Radiofrequencia
By Alvaro Bufarah Junior
RadiofrequenciaApr 13, 2022
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O rádio expandido e suas possibilidades
O rádio como meio de comunicação de massa, já há alguns anos, vem se transformando, adquirindo novas possibilidades com a agregação de novas tecnologias e plataformas. Esse é o princípio do “Rádio Expandido”, que se refere ao meio quando transborda de sua estrutura natural por ondas (analógicas) para se metamorfosear em novos caminhos que possibilitam uma infinidade de ações e interações com seus ouvintes. O conceito foi criado e desenvolvido pelo jornalista, pesquisador, professor Dr. Marcelo Kishinevsky, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, onde também atua como diretor da emissora da instituição. Ele nos conta como chegou a esse conceito e como os podcasts podem revolucionar o rádio tradicional.
O caminho é produzir bons conteúdos em áudio
Um jovem estudante de jornalismo estava trabalhando para o Jornal Estado de São Paulo, quando um de seus professores disse que a Jovem Pan estava precisando de um profissional. Lúcio Mesquita acabou indo e foi apresentado ao então chefe de redação da rádio: Fernando Vieira de Melo, que pediu ao jovem para fazer um texto em uma das máquinas de escrever da bancada. Feito o texto, Lúcio foi aprovado para trabalhar na emissora da meia noite às 5h fazendo as verificações e montando o material para o Jornal da Manhã, uma dos mais conhecidos e importantes radiojornais da época. “Foi assim que entrei no rádio. Eu gostava de rádio, gostava de ouvir rádio, mas entrar na profissão foi meio que quase que acidental. E fui me apaixonando, mais ainda dentro da própria Pan” comenta.
Lúcio atuou em grandes veículos brasileiros e depois se transferiu para a redação em português da BBC, em Londres. Lá foi produtor, repórter, apresentador e gestor de áreas até a gerência para a América Latina. Atualmente, ele é consultor de empresas de comunicação atuando principalmente na Europa e outros continentes.
Radio esportivo: jornalismo ou entretenimento?
Os programas esportivos são um dos elementos mais importantes das programações de uma emissora de rádio. Sempre envolvendo informação, paixão e entretenimento. Mas, nos últimos 20 anos, tivemos uma mudança no formato de fazer jornalismo esportivo na qual temos mais flexibilidade nos formatos. Há quem diga que migramos mais para o show (entretenimento) do que jornalismo (informação).
Como o tema é polêmico e importante, decidi utilizar uma mesa que acompanhei do 5º Simpósio Nacional do Rádio como referência para esse texto. O evento ocorre a cada 2 anos, sendo concebido e realizado pelo Grupo de Pesquisa em Rádio e Mídia Sonora da Intercom (uma das maiores instituições acadêmicas do país). Em 2022, a Anhembi/Morumbi sediou o encontro em formato virtual entre os dias 4 e 6 de maio.
A mesa que deu base para esse texto contou com a coordenação da profa. Dra. Marizandra Rutilli (UEPG) e com os jornalistas e radialistas Dr. Ciro Götz (PUC/RS), Ms Carlos Guimarães (ESPM/RS) e Ms. Bruno Balacó (UFC/CE), três estudiosos e atuantes no mercado de rádio esportivo brasileiro. O tema da mesa não poderia ser mais adequado para o momento em que vivemos: “A plataformização da cobertura esportiva no rádio em tempos de streamings e podcasts”.
Os caminhos da publicidade em áudio digital
O impacto do áudio digital no cotidiano das pessoas. Como inserir publicidades mais eficientes nesse conteúdo? Essas e outras questões estão nessa conversa com Rodrigo Tigre, atual Country Manager da Cisneros Interactive, no Brasil, e presidente do Comitê de Áudio Digital do IAB Brasil. Uma das pesquisas desenvolvidas pela sua empresa, demonstra que 74% de todos os internautas já consomem e já ouviram podcasts, sendo que esse número era de 40%, em 2019.
Um jornalista que se encontro na Rádio Suíça
Um belo dia, ele consegue um “freela” para a redação em Língua Portuguesa da Rádio Suíça Internacional. Inicialmente, era só para ajudar com as despesas. Quando viu, acabou sendo contratado e, em alguns anos, assumiu o cargo de chefe da redação onde atuava. Foi assim que Claudinê Gonçalves escreveu sua história trabalhando em Berna, sede do serviço internacional.
A radiodifusão brasileira vai bem, obrigado!
Embora pareça que o meio rádio esteja avançando apenas nas plataformas digitais, devemos ter atenção para o desenvolvimento da tecnologia de radiodifusão no país. Eduardo Cappia, engenheiro especializado na implantação de emissoras de rádio, membro da Sociedade Brasileira de Engenharia de TV e da Associação Paulista de Emissoras de Rádio, explica que o rádio se beneficiou muito das tecnologias digitais para avançar complementando a estrutura das mensagens com vídeos, fotos, textos, e mais áudios distribuídos pela internet. Mas, destaca que o meio ainda mantém a “magia” da comunicação por meio do uso de sons.
As dificuldades de fazer rádio público com qualidade, no Brasil.
A despeito das dificuldades enfrentadas pelas emissoras públicas no país, as rádios Cultura Brasil e Cultura FM, de São Paulo, pertencentes a Fundação Padre Anchieta, mantém uma programação de qualidade com foco e produções nacionais, voltadas a educação e a cultura. Evidente que a estrutura sofre com a falta de verbas ou necessidade de investimentos mais volumosos em tecnologia (como outras emissoras), porém garante espaço para música clássica e brasileira. Conteúdos quase extintos das programações radiofônicas brasileiras há décadas.
Alexandre Tondella, radialista, produtor e diretor das rádios Cultura Brasil e Cultura FM, explica que há um legado desde a criação das emissoras, quando Sérgio Viotti desenvolveu o conceito fundamental com a “ideia de que estava construindo a Rádio BBC brasileira”.
O RádioFrequencia dessa semana trata sobre a radio pública e sua programação, com Alexandre Tondella.
De ouvinte à lenda do rádio paulistano
Um jovem reconhecido pela família como tímido, mas muito inquieto intelectualmente, tinha como caminho ir para o Direito. Mas, como era um ávido ouvinte e participante da programação da Rádio Bandeirantes, acabou também se inscrevendo para um novo curso da Escola de Comunicação e Artes da USP. Enfim, Luiz Fernando Magliocca, entrou no curso de Direito do Mackenzie, e no curso de Rádio e TV da Universidade de São Paulo. Claro que a comunicação o arrebatou de vez nos dando um dos mais criativos produtores do rádio brasileiro.
Como fica a gestão do rádio com tanta tecnologia
Nesse episódio falamos com Marcos Aurélio de Carvalho, gestor de emissoras de rádio, professor e pesquisador do meio, sobre gestão das empresas de radiodifusão e os problemas de inclusão do setor. Ele foi o primeiro repórter esportivo de baixa visão a participar de uma final de campeonato no país. Além das questões técnicas a história de vida do Marcus vale ser ouvida.
Meu encontro com o rádio foi um acidente no final do corredor...
Um jovem jornalista que trabalhava na redação do Jornal do Brasil, São Paulo, conseguiu a efetivação na única vaga disponível: a de responsável pelo jornalismo da Rádio Cidade. Luiz Henrique Romagnoli fez história no meio se transformando em uma referência para o mercado de rádio do país. Aqui ele fala da carreira, do trabalho em rádio e das campanhas políticas em que atuou.
Da sala de aula para o rádio
O professor, historiador, jornalista e escritor, Heródoto Barbeiro conta como foi a sua entrada no meio radiofônico, a montagem da CBN e ainda comenta sobre as relações do rádio com a tecnologia. Claro que não deixamos passar a oportunidade de falar sobre as histórias da Kombi, que o jornalista teve por muitos anos.
Rádio, ética jornalística e fake News
Com o uso frenético de uma verdadeira indústria de fake news e desinformação sem aparelhada para uso ostensivo nesse ano eleitoral, o rádio vem se destacando como uma ferramenta que voltou a ser utilizada pelos pré-candidatos para atingir as massas regionais e locais. Mas, e os critérios éticos da cobertura jornalística como ficam? É sobre isso que conversamos com o professor e pesquisador da Universidade de São Paulo, jornalista Eugênio Bucci.
Os primeiros podcasts no Brasil
Embora os podcasts sejam uma febre tivemos um momento em que poucos acreditavam que poderiam fazer um programa com conteúdos próprios para os ouvintes sem ter de passar pelas rádios. Nesse período inicial fazer um podcast era trabalhoso e muito complexo, mas Marcelo Abud, professor, pesquisador e podcaster passou por tudo isso e nos conta com foi.
Os desfios dos proximos anos para o rádio brasileiro
Embora tenha sido "morto" várias vezes o meio rádio ainda mantém sua força conforme indica a pesquisa Kantar Ibope de 2021, em que 80% da popualçao ouve rádio. Mas, infelizmente temos um logo caminho a percorrer para melhorar as condições do rádio no Brasil.
Os vários centenários do rádio brasileiro
Nesse ano, comemoramos os 100 anos do rádio no Brasil, mas as pesquisas demonstram que o meio teve início uma década antes pelas mãos dos associados a Rádio Clube de Pernambuco. Para explicar essa polêmica conversamos com o professor e pesquisador Luis Arthur Ferraretto, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, nesse nosso primeiro episódio.
O podcast está invadindo o radio
Com o crescente consumo de podcasts algumas emissoras passaram a consumir esses conteúdos adaptados as suas programações e também a investirem na produção de material autoral exclusivo. É o podcast entrando nas rádios com material vindo de produtoras e podcasters independentes. Nessa entrevista, Juliana Paiva, jornalista e diretora executiva da RadioData (empresa especializada em distribuição de conteúdos para rádios) explica esse caminho do podcast até as rádios.
Mas, o rádio com imagens não é TV?
Há uma grande polêmica entre os profissionais de comunicação e o público sobre o uso de imagens nas transmissões radiofônicas utilizando a internet. Para muitos, ao colocarmos imagens "matamos" a principal característica do meio sonoro: ser um veículo cego. Para outros é uma ótima forma de aproximar os ouvintes em um processo cada vez mais comum e humanizado. Para explicar melhor o tema conversamos com Eduardo Brandini, head de parcerial do Youtube Brasil. E comenta sobre o uso das imagens e explica que sem criatividade e uma boa narrativa ninguem se salva na rede.