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Papo MEL

Papo MEL

By Movimento de Juventudes e Espiritualidades Libertadoras

O mel é fruto de um trabalho, resultado da cooperação, da auto-organização, das abelhas. São elas que bebem em flores e produzem o mel, elas recebem a beleza e o aroma das flores e transformam isso que receberam num fruto: o mel. As abelhas posssuem um orgão no qual guardam o néctar para levar à colmeia, este órgão é chamado popularmente como papo de mel.

Assim, o desejo do podcast é ser veículo que comunique que tudo está interligado, que Mística e Militância caminham juntas, de mãos dadas. Comunicar que espiritualidades libertadoras estão vivas e presentes nas juventudes!
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Colher de MEL # 21: Logica, de rejeitado a potencia.

Papo MELOct 04, 2020

00:00
04:20
Colher de MEL - Especial Páscoa 2021 - Testemunho da verdade.

Colher de MEL - Especial Páscoa 2021 - Testemunho da verdade.

Olá minha gente eu sou Shirley e vim partilhar um pouco com vocês sobre o que vem ao meu coração quando leio o evangelho de hoje.

Primeiro dizer que não dá para partilhar tudo que vem, rs pois o tempo é pouco.


O evangelho de hoje é um evangelho cheio de detalhes, um evangelho com certeza de muita riqueza sobre a pessoa de Jesus, seu modo e sua pedagogia. Sobre o seu projeto de vida e como ele escolhe viver tudo isso.

Então eu queria destacar a paixão em si, a partir da palavra, do que a gente entende e de como Jesus nos mostra um outro lugar de paixão. Normalmente a gente entende paixão como uma cegueira momentânea e a paixão de Jesus em nos apresentar é completamente o contrário. É diante da verdade, diante de enxergar se completamente quem é e quem é o outro que Jesus escolhe se entregar por inteiro. É apesar da nossa miséria que Jesus se dá, apesar da injustiça, apesar do não entendimento, apesar das traições, Jesus não abre mão daquilo que ele traz de mais profundo, a sua verdade, o seu projeto de vida, a sua missão. 

Ele olha pros que não entendem e se dá por misericórdia, Ele olha os que o acompanham indignados e dá ânimo ao dizer que podem contar uns com os outros, no meio de tudo isso Ele consegue sair da dor e ir pra sensibilidade ao olhar ao redor e perceber quem precisa de apoio e assim Jesus ainda encontra tempo para ser afetivo, para ser afetuoso como no momento que ele entrega o discípulo amado a sua mãe e sua mãe é o discípulo amado, num movimento continuo de serenidade, proteção dos seus, abraçar o que é sua missão, sensibilidade, altivez, dignidade. 

O evangelho segue e Jesus vive o calvário e é crucificado. 

No meio de tudo há sim violência, sangue, gritos, dor, muita dor, física, emocional, mas pra mim o centro desse evangelho é saber que o testemunho da verdade é o que sobressai, diante da injustiça. Assim também viveram os profetas e assim também somos convidados a viver, em especial nesses tempos. 

Oxalá, que alcancemos a graça de seguir os passos de Jesus. Que a pessoa, a história, o testemunho de Jesus e sua promessa de vida em abundância para todos e todas e tudo, nos impulsione a não perder de vista o horizonte da Ressurreição que nos espera. 

Em tempos tão sombrios, sigamos firmes diante dessa verdade a nós confiada e em comunidade de compromisso para que não a esqueçamos! Nossa vida, nossa luta, apesar das dores tem um propósito: amar como Jesus amou!

Apr 02, 202104:01
Colher de MEL - Especial Páscoa 2021 - Memória da partilha

Colher de MEL - Especial Páscoa 2021 - Memória da partilha

Celebrar a Semana Santa, em especial o tríduo pascal, é celebrar a preparação para a maior festa dos cristãos, a ressurreição de Cristo, é celebrar a vitória da resistência, da teimosia, da vida a brotar no meio do império da morte

Celebrar a páscoa de Jesus Cristo, a maior mensagem dos cristãos para a humanidade, é celebrar a vida dos mais pobres, a vida do planeta, a vida daqueles que são colocados à margem e em risco da própria vida.

Estamos em meio a uma pandemia e o mundo é atravessado, não por um vírus apenas, mas principalmente pela ganancia, pela truculência de quem acredita ter poderes, por aqueles que acreditam serem donos da vida. A pandemia veio evidenciar, colocar de uma forma aberta as nossas contradições humanas e a urgência de sairmos do sepulcro. 

E nesta quinta-feira santa, a única forma de mantermos vida a mensagem de Jesus Cristo para a humanidade é acreditarmos e defendermos a mensagem do serviço. Do serviço a defesa da vida, da partilha como sendo a lógica à revolucionar o sistema capitalista neoliberal. 

Repartir o pouco, repartir o muito!!

Não faz sentido concentração de tantas riquezas, como tem caminhado a humanidade, em detrimento de uma maioria absoluta, sucumbindo à fome, sucumbindo à falta de direitos.

Pararmos para a Páscoa de Jesus Cristo, significa nesta quinta feira santa fazer ecoar em nossas palavras, em nossos gestos no cotidiano, em nossos projetos de sociedade e de comunidade, de Brasil, de América Latina e de mundo a mensagem da vida de Jesus Cristo, fazendo em nossa vida a memória da sua vida. 

Que a partilha do pão e do vinho seja realidade nas mesas de todas as pessoas.

Feliz Páscoa, que Jesus possa abençoar e iluminar e inspirar as nossas vidas.


(Flávio Passos, 49 anos, militante e pesquisador negro, professor da rede pública, de Vitória da Conquista.)

Apr 01, 202104:16
Colher de MEL # 37: Jesus e as mais de 3 mil mortes por dia.

Colher de MEL # 37: Jesus e as mais de 3 mil mortes por dia.

Olá, eu sou a Bianca Ortega, da cidade de Sorocaba no interior de são Paulo, faço parte do grupo MEL e atuo na Pastoral da Juventude.


3 minutos para mais de 3 mil mortes.


Neste domingo de Ramos, em que fazemos memoria do mistério e da Paixão de Jesus Cristo, onde falamos da dor da perda e das injustiças, em que lembramos que após a vinda deste companheiro recebido como grande rei em seu burrinho, também celebramos a perda deste companheiro, que nos deixa em um momento, em que o desespero toma conta e desestabiliza toda a sua comunidade. Vivemos esse desespero, hoje lembro de muitos e muitas que se foram, que morreram pelas mãos dos poderes políticos, faço memoria dos mais de 3 mil mortos pela covid-19 que a cada dia bate seu novo recorde neste país em que vivemos, sob a politica de um genocida.

Lembro que essa politica de morte negacionista matou pessoas e não números, pessoas que são amores da vida de outras pessoas. Elas perderam as suas vidas, assim como milhares e milhares de pessoas, perdem a sua dignidade, o seu direito de comer, pela falta de assistência e do auxilio emergencial.

Seguimos sem empatia de muitos e muitas que seguem aglomerando, em festas clandestinas, que seguem se descuidando sem usar as mascaras e os protocolos de segurança, influenciados e influenciadas por essa politica que NEGA... que nega a maior pandemia que já tivemos nos últimos tempos.

Mais de 3 mil pessoas mortas pela ganancia, pelo egoísmo, pela falta de cuidado.

Hoje, ao lembrar do julgamento e morte de Jesus, convido todas e todos mais de 3 mil pessoas que morreram em nome desta ganancia, desse egoísmo, dos podres poderes poderes deste Brasil. Que nossa dor, que nossa tristeza, que nossa raiva se converta em luta, em justiça social e que possamos ESPERANÇAR, viver a pascoa da ressurreição com mais amor, com mais cuidado, empatia. 


Paz inquieta companheiros e companheiras.


Paz inquieta à todos e todas nós,

Axé

Mar 28, 202103:16
Colher de MEL # 36: Tua Gloria, é o povo livre é vida e paz.

Colher de MEL # 36: Tua Gloria, é o povo livre é vida e paz.

Minhas amigas e meus amigos, neste espaço Colher de Mel, hoje eu tenho a alegria... Eu sou Zé Vicente poeta e cantor da caminhada popular e tenho a alegria de compartilhar com vocês, a pedido do Welder, o evangelho desse domingo, penúltimo da quaresma, próximo domingo já é domingo de Ramos, num tempo tão inusitado.

Evangelho de João 12,20-33 -Jesus anuncia sua morte e Glorificação

Entre os que tinham subido a Jerusalém, para adorar durante a festa, havia alguns gregos. Aproximaram-se de Filipe, que era de Betsaida da Galileia, e disseram: “Senhor, gostaríamos de ver Jesus”.

Filipe falou com André, e os dois foram falar com Jesus. Jesus respondeu-lhes: “Chegou a hora em que o Filho do Homem vai ser glorificado. Eu garanto a vocês: Se o grão de trigo ao cair na terra não morrer, ficará sozinho; mas, se morrer, produzirá muito fruto. Quem tem apego à sua própria vida, vai perde-la; mas quem despreza sua vida neste mundo, vai guarda-la para a vida eterna. Se alguém me quer servir, siga-me, e onde eu estiver ai também estará o meu servo. Se alguém me serve, meu Pai o honrará. Agora estou interiormente perturbado. E que direi? ‘Pai, livra-me desta hora?’ Mas foi por causa disto, para esta hora que eu vim. Pai, glorifica o teu nome!” Então, veio uma voz do céu: “Eu o glorifiquei e o glorificarei de novo!”

A multidão que aí estava e ouviu, dizia que tinha sido um trovão. Outros afirmavam: “Foi um anjo que falou com ele”. Jesus respondeu e disse: “Essa voz que ouvistes não foi por causa de mim, mas por causa de vocês. É agora o julgamento deste mundo. Agora o chefe deste mundo vai ser expulso, e eu, quando for levantado da terra, atrairei todos a mim”. Jesus falava assim para indicar de que morte iria morrer.

Minhas amigas e meus amigos, essa é a Palavra do Amor que nos salva, Palavra de Salvação que o céu nos dá, através de Jesus de  Nazaré.

Um grande abraço e um refrãozinho do tempo quando comecei a cantar.

♪♫♪♫ Tua Gloria Ó Meu Deus É O Povo Livre É Vida E Paz (bis)

És terror dos ditadores, vencedor da escravidão
O teu nome é liberdade, e salvação
No amor, tu resplendeces, no pão partido estás
No sangue do oprimido, teu gemido, dói demais.
♪♫♪♫


Um grande abraço a cada um e cada uma de vocês, Deus ressuscitado vencedor da morte esteja sempre conosco.

Mar 21, 202104:48
Colher de MEL # 35: Qual Jesus eu estou leva(nta)ndo?

Colher de MEL # 35: Qual Jesus eu estou leva(nta)ndo?

Oi gente, aqui é Gizelle Abreu, falo aqui do estado do Amazonas.

Hoje vamos refletir o evangelho de João 3, 14 a 21.

Quero começar falando assim, na minha visão foi muito um puxão de orelha que Jesus fez a Nicodemos. Pois no inicio do Evangelho Ele fala assim: E da mesma forma que Moises levantou a serpente no deserto, assim também é preciso que o filho do homem seja levantado.

E porque um puxão de orelha?

Por que é preciso falar dEle, é preciso levar a sua palavra. Se eu conheço a palavra, eu preciso levar, preciso falar dEle. Ai me veio a seguinte questão?

Qual é o Jesus que eu estou apresentando para os outros? E, qual foi o Jesus que me foi apresentado na minha base, na catequese, nos meus grupos, na minha vivência de comunidade, dentro da minha casa mesmo?

Porque se a gente for parar pra pensar, tem uma turma ai, que apresenta um Jesus que a gente fica ate com medo de seguir. Eu por exemplo, falo por mim, pela minha vivência, eu não conheço esse Jesus que alguns cristãos apresentam nas suas pregações, nos seus sermões. Porque traz um Jesus que só veio para condenar mesmo, para apontar o dedo, que não aceita as diferenças, totalmente diferente daquele Jesus que a gente encontra nos evangelhos, que a gente, pelo menos falo por mim, que eu conheci lá na minha catequese. Não foi esse Jesus, que esse turma apresenta, que a minha catequista me apresentou. E isso é muito perigoso e nós precisamos fazer uma reflexão em cima disso. 

Mais a frente do evangelho ele diz assim: Deus não enviou seu filho ao mundo para condenar o mundo, mas para que o mundo seja salvo por meio dele.

E ai é completamente contraditório com esse Jesus que Eles nos apresentam, um Jesus que condena, um Jesus que julga e que só faz isso, só julga e condena. Se você não segue essa linha aqui você esta completamente fora.

E nos precisamos nas nossas vivências fazer essa reflexão: Qual é o Jesus que eu estou apresentando? Se é esse Jesus falso, eu coloco como falso esse que muitos cristãos apresentam, ou é o Jesus do evangelho? Aquele que acolhe, que é humilde, aquele que não faz diferença de quem você é, que te respeita e te aceita, pois é nesse Jesus que eu acredito. Nesse Jesus que me acolhe como eu sou, nas minhas diferenças e não nesse Jesus que me aponta o dedo e me julga. 

Então que nos possamos fazer essa reflexão, principalmente nesse período da quaresma, que antecede a Páscoa: Que Jesus eu estou levando e apresentando aos outros?

Mar 14, 202103:28
Colher de MEL # 34: Quaresma: Reflexão e Conversão.

Colher de MEL # 34: Quaresma: Reflexão e Conversão.

Barulho das ondas do mar.


Energia.


Autocuidado.


Renascimento.

Mar 07, 202105:54
Colher de MEL # 33: Descer da montanha e mudar as coisas.

Colher de MEL # 33: Descer da montanha e mudar as coisas.

Oi meu povo, é com muita alegria que venho refletir aqui no Colher de Mel, o evangelho do 2 domingo da quaresma Mc 9, 2:10. Aquela passagem que Pedro queria muito estender três tendas na montanha.

Eu sou Aimée, moro em Lauro de Freitas-Bahia, sou futura enfermeira e estou na secretaria da PJ de salvador atualmente e deixo o convite para nos acompanhar no Instagram @pj_salvador.

Bem, o evangelho de hoje nos convida a refletir como tem sido nossa experiência com Jesus na oração. Nesses momentos de silêncio e reflexão que a quaresma nos proporciona, nos também podemos sentir a presença viva da glória de Deus. 

Não é convite a tristeza.

Não é um convite para ficar pra baixo.

E sim, um convite ao recolhimento, para experimentar a ressurreição e poder compreende-la também.

Subir a montanha, como traz o evangelho, pela tradição hebraica é ter um encontro com Deus. É o estado intermediário de estar perto de Deus. 

Para quem já fez a experiência, sabe quão agradável e único é sentir sua gloria, quão gostoso é estar perto do Senhor. E seu proposito é ter um tempo com Ele, nos deixar ser moldados para então lidar com o mundo real quando descer da montanha. 

Lidar com o mundo real, sem fechar os olhos para as injustiças, enfrentando as indiferenças da forma que Ele vai nos mandar. 

E ser cristão não é estar acomodado, não é querer estender tendas na presença do Pai. Precisamos enfrentar a realidade a nossa volta.

Então deixo as seguintes perguntas:

Você tem aproveitado o tempo com Deus?

Tem se deixado ser envolvido pela experiência com Cristo?

Caso não, te deixo o convite. 

Até a próxima.

Feb 28, 202102:13
Colher de MEL # 32: O silêncio vai falar.

Colher de MEL # 32: O silêncio vai falar.

Silêncio.





Reflexão.








Deserto.








Conversão.

Feb 21, 202101:01
Colher de MEL # 31: busque, caminhe e espere.

Colher de MEL # 31: busque, caminhe e espere.

Olá, meu nome é Maria Paula. Sou do interior do estado do Rio de Janeiro (por enquanto), sou formada em Educação Física pela Universidade Federal Rural do RJ e sou integrante do projeto "O que tem no Brasil" (OQTNBR).

Hoje vamos refletir sobre algo que se encontra no livro de Marcos 5: 22-43. 

O ano de 2021 tem feito com que eu volte as minhas raízes, então tenho escutado Kayne West durante um bom tempo. E por ouvi-lo e ver os seus shows com o coral Sunday Service, fui confrontada com a pregação feita por um pastor em uma destas turnês e a passagem escolhida foi a que eu citei.

Vendo nesta passagem de Marcos 5: 22-43, vemos que a partir do versículo 22, a gente tem uma figura muito importante, que é a figura de Jairo, que vê e roga a Jesus pela cura de sua filha. E conforme decorremos a passagem ainda há a cura de uma mulher, porém vamos focar em Jairo. Mesmo em meio as palavras contrarias, onde a única resposta era não incomodar o mestre, Jairo permaneceu caminhando, caminhando com Cristo, e a partir do versículo 36, vemos a cura da sua filha.

Agora vamos refletir?

Bom, iniciamos com Jairo focando em olhar e clamar por Jesus Cristo, mesmo obtendo uma resposta pouco agradável, ele permaneceu e caminhou com Cristo. Decidir caminhar com Jesus, fez com que Jairo entendesse que a espera valesse a pena, até mesmo porque o pedido pela cura de sua filha foi no verso 22 e ele só foi atendido no verso 36, com isso o que a gente precisa praticar?

Devemos manter os olhos em Jesus e busca-lo em todo instante, essa foi a primeira atitude de Jairo e assim deve ser a nossa. Outra coisa que devemos refletir, é que devemos caminhar com Jesus Cristo em toda e qualquer situação e por ultimo e não mesmo importante, é que devemos esperar sempre nEle.

Então, agora eu paro e te pergunto: Quais são as coisas que tem impedido você de ter fazer isso?

Independente da situação lembre-se: busque a Jesus, caminhe e espere nEle.

Até a próxima.


Feb 14, 202102:56
Colher de MEL #30: Amar e mudar as coisas!

Colher de MEL #30: Amar e mudar as coisas!

Olá, irmãos e irmãs.

Sou Welder, entusiasta da juventude e da revolução.

Parafraseio Belchior pois Amar e mudar as coisas me interessa mais.

Partilho o evangelho de Mc 1,29 a 39, Jesus nos aponta que a verdadeira missão se da fora da sinagoga.

Num primeiro momento, Jesus cura a sogra de Pedro. Se aproxima dela, estende a mão e ajuda ela a se levantar. Ela, se põe imediatamente a servir, servir aqui não é sinal de ser menor, mas é o simbolismo do cuidado. Ela foi cuidada e também cuida.

Em um segundo momento, Jesus cura todas as pessoas que esperavam ali o sábado passar, esperavam a tardezinha, e Jesus cura todas as pessoas que vem ao encontro. Quais pessoas são essas? Pessoas marcadas pelo sofrimento, necessitadas, sedentas da esperança, que emana do cuidado que Cristo tem por cada uma.

Assim, esses dois momentos somos provocados, enquanto cristãos e cristãs a sermos mártires na caminhadas, sermos cuidadores, transformadores de realidades, pessoas que ajudam outros a se levantar, que fazem a missão no povo e com o povo. Pessoas que entregam a vida, para que outras tenham vida em abundância.

Não da pra ouvir essa mensagem de Cristo e não optar pelos sofridos.

Não da pra ouvir essa mensagem de Cristo e não optar pelos sofridos.

Dando marretada em pedra debaixo de viaduto e gritando aos 4 ventos, amar e mudar as coisas me interessa mais.

Salve os mártires da caminhada, que também tenhamos coragem de ser.

Feliz semana e um beijo no coração.

Feb 07, 202103:26
Colher de MEL # 29: Espirito do medo, da injustiça e da desigualdade.

Colher de MEL # 29: Espirito do medo, da injustiça e da desigualdade.

Olá meus amigos e minhas amigas.

Eu sou Enedilson Xavier, morador da cidade de Vitoria da Conquista-Bahia, pertencente a paroquia N. Srª das Vitorias, tendo como área pastoral a comunidade N. Srª da Conceição.

Durante muito tempo a minha vida como batizado se deu nessa comunidade, onde tive a oportunidade de conhecer intimamente a pessoa do Cristo Jesus, através do exemplo de N. Srª, mãe do nosso senhor Jesus Cristo.

Toda a minha formação se da através desta comunidade, conhecendo então a Pastoral da Juventude, através dos grupos de base. Tive a oportunidade de fazer uma experiência profunda com o Senhor dentro desta comunidade e fui compreender os desafios dessa comunidade.

Nesta perspectiva, o evangelho de hoje, nos traz a autoridade de Jesus como aquele que esta para conduzir o povo. Jesus ao entra na  cidade de Cafarnaum, em um dia de sábado, começa a instruir as pessoas a respeito daquilo que é importante na vida das pessoas. A autoridade de Jesus estava muito além da época, pois Jesus era aquele que entrava e transformava a vida das pessoas. Hoje nós queremos fazer referencia a este que é o libertador das amarras, a este que é o libertador do sofrimento do povo.

O evangelho nos traz a leitura de um espirito imundo, e Jesus chega ate esse espirito e pede para ele ir embora, pois o espirito imundo esta ali só pra destruir aquilo que era harmônico.

Quais são os espíritos que, infelizmente, destroem o sossego, a paz, a tranquilidade do nosso povo?

Queremos nesta reflexão buscar o entendimento da autoridade de Jesus, para combater esse espirito que gera violência, pobreza, discórdia, medo.

Que o Senhor possa nos ajudar, nos fazer entender que como discípulos e discípulas, precisamos ir a frente anunciar o evangelho de Cristo Jesus.

Não podemos em momento alguns, nos deixar envolver com tais espíritos, a nossa autoridade esta sob o nome de Jesus, esse mesmo Cristo que libertou o povo da escravidão, esse mesmo Cristo que veio com autoridade veio trazer vida em abundância. Ele nos da a garantia de que também nós, podemos fazer o mesmo.

Então, combatamos em nossas vidas, tudo aquilo que nos impede de sermos felizes,  e busquemos sermos fies a esta palavra. Como profetas do Senhor, busquemos combater todo tipo de injustiça, de preconceito, de violência, de homofobia, de racismo, que o Senhor possa nos ajudar a edificar, um caminhar construído sobre as verdades do evangelho. O mandato do Senhor para nós, é que sejamos missionários, pois nos recebemos do próprio Senhor, afim de que nos levemos as pessoas a conversão e a cada dia nos converter.

Sigamos então como profetas do Senhor, falando com autoridade aquilo que é próprio do evangelho. Não tenhamos medo de combater as injustiças e as violências, mas que tenhamos sim a certeza de que o senhor é conosco,

Jan 31, 202104:58
Colher de MEL # 28: Esse reino é pra mim?

Colher de MEL # 28: Esse reino é pra mim?

Olá, tudo bem?

Meu nome é Ronan Lima, sou da Igreja Batista parque Aliança, são João de Meriti no Rio de Janeiro e também faço parte do coletivo O que tem no Brasil, um coletivo ante racista.

E eu quero compartilhar com vocês um pouquinho o meu entendimento sobre a passagem que esta em Mc 1, 14 a 20, o texto diz o seguinte:

"Depois que João foi preso, Jesus foi para a Galileia, proclamando as boas-novas de Deus. "O tempo é chegado", dizia ele. "O Reino de Deus está próximo. Arrependam-se e creiam nas boas-novas!" Andando à beira do mar da Galileia, Jesus viu Simão e seu irmão André lançando redes ao mar, pois eram pescadores. E disse Jesus: "Sigam-me, e eu os farei pescadores de homens". No mesmo instante eles deixaram as suas redes e o seguiram. Indo um pouco mais adiante, viu num barco Tiago, filho de Zebedeu, e João, seu irmão, preparando as suas redes. Logo os chamou, e eles o seguiram, deixando seu pai, Zebedeu, com os empregados no barco."

Neste texto  a gente tem algumas características importantes, como por exemplo a função de pesca, de pescadores, essa profissão que são desses 4 primeiros discípulos que são chamados. A segunda coisa é um reino que esta sendo atrelado a esse grupo de pessoas.

Embora pescadores não era uma profissão tão pobre, quanto as vezes a gente consegue veicular hoje uma profissão que era até muito bem colocada naquela época, o reino não era para eles, o reino era para pessoas muito mais privilegiadas ate então, ai quando Jesus inaugura o reino, falando que o tempo esta cumprido, ou seja sua vinda cumpre esse tempo e inaugura o reino de Deus aqui na terra, todas as pessoas tem acesso a esse reino. Então todos os grupos, todas as pessoas, não há mais nenhuma barreira que faça com que qualquer outra pessoa tenha acesso ao reino de Deus. E a partir do momento que Ele inaugura esse reino todo mundo tem acesso, a partir dEle, a partir da fé que temos em Jesus, na sua vida, na sua caminhada, na sua morte e ressurreição. 

E meu desejo é que nos estejamos sempre nos inspirando na vida, na morte e na ressurreição de Jesus para compartilhar esse reino com outras pessoas. 

Jan 24, 202102:58
Colher de MEL # 27: O que você tanto procura?

Colher de MEL # 27: O que você tanto procura?

Olá gente querida, é com muita alegria que a gente chega junto aqui da Colher de Mel. Esse Mel que é gostoso, saboroso, nutritivo, mas também é instigante.  Que está presente hoje nesse evangelho de Jo 1,35-42.

Eu sou a Rose, moro no Rio de Janeiro, sou Teóloga, educadora e assessoro o Movimento de Juventudes e Espiritualidades Libertadoras, o MEL. E aproveito pra convidar você à chegar junto com a gente em outras rodas de conversa.

Então, esse Evangelho de hoje se da uma roda de conversa. Começa com João Batista, Jesus chega e os discípulos chegam também, e essa roda vai ser ampliada ao longo do caminho do Evangelho. João Batista já esta na roda e os discípulos chegam e ele aponta: Olha só, não é comigo não, é mais adiante o que vocês estão procurando.

Jesus participa da conversa e a pergunta que os discípulos fazem é: Onde ele Mora?

Reconhecem Jesus como mestre e querem situar o seu desejo, a sua procura em Jesus. Mas Jesus já vai além dessa situação em que identificam Ele com a busca e Jesus diz: Venham e vocês verão.

Então, eu colocaria aqui pra gente que deixemos ecoar essas perguntas: O que é que vocês buscam? O que é que vocês, afinal de contas,  estão procurando? O que você está procurando?  Qual a sua inquietação? Qual a sua indignação? Qual a sua sensibilidade com as suas duvidas existenciais, com a sua indignação, o que você está procurando afinal? Ai ouvir o que Jesus responde: Venham e vocês verão.

A morada de Jesus está ai dentro de você, está na sua irmã, está no seu irmão. A morada de Jesus está em todo planeta, a morada de Jesus está no chão da terra, a morada de Jesus esta em cada comunidade, em cada moradia Divina, e ela não esta aqui ou acola, ela esta em toda parte.

Então vamos nos deixar conduzir por essa convocação, esse Evangelho fala de identidade e fala (con)vocação, a vocação que vem de dentro e a vocação que se faz comunhão, conspiração, fraternidade, comunidade.

Encontrar o Messias é encontrar a resposta pra pergunta mais profunda e na verdade ela não se cala, pois a moradia é constante, cada irmão, cada irmã é uma morada, cada pedacinho do cosmos é uma morada. 

Então encontrar o Messias é se colocar no caminho é dizer: Olha, Vamos continuar.

É deixar que essa inquietação que chega ao coração deixe a nossa voz sair, nosso coração transbordar e a gente vá ate a morada, que ta no profundo de nos e de todos os seres.

Esse é o convite.


Jan 17, 202104:02
Colher de MEL #26: sinal de transformação e mudança

Colher de MEL #26: sinal de transformação e mudança

Oi ente eu sou o Pedro, faço parte da Pastoral da Juventude, do coletivo Direito Pra Quem? e hoje eu vou fazer uma partilha de uma leitura que sempre me faz refletir sobre o caminho pra um outro mundo possível.


E esse caminho, é sembre bom refletir, não são só flores, alegria. Mas que também existem muitos obstáculos, muitos desafios. Em que a gente precisa superar e passar por eles. E eu gostaria de fazer uma partilha, sobre um trecho do livo Um Tal Jesus, que é o fascículo 10.


Que é um momeno em que Jesus está no monte das oliveiras. E aí ele faz um desabafo com Deus e consigo mesmo de todo esse trajeto que ele fez e que ele se vê ali num grande desafio, já que ele sabe que está sendo preseguido, e que tal perseguição dará na sua morte.


Começa assim: "Péssima hora que eu me meti nisso. Eu devia ter ficado em Nazaré, teria feito minha vida a meu modo. Uma casa, filhos, mulher, igual a todo mundo. O trabalho de cada dia, a pequena felicidade de cada dia. Minha mãe ficaria tranquila cuidando de seus netos. Em péssima hora fui ao Jordão e conheci João, o profeta, e deixei-me batizar por ele. Não, não foi João, fostes tu Senhor, tu é que estás por trás de tudo isso. Tu me atraístes, tu me agarraste, e fostes mais forte do que eu. Tu me seduziste, e eu deixei me seduzir. Puseste palavras em minha boca que ardiam como brasa, eu queria apagá-las mas não conseguia. Elas se colocavam dentro de mim como fogo que queimava até os ossos. Em péssima hora pus a mão no arado, mas já é tarde demais para olhar para trás. Não, ainda há tempo, tenho que escapar e fugir e ir embora daqui. Pedro e os outros vão amanhã mesmo para a galileia, sim é o que vou fazer. E também irei com eles, porque tenho que ficar aqui? Regressarei para o norte e me esconderei na aldeia, ou numa montanha, ou debaixo de uma pedra, onde for preciso. Que se esqueçam de mim também e eu também esquecerei de todos e tudo que passou. Sim, é isso que farei."


Após essa fala, chega Judas e os soldados e a gente sabe que Jesus não retorna a Nazaré, nem a Cafarnaum. Ele é capturado, torturado e morto. Então Jesus fez uma opção: a de não ser omisso ao que acontecia em sua época. Jesus foi sinal de transformação e de mudança na Galileia daquele período. Então além de ser esse sinal de transformação, ele é uma pessoa também. E tinha medos, assim como a gente tem medos quando a gente assume algum compromisso com coletivos, com pastoral, com movimentos... A gente tem medos, a gente enfrenta desafios, seja ele falar pra câmera, falar pro outro, mas a gente também enfrenta esses obstáculos que aparecem.


E acho que o que fica pra nossa reflexão é: como é que a gente pode ser esse sinal de transformação, superação de desafios, de obstáculos e continuar sendo esse anúncio da boa nova do novo Reino que a mais de 2 mil anos é anunciado por Cristo. Então acho que a resposta seria seguir juntos, transformando os espaços, sejam eles público, dentro da minha casa, do meu trabalho. Que a gente siga transformando os pequenos espaços, nos pequenos locais que a gente acha que não tem ninguém ouvindo, mas que tem alguém ali que vai se encantar com também com essa boa nova.

Nov 15, 202004:16
Colher de MEL #25: manifesto de felicidade e amor

Colher de MEL #25: manifesto de felicidade e amor

Olá, eu sou Thiesco Crisóstomo, sou piauiense de nascimento e paraense de criação. É uma alegria estar com vocês hoje partilhando um pouco da palavra. Na tradição cristã, celebramos nesse domingo a solenidade de todos os santos. Lembrando de todos os Santos Mártires, conhecidos ou não. 


No Evangelho, Jesus partilha com seus discípulos as bem-aventuranças. É um verdadeiro manifesto do seu projeto. É um projeto de felicidade e de amor. Ensina-o para os seus discípulos para que estes deem testemunho e também ensinem e sejam sinal desse projeto. Jesus fala sobre os bem-aventurados aqueles que, por sua condição, serão os prediletos. Dedica um tempo para neste manifesto deixar claro que os pequenos e excluídos da sociedade, os aflitos e injustiçados, os perseguidos e humilhados, serão recompensados com o amor do pai.


Faz também, um alerta velado. Todo aquele que seguir verdadeiramente a Jesus, será perseguido e injuriado. Mas os consola em seguida: "grande será a recompensa no céu". Nos dias de hoje, essa leitura é também um chamado de Jesus a não desistirmos. Passamos por um momento único de desestabilidade planetária. Vivemos um período de crise, que nossa geração não esperava passar. O planeta geme em dores de parto. A pandemia de covid-19 é só mais um resultado do uso equivocado dos recursos do planeta.


Os pobres e excluídos novamente são os que mais sofrem. Paciência, importante aliada em outros tempos é chamada também a se desafiar. Mas muitos passam a não acreditar e a negá-la. Chega o tempo em que mulheres e homens de boa vontade precisam se levantar. E como Jesus, proclamar a Boa Nova. Somos chamados a atualizar as bem-aventuranças. A fazer frente, aos projetos instalados em nosso país. Que, agravado pela pandemia, retira direitos, deixa os pobres desassistidos,  e fortalece o sistema de exploração e a cultura de morte.


Bem-aventurados seremos nós, por levantarmos a nossa voz para gritar: Terra, Teto e Trabalho para todas e todos!




Nov 01, 202002:53
Colher de MEL # 24: É no outro.

Colher de MEL # 24: É no outro.

Olá, eu sou Alexandre Cezar, tenho 39 anos. Faço parte do grupo Pais Pretos Presentes, tenho uma linda filha de 9 anos, a Ana Flavia, e sou cristão protestante, da linha progressista e neste momento integro a comunidade Betesda, em Osasco.

Quando fui convidado para falar sobre o texto de Mateus 22, 34 - 40, que fala sobre o maior mandamento do Senhor.

Esse mandamento fica expresso, fica imprimido nos nossos corações, nas nossas vidas. e é um parâmetro para que a gente possa entender como lidar com as pessoas, com o próximo, com a nos mesmos, e principalmente, como lidar com a nossa fé em Deus. 

Que é o amor, que é o amor ao Deus supremo, ao Deus criador, que é o amor entre as pessoas, para com as pessoas e o amor para si mesmo.

Isso numa experiência pessoal, cada vez que eu me aproximo desse texto, mais eu me distancio de mim mesmo. Cada vez que olho e leio esse texto e tento interpreta-lo, eu percebo que não é de mim que esse texto esta falando, e talvez na minha concepção também não é de Deus.  A gente entende biblicamente falando, que Deus não se alimenta do nosso amor, Ele não cresce ou diminui conforme o tamanho do nosso amor para com Ele, porem o recado dado por Cristo neste texto é de que a maior preocupação de Deus , o maior cuidado de Deus é para com o outro, é para com as pessoas. 

E se a gente entende que a nossa entrega de amor é para com o outro, a gente se aproxima desse mandamento, de cumprir esse mandamento. A gente entende que isso faz com que a gente olhe para o outro, para o cuidado do outro, para o sofrimento do outro, para a dor do outro.

Esse outro, eu mudo as palavras, transformo em próximo e pode ser um irmão, uma filha, uma esposa, um amigo, um colega de trabalho, independente da religião, pode ser um ateu, um cristão, um judeu, um pobre ou um mais rico que você, mas é o amor que diz, é o amor que importa, é o cuidado com o outro. Pois a gente sente esse cuidado de Deus e a gente apenas transfere esse cuidado para o outro, esse amor para o outro, inclusive a gente se doa por Ele. 


É isso.

Oct 25, 202003:31
Colher de MEL # 23: Qual o seu representante?

Colher de MEL # 23: Qual o seu representante?

Salve Salve gente querida.

Meu nome é Hildete Emanuelle, sou de Salvador Bahia, sou militante da Pastoral da Juventude.

A reflexão do evangelho deste domingo, de Mateus 22, 15 - 21, traz uma mensagem muito forte, uma mensagem que primeiro começa com a reflexão de uma cilada que os fariseus estavam preparando para Jesus, querendo pega-lo em alguma palavra, em alguma orientação, apresar de chegarem com elogios, colocando Jesus como bom, como aquele que tem palavras verdadeiras, mas na verdade era pura hipocrisia, o próprio Jesus disse isso, que eles eram hipócritas, que estavam preparando uma cilada. Mas mesmo sabendo da cilada deles, Jesus foi muito muito muito inteligente, a sabedoria de Jesus, o Espirito santo de deus, sempre presente naquele homem, nas suas palavras, nos seus gestos.
Os fariseus o-colocam diante uma pergunta muito complicada e desafiadora naquele contexto, eles perguntam se é licito pagar imposto a Cesar? E Jesus com a sua sabedoria, com a luz do Espirito Santo de Deus, sempre presente nele, pede uma moeda, peque que eles mostrem uma moeda, e pergunta qual é a imagem que está na moeda? Pois aquele sistema econômico, aquela moeda é regida por um poder humano, por um poder politico local, então ele pergunta. qual é a imagem que esta ai na moeda? E eles responder: A imagem  de Cezar. Então dai a Cezar o que é de Cezar e dai a Deus o que é de Deus. 

Ai a gente se coloca diante desses dois caminhos, dessas duas questões. A imagem de Cezar esta ali no dinheiro, na moeda, na economia local e a imagem de Deus, a imagem do reino de Deus, dar a Deus o que é de Deus, é o reino de justiça, é o reino de amor, não é o poder pela força, não é poder pela violência, não é o poder pela ganancia, pelo que mais tem, para estar sobre os outros, mas o  poder do reino de Deus é o poder da justiça, da verdade. 

A gente esta passando um momento, onde estamos em plena campanha eleitoral e temos que pensar um pouco, trazendo o evangelho para a nossa vida, a gente tem que pensar nas pessoas que estão se colocando para nos representar no poder politico, para nos orientar, para administrar o bem comum, para administrar as nossa riquezas. A gente precisa pensar muito em que tipo de poder, que tipo de propaganda os que já estão ai no poder exercem, ou apoiam, ou fortalecem, é um questão que precisamos pensar com muita profundidade, com muito discernimento, com muita luz, pois nesse evangelho a gente se vê diante dessas duas questões, um poder econômico, um poder que muitas vezes é colocado sob as pessoas com violência, e um poder que é aquele que a gente busca o tempo inteiro, que é o poder do reino de deus, e o reino de deus é um reino de amor, de justiça, de verdade, de igualdade e a gente precisa de fato escolher pessoas que estejam preocupadas com o bem comum.

A nossa religião, independente de qual seja ela, quem tenha ou quem não tenha, deve inspirar, mas jamais determinar as leis, determinar a divisão dos bens, pois isso não tem a ver com bíblia, tem a ver com constituição, tem a ver com direitos e deveres.

É essa a reflexão, beijo grande, muita força e muita luz para nos.


Oct 18, 202004:57
Colher de MEL # 22: Festa é para todos.

Colher de MEL # 22: Festa é para todos.

Olá, eu sou Leon Souza, jovem mineiro, 28 anos e resido em Brasília.

Atualmente estou na rede eclesial Panamazonica, acompanhando as comunidades dessa porção do território que é a nossa Amazônia brasileira.

O Evangelho de hoje, lido da comunidade de Mateus capitulo 22, é a parábola do rei que prepara a festa de casamento para seu filho.

Eu quero destacar desta leitura, um versículo, que é o versículo que convida todos e todas para a festa: Vai e convide todos e todas que você encontrar para a festa. 

Esse é um trecho muito bonito pois, mais uma vez Jesus reafirma que o banquete, que a mesa do pão, do alimento, mas que também é a mesa da justiça, e dessa festa que é a celebração da justiça, da solidariedade, da paz, da vida plena para todos, é de fato para todas e para todos.

Lamentavelmente, o que nós vemos nesses últimos tempos, sobretudo, e nessa semana em os dados mostram que os bilionários ficaram ainda mais bilionários na pandemia, é que no momento de dor, muita gente é aleijada, é distanciada da festa, é distanciada do banquete, da mesa da partilha.

As riquezas, as belezas, a vida plena, ainda esta distante para muitas pessoas, e no Brasil esta distante pros indígenas, pros empobrecidos e empobrecidas, para as mulheres, para os povos tradicionais. 

Então o convite desse domingo, com esse evangelho é para que nós possamos com o nosso compromissivo como cristãos e cristãs, sair em busca daqueles que não estão na mesa da partilha, daqueles que não foram convidados para a festa. e nós podemos fazer isso com ousadia, com teimosia, a partir das pequenas ações, mas a partir também de gestos políticos, de incidência, de construção, de politicas publicas. De uma politica que de fato, traga todos e todas para essa mesa da partilha. E que todos e todas tenham vida plena.

Oct 11, 202003:21
Colher de MEL # 21: Logica, de rejeitado a potencia.

Colher de MEL # 21: Logica, de rejeitado a potencia.

Olá minha gente.

Eu sou Daniel Souza, atualmente moro em São Paulo e frequento uma paroquia da igreja Anglicana e venho de uma formação de espiritualidade radicalmente ecumênica.

O desafio nosso hoje, é pensar o evangelho de Mt 21, 33-43. 

O evangelho de Mateus tem como território a Galileia, esse espaço de desigualdade profunda. Além disso o evangelho precisa lidar com os conflitos internos dessa comunidade judaico-cristã, e superar a marca, a logica de uma comunidade centrada na exclusão. 

Como isso aparece no texto? Na oposição ao imaginário do reino de Deus. 

Se há uma tensão para a exclusão, o reino de Deus como elemento central do evangelho, nos ensaia para uma outra vida, em que a ética de Jesus é o critério. Por isso, nosso desafio é prosseguir esse modo de vida de Jesus, que não esta ligado a exclusão econômica, e nem as logicas de poder e conflito, mas numa concepção de justiça, que se opõe a esse imaginário imperial.

O cap 21 é decisivo nesse ponto, se a gente pensa a sequencia dele: Jesus entra em Jerusalém, vai ao templo, expulsa os mercadores, aparece o relato da figueira estéril, depois o dialogo do batismo de João e chegamos no texto da vinha.

Aqui está a marca desse poder, violência e exclusão: Os servos que vão a vinha são assassinados, depois o filho é assassinado, qual a potencia desse texto? Qual a marca desse texto?

Quem deveria cuidar da vinha, provoca a morte.

A logica da exclusão e da morte aparecem aqui. Mas quem é que morre? Quem são esses servos? A no imaginário da comunidade de Mateus os profetas, os profetas que se opuseram as logicas mais imperiais, e depois o filho, que é uma alusão a Jesus, morto pelo império e suas alianças politico religiosas. 

Mas qual a potencia de novo, qual a potencia desse texto? Se encerrar na morte? Não !!!! O evangelho tem uma espiritualidade da vida em que a morte não tem a ultima palavra, neste sentido há nesse corpo rejeitado uma pedra angular, como diz o evangelho, há uma força fraca em que o rejeitado é a potencia.

Há tantos exemplos que nos podemos dar sobre isso, me vem muito o George Floyd nos estados Unidos. Assassinado pela policia, numa atitude racista do Estado, no entanto mesmo diante desse lugar da morte há um sonho, um imaginário de uma outra vida, que supere a logica de uma estrutura racista de mundo. Assim é o reino de Deus, que não está na logica da exclusão, mas nos faz imaginar um outro povo, uma outra multidão, uma outra forma de vida. Em que a lei não é o lugar para excluir, nem para matar. 

Aqui aparece a centralidade da justiça e do reino de Deus que, baseado em Jesus nos leva para sonhar outras possibilidades de relação e de construção comunitária que traz para nos não a chave da exclusão, mas a chave da acolhida e da defesa das pequeninas e dos pequeninos.


Oct 04, 202004:20
Colher de MEL # 20: Quem dera fossemos as prostitutas e os publicanos...

Colher de MEL # 20: Quem dera fossemos as prostitutas e os publicanos...

Olá juventude, olá pessoas liiindas. Irmãos e irmãs do meu coração.

Como estão?

Sou Welder, e venho hoje partilhar mais uma vez com vocês. E não estou so estou com João, meu filho.

Desta vez o evangelho Mt 21,28-32.

Jesus vem numa sequência bíblica bem legal, primeiro ele expulsa os mercadores do templos com chicote e tudo, depois no caso essa parábola agora, ele se deixar interrogar pelos doutores da lei, escribas, fariseus e sacerdotes. E como sempre, cirúrgico, tal qual navalha na fala.

Jesus nos faz pensar em: Consigo sair do discurso e ir para pratica evangélica???

Não adianta rezar o pai nosso e não repartir o pão, que também é nosso. Não adianta ir e comungar a eucaristia ou a ceia e não comungar da dor e da alegria do povo.

Você, que escuta esse podcast, qual dos filhos é você? Aquele que diz amém, e se julga mais santo que o próprio Deus?

Nosso fazer deve ser baseado numa justiça, não eurocêntrica, imposta pela branquitude ou legalista e dualista do certo ou errado, a justiça proposta por Jesus é baseada no amor, uma justiça que não constrói muros, tão pouco condena, mas que caminha junto, acolhe, abraça e da voz, vez e lugar.

Oxalá Deus, fossemos as prostitutas e os publicanos, Deus nos liberte de ser os religiosos donos da fé, limitadores do espirito e controladores do sagrado....

Seu sim a proposta evangélica te levou pra onde?

Sep 27, 202003:15
Colher de MEL # 19: Gratuidade, equidade, compaixão e respeito.

Colher de MEL # 19: Gratuidade, equidade, compaixão e respeito.

nordeste 3 e atualmente moro em Vitoria da Conquista-Bahia.

Neste domingo somos convidados e convidadas a refletir o evangelho de Mateus capitulo 20, de 1 a 16. Onde mais uma vez Jesus apresenta-nos questionamentos a partir de coisas simples, ligadas ao cotidiano.

Neste domingo especialmente Jesus ressalta a gratuidade e a bondade do dono da vinha, que é perceptível no gesto de pagar a todos os trabalhadores a mesma quantia, mesmo não tendo trabalhado o mesmo tempo.

Jesus vem contra a corrente de seu tempo, e porque não dizer, de nosso tempo? Onde é inaceitável, diante do capitalismo, machismo e tantos outros ''ismos'', tratar a todos com dignidade e respeito. A logica do reino não segue a logica humana, ou melhor desumana que vivemos em nossa atualidade.

Jesus nos convida a viver a equidade, a compaixão e o respeito. A colocar-se no lugar do outro, calçar as sandálias do outro.

O dono da vinha age com amor gratuito, coisa que só Deus pode fazer, pois o amor de deus não se fraciona de acordo com nosso mérito.

Oxalá fossemos capazes de viver o amor gratuito, respeitando, perdoando e acolhendo as nossas diferenças e as diferenças dos outros.

Sep 20, 202002:36
Colher de MEL #18: mas... quantas vezes?

Colher de MEL #18: mas... quantas vezes?

Olá, meu nome é Aurélio Fred, baiano, professor do IFBA e moro em vitoria da conquista bahia. 

Antes de mais gostaria de agradecer pelo convite para  esse momento tão especial.

O evangelho que vamos meditar é o Mateus capitulo 18, 21 a 35.

ele traz uma reflexão sobre a importância do perdão. 


Pois bem, quantas vezes devemos perdoar?

Mas ele foi agressivo...

Mas ele me condena....

Mas ele me bateu...

Quantas vezes devemos perdoar?

Mas ele foi perverso, fascista, homofóbico, RACISTA...

Quantas vezes devemos perdoar?

Mas ele me matou, furtou, jogou pedra...

Quantas vezes devemos perdoar?

Mas ele mentiu, não colaborou, não veio, foi embora....

Mas ele não me aceitou...

Quantas vezes devo perdoar?

É preciso perdoar de coração o seu irmão. Paz e bem.

Sep 13, 202001:55
Colher de MEL # 17: Diálogo e cuidado.

Colher de MEL # 17: Diálogo e cuidado.

Graça e paz, povo amigo, gente querida das diversas realidades desse país. 

Meu nome é Lindielson, mas as pessoas costumam me chamar de Pilha, que é o meu apelido de infância. 

Sou baiano, resido em Vitória da Conquista e trago na minha bagagem aquilo que sou: meus sonhos, minhas lutas, meus anseios, minhas angústias, minhas dores e minhas delícias.

De antemão, quero expressar a minha alegria por ter sido convidado para participar desse projeto tão bonito e tão necessário. 

O evangelho de hoje é Mateus, capítulo 18, versículos do 15 ao 20.

Nesse texto, Cristo nos chama a atenção para as nossas relações interpessoais e a forma na qual a gente lida com as adversidades dentro da Igreja. Com igreja, entendemos comunidade. Seja ela eclesial ou social.

O texto inicia com Ele nos orientando a acolher no diálogo um "irmão que veio a pecar" contra nós, ou que, porventura, cometeu algum erro e precisa de ajuda para não permanecer errando.

Para Cristo, o princípio dessa correção é o diálogo. É na conversa que se busca resoluções de crises. Não adianta punir sem antes tentar reeducar e fazer com que a pessoa entenda onde ela errou.

E nesse diálogo, o exercício da escuta é fundamental para a resolução de conflitos. Dar espaço ao outro é ser empático. E quando estamos na terceira pessoa podemos entender o que pode pode ter acontecido para outrem tomar determinada decisão.

Cristo ainda entrega aos seus discípulos a chave do Reino. Isso seria a capacidade e a ciência de saber julgar o que seria certo ou errado, segundo os seus ensinamentos. Tudo aquilo que se julgue correto na terra, correto será no céu. Tudo aquilo que senjulgie incorreto na terra, também ser a julgado incorreto no céu. Isso, respeitando a lei maior de Cristo, que o amor. Tudo aqui que é em prol do amor, que não é feito por amor e com amor não é do Reino de Deus. E a medida do amor é tudo aquilo que possa ferir a dignidade humana e incoerente com o Evangelho Vivo.

Assim, minha gente, nesses tempos de incertezas, peço a Deus que vos abençoe e vos guarde no amor de Cristo. É tempo de esperançar e de decantar os nossos sonhos.

Um forte abraço e até a próxima oportunidade.

Sep 06, 202005:00
Colher de MEL #16: a libertação que precisamos

Colher de MEL #16: a libertação que precisamos

Olá, meu nome é Jamile, faço parte da Pastoral da Juventude e também sou membra da rede de jovens Católicas pelo Direito de Decidir. Hoje faço uma reflexão do evangelho do dia: Mt 16, 21-27.

Nos dias de hoje, como faremos para renunciar carregando uma ruz de dores, medos, sonhos e resistências. Isso me provoca a refletir, o quanto o chamado desse jovem negro e periférico que é Jesus, nos coloca no papel de exercer a função de acolher e introduzir e ensinar a todas e todos ao nosso redor. Os que estão nas nossas comunidades, escolas, universidades, no nosso trabalho, nos coletivos e movimentos, a importância da construção de uma sociedade justa, igualitária e fraterna. 

Esse jovem negro periférico, clama a vida a cada 13 minutos, ele não quer morrer, mesmo que seus dias seja sofrer, por culpa dos chefes e doutores da lei ele escolhe seguir, mesmo que pregado na cruz, porque a sua condição e totalidade na permanência pela vida do seu povo que tem fome de pão e sede de justiça, não tem tempo para cessar.

Olhe ao seu redor, escolhe o que quer perder na vida, na esperança de que encontrará algo melhor. Irá perceber que não faz essa escolha porque abrir mão dos confortos e privilégios custam sua vida. Afinal, os segmentos que traçamos, nos libertam até onde nos convém. A libertação que precisamos e escolhemos, não chega nesse jovem que com fome, medo e sonhos, teimosia, insiste em viver. Pra dizer que merece uma vida digna.

Não sejamos como Pedro. Questionador de quem doa sua vida para os que mais necessitam atenção, cuidado e afeto, pois será pedra de tropeço. Estará olhando somente para o seu teto, esquecendo que os becos e pontes da cidade também são lares. Pense que o encontro com Deus não está nas coisas que consumimos. Se não enxergarmos em nossos irmãos e irmãs de caminhada, o transtorno e a utopia que é ser o jovem Jesus subversivo, não fará sentido querer garantir dias de retribuição e glória.

Vamos esperançar o Reino de Justiça aqui e agora. Arrisquemos viver por amor. Arrisquemos seguir, o jovem negro sonhador

Aug 30, 202003:21
Colher de MEL #15: multiplicadores de alimento

Colher de MEL #15: multiplicadores de alimento

Olá, meu nome é Mônica Moreno e estou a serviço da coordenação regional da PJ SUL1.

Convido vocês hoje a fazer a reflexão do evangelho de Mateus 14, 13-21 de domingo dia 02/08/2020 em que Jesus faz a multiplicação dos pães e dos peixes.

Quando fazemos a leitura dessa passagem, entendemos como Jesus, de forma milagrosa, saciou a fome dos que sentiam fome não somente pelo alimento mas também a fome pela palavra. Naquela época as pessoas sofriam com a injustiça, com a falta de respeito a dignidade da pessoa humana, com vidas que eram ceifadas pelo abuso de poder daqueles que o tinham. Isso não é muito diferente do que vivemos atualmente.Vemos diariamente vidas sendo ceifadas pelo estado, por aqueles que obtém o poder e deveriam nos garantir a vida, o pão e a igualdade.

Entender que a passagem da multiplicação dos pães e dos peixes não é somente à respeito da fome do corpo e sim de tantas outras fomes que nos assolam é compreender que, seguindo os passos de Jesus e o ensinamento que nos foi deixado, também seremos multiplicadores de pães e peixes. Jesus levava as pessoas a palavra que continha o alimento da esperança, da justiça, do amor, da paz, da liberdade e da igualdade. Papa Francisco ressaltou no  ngelus que Jesus está atento a todas as nossas necessidade. Desta forma, assim como Jesus, precisamos estar atentos das necessidades que nos cercam e estão presentes no nosso chão.

Somos multiplicadores de alimento quando lutamos pelos direitos, quando lutamos pela justiça, quando lutamos por políticas públicas para aqueles que mais precisam, quando somos escuta ativa para aqueles que precisam partilhar suas angústias, quando buscamos dar de comer aqueles que passam fome diariamente, quando somos comunidade, quando somos coletivo, quando partilhamos e repartirmos…. há diversas formas de se multiplicar, o que precisamos é ousar e ser radical como foi Jesus, para que assim, consigamos construir de forma concreta a tão sonhada civilização do amor.  

Finalizo com uma inquietação para que possamos refletir: o que EU estou fazendo para ser multiplicador de alimento?

Abraços e até a próxima

Aug 02, 202002:32
Colher de MEL #14: um defensor dos direitos humanos

Colher de MEL #14: um defensor dos direitos humanos

Olá, eu sou José Nildo, sou Paraibano mas atualmente estou morando em São Paulo. Sou advogado, professor, trabalho atualmente na assessoria parlamentar em um mandato do PSOL aqui na Assembleia Legislativa, também sou militante da área de Direitos Humanos e minha experiência sempre foi na Pastoral da Juventude, depois nas pastorais sociais e também nas Comunidades Eclesiais de Base.


Por acaso já me perguntaram: Jesus, era um defensor dos direitos humanos?


Eu acredito que sim, porque, vamos pensar que em toda a sua vida na terra, na humanidade, Jesus se dedicava à defesa dos excluídos, à defesa dos marginalizados. Ele estava do lado do cego, do surdo, daquele que de alguma forma dito como que carregava um castigo, uma praga. Ele estava do lado dos samaritanos, um povo rejeitado, excluído pelos judeus. Ele estava do lado das mulheres que sofriam, que eram apedrejadas por acusações de adultério.


Portanto ele se colocava justamente do lado daqueles e daquelas que mais necessitavam, e não do lado dos fariseus, não do lado dos ricos. Me chega muito a lembrança agora do texto bíblico de lucas em que Maria grávida se aproxima de Isabel e diz: "Derrubar dos tronos os poderosos e elevar os humildes". Esse Jesus tinha lado, e o lado era o dos mais pobres: "Felizes os pobres que alcançarão o Reino de Deus" está em Mateus, capítulo 5 . Portanto não há dúvida de que era um defensor dos direitos humanos.


E também defendia isso com os discípulos, os quais logo após sua morte e ressurreição, diziam que repartiam tudo o que tinham em comum, dividiam. Se isso é comunismo ou não, não importa a terminologia utilizada, é uma experiência de justiça e igualdade para todos: "Eu vim para que todos tenham vida e que todos tenham vida em abundância". Quer coisa mais revolucionária do que isso?


Jesus não morreu de dor de barriga ou de uma doença qualquer, mas morreu porque pregava uma justiça uma igualdade, ele rejeitava o reino de Herodes, o reino de César porque ele queria o Reino de justiça de igualdade. Portanto esse é O mártir, é esse Jesus que alimenta a minha fé para que o Reino de Deus aconteça como diz a oração do Pai Nosso: Venha a nós o seu Reino e aconteça aqui, agora e na eternidade, justiça e paz para todos.


Sim, Jesus era um defensor dos direitos humanos.

Jul 26, 202003:01
Colher de MEL #13: o silêncio e a esperança

Colher de MEL #13: o silêncio e a esperança

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Jul 19, 202006:14
Colher de MEL #12: semente de amor

Colher de MEL #12: semente de amor

Olá, meus queridos e minhas queridas! Tudo bem? Sou Welder, um jovem sonhador. Hoje, sem saber -----. Caros amigos e amigas, hoje partilhamos a palavra do semeador - Mateus 13:1-23. O Cristo gosta de falar em parábolas, para que sua mensagem chegue a todos/todas e que possam compreender o que está sendo dito. 

A Palavra traz, dessa vez, a figura do semeador - partiremos da ideia que esse semeador seria o próprio Jesus, que nossos corações são terrenos e que a semente é a mensagem. O semeador não escolhe onde jogar tal semente, os terrenos de plantio, tampouco seleciona. Estão lá, no mesmo balaio, tomando em suas mãos para jogá-las; sem pretensão de colheita ou recepção. Na inteira gratuidade! 

A Cristo, então, cabe a semeadura - assim como também nos cabe (através de Seu convite) esse papel, sem pretensão de colhermos; afinal, a colheita não é do semeador. Parece um tanto doloroso o fato de semear e não colher, mas eis o convite! Jesus semeia em todos os tipos de terreno, ou seja, para todas as pessoas! São todos e todas que se sentam à mesa e merecem receber. Não existe melhor ou pior, existem apenas corações - além da vontade sincera do semeador para que todos recebam a mensagem. Dessa forma, surge a pergunta: Qual é a mensagem?  

O centro da mensagem de Cristo (semente) é o amor. Amor que transborda, amor que transforma tudo em novo - morte em vida! Transforma a sociedade no Reino de Deus - no bem viver de libertação dos oprimidos, dá comida aos famintos, veste os nus, visita os presos, acolhe os peregrinos e imigrantes... esse amor brota nos corações abertos. Essa mensagem não é para alguns, mas para todos e todas - católicos e não católicos, cristãos e não cristãos; a mensagem de Cristo transcende a ideia de uma nova religião e projeta novas relações. 

Quando o Cristo é assassinado, somos os convidados/convocados que outrora receberam essa semente. Somos convidados a continuar na semeadura - o sonho da construção de um novo Reino, uma nova sociedade. Esse sonho não deve morrer, pois como diz o poeta "quando a esperança morre, morremos juntos". Ou ainda, no religioso, perder a esperança é heresia. Continuemos então, queridos e queridas, firmes, abertos e semeadores de todos os terrenos. Sigamos confiantes, pois a colheita não cabe a nós. Aquele que nos chamou é fiel. Continuemos a semear, a nos afetar e afetar os demais ao nosso redor com esse amor.

Um grande abraço, cheiro coração, muita fé e confiança! Esperança nos dias melhores e numa sociedade mais justa.

Jul 12, 202005:20
Colher de MEL #11: o dom do corpo

Colher de MEL #11: o dom do corpo

Neste domingo, eu gostaria de propor uma reflexão sobre as leituras do dia a partir do valor do corpo no centro da mensagem cristã.


Durante muitos anos (e em alguns casos ainda hoje) certas passagens bíblicas são lidas e interpretadas fora do contexto para justificar uma determinada prática cristã moralista, onde o corpo é desprezado. A segunda leitura de hoje, da carta de São Paulo aos Romanos, é uma típica passagem que corre o risco de ser interpretada de acordo com esse dualismo terrível que coloca corpo e espírito em oposição total. O que o apóstolo Paulo ressalta, e que parece ser esquecido nessas interpretações dualistas, é que Cristo nos livrou da lei do pecado e da morte. Esta deveria ser a nossa chave de leitura. O primordial é que pela vida, morte e ressurreição de Cristo, agora vivemos pelo Seu Espírito com a promessa certa da vida eterna se vivermos segundo o Seu amor.


Se Paulo é capaz de reconhecer que pelo Espírito vivemos, e não pela carne, não é para dizer que o corpo é mal, pois isso seria negar o dom da criação de Deus que nos fez corpo e até mesmo negar a encarnação de Cristo que se fez corpo. Reconhecer que vivemos pelo Espírito é reconhecer que nenhuma de nossas limitações, sejam limitações corporais como a fome, a sede, ou o cansaço, sejam limitações de pecados como a omissão ou a ação contra o próximo, se comparam à grandiosidade e soberania da Graça de Deus.


Ainda é difícil para nós, hoje, realmente entender quando Paulo afirma, por exemplo, que quando ele é fraco, então é que ele é forte. Por que nos custa tanto entender isso? Estamos tão acostumados a ver a fraqueza e as limitações humanas como coisas ruins, que nos esquecemos que são o único caminho para aceitar integralmente a nossa condição de criaturas de Deus. Somos fracos e limitados, sim, mas isso não quer dizer que somos ruins ou muito menos que o nosso corpo é mal. Somos capazes de nos relacionar e nos complementar em nossas limitações. Nosso corpo é parte integral de quem somos e é o que possibilita nos relacionarmos. Aquilo que me falta ou que não sou capaz de fazer, minha irmã ou meu irmão podem me auxiliar. Meu corpo vai ao encontro do meu próximo, assim como outros corpos vêm a meu encontro, para sermos a presença de Cristo aqui e agora – suas mãos e pés na construção do Reino de Deus, aqui e agora.


Se voltássemos a ler a Bíblia com as lentes do amor de Cristo, ficaria claro que a nossa preocupação deveria estar voltada para a prática da comunhão fraterna, e não para questões moralistas de cunho sexual. Cristo é manso e humilde de coração e quer nos mostrar que nossos corpos e nossas relações são capazes de viver segundo esse Seu amor manso e humilde. 


Isto não quer dizer que seja um caminho fácil. Realmente acolher e abraçar as nossas limitações é difícil, e lidar com as limitações dos outros ainda mais também. Mas é na construção desse caminho cansativo que encontramos a Cristo, Aquele que nos garante que seu jugo é suave e seu fardo é leve. Pois quando passamos a viver submersos em seu amor, a serviço do próximo, percebemos que toda dificuldade, por mais difícil que possa ser, acalenta e tranquiliza o coração, pois é para o bem comum. Que possamos viver a prática do amor-serviço através de nossos corpos!

Jul 05, 202004:48
Colher de MEL #10: o sagrado está em todxs nós

Colher de MEL #10: o sagrado está em todxs nós

Olá, sou a Bianca Ortega e coopero na Pastoral da Juventude. Hoje, vim falar um pouco sobre as provocações do Evangelho de domingo - Mateus 16:13-19, para compartilhar o que penso e sinto. 


Uma das provocações mais inquietantes acontece quando Jesus chega aos discípulos perguntando: "Quem é o Messias para vocês? O que dizem dele?". Isso me faz pensar algo muito importante: onde enxergamos Jesus no nosso dia a dia. Nesse período de quarentena, em momentos também difíceis politicamente, para as militâncias sociais e políticas, quem é o Jesus? Quem é esse Messias? 

O messias da presidência ou as/os jovens que estão gritando por justiça nesse país? Na enxurrada de grandes acontecimentos, também estamos vivendo um período muito difícil para pensar em esperança - construir o Reino.


Nessa semana, celebrado orgulho LGBT+, quero fazer memória desses corpos. Desses homens, dessas mulheres, gays, lésbicas, transexuais, bissexuais; corpos que, muitas vezes, não conseguimos enxergar Jesus neles. Nós conseguimos fazer a mudança de olhar do Jesus sacro-santo da igreja para esse irmão e essa irmã que sofre? Pelo preconceito, discriminação... e tantos/tantas que passam por situação de fragilidade e vulnerabilidade. No fim desse Evangelho, há na continuação um comentário sobre o céu e a terra, o ligar e desligar. 


Então, existe outra provocação bastante inquietante: que céu é esse, que ligo e desligo? o Reino não tem que ser apenas depois da morte. Queremos viver o Reino hoje!!! Esses corpos precisam viver o Reino hoje. O céu precisa acontecer hoje e agora. Onde estamos colocando nossa força para ligar este céu hoje? 

Que possamos pensar no céu como justiça social, para aquilo que nos aproxima desse Messias, desse Jesus, companheiro de caminhada. 


Quando Pedro o responde, Ele se alegra por vê-lo como esse Jesus, pois o "Pai te contou", e não porque te disseram - Deus te apresentou. Devemos olhar para as pessoas com o olhar de Pedro, que sabe a partir da apresentação de Deus. O sagrado está em todos nós. 

Que a gente consiga viver nesse novo período, o "novo novo", com mais proximidade desse Deus que revela o sagrado uns nos outros. 


Fico por aqui. Espero que possa provocá-los assim como essa leitura me provocou. Até a próxima! Um beijo e nos vemos na luta!

Jun 28, 202004:13
Colher de MEL #9: não tenhas medo

Colher de MEL #9: não tenhas medo

Domingo, 21 de junho de 2020

"Não tenhas medo". Essa frase se repete algumas vezes no texto e nos impulsiona no chamado de anúncio/denúncia que precisa ser vivido cotidianamente, para os que lutam e constroem a tão sonhada civilização do amor. O chamado, a convocatória de se posicionar; mas não qualquer posicionamento. Um posicionamento que promova a face da justiça e igualdade. 


Às vezes, quando reflito sobre esses posicionamentos/anúncios/denúncias, nesse ímpeto de coragem, penso nas consequências disso. Esse texto comunica que até podem nos matar fisicamente, mas que não terão sucesso para matar aquilo que carregamos no peito. Quando os nossos são silenciados e ainda assim lançamos a semente da dúvida-anúncio, o espírito do senso crítico, isso não morre. Permanece vivo e continua ali, gerando, brotando e frutificando das mais diversas formas... muitas vezes, além do nosso entendimento. Ocasionalmente, não percebemos a importância desse posicionamento firme (de profeta e anunciador). Ser profeta-profetiza do Reino é, de fato, acreditar que não dá para se calar diante disso. O medo faz parte da construção e do caminhar, mas não pode nos paralisar. 


"Não tenha medo" repetidas vezes, até que diminua e a coragem seja maior no falar. Há determinados momentos que somente com o sopro da divina Ruah podemos dar conta. Porém, mais importante do que dizer o que precisa ser dito, é ter plena consciência do possível silenciamento. Precisamos ser firmes nas colocações. O confronto faz parte da construção de não ter medo; no coletivo encontramos a diminuição dessa angústia - quando estamos dispostos (coletivamente) a semear o anúncio, ainda com medo, mas com muito profetismo.

Jun 21, 202003:23
Colher de MEL #8: graça não é privilégio

Colher de MEL #8: graça não é privilégio

Olá! Me chamo Luis, sou membro do coletivo IPDM, da Pastoral da Juventude e do movimento pastoral LGBT Marielle Franco - ambos na paróquia Nossa Senhora do Carmo, em Itaquera, zona leste de SP. 


As palavras finais do Evangelho ecoam em mim, não havendo como desfazer as conexões com nossa realidade. Diz o Evangelho "vocês receberam de graça, dêem de graça". Assim, a graça divina é baseada na gratuidade, não no mérito. Quando fazemos aquisições diabólicas acerca dos amores de Deus para com alguns seres humanos - os de bem/os de mal, os dignos/indignos de direito, a minha/outra religião, minha/outra sexualidade -, estamos desvirtuando o infinito amor dEle. 


Um exemplo: quem tem direito à educação de qualidade? A reposta: a população mais rica, mais branca e mais cristã. Isso não significa, obviamente, que essa população é mais agraciada; mas sim, que desfruta de privilégios dentro do sistema capitalista. Utilizar a lógica neoliberal da meritocracia para medir graça divina nos leva à admissão de desumanidade. Quem é mais agraciado ao realizar o ENEM dentro dessa lógica? Sabendo que 45 milhões de brasileiros não tem acesso à internet. Esse exemplo é especialmente interessante para revermos nossos privilégios, afinal, se você você está me ouvindo, não faz parte dessa parcela da população. A desigualdade - criação (des)humana, não divina - é a raiz do anti-reino. Não podemos ceder a tentação de olhar o mundo do alto de privilégios. Desse modo, também não há nada que eu faça para que Deus me ame mais, além do resto de tudo que há nesse universo. Somos todos e todas, do menor átomo à maior estrela, infinitamente amados por Deus. 


Termino essa breve reflexão com um refrão. Que ecoe em você como em mim: 

"Eu me lanço nos teus braços, ó Senhor 

E coloco em Tuas mãos o meu viver

Basta a mim a Tua graça 

Basta a mim o Teu amor"

Jun 14, 202003:02
Colher de MEL #7: pés na caminhada

Colher de MEL #7: pés na caminhada

Domingo, 07 de junho de 2020

Jun 07, 202004:51