Palavra de Cientista
By Edgar Canelas
Palavra de CientistaJun 27, 2023
Engenheiros do Instituto Superior Técnico digitalizam mármore
A Palavra de Cientista deste episódio pertence a Gustavo Paneiro, investigador e docente do Departamento de Engenharia de Recursos Minerais e Energéticos – DER O novo projeto de Inteligência Artificial do Departamento de Engenharia de Recursos Minerais e Energéticos do IST vai prever a configuração interna dos blocos de mármore do Alentejo Central e otimizar os planos de corte. Os clientes internacionais poderão especificar os padrões das placas de mármore antes destas serem processadas pelas máquinas. “O mármore português vai tornar-se mais competitivo nos mercados dos Estados Unidos e do Médio Oriente”, afirma o Grupo Galrão.
info IST
FCUP lidera projeto europeu para evitar desperdício de vacinas
Aos 38 anos, João Horta Belo, investigador júnior do Instituto de Física dos Materiais Avançados, Nanotecnologia e Fotónica da Universidade do Porto (IFIMUP) na Faculdade de Ciências (FCUP), lidera um projeto internacional de grande envergadura financiado em 3,7 milhões de euros. O objetivo? Salvar vacinas através de um refrigerador mais eficiente e com menores custos. Tudo graças ao poder do magnetismo: atraiu o interesse deste jovem físico e atrai materiais magnetocalóricos que, por ação da aplicação e remoção de um campo magnético, fazem aquecer e arrefecer um material, de forma mais amiga do ambiente. FCUP lidera projeto europeu para evitar desperdício de vacinas
A melhor tese ibérica sobre os Troianos de Júpiter
Vasco Serra Cardoso, aluno de mestrado em Astrofísica e Instrumentação para o Espaço, da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC), foi distinguido com o prémio “Pedro Nunes” para melhor tese ibérica de mestrado em Ciências e Exploração Planetária, pela Europlanet Society.
A tese de mestrado, intitulada “Collisional Evolution of Jupiter Trojans”, teve a coorientação de Nuno Peixinho, investigador do Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço (IA) e do Departamento de Física da FCTUC, e de Paula Benavidez, professora do Departamento de Física, Engenharia de Sistema e Teoria de Sinal do Instituto Universitário de Física Aplicada às Ciências e à Tecnologia de Universidade de Alicante, Espanha.
A invasão das florestas ribeirinhas por acácias
Neste episódio vamos conhecer uma investigação liderada pela Universidade de Coimbra (UC) que concluiu que a invasão das florestas ribeirinhas por acácias afeta as comunidades aquáticas nos ribeiros. O estudo está publicado na revista Freshwater Biology.
Verónica Ferreira, investigadora do Centro de Ciências do Mar e do Ambiente (MARE) da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC) é a convidada deste episódio.
Círculos de pedras na Antártida
Pedro Pina, professor e investigador do Departamento de Ciências da Terra (DCT) da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC), está a estudar e a monitorizar a evolução de círculos de pedras naturais na Antártida em formação há 10 mil anos, quando os glaciares da região começaram a recuar e criar zonas livres de gelo.
As regiões polares do Sol e a emissão de radiação de alta energia
A palavra de cientista deste episódio pertence a Bruno Arsioli, do Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço (IA) e da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa (Ciências ULisboa)
“O estudo das emissões de raios gama do Sol representa uma nova janela para investigar e compreender os processos físicos que ocorrem na atmosfera da nossa estrela. Talvez existam mecanismos adicionais que geram raios gama e que vão para além da interação dos raios cósmicos com a superfície do Sol.”
Bruno Arsioli
i3S e ICBAS criam nanopartícula para combater tumores gastrointestinais
Uma estratégia inovadora que conduz a droga diretamente ao alvo: a célula tumoral. É assim que Celso Reis e Joana Gomes, investigadores do Instituto de Investigação e Inovação em Saúde (i3S) descrevem a nanopartícula recentemente desvendada num estudo publicado na revista internacional Acta Biomaterialia, e que tem como objetivo encapsular os fármacos e conduzi-los diretamente às células do cancro gastrointestinal, contribuindo para atenuar o crescimento dos tumores.
Erupções solares, machine learning e inteligência artificial (IA)
A Palavra de Cientista, neste episódio, é a de Teresa Barata, investigadora do Departamento de Ciências da Terra (DCT) da FCTUC e do Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço (IA).
Uma equipa de cientistas da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC) está a utilizar machine learning e inteligência artificial (IA) para detetar os flares, erupções solares que são ainda imprevisíveis.
Descobertos novos 'Júpiteres' a orbitar estrelas gigantes
Em dois artigos científicos recentes, liderados por investigadores do Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço, foram relatadas as descobertas de vários “júpiteres” à volta de estrelas gigantes e de massa intermédia, um tipo de estrela onde não é comum encontrar planetas, especialmente muito próximo delas.
Os artigos estão publicados aqui:
Monthly Notices of the Royal Astronomical Society, stad3449, (DOI: 10.1093/mnras/stad3449)
Astronomy & Astrophysics Vol.679, A94 (DOI: 10.1051/0004-6361/202346890)
info IA
Lista vermelha: 1 em 3 aves portuguesas ameaçada de extinção
A Palavra de Cientista deste episódio pertence a Domingos Leitão, Diretor Executivo da SPEA
Uma em cada três populações de aves portuguesas está ameaçada de extinção. A situação é particularmente preocupante nos casos das aves de zonas agrícolas, das migradoras de longa distância e das aves marinhas: diminuiu a sua abundância e a sua área de distribuição e aumentou o seu risco de extinção no nosso país. Estas são algumas das tendências evidenciadas pelos resultados da Lista Vermelha das Aves de Portugal Continental e do III Atlas das Aves Nidificantes de Portugal, apresentados dia 12 de dezembro em Lisboa.
Liderados pela Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves (SPEA) e desenvolvidos em parceria com a Universidade de Évora, ICNF, IFCN (Madeira) e CIBIO/BIOPOLIS, com a participação de mais de 400 ornitólogos voluntários e profissionais, estes dois projetos complementares permitem obter um panorama do estado das aves em Portugal e, esperam os especialistas, direcionar esforços de conservação para aquelas que mais necessitam.
A Lista Vermelha das Aves de Portugal Continental 2022 visa reavaliar o risco de extinção das populações de aves que utilizam de forma regular este território português e identificar as populações ameaçadas, atualizando a secção correspondente que integra o anterior Livro Vermelho dos Vertebrados de Portugal, que data de 2005. Relativamente à Lista Vermelha anterior, o número de populações classificadas como ameaçadas de extinção aumentou de 88 para 95 populações. Ou seja, hoje existem mais populações e espécies de aves ameaçadas do que em 2005.
A Lista Vermelha das Aves de Portugal Continental e o III Atlas das Aves Nidificantes estão disponíveis online a partir de dia 12 de dezembro, no site
10 anos de ESERO Portugal
Ana Noronha, Diretora do ESERO Portugal, é a convidada deste episódio.
ESERO ( European Space Education Resource Office ) é um programa educativo da Agência Espacial Europeia ( ESA ) que usa o Espaço como contexto inspirador para a aprendizagem das ciências, tecnologias e matemática, como forma de promover o interesse dos alunos nestas disciplinas nos níveis básico e secundário e incentivar carreiras científicas e de engenharia.
As primeiras imagens astronómicas a cores da missão Euclid
A Agência Espacial Europeia (ESA) deu a conhecer no dia 7 de novembro de 2023 as primeiras imagens a cores da missão espacial Euclid.
O nosso convidado neste episódio é António da Silva, investigador do Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço e da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, representante nacional da Direção do Consórcio Euclid e membro de vários grupos de trabalho do consórcio nos domínios científicos dos aglomerados de galáxias e cosmologia observacional. É também o ponto de contacto nacional da missão junto da agência nacional Portugal Space.
Aprofundar a física do Sol com a ajuda de aprendizagem automática
Ricardo Gafeira, investigador do IA e da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC) é coautor do artigo “Machine learning in solar physics”, publicado na revista “Living Reviews in Solar Physics”. Neste artigo, os autores afirmam que certas regularidades subtis, que escapam aos métodos de análise tradicionais, podem ser evidenciadas por algoritmos de aprendizagem automática (por vezes generalizada sob o nome de inteligência artificial). info iastro.pt
A história eruptiva da ilha das Flores durante o Holocénico
Mariana Andrade, aluna de doutoramento em Geologia, liderou a equipa responsável pelo artigo “Unraveling the Holocene Eruptive History of Flores Island (Azores) Through the Analysis of Lacustrine Sedimentary Records”, que se debruçou sobre a história eruptiva da ilha das Flores durante o Holocénico, com o objetivo de avaliar os principais fatores que controlam a interação magma/água, e consequentemente a explosividade de erupções vulcânicas em ilhas oceânicas com elevada disponibilidade hídrica.
Os organismos estão a tornar-se mais pequenos
Neste episódio, converso com Inês S. Martins, primeira autora deste estudo, investigadora na Universidade de York, no Reino Unido, antiga aluna da Ciências ULisboa e que conduziu o estudo enquanto investigadora da Universidade de St Andrews, na Escócia.
Os organismos estão a tornar-se mais pequenos através de uma combinação de substituição de espécies e mudanças dentro das espécies: trata-se da conclusão de um novo estudo publicado na revista Science, que analisou dados de todo o mundo dos últimos 60 anos e de diversas espécies de animais e plantas.
A Inteligência Artificial na Esclerose Lateral Amiotrófica e o programa internacional BRAIN
O Professor Mamede de Carvalho, médico neurologista responsável pela Consulta de Esclerose Lateral Amiotrófica no Centro Hospitalar Universitário Lisboa Norte, mais propriamente no Hospital de Santa Maria, é o convidado deste podcast. A sua prática clínica está orientada para a área das doenças neuromusculares. É, ainda, Group Leader no Instituto de Medicina Molecular e professor catedrático da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa. A sua investigação está orientada sobretudo para a Esclerose Lateral Amiotrófica, doença para a qual está a estudar a recolha e interpretação de dados dos doentes através de Inteligência Artificial, um projeto integrado no programa internacional BRAINTEASER, que se propõe a explorar a big data no apoio aos doentes e médicos dedicados a esta patologia.
Conhecer melhor a Esclerose Múltipla
Documentário ‘Pioneering Science’ - três das principais figuras nas Neurociências em Portugal explicam o seu contributo para a saúde dos portugueses. O Professor João Cerqueira, o primeiro protagonista deste documentário é, atualmente, o médico neurologista responsável pela Consulta de Esclerose Múltipla no Hospital de Braga, função que acumula com a de Diretor do curso de Medicina na Universidade do Minho, onde também leciona na área da Neurologia. A sua investigação centra-se na área da Esclerose Múltipla, onde procura determinar as causas das alterações cognitivas manifestadas pelas pessoas com esta doença e ainda compreender as alterações imunológicas que estão associadas à patologia. Foi, também, responsável por trazer um modelo curricular inovador para o curso de Medicina da Universidade do Minho, passando este a estar centrado no doente.
Os bioestimulantes à base de micro-organismos benéficos e a recuperação de solos degradados.
Sara Peixoto, uma das investigadoras distinguidas na 19ª edição das Medalhas de Honra L’Oréal Portugal para as Mulheres na Ciência, doutorou-se no início de 2022, em “biologia e ecologia das alterações globais”, pela Universidade de Aveiro, instituição que acolhe o projeto de investigação agora distinguido – o MicroStimulus. Sara Peixoto quer compreender qual o efeito ecológico da aplicação de bioestimulantes na recuperação de solos degradados e perceber se estes produtos podem apoiar a recuperação funcional de solos afetados pelo uso agrícola intensivo e pelos fogos florestais. Para o efeito, vai analisar qual o papel que as diferentes formulações de bioestimulantes à base de micro-organismos desempenham junto das comunidades de micro-organismos que estão naturalmente presentes no solo (microbioma do solo), especificamente na zona em que o solo e as raízes das plantas se contactam (na rizosfera).
Poderá o próprio corpo gerar energia para alimentar e monitorizar dispositivos cardíacos?
Andreia Trindade Pereira acredita que sim e propõem-se utilizar a energia mecânica produzida pelo organismo humano como fonte alternativa e inesgotável para alimentar os dispositivos cardíacos eletrónicos implantáveis, como os pacemakers por exemplo, que usam atualmente baterias convencionais, com tempo de vida limitado, necessitando de ser substituídas em cirurgias que acarretam elevado risco para os doentes.
Andreia Trindade Pereira doutorou-se em 2020, no Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar (ICBAS), Universidade do Porto, e prosseguiu o seu post-doc com o desenvolvimento de “biomateriais como nanogeradores triboelétricos para aplicações cardiovasculares”, no i3S, onde prossegue a sua atividade como investigadora.
Andreia Pereira foi uma das cientistas distinguidas na 19ª edição das Medalhas de Honra L’Oréal Portugal para as Mulheres na Ciência.
Prémios L'Oréal Portugal para as Mulheres na Ciência 2023 (loreal.com)
O Sol é uma estrela normal?
Recorrendo a dados dos satélites Kepler (NASA), Gaia (ESA) e SOHO (NASA/ESA), uma equipa liderada pela investigadora do Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço (IA) Ângela Santos, parece ter posto um fim à ideia de que o Sol não seria uma estrela normal, do “tipo solar”. Os resultados foram publicados hoje na revista Astronomy & Astrophysics.
Os Cavalos Marinhos da Ria Formosa
Neste episódio, a palavra de cientista pertence a Jorge Palma, investigador do CCMAR. O CCMAR é uma organização de investigação independente e sem fins lucrativos inserida no sistema da Universidade do Algarve
Na conversa, destaque para o projeto SeagHorse, um projeto de reabilitação e sustentabilidade dos habitats de ervas marinhas e populações de cavalos-marinhos da Ria Formosa.
Mexilhões e Energia Verde
Do Instituto de Investigações Marinhas (IIM‐CSIC) em Vigo chegam à FCUP materiais de resíduos marinhos e com eles, no laboratório do Centro de Investigação em Química da Universidade do Porto (CIQUP), os investigadores fazem um processo de carbonização e chegam a materiais de carbono. No trabalho de doutoramento em Química, de Ana Teresa Brandão, o carbono deriva da queima do glicogénio que é isolado das águas residuais da cozedura do mexilhão.
Recursos Minerais no fundo do Mar
O ISQ deu início à primeira prestação de serviços digitais baseados em deteção remota. O Objetivo é avaliar a existência de recursos minerais e respetiva abundância no fundo do mar, numa vasta área do oceano. Este serviço destina-se a clientes internacionais, irá desenrolar-se durante 6 meses e fará uma primeira estimativa da existência de recursos tais como cobre, níquel, manganês ou cobalto e respetiva abundância, no leito oceânico.
Esta capacidade foi desenvolvida de raíz no ISQ, desde a definição do conceito até à introdução no mercado, num processo de desenvolvimento de tecnologia que levou cerca de 5 anos, com apoio da Agência Espacial Europeia e a participação de entidades industriais, centros de pesquisa oceânica e agências multilaterais. O serviço incorpora várias tecnologias, entre as quais se destacam a Inteligência Artificial, Observação da Terra e uma Plataforma Digital de interação e acesso aos dados.
Conversa com Paulo Chaves, director do Laboratório de Ensaios Especiais do ISQ e responsável pelo sector de aeronáutica.
Há um novo capítulo sobre percebes
O percebe é um recurso natural com valor económico e bastante explorado em Portugal. A investigadora do MARE e Professora do Departamento de Biologia da Universidade de Évora, Teresa Cruz, estuda há mais de 30 anos os percebes, nome comum das espécies do género Pollicipes e acaba de publicar um capítulo na revistacientífica "Oceanography and Marine Biology - An Anual Review”.
O capítulo, "Pedunculate cirripedes of the genus Pollicipes: 25 Years after Margaret Barnes' Review", revê a informação científica relativa aos últimos 25 anos sobre as diferentes espécies de percebes conhecidas globalmente. A sua publicação “foi um grande esforço coletivo e um prazer, e representa uma boa parte da investigação que se tem feito no Laboratório de Ciências do Mar da Universidade de Évora (CIEMAR) nos últimos anos", afirma a investigadora e autora principal, Teresa Cruz.
Juntamente com a equipa de investigadores que trabalham no CIEMAR, a investigadora apresenta neste trabalho uma revisão e atualização da literatura sobre as espécies de Pollicipes, nomeadamente sobre vários aspetos da sua biologia e ecologia, da pesca, gestão e conservação deste recurso marinho. Aponta também as áreas emergentes e as lacunas que ainda faltam preencher no estudo destes pequenos habitantes da zona rochosa entremarés.
info MARE | Centro de Ciências do Mar e do Ambiente (mare-centre.pt)
O projeto “Liquid3D - Eletrónica de matéria macia (soft-matter) bioinspirada impressa em 3D com base em compostos de metal líquido
Mahmoud Tavakoli, diretor do Laboratório de “Soft and Printed Microelectronics” do Instituto de Sistemas e Robótica (ISR) da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC), acaba de conquistar um financiamento de 2,8 milhões de euros do European Research Council (ERC) para um período de cinco anos.
A bolsa ERC Consolidator vai ser aplicada no projeto “Liquid3D - Eletrónica de matéria macia (soft-matter) bioinspirada impressa em 3D com base em compostos de metal líquido: ecológico, resiliente, reciclável e reparável”, que já está em curso e que visa fornecer liberdade de design aos cientistas, permitindo-lhes imprimir circuitos eletrónicos futuristas.
A nova lista de espécies e híbridos de carvalhos da flora portuguesa
Uma nova revisão taxonómica e de nomenclatura dos carvalhos portugueses acaba de ser publicada pela revista científica Mediterranean Botany .Com esta revisão as espécies de carvalhos da flora portuguesa passam de oito para 11. Foi também atualizada uma lista de 23 híbridos de carvalhos no território português, cinco dos quais são novos para a ciência. O material tipo que esteve na base destas novas revisões e novas identificações encontra-se depositado no Herbário (PO) do MHNC-UP. Este estudo foi realizado por uma equipa de investigadores que inclui Carlos Vila-Viçosa, colaborador do MHNC-UP e estudante de doutoramento na Faculdade de Ciências da Universidade do Porto e BIOPOLIS/CIBIO InBIO , e Rubim Almeida, professor da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto e membro do Conselho Executivo do MHNC-UP.
O projeto SPRING lança bases para implementação de plano europeu de monitorização de polinizadores.
Sílvia Castro, investigadora da FCTUC fala-nos do projeto SPRING que já permitiu descobrir várias espécies de interesse e com distribuição limitada e reforçar a necessidade urgente de implementação de uma metodologia de amostragem universal para monitorizar estes insetos, essenciais, por exemplo, para a produção de alimentos.
As doenças autoimunes na investigação de Salomé Pinho, do Instituto de Investigação e Inovação em Saúde da Universidade do Porto (i3S)
O Conselho Europeu de Investigação divulgou os resultados das bolsas ERC Synergy e a investigadora Salomé Pinho, do i3S, foi a única portuguesa a receber financiamento. É a terceira vez que um cientista português conquista esta bolsa.
Este projeto, coordenado por quatro investigadores europeus (uma portuguesa, dois holandeses e um croata), vai receber 10 milhões de euros para estudar as doenças autoimunes. O objetivo é descobrir quando e por que razão o sistema imunitário começa a funcionar mal e agir preventivamente antes de aparecerem sintomas.
Os hotspots globais para a conservação da natureza do solo estão mal protegidos.
Carlos Guerra, investigador do Centro Alemão para a Pesquisa em Biodiversidade Integrativa é o convidado deste episódio. Vem falar-nos de um estudo internacional com a participação de investigadores do Centro de Ecologia Funcional da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC), publicado recentemente na prestigiada revista Nature que identifica as regiões do mundo que deveriam ter a maior prioridade para a conservação da natureza do solo.
Os trópicos, a Ásia, a América do Norte e a Europa são as regiões onde foram identificados hotspots de ecossistemas que deveriam ter a mais alta prioridade para a conservação da natureza do solo. Os cientistas compararam esses hotspots prioritários com áreas que já estão protegidas e descobriram que metade deles não está atualmente sob nenhuma forma de conservação da natureza.
As primeiras imagens da Nebulosa de Orionte captadas pelo Telescópio Espacial James Webb
Uma equipa internacional, que inclui Sílvia Vicente, colaboradora do Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço (IA), revelou as primeiras imagens da Nebulosa de Orionte captadas pelo Telescópio Espacial James Webb.
Três super-terras e dois super-mercúrios
Ao observar o sistema HD 23472 com o espectrógrafo ESPRESSO (ESO), uma equipa, liderada pela investigadora do Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço (IA) Susana Barros (IA & Dep. de Física e Astronomia da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto), encontrou três super-terras e dois super-mercúrios. Este último tipo de exoplaneta ainda é muito raro - contando com os dois agora descobertos, só se conhecem oito super-mercúrios.
Asteróides e outros objetos celestes
Nuno Peixinho é astrofísico, tem um asteroide com o seu nome e integra uma equipa de investigação que trabalha com o James Webb Space Telescope à procura de mais respostas sobre o nascimento do sistema solar.