A Rádio do Fim do Mundo

Quando escrevi esse episódio, a nave do ensino híbrido estava se aproximando da atmosfera. Agora, no início de setembro, ela já pousou nas terras da educação municipal de São Paulo. 

No terceiro episódio da terceira temporada, cumpro a promessa feita na parte 2 do primeiro episódio e converso com Denise Pereira Rachel: mestre e doutora em Artes pela Unesp, professora de arte do CIEJA Ermelino Matarazzo e integrante do coletivo Parabelo. 

Este episódio demorou para sair, mas foi por um bom motivo. Os estudantes colaboraram pela primeira vez na edição e na abertura do roteiro e teve a participação especial da Alaíde Cadima estudante de Licenciatura de Artes/Teatro da UNESP. 

Este episódio celebra a força das nossas histórias e da nossa voz. Elas merecem ser ouvidas e consideradas. Também é celebra a memória de quem não se calou nono passado e deixou para nós um legado de arte e de luta, como fez Carolina Maria de Jesus, escritora, cantora e compositora. Estas duas últimas facetas são menos conhecidas público, porém, tão brilhantes quanto sua escrita. Mostramos aqui um pouco do lado musical da Carol e falamos um pouco do timbre de sua voz, semelhante a outras cantoras negras, que também são pilares da nossa cultura.

Este programa foi escrito, produzido e apresentado por Flávia Teodoro Alves entre os dias 04 e 06 de julho de 2021. Publicado aqui com certo atraso devido às mudanças na rotina por conta do ensino híbrido. 

Viva nossa voz! 

Vivemos tempos irrespiráveis. A floresta queimada, a escassez de tanques de oxigênio e de vacinas, a violência policial, a fome, o desemprego e o luto estrangulam nosso direito de viver. Será que dá pra pensar em arte com tantas necessidades mais urgentes? Refletimos sobre essas questões na segunda parte do primeiro episódio da temporada três dA Rádio do Fim do Mundo. 

Esse é o primeiro episódio da série respirações, a partir da proposta do Coletivo Parabelo (www.coletivoparabelo.com). Se você quiser participar, siga a instrução apresentada neste episódio e use o link https://forms.gle/CohNAJMbrUfCbxs78 para enviar sua respiração. 

O que começou em 2000 e vixi como aulas de arte para minhas turmas do CIEJA Prof. Rose Mary Frasson, se tornou não-aulas em 2000 e vixi e um durante a greve dos trabalhadores e trabalhadoras da educação municipal de São Paulo. E agora a gente faz o quê? Volta a ser aula?

Tudo isso me faz perceber que tenho que voltar algumas casas, me apresentar e apresentar A Rádio do Fim do Mundo para quem ainda não nos conhece. E para quem já conhece também, já que passamos por algumas reformulações aqui. 

Após 120 dias de paralisação, a greve dos trabalhadores e trabalhadoras da educação municipal de São Paulo chegou ao fim no dia 07 de junho de 2021. Este é o último episódio da temporada de não-aulas, mas não é o fim dA Rádio Do Fim do Mundo. 

Este episódio é dedicado à memória da colega de trabalho Rosângela, Auxiliar Técnica de Educação, que faleceu de COVID-19 em 13 de junho de 2021. 

Convidei a companheira de luta Ivana Eraclide, do coletivo Avança QA para contar um pouco da situação dos trabalhadores do Quadro de Apoio da rede municipal de ensino de São Paulo durante a pandemia, já que eles nunca tiveram acesso ao trabalho remoto e foram expostos ao risco initerruptamente desde março de 2020. 

Este episódio foi escrito, produzido e apresentado por Flávia Teodoro Alves. Na arte do programa temos a Mafalda, personagem do cartunista argentino Quino. Uma menina contestadora e sensível às mazelas do mundo, que adora Beatles e detesta sopa.

Hoje, 13 de maio, "comemoramos" o fim do trabalho escravo no Brasil. Dia da Abolição. Questionamos, nesse programa e na vida: Liberdade? Pra quem? E pra quê?

Estamos chocadas com o massacre que aconteceu em Jacarezinho (Rio de Janeiro/ RJ) no último dia 06. Porém, sabemos que a chacina nunca saiu de moda no Brasil. Sempre dizimando a população preta, parda, pobre e periférica. Parece muito distante, mas esse cenário de pobreza e extermínio do povo negro tem sim relação direta com o fim da escravidão no Brasil sem nenhuma política de reparação aos ex-escravizados. 

Neste episódio, com referências como Augusto Boal, Clementina de Jesus, Lima Barreto, Clara Nunes, Jorge Ben Jor e Dona Ivone Lara fazemos memória deste dia histórico e uma reflexão sobre os dias atuais. 

Este programa teve roteiro e apresentação de Flávia Teodoro Alves, Priscilla del Fiori e Adriana das Graças. Direção, produção, edição e arte visual: Flávia Teodoro Alves. 

Salve, classe trabalhadora! 

Neste episódio, celebramos o primeiro de maio, dia da Classe Trabalhadora. 

A gente fala de tudo um pouco: sobre uma concepção de trabalho distinta daquela praticada pelo modo de produção capitalista, sobre a importância do trabalho doméstico (que não é visto como trabalho, nem é remunerado), sobre o estrago do regime escravocata que provocou um atraso na organização na classe trabalhadora brasileira e por fim, sobre a histórica greve de  1917 em São Paulo. Tivemos a participação e consultoria da Adriana das Graças, professora de ciências humanas no CIEJA Prof Rose Mary Frasson e mestre em história pela USP. 

A última parte do último episódio dessa temporada tem um toque de metalinguagem. Como o Fim do Mundo começou?

Nesse final, eu conto de onde veio essa ideia de fim do mundo e o que minhas parceiras do bloco dos anos finais do CIEJA tem a ver com isso. 

Também conto um pouco como funciona na minha cabeça o tripé arte/deboche/educação, e o quanto isso tem que de fundamentação teórico-prática. A gente brinca em serviço sim, mas pra gente brincadeira é coisa séria. 

Nem o Fim do Mundo me parou. E eu não teria chegado tão longe sem as CIEJA girls

É nóis, mulherada! 

"Numa sociedade racista, não basta não ser racista. É necessário ser antirracista", diz Angela Davis. 

Na educação formal, escolher a neutralidade é escolher a voz que sempre foi ouvida e manter silenciada vozes dissidentes, historicamente silenciadas. 

Nesta primeira parte desse episódio final, eu conto um pouco da tradição já fincada no território do CIEJA Prof. Rose Mary Frasson de mostrar a produção intelectual, científica, artística e política de mulheres pretas, comumente apagadas do discurso histórico oficial. 

Vem pra lada preta da força! 

Roteiro, produção, edição e apresentação: Flávia Teodoro Alves

Domingo tem eleições municipais. A cultura é uma área que dificilmente tem centralidade nas discussões sobre os problemas da cidade. 

O que os planos de governo dos candidatos a prefeito propõem para a pasta da cultura?  É o que queremos saber. 

Nessa aula, abordamos a Violência Doméstica e Contra a Mulher. Na seleção musical, vou mostrar o trabalho de algumas artistas brasileiras que denunciam este tipo de violência nas suas músicas, seja como compositoras ou como intérpretes.

Este programa é pra celebrar a potência de uma artista brasileira, preta, mulher. Elza Soares: a mulher do fim do mundo que quer cantar até o fim. Espero que vocês