Diversiarte Podcast
By Eduardo Estellita e Pedro Schenk
Realizado pelo Instituto Diversidade.
Produzido por Eduardo Estellita e Pedro Schenk.
Editado por Pedro Schenk.
Diversiarte PodcastMay 24, 2023
Altas Habilidades: Gifted e Ficção Americana
Conversamos com Christine da Silva-Schröeder, pesquisadora e professora em Administração de Empresas na UFRGS, além de autora do livro “A diversidade invisível: as pessoas AH/SD e a vida profissional”, sobre altas habilidades-superdotação (AH/SD),
“Gifted: Um laço de amor”, filme de 2017, com esplendorosa de Mckenna Grace, aborda uma batalha judicial entre tio e avó pela custódia de uma órfã superdotada de 7 anos. Já, “Ficção Americana”, vencedor do Oscar 2024 de Melhor Roteiro Adaptado, é uma sátira que acompanha um escritor negro com AH/SD inconformado com a indústria literária, enquanto lida com problemas familiares e financeiros. Para revelar a hipocrisia da branquitude progressista, ele escreve um romance repleto de clichês raciais que rapidamente se torna best-seller.
O que esses filmes nos revelam sobre vivências de pessoas AH/SD na infância e fase adulta? Como acolher crianças AH/SD na escola, no círculo social e no seio familiar? Quais desafios adultos AH/SD encontram para se adaptarem no mercado de trabalho? Quais dores e traumas adultos AH/SD precisam superar para reconquistarem sua saúde mental e autoestima? O que acontece quando esses adultos também têm outros marcadores sociais da diferença?
Dicas do episódio:
- Christine: Filme "Estrelas além do tempo”, de Theodore Melfi
- Pedro: Série “Young Sheldon”, de Chuck Lorre e Steven Molaro e filme "Prova de fogo", de Doug Atchison
- Eduardo: Filme “Lances Inocentes”, de Steven Zaillian e série "Eu nunca..." - 4ª temporada, de Mindy Kaling e Lang Fisher
Links:
- Instituto Diversidade: https://www.institutodiversidade.com.br
- Página IMDB de “Gifted: Um laço de amor” e “Ficção Americana”
- Livro da Christine: “A diversidade invisível: As pessoas AH/SD e a vida profissional”, de Christine da Silva-Schröeder
Homem negro: Mussum
Conversamos com Marcelo Paiva (@ma3paiva), homem negro, professor e pesquisador em Direitos Humanos, sobre representação e identidade do homem negro na sociedade brasileira.
"Mussum: O Filmis", biografia de 2023 de estreia de Silvio Guindane na direção, retraça a trajetória de Antônio Carlos Bernardes Gomes, músico, ator e humorista mais conhecido pelo personagem Mussum, dos Trapalhões.
O personagem Mussum era referência para jovens negros? Como o filme marca a distância entre o homem negro real (Carlinhos) do homem negro representado pela branquitude (Mussum)? Qual é o significado do trabalho e da escolha profissional para o homem negro no sistema capitalista? Como o racismo estrutural desempodera a masculinidade negra e qual é o papel da família e dos afetos para combatê-lo?
Dicas do episódio:
- Marcelo: Filme "Bob Marley: One Love", de Reinaldo Marcus Green, e livro “A gente é da hora: homens negros e masculinidade”, de Bell Hooks
- Pedro: Filme "Nosso Sonho", de Eduardo Albergaria, e série “Sr. & Sra. Smith”, de Donald Glover e Francesca Sloane
- Eduardo: Série "Segunda chamada", de Jô Bilac, Carla Faour e Júlia Spadaccini, e sociólogo Túlio Custódio
Links:
- Instituto Diversidade: https://www.institutodiversidade.com.br
- Página IMDB de “Mussum: O Filmis”
- Artigo científico “Per-vertido Homem Negro: reflexões sobre masculinidades negras a partir de categorias de sujeição”, de Túlio Augusto Custódio
Liberdade feminina: Pobres Criaturas
Neste episódio, conversamos sobre "Pobres criaturas", filme do excêntrico diretor Yorgos Lanthimos e coproduzido por Emma Stone. Aclamada pela crítica, essa ficção-científica em estilo "steampunk" foi indicada a 11 categorias no Oscar 2024, incluindo Melhor Filme.
Inspirado no clássico de 1935 "A noiva de Frankenstein", o arco narrativo, ora cômico, ora sério, da protagonista Bella Baxter provoca reflexões profundas sobre como a educação de meninas na era vitoriana e nos dias atuais busca cercear a liberdade feminina.
Como seria "nascer" mulher adulta, sem ter passado pela domesticação patriarcal? Como o desabrochar intelectual e sexual de Bella questiona normas morais e desestabiliza a masculinidade tradicional? Como o filme se insere no atual debate proposto pela Geração Z sobre a exploração do corpo de atrizes e o excesso de cenas de sexo e nudez na indústria do cinema? Repete antigos clichês ou os desconstroi?
Dicas do episódio:
- Pedro: Filme "A guerra dos sexos", de Jonathan Dayton e Valerie Faris
- Eduardo: Filme "A favorita", de Yorgos Lanthimos, e canal Futurices da Bella Eichler (@futurices)
Links:
- Instituto Diversidade: https://ww.institutodiversidade.com.br
- Página IMDB de “Pobres Criaturas”
Acessibilidade: Crip Camp
A 4ª temporada do Diversiarte chegou com uma conversa provocadora com Shirley Menezes (@shirleyrmenezes), mulher preta, LGBTQIA+ e com deficiência, psicóloga no Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) de Taubaté e consultora em diversidade e inclusão, sobre acessibilidade e o movimento civil pelos direitos da pessoa com deficiência.
"Crip Camp: Revolução pela Inclusão", documentário de 2020 indicado ao Oscar e dirigido por James Lebrecht e Nicole Newham, sobre um acampamento de férias para jovens com deficiência na década de 70. O filme conta como esse acampamento ofereceu uma experiência de pertencimento e inclusão tão potente que formou a próxima geração de ativistas pelos direitos da pessoa com deficiência e culminou na conquista do ADA (Lei estadunidense de acessibilidade e direitos da pessoa com deficiência)
E no Brasil? Por que sabemos tão pouco sobre o movimento civil pelos direitos da pessoa com deficiência e suas principais lideranças? Como a Lei Brasileira de Inclusão (LBI) funciona (ou não funciona) na prática? Como funcionam as escolas especiais e o ensino regular? Como a falta de acessibilidade no sistema educacional perpetua a exclusão no mercado de trabalho? Por que há poucos estudos sobre a vida emocional, psíquica e afetiva de sujeitos com deficiência?
Dicas do episódio:
- Shirley: Filme “37 segundos”, de Hikari, série “Crisálida”, de Serginho Melo, Laine Milan e Alessandra da Rosa Pinho e livro “Psicologia e deficiências: perspectivas contemporâneas”, de Diego Rodrigues Silva.
- Pedro: Filme "Uma razão para viver", de Andy Serkis.
- Eduardo: Filme "O som do silêncio", de Darius Marder, curta "Audible”, de Matthew Ogens, e comediante Tatá Mendonça (@ceganacomedia)
Links:
- Instituto Diversidade: https://www.institutodiversidade.com.br
- Página IMDB de “Crip Camp: Revolução pela Inclusão”
Maturidade LGBTQIA+: Madame Satã
Neste episódio de encerramento da 3a. temporada, conversamos com Taiane Miyake (@taianemiyakeofc), coordenadora de políticas públicas para a diversidade na prefeitura de Santos, e Luciana Correa (@lu.s.correa), consultora e pesquisadora em longevidade, sobre maturidade de pessoas LGBTQIA+.
"Madame Satã", filme de 2002 dirigido por Karim Aïnouz e protagonizado por Lázaro Ramos, retraça a história de João Francisco dos Santos, conhecido pelo apelido de Madame Satã, gay, transformista, queer, herói e malandro, figura emblemática da comunidade negra, LGBTQIA+ e marginalizada do Rio de Janeiro da década de 1920 até a de 1970, quando faleceu aos 76 anos de idade.
É possível falar em expectativa de vida de 35 anos para pessoas trans no país que não sabe quantos somos? Como é a experiência do amadurecimento para pessoas trans e travestis marginalizadas? Como o envelhecimento impacta nas oportunidades de trabalho de travestis no mercado noturno e da prostituição e no mercado formal? Como o INSS leva em conta as transições de gênero? O que a Coordenadoria de Diversidade de Santos fez para apoiar pessoas LGBTQIA+ vulneráveis durante a pandemia, estimular a contratação de pessoas trans em empresas e proteger sua dignidade em vida e na morte?
Dicas do episódio:
- Taiane: Série “Pose”, de Ryan Murphy, filme “Hoje eu quero voltar sozinho ”, de Daniel Ribeiro, canal Youtube @TemperoDrag e deputada Erika Hilton (@hilton_erika)
- Luciana: Filme “Minha vida com Liberace ”, de Steven Soderbergh
- Pedro: Série "Manhãs de Setembro", de Alice Marcone, Marcelo Montenegro e Josefina Trotta, e canal YouTube @mandycandy
- Eduardo: Série "Veneno", de Javier Ambrosi e Javier Calvo, filme "Tatuagem”, de Hilton Lacerda, documentário “Ligue Djá: o lendário Walter Mercado” e livro “Devassos no Paraíso”, de João Silvério Trevisan
Links:
- Instituto Diversidade: https://www.institutodiversidade.com.br
- Página IMDB de “Madame Satã”
- Episódios “Veneno” do Diversiarte Podcast
- “Madame Satã: a bicha que enfrentava a polícia e resistiu ao tempo”, do canal YouTube @bee40ona
- Portal da Coordenadoria da Diversidade de Santos (CODIVER): https://www.santos.sp.gov.br/?q=portal/diversidade
Masking: Uma advogada extraordinária
Neste episódio, conversamos com Renata Simões (@renatasim), jornalista, diretora, repórter e escritora da coluna “Dentro do Espectro” no Estadão, sobre masking no trabalho: os comportamentos de pessoas neurodivergentes para esconder ou camuflar sua condição em interações sociais.
Sucesso de público e crítica, o drama sulcoreano “Uma advogada extraordinária”, lançado pela Netflix em 2022, acompanha os casos incomuns do escritório de advocacia Hanbada, onde trabalha a jovem advogada autista Woo Young Woo. Além de abordar temas polêmicos como corrupção, consentimento, privacidade e suicídio, a série retrata de forma leve e descontraída o processo de adaptação da advogada às dinâmicas sociais na empresa.
O que são scripts para pessoas autistas? Como neurodivergentes lidam com as demandas sociais de um ambiente de trabalho desenhado para pessoas neurotípicas? Quais estratégias desenvolvem para se adaptarem e prevenir sobrecarga sensorial? Quais são os custos da camuflagem? Quais características do TEA e do TDAH impõe desafios na gestão da imagem profissional? É possível ter uma carreira feliz e saudável sendo quem você é?
Dicas do episódio:
- Renata: “Temple Grandin”, de Mick Jackson e livro “Onde pastam os minotauros”, de Joca Reiners Terron
- Pedro: Série sul-coreana "A caminho do céu", de Yoon Ji-Ryun
- Eduardo: Série sul-coreana "Tudo bem não ser normal”, de Jo Yong, e episódio “Crises, sobrecarga e vida adulta” do podcast Introvertendo
Links:
- Instituto Diversidade: https://www.institutodiversidade.com.br
- Página IMDB de "Uma Advogada Extraordinária”
- Episódios “Neurodiversidade” e “Autismo” do Diversiarte Podcast
- Coluna “Dentro do Espectro”, de Renata Simões, no Estadão
- Canal YouTube do programa Metrópolis, na TV Cultura
- Artigo acadêmico Understanding the Reasons, Contexts and Costs of Camouflaging for Autistic Adults (ENG)
Produzido por Eduardo Estellita e Pedro Schenk
Editado por Pedro Schenk
Relações de Gênero: Barbie (Por Elas)
Na Parte 2 desse episódio duplo, conversamos com Mirelle Lima, jornalista e estudante de letras, e Talita Soares, consultora em DEIP e especialista em RH, sobre o fenômeno Barbie a partir da perspectiva feminina. Na parte 1, trouxemos a perspectiva masculina.
Sucesso de crítica e de bilheteria, a "Barbie" da diretora Greta Gerwig tem levou diferentes gerações vestidas de rosa de volta às salas de cinema.
O que é a Tripla Jornada? Quais responsabilidades as mulheres acumulam na sociedade? Como a sociedade julga interesses "infantis" de homens e mulheres adultas? Por que gostar de super-heroi é mais bem acolhido que de Barbie? O que se espera de homens aliados da equidade de gênero? Links: Instituto Diversidade: https://www.institutodiversidade.com.br
Página IMDB de "Barbie"
Dicas do episódio: Talita: séries “Anne com um E”, de Moira Walley-Becket, “Bridgerton”, de Chris Can Dusen, e o livro “O perigo de uma história única”, de Chimamanda Ngozi Adichie.
Mirelle: “Adoráveis Mulheres”, de Greta Gerwig, a série “Maravilhosa Sra. Maisel”, de Amy Sherman-Palladino, e o livro “A biblioteca da meia-noite” Matt Haig.
Pedro: “Ela quer tudo”, de Spike Lee, e “Fleabag”, de Phoebe Waller-Bridges.
Edu: “Frida” de Julie Taymor e “Lady Bird”, de Greta Gerwig Produzido por Eduardo Estellita e Pedro Schenk Editado por Pedro Schenk
Relações de Gênero: Barbie (Por Eles)
Na Parte 1 desse episódio duplo, conversamos sobre o fenômeno Barbie e relações de gênero, pela perspectiva masculina. Na parte 2, nossas convidadas vão contribuir com a perspectiva feminina.
Sucesso de crítica e de bilheteria, a "Barbie" da diretora Greta Gerwig tem avaliação de 7,4 no IMDB e levou diferentes gerações vestidas de rosa de volta às salas de cinema. Afinal, é um filme feito para crianças? Como ele aborda o legado polêmico da Mattel? Como debate o processo de socialização masculina e o conceito de recalque? Como o patriarcado infantiliza os homens? Por que é mais interessante o Ken ser um personagem ridículo do que o vilão tradicional do cinema? Links: Instituto Diversidade: https://www.institutodiversidade.com.br
Página IMDB de "Barbie"
Dicas do episódio:
Pedro: “Adoráveis Mulheres”, de Greta Gerwig.
Edu: “Ted Lasso - S3”, de Brendan Hunt, Joe Kelly e Bill Lawrence. Edu: “Eu não sou um homem fácil”, de Eléonore Pourriat. Edu: “Glamourous”, de Jordon Nardino Produzido por Eduardo Estellita e Pedro Schenk Editado por Pedro Schenk
Inteligência Artificial: Ela
Lançado em 2013, o filme “Ela” retrata o relacionamento amoroso de um homem com a inteligência artificial do seu computador. Em um mundo em que máquinas teriam alcançado a capacidade de pensar, sentir e desenvolver consciência, o filme anunciava um debate que ganhou força neste ano, com a introdução do ChatGPT e tecnologias deep fake cada vez mais verossímeis.
De “Joan é terrível” em Black Mirror ao comercial usando a imagem de Elis Regina, como fica o consentimento? Quais são as vantagens do ChatGPT numa sociedade marcada sob o signo da produtividade? A IA pode contribuir para o silenciamento de vozes marginalizadas? Como essas tecnologias podem espalhar fake news, invisibilizar nuances, perspectivas múltiplas e esvaziar sentido? Como fortalecer nosso espírito crítico e acolher o erro? Quais empregos e instituições sociais estão em risco de obsolescência? O que sobra?
Dicas do episódio:
Vivi: “Vanilla Sky”, de Cameron Crowe, episódio “Hereditária” do Podcast 37 graus e livro “O verdadeiro criador de tudo: como o cérebro humano esculpiu o universo como nós o conhecemos”, de Miguel Nicolelis
Pedro: "Atendimento automático ao cliente" - S2E1 de “Amor, Morte e Robôs, de Jennifer Yuh Nelson e Meat Dept
Eduardo: "M3gan”, de Gerard Johnstone, e “WALL-E”, de Andrew Stanton
Links:
Instituto Diversidade: www.institutodiversidade.com.br
Página IMDB de "Ela": www.imdb.com/title/tt1798709
Página IMDB de “Joan é péssima”– S6E1 de “Black Mirror”: www.imdb.com/title/tt20247352/?ref_=ttep_ep1
The Economist: Yuval Noah Harari argues that AI has hacked the operating system of human civilisation (ENG)
The New York Times: Noam Chomsky: The False Promise of ChatGPT (ENG)
Curso “Linguagem e Pensamento Crítico: uma introdução à linguística” com Vívian Rio Stella, pela Casa do Saber +
Curso “Vieses Inconscientes: como o seu cérebro processa informações” com Eduardo Estellita, pela Casa do Saber +
Produzido por
Eduardo Estellita e Pedro Schenk
Editado por Pedro Schenk
Carreiras Estressantes: The Bear
Neste episódio, convidamos Isac Rabelo (@chefe_isac.rabelo), chefe de cozinha e professor gastrólogo. para conversar sobre carreiras estressantes e a série "The Bear”, disponível no Star +, aclamada pela representação realista da rotina de trabalho em cozinhas de restaurante.
Com avaliação de 8,4 no IMDB, “The Bear” acompanha Carmy Berzatto, chef da alta gastronomia que assume o restaurante de sanduíches da família logo após o suicídio do irmão mais velho. Enquanto atravessam o processo de luto, todo mundo na equipe precisa superar diversos obstáculos e se adaptar a mudanças na organização do trabalho para elevar a qualidade da comida e salvar o restaurante da falência.
Quais são os principais estressores no trabalho em cozinha profissional? Quais as consequências para a saúde mental? Quais as competências esperadas de chefs de cozinha: são como chefs de reality shows? Como fomentar relações mais humanizadas e cuidar do time em ambientes com alta exigência e baixa tolerância ao erro? Como surgiu o modelo de “brigada francesa” mencionado na série e quais são suas vantagens e desvantagens? Como um setor tão diverso pode ao mesmo tempo ser tão excludente?
Dicas do episódio:
Isac: “Fome de sucesso”, de Sitsiri Mongkolsiri, e livro “Cozinha Prática com Rita Lobo”
Pedro: "Grey’s Anatomy", de Shonda Rhymes, "Pegando fogo", de John Wells
Eduardo: "Chef", de John Favreau, e “Tár”, de Todd Field
Links:
Instituto Diversidade: https://www.institutodiversidade.com.br
Página IMDB de "The Bear": https://www.imdb.com/title/tt14452776/
Vídeo da BuzzFeed sobre chefs de cozinha jogando “Overcooked”: https://www.youtube.com/watch?v=EUPpdfBuGfM
Vídeo TED: Por que ser respeitoso com colegas de trabalho é bom para os negócios – Chistine Porath: https://www.ted.com/talks/christine_porath_why_being_respectful_to_your_coworkers_is_good_for_business
Produzido por Eduardo Estellita e Pedro Schenk
Editado por Pedro Schenk
Refugiados: O que ficou para trás
Desde "Corra", muito se discute sobre o "novo cinema de terror", gênero que mistura o sobrenatural com debates sociais contundentes. Críticos especializados rejeitam a ideia de novidade, já que, como a ficção científica, o gênero de terror sempre se utilizou de metáforas e símbolos para lançar luz sobre questões importantes como discriminação, isolamento e saúde mental. De Frankestein ao Iluminado, do Dr. Caligari ao Vampiro de Dusseldorf, o terror inverte papeis sociais e nos faz questionar quem é médico e quem é monstro.
Na primeira incursão do Diversiarte no gênero, convidamos Priscilla Pachi, doutoranda em geografia e pesquisadora das relações entre capital e fluxos migratórios, para conversar sobre "O que ficou para trás", longa de estreia do diretor Remi Weeks. O filme apresenta um jovem casal de refugiados do Sudão do Sul tentando se adaptar à nova casa no Reino Unido. Às ameaças de deportação, restrições desumanizantes e pressão por assimilação no acolhimento, somam-se os fantasmas do passado: o trauma face os horrores da guerra e da travessia, a culpa de sobrevivente e o luto daqueles que ficaram para trás.
Quem são esses refugiados a quem se tanto vilaniza? Do que precisam ao chegar em um novo país? Como ocorrem as passagens pelas fronteiras? Como o acolhimento institucional vigia para produzir "corpos dóceis"? Como esse processo no Brasil difere do modelo inglês? Que tipo de suporte ONGs e sociedade civil podem oferecer?
Dicas do episódio:
- Priscilla: "Samba", de Olivier Nakache e Éric Toledano, "As nadadoras", de Sally El Hosaini e "Estado zero", de Tony Ayres, Cate Blanchett e Elise McCredie
- Pedro: "A boa mentira", de Philippe Falardeau, e "Hunters", de David Weils
- Edu: "Flee: Nenhum lugar para chamar de lar", de Jonas Poher Rasmussen , "Years and Years", de Russel T. Davies
Links:
- Instituto Diversidade: www.institutodiversidade.com.br
- Página IMDB de "O que ficou para trás"
- ONG Missão Paz (São Paulo)
- CRAI - Centro de Referência e Atendimento para Imigrantes (São Paulo)
- Podcast da Priscilla: Reflexões geográficas e cotidianas
- Dissertação de Priscilla: A precarização na base da mundialização contemporânea: a imigração haitiana na metrópole de São Paulo
- Artigo do Eduardo: Dinâmicas de aculturação e acesso ao emprego em uma ONG brasileira voltada para a integração social de refugiados haitianos
Produzido por Eduardo Estellita e Pedro Schenk
Editado por Pedro Schenk
Representatividade asiática: Tudo em todo o lugar ao mesmo tempo
Neste episódio, conversamos sobre o filme mais premiado de todos os tempos. O estranhíssimo e revolucionário "Tudo em todo o lugar ao mesmo tempo", filme de 2022 dirigido por Daniel Kwan e Daniel Scheinert, já coleciona 370 vitórias em festivais e premiações
Por que o filme e o elenco foram tão aclamados? Como presta homenagem ao cinema asiático e à carreira da atriz Michelle Yeoh, que atuou em mais de 70 filmes e séries? Como atualiza a temática do "multiverso"? Como aborda temas importantes dentro das comunidades de migrantes asiáticos, tais como relações intergeracionais, multiculturalismo e tensões entre tradição e identidade LGBTQIA+? Como retrata o dilema universal da nossa relação com destino e livre-arbítrio: fatalismo, arrependimento e aceitação?
Para além das temáticas atemporais, como o filme dialoga com a atualidade? Como desconstroi a ideia de "homem alfa", teoria pseudocientífica e masculinista que vem ganhando espaço com o movimento "red pill"? Como aborda a depressão na juventude e na meia-idade? Afinal, a que se referem os dedos de salsicha, "bagel" e "googly eyes"?
Dicas do episódio:
- Pedro: "Alice in Borderland", de Shinsuke Sato, e "Boneca Russa", de Natasha Lyonne, Amy Poehler e Lesley Headland
- Edu: "Amor à flor da pele", de Wong Kar Wai, "Casa vazia", de Kim Ki Duk e livro "O clube da felicidade e da sorte" de Amy Tan
Links:
- Instituto Diversidade: www.institutodiversidade.com.br
- Página IMDB de "Tudo em todo o lugar ao mesmo tempo"
Produzido por Eduardo Estellita e Pedro Schenk
Editado por Pedro Schenk
Pressão social: Close
Neste episódio conversamos sobre o filme "Close", concorrente ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro pela Bélgica e vencedor do Grande Prêmio em Cannes. Produzido pelo estúdio A24, o filme acompanha a evolução da amizade próxima de dois pré-adolescentes, abalada por pressões sociais.
Com mensagem universal, o filme retrata um momento específico na formação de todos os meninos, quando a espontaneidade da infância cede lugar à autocensura, à desconexão com a linguagem emocional e à busca pela afirmação da masculinidade.
Como a sociedade nos disciplina para caber em modelos de "homem", "mulher" ou "adulto"? Quem exerce essa pressão? Como reagimos a ela? Como nossa saúde mental e autoestima pode ser afetada? Qual é o preço que pagamos para sermos aceitos aos olhos dos outros?
Dicas do episódio:
- Pedro: "Tomboy", de Céline Sciama, e "As vantagens de ser invisível", de Stephen Chobs
- Edu: "Conta Comigo", de Rob Reiner, "Billy Elliot", de Stephen Daldry e livro "Deep Secrets: Boys' Friendships and the Crisis of Connection" de Niobe Way
Links:
- Instituto Diversidade: www.institutodiversidade.com.br
- Página IMDB de "Close"
- Entrevista com o diretor do filme (em inglês)
Produzido por Eduardo Estellita e Pedro Schenk
Editado por Pedro Schenk
Povos originários: Avatar - O caminho da água
Neste episódio, conversamos sobre povos originários e o filme "Avatar: O caminho da água", continuação do sucesso de bilheterias de 2009.
Do ponto de vista técnico, o filme renova a experiência de voltar ao cinema, em uma indústria dominada pelas plataformas de streaming? A experiência com o 3D ainda é marcante?
E como o filme explora as temáticas de ecologia, migração e preservação do meio ambiente? Faz um bom trabalho ao representar povos originários e os valores de coletivismo e interconectividade, presentes em tantas culturas indígenas? Como seu roteiro e estética lidam com temas como militarismo, imperialismo e o mito do branco salvador tão frequentes no cinema estadunidense?
Para além do filme, compartilhamos dicas para você conhecer, desenvolver empatia e defender os direitos das nações indígenas brasileiras. O que é o projeto de genocídio dos yanomamis, em curso no país? Estamos protegendo quem luta para que a gente não venda nosso futuro?
Dicas do episódio:
Pedro: "Bacurau", de Juliano Dornelles e Kleber Mendonça Filho, "A última floresta", de Luiz Bolognesi, e "Cidade invisível", de Luis Carone e Júlia Pacheco Jordão
Eduardo: "Jibaro: Love, Death and Robots - s3 e9", de Alberto Mielgo e Tim Miller, "As Guerras da Conquista: Guerras do Brasil. doc- s1e1" de Luiz Bolognesi e participação de Ailton Krenak e "O Predador: A caçada", de Dan Trachtenberg
Links:
Instituto Diversidade: www.institutodiversidade.com.br
Página IMDB de "Avatar: O caminho de água": https://www.imdb.com/title/tt1630029
Vídeo da BBC Brasil sobre o genocídio Yanomami: https://www.youtube.com/watch?v=U2vVLpir7kQ
Produzido por Eduardo Estellita e Pedro Schenk
Editado por Pedro Schenk
Patriarcado: A casa do dragão
No primeiro episódio de 2023, conversamos com Dandara Pugliese, jornalista e amante de filmes, sobre a aclamada série "A Casa do Dragão", HBO. Inovando na narrativa sem perder a identidade política da predecessora "A Guerra dos Tronos", a série se consolida já na primeira temporada e resgata os rituais semanais do público que acompanhou a série-irmã por quase uma década.
Em "A Casa do Dragão", a narrativa gira em torno das lutas dentro da família Targaryen pela sucessão ao trono e apresenta como o patriarcado opera, limitando as escolhas de mulheres e transformando amigas em antagonistas. Estrelada pelu atore não-binário Emma Darcy e pela veterana Olivia Cooke, "A Casa do Dragão" materializa visões de mundo conservadoras e progressistas em personagens cativantes, com motivações válidas e compreensíveis.
Como a série utiliza cenas de parto para retratar "o campo de batalha das mulheres" no patriarcado? Como faz para apresentar personagens antagonistas sem cair nos vícios da "rivalidade", uma representatividade recorrente do "olhar masculino"? Como nossas experiências de vida, privilégios ou desvantagens podem influenciar nossos valores e perspectivas de mundo? Quais reflexões a história levanta sobre patriarcado nos dias atuais? O que as mulheres ainda enfrentam para acessar posições de poder nas empresas?
Recomendamos ouvi-lo enquanto degusta um "Negroni sbagliato, with Prosecco in it".
Dicas do episódio:
Dandara: Série "Anne com um E", de Moira Walley-Beckett
Pedro: Sére "Orphan Black", de Kim Coghil, Andrew de Angelis e Jeff Detsky
Eduardo: Livro "A mãe esquerda da escuridão", de Ursula K. Le Guin
Links:
Instituto Diversidade: www.institutodiversidade.com.br
Página IMDB de "A Casa do Dragão": https://www.imdb.com/title/tt11198330
Produzido por Eduardo Estellita e Pedro Schenk
Editado por Pedro Schenk
Mulheres negras: A mulher rei
No último episódio da temporada de 2022, conversamos sobre mulheres negras com Elisângela Furtado e Eliane Barbosa, professoras, pesquisadoras de Gênero e Raça e consultoras do Instituto Diversidade.
O filme "A mulher rei", dirigido por Gina Prince-Bythewood e estrelado por Viola Davis, foi considerado um marco no cinema mundial ao atingir o topo das bilheterias com uma história centrada em mulheres negras e africanas. É um marco porque comprovou que eram infundados muitos dos preconceitos e receios de produtoras e distribuidoras em financiar um filme com elenco negro (e feminino), considerando-o "cinema de nicho".
"A mulher rei" é uma superprodução inspirada em fatos históricos envolvendo o Reino de Daomé no século 18 e o papel social das guerreiras agojie. A partir dos temas abordados no filme, conversamos sobre: Como seriam nossas empresas se uma mesma posição de liderança fosse compartilhado por duas pessoas de diferentes gêneros ou etnias? O que difere sociedades patriarcais de sociedades matriarcais ou matrilíneas? O que significa ter consciência negra? Como o filme se insere no debate atual sobre panafricanismo? Como aborda as violências internacionais, nacionais e nas subjetividades? Como mulheres negras praticam sororidade?
Dicas do episódio:
Elisângela: Livros "Becos da memória", de Conceição Evaristo, e "Lélia Gonzalez: Por um feminismo afro-latino-americano", organizado por Marcia Lima e Flávia Rios.
Eliane: Livros "Escritos de uma vida", de Sueli Carneiro, "Uma história feita por mãos negras", de Beatriz Nascimento, e "A resistência negra ao projeto de exclusão social", organizado por Hélio Santos.
Pedro: Minissérie "Terra Negra em Ascensão" (Black Earth Rising), de Hugo Blick, e a diretora/produtora Ava duVernay
Eduardo: Livros "No seu pescoço" e "Americanah", de Chimamanda Ngozi Adichie
Links:
Instituto Diversidade: www.institutodiversidade.com.br
Página IMDB de "Mulher Rei": https://www.imdb.com/title/tt8093700
Produzido por Eduardo Estellita e Pedro Schenk
Editado por Pedro Schenk
Maturidade Masculina: O método Kominsky
Neste episódio, conversamos sobre maturidade masculina com Luciana Correa, professora e pesquisadora em longevidade e consultora do Instituto Diversidade.
A série "O Método Kominsky", da Netflix, estrelada por Michael Douglas e Alan Arkin, retrata os desafios e benefícios da vida aos 70 e 80 anos. Quando os homens percebem que chegaram à maturidade? Por que essa transição é mais abrupta e tardia para homens do que para mulheres? Há diferenças entre amizades entre homens e entre mulheres na maturidade? Como homens lidam com mudanças na identidade profissional após a aposentadoria? De que forma o "lifelong learning" (aprendizagem por toda a vida) contribui para uma longevidade mais sadia? Como alguns homens fortalecem relacionamentos e deixam seu legado na maturidade?
Dicas do episódio:
Luciana: Livro "O ancião que saiu pela janela e desapareceu", de Jonas Jonasson, e filme homônimo, de Felix Herngreen.
Pedro: "Transparent", de Joey Soloway e livro "Velhice Transviada", de João Nery.
Eduardo: "A Guerra dos Roses", de Danny de Vito.
Links:
Instituto Diversidade: www.institutodiversidade.com.br
Página IMDB de "O Método Kominsky": https://www.imdb.com/title/tt7255502
Produzido por Eduardo Estellita e Pedro Schenk
Editado por Pedro Schenk
Masculinidades: Ted Lasso
Neste episódio conversamos sobre a série "Ted Lasso", da Apple TV. Sucesso de crítica e público, a série de comédia conta a história de um treinador de futebol americano universitário que é transferido para a Inglaterra para comandar um time da Primeira Liga de futebol.
Em vez de focar no esporte, como tantas outras séries já fizeram, "Ted Lasso" aposta na desconstrução dos estereótipos de masculinidade e de objetificação feminina frequentes no mundo dos esportes e na sociedade: a estrela mimada, o imigrante tímido, o macho viril caladão, o bobão à la Ned Flandres (dos Simpsons), a modelo "Maria Chuteira" e a executiva "fria e calculista". Com episódios curtos, a série apresenta personagens complexos e ambíguos e propõem, por meio de diálogos cirúrgicos, reflexões sobre os efeitos negativos da masculinidade tóxica sobre homens e aqueles que os cercam.
Debatemos o significado de masculinidade tóxica e se faz sentido pensar no personagem que dá título à série como um modelo de masculinidade "desconstruída" a ser seguido? Ou estaríamos todos em um processo de desconstrução? Quem nos ensina a ser homem? Qual é a responsabilidade individual de cada pessoa na construção de relações mais saudáveis e autênticas, menos pautadas no machismo? Como começar a agir?
Dicas do episódio:
Pedro: "Fleabag", de Phoebe Waller-Bridge
Edu: "Mulheres do século 20", de Mike Mills e "Steven Universo: Future", de Rebecca Sugar
Links: Instituto Diversidade: www.institutodiversidade.com.br
Página IMDB de "Ted Lasso":IMDb: : Ted Lasso https://www.imdb.com/title/tt10986410/
Produzido por Eduardo Estellita e Pedro Schenk
Editado por Pedro Schenk
Neurodiversidade: Everything's gonna be okay
Neste episódio, conversamos sobre neurodiversidade com Eduardo Estellita, profissional neurodivergente e fundador do Instituto Diversidade.
O que é neurodiversidade? Quais condições são abarcadas por esse conceito? Quantas pessoas são neurodivergentes? Como é a experiência de receber um diagnóstico tardio? Como filmes e séries mais recentes têm contribuído para trazer mais nuance e diversidade na representação do autismo e de outras condições neuroatípicas na vida adulta? Qual é a importância de ter pessoas neurodivergentes participando na frente e por trás das câmeras nestas séries?
Dicas do episódio:
Pedro: "Atypical", de Robia Rashid e "Special", de Ryan O'Connell
Edu: "Mary e Max: uma amizade diferente", de Adam Elliot, "Douglas", de Hannnah Gadsby e "Tudo em todo lugar ao mesmo tempo ", de Dan Kwan e Daniel Scheinert
Links:
Instituto Diversidade: www.institutodiversidade.com.br
Página IMDB de "Everything's gonna be okay": https://www.imdb.com/title/tt8680006
Página IMDB de "As we see it": https://www.imdb.com/title/tt12530128
Produzido por Eduardo Estellita e Pedro Schenk
Editado por Pedro Schenk
Adolescência LGBTQIA+: Heartstopper
Neste episódio de celebração do mês do Orgulho LGBTQIA+ conversamos sobre "Heartstopper". Baseada nos livros de Alice Oseman, a série com 8 episódios curtos retrata o fofíssimo romance entre o adolescente gay Charlie Spring e seu colega Nick Nelson, enquanto ele descobre sua bissexualidade. "Heartstopper" ocupou o primeiro lugar de visualizações da Netflix em dezenas de países e já foi renovada para mais duas temporadas.
O que encanta e diferencia "Heartstopper" de outras produções LGBTQIA+? Como ela contribui para narrativas mais humanizantes das vivências da comunidade? O que nos ensina sobre orgulho, amor, apoio, comunidade e construção da identidade LGBTQIA+ na adolescência? Por que se fala em adolescência roubada de jovens adultos LGBTQIA+? Como ela pode promover conversas inclusivas nas famílias?
Dicas do episódio:
Pedro: "Everything sucks!", de Ben York Jones e Michael Mohan e "One Day at a time", de Gloria Caldéron Kellet e Mike Royce
Edu: "Hoje eu quero voltar sozinho", de Daniel Ribeiro e "Generation", de Daniel e Zelda Barnz
Links:
Instituto Diversidade: www.institutodiversidade.com.br
Página IMDB de "Heartstopper": https://www.imdb.com/title/tt10638036
Produzido por Eduardo Estellita e Pedro Schenk
Editado por Pedro Schenk
Democracia e Distopias: Medida Provisória
Neste episódio conversamos com Milena Fiuza, profissional de comunicação e mulher preta, sobre o filme "Medida Provisória". O filme de estreia de Lázaro Ramos na direção apresenta um futuro distópico em que brasileiros negros são forçados pelo Estado a retornar para a África. Aclamado pela crítica, o filme escancara as múltiplas manifestações do racismo no país e convida a uma reflexão bastante atual sobre a degradação do Estado democrático.
É possível falar em democracia no Brasil? Há esperança de reparação histórica a afrodescendentes? Como representantes eleitos pela população têm atuado para retirar direitos conquistados há décadas por grupos subrepresentados? Como a outrofobia em nosso país tem contribuído para a exclusão e genocídio de nossas irmãs e irmãos que, por séculos, construíram e constroem o país? Como cada um de nós se posiciona, resiste e age nos dias de hoje para combater distopias reais, prováveis ou iminentes?
Dicas do episódio:
Milena: "Eles", de Little Marvin
Pedro: "Olhos que condenam", de Ava DuVernay
Edu: "Na minha pele", de Lázaro Ramos (livro) e "M8- Quando a morte socorre a vida", de Jeferson De
Links:
Instituto Diversidade: www.institutodiversidade.com.br
Página IMDB de "Medida Provisória": https://www.imdb.com/title/tt10395866
"Na minha pele": https://www.companhiadasletras.com.br/livro/9788547000417/na-minha-pele
Produzido por Eduardo Estellita e Pedro Schenk
Editado por Pedro Schenk
Mito da mãe perfeita: A filha perdida e Mães Paralelas
Neste episódio conversamos com Vanessa Lemos, mãe de 3 meninas, sobre os filmes "A filha perdida" e "Mães paralelas", disponíveis na Netflix. Ambos filmes foram aclamados pela crítica e retratam vivências de mulheres que, em diferentes momentos de vida, se tornam mães. São filmes que desconstroem diversos mitos em torno da maternidade, em especial o da mãe perfeita: "naturalmente" pronta para a maternidade e infinitamente paciente com seus filhos.
Debatemos sobre pressões sociais, papeis de gênero, "duplas medidas" nos comportamentos esperados de mães e de pais, conciliação entre carreira e maternidade e os significados que cada mãe dá a sua experiência única com a maternidade.
Dicas do episódio:
Vanessa: "Gênero e nossos cérebros", de Gina Rippon e "Maid", de Molly Smith Metzler
Pedro: "O conto da aia", de Margareth Atwood e Bruce Miller (para a TV)
Edu: "Pequenos Incêndios por toda a parte", de Celeste Ng e Liz Tigelaar (para a TV) e "Tully", de Jason Reitman
Links:
Instituto Diversidade: www.institutodiversidade.com.br
Página IMDB de "A filha perdida": https://www.imdb.com/title/tt9100054
Página IMDB de "Mães paralelas": https://www.imdb.com/title/tt12618926
"Gênero e nossos cérebros": https://www.rocco.com.br/livro/genero-e-nossos-cerebros/
Produzido por Eduardo Estellita e Pedro Schenk
Editado por Pedro Schenk
Vivências trans (ontem e hoje): Veneno
Neste episódio conversamos com Pedro Schenk, homem trans e o mais novo integrante do time de consultores do Instituto Diversidade, sobre a minissérie “Veneno” da HBO. A série conta a história de Cristina Ortiz Rodriguez “La Veneno”, ícone trans e personalidade da TV espanhola e reconta sua vida, da dura infância na cidade natal ao falecimento em Madri em 2016. Ela explora ainda a relação de amizade entre La Veneno e sua biógrafa, Valeria Vegas, assim como as semelhanças e diferenças de vivências entre essas mulheres separadas por uma geração.
Nessa conversa intimista, debatemos alguns dos principais sentimentos e reflexões que a série levanta sobre vivências trans, inclusão social, família, afeto e quebra de estereótipos.
Em 11 de fevereiro de 2022, faleceu (aos 52 anos de idade) a atriz Isabel Torres, que interpreta a protagonista na fase adulta. Isabel era ativista pelos direitos da comunidade LGBTQIA+ e foi a primeira mulher trans da Espanha a conseguir o reconhecimento de sua identidade de gênero no documento de identidade. Assim como sua personagem, ela nos deixou cedo demais. Nossas preces estão com familiares e amigos nesse momento difícil.
Links:
Instituto Diversidade: www.institutodiversidade.com.br
Página IMDB de "Veneno": https://www.imdb.com/title/tt10383046/
Visibilidade Lésbica: Vários filmes
Neste episódio em homenagem ao mês do Orgulho e da Visibilidade Lésbica, conversamos com Bruna Rossi e Natália Lima, duas mulheres lésbicas, sobre como o cinema tem representado vivências lésbicas. Do recente boom dos filmes de época como "Retrato de uma jovem em chamas" às produções dos anos 90 que se apoiavam no clichê da "fora da lei" de "Diabolique", "Thelma e Louise" e "Ligadas pelo Desejo", debatemos como o cis-heteropatriarcado decide quais vivências são contadas e quais não são, com atenção especial para vivências trans lésbicas.
Nessa conversa aprofundada sobre subjetividade e universalidade, produção autoral e ativismo LGBTQIA+, economia e política, nos conectamos com dúvidas, dores e desconfortos pessoais e lançamos um olhar de esperança para o futuro.
Links:
Instituto Diversidade: www.institutodiversidade.com.br
Coletivo Macabeia: https://www.facebook.com/coletivomacabea
União dos Coletivos Feministas da USP: uniaocoletivosfeministasusp@gmail.com
Página IMDB de "Retrato de uma jovem em chamas": https://www.imdb.com/title/tt8613070
Página IMDB de "Ligadas pelo desejo": https://www.imdb.com/title/tt0115736
Visibilidade Trans: Revelação
Neste episódio em homenagem ao Dia Nacional da Visibilidade de Pessoas Trans e Travestis, conversamos sobre o documentário "Revelação", que explora como pessoas trans vêm sido representadas no cinema e o impacto dessas representações para a construção de suas subjetividades e para a sociedade como um todo.
Debatemos os principais clichês narrativos em torno de personagens trans: das representações mais violentas de "Traídos pelo Desejo" e "Ace Ventura" às mais humanizadas de "Paris is Burning" e "Pose", passando pela insistência dos festivais de cinema em premiar o "trans fake" (quando artistas cisgênero interpretam vivências trans). Exploramos ainda de que forma três filmes nacionais ("Madame Satã", "Carandiru" e "Elvis e Madonna"), com personagens centrais travestis, reforçam estereótipos e papeis de gênero. Por fim, abordamos de que forma pessoas aliadas e empresas podem contribuir para melhor acolher e incluir profissionais transgênero.
Links:
Instituto Diversidade: www.institutodiversidade.com.br
Artigo "A (re)produção da identidade travesti no cinema brasileiro" de Toebe, Vognac e Couto: https://online.unisc.br/acadnet/anais/index.php/jornada_psicologia/article/view/17646/4524
Página IMDB do documentário "Revelação": https://www.imdb.com/title/tt8637504
Autismo: Atypical
No episódio final da temporada 2020, conversamos com Willian Chimura, ativista pelos direitos das pessoas autistas, YouTuber e pesquisador em informática na educação. Desde Rain Man (1988), o cinema e a televisão têm trazido representações do autismo bem variadas, fazendo jus à diversidade de experiências que o espectro engloba. Séries como “Atypical”, “O bom doutor” e “Amor no espectro” apresentam protagonistas com autismo e desenhos animados infanto-juvenis introduzem personagens no espectro interagindo de forma significativa com pessoas com neurodesenvolvimento típico, tais como Carl em “Arthur”, Entrapta em “She-Ra” e Peridot em “Steven Universo”.
Para além das representações na mídia, esclarecemos conceitos e indicamos livros para quem está começando a se interessar sobre o tema, debatemos as barreiras à inclusão no sistema educacional e no ambiente de trabalho e exploramos as interseções entre autismo e gênero: um novo campo de pesquisa em desenvolvimento.
Links:
Instituto Diversidade: www.institutodiversidade.com.br
Canal YouTube do Willian Chimura: https://www.youtube.com/c/WillianChimura/videos
Instagram Willian Chimura: https://www.instagram.com/chimurawill/
Podcast “Introvertendo”: https://open.spotify.com/show/2uxjsIM6Kfvp33iFRDZoCm
Filme “Mary e Max”: https://www.imdb.com/title/tt0978762/?ref_=fn_al_tt_1
Peça de teatro “Cachorro Morto”: http://www.ciahiato.com.br/o-cachorro.html
Livro: O estranho caso do cachorro morto: https://books.google.com.br/books/about/O_estranho_caso_do_cachorro_morto.html?id=JwUUfCkMVqsC
Livro “Transtorno do Espectro Autista: uma brevíssima introdução”: https://editoracrv.com.br/produtos/detalhes/32960-detalhes
Livro “Singulares: um olhar sobre autismo”: https://www.amazon.com.br/Singulares-Um-Olhar-sobre-Autismo-ebook/dp/B08M27GKP4
Consciência Negra: Selma
Neste episódio vamos conversar com Elisangela Machado sobre as origens do dia da consciência negra, assim como os sentidos e implicações identitárias, políticas e culturais de se pensar e promover a consciência negra.
Assumindo como pano de fundo o filme "Selma", que retraça a Marcha pelos direitos civis comandada pelo Reverendo Martin Luther King Jr., vamos tecer paralelos entre os mecanismos institucionais de opressão do povo negro nos Estados Unidos e no Brasil, debater características que unem afrodescendentes em diversas áreas do globo e refletir sobre a emergência de um novo tipo de organização política, impulsionada pelas redes sociais. Vamos também reconhecer pessoas e redes de mulheres que têm contribuído significativamente para o fortalecimento da consciência negra no Brasil: de Milton Santos a Conceição Evaristo, passando por Carolina Maria de Jesus, Racionais MC, Cristiane Sobral, Sílvio de Almeida, Maju Coutinho, Djamila Ribeiro, entre outras.
Esse episódio foi gravado antes do assassinato de João Alberto Silveira Freitas, mais uma pessoa negra violentamente morta, sem direito a defesa, em estabelecimento comercial. Nós, do Diversiarte e do Instituto Diversidade, prestamos nossas condolências aos amigos e parentes!
Links:
Instituto Diversidade: www.institutodiversidade.com.br
Super-heroínas: Mulher Maravilha e Capitã Marvel
Neste episódio conversamos com a Camila Berteli, Gerente de Atração e Engajamento da Nexa Resources e blogueira sobre cultura geek e quadrinhos. Vamos explorar o processo de criação e evolução das super-heroínas Mulher Maravilha e Capitã Marvel ao longo das décadas, a jornada da heroína, além da influência dos grandes estúdios que produziram seus filmes (e de tantas outras super-heroínas) para a difusão de uma mensagem de acolhimento da diversidade e de integração dos arquétipos masculino e feminino em nossas vidas.
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Instituto Diversidade: www.institutodiversidade.com.br
Mães de LGBT+: Vários filmes
Desde as personagens Debbie Novotny de "Queer as Folk" (2000) e Hanna Fabre de "Minha vida em cor de rosa" (1997), a sétima arte produziu alguns filmes muito interessantes sobre a relação entre mães e suas filhas, filhos e filhes LGBT+. Dos olhares intimistas de "Tomboy" e "Girl" ao politicamente engajado "Growing up Coy", passando pelo criticado "Meu nome é Ray" e os dramáticos "Orações para Bobby" e "Boy Erased: Uma verdade anulada". Neste episódio vamos conversar com Mirian De Biasi, da ONG "Mães pela Diversidade", e sua filha Alice de Biasi, professora de português, sobre algumas das temáticas que esses filmes levantam: os laços de amor que unem famílias, o processo de "saída do armário" e os lutos e angústias das mães de crianças, jovens e adultos crescendo em uma sociedade LGBTfóbica.
Vamos ainda conhecer o belo trabalho realizado pelo "Mães pela Diversidade", tanto no acompanhamento de familiares que estão aprendendo a apoiar seus filhes LGBT+, quanto na luta política para que tenham direitos plenos e iguais na sociedade brasileira. Por fim, vamos abordar o papel da escola no fomento a uma cultura de inclusão e a representatividade de professores abertamente LGBT+.
Nota: Em 2022, Alice realizou sua transição de gênero e passou a ser reconhecida por esse nome. No momento da gravação e postagem do episódio, ela ainda utilizava o nome de nascimento.
Links: Curso "Diversidade e Inclusão Organizacional" (10% de desconto com o cupom DIVERSIARTE): https://www.institutodiversidade.com.br/curso-on-line Mães pela Diversidade: https://www.facebook.com/MaespelaDiversidade/ https://maespeladiversidade.org.br/
Assédio no trabalho: O escândalo
Neste episódio vamos conversar com a Gisele Muller sobre assédio no ambiente de trabalho. O filme "O escândalo" retrata o ambiente hostil e misógino da maior rede de televisão dos Estados Unidos: a Fox News. Um ano antes do movimento #MeToo, o filme retraça os bastidores das denúncias de assédio sexual cometido pelo CEO e por outros executivos da empresa. Vamos compartilhar os dilemas que mulheres encontram para navegar ambientes organizacionais machistas e as estratégias que desenvolvem para lidar com o assédio sexual. Vamos debater a efetividade das políticas antiassédio, o papel do RH, dos líderes e o que os homens podem fazer para se tornarem aliados.
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Masculinidades: A máscara em que você vive e Steven Universo
Neste episódio vamos conversar sobre masculinidades e educação de meninos com o Genesson Honorato, pai do Benedito. Vamos explorar como o documentário "A máscara em que você vive" explica o fato de homens liderarem as estatísticas de homicídio, suicídio e doenças mentais não tratadas e os efeitos da masculinidade clássica na construção da identidade e nas relações afetivas, familiares e profissionais. Em seguida, vamos mostrar como o revolucionário desenho infantil "Steven Universo", da Cartoon Network, pode ensinar uma nova geração de meninos a serem fortes e felizes, livres para expressarem sentimentos e praticarem a compaixão.
Links:
Curso "Diversidade e Inclusão Organizacional" (10% de desconto com o cupom DIVERSIARTE): https://www.institutodiversidade.com.br/curso-on-line
Pesquisa "O Silêncio dos homens": https://issuu.com/ismaeldosanjos/docs/osilenciodoshomens_desk
Representatividade e afrofuturismo: Pantera Negra
Esse episódio especial é uma homenagem ao ator Chadwick Boseman, que faleceu no dia 28 de agosto de 2020, aos 43 anos, e deixou um legado imensurável para a comunidade negra. Imortalizado no papel do Pantera Negra, primeiro super-herói negro protagonista em um filme do gênero, Chadwick deixa uma multidão de fãs em todo o mundo com os corações partidos com essa perda súbita e precoce. Vamos conversar com a Elisângela Machado e seu filho Victor sobre o carisma do ator, a importância do personagem, o impacto da representatividade e o movimento cultural e político mais amplo no qual o filme se insere: o afrofuturismo.
Privilégio: Little Fires Everywhere
Neste episódio, conversamos sobre a série dramática "Little Fires Everywhere". Aclamada por muitos como a melhor série do ano, ela é recheada de cenas sutis que revelam a perversidade do racismo moderno e das insinuações de que estejamos vivendo em uma era pós-racismo.
Além de temas sobre maternidade, conflitos entre mães e filhas e descoberta da sexualidade na adolescência, a série aborda principalmente todos os privilégios que contribuem para a manutenção de uma estrutura social excludente e racializada. Imperdível!
Site do Instituto Diversidade: https://www.institutodiversidade.com.br/
Etarismo e papeis de gênero: Um senhor estagiário
Neste episódio, conversamos sobre o filme "Um senhor estagiário". Além dos debates geracionais que promoveu, ele traz reflexões bem mais interessantes sobre etarismo e papeis de gênero na sociedade moderna, tanto no que escolheu mostrar quanto no que escondeu do telespectador.
Artigo sobre etarismo nas empresas brasileiras: https://rae.fgv.br/sites/rae.fgv.br/files/artigos/gv_v12n2_24-271.pdf
Artigo sobre executivas no Brasil: https://rae.fgv.br/sites/rae.fgv.br/files/artigos/10.1590_S1676-56482010000100004.pdf
Artigo sobre estereótipos etários (caloroso x competente): https://psycnet.apa.org/doiLanding?doi=10.1037%2F0022-3514.82.6.878
Sororidade: O Clube das Babás
Em nosso primeiro episódio, vamos conversar sobre como a nova série da Netflix "O Clube das Babás" traz reflexões sobre representatividade, família e sororidade e ajuda a educar meninas para a diversidade.