Mal de Olho

Depois da tolemia do programa 100, alcançamos a sensatez com o especial Sitges 2023, tal e como se fosse um coming-of-age. Isso sim, subimos tarde, como sempre, porque as circunstâncias da temporada 5 nom som fáceis.

Nesta ediçom, enviamos mais gente que de costume, apenas ficou o pobre Churitético na Corunha. Mas as deslocadas enviavam-lhe informaçom detalhada sobre vampiras, embichados, aranhas, castores, hóstias indianas ou machirulos carretando paletes. Também houvo momentos para desvirtualizar amigas, invadir festas capitalistas, perder-se por Cornellà  ou realizar “sinpas”.

Fala-se disto todo, mas sinaladamente, hai conversa sobre como a glória foi para a Argentina, como o cinema francês estivo muito destacado este ano, ou como impactou algumha surpresa que já anda por aí e outras que ainda estám por chegar. Ouçam, que hai muita recomendaçom.    

Nom estávamos mortas, estávamos sobrevivendo ao Apocalipse zumbi. Neste programa 100, acompanhe o nosso grupo podcaster num dramático survival que os levará à perda da cordura (e da sobriedade).

Entre homenagens a Romero e Fulci, assaltos, um temaço punk, canibalismo e desesperaçom existencial, o heróico bando dá resposta às dúvidas que sempre tiveste sobre o cinema de terror, mas que nom te atrevias a perguntar e reflexiona sobre a questom que aflige o ser humano quando todo está perdido: quem é realmente o monstro?

Resulta-nos preocupantemente singelo meter-nos na mente dum assassino psicopata. Nom será por empatia, senom polo atrativo filme Angst; hype desta temporada que, para além do aspecto psicológico, nom nos pareceu assim tam dura.

Mas nom devemos deixar-nos enganar polo limitado body count ou o escasso gore. Angst é um filme que adoramos, com umha cinematografia curiosa, umha narraçom angustiosa, umhas interpretações bastante notáveis e um final dog.

Aliás, o filme vem com a rotulaçom de “baseado em feitos reais”. É suposto que o protagonista/antagonista de Angst está inspirado no infame Werner Kniesek. Repasamos a sua história e... bom, é tal qual. Supomos que isto nom sentou demasiado bem na altura.

Desfrutamos tanto de comentar este filme, que esquecemos dar a gravar na última secçom, polo que geramos umha linha temporal paralela ou um multiverso maldeolher com inesperadas consequências. O que sim é esperado é o capítulo 100 do podcast, feche de temporada por todo o alto e mistério que tem a cidade sem respiraçom!

RECOMENDAÇOM

Antidisturbios (série, 2020)

Matango: Attack of the Mushroom People (1963)

Cobweb (2023)

The Northman (2022)

MEH

Haunt (2019)

PREVENÇOM

Veneciafrenia (2021)

REC 2 (2009)

The Last Voyage of the Demeter (2023)

Editamos tardíssimo o aguardado programa sobre Chuches porque A VIDA. Nesta ocasiom falamos de tele-bosta, de Stephen King, de dinosauros e de como pode sair um desastre duns bons ingredientes. E — claro! — também de Ulli Lommel.

Começamos polo mestre na sua particular revisom de Vertigo, que deixou fria a gente maldeolher. O Vampirineda fica sozinho a defender Olivia, mas dá alguns passos para trás quando ninguém secunda o seu entusiasmo polos seus “destelhos” ocasionais.

O Miguel do Caixão atenta directamente contra o podcast trazendo El Gran Marciano. Há que fazer memória para lembrar as concursantes do primeiro Big Brother espanhol mas, num inesperado plot twist, o pessoal acaba salvando algumha cousinha.

Era melhor que Stephen King deixasse que outros figessem as suas adaptações (como ele próprio acabou por reconhecer). Contudo, Maximum Overdrive tampouco está tam tam tam mal... E soa ACDC, que está bem para quem goste.

 Oh, Deus... Carnosaur... Que dizer disto? O podcast arrisca-se e destaca um início relativamente prometedor com sujidade, galinhas e científicos tolos.

Concluímos com Stridulum: grande elenco, boa banda sonora, fotografia aceitável e... absoluta catástrofe cinematográfica que suscita o debate: filme de culto ou disparate extremo?

Nuns dias tedes o hype, que este ano é Angst (1983); podcast que já está gravado. Isso nom que dizer que nom intervenhades nas redes, na página ou aqui mesmo. Que a temporada acaba! E o que é melhor: em breve teremos o nosso programa 100!

RECOMENDAÇOM

The vast of night (2019)

Nope (2022)

Dead Set (série, 2008)

MEH

Sympathy for the Devil (2023)

Umha vez passado o terror real do domingo 23, vamos com o terror na ficçom subindo (tarde) este episódio onde falamos do nosso género preferido no pequeno formato. Tratamos 12 curtas numha entrega que ficou... isso mesmo, curta.

O títulos escolhidos pola gente maldeolher som: Lights out, Dawn of the deaf, Junior, The Sandman, Blinky, Portrait of God, Chopped LIver, A Function, Still life, Every Halloween, Monster e Cargols! Também inauguramos umha obscura classificaçom que ordena daquela maneira os filmes e funçom de quantos “picmiguels” tem.

Além disso tudo, despedimos secçom, falamos do “Robot Emilio”, criamos um outro incidente diplomático com o Canadá e anunciamos um novo Especial Chuches. Os filmes serám Carnosaurio, Stridulum, Maximum Overdrive e El Gran Marciano. Nom podemos deixar de fazer a nossa habitual homenagem ao grande Ulli Lommel, assim que falaremos também do seu filme Olivia.

Chega o novo capítulo do podcast que podes escuitar na ressaca de Sam Joam depois dumha extraordinária festa no teu Centro Social de referência, se fores umha pessoa decente; ou mentres guardas a tua parcela nessa incompreensível privatizaçom das praias do Orçám ou Riazor, se fores um punheteiro neoliberal. Esta vez, falamos de Black Hole, a banda desenhada e a adaptaçom a curta.

A gente maldeolher ama a novela gráfica (ou comic, ou banda desenhada...) e ama um pouco menos a curta. Hai debate sobre a dificuldade das adaptações e sobre os simbolismos, principalmente sexuais, do relato.

Estamos diante dumha história dramática, de amadurecimento, com importantes elementos de terror corporal. Umha maravilha. Falamos de incels, do que significa fazer-se adulto e da adolescência, apesar de que a Vampirineda esta última fase lhe está a quedar cada vez mais longe...

Concluimos falando de Satoshi Kon, de Alan Moore, de Nicolas Cage e de todos os capítulos de Black Mirror entre o sofrimento de Churitético, que teme um spoiler em qualquer momento.

Para o próximo, falaremos das nossas curtas de terror favoritas. Quais som as vossas?

RECOMENDAÇOM

Torso (banda desenhada, 2000)

Renfield (2023)

海帰線; Kaikisen (“Regresso ao mar”, banda desenhada, 1990)

Comics and Sequential Art (ensaio, 1985)

MEH

Color out of space (2019)

Black Mirror, temporada 6 (série, 2023)

PREVENÇOM

From (série, 2022)

Brooklyn 45 (2023)

Edita-se finalmente o episódio 11 da temporada 4 dedicado ao filme desconhecido “Level 16”. Um episódio que devido ao Canadá e ao beef de cantares de cego entre Odilo e Sarmila bem poderia chamar-se “Mal de Olho: o musical”.

O filme nom entusiasma nada e fica num pouco convencido MEH. História de rapazas em clausura que descobrem que viviam numha ilusom e claro, intentam fugir dum suspeitoso orfanato subterrâneo e panôptico. Destacam-se alguns aspetos técnicos como a fotografia.

Miguel do Caixão errou dous niveis e volveu miguelar. Assim que nos falará dum filme completamente diferente. Ademais demostra que o seu é o metal, e nom o folk...

Além de avançar-nos a Boyanka e Hugo, mostramos o nosso amor por Franju, divagamos sobre Ari Aster ou Nicolas Cage, e acabamos sendo umha das principais ameaças ao status quo canadense junto com o independentismo quebequês.

Para o próximo programa trazemos umha curta, Black Hole, que em realidade é umha escusa para falar dumha das melhores novelas gráficas de sempre. Acompanhem-nos nesse mundo sinistro de Charles Burns.

RECOMENDAÇOM

Beau is afraid (2023)

Renfield (2023)

The hunger (1983)

Hellraiser (2022)

Men (2022)

MEH

Evil Dead: Rise (2023)

The Boy (2016)

PREVENÇOM

Mallorca zombie (2009)

Levamos um ritmo estupendo (para gravar, porque agora temos problemas para editar e saem tarde na mesma). No que nom temos tanta sorte é na escolha dos filmes, porque Crimson Peak nom causou umha grande impressom no colectivo maldeolher, com a excepçom de Miguel do Caixão, claro.

Temos pola primeira vez a Guillermo del Toro e um terror gótico (é a primeira vez que temos um terror gótico? Som tantos filmes analisados que já é difícil lembrar). Para além de umha cena giallesca no primeiro acto (com luvas de coiro, lâmina de barbear e sangue muito vermelho) o pessoal podcaster sente que a história vai ladeira acima sem remédio.

Miguel insiste no aspeto visual, que sim, é algumha cousa destacável. Mas o resto fala dum enredo previsível e de certas inconsistências narrativas. Este desequilíbrio condea esta prodçom ao posto 89 dos 100 que passarom já por aqui.

Para além disto todo, volvemos ter público! E como sempre, um público participativo e com contributos relevantes. Também, entre muitas outras cousas, envergonhamos o povo canadiano cantando em várias ocasiões o seu hino, Odilo está em greve, o Dalai Lama complica a nossa intro e Vampirineda explica a triste história por trás da sua negativa a a ver Game of Thrones. Podedes meter-vos com ele nas nossas redes (por isso, e por fanfurrinhas).

Todo o Canadá treme porque trazeremos um filme de lá para o próximo programa: Level 16.

RECOMENDAÇOM

Martyrs (2008)

The Banshees of Inisherin (2022)

The Strange Thing About the Johnsons (média-metragem, 2011)

Black Phone (2021)

Make Me a Sandwich (curta, 2019)

Cine Fantastico y de Terror Español: 1900-1983 (livro, 1999)

PREVENÇOM

Nighmare Weekend (1986)

Maniac driver (2020)

Com muitos dias de demora — agora que gravamos semanalmente! — chega este noveno programa de Mal de Olho, dedicado ao filme australiano do que nunca ouviste falar, Next of Kin (1982).

O filme é estéticamente muito interessante, sustentado na atmosfera e com uns angustiosos planos interiores. Isto tudo que anima a maior parte do grupo, desanima o Miguel do Caixão, que nom tem demasiada piedade com ele.

Para além deste filme, fala-se da miopia de Vampirineda, hai um duelo lírico entre Sarmila e Odilo e especula-se sobre se é possível fazer um top 10 de filmes do Listenstaine.

Mas o feito destacado é que gravamos com público! E nom apenas isso... O público participa e nos discute! Como é que chegamos aqui? Veremos o que acontece no próximo programa dedicado a Crimson Peak (2015)

RECOMENDAÇOM

Jesus vs Zombies (curta, 2016)

Vivarium (2019)

End of the line (2006)

Paranoia agent (série de animaçom, 2004)

Other side of the box (curta, 2018)

MEH

Nadie oyó gritar (1973)

Prey for the evil (2022)

PREVENÇOM

Les cauchemars naissent la nuit (1970)

Neste programa falamos de Creepshow (1982), onde desfilam nomes como Stephen King, Tom Savini, Adrienne Barbeau, Ted Danson, um Ed Harris “bailongo”, Leslie Nielsen, etc. Isto no primeiro filme que trazemos ao podcast do mestre George A. Romero, um fulano da Corunha.

Percorremos a inspiraçom do filme nas séries terroríficas de EC Comics, o que dá para falar em temas como o estado do género, a censura ou as primeiras adaptações cinematográficas da Amicus.

Repassamos os cinco relatos que compõem esta coletânea e decidimos qual nos interessa mais. Apesar de que foi Vamprinieda quem propujo o filme, ainda sente náuseas polo segmento "They're Creeping Up on You!" devido à sua catsaridafobia severa.

Louvamos também as decisões visuais que achegam este filme à sua fonte na banda desenhada, repassamos as suas irregulares sequelas e mencionamos o seu legado. Para o próximo episódio (que já gravamos porque somos assim de “waltrapas”) falaremos de Next of Kin. Também sabemos que nosso hype será “Angst” (por decissom democrática vossa). E que o nosso programa 100 se aproxima. Where is our cake, Bedelia?”.

RECOMENDAÇOM

Barbarian (2022)

Night of the living dead (1990)

Cocaine bear (Osito Minhanco, 2023)

The Twilight Zone: The movie (1983)

Las reglas del juego (2022)

MEH

Smile (2022)

Venus (2022)

Knock at the cabin (2023)

O podcast recupera forças e quita quase dentro de prazo o episódio dedicado a Novinhas e Bruxas. Umha verdadeira façanha, se considerarmos os graves problemas de agenda que arrastamos esta temporada.

Qual coventículo de bruxas, os quatro elementos maldeolhers invocam criticamente este já clássico dos anos 90 e o resultado nom é demasiado favorável ao filme. O fundamental é que a mensagem de empoderamento feminino fica um pouco estragada polo conflicto entre as novinhas do conciliábulo. Também se observa com ceticismo um terceiro acto um pouco atrapalhado.

Para surpresa geral, Vampirineda abandona o seu habitual espírito hater e mostra-se favorável nom apenas a The Craft de 1996, senom também ao refrit de 2020; do que dá umhas pinceladas para concluir que as suas responsáveis tampouco merecem a fogueira onde forom enviadas pola crítica. Esta a se tornar mole com os anos? Ou é que depois de Top Gun: Maverick e Everything, everywhere, all at once já tudo lhe parece bem?

Falamos da sua miopia, da wika, dos Óscars, da saudade dos 90 e reivindica-se a figura de Amando de Ossorio. Para o próximo episódio, conheceremos o resultado do enfrentamento entre Angst e Men behind the sun; quer dizer, saberemos finalmente qual é o hype da temporada! Também aproveitaremos para trazer George A. Romero pola primeira vez ao podcast, já que falaremos de Creepshow. Por Manon, nom o perdam!

RECOMENDAÇOM

The Fog (1980)

Inside job (série, 2021)

Et mourir de plaisir (1960)

Everything, everywhere, all at once (2022)

Motivos visuales en el cine (livro, 2016)

MEH

Jeepers creepers (2001)

Scream VI (2023)

PREVENÇOM

Old (2021)  

Mil circunstâncias adversas impedirom-nos estar convosco no passado Mês da Mulher no Terror. Mas nom hai problema! Subimos o episódio no 8 de março. Ademais, sempre está bem reivindicar as mulheres realizadoras com independência de efemérides várias.

Falamos de quatro filmes, a começar polo Babadook, personificaçom da depressom e , accidentalmente, símbolo LGTBI. Aplauso unánime e poucas cousas em contra. Hai debate sobre a criança do inferno.

Resultou mais controverso Fresh, filme do ano passado sobre canibalismo elegante que nom consigue entusiasmar todo o mundo.Mas tampouco fica mal no ranking.

Também hai reticências com Most beautiful island, com Sarmila e Vampirineda a adorar e Churitético e Miguel a pôr objecções. Fita interessante, de todos modos, de umha emigrante a intentar sobreviver numha imensa New York.

Acabamos com Promising Young Woman, rape & revenge esquisito e explícito nas suas intenções, que tem êxito no grupo exceto com Vampirineda, a quem nom lhe entra.

Para a próxima semana (hahahaha) falaremos de The Craft ou Novinhas e bruxas (como o vamos chamar). E claro, saberemos quem passa à final do nosso hype. Tudo depende de vós!  

Umha prolongaçom da Covid, catastróficas mudanças climáticas, simbiontes do espaço exterior, movementos de libertaçom dos replicantes, questionáveis medidas contra a violência social, bebés demoníacos, campos de concentraçom insulares, aliens que se metem nos teus sonhos, aliens que invadem a Terra ou dietas a base de pláncton... 2022 puido ter sido isto. Pouco faltou.

Mais um ano, dedicamos um especial a como o passado imaginou o nosso presente... Ou nosso passado mais próximo, porque falamos do 2022. Para isso, tratamos de filmes como Safer at home, The tomorrow war, Venom, Blade Runner: Black Out 2022, The Purgue e The Purgue: Election Year, Hell Baby, No Escape, Alien Intruder, Time Runner, The Dark Side of the Moon ou Soylent Green. Esperamos ter mais sorte no próximo ano.

E tinha que acontecer nalgumha ocasiom! Esquecemos  gravar o último bloco. Tampouco é que dixéssemos nada importante. O único, que sem saber muito bem como, já estamos no WiHM (mês da mulher no terror). Para o próximo episódio falaremos de quatro filmes dirigidos por realizadoras: Babadook, Fresh, Promising Young Woman e Most Beautiful Island.

Também continuam as votações para escolher o hype do ano, eliminatória que já está em quartos com os seguintes filmes: Angst, Benny’s video, Cannibal (2006), Terrifier, Salò o le 120 giornate di Sodoma, Human Centipede, Mondo Cane e Men behind the sun. O povo é quem mais ordena.

Deveríamos estar a celebrar o terceiro aniversário do podcast, mas ficava por subir o programa sobre Species (1995), assim que deixaremos um especial para o próximo. De momento, perguntamos-nos com ar grave: “Quem é verdadeiramente o predador?”.

Valorizamos relativamente bem este filme, apesar do disparatado do enredo, da inutilidade do grupo protagonista e do comportamento incompreensível da extraterrestre. Talvez seja porque nos seduziu essas caras que pom Michael Madsen.

Nom nos vamos enganar, o programa vai-se-nos das mãos e acabamos por falar da coulrofobia, do lado obscuro dos pinguins, do código de honra dos predators, do melhor e o pior James Bond, do binarismo nas espécies alienígenas, do found fotage e assim por diante.

Concluímos duas cousas: nesta desastrosa temporada, precisamos que a soberania popular expressada democraticamente nas redes escolha o nosso hype; e que dedicaremos, agora sim, o nosso porgrama de aniversário ao especial “2022 era isto” ou como os filmes do passado nos enganarom sobre este ano que justo acabou.

RECOMENDAÇOM

Freaks (1932)

Tokyo Godfathers (2003)

Prey (2022)

Lifeforce (1985)

The birthday (2004)

MEH

ABCs of Death (2012)

Crimes of the future (2022)

PREVENÇOM

El espanto surge de la tumba (1972)

Gravamos hai semanas, mas como diriam na Argentina em 2001, “nos pasó todo”. Deixamos de ser a festa da mangueira e oferecemos o episódio sobre Dr. Sleep que vem carregado de surpresas.

A primeira é que pomos quase todas as melodias que estiverom esquecidas durante meses. Entre outras cousas, para exibir umha reportagem odílica sobre o Cineuropa que leva por título Mondo Compostelano.

O filme gera certa tepidez. A comparaçom com The Shining poderia explicar esta falta de entusiasmo. Mas também o desequilíbrio de forças favorável aos protagonistas ou que o filme renuncie a umha identidade própria mais marcada, contentando-se com ser um passeio turístico polo Hotel Overlook.

Mas dá para falar sobre Stephen King, sobre o populismo ou para cantar “Oh, Canadá!”. Para a próxima semana, Species (1995).   

RECOMENDAÇOM

O país da moura (2021)

“Ouvrir Venus. Nudité, rêve, cruauté”, Gerge Didi-Huberman (1999) 

PREVENÇOM

Firestarter (2022)

La vampira de Barcelona (2020)

MONDO COMPOSTELANO

The Lair (2022)

Terrifier 2 (2022)

Project Wolf Hunting (2022)

Speak no evil (2022)

La nuit du 12 (2022)

El hombre y el monstruo (1959)

Deathstream (2022)

Nova ediçom do #todascontrapineda com motivo de Blue Sunshine num programa onde, infelizmente,  volvemos ser a festa da mangueira. Esperamos que a companheira Sarmila regresse aginha, já para o próximo, que estará dedicado a Doctor Sleep.

Nem o contexto socio-histórico e político, nem o suposto carácter progressista da história e do seu realizador, nem hipotéticas conexões com Cronenberg... Nada convenceu o Churitético e o Miguel do Caixão dos valores do filme, que acham chato, mal feito e até ridículo. O Vampirineda resignará-se a ver a sua proposta na parte baixa do ranking de Letterbox. 

Além disso, falamos brevemente da maratona de Cineuropa em Hipsteriago de Compostela, da necessidade de estabelecer algum sistema  para determinarmos o hype da temporada (que nom temos ainda) ou da promo (que tampouco). Para além de anunciarmos a chegada de Mike Flanagan, recuperamos a velha secçom de Recomendaçom, Meh e Prevençom; aqui neste podcast que é umha mera escusa para a secçom de Odilo. 

RECOMENDAÇOM

Kamera o tomeru na! / One cut of the dead (2017)

Black Hole (1995-2005, banda desenhada)

Droste no hate de bokura / Além dos dous minutos infinitos (2020)

I spit on your grave (2010) *

L'effondrement (mini-série, 2019)

Terrifier 2 (2022)

PREVENÇOM

Doomsday Clock (banda desenhada, 2017)

Saloum (2021)

The Dark Tower (2017)

Zalava (2019)

Regressamos com o nosso tradicional episódio sobre Sitges, mas agora nom nos misturamos com o vulgo. Vamos de palco, com monóculo e acarinhando um gato branco. Por isso nem comentamos que Ummo existe.

Tampouco falamos de Sisu, grande vencedor do festival porque nom o vimos. “Que desastre!”, diredes. Mas para compensar falamos de 48 (sim, 48) filmes do terror mais atual, havendo muita recomendaçom e emocionantes polémicas com Mantícora, Ressurrection, As Bestas ou Occhiali Neri.

Onde nom houvo polémica foi na prevençom unânime do ano: Halloween Ends. Olhamos para Miachel com tristeza e prafraseamos a Vito Corleone: “Look how they massacred my boy!”.

Acabamos o episódio mais dignamente que o do ano passado. Será sintoma de maturidade? Para o seguinte falaremos de Blue Sunshine. Comentade se o víchedes, quais som os vossos filmes favoritos do ano e, de passagem, proponhede o hype da temporada!

Chega a season finale e, com ela, o nosso hype anual. Trata-se do filme húngaro Taxidermia (2006), a proposta dos amigos de Gurrucho de Vozcast, que fecha um curso bastante acidentado, mas com grandes novidades.

Esperávamos algo mais grotesco deste hype que ningum de nós assistira antes. No seu lugar, encontramos umha produçom à que hai pouco que reprovar no aspeto técnico. De facto, houvo cenas que causarom umha grande impressom pola sua beleza e com independência do sórdido do enredo.

Trata-se dum filme dividido em três partes, correspondentes a três períodos distintos da história da Hungria: o fascismo, o socialismo e a democracia liberal. O primeiro protagonizado por um soldado obsessivo e explorado, o segundo por um atleta da comida e o terceiro por um taxisdermista alienado.

A valoraçom foi positiva em geral, apesar de que houvo dúvidas sobre a interpretaçom, o subtexto e a imagem que projetava da sociedade húngara. Mas Mal de Olho approves.

Acabamos fazendo balanço da temporada agitada que concluímos e projetamos um futuro com mais giallos, filmes dirigidos por mulheres e crossovers falangulheiros. Tratamos também da transformaçom do Churitético em mosca e do seu trabalho mais polémico: o gifxploitation proibido em mais países do que A Serbian Film. 

Também estaremos em Sitges... Mas esta vez acreditadas! Vampirineda demonstrará os limites do ser humano assistindo filmes. Até a próxima temporada! 

Doenças, trabalhos, festividades locais, concursos... Em definitiva, a épica desta terceira temporada que nos impede subir os áudios quando corresponde. Seja como for, aqui está o aguardado Especial Chuches v.2 com um clássico da série B, um filme cautelar sobre as chuches, umha revisom cómica do slasher e umha homenagem a Ulli Lomel.

Começamos com o mítico filme de Frank Henenlotter Basket Case (1982), divertido relato de vingança com monstro deforme no submundo nova-iorquino de inícios dos anos 80, quando tudo era mais sujo e sórdido.

Continuámos com o filme propagandístico Reefer Madness (1936), história demencial que nos mostra uns impossíveis efeitos da maconha para advertir-nos que isso pode acontecer às nossas crianças. Aproveitamos para repassar todos os sinónimos de chuche com Churitético.

O terceiro da tarde foi Tucker & Dale vs Evil (2010), produçom em chave de comédia que aproveita para dar a volta aos clichés do slasher, com uns encantadores rednecks e uns adolescentes urbanos cheios de preconceitos.

Finalizamos com o regresso de Ulli Lomel ao podcast. Quantas jornadas de diversom nos aguardam da sua mão? Nesta ocasiom falamos de The Boogeyman (1980), fantasia que se atreve a misturar Halloween, The Exorcist ou Amityville.

E muito exaltar a amizade com as irmãs Soska, mas tivo que vir Sarmila para que lhes dedicássemos um programa. Será no próximo, quando falaremos de American Mary. Digam aos seus filhos!  

RECOMENDAÇOM

The Death of David Cronenberg (curta, 2021)

Men, women and chainsaws, de Carol J. Clover (ensaio, 1992)

Salem’s Lot (1979)

PREVENÇOM

Dagon: la secta del mar (2001)

Somos conscientes de que merecemos o gulag por fazer demorar tanto o especial mais vermelho do ano. Mais umha vez ocupamo-nos do Ciclo de Cinema de Terror Socialista que chega à sua quinta ediçom no Centro Social Gomes Gaioso. Nesta ocasiom, os filmes tivérom umha acolhida desigual entre o público e a gente maldeolher.

Começamos com "Папа, умер Дед Мороз" ou “Pai, o Santaclaus morreu”, filme soviético do ano 1991. Miguel do Caixão e Vampirineda olham-se mutuamente com umha expressom de perplexidade enquanto Sarmila louva os valores artísticos de umha obra experimental que parece refletir sobre a morte ou algo. O público assobiava com dissimulo.

Continuámos com "Prokletí domu Hajnů" ou “A Maldiçom da Casa dos Hajns”, produçom checoslovaca do ano 1989. Aqui vê-se com maior claridade umha linha narrativa onde um alpinista social introduz-se numha família burguesa dominada pola loucura. Vampirineda defende isto aludindo à fotografia e à ambiguidade da história. Sarmila aceita sem demasiado entusiasmo e Miguel do Caixão dá sonoros golpes com os pés no chão. O público do Ciclo começava a impacientar-se...

O assunto conclui com "Gozti iz Galaksj" ou “Os convidados da galáxia”, filme jugoslavo de 1981. Esta história de um escritor que provoca a chegada de uns alienígenas com a força da sua imaginaçom, enfada a Sarmila, enquanto Vampirineda relativiza e afirma que é divertido. Numha surpreendente viragem dos acontecimentos, Miguel do Caixão destaca-o porque sendo ruim, “ainda botas uns risos”. Estes visitantes da galáxia fôrom os que conquistárom finalmente o coraçomzinho do público do Gaioso.

Churitético, que nom assistiu ningum, deixa-se convencer por Sarmila e verá o filme soviético (meu pobre). Surge umha pergunta: quem ganharia numha luita entre Alien, Predator e A Cousa (de Carpenter)? Para finalizar, anunciamos um novo especial chuches. Teremos o clássico do Frank Henenlotter  “Basket Case” (1982), o velho filme cautelar “Reefer Madness” (1936), umha reinterpretaçom cómica do slasher em “Tucker & Dale vs. Evil” e “The Boogeyman” (1980), umha mistura tola de Halloween e The Exorcist do grande (todo o mundo em pé) Ulli Lommel. Que será um grande especial... É SEGURO.  

RECOMENDAÇOM

Historia de lo oculto (2020)

Next of kin (1982)

Eyes of a stranger (1981)

MEH

Alien (curtas, 2019)

Voejamos sobre a saga clássica e pousamos num dos filmes mais comerciais do Cronenberg senior: "The Fly" (1986); sendo esta a primeira vez que se passa polo podcast e estabelecendo um motivo para fiscalizar os gostos de um dos seus integrantes.

Comparamos esta decadência física de Jeff Goldblum com o relato original George Langelaan e com a primeira adaptaçom cinematográfica de Kurt Neumann. A de Cronenberg é umha versom muito mais livre e focada no deterioro orgânico do protagonista. Resulta ser umha maravilha que abre interrogantes sobre a condiçom humana e essas cousas. Mas o filme de 1958 tampouco está nada mal.

Falamos da nova carne e do realizador canadense, e da sua visom nom demasiado alegre da sexualidade feminina. Também descobrimos pontos em comum entre Geena Davis e algum personagem mítico da cidade corunhesa. 

Numha surpreendente viragem dos acontecimentos, a posiçom extremista de Vampirineda é chave para levar "The Fly" (1986) à segunda posiçom do ranking Mal de Olho. Isso non o livra de ser alvo das críticas polas polémicas opiniões sobre "The Changeling". Haverá mais oportunidades para o drama quando falemos no próximo episódio de "Papa, umer ded moroz" (1991), "Prokletí domu Hajnù" (1989) e "Gosti iz galaksije" (1981); os filmes exibidos no V Ciclo de Cinema de Terror Socialista do CS Gomes Gaioso. Miguel do Caixão prometeu violência. 

RECOMENDAÇOM

Occhiali Neri (2022)

La Nueva Carne: Una estética perversa del cuerpo (livro, 2002)

MEH

Minor Premise (2020)

PREVENÇOM

Slumber Party Massacre (2021)

Políticas de la nueva carne: perversiones filosóficas de David Cronenberg, de Jorge Fernández Gonzalo (livro, 2019) 

Finalmente falamos das casas assombradas em Mal de Olho, da mão do filme canadense The Changueling (1980), traduzido livremente como O Canguelo; aquele da bolinha a cair polas escadas.

Neste novo visionado reencontramos umha história sobrenatural onde o personagem que interpreta George C. Scott deve ajudar um fantasma vingativo que mora na casa que acaba de comprar.

The Changeling é umha história sóbria e contida que deleitou o 75% do podcast. Neste caso, Vampirineda quebrou a unanimidade, talvez ressentido polo escasso entusiasmo que acordaram as suas vampiras lésbicas.

Completa-se esta entrega com umha conversa sobre as sagas, sobre o estilo cinematográfico de Sarmila Díaz e sobre a decadência de Álex de la Iglesia. Para a próxima semana temos por primeira vez Cronemberg senior, com o seu remake de The Fly.  

RECOMENDAÇOM

Minx (série, 2022)

Espectra: descenso a las criptas de la literatura y el cine; Pilar Pedraza (ensaio, 2004)

Sole survivor (1984)

Euphoria, segunda temporada (série, 2022)

Sztuka spadania / Fallen art (curta, 2004)

MEH

Scream (2022)

PREVENÇOM

Morbius (2022)

Veneciafrenia (2021)

Reunimo-nos às 9 horas da manhã do primeiro de maio para aprendermos a pronunciar Les Lèvres Rouges, falarmos mal de Harry Kümel, perguntarmos-nos o que sabemos realmente da Bélgica e lembrarmos acender os micros no minuto 22. Isso é compromisso com a audiência.

Vampirineda passa quase todo o programa a exercer a complicada defesa do filme face o júri impiedoso de Mal de Olho. E é que esta história de mortes improváveis com vampiras sáficas sofisticadas e elegantes nom impressionou o resto do podcast. 

Repassamos a histórica relaçom entre a condiçom vampírica e a orientaçom sexual, mencionando antecedentes históricos, literários e, principalmente, cinematográficos. Porém, para umha Sara ainda sem alcunha, o problema de Les Lèvres Rouges é precisamente ausência de vampiras e de lésbicas.  

Deste jeito, e apesar do culto e do distinguível sabor europeu, as filhas da escuridão do Harry Kümel caem na parte baixa do nosso ranking entre os irados protestos pinedís.

Antes de enredar-nos com manifestações proletárias e vermutes, reflexionamos sobre o folk horror, a postura ideológica dos super-heróis e a quantidade máxima  de metros cúbicos que podem ser abençoados. Anunciamos também o próximo Ciclo de Terror Socialista no CS Gomes Gaioso e o próximo filme que vem da mão de Churitético: The Changeling (1980). 

RECOMENDAÇOM

Historias de Manolo (websérie, spin-off, 2022)

The Craft (1996)

Virus 32 (2022)

The Batman (2022)

Twin Peaks (série, 1990)

Black Hole, de Charles Burns (banda desenhada, 1995-2005)

MEH

La Abuela (2021)

PREVENÇOM

Blood Red Sky (2021)

Recuperamos a periodicidade semanal. Infelizmente, a ediçom nom foi tam rápida esta vez mas, em qualquer caso, aqui estamos novamente com um capítulo dedicado a The Love Witch. É isto um giallo ou é o que?

Com a oposiçom crítica de Miguel do Caixão, repassamos todas as sequências a louvar o gosto na realizaçom e as diferentes leituras que oferece o sub-texto. Todas confluem numha visom feminista com forte carácter de autora.

E isso porque a carreira de Anna Biller se caracterizou por fazer homenagem estilística ao cinema exploitation da década de 60 até tal ponto, que parece estarmos assistindo umha produçom genuína daqueles anos.

Para o próximo episódio, Vampirineda fica tranquilo porque vai falar de umha das suas “cousas”: Les Lèvres Rouges (1971); ou o que é o mesmo, umha peça destacada no extenso subgénero das vampiras lésbicas. 

RECOMENDAÇOM

Vergvoktre (desenhador)

The Florida Project (2017)

Cubicle (curta, 2019)

Espíritu Sagrado (2021)

青空娘 / Aozora musume (1957)

La Cuerda (curta, 2009)

X (2022)

MEH

The Final Girls (2015)