Entrementes
By Portal Drauzio Varella
EntrementesAug 05, 2020
Entrementes #38 | Como a saúde mental reflete na pele
Não é coincidência: o emocional interfere na pele. Em situações de estresse e ansiedade, por exemplo, é comum surgirem sintomas dermatológicos, como coceira, queda de cabelo e acnes (espinhas). Quem já tem alguma doença dermatológica, como psoríase, dermatites e vitiligo, pode ter o quadro agravado. Entenda por que isso acontece e os cuidados que devem ser tomados. Conversamos com a dermatologista Marcia Senra, coordenadora do Departamento de Psicodermatologia da Sociedade Brasileira de Dermatologia.
Entrementes#37 | Como escolher um terapeuta
Quando uma pessoa conclui que vai fazer terapia, muitas vezes se depara com uma montanha de dúvidas. Como escolher? Terapia é o mesmo que psicanálise? Procuro no Google e vou na fé? Recebemos o psiquiatra Jairo Bouer e a psicóloga Elânia Francisca para ajudar neste caminho.
Entrementes #36 | Por que somos insensíveis às mortes pela pandemia?
O Brasil ultrapassou 100 mil mortes por covid-19. É possível fazer imagens que deem a dimensão desse número, com o correspondente em estádios lotados, quedas de aviões e bombas de Hiroshima, mas não deveria ser necessário. Qualquer um sabe que 100 mil é um número altíssimo. A insensibilidade tem a ver com nosso passado, e o tema é abordado por uma área pouco conhecida das ciências da mente, chamada psicologia social. A psicóloga Elisa Zaneratto Rosa, professora e pesquisadora dessa área, colaboradora do Conselho Regional de Psicologia de São Paulo e ex-presidenta da entidade, nos ajuda a compreender a postura do Brasil diante da pandemia.
Entrementes #35 | Fisioterapia para internados com covid-19
Como é frequente que pacientes graves de covid-19 precisem de intubação, o trabalho dos fisioterapeutas é essencial nas unidades intensivas, tanto para que o procedimento seja feito e mantido adequadamente quanto para a preservação da mobilidade dos internados, que ficam longos períodos sem se mexer. Como outros profissionais de saúde, eles sobrem o estresse de trabalhar durante uma das maiores crises de saúde dos últimos tempos. Conversamos com Diego Azevedo, fisioterapeuta do Hospital Sírio-Libanês que, durante a pandemia, atende também no Hospital das Clínicas da FMUSP.
Entrementes #34 | O que faz uma enfermeira contra o coronavírus?
A enfermagem é uma das áreas da Saúde mais próximas do paciente, auxiliando não só em procedimentos técnicos, mas rotineiramente servindo também como um apoio emocional. Em um cenário peculiar como o da covid-19, com pessoas internadas que precisam ficar isoladas, sem visitas familiares, esse suporte torna-se ainda mais importante. Conversamos com Yasmin Pinheiro, enfermeira da UTI do Hospital das Clínicas da FMUSP, sobre como está sendo seu trabalho durante a pandemia.
Entrementes #33 | Quem cuida dos que cuidam da nossa saúde
Enquanto combatem a covid-19, médicos, enfermeiros e outros profissionais de saúde precisam se prevenir não só contra a infecção por coronavírus, mas também contra abalos na saúde mental. Problemas nesse campo, porém, podem se agravar a ponto de tirar profissionais de seus postos, e diante de uma pandemia não podemos perder essa força. Por outro lado, como atender pessoas que estão justamente nesse trabalho que não para, e ainda em locais com alto risco de contaminação? Conversamos sobre o tema com o dr. Marcelo Bruno Generoso, psiquiatra da Secretaria Municipal da Saúde e professor instrutor do Departamento de Saúde Mental da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo.
Entrementes #32 | Na linha de frente em uma UTI para covid-19
O intensivista Daniel Joelsons, do Hospital das Clínicas e do Hospital 9 de Julho de São Paulo, fala sobre os impactos que atingem a saúde mental de quem atende em uma UTI para covid-19. A velocidade de agravamento da doença, a comunicação de notícias ruins sem a possibilidade de estar próximo e muitas outras particularidades tornam ainda mais árduo o trabalho de quem lida diretamente com pacientes graves.
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Entrementes #31 | Uma infectologista na pandemia
A médica Vivian Avelino-Silva, infectologista e professora da Faculdade de Medicina do Hospital Albert Einstein e da Faculdade de Medicina da USP, relata os obstáculos impostos pela covid-19 que afetam a saúde mental dela e de muitos profissionais de saúde, desde a dificuldade de se conectar com pacientes por conta dos trajes de segurança, até o receio de contrair o vírus e contaminar outras pessoas.
Partes da entrevista aparecem no nosso especial #30, sobre saúde mental de diversos profissionais de saúde durante a pandemia do novo coronavírus. Ouça o episódio aqui.
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Entrementes #30 | Como estão nossos profissionais de saúde durante a pandemia
A pandemia afeta todos nós em algum grau, e atinge com intensidade particular profissionais de saúde. Com longas jornadas, dificuldades de comunicação, pacientes que não param de chegar e obstáculos que nem imaginamos, estar na linha de frente impacta diretamente no emocional. Neste especial, conversamos com trabalhadores de diferentes áreas desse setor para entender como a covid-19 está interferindo em sua saúde mental.
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Entrementes #29 | Violência contra a mulher durante a pandemia
Número de casos de violência contra a mulher aumentou durante a pandemia no Brasil. Saiba como ajudar, como se proteger e o que fazer nesses casos.
Com todas as dificuldades impostas pela pandemia de covid-19, o número de casos de violência contra a mulher — que já é frequente no Brasil — aumentou. Muitas mulheres que já passavam por essa situação tiveram o problema agravado, e outras passaram a sofrer agressões físicas, sexuais, psicológicas e muitas outras. Em um contexto de confinamento, há o que fazer? Conversamos sobre o tema com Marcela Ortolan, psicóloga da Defensoria Pública do Paraná que se dedica às questões de gênero.
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Entrementes #28 | Casais em quarentena
Isolamento pode trazer questões mal resolvidas e gerar novos atritos em casais em quarentena. Ouça neste podcast orientações para esta situação.
Nem sempre ter uma companhia durante a quarentena é positivo. Diferentes cenários podem fazer com que passar por essa pandemia de covid-19 com um companheiro ou companheira desperte sentimentos negativos. Conversamos novamente com o psicólogo Oswaldo Rodrigues Junior, terapeuta sexual do Instituto Paulista de Sexualidade, sobre possíveis gatilhos de conflitos nessa situação e como atuar nessas situações.
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Entrementes #27 | Ansiedade na quarentena
Com a pandemia do novo coronavírus, muitos começaram a experimentar efeitos da ansiedade na quarentena. Entenda por que nos sentimos assim e o que fazer.
Apesar de informações conflitantes entre autoridades, a ciência indica o distanciamento e isolamento sociais o máximo possível no combate à covid-19. Além das medidas de higiene física, é essencial cuidar da saúde mental, que pode ser afetada sorrateiramente. Conversamos com Júlia Daher Fink, psicóloga clínica e professora universitária, sobre por que esse contexto traz tanta ansiedade e angústia e o que podemos fazer para amenizar esses efeitos. Ouça no player ao final da transcrição, no Spotify, iTunes ou seu aplicativo de podcast.
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Luiz Fujita Jr — Olá, eu sou o Luiz Fujita. Sejam bem-vindos a mais um Entrementes, nosso podcast sobre saúde mental. A gente está em março de 2020, ou seja, no início do avanço da covid-19 — que é a doença provocada pelo novo coronavírus — aqui no Brasil. Neste momento em que a gente está gravando, alguns estados estão se adiantando e decretando isolamento.
A gente tem usado termos como “quarentena”, e também surgiu agora o “lockdown”. Tecnicamente, quarentena não é o mesmo que isolamento, mas para o nosso assunto este detalhe não importa tanto. Muita gente está se preparando para a restrição de liberdade — que é o que interessa, pelo nosso assunto de hoje.
Veja também: Nossas respostas às perguntas mais frequentes sobre o novo coronavírus
Muitas pessoas talvez já estejam vivendo aquela situação de não poder ir — e ser atendido presencialmente — ao restaurante favorito; não poder ir a um evento por ele ter sido cancelado; no caso de quem fazia exercícios físicos na rua, passar a abster-se da atividade, e se você tem parentes mais velhos já deve ter sido orientado a evitar o contato presencial com eles, não é?
Além de tudo isso, ronda uma incerteza sobre como as coisas vão se desenrolar. E é óbvio que toda essa situação de repente gera um impacto na saúde mental — e é sobre isso que a gente vai falar. Durante esse período da crise a gente vai tentar aumentar um pouco a frequência dos episódios, [mas] ainda não sei se vai ser possível, porque fico me dividindo entre a redação e a cobertura do [novo] coronavírus. Porém, vamos tentar, porque a gente tem notado que essa é uma demanda do nosso público.
Neste primeiro episódio [focado no período de quarentena e isolamento social], a gente vai dar um panorama geral sobre os impactos; quais sentimentos e emoções esse cenário de quarentena pode despertar; e como amenizar esses efeitos — que é o que eu acho que interessa para a maioria das pessoas.
Para isso, a gente vai falar com a psicóloga clínica e professora universitária Júlia Daher Fink — que é também minha amiga. Então, a gente vai ter uma conversa na qual além de ela contribuir [sanando dúvidas], a gente vai poder testar essa gravação remota [da conversa]. Obrigada pela participação, Júlia.
Júlia Daher Fink — Eu quem agradeço pelo convite. É ótimo estar aqui e poder compartilhar [informações] sobre isso. É lógico que não é um assunto fácil e com o qual a gente gostaria de ter que lidar, mas a gente precisa lidar com ele. Então, eu queria agradecer o convite e agradecer [a] quem estiver ouvindo.
Entrementes #26 | WhatsApp e ansiedade
WhatsApp e ansiedade podem andar juntos devido à necessidade de resposta imediata que o aplicativo proporciona. Ouça.
É possível que WhatsApp e ansiedade estejam relacionados? Em certos casos, os males causados por aplicativos e redes sociais podem até superar seus benefícios. Discutimos o impacto das tecnologias de comunicação sobre a saúde mental, e temos algumas dicas para aqueles que podem estar pensando se fazem uso nocivo da internet.
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Entrementes #25 | Crianças desafiadoras
Como diferenciar uma birra de criança de um possível caso de Transtorno Opositivo-Desafiador (TOD)? Saiba mais sobre o assunto neste podcast.
Quem nunca viu criança se jogar no chão e gritar porque quer alguma coisa? Será um comportamento normal da idade ou trata-se de um problema que precisa ser investigado, como o Transtorno Opositivo-Desafiador (TOD)? Conversamos sobre crianças desafiadoras com Luciana Brites, psicopedagoga, mestranda em distúrbios do desenvolvimento pela Universidade Mackenzie e cofundadora do Instituto NeuroSaber, que lida com aprendizagem, desenvolvimento e comportamento na infância e adolescência.
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Entrementes #24 | Saúde mental da população trans
Saúde mental da população trans tem risco enorme de ser gravemente abalada por ameaças e violências.
Transexuais formam uma das populações mais vulneráveis do mundo, e o Brasil é um dos piores países para se estar quando se faz parte desse grupo. Ameaças e assassinatos são frequentes e evidentemente têm impacto enorme no emocional. Conversamos com o psicólogo Oswaldo Rodrigues Junior, terapeuta sexual do Instituto Paulista de Sexualidade.
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Entrementes #23 | Mau humor
Mau humor pode até ser justificado como um traço de personalidade, mas pode ter muito a ver com a organização pessoal.
Faz parte da vida encarar um dia ou outro com mau humor, mas passar os dias de cara fechada pode ser um sinal que merece atenção. O neurocirurgião Fernando Gomes, professor livre-docente da Faculdade de Medicina da USP, explica o que acontece no cérebro quando estamos mau-humorados e dá dicas para driblar esse estado que pode ser muito prejudicial à qualidade de vida.
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Entrementes #22 | Eletroconvulsoterapia
Tratamento sofre com estigmas, mas ainda é usado em casos específicos. Conheça as indicações e riscos neste podcast sobre eletroconvulsoterapia.
Com um histórico condenável de aplicação indiscriminada e uso em tortura, a eletroconvulsoterapia (ECT) sofre com estigmas, mas ainda faz parte do arsenal de tratamentos de transtornos psiquiátricos. Em certos casos, é a única terapia que surte efeito. Conversamos com o dr. Rafael Bernardo, psiquiatra, diretor do Centro de Atenção Integrada em Saúde Mental da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) — SPDM e professor-instrutor da Faculdade de Medicina da Santa Casa de São Paulo.
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Entrementes #21 | Álcool na infância e adolescência
O consumo de álcool na infância e adolescência pode prejudicar o desenvolvimento cerebral e aumenta o risco de dependência no futuro.
O álcool é particularmente nocivo para o desenvolvimento do cérebro, que ocorre até por volta dos 21 anos. Prevenir esse uso e educar para o consumo consciente é tarefa de pais e de toda a sociedade. Conversamos sobre como lidar com a questão com a psicóloga Tatiana Amato, mestre e doutora pela Universidade Federal do Estado de São Paulo (Unifesp) e pesquisadora do Núcleo de Pesquisas em Saúde e Uso de Substâncias (Nepsis) da Unifesp.
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Entrementes #20 | Dislexia
Problema não tem nada a ver com déficit intelectual, mas exige adaptações para que se aprenda de maneira eficaz. Ouça neste podcast sobre dislexia.
Apesar de às vezes é usada como brincadeira para nomear pequenos erros de escrita ou fala, a dislexia na verdade pode ser um problema com graves consequências para o desenvolvimento. Ela exige acompanhamento com fonoaudiólogo para que sejam feitas as devidas adaptações que irão permitir o pleno desenvolvimento escolar do paciente. Conversamos com a pedagoga e neuroeducadora Renata Haddad sobre o assunto. Ouça também o episódio do Entrementes sobre distúrbios de aprendizagem.
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Entrementes #19 | Distúrbios de aprendizagem
Distúrbios de aprendizagem podem ter implicações durante toda a vida escolar e impactar o futuro dos pacientes.
Distúrbios de aprendizagem podem ser bastante específicos, caracterizando dificuldades para ler, escrever ou fazer contas. Conversamos sobre o tema com a otorrinolaringologista Renata Di Francesco, presidente do Departamento de Otorrinolaringologia da Sociedade de Pediatria de São Paulo e coordenadora da campanha Junho Púrpura, e com a pediatra Mariana Facchini Granato, membro do Grupo de Desenvolvimento e Aprendizagem da SPSP.
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Entrementes #18 | Saúde psíquica de crianças e adolescentes
Saúde psíquica de crianças e adolescentes exige proximidade de pais, cuidadores e profissionais que lidam com essas faixas etárias.
Pais, cuidadores, educadores e outros profissionais que lidam com crianças e adolescentes ficam aflitos com a possibilidade de faixas etárias jovens apresentarem algum transtorno mental, como depressão. Uma outra forma de trabalhar o assunto é não somente dar ênfase aos transtornos, mas em como se desenvolve a saúde mental de maneira geral. Convidamos novamente a psicanalista Cristiane Geraldo Folino, membro do Departamento Científico de Saúde Mental da Sociedade de Pediatria de São Paulo, para falar sobre o psiquismo de crianças e jovens e como os responsáveis devem se manter próximos para um crescimento saudável.
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Entrementes #17 | Burnout
Viver sob estresse no trabalho pode provocar um quadro de esgotamento. Conheça os sintomas e como prevenir no nosso podcast sobre burnout.
Quem nunca passou por estresse no trabalho? Difícil alguém nunca ter enfrentado jornadas longas, pressão de chefia e medo de perder o emprego. Viver sob essa condição pode levar o estresse ao extremo e provocar um quadro de esgotamento profissional conhecido como síndrome de burnout. Conversamos sobre o assunto com a especialista Silvia Cury Ismael, gerente do Serviço de Psicologia do Hospital do Coração de São Paulo (HCor-SP).
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Entrementes #16 | Bulimia nervosa
Todos podemos passar por episódios de comer exageradamente. Casos pontuais, porém, estão longe de se caracterizarem como comportamento compulsivo. Aprenda a reconhecer os sintomas e as formas de tratamento neste podcast sobre bulimia.
A bulimia nervosa é muito conhecida pela indução do vômito após comer compulsivamente. Entretanto, o que melhor define a doença é a sensação de descontrole que causa muito sofrimento ao paciente. Conversamos sobre o tema com o dr. Higor Caldato, psiquiatra e especialista em transtornos alimentares e obesidade pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
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Entrementes #15 | TDAH: Orientações aos pais
Como os sinais começam cedo, adultos precisam reconhecer e procurar tratamento. Veja algumas orientações aos pais de filhos com TDAH.
Cerca de 5% das crianças brasileiras têm TDAH (Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade). Como os sinais da doença começam a ser percebidos muito cedo, muitas vezes o pediatra é o especialista que inicia a investigação. Conversamos com a dra. Denise Katz, pediatra do Hospital Israelita Albert Einstein de São Paulo, sobre como os pais podem reconhecer e começar um acompanhamento.
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Entrementes #14 | Esquizofrenia
A esquizofrenia pode mexer com a essência do ser, alterando seu comportamento e sua relação com a realidade.
A esquizofrenia é o transtorno símbolo do grupo das psicoses. Conhecido pelos sintomas de delírios e alucinações, aparece em filmes e no noticiário geralmente associado a eventos violentos, e por isso pacientes são frequentemente alvo de discriminação. Embora na maior parte das vezes exija acompanhamento por toda a vida, existe tratamento. Falamos sobre o tema com o psiquiatra Mario Louzã, coordenador do Programa de Esquizofrenia (Projesq) do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da FMUSP.
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Entrementes #13 | Quem é mais vulnerável a um transtorno psicótico?
Homens jovens, minorias étnicas e pessoas que vivem em locais com baixo nível socioeconômico formam grupo mais vulnerável a um transtorno psicótico.
Transtornos psicóticos, que incluem a esquizofrenia e alguns casos de transtorno bipolar, estão entre os mais graves da psiquiatria. Apesar da genética ter papel importante, o ambiente também interfere, e muitas vezes é crucial para o surgimento de um episódio psicótico. Conversamos com o dr. Paulo Rossi, professor titular e chefe do Departamento de Medicina Preventiva da FMUSP.
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Entrementes #12 | Instabilidade política e saúde mental
Embora muitas vezes essa não seja uma das primeiras preocupações, instabilidade política interfere na saúde mental.
A crise no contexto político brasileiro, que provocou um auge de instabilidade nas eleições de 2018, afeta também a saúde mental de nossa população, e pode funcionar como gatilho para problemas como depressão. Conversamos sobre o tema com o psiquiatra José Thomé, psicoterapeuta, presidente da Seção de Psiquiatria de Crises e Desastres da Associação Mundial de Psiquiatria e professor do curso de Intervenções em Crises do Instituto Sedes Sapientiae.
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Entrementes #11 | Depressão e Dança
Atividades físicas e sociais como dança podem contribuir para o tratamento da depressão. Ouça o podcast.
O tratamento medicamentoso é essencial em casos de depressão, mas há iniciativas complementares que fazem muita diferença. A dança reúne características que ajudam em muitas frentes e são uma boa alternativa para melhorar a qualidade de vida.
Conversamos com a psiquiatra da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Giuliana Cividanes, que participou de um projeto baseado na inclusão da dança no dia a dia de pessoas que conviveram ou convivem com a doença.
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Entrementes #10 | Ciclotimia
Ciclotimia é pouco conhecida, mas pode ser bastante prejudicial para a qualidade de vida.
A ciclotimia pode ser entendida como uma espécie de transtorno bipolar mais leve, o que não significa que não possa trazer prejuízos. O problema muitas vezes é encarado como um traço da personalidade, uma característica de alguém de “gênio forte”. Conversamos com o psiquiatra Diego Tavares, especialista em transtornos de humor e coordenador do Ambulatório de Transtornos Afetivos do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da FMUSP e da Faculdade de Medicina do ABC.
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Entrementes #09 | Anorexia
A anorexia atinge principalmente mulheres e precisa de tratamento precoce.
A busca patológica pela magreza pode levar a consequências graves e precisa de diagnóstico e tratamento especializados. Conversamos com o dr. Nikolas Heine, psiquiatra do hospital 9 de Julho, sobre anorexia nervosa, um dos transtornos mentais com maior taxa de mortalidade.
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Entrementes #08 | Aborto e saúde mental
Os riscos físicos para quem tenta realizar um aborto inseguro são bastante conhecidos, mas ainda se fala pouco a respeito da relação entre aborto e saúde mental.
Uma gestação indesejada pode ser extremamente prejudicial para a saúde mental da mulher, e a questão muitas vezes não se encerra com o parto. Conversamos sobre o tema com a psiquiatra Wilza Vilella, livre-docente em ciências sociais e humanas para a Saúde pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).
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Entrementes #07 | Personalidade Borderline
Personalidade borderline ou limítrofe é um transtorno bastante comum, mas ainda pouco conhecido.
O Transtorno de Personalidade Borderline é caracterizado por dificuldade em reconhecer adequadamente emoções dos outros e de si mesmo, o que leva a criar relações e expectativas baseadas em interpretações equivocadas. Convidamos o dr. Marcus Zanetti, psiquiatra e docente do Instituto de Ensino e Pesquisa do Hospital Sírio-Libanês para falar sobre esse transtorno complexo.
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Entrementes #06 | Estresse Pós-Traumático
Eventos trágicos podem provocar angústia por períodos mais longos que os normais. Ouça neste podcast sobre estresse pós-traumático.
Passar por um período de luto, introspecção ou angústia após um evento traumático faz parte da assimilação de experiências ruins. Mas quando esse período se estende, pode se tratar de um transtorno que merece ser investigado. Conversamos sobre o estresse pós-traumático com o psiquiatra Arthur Guerra, professor titular da Faculdade de Medicina do ABC, professor associado do Departamento de psiquiatria da USP e coordenador do NAD (Núcleo de Álcool e Drogas) do Hospital Sírio-Libanês de São Paulo.
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Entrementes #05 | Depressão na infância e adolescência
A depressão na infância e adolescência pode se apresentar de forma um pouco diferente. É fundamental saber reconhecer os sinais.
A depressão pode atingir crianças, adolescentes e até bebês. Sua apresentação não é exatamente a mesma dos adultos, mas é importante aprender a observar mudanças de comportamento que possam merecer atenção profissional. Conversamos com a psicanalista Cristiane Geraldo Folino, membro do Departamento Científico de Saúde Mental da Sociedade de Pediatria de São Paulo para esclarecer alguns pontos sobre o tema, principalmente para pais e profissionais que lidam com crianças e jovens.
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Entrementes #04 | Síndrome do pânico
Ataques de pânico isoladamente não configuram o transtorno. Entenda o diagnóstico e os tratamentos no nosso podcast sobre síndrome do pânico.
Ataques de pânico podem ocorrer em diversos transtornos mentais, mas são necessários outros elementos para configurar uma síndrome do pânico. Ouça a entrevista com o dr. Antônio Guerra, psiquiatra do pronto-socorro do Hospital Sírio-Libanês e do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da FMUSP.
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Entrementes #03 | TOC (Transtorno Obsessivo-Compulsivo)
Neste podcast sobre TOC, falamos sobre os mecanismos do transtorno e o risco de afetar profundamente a qualidade de vida.
O TOC (Transtorno Obsessivo Compulsivo) é muitas vezes visto como uma “mania” engraçada. Contudo, o transtorno tem potencial para ser um dos mais incapacitantes da psiquiatria. Conversamos sobre o assunto com a dra. Roseli Gedanke Shavitt, diretora do Programa dos Transtornos do Espectro Obsessivo-Compulsivo do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da FMUSP.
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Entrementes #02 | Transtorno bipolar
Neste podcast sobre transtorno bipolar, esclarecemos algumas ideias equivocadas que costumam ser feitas a respeito desse distúrbio.
O termo transtorno bipolar é usado cotidianamente para se referir a pessoas instáveis, que no curso de uma conversa vão da serenidade à ira. Como ocorre na maioria das vezes, esse não é o quadro de uma pessoa que de fato é diagnosticada com essa doença. Ouça a entrevista com o dr. Montezuma Pimenta Ferreira, diretor das Unidades de Internação do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da FMUSP e psiquiatra do corpo clínico do Hospital Sírio-Libanês.
Luiz Fujita Jr — Olá. Eu sou o Luiz Fujita. Sejam bem-vindos a mais um Entrementes. Hoje nós vamos falar também sobre um transtorno que é na verdade um espectro. Ou seja, existem alguns sintomas similares que agrupam uma série de transtornos, com algumas diferenças entre eles, e daí eles acabam se definindo como transtornos mais específicos. É o chamado transtorno afetivo bipolar.
São mais de dois milhões de casos por ano em todo Brasil — 60 milhões no mundo —, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), e como outros transtornos psiquiátricos, às vezes ele é usado como uma brincadeirinha: “ah, eu tenho uma amiga que é um pouco bipolar” para se referir a alguém que tem episódios muito repentinos de, às vezes estar muito eufórico… às vezes triste. E isso acaba por vezes distorcendo o que é o transtorno real.
Para tirar nossas dúvidas, hoje está aqui o Doutor Montezuma Pimenta Ferreira, que é psiquiatra, diretor das Unidades de Internação do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da FMUSP, e psiquiatra do Corpo Clínico do Hospital Sírio Libanês. Seja bem-vindo, doutor Montezuma.
Montezuma Pimenta Ferreira — Obrigado, muito prazer.
Conforme as minhas pesquisas — e se eu falar alguma coisa que esteja errada me corrija à vontade, doutor Montezuma —, antigamente o transtorno bipolar era chamado de transtorno maníaco depressivo. O “depressivo” a gente até sabe um pouco, estamos mais familiarizados, mas a palavra “maníaco” tem diferentes acepções em diferentes contextos, e eu queria que, dentro da psiquiatria, o senhor dissesse o que é a mania.
Bom, o primeiro nome mais consagrado, na verdade, foi insanidade maníaco-depressiva. Teve um período em que era muito comum o nome de psicose maníaco-depressiva, daí depois veio o transtorno bipolar.
Bipolar, então, se refere a dois pólos: um para baixo, depressivo; e um para cima, o pólo de mania. Mania, em psiquiatria, é um transtorno, uma doença, digamos assim, caracterizada como um período — de uma semana ou mais; em geral, mais de quinze dias, e é muito comum que dure meses. Não é algo do tipo “ah, hoje eu estou muito alegre, estou em mania”, não é isso. É um período em que a gente observa uma polarização do humor, então neste período de mania a pessoa vai estar a maior do tempo muito para cima, eufórica, alegre; ou, muito irritável. Tanto muita euforia, quanto muita irritabilidade contam como polarização do humor para cima. Mas, não é só isso. Neste período a gente tem de ter uma série de outros sintomas, então, em regra, a pessoa está mais ativa, tem o aumento de atividade, está hiperativa, falante — está loquaz, às vezes fala não dando sequer tempo de outras pessoas responderem, interromperem.
…E fala rápido, também?
Fala rápido. É razoavelmente comum que a pessoa que está em mania tenha uma sensação de que os pensamentos estão rápidos
Entrementes #01 | Suicídio
No primeiro episódio deste podcast, falamos sobre suicídio, um problema de saúde pública e um tabu ao mesmo tempo. Conheça o Entrementes.
O suicídio é ao mesmo tempo um problema de saúde pública e um tabu. Pessoas ficam chocadas quando ele ocorre, parentes silenciam sobre casos na família, mas ele continua acontecendo. Enquanto a taxa global diminuiu nos últimos anos, no Brasil ela aumentou. Conversamos sobre o assunto com o psiquiatra Carlos Cais, do Departamento de Psicologia Médica e de Psiquiatria da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).
Ouça também pelo YouTube:
Luiz Fujita Jr — Olá, aqui é o Luiz Fujita. Sou editor do site Drauzio Varella, e este aqui é o primeiro podcast da Rede Drauzio Varella. Como vocês sabem, temos uma série de canais digitais — Facebook, Instagram, Twitter, site — e agora vamos estrear um podcast.
Claro que ele também será sobre saúde, e alguns temas sociais relacionados que a gente aborda nas nossas redes — como aborto, racismo, violência contra mulher…
Neste primeiro episódio, para começar com um tema leve, vamos falar sobre: suicídio. É uma predileção nossa tratar de temas difíceis, justamente por sempre considerarmos que eles são pouco tratados, ou quando são tratados, isso é feito de forma um pouco superficial.
Recentemente, se não me engano em agosto de 2017, a gente fez uma série de quatro matérias especiais sobre este tema, e o nosso entrevistado de hoje foi um dos entrevistados nessas matérias, o Doutor Carlos Cais — Professor, Doutor, colaborador do Departamento de Psicologia Médica e de Psiquiatria da Unicamp. Bom dia, doutor.
Carlos Cais — Bom dia.
Para começar, vou fazer uma introdução sobre o tema suicídio: a Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que a cada suicídio seis pessoas são afetadas (entre familiares e amigos e pessoas que ficaram sabendo), impactadas de alguma forma — ficaram de luto, começaram a pensar sobre, sentiram culpa, raiva, no caso das pessoas mais próximas. Estima-se que cerca de 800 mil pessoas se suicidam por ano e, a partir dessas pessoas, [outras] 4,8 milhões são impactadas de alguma forma.
Recentemente eu estava lendo um livro chamado “A humilhação”, que é do Philip Roth, e nele o autor sugere como o suicídio está presente de alguma forma. Ele elenca mais de 20 peças em que algum personagem se suicida — desde peças mais modernas às mais antigas. Ou seja, é um assunto que está presente na nossa sociedade há muito tempo, e ainda assim, às vezes, na mesa da família, é um assunto sobre o qual ninguém conversa, porque uma tia se matou e ninguém sabe como abordar aquilo… Então, a nossa ideia é tentar esclarecer algumas dúvidas sobre isso.
Bom, doutor, nas pesquisas que eu fiz tem dois grandes fatores de risco que aparecem frequentemente na questão do suicídio. Um é a tentativa prévia, e o outro é a presença de algum transtorno mental. Queria que o senhor falasse primeiro sobre a tentativa prévia… Este seria o grande fator de risco, o principal, quando falamos de suicídio?
Se a gente pensar a partir de um ponto de vista macro, [sobre] antecedente de comportamento suicida — e quando eu falo de comportamento suicida a tentativa, dentro de um espectro, é o que está mais próximo do suicídio —, a gente pode pegar algo um pouco mais distante (ainda que com um imbricamento importante): o plano de suicídio, ou, também, o que a gente chama de ideação ao suicida. Quer dizer, qualquer parte desse espectro se liga a uma chance maior de comportamento suicida futuro.
Então, evidentemente que ter um antecedente de tentativa de suicídio é uma ligação mais forte com o suicí...