam no livre-arbítrio chamam de justiça divina? Odeio ir pela lógica! Diria um crente: você pode não saber o que é certo, mas você tem que saber o que é errado. Você no seu livre arbítrio tem que saber a diferença entre bem e mal.  Então por que deus criou o Mal (Isaías 45:6-7), se Ele não quer que o pratiquemos? Aliás; por que um Deus de amor criaria o Mal (Isaías 45:6-7) para depois mandar o Dilúvio para eliminar o mal da Terra? Se ele fosse onisciente não deveria saber que o mal voltaria logo em seguida e assim não precisaria “mudar suas regras” para não ter o trabalho de enviar seu filho para ser crucificado pelo seu próprio povo? Por que um Deus onipotente precisaria se sacrificar em seu próprio nome para livrar sua criação de sua própria ira? Nesse caso não deveria o mal ter sido uma obra de Satanás? Não sendo, não fica claro que Satanás não é tão mal ou que Deus não é tão bom?

Ser ateu, é entender que o ateísmo científico decorre de pesquisas e questionamentos profundos, bom senso e acima de tudo inteligência, não só para ver as coisas como elas realmente são, mas principalmente para saber discernir entre uma coisa objetiva e concreta, de outras coisas com a lógica distorcida, no intuito de embaralhar a razão para fazerem parecer o que não são. Por isso que uma das funções da Ciência e da Filosofia com seus propósitos práticos, é justamente a de buscar conhecimentos, para estarem sempre abertas às novas possibilidades e não perderem seu tempo tentando provar que deuses não existem, até porque pessoas sensatas já sabem.  Portanto saiba, que o quê eles fazem, é conhecer o passado para explicar o presente. Diferente dessas antigas religiões com suas ultrapassadas teologias que há séculos, já não são mais vistas como fonte de verdade, por não estarem abertas às novas possibilidades e muito menos à esta nova realidade na qual seu único alento, ou esperança é nos mostrar um futuro que sabemos, será sem deuses.

Dr. Craig, ao me livrar do dízimo, de crenças, dogmas e superstições, não só ganhei um espaço considerável na minha cabeça, mas saber que tudo que eu ganho agora é meu, não tem preço!  Diria um crente: tudo bem que muito pastores estão confundindo cobrar o dízimo do salário do fiel, com dizimar o seu salário. Mas eu particularmente disponibilizo 10% do que ganho, o que não me faz falta, por que não bebo não fumo, não vou a balada, não procuro prostituas e acho que se fizesse tudo isso, só 10% ainda seria pouco.  Vocês crentes que doam 10% do salário para o pastor e 90% do cérebro para igreja, podem até achar que ateus inversamente proporcional, gastam 90% do seu dinheiro em bares e os outros 10% com garçons. Mas nunca se perguntaram: por que um Deus onipotente precisa de 10% do meu salário e não 100% da minha fé? Portanto, se for para dar 10%, que seja para um garçom, porque além de ser opcional, ele existe e é um ótimo profissional! Garçom, a conta, por favor!

Tudo bem que o homem místico, não saiba que ser ateu é a melhor maneira de se prevenir de possessões, bruxarias, feitiços, simpatias, rituais e encantos, da mesma forma que não aceita a ideia de que deuses e diabos, só existem em suas imaginações. Mas o que ainda me assombra é observar que é comum ver crentes assistindo em algumas igrejas, bispos e pastores impostores entrevistando o pai da mentira (o Diabo) sobre as suas ações na vida das pessoas, já que tal procedimento virou rotina em muitas igrejas protestantes, mas nunca se perguntando: por que os demônios nunca possuem os ateus?   Só para saber Dr. WLC: se igrejas evangélicas “tem o poder” de tirar o demônio do corpo das pessoas em rituais satânicos, pode-se tirar também Deus da mente dessas pessoas que vivem dizendo que o ateu vai para o inferno por não acreditar em Deus, ou o ateu poderá ir para o céu, por também não acreditar em Satanás? Se Satanás é o Pai da Mentira, como podemos ter certeza de que ele não enganou os cristãos e fez com que eles O adorassem como deus e rejeitassem o verdadeiro deus? Por que as pessoas não se perguntam: se Satanás é o Pai da Mentira, não poderia facilmente ter enganado as pessoas que escreveram a bíblia, se todo homem é mentiroso segunda essa mesma bíblia? Por que ter tanta certeza de que Ele não influenciou a redação e a composição da bíblia segundo seus interesses e conveniências, se a própria bíblia nos diz que o próprio Satanás se transforma em serpente e em anjo de Luz - II Cor 11:14?

Tudo bem que “não seja de grande valia” para os homens místicos, os conhecimentos seculares advindos do raciocínio e a experiência de numerosas mentes ateias brilhantes, impressos em milhares de livros. Mas qual o sentido de ainda hoje, termos que respeitar opiniões de quem acredita e ampara seus conceitos nos contos fantásticos, repletos de criaturas mágicas que a bíblia, ou qualquer outro livro de mitologia descreve? Qual o sentido de ainda hoje vermos pessoas reverenciando mestres, padres, pastores, teólogos, ou qualquer nome que se dá a esses atravessadores da fé, que se dizem intermediários terrenos entre o homem e Deus, propalando retrógrados conhecimentos, embasados na experiência de povos incultos, sobre o conhecimento de apenas um livro?

Para os crentes mais simplórios, a religião possa ser um freio moral e para as mais ignorantes, pode servir até mesmo de um alento intelectual, já que “a maior vantagem de se acreditar em Deus, é que você não precisa entender nada”, como bem disse o biólogo James Watson. Isso mostra que ensinamentos bíblicos e preceitos religiosos, diferente de conhecimentos científicos, não trazem condicionamento intelectual para ninguém.   Por isso, não adianta exigir muito conhecimento das pessoas que não se educam e nem se informam antes de opinar, ou questionar aquilo que desconhecem, por que estes acreditam e embasam seus conhecimentos justamente no desconhecido. Diferente de nós ateus que aceitamos nossa limitação intelectual de que não sabemos quase nada, mas que longe de nos abater, isso nos impulsiona a buscar saber aquilo que nos é possível conhecer, para não termos que acreditar naquilo que não sabemos.

Ser ateu, é entender que o que temos de diferente dos religiosos, é apenas uma forma mais racional de aceitar, ou rejeitar os dilemas existenciais. É exigir apenas um pouco mais de racionalismo para adotarmos esses conceitos, para não termos que ficar rezando para obter orientação para saber escolher a opção correta para acreditar. Até porque, a grande diferença entre o ateu e o místico, nem é fazer valer a máxima, de que “esperto é o homem que acredita em apenas metade do que lhe dizem, e que genial é aquele que sabe em que metade acreditar”, mas só a forma como lidamos com o mistério de existir e a forma como nos posicionamos em relação a isso.  No mais, estamos juntos na mesma empreitada e com a mesma necessidade excessiva de provar um ponto de vista contrário ao outro, que até agora não nos levou a lugar nenhum, mas por sermos em tudo a mesma matéria orgânica, fica claro que a vida não veio de um útero divino e sim de um tubo de ensaio da Mãe Natureza. E como ateu acredito que quando morremos, apenas cumprimos nosso ciclo de vida no aqui e agora e voltamos a matriz.  Portanto, a morte para mim não é o fim, mas o recomeço! Não um recomeço como um processo de ressurreição, reencarnação, ou transmigração da alma para lugares relacionados à purgatório, céu ou inferno. Não me refiro a estas vãs ideologias espiritualistas onde se prega a volta à casa de um Deus antropomórfico, mas sim, o recomeço de voltarmos ao pó, pois somos parte e parcela da natureza da Mãe Terra. E o ciclo cármico da nossa existência, é justamente esse! Do pó das estrelas, ao pó da Terra! Eis o propósito maior da vida!

Quando soube através de uma pessoa com seus limitados dotes intelectuais, que o pastor Cremilssu no “culto” fala para os ermãos da ingreja, que o ateísmo é uma fábrica de intelectuais alnafabeto, que invéisde ler a blibia que poderia salvar eles (sic), inclusive da ingnorânça, se atolam em livros científico que não salva ninguém. Ficou claro que a religião não está aí para instruir pessoas a amadurecer sua inteligência crua, mas para suprir a necessidade de compreensão das coisas metafísicas de um povo cheio de conhecimentos vãos. Mas não se ofenda por essa forma aparentemente indelicada de me expressar amigo crente; até porque, você deveria saber que o tipo de “erudição” passada para maioria das pessoas religiosas em suas igrejas, além de fugir da conexão sombria da razão secular ou do entendimento lógico racional, é o que os fazem acreditar que o que recebem em seus “cultos”, não seja o conhecimento de povos primitivos incultos.

Ser ateu, diferente do crente que aceita que alguém leia a bíblia e a interprete para ele e em muitos casos, até mesmo que pense por ele, é pensar por si. É defender o direito de as pessoas terem livre-arbítrio para pensar o que quiserem, diferente da filosofia bíblica que prega um livre-arbítrio que as proíbem. É ter autonomia para não permitir que digam o que devemos ou não fazer de nossas vidas. Pois há muito já quebramos os grilhões que nos prendiam ao nada e ao grande talvez, que nos levaria a lugar nenhum. É principalmente poder se unir para defender ideias, que com toda certeza não acabará criando uma religião ateia, mas que com certeza unirá genuínos devotos livres-pensadores em uma Legião Ecumênica.    Mas se ler e aprender, são coisas que qualquer indivíduo, até mesmo os mais ignorantes podem fazer por seu próprio livre-arbítrio, por que quando se é católico, ler e aprender sobre o seu próprio livro, não? Será que no catolicismo é proibido ler?   Diria um católico: Claro que não! Mas existem muitas maneiras de se interpretar a bíblia, mas não aceitamos qualquer tipo de interpretação, e bla, bla, bla, bla, bla!  Tudo bem que não se deve aceitar qualquer tipo de interpretação da bíblia, mesmo que existam muitas maneiras de se interpretá-la e por ser difícil saber qual é a melhor. Até porque a Igreja Católica devido às sucessivas traduções alterou, suprimiu, mudou a história, escondeu citações, fatos e evidências, fazendo-se perder parte do seu conteúdo e sentido original, mas com certeza saiba que a pior para a igreja, é a literal, pois essa pode torná-lo ateu.   Dr. WLC, eu até posso entender crentes afirmando que Deus deu o livre-arbítrio a todos, e outros alegando que tudo acontece conforme a Sua vontade, enquanto um deus onipotente que supostamente nos deu o livre-arbítrio de ser ateu, querer nos punir por isso, se foi Ele mesmo que nos deu o direito de esc(x)lha. Mas como entender o Espírito Santo, ao inspirar a bíblia, proibir a sua interpretação pessoal e o ex-papa João Paulo II, lamentar a falta de conhecimentos sobre a mesma, por ser ela pouco lida e estudada? Será que não está claro que o Espírito Santo, ao negar o direito de interpretar a bíblia individualmente, esteja negando um dos princípios (dogma) essenciais do cristianismo que é o livre-arbítrio?

Certa vez Lord Byron questionou: "por que eu deveria acreditar em mistérios que ninguém entende, só por que foram escritos por homens que escolheram confundir loucura com inspiração e que se autodenominam evangelistas, se há loucos em todas as seitas e impostores na maioria?" Baseado nisso Dr. Craig, eu pergunto: estou ciente de que a sabedoria não consiste em nos fazer perfeitos, mas em saber que não somos, para desenvolvermos habilidades para usar nossas imperfeições, no intuito de compreender as limitações que nos impede de ser. Mas qual o sentido de muitos crentes com frequência, usarem o argumento de que não devemos discutir a palavra de Deus, por ser ela o símbolo da perfeição máxima e, portanto, não deve ser questionada, se deveriam ser perfeitos também os homens que a receberam e os que as retransmitem, e não, todos mentirosos, como está escrito no livro que eles mesmos escreveram?  Como pode a bíblia dizer que não se deve confiar no homem e os protestantes confiarem nas “reformas” do monge Lutero que negou a si próprio, quando disse que não se deve confiar em um sacerdote e ainda por cima, ver católicos confiando nas visões de seus profetas e nas interpretações do seu clérigo? Outro detalhe: o senhor não acha engraçado, ouvir crentes dizendo que não podem crer que suas existências não tenham sentido, ou que sejam frutos de mero acidente, como alguns renomados cientistas contemporâneos afirmam, e ao mesmo tempo dispostos a acreditarem em relatos tribais de falsos profetas bíblicos da Idade do Bronze?

Ser ateu, não é só tentar dar sentido a sua vida, se apoiando no conhecimento científico, como uma fonte de resposta definitiva, ou como um ponto de apoio para vivermos nossa existência nesse mundo, ausente de sentido. Ser ateu, também é ter uma preocupação com esta vida e um compromisso de dotá-la de sentido, através de um melhor conhecimento da nossa história, das nossas conquistas intelectuais e de nós mesmos. Por isso gostamos mais da realidade desta vida, que da utopia da outra. Pois sabemos que as nossas vidas não se resumem a uma fantasia contida no mundo dos sonhos sobrenaturais. Mas sim, o reflexo do processo de um mundo natural, onde não é preciso se aventurar fora dele, para se encontrar a vida real, ou para descobrir que estar vivo, não é a mesma coisa que vivê-la.   Mas ser ateu, não é pretexto para sentir orgulho e nem vergonha, da mesma forma como não vejo razão para alguém se orgulhar de ser negro, branco, gay, hetero, judeu, índio, mulher ou nordestino. Orgulho deveríamos ter, é da nossa capacidade de realizar sonhos e ações pensando no bem-estar das pessoas ao seu redor e de nossas conquistas pessoais, que possam nos inclinar para o altruísmo, não de fatores genéticos que estão além da nossa capacidade de esc(x)lha, que em muitos casos nos tornam soberbos, a ponto de estereotiparmos principalmente aqueles que diferem de nós.

Como deísta, posso até intuir a existência de uma energia suprema, mas sem personificação, ou antropomorfização, pois busco as vibrações energéticas que atuam no Universo e nos estimulam a mergulhar em nós mesmo, para harmonizarmos com o meio ambiente em favor da preservação do nosso habitat chamado mãe natureza. Como humanista, vejo o progresso tecnológico humano avançando para o futuro a passos largos e a moral humana que dizem ser a essência de Deus, sempre retrocedendo. Como ateu, busco ser um estudioso da vida, um observador cético de tudo o que se passa à nossa volta, para entender e buscar explicações racionais para tudo e até mesmo para Deus, até que possamos trocar religiosismo por realismo, para aí sim atingirmos um estágio de sabedoria para acabarmos com esse negócio de que é muito mais fácil alienar e guiar um grupo de ignorantes, do que um grupo de intelectuais. Eis como nasce mais um cidadão consciente.