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Palestra Nota 10

Palestra Nota 10

By JOSÉ CARLOS CINTRA

Como preparar, ensaiar e apresentar uma palestra nota 10 (ou uma aula, seminário ou apresentação nota 10). Nada a ver com as apresentações chatas, do tipo "não aguento mais", na universidade, nos eventos e no meio corporativo. Ao contrário, as que despertam o "gosto de quero mais". Como lidar com a timidez e a ansiedade ao falar em público. Como usar slides adequados e na medida certa e também como utilizar bem os recursos de oratória. As estratégias que tornam o conteúdo didático e atrativo, independente do tema. Enfim, os fundamentos de uma técnica de apresentação para uma palestra nota 10.
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#3 Da Lousa ao Datashow - Tirando Lições

Palestra Nota 10Oct 09, 2020

00:00
16:56
#6 Slides de tabela e gráfico não autoexplicativos

#6 Slides de tabela e gráfico não autoexplicativos

Cada mídia tem o seu padrão: na mídia livro impresso, é o padrão autoexplicativo; na mídia slide, o não autoexplicativo. Com o slide não autoexplicativo, obtemos cinco benefícios: 1º) foco de atenção; 2º) o passo a passo; 3º) interação; 4º) suspense; e 5º) falar antes de projetar. E para obter o padrão não autoexplicativo, usamos a criatividade aliada a três recursos: 1º) imagem ou palavras-chave, em vez de texto; 2º) strip-tease; e 3º) animação moderada. Aplicamos essa “teoria” em dois casos típicos, as tabelas e os gráficos, usando os temas do IMC – Índice de Massa Corporal e do Ranking de campeões dos times brasileiros de futebol. No caso do IMC, a partir de uma tabela não poluída, mas autoexplicativa, mostramos duas soluções criativas para elaborar slides não autoexplicativos. E no ranking, usamos várias estratégias adicionais: optar uma tabela enxuta, em vez da original que é enorme; projetar de baixo para cima, para criar o suspense máximo; e contar com doses de humor. São recomendados três vídeos de trechos de palestras do Prof. Cintra, do canal “Mestre Cintra” do youtube. Nos vídeos 4 e 6, fica evidente a superioridade da apresentação do slide não autoexplicativo, em relação ao mesmo conteúdo na forma autoexplicativa.

Nov 20, 202016:26
#5 Slide não autoexplicativo - A base conceitual dos slides

#5 Slide não autoexplicativo - A base conceitual dos slides

Para encontrar o padrão do slide, a pista é a busca do inverso do padrão livro que é autoexplicativo, como visto no episódio anterior. Assim, em vez de frases e parágrafos inteiros, imagens ou palavras-chave. Em vez da projeção do slide todo, a projeção gradual, o chamado strip-tease – exemplificado através do diagrama de pizza da composição do vidro, com as fatias dos materiais e suas porcentagens. E, em vez da imagem estática, a animação. Mas sempre a animação moderada, suficiente para criar o movimento, sem nada a ver com pirotecnia. O strip-tease possibilita a interação com o público, uma estratégia necessária nas aulas e palestras de hoje. E a dupla strip-tease mais animação permite recuperar, no Datashow, o valioso passo a passo, característico da aula com lousa e giz. Com esses três ingredientes (palavras-chave, strip-tease e animação), conseguimos o padrão adequado para o slide, ou seja, o não autoexplicativo. A chamada base conceitual dos slides.

Nov 06, 202017:08
#4 Autoexplicativo - o padrão da mídia livro didático

#4 Autoexplicativo - o padrão da mídia livro didático

Cada mídia tem o seu padrão. No livro de receitas, por exemplo, o padrão é: primeiro a lista de ingredientes e quantidades e, depois, o modo de preparar. Na TV, todavia, no tempo anterior à internet, a receita precisava ser apresentada na ordem inversa, para o espectador conseguir copiar. Logo, ao mudar de mídia necessário é mudar o padrão. No caso do livro didático escolar, ou livro texto na universidade, o padrão é o texto “autoexplicativo”. Assim, o problema maior do slide “tô nem aí” é ser do padrão da mídia livro, padrão errado para a mídia ”slide de aula ou palestra”. Portanto, é necessário encontrar o padrão adequado para a mídia slide.

Oct 23, 202014:15
#3 Da Lousa ao Datashow - Tirando Lições

#3 Da Lousa ao Datashow - Tirando Lições

Comparação das aulas com lousa e com as que usam equipamentos de projeção para obter lições preciosas, ao garimpar virtudes abandonadas, mas que precisam ser recuperadas e preservadas. E também detectar as falhas que não podem ser cometidas mais. A lousa tem duas características didáticas fabulosas: o passo a passo ao se escrever na lousa; e o fato de não haver nenhuma dúvida de que a lousa, útil e até necessária, está a serviço do professor. Com o retroprojetor e as transparências todas escritas, o passo a passo foi perdido. E já não ficava mais evidente que o aparelho era coadjuvante. O projetor de slides de 35 mm trouxe uma enorme vantagem - a qualidade da imagem, do slide “físico”. Mas, sem o passo a passo. E, com a projeção no escuro, ofuscava o professor ou palestrante. O advento do datashow proporcionou projetar na tela o conteúdo do computador: imagens, áudios, vídeos, etc. Mas logo disseminou-se o uso dos slides do tipo “tô nem aí”, com mais conteudismo do que antes, embora já houvesse a internet, o que pedia redução de conteúdos em vez de aumento. E novamente sem o passo a passo no slide agora digital, problema que pode ser facilmente resolvido no PowerPoint. Também com o datashow, o equipamento parece não ser um mero coadjuvante. Essas as principais lições tiradas nessa viagem da lousa aos equipamentos de projeção. O objetivo a seguir é recuperar no datashow, a mais moderna tecnologia, as virtudes imbatíveis da lousa.

Oct 09, 202016:56
#2 O slide "tô nem aí" e o papel dos slides

#2 O slide "tô nem aí" e o papel dos slides

O slide “tô nem aí” gera uma postura tão inadequada do palestrante que a palestra como um todo também pode ser considerada como “tô nem aí”. Uma palestra inútil, marcada pelo tédio de quem assiste, mas que é o padrão predominante no mundo todo. Mesmo os especialistas em suas áreas do conhecimento fracassam com as palestras nesse modelo. A culpa não pode ser atribuída ao slide, que é apenas uma ferramenta – a falha está no seu uso equivocado. Com o advento da internet, a palestra ou aula não pode mais ser conteudista. Em vez do conteudismo, a palestra ou aula de hoje deve ter como objetivo apresentar o que é raro se encontrar na internet - um formato resumido, mas bem didático, para ser servir como um valioso “por onde começar”. Essa palestra bem didática, atrativa, motivadora, que desperta o interesse de quem assiste, representa um porto seguro e muito aprazível a partir do qual se pode navegar pela internet para aprofundar o aprendizado no tema. Ao preparar uma palestra com esse novo paradigma, o palestrante deve descartar conteúdos e informações sem dó. E incluir slides apenas nos momentos em que ficaria difícil explicar bem somente com palavras. Portanto uma grande revolução – o slide entrando por necessidade. Daí a função do slide nas palestras ou aulas, o papel de instrumento para que fique mais didática a explicação daquele ponto. Como corolário, o número de slides resulta bem menor, resolvendo o outro problema das apresentações “tô nem

Sep 25, 202018:04
#1 Os pecados capitais das palestras sem técnica

#1 Os pecados capitais das palestras sem técnica

Sou professor titular da USP, palestrante e criador de uma Técnica de Apresentação para palestras nota 10. Neste episódio de estreia, faço o diagnóstico das palestras sem técnica, que cometem dois pecados capitais. O primeiro é o slide equivocado: poluído de informações, projetado inteiro de uma vez só, e em quantidade exagerada. O segundo pecado capital é a postura incorreta do palestrante: como mero leitor e refém dos slides, e voltado para a tela de projeção, exerce um papel desnecessário, sem conseguir demonstrar o seu conhecimento no tema. O resultado de tudo isso é uma palestra maçante, do tipo “não aguento mais”. Como solução, nos próximos episódios apresentarei todos os fundamentos da minha técnica de apresentação. Com essa metodologia, o palestrante será bem sucedido, provocando no público aquele “gosto de quero mais”.

Sep 11, 202012:31