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A Ponte

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By Benjamin Rosenthal & Adriana Arcuri

A Ponte conecta o profissional de marketing com o melhor da Academia. Nossos episódios tratam de interesses cotidianos de marketing e consumo por meio de lentes teóricas que vem sendo trabalhadas por pesquisadores na academia. O nosso objetivo é que você passe a fazer novas pontes e entenda a realidade com novas lentes.

Apresentado por Benjamin Rosenthal e Adriana Arcuri
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#21 - Embalagem e Consumo Ético

A PonteJun 04, 2021

00:00
01:05:18
#24 - Consumo Ético e a Moda

#24 - Consumo Ético e a Moda

E estamos de volta, com mais um episódio da @apontepodcast, dessa vez para falar de moda e consumo ético. A moda é uma das indústrias mais poluentes do mundo, embora muitas pessoas que reciclem lixo, comam orgânicos e estejam preocupadas com o futuro do planeta, continuem consumindo o fast fashion e alimentando essa indústria. Por que? É sobre isso esse papo profundo e gostoso com Andrea Bisker, que tivemos a honra de receber aqui. Essa resposta não é simples, nem fácil. Andréa é uma especialista em tendências e está há muitos anos pesquisando e trabalhando na indústria da Moda, então ninguém melhor para trazer um olhar ampliado para essa questão tão complexa. 

A  lógica de produção de coleções, o modelo como esta indústria se estrutura para vender para o consumidor, estaria com os dias contados no  pós pandemia? Os consumidores estão pressionando a indústria a mudar? Como a geração Z, X e os maduros estão lidando com essas questões do nosso tempo? O que os artigos científicos estão falando sobre isso recentemente? A indústria está realmente mudando, preparada para mudar, e o slow fashion veio ou não para ficar?

Essas e outras questões são abordadas aqui! Vem com a gente, aperta o play e depois nos conta o que achou!! 

Referências: 

Mellander, E., & Petersson McIntyre, M. (2021). Fashionable detachments: wardrobes, bodies and the desire to let go. Consumption Markets & Culture, 24(4), 343-356.

Joy, A., Sherry Jr, J. F., Venkatesh, A., Wang, J., & Chan, R. (2012). Fast fashion, sustainability, and the ethical appeal of luxury brands. Fashion theory, 16(3), 273-295.

Oct 06, 202101:03:53
#23 - Marketing Social e Emergência Climática

#23 - Marketing Social e Emergência Climática

A emergência climática é o maior desafio do planeta, possivelmente aquele que irá modificar nossas vidas (hábitos, bem-estar, sistemas políticos, modos de produzir e consumir) drasticamente.

No entanto, esse é o típico desafio de sistemas complexos. Para tratar desse tema convidamos Hamilton Carvalho, que é pesquisador nessa área e autor de diversos artigos sobre o tema, além de colunista no Poder 360 - vale conferir seus artigos.

Não é um episódio fácil de escutar, muito menos "positivo" ou "esperançoso". É um alerta, que vem junto com uma explicação e uma discussão baseada em teorias de sistemas complexos.

Referências:

Arthur, W. B. (2014). All systems will be gamed: Exploitive behavior in economic and social systems. Santa Fe Institute Working Paper.

Sterman, J. D. (2012). Sustaining sustainability: creating a systems science in a fragmented academy and polarized world. In Sustainability science (pp. 21-58). Springer, New York, NY.

Aug 20, 202101:15:34
#22 - Mensuração de Impacto Social

#22 - Mensuração de Impacto Social

Responsabilidade social corporativa é hoje um imperativo estratégico nas empresas. Há muito deixou de lado a filantropia e passou a influenciar a estratégia do negócio e até mesmo sua sobrevivência, impactando a imagem corporativa, a percepção dos empregados, a cultura organizacional, e a sociedade de forma mais ampla. CSR é parte do que a sociedade cobra das empresas hoje para que elas se justifiquem (e sejam legítimas aos olhos da sociedade). No entanto, como podemos saber quais os impactos se não medirmos? E como podemos saber quem está de fato walk the talk se não tornarmos accountable o que as empresas fazem? 

Além dos relatórios de sustentabilidade, é preciso também mensurar os impactos sociais. Essa tendência de olhar para o social, o S da sigla ESG é mais recente, e a letra menos desenvolvida. Já existem metodologias muito maduras e objetivas para mensuração de governança e medição de impacto ambiental, mas a avaliação de impacto social é bem mais complexa.  Como entender, mensurar, tanto o impacto do "core business" da empresa, do negócio principal quando dos projetos sociais? Estamos falando de muitas variáveis, de públicos diferentes e dimensões até conflitantes, e não é algo universal. 

Para tratar desse tema e explorar o assunto, convidamos para o episódio 22 do @apontepodcast, Mauricio de Almeida Prado, diretor e CEO da Plano CDE, uma consultoria especializada em pesquisa para base da pirâmide. Maurício está envolvido em inúmeras pesquisas, em diferentes setores, com start ups, empresas, governo e grandes fundações, e compartilha conosco sua visão sobre mensuração de impacto social, em uma conversa muito bacana! Aperta o play e vem ouvir com a gente : ).


Referências: 

Latif, K. F., & Sajjad, A. (2018). Measuring corporate social responsibility: A critical review of survey instruments. Corporate Social Responsibility and Environmental Management, 25(6), 1174-1197.

Lazzarini, S. G., & Barki, E. Avaliação de impacto social. Negócios de impacto socioambiental no Brasil, 295.

Yunus, M. (2010). Building social business: The new kind of capitalism that serves humanity's most pressing needs. PublicAffairs.





Jun 29, 202101:05:45
#21 - Embalagem e Consumo Ético

#21 - Embalagem e Consumo Ético

A vida moderna não acontece sem embalagens. Armazenar e distribuir, estocar e consumir, em algum grau nada disso acontece sem embalagens.

Embalagens são um dos temas correntes em sustentabilidade e consumo ético e para falar das mudanças em curso no como o mercado pensa as embalagens convidamos Giovanni Vannucchi, socio da Taba e figura muito conhecida no meio do design de embalagens no Brasil e no mundo.

Referências:

Elgaaïed-Gambier, L. (2016). Who buys overpackaged grocery products and why? Understanding consumers’ reactions to overpackaging in the food sector. Journal of Business Ethics, 135(4), 683-698.

Monnot, E., Reniou, F., Parguel, B., & Elgaaied-Gambier, L. (2019). “Thinking outside the packaging box”: should brands consider store shelf context when eliminating overpackaging?. Journal of Business Ethics, 154(2), 355-370.

Jun 04, 202101:05:18
#20 - É possível o consumo Ético?

#20 - É possível o consumo Ético?

E chegamos ao episódio #20 da @apontepodcast continuando a conversa sobre consumerismo político, dessa vez procurando responder a pergunta: é realmente possível o consumo ético? 

Com a participação da acadêmica, pesquisadora e professora Isleide Fontenelle, esse episódio colocou o foco em uma perspectiva crítica sobre o tema, com o olhar na produção do consumo e no papel das organizações no árduo trabalho de reverter ou mitigar o impacto de suas atuações no planeta e endereçar os problemas sociais e ambientais.

Qual seria o papel dos indivíduos na busca pelo consumo ético? E o papel das organizações? Onde estariam os vícios, e as virtudes? É possível  conciliar  "vícios privados e benefícios públicos" de Mandeville? A "mão invisível" de Adam Smith leva realmente a sociedade para um lugar melhor para todos? Projetos de responsabilidade social corporativa mantendo o "business as usual" podem reverter o cenário da sociedade e do planeta sem mudar o paradigma do consumo e da sociedade do excesso? Estaríamos caminhando para cenários distópicos como "O conto de Aya/The handmaid's Tale"de Margareth Atwood ou como no filme "Filhos da Esperança""Childeren of Men"de Alfonso Cuarón, de 2006?

Como continuar crescendo (empresas), consumindo (indivíduos), preservar o planeta e resolver as desigualdades sociais que são produzidas pelo próprio sistema? A Lógica de abundância e prosperidade vai continuar funcionando e a tecnologia será capaz de resolver todos os problemas?

Algumas discussões difíceis mas importantes para a busca concreta por soluções e caminhos que nos guiem para além dos discursos.

Esperamos que gostem!


referências bibliográficas:


Bradshaw, A., Campbell, N., & Dunne, S. (2013). The politics of consumption. ephemera, 13(2), 203.

De Mandeville, B. (1992). The fable of the bees. Jazzybee Verlag.

Fontenelle, I. A. (2010). O fetiche do eu autônomo: consumo responsável, excesso e redenção como mercadoria. Psicologia & sociedade, 22(2), 215-224.

Fontenelle, I. (2013). From politicisation to redemption through consumption: The environmental crisis and the generation of guilt in the responsible consumer as constructed by the business media. ephemera, 13(2), 339.

Fontenelle, I. A. (2017). Cultura do consumo: fundamentos e formas contemporâneas. Editora FGV

Reich, R. B. (2008). Supercapitalismo. Elsevier Brasil.

Wright, C., & Nyberg, D. (2015). Climate change, capitalism, and corporations. Cambridge University Press.

May 24, 202101:15:55
#19 - O Movimento B-Corp

#19 - O Movimento B-Corp

O que se passa? Até ontem a meta das empresas era ter lucro, bons produtos, clientes satisfeitos...

Hoje muitas buscam servir aos mais diversos stakeholders.

Não basta mais ser a melhor do planeta, hoje tem que ser melhor pro planeta.

Onde esse mundo vai parar?

Olha, sem movimentos como as B-Corporations em bom lugar é que não é.

Então vem com a gente, conhecer um pouco sobre as B-Corp com a fera, o empreendedor social que trouxe o movimento para o Brasil - Marcel Fukayama.

Referências utilizadas nesse episódio:

Kim, S., Karlesky, M. J., Myers, C. G., & Schifeling, T. (2016). Why companies are becoming B corporations. Harvard Business Review, 17, 2-5.

Villela, M., Bulgacov, S., & Morgan, G. (2019). B Corp certification and its impact on organizations over time. Journal of Business Ethics, 1-15.


May 07, 202154:15
#18 - Lifestyle, causas, consumo e tendências

#18 - Lifestyle, causas, consumo e tendências

No episódio #18 de @apontepodcast recebemos Fabio Mariano, para um bate papo incrível, que passou por Zygmunt Bauman, Umberto Eco, Djamila Ribeiro e Suzana Herculano-Houzel. Misturamos tudo isso com Anthony Giddens e Georg Simmel, e todas as transformações políticas a partir da vida em metrópoles, da voz nas redes sociais aos grupos estigmatizados e abafados e do poder das hashtags como #metoo e #antirracismo.

A partir de um olhar sobre lifestyle, movimentos de transformação, mentalidades e o cruzamento com o consumo, Fábio trouxe sua visão sobre como os comportamentos são moldados na vida prática e nas redes sociais. Como escolhemos quem cancelar, quem seguir, em quem votar, e o que comprar?  Como tendências como veganismo e movimentos antirracismo estão relacionados a algumas macro tendências, e tudo isso se funde na era da transparência e do marketing de causas? Como isso impacta o gerenciamento de marcas e negócios na atualizade? A partir de uma perspectiva multi disciplinar, um olhar cuidadoso, espirituoso e bem humorado, Fábio faz pontes entre teoria acadêmica, autores seminais e a vida prática, trazendo um tom otimista para a conversa, apesar dos tempos difíceis que vivemos!

Vem com a gente ouvir mais esse episódio e depois nos conta o que achou! aperta o play : ) 


Referências: 

Bauman, Z. (2001). Modernidade líquida. Editora Schwarcz-Companhia das Letras.

Borges, F. M. (2015). Netativismo e Comportamento do Consumidor: Consumerismo nas Redes Sociais e a Formação do Consumo Ético. 3o Congresso Internacional de Negócios da Moda. Porto ‐ Portugal / 28 de setembro a 1 de outubro de 2015

Herculano-Houzel, S. (2017). A vantagem humana: Como nosso cérebro se tornou superpoderoso. Editora Companhia das Letras.

Ribeiro, D. (2019). Lugar de fala. Pólen Produção Editorial LTDA.

Apr 23, 202101:21:46
#17 - Marcas e Ativistas: Tão Próximas, Tão Distantes

#17 - Marcas e Ativistas: Tão Próximas, Tão Distantes

Primeiro fez-se o consumerismo; depois vieram as marcas ativistas.

Hoje o ativismo, antes tão antagônico às marcas e organizações, foi fagocitado e está bem próximo.

Movimentos como #metoo e #blacklivesmatter (entre tantos) são plataformas para as marcas planejarem, atuarem e comunicarem.

Esse é o pano de fundo dessa conversa sobre marca ativista, consumidor ativista e consumidor de ativismo, com a Profa. Dra. Izabela Domingues (UFPE), pesquisadora do ativismo de consumidores e marcas, autora do livro "Consumo de Ativismo" e sócia da CONSUMIX Consultoria de Comunicação, Consumo e Cultura.

As principais referências utilizadas nesse episódio foram:

Kozinets, R. V., & Handelman, J. M. (2004). Adversaries of consumption: Consumer movements, activism, and ideology. Journal of consumer research, 31(3), 691-704.

de Miranda, A. P., & Domingues, I. (2020). Consumo de Ativismo. Estação das Letras e Cores Editora.

Apr 09, 202150:41
#16 - Consumerismo e Identidade

#16 - Consumerismo e Identidade

Olá pessoal, no episódio #16 damos continuidade a discussão sobre Consumo e Política com a Antropóloga Valeria Brandini. Valéria divide conosco suas pesquisas e trabalhos sobre antropologia do consumo aplicada ao mercado, bem no sentido do que acreditamos aqui na @apontepodcast - construindo pontes entre o mercado e a Academia.  Nesse papo delicioso aprofundamos então sobre as transformações no Ethos de consumidores e marcas na cultura de consumo na atualidade, marcação identitária a partir do consumo e da participação ativa nas redes e outros assuntos tangenciando esses temas. 

 Identidades politizadas e Consumerismo, então se fundem com as estratégias que marcas e empresas usam para se conectar com esse consumidor cada vez mais mesclando consumo, ativismo e política. Em uma época em que as mídias digitais são palco de movimentos sociais e manifestações políticas e politizadas, e que consumidores e marcas dialogam de igual para igual, a intersecção entre consumo e política fica mais evidente. 

Marketing de Causas, Marcas e pessoas ativistas por trás das marcas, publicidade, PR e as transformações do papel do Marketing na sociedade contemporânea foram assuntos abordados em mais de 1:30 de conversa com a Valéria. 

Escute, comente e venha conosco participar dessa discussão tão importante para a nossa sociedade.


Referências: 

Brandini, V. (2015). A Era das Causas: O Propósito como Capital na Estética Publicitária. 

Crockett, D., & Pendarvis, N. (2017). A Research Agenda on Political Ideology in Consumer Research: A Commentary on Jung et al.’s “Blue and Red Voices”. Journal of Consumer Research, 44(3), 500-502.

Jost, J. T., Federico, C. M., & Napier, J. L. (2009). Political ideology: Its structure, functions, and elective affinities. Annual review of psychology, 60, 307-337.

Jost, J. T., Langer, M., & Singh, V. (2017). The politics of buying, boycotting, complaining, and disputing: An extension of the research program by Jung, Garbarino, Briley, and Wynhausen. Journal of Consumer Research, 44(3), 503-510.

Jung, K., Garbarino, E., Briley, D. A., & Wynhausen, J. (2017). Blue and red voices: Effects of political ideology on consumers’ complaining and disputing behavior. Journal of Consumer Research, 44(3), 477-499.

Mar 26, 202101:30:05
#15 - O Lado Político do Consumo

#15 - O Lado Político do Consumo

Marcas são objetos políticos. O consumo pode ser um comportamento político.

Nesse episódio, iniciamos uma série que irá tratar do lado político do consumo.

Aqui, desenvolvemos porque o lado político do consumo se tornou tão importante nos últimos 20 anos e exploramos o tema do consumerismo político.

Esperamos que vocês nos acompanhem nessa série de episódios que se inicia aqui.

Bom proveito e boas pontes.

Referencias:

Boström, M., Micheletti, M., & Oosterveer, P. (2019). The Oxford handbook of political consumerism. Oxford Handbooks.

Bradshaw, A., Campbell, N., & Dunne, S. (2013). The politics of consumption. ephemera, 13(2), 203.

Chaudhari, A., & Purkayastha, D. (2011). Greenpeace, Nestlé and the palm oil controversy: Social media driving change. Hyderabad: IBS Center for Management Research.

Mar 12, 202155:47
#14 - Identidade e Materialismo

#14 - Identidade e Materialismo

Os consumidores estão ficando mais ou menos materialistas? Como o materialismo afeta indústrias como moda, automóveis a economia da experiência? Como o materialismo molda relações sociais baseadas em pertencimento e destaque? Como identidades baseadas no materialismo ou baseadas no combate ao materialismo se colocam hoje na sociedade? Como a digitalização do consumo se relaciona com o materialismo?  É dessas questões que tratamos nesse episódio, uma viagem pelo consumo material, pelo anti-consumo e pelo consumo do imaterial. Referências Belk, R. W. (1988). Possessions and the extended self. Journal of consumer research, 15(2), 139-168. Belk, R. (2019). On standing out and fitting in. Journal of Global Fashion Marketing, 10(3), 219-227. Fromm, E. (2013). To have or to be?. A&C Black. Lamont, M. (2019). From ‘having’to ‘being’: self‐worth and the current crisis of American society. The British journal of sociology, 70(3), 660-707.
Dec 12, 202001:03:50
#13 - O Feminino na Comunicação

#13 - O Feminino na Comunicação

No episódio #13 de A Ponte Podcast falamos sobre “Femvertising”. O termo é usado para definir “female empowerment advertising”, ou seja, comunicação/propaganda que tem como objetivo o empoderamento feminino. As mais clássicas conhecidas são as campanhas de Dove, Beleza Real, Real Beauty Sketches, que foi a propaganda mais vista do youtube até hoje. Esse tipo de comunicação tem sido muito celebrada pela indústria, pelos profissionais de marketing e atingem níveis de compartilhamento altíssimos.... Também é comprovado que elas aumentam as vendas, a reputação e o valor de marca. Entretanto, a pesquisa mais crítica tem encontrado um discurso pós feminista que na verdade faz o oposto de empoderar as mulheres - neutraliza e inclusive repudia parte dos movimentos feministas e sua força política de fortalecer o poder das mulheres. No episódio citamos o artigo abaixo, que fala da comoditização do feminismo e do impacto na comunicação. 


Referência:

Windels, K., Champlin, S., Shelton, S., Sterbenk, Y., & Poteet, M. (2020). Selling feminism: How female empowerment campaigns employ postfeminist discourses. Journal of Advertising, 49(1), 18-33.


Nov 21, 202048:41
#12 - Consumo de Produtos Eróticos e Identidade

#12 - Consumo de Produtos Eróticos e Identidade

No episódio 12 do Podcast A Ponte recebemos Luciana Walther e falamos sobre as estruturas sociais que moldam o consumo feminino e como esbarram nos conceitos de cultura, consumo e gênero, tema de estudos, pesquisas e publicações de Luciana. 

A emancipação feminina e luta pela equidade de gênero é um caminho sem volta para as mulheres,  e que passa pelo controle e domínio do próprio corpo. A liberdade, agência e escolha de tudo que envolve a sexualidade, prazer, momento de ter filhos e mesmo a decisão de não te-los. Durante muito tempo o prazer feminino foi considerado propriedade do homem, e o sexo visto como um instrumento de prazer apenas dos maridos,  para procriação da espécie, deixando o desejo feminino sempre para segundo plano. E como ainda é problemático e motivo de muita resistência, em um país patriarcal como o Brasil, uma mulher exercer sua sexualidade  com liberdade e autonomia. 

E o que isso tem a ver com marketing e consumo? 70% do consumo de objetos eróticos é feito pelas mulheres, mas não sem tabu, preconceito, estigma das consumidoras compradoras e frequentadoras de sex shops. No episódio falamos também sobre ciclo de vida de produto, sobre a teoria dialética da cultura material, do antropólogo inglês Daniel Miller, e de como os objetos podem transformar a identidade das pessoas, e não apenas são criados e transformados por nós!. 

referências bibliográficas: 


Freyre, Gilberto. Casa-grande & senzala. Global Editora e Distribuidora Ltda, 2019.

Miller, Daniel. Trecos, troços e coisas: estudos antropológicos sobre a cultura material. Editora Schwarcz-Companhia das Letras, 2013.

 Miller, Daniel. "Consumo como cultura material." Horizontes antropológicos 13.28 (2007): 33-63.

Walther, Luciana, and John W. Schouten. "Next stop, Pleasure Town: Identity transformation and women's erotic consumption." Journal of Business Research 69.1 (2016): 273-283.

Walther, Luciana. "The Life and Death of Anthony Barbie: A Consumer Culture Tale of Lovers, Butlers, and Crashers." Consumer Culture Theory. Emerald Publishing Limited, 2019.






Nov 07, 202057:26
#11 - O Masculino no Consumo

#11 - O Masculino no Consumo

Como a masculinidade enquanto valor cultural tem evoluído? Como as marcas podem trabalhar a masculinidade no posicionamento e na comunicação?

Nesse episódio Benjamin Rosenthal e Adriana Arcuri se embrenham por essas perguntas, unindo consumo, cultura, marcas, cinema e paternidade e mostrando para onde caminha a masculinidade na sociedade contemporânea.

Algumas das referências utilizadas aqui foram:

CORBIN, A., COURTINE, J. J., & VIGARELLO, G. (2013). História da virilidade. A virilidade em crise.

Holt, D. B., & Thompson, C. J. (2004). Man-of-action heroes: The pursuit of heroic masculinity in everyday consumption. Journal of Consumer Research, 31(2), 425-440.

Kimmel, M. (2017). Manhood in America. New York, NY: Oxford University Press.

Molander, S., Kleppe, I. A., & Ostberg, J. (2019). Hero shots: involved fathers conquering new discursive territory in consumer culture. Consumption Markets & Culture, 22(4), 430-453.

Oct 16, 202059:58
#10 - Identidade e a Consumidora Plus-Size

#10 - Identidade e a Consumidora Plus-Size

A norma social sobre os corpos ideais ou aceitáveis é dura e frequentemente deixa as pessoas envergonhadas e inseguras de si mesmas.

Durante muito tempo diversas indústrias se utilizavam dessas inseguranças para vender seus produtos. Ainda o fazem, mas na comunicação e nos produtos, os discursos e as práticas mudaram. 

A conversa de hoje é sobre a identidade de indivíduos com corpos em não confomidade social e sobre o sobre papel do marketing como parte do bio-poder. Para isso, convidamos a professora Dra. Maria Carolina Zanette, da Neoma Business School (Rouen, França).

Algumas das referências que utilizamos nessa conversa são:

Zanette, M. C., & Pereira Zamith Brito, E. (2019). Fashionable subjects and complicity resistance: power, subjectification, and bounded resistance in the context of plus-size consumers. Consumption Markets & Culture, 22(4), 363-382.

Zanette, M. C., & Scaraboto, D. (2019). From the corset to Spanx: shapewear as a marketplace icon. Consumption Markets & Culture, 22(2), 183-199.

Sep 24, 202001:03:17
#9 - Identidade e o Consumidor Latino

#9 - Identidade e o Consumidor Latino

O episódio de hoje investiga uma questão ampla: há uma identidade comum à America Latina? O quer nos une e separa e como se formou essa identidade?

Para nos ajudar com esse tema convidamos o administrador e sociólogo Wagner Iglecias, professor da EACH-USP e especialista em America Latina.

Algumas referências úteis ao ouvinte são:

García Canclini, N. (1995). Hybrid cultures: Strategies for entering and leaving modernity.

Mignolo, W. D. (2008). Novas reflexões sobre a" idéia da América Latina": a direita, a esquerda e a opção descolonial. Caderno CRH, 21(53), 237-250.

Sep 11, 202001:40:54
#8 - Identidade e o Consumidor Negro (Parte 2)

#8 - Identidade e o Consumidor Negro (Parte 2)

Esse episódio é a parte 2 da entrevista que fizemos com o professor Márcio Macedo (FGV-SP) sobre cultura negra no Brasil e nos EUA, George Floyd, racismo, consumo, marcas, organizações, música, estereótipos e muito mais.
Algumas das referências que utilizamos para essa conversa são:
Crockett, D. (2017). Paths to respectability: Consumption and stigma management in the contemporary black middle class. Journal of Consumer Research, 44(3), 554-581.
Macedo, M. (2009). Seguindo Sacolas Pretas em Busca de Igualdade e Pertencimento. Mercado informal, ilegalidade e consumo dos negros pobres em New York City. Ponto Urbe. Revista do núcleo de antropologia urbana da USP, (5).
Aug 27, 202029:30
#7 - Identidade e o Consumidor Negro (Parte 1)

#7 - Identidade e o Consumidor Negro (Parte 1)

Esse episódio é a parte 1 da entrevista que fizemos com o professor Márcio Macedo (FGV-SP) sobre cultura negra no Brasil e nos EUA, George Floyd, racismo, consumo, marcas, organizações, música, estereótipos e muito mais.

Algumas das referências que utilizamos para essa conversa são:

Crockett, D. (2017). Paths to respectability: Consumption and stigma management in the contemporary black middle class. Journal of Consumer Research, 44(3), 554-581.

Macedo, M. (2009). Seguindo Sacolas Pretas em Busca de Igualdade e Pertencimento. Mercado informal, ilegalidade e consumo dos negros pobres em New York City. Ponto Urbe. Revista do núcleo de antropologia urbana da USP, (5).

Aug 13, 202045:46
#6 - Identidade e o público 60+

#6 - Identidade e o público 60+

A sociedade brasileira envelhece crescentemente com consequências para todas as instituições. Continuando nossa série sobre Identidade e Consumo, vamos hoje aprofundar em algumas questões de identidade e representatividade  para o público maduro, a geração prateada, 60+, Baby Boomers e esse Target muitas vezes tão esquecido pelas marcas. 

Neste episódio tratamos dos estigmas que cercam os mais velhos, de como algumas marcas têm trabalhado a representação desse público na publicidade e da experiência de envelhecer e de se relacionar com uma sociedade que envelhece sem ter amadurecido.

Recomendamos que assistam alguns dos comerciais que discutimos aqui:

Unlimited Youth Iron Nun Nike https://www.youtube.com/watch?v=anbpHZbk8aM

Grow up: be a good parent Mercedes Benz https://www.youtube.com/watch?v=L0NgSs5q-kI

I am what I make up Maye Musk Cover Girl https://vimeo.com/244903962

Age Perfect Helen MIreen LOreal https://www.youtube.com/watch?v=BbcCNWh3u0k

Principais artigos que embasaram o episódio:

Barnhart, M., & Peñaloza, L. (2013). Who are you calling old? Negotiating old age identity in the elderly consumption ensemble. Journal of Consumer Research, 39(6), 1133-1153.

Goffman, E. (1988). Estigma: notas sobre a manipulacao da identidade deteriorada.

Mirabito, A. M., Otnes, C. C., Crosby, E., Wooten, D. B., Machin, J. E., Pullig, C., ... & Yeh, M. A. (2016). The stigma turbine: A theoretical framework for conceptualizing and contextualizing marketplace stigma. Journal of Public Policy & Marketing, 35(2), 170-184.

Jul 30, 202055:25
#5 - Identidade e Consumo

#5 - Identidade e Consumo

Quem somos, enquanto seres sociais? Como o consumo revela e reflete quem somos?

As perguntas desse episódio tratam do que é identidade, como a identidade se atualiza para as redes sociais e como identidade deve afetar o que as marcas fazem.

Abordamos identidade por meio do trabalho do influente sociólogo Erving Goffman e identidades conectadas por meio do trabalho de Zizi Papacharissi (University of Illinois-Chicago).

Esse episódio é a base do que discutiremos nos vários episódios subsequentes, que tratarão de diversas identidades sociais, muitas delas bastante estigmatizadas.

Esperamos que vocês gostem.

Se quiserem se embrenhar mais por esse tema, essas são as principais referências que utilizamos:

Belk, R. W. (2013). Extended self in a digital world. Journal of consumer research, 40(3), 477-500.

Boyd, D. (2014). It's complicated: The social lives of networked teens. Yale University Press.

Csikszentmihalyi, M. (1993). The evolving self: A psychology for the third millennium. HarperCollins.

Goffman, E. (1995). A representação do eu na vida cotidiana (Vol. 13). Petrópolis: vozes.

Papacharissi, Z. (Ed.). (2010). A networked self: Identity, community, and culture on social network sites. Routledge.

Jul 16, 202024:40
#4 - Pandemia, Distanciamento Social e Práticas de Consumo

#4 - Pandemia, Distanciamento Social e Práticas de Consumo

A Ponte conecta o profissional de marketing ao mundo da academia.

Em cada episódio, Benjamin Rosenthal e Adriana Arcuri conversarão sobre um tema.

A pergunta desse episódio é: como o distanciamento social  na pandemia afeta as várias práticas de consumo?

Para quem quiser se aprofundar, algumas das referências que utilizamos aqui são:

DaMatta, R. (1985). A casa e a rua: espaço, cidadania, mulher e morte no Brasil.

Frankl, V. E. (1991). Em busca de sentido. Petrópolis: Vozes.

Huang, N., Burtch, G., Hong, Y., & Polman, E. (2016). Effects of multiple psychological distances on construal and consumer evaluation: A field study of online reviews. Journal of Consumer Psychology, 26(4), 474-482.

Kim, K., Zhang, M., & Li, X. (2008). Effects of temporal and social distance on consumer evaluations. Journal of Consumer Research, 35(4), 706-713.

Putnam, R. D. (2000). Bowling alone: America’s declining social capital. In Culture and politics (pp. 223-234). Palgrave Macmillan, New York.

Jul 01, 202025:59
#3 - Pandemia, Pureza e Perigo

#3 - Pandemia, Pureza e Perigo

A pergunta de hoje é: como podemos expandir nossa compreensão de conceitos-chave na atualidade como perigo e contaminação?

Para começar a responder, nos inspiramos no clássico “Purity and Danger: an analysis of the concepts of pollution and taboo”, de Mary Douglas (1966).

Jun 11, 202033:41
#2 - Pandemia, Limpeza e Higiene Pessoal

#2 - Pandemia, Limpeza e Higiene Pessoal

Produtos que proporcionam a higiene pessoal e a limpeza sempre foram um acessório para os quais dávamos pouca atenção, ainda que usássemos com frequência. Hoje eles são uma espécie de “segurança pessoal”, aquilo que protege nossas vidas no dia-a-dia.

Esse episódio vai tratar do aumento exponencial das práticas de higienização e de como o Covid-19 altera as práticas e os significados de proteção, limpeza e higienize pessoal.

Nos inspiramos em um artigo bem interessante que analisa o claim 99,9% effective. 

Interessante que o artigo é de 2016, mas ele já contextualiza os riscos e as promessas anti-bacteriais e seu pode mitológico muito antes da Pandemia de Corona Virus.

Fontes:

Kim, G. C. (2016). “99.9% effective”: calculating credibility and consuming trust in antibacterial promises. Consumption Markets & Culture, 19(4), 346-352.

Tomes, N. (2010). “Destroyer and Teacher”: Managing the Masses During the 1918–1919 Influenza Pandemic. Public Health Reports, 125(3_suppl), 48-62.

Jun 11, 202033:25
Episódio 1 - Bem vindos à Ponte

Episódio 1 - Bem vindos à Ponte

A ponte conecta o profissional de marketing ao mundo da academia.

O objetivo aqui é iluminar questões da realidade do marketing - o consumidor, o mercado e a sociedade - por meio de conceitos e teorias trazidos da academia.

Em cada episódio, Benjamin Rosenthal e Adriana Arcuri conversarão sobre um tema.

Nesse episódio eles se apresentam e apresentam a proposta do podcast sobre como construir pontes teóricas com a prática no dia a dia de negócios.

Jun 11, 202029:11