Matéria Prima
By Matéria Prima
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Matéria PrimaSep 08, 2021
Hatis Noit: Voices of Nature
Hatis Noit speaks after the concert at Jardins Efémeros 2022, in the Cathedral of Viseu.
We listen to excerpts of the songs Himbrimi, Aura and Inori from her debut album "Aura" released in 2022 by Erased Tapes; and we also hear two excerpts of improvisations presented by the artist at the concert, especially the last song of this programme, which is dedicated to the wild fires Hatis saw in Portugal.
Hatis Noit is a Japanese artist living in the UK. All the songs in this record are created using only the artist's voice. Hatis Noit is an autodidact, inspired by folk music, opera, Gagaku, Bulgarian and Gregorian chanting, but also contemporary music.
The title "Aura" for the album was inspired by Walter Benjamin, who described Aura as the 'fundamental essence of art', which in its original form would only happen once.
The song 'Aura', is about a memory of getting lost in a forest near her birthplace Shiretoko, Hokkaido.
“I felt as if I was close to my death, I could feel myself dissolving into and becoming a part of nature rather than just being an individual. This sense of awe and peace found there is always the place where I start making music from,”
The song 'Inori' was created using field recordings of the ocean, only one kilometer away from the nuclear plant in Fukushima, when she was there at a memorial ceremony, which marked the re-opening of the area for locals to return to their homes, after ten years. The song is dedicated to the lives lost during the tsunami, and also to the memories that people have of their hometown.
Frédérique Aït-Touati: "INSIDE" terrestrial trilogy
«The whole project is a reflection on the need for a profound renewal of our representations of the terrestrial world, biotic and abiotic. INSIDE explored visual alternatives to the haunting and deceptive image of the “Globe”» – Zone Critique
Frédérique Aït-Touati is a historian of sciences and a theater director at her company Zone Critique.
The image is The Soil Map is taken from the book Terra Forma, manuel de cartographies potentielles, by Frédérique Aït-Touati, Alexandra Arènes og Axelle Grégoire,2019
Jessica Beasley – Conversa
Maiti, sobre el barrio ocupado de Errekaleor [ES]
El barrio existe desde 1950’s, destinado a trabajadoras en la época de expansion industrial. Progressivamente fue sendo abandonado por la ciudad e incluso objecto de planes de demolicion. Ocupado desde 2013, por un grupo de estudiantes universitarios e después por 150 personas, tornando-lo en el maior okupa de peninsula ibérica, con 10 hectares. Las habitantes del barrio fueron amenazadas de despejo por la câmara de Vitoria, han lutado contra las enpresas de electricidad para conseguir autosuficiencia eletrica e se han organizado mucho para que su comunidad se torne libre de opression e por el apoyo mutuo necessário a mantener el barrio.
La pagina de wiki es muy informativa: es.wikipedia.org/wiki/Errekaleor
Foto by Asier Iturralde Sarasola – Own work, CC BY-SA 4.0
Jana Winderen: Spring Bloom
We get to know how she experiences her art and the forms in which she finds ways to tell stories and lend a microphone to often under-represented beings and critters, like planton, whales and other sea dwellers.
“The listener experiences the bloom of plankton, the shifting and crackling sea ice in the Barents Sea around Spitsbergen (towards the North Pole) and the underwater sounds made by bearded seals, migrating species such as humpbacks and orcas, and the sound of hunting seithe and spawning cod. All depend on the spring bloom. Jana Winderen researches the hidden depths with the latest technology; her work reveals the complexity and strangeness of the unseen world beneath. The audio topography of the oceans and the depth of ice crevasses are brought to the surface.” – from Jana Winderen’s Bandcamp
About Jana’s sounds:
About Jana:
“Jana Winderen is an artist who currently lives and works in Norway. Her practice pays particular attention to audio environments and to creatures which are hard for humans to access, both physically and aurally – deep under water, inside ice or in frequency ranges inaudible to the human ear. Her activities include site-specific and spatial audio installations and concerts, which have been exhibited and performed internationally in major institutions and public spaces.” – from Jana’s website
Decibélicas: música Punk
Conversam sobre as origens da banda, o porquê de fazerem música juntas, só delas, entre raparigas.
O que acontece quando as mulheres sobem ao palco? Como reagem os homens à música feita por elas?
Da cozinha do Projéctil, para os palcos, as Decibélicas têm-se afirmado como uma das bandas mais interessantes da Galáxia.
Já tocaram em Braga, Lisboa, Porto, Vigo, Monchique, Caldas, Sanfins e São João da Arga, entre outros sítios.
Falam ainda sobre os maiores fracassos da banda, o contexto nacional e local. Contam também de uma gata que pariu durante um dos concertos delas.
As Decibélicas são de momento: Ana Luísa, Nanda, Jad, Inês e Vanessa
Ouve as Decibélicas aqui: decibelicas.bandcamp.com/
Fome Bruta: Jardinagem Sonora!
Conversamos sobre as simbioses, a natureza, biomateriais, transdisciplinariedade, os problemas de design da nossa era, como procurar novas relações com es outres seres. Vivemos numa planeta multiespecies e cabe-nos cultivar relações e amores, imaginar criativamente como enfrentar e sanar as feridas do antropos-.
Viver, hoje, é questionar, investigar e relacionar-mo-nos com cada vez mais longas e intricadas redes inter-species, pelas quais somos também responsáveis.
Sonic Gardening!
Curiosidade, vontade de aprender e saber fazeres que marcam o pensamento e a prática simbiótica da artista.
Ouvimos as suas músicas das cassetes: SUX, ANOXIC, MATA BICHO, BRUIT IMPULSE, INTIMACY OF VIOLENCE e AS FLORES DÃO-SE AOS PORCXS
Anthi Papadimatou: other forms of Life
Anthi Papadimatou is a greek student of anthropology and is working on a refugee camp in greece. She is also a photographer, and her work can be seen here: www.instagram.com/anthi.papadimatou/
Moca: música Experimental
Entrevista gravada na "Matinoise" das Cantigas do Poço no Rockstar pub, em Braga.
Moca é um ilustrador, pintor e agente cultural. Mestre em Artes Plásticas pela FBAUP, co-fundou os coletivos Praga (Caldas da Rainha), Projéctil (Braga) e a promotora Cantigas do Poço (Braga).
O site do MOCA está acessível aqui: IIIOCA
Imagem da capa: "Gravuras (corpo/espaço/movimento)" – 2009, IIIOCA
Ação em Defesa do Barroso
Djam Neguin: começar pelo Meio
Manuella Bezerra de Melo apresenta "V̶O̶L̶T̶A̶ PRA TUA TERRA"
Falámos de anti-racismo, ocupação espaços, vozes e silenciamentos, territórialidades, doçura, violências e linguagem/ compreensão, para compreender melhor o âmbito da Antologia, que reúne 49 poetas estrangeirxs em Portugal.
Segundo o prefácio de Manuella Bezerra Melo, há mais de 600 mil estrangeirxs em Portugal. E 62% dos Portugueses manifestam racismo. Com estes números entrevemos a dimensão da questão. Séculos de história de violência imperialista e colonial, continuam a marcar povos, pessoas e identidades. A Antologia V̶O̶L̶T̶A̶ é um passo em frente para o futuro que temos de construir em conjunto, na abertura de portas e janelas, na ocupação de espaços e reivindicação de direitos, na vontade de construir e fazer avançar a democracia em conjunto.
- Manuella Bezerra Melo, prefácio
«V̶O̶L̶T̶A̶ PRA TUA TERRA: Uma antologia antirracista/antifascista de poetas estrangeirxs em Portugal», org.: manuella bezerra de melo e wladimir vaz, Urutau, 2021
A Antologia será lançada dia 8 de Maio 2021, no Porto."Dos mais extremos até o mais subtil preconceito, o estrangeiro em Portugal, está preso nesse labirinto na companhia de insultos e desdém, de pré-julgamentos quanto à sua idoneidade que nascem exclusivamente por serem quem são, dos estereótipos que ajudam a manter a hierarquia da superioridade colonial; homens brasileiros são violentos ou malandros, mulheres brasileiras são prostitutas ou vulgares, pretos são pretos, oras, deviam existir para servir e não mais que isso, para os ciganos, sapos na porta para espantá-los, latinos são um braço europeu, uma extensão do corpo, ou seja lá de onde você venha, você não deveria ter vindo, não deveria estar aqui, mas já que está, agora vai aprender a falar português corretamente, porque afinal o que falas é outra coisa, uma coisa errada. E podes até mesmo ter doutoramento em letras e literatura, segues a ser um colonizado analfabeto e ignorante para qualquer português, mesmo que ele nem tenha completado o quarto ano primário. "
"Bruno, cuja ancestralidade da Guiné estava cravada, era , curiosamente, português, nascido e criado em Chelas, morto em Moscavide enquanto o mandavam VOLTAR. Perguntamos, portanto, angustiadamente, a que terra devemos voltar? Em que terra deveríamos estar que não aquela onde estamos agora? A quem pertencem estas terras todas? Os que nos mandam voltar à nossa terra serão os mesmos que um dia a ocuparam violentamente?"
Manuella Bezerra de Melo é curadora e organizadora da antologia VOLTA para tua terra junto ao editor Wladimir Vaz. Autora de Pés Pequenos pra Tanto Corpo (Urutau, 2019), Pra que roam os cães nessa hecatombe (Macabéa, 2020), ambos de poesia, e de A Fenda, seu primeiro livro de ensaio, no prelo pela editora Zouk. É jornalista especialista em literatura brasileira e interculturalidade, mestre em Teoria da Literatura e Literaturas Lusófonas e, atualmente, doutoranda no Programa de Modernidades Comparadas: Literaturas, Artes e Culturas na Universidade do Minho, em Portugal, onde vive desde 2017.
Ângela Polícia: a imersão da Arte
Ângela Polícia junta-se à MATERIA PRIMA para uma conversa sobre aquilo que faz, seu trabalho, paixões, experiências recentes e historiografias pessoais, a experiência da viagem e da migração, do voo, para cima e para baixo, imergir e emergir.
Ao longo da conversa fomos criando intimidade, imaginando presentes e tempos e lugares conhecidos e desconhecidos. As experiências da/o artista como artista e ser poético, as suas vivências pessoais e coletivas, comunitárias e familiares. Como são os artistas? Porque é a cultura desprezada, e a vida da/o artista tão dificultada? Porque não temos mais um ministério da cultura? Como podem xs artistas emergir desta crise que arrasou comunidades e coletividades? Como podemos labutar para ter voz?
Além disso, o que é a nossa cultura afinal, o que, ou quem, a faz? Como podemos criar em conjunto o nosso futuro? Portugal e xs portuguesxs e seus costumes, politicamente corretos: racistas, machistas e homofóbicos? Quem é marginal? Como navegamos as margens? A cultura, a genética, são “muitas mãos” de muitas gerações e importa questionarmo-nos, falar e debater a cultura, a arte, a sociedade e a humanidade e as suas questões se queremos continuar a sonhar.
Acerca de Ângela Polícia:
“Ângela Polícia é uma manifestação de intervenção social e espirros emocionais. Numa fusão de vários estilos musicais urbanos como hip-hop, dub ou punk, Â.P. aborda temas variados como consciencialização, injustiça, violência, depressão, união, rotina, boémia ou sobrevivência. Não é preciso esconder as armas e o material que este Polícia está do nosso lado.”
Oscar: o verdadeiro Tao
É como se Sócrates e Chuang Tse se encontrassem à sombra de uma àrvore…
Oscar visita A Tua Prima para uma verdadeira epopeia filosófica, um diálogo curtinho de 4 horas sobre tudo aquilo que é humano, sobre a filosofia oriental e ocidental, sobre o Tao, as problemáticas do pensamento, a energia e electricidade de que somos feites, os problemas da violência e predadorismo, ação e reação, movimentos humanos e não humanos e a terra na sua qualidade de habitat, habitação e esfera pública de todes xs seres.
...
O Oscar é o autor do programa Crítica sem Piedade, que é transmitido às terças feiras na Rádio Paralelo, entre as 20h e as 22h.
"Todo o meu trabalho criativo que está associado à noção de que o Tao nomeado não é o verdadeiro Tao, está expresso em texto e imagem na página OdicforceSounds como também no site associado. O lado puramente sonoro associado a esta expressão encontra-se no Bandcamp e é de download gratuito, acrescentando um 0 (Zero) no pedido de um valor para o download das "músicas" em questão."
Marta Calejo: Feminismos
No próximo dia 8 de Março celebra-se o Dia Internacional das Mulheres.
Esta data (e o movimento) inciados em 1909, em Nova Yorke, e proposto em 1910 na Conferência Internacional de Mulheres Socialistas, como um "dia especial das mulheres", foi popularizado desde a Revolução Russa, e é hoje celebrado em todo o Planeta, 112 anos depois. Mulheres como Clara Zetkin e Alexandra Kollontai foram nomes importantes desta luta. Em 1938, Dolores Ibárruri liderou a marcha das mulheres de 8 de março, em Madrid, durante a guerra civil espanhola. Foi Dolores quem cunhou o termo "No Passarán", termo que é até hoje, o símbolo da luta contra o fascismo.
Marta Calejo é Activista, Designer e Pintora. Trabalha com a UMAR (União Mulheres Alternativa e Resposta) e a Rede Internacional Feminista, e participou no projecto Feminismos Sobre Rodas. É também artista experimental, tendo realizado o projecto "Drawing as cartographer of everyday life spaces", onde cartografou os movimentos dentro da sua casa, criando uma "hiper narrativa do dia-a-dia dentro de casa". As suas pinturas podem também ser vistas nas ruas de Braga, como o caso da pintura "A Liberdade é Uma Luta Constante", na freguesia de São Vicente, que inspirou o desenho deste podcast.
Mesut Sönmez: the Polis
Matalxscallando: Creativity
Bruno is a Peruvian artist living in Porto and makes music after a carrer in advertising.
matalascallando.bandcamp.com/
José Valente: Hospitalidade
José Valente trabalha na hotelaria e no turismo em Portugal e no Reino Unido. É também um músico e amante da política.
Mafalda: Tele Comunicações
Mafalda relata-nos a sua experiência com os serviços e comunicações, a corrupção e as amizades que deixam uma pessoa sem net, sem aquecimento em casa, graças aos preços mais altos da Europa e discutimos as condições dos trabalhadores no mundo neo-liberal.