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Teta de Sócrates

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By Teta de Sócrates

Teta de Sócrates, um podcast de bate papo descontraído com especialistas de diversas áreas das ciências humanas. Vem e deixa a teta te alimentar!

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Mulheres Pesquisadoras e Educadoras #5: Paula Beatriz de Souza Cruz

Teta de SócratesAug 03, 2023

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24:02
Mulheres Pesquisadoras e Educadoras #5: Paula Beatriz de Souza Cruz

Mulheres Pesquisadoras e Educadoras #5: Paula Beatriz de Souza Cruz

Olá, bem vindo ao Teta de Sócrates. Essa não é uma nova temporada, mas uma temporada especial. Essa é uma iniciativa do CEMP (Centro de Estudos Maria Padilha) em conjunto com o podcast Teta de Sócrates e o INCT Proprietas. Juntos nós produziremos vídeos curtos e sessões de podcast sobre Mulheres Pesquisadoras e Educadoras para comemorar o Dia Internacional das Mulheres. Os vídeos serão veiculados durante a semana do dia 8 de março e o podcast durante o mês de março.

Hoje a gente conversa com a Paula Beatriz de Souza Cruz, primeira diretora trans de uma escola da rede estadual do Estado de São Paulo.

Aug 03, 202324:02
Mulheres Pesquisadoras e Educadoras #4: Neon Cunha

Mulheres Pesquisadoras e Educadoras #4: Neon Cunha

Olá, bem vindo ao Teta de Sócrates. Essa não é uma nova temporada, mas uma temporada especial. Essa é uma iniciativa do CEMP (Centro de Estudos Maria Padilha) em conjunto com o podcast Teta de Sócrates e o INCT Proprietas. Juntos nós produziremos vídeos curtos e sessões de podcast sobre Mulheres Pesquisadoras e Educadoras para comemorar o Dia Internacional das Mulheres. Os vídeos serão veiculados durante a semana do dia 8 de março e o podcast durante o mês de março.

Hoje a gente conversa com a Neon Cunha, mulher negra, ameríndia e transgênera, formada em publicidade e propaganda, arte e educação, é ativista independente da causa LGBTQIA+ e funcionária pública.


Apr 01, 202356:32
Pesquisadoras e Educadoras #3: Luara Santos

Pesquisadoras e Educadoras #3: Luara Santos

Olá, bem vindo ao Teta de Sócrates. Essa não é uma nova temporada, mas uma temporada especial. Essa é uma iniciativa do CEMP (Centro de Estudos Maria Padilha) em conjunto com o podcast Teta de Sócrates e o INCT Proprietas. Juntos nós produziremos vídeos curtos e sessões de podcast sobre Mulheres Pesquisadoras e Educadoras para comemorar o Dia Internacional das Mulheres. Os vídeos serão veiculados durante a semana do dia 8 de março e o podcast durante o mês de março.

Hoje a gente conversa com a Luara Santos, doutora em História pela Universidade Federal Fluminense (UFF) e professora do sistema público de ensino do Município de Itaboraí (RJ).



Mar 25, 202336:59
Mulheres Pesquisadoras e Educadoras #2: Luana Ghiggino

Mulheres Pesquisadoras e Educadoras #2: Luana Ghiggino

Olá, bem vindo ao Teta de Sócrates. Essa não é uma nova temporada, mas uma temporada especial. Essa é uma iniciativa do CEMP (Centro de Estudos Maria Padilha) em conjunto com o podcast Teta de Sócrates e o INCT Proprietas. Juntos nós produziremos vídeos curtos e sessões de podcast sobre Mulheres Pesquisadoras e Educadoras para comemorar o Dia Internacional das Mulheres. Os vídeos serão veiculados durante a semana do dia 8 de março e o podcast durante o mês de março.

Hoje a gente conversa com a Luana Ghiggino, mestranda em nutrição pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).


Mar 18, 202325:14
Mulheres Pesquisadoras e Educadoras #1: Gabriela Lujan Brollo

Mulheres Pesquisadoras e Educadoras #1: Gabriela Lujan Brollo

Olá, bem vindo ao Teta de Sócrates! Essa não é uma nova temporada, mas uma temporada especial. Essa é uma iniciativa do CEMP (Centro de Estudos Maria Padilha) em conjunto com o podcast Teta de Sócrates e o INCT Proprietas. Juntos nós produziremos vídeos curtos e sessões de podcast sobre Mulheres Pesquisadoras e Educadoras para comemorar o Dia Internacional das Mulheres. Os vídeos serão veiculados durante a semana do dia 8 de março e o podcast durante o mês de março.

Nessa semana a gente conversa com a Gabriela Lujan Brollo, doutora em engenharia mecânica pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP).

Vem e deixa a Teta te alimentar! 

Mar 11, 202319:32
[TdS] Independência ou Morte? O Povo em Guerra (Sérgio Armando Guerra Filho - UFRB)

[TdS] Independência ou Morte? O Povo em Guerra (Sérgio Armando Guerra Filho - UFRB)

Nesse episódio as historiadoras Sarah Correia (UFF) e Juliana Magalhães (Labeca - MAE/USP) batem um papo com o historiador Sérgio Armando Guerra Filho, professor do departamento de História da Universidade Federal do Reconcavo da Bahia. Pesquisa eventos envolvendo populares durante o período de Independência na Bahia, em específico os conflitos armados entre a Coroa portuguesa e os brasileiros durante o processo de adesão à Independência do Brasil de Portugal. Na nossa conversa, Sérgio comenta sobre a violência gerada pelos conflitos armados que marcaram os anos de 1822 e 1823 na Bahia. De acordo com o pesquisador a revolta popular possuía força social e assumia diversos significados relacionados ao sentido de liberdade, apresentando a independência como uma possibilidade de mudança de status social e de melhoria de condições de vida. Já para a Elite baiana, essa mudança estava relacionada a possibilidade de aumentar lucros em negociações que não fossem intermediadas pela Coroa. Para Sérgio os "tempos rebeldes" que marcaram a Bahia durante as décadas de 1820 e 1830, são essenciais para demonstrar a força dos projetos populares, fosse através da luta, fosse através das festas, como as comemorações do dia 2 de julho, que ocorrem todos os anos na Bahia e celebram a luta do povo baiano por defender seu território. Vem e deixa a teta te alimentar! Dicas: Sérgio Filho: Poema "2 de julho" de Castro Alves; Músicas da banda Baiana Sistem. Juliana Magalhães: Série: Peaky Blinders (NETFLIX, 2022); Texto de Sérgio Guerra Filho no Blog do Bicentenário. Sarah Correia: Novela: Pantanal (Globo, 2022).
Jun 18, 202201:00:18
[TdS] O que sabemos sobre os povos Indígenas durante o período da Independência? (João Paulo Peixoto Costa - IFPI)

[TdS] O que sabemos sobre os povos Indígenas durante o período da Independência? (João Paulo Peixoto Costa - IFPI)

Nesse episódio as historiadoras Sarah Correia (UFF) e Juliana Magalhães (Labeca - MAE/USP) batem um papo com o historiador João Paulo Peixoto Costa, professor do Instituto Federal do Piauí, campus de Uruçuí, e do Mestrado Profissional em Ensino de História - PROFHISTÓRIA - da Universidade Estadual do Piauí em Parnaíba. Pesquisa os índios na história do Ceará entre a crise do Antigo Regime e a formação do Estado nacional brasileiro, com ênfase em políticas indígenas e indigenistas. Atualmente se concentra nos vereadores e juízes indígenas que atuavam nas câmaras municipais de vilas de índios no Ceará entre as décadas de 1750 e 1820. Na nossa conversa, João Paulo comenta sobre o silêncio da historiografia e dos livros didáticos sobre a presença e participação indígena na sociedade brasileira do século XIX. A partir de marcos institucionais advindos do século XVIII, o pesquisador comenta o processo paulatino de desterritorialização e a perda de status jurídico de grupos indígenas no Ceará. Apesar disso, vemos importantes ações do grupo ao se afirmarem brasileiros, reivindicarem seus status como cidadãos e aderirem ao projeto de Independência do Brasil de Portugal. Para João Paulo, essas ações demonstravam que o projeto de Brasil pensado pelos indígenas do Ceará incluía demandas relativas a equiparação de status social e político do homem branco. Vem e deixa a teta te alimentar! Dicas: João Paulo: Conta no Instagram: AH! ANPUH! https://www.instagram.com/ah.anpuh/; Livro: Na lei e na guerra: políticas indígenas e indigenistas no Ceará (1798-1845), de João Paulo Peixoto Costa; Por um feminismo afro-latino-americano, de Lélia Gonzalez; A queda do céu: Palavras de um xamã yanomami, de Davi Kopenawa. Discografia: Belchior; Ednardo; Clodo, Climério e Clésio. Sites: APOINME: Articulação dos povos e organizações indígenas do Nordeste, Minas Gerais e Espirito Santo: https://www.apoinme.org/; GT Os Índios na Historia: https://anpuh.org.br/index.php/quem-somos/grupos-de-trabalho/atividades/item/314-gt-os-indios-na-historia; https://www.youtube.com/channel/UCK2fJioRuIQ8DXSiHWW1Shg; APIB: Articulação dos Povos Indígenas do Brasil: apiboficial.org/. Juliana Magalhães: Filmes: Transamazonia, dirigido por Débora Mcdowell (BRA, 2019); O criado, de Joseph Losey (ING, 1963). Sarah Correia: Série: Guerras do Brasil.doc (NETFLIX, 2019); Obras de Ailton Krenak; Ideias para adiar o fim do mundo, de Ailton Krenak.
Jun 11, 202201:30:22
[TdS]: Afrodescendentes, escravos e libertos na Independência (Luiz Geraldo Silva - UFPR)

[TdS]: Afrodescendentes, escravos e libertos na Independência (Luiz Geraldo Silva - UFPR)

Nesse episódio as historiadoras Sarah Correia (UFF) e Juliana Magalhães (Labeca - MAE/USP) batem um papo com o historiador Luiz Geraldo Silva, professor Titular do Departamento de História, Universidade Federal do Paraná (UFPR). Atua nas áreas de História do Brasil Colônia, História da América, História Atlântica e História Marítima. Estuda milícias e história social de africanos e afrodescendentes livres e libertos nos impérios português e no mundo atlântico entre os séculos XVII e XIX. Na nossa conversa, Luiz comenta a necessidade de pensarmos a mudança de status social, político, econômico e o processo de despersonalização dos indivíduos escravizados de origem africana, ao longo dos séculos e, em especial, no século XIX. De acordo com o pesquisador, a escravidão é um estigma social estruturante na vida de ex-escravizados e que pesa sob a ação social de mulheres e homens negras até os dias atuais dada a veiculação ancestral ao cativeiro. Primeiro encarados como indivíduos portadores de defeito mecânico/ defeito de cor, depois identificados tendo a cor como elemento acessório, negros demonstram que não houve superação da descriminação pela equiparação social e pela igualdade política, expressando, portanto, um trauma social que precisa ser urgentemente trabalhado pela memória da História do Brasil. Para Luiz, o ranking de prestígio social desses indivíduos trouxe consequências trágicas para toda a sociedade brasileira, e cujas expressões políticas e sociais ao longo da independência ecoam um sentido essencial de liberdade: a liberdade física, econômica e jurídica do homem branco, fosse ele português ou brasileiro. Vem e deixa a teta te alimentar! Dicas: Luiz Geraldo: História Geral da Civilização Brasileira - Capítulo: A herança colonial, de Sergio Buarque de Holanda; Escravidão e Política: Brasil e Cuba (1790-1850); EI fracaso de la nación Región, clase y raza en el Caribe colombiano (1717-1821); Escravidão e Morte Social: Um Estudo Comparativo, de Orlando Patterson; Myths of Harmony: Race and Republicanism during the Age of Revolution, Colombia, 1795-1831, de Marixa LAsso. Juliana Magalhães: Couro Imperial: raça, gênero e sexualidade no embate colonial, de Anne McClintock. Sarah Correia: Livro: O pequeno manual antirracista, de Djamila Ribeiro; Queimada!, diração de Gillo Pontecorvo (EUA/ Itália, 1969). Blog do Bicentenário. Ver em: bicentenario2022.com.br/textos/.
Jun 04, 202201:32:09
[TdS]: Mulheres? Na Independência? (Ana Veiga - UFPB)

[TdS]: Mulheres? Na Independência? (Ana Veiga - UFPB)

Nesse episódio as historiadoras Sarah Correia (UFF) e Juliana Magalhães (Labeca - MAE/USP) batem um papo com a historiadora Ana Veiga, professora do Departamento de História e do Programa de Pós-Graduação em História da Universidade Federal da Paraíba (UFPB). Suas áreas de interesse são: teorias da história, história visual e história digital, estudos decoloniais, interseccionalidades, gênero e sertões. Na nossa conversa, Ana comenta a participação de mulheres de diferentes grupos sociais e de diferentes regiões do Brasil em eventos relacionados a Independência. Segundo a pesquisadora, o resgate de vozes femininas que contribuíram para a elaboração de elementos culturais e políticos no século XIX é necessário, pois apresenta as demandas, os interesses e as necessidades de um grupo social invisibilizado. De acordo com Ana, a produção literária de mulheres brancas se apresentava como elemento de inserção feminina na sociedade liberal via conhecimento, apontando alguns elementos, como a ideia de igualdade, como parte da luta por maior participação na vida social. A pesquisadora destaca também a participação feminina negra na produção e divulgação literária e jornalística, infelizmente ainda pouco conhecida. Vem e deixa a teta te alimentar! Dicas: Ana Veiga: Grupo de pesquisa ProjetAH – História das Mulheres, Gênero, Imagens, Sertões: https://aprojetah.com.br/; A invenção da solteirona: conjugalidade moderna e terror moral: Minas Gerais (1890-1948), de Cláudia Maia. Juliana Magalhães: Livro: pensamento feminista negro: conhecimento, consciência e a política do empoderamento, de Patricia Hill Collins; Filme: Identidade, de Rebecca Hall (NETFLIX, 2021). Sarah Correia: Texto do Blog do Bicentenário: "Mulheres na Independência? Ausentes da historiografia, os lugares das mulheres brasileiras do século XIX continuam desconhecidos" de Ana Maria Veiga. Ver em: https://bicentenario2022.com.br/textos/.
May 28, 202254:07
[TdS]: O papel da província Cisplatina nos processos de Independência (Fabrício Prado - College of William and Mary)

[TdS]: O papel da província Cisplatina nos processos de Independência (Fabrício Prado - College of William and Mary)

Nesse episódio as historiadoras Sarah Correia (UFF) e Juliana Magalhães (Labeca - MAE/USP) batem um papo com o historiadora Fabrício Prado, professor de  Historia do College of William and Mary (Estados Unidos). Seus interesses de pesquisa se concentram na historia urbana, cartografia, redes sociais, comercio e contrabando, identidade colonial, interações trans-imperiais no século XVIII, América Portuguesa e Rio da Prata. Na nossa conversa, Fabrício comenta o as guerras de Independência ocorridas na Província da Cisplatina (1825-1828) e que vai culminar na Independência do Uruguai (1828). Segundo o pesquisador, a Cisplatina era um caldeirão político e econômico de interesses uruguaios, argentinos, brasileiros e portugueses, que viam na difícil demarcação de fronteiras, um elemento essencial para as disputas da região. Essas disputas a longo prazo vão constituir as bases de outros dois grandes eventos que envolvem o Brasil Império e a manutenção da influência política e dos interesses comerciais na região: as lutas contra o projeto republicado da Guerra dos Farrapos (1835-1845) e a defesa e expansão territorial com a Guerra do Paraguai (1864-1870). Vem e deixa a teta te alimentar! Dicas: Fabrício Prado: Evento: Rio de la Plata Workshop. Livros: Músicos: Jorge Drexler, Vitor Ramil; Artigos: "Uma Monarquia entre Repúblicas" – Fabrício Prado (William & Mary), no blog do Bicentenário da Independência; "Caminhos do convívio entre autoridades coloniais e indígenas em espaços fronteiriços do Vice-Reino do Brasil", de Karine Melo; "Historia de las clases populares en la Argentina desde 1516 hasta 1880", de Gabriel Di Meglio; "A administração Lecor e a Montevidéu portuguesa: 1817 – 1821", de Fabio Ferreira; "Comércio Trans-Imperial e Monarquismo no Rio da Prata Revolucionário: Montevidéu e a Província Cisplatina (1808-1822)", de Fabrício Prado: https://www.scielo.br/j/alm/a/4ZYJz5dPtxMLx3qQRhWsWfS/abstract/?lang=pt. Juliana Magalhães: Documentário: Portuñol, de Thais Fernandes. Sarah Correia: Filme: Medida Provisória, de Lázaro Ramos (BRA, 2022).
May 21, 202201:07:59
[TdS]: Os personagens da Independência e o papel da historiografia na construção da História do Brasil (Lúcia Guimarães - UERJ)

[TdS]: Os personagens da Independência e o papel da historiografia na construção da História do Brasil (Lúcia Guimarães - UERJ)

Nesse episódio as historiadoras Sarah Correia (UFF) e Juliana Magalhães (Labeca - MAE/USP) batem um papo com o historiadora Lúcia Guimarães, professora Titular Aposentada de Teoria da História e Historiografia da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), onde atua como pesquisadora e orientadora no Programa de Pós-graduação em História Política da mesma Universidade. É especialista em História do Brasil, com ênfase nos seguintes temas: cultura histórica, historia e memória, cultura política, intelectuais e poder, Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro e relações culturais luso-brasileiras. Na nossa conversa, Lúcia comenta sobre figuras com apelo político pouco lembrados do processo de Independência, como Januário da Cunha Barbosa (1780 - 1846), Joaquim Gonçalves Ledo (1781 - 1847), José Clemente Pereira (1787 - 1854) e José Joaquim da Rocha (1777 – 1848). A pesquisadora comenta como o processo de Independência, o estabelecimento do "Dia do Fico" e a memória da Assembleia Constituinte de 1823 foram lidos pelos historiadores, e como a historiografia elegeu figuras políticas para destacar em detrimento de outras. De acordo com ela, historiadores como Francisco Adolfo de Varnhagen (1816 - 1878) e Manuel de Oliveira Lima (1867 - 1928) ganham destaque ao tratar da Independência, e argumenta como suas obras são importantes até o dias atuais, pois nos fazem repensar sobre a produção de uma História do Brasil. Vem e deixa a teta te alimentar! Dicas: Lúcia Guimarães: Livros: História Geral do Brasil, de Francisco Adolfo de Varnhagen; A utopia do poderoso império: Portugal e Brasil, bastidores da política (1798-1822), de Maria de Lourdes Viana Lyra; Obras de Manuel de Oliveira Lima, de Francisco Adolfo de Varnhagen. 

May 14, 202256:29
[TdS]: As Forças Armadas na época da Independência (Hendrik Kraay - Universidade de Calgary)

[TdS]: As Forças Armadas na época da Independência (Hendrik Kraay - Universidade de Calgary)

Nesse episódio as historiadoras Sarah Correia (UFF) e Juliana Magalhães (Labeca - MAE/USP) batem um papo com o historiador Hendrik Kraay, professor do departamento de História da Universidade de Calgary (Canadá) e especialista em História do Brasil, com ênfase nos seguintes temas: Forças Armadas no Brasil do século XIX, História da Bahia e Independência do Brasil.  Na nossa conversa, Hendrik comenta o papel das Forças Armadas no final do período colonial e ao longo dos processos de Independência. Em específico, o pesquisador comenta o caso baiano,  mencionando as relações das forças com os portugueses, as ações das milicias profissionais no processo, o papel dos escravos na formação de quadros de combatentes e como se dava a relação entre raça e classe no contexto. No final, Hendrik comenta as consequências da Independência na Bahia e a relação do evento com a Sabinada (1837-1838) e como as forças armadas passaram por um processo de reorganização após 1822. Vem e deixa a teta te alimentar! Dicas: Hendrik Kraay: Livros: Duque de Caxias: O homem por trás do monumento, de Adriana Barreto; Independência e morte - politica e guerra na emancipação do brasil (1821-1823), de Helio Franchini Neto; Nova história militar brasileira, de Hendrik Kraay; Artigos do prof. Dr. Luiz Geraldo Silva (UFPR): https://scholar.google.com.br/citations?user=4a8OUj8AAAAJ&hl=pt-BR. Tese de doutorado de Shirley Maria Silva Nogueira intitulada “A soldadesca desenfreada”: politização militar no Grão-Pará da Era da Independência (1790-1850). Juliana Magalhães: Política racial, estado e forças armadas na época da independência : Bahia, 1790-1850, de Hendrik Kraay. Sarah Correia: Texto para o Blog do Bicentenário do Brasil: Quando foi a independência do Brasil?, de Hendrik Kraay. Ver em: https://bicentenario2022.com.br/quando-foi-a-independencia-do-brasil/.
May 07, 202201:33:49
[TdS]: Como as reformas liberais de Portugal influenciam os processos de Independência no Brasil (José Subtil - Universidade Autônoma de Lisboa)

[TdS]: Como as reformas liberais de Portugal influenciam os processos de Independência no Brasil (José Subtil - Universidade Autônoma de Lisboa)

Nesse episódio as historiadoras Sarah Correia (UFF) e Juliana Magalhães (Labeca - MAE/USP) batem um papo com o historiador José Subtil, professor Catedrático da área de História da Universidade Autónoma de Lisboa (UAL). As principais áreas de pesquisa são História das Instituições e História Política, com ênfase nos seguintes temas: reformas liberais, práticas administrativas e jurídicas em Portugal e no Brasil no século XVIII e XIX. Na nossa conversa, José comenta sobre o prazer de pesquisar sobre Brasil e sua relação com Portugal, sobretudo quando decidiu pensar sobre as reformas liberais e o impacto do fim do Antigo Regime nessas regiões. De acordo com o pesquisador, elementos culturais, geográficos e institucionais como a cultura política formada na Universidade de Coimbra, as práticas liberais cunhadas após o terremoto de Lisboa (1755) e o Estado de Polícia português conseguiram ultrapassar o processo traumático da separação entre Portugal e Brasil com a Independência e se instaurar na sociedade brasileira a partir de elementos cotidianos. Aliás, José compreende que é através do cotidiano e da Micro-História que é possível resgatar reflexões importantes sobre nosso passado e nossa Independência. Vem e deixa a teta te alimentar! Dicas: José Subtil: Filme: Competição Oficial, dirigido por Mariano Cohn e Gastón Duprat (ESP, 2021).
Apr 30, 202256:40
[TdS]: Independência, escravidão e os impactos da política brasileira ontem e hoje (Sidney Chalhoub - Universidade Harvard)

[TdS]: Independência, escravidão e os impactos da política brasileira ontem e hoje (Sidney Chalhoub - Universidade Harvard)

Nesse episódio as historiadoras Sarah Correia (UFF) e Juliana Magalhães (Labeca - MAE/USP) batem um papo com o historiador Sidney Chalhoub, professor de História e de Estudos Africanos e Afro-americanos da Universidade Harvard e professor associado do Centro de Pesquisa em História Social da Cultura (CECULT) da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). A principal área de pesquisa é a História do Brasil no século XIX, com publicações em temas tais como: história do Rio de Janeiro, abolição, escravidão, saúde pública, epidemias, literatura e Machado de Assis. Na nossa conversa, Sidney comenta sobre os elementos que estruturam a escravidão no Brasil pós independente e reflete como as leis relacionadas ao fim do tráfico de escravizados, ao invés de instaurar um marco de novas relações entre instituições e sociedade, passou a incorporar elementos que corrompiam a estrutura do nascente Império. A partir dessas considerações, o pesquisador faz uma análise conjuntural da estrutura de corrupção no Brasil até os dias atuais e menciona como acontecimentos políticos recentes, como o Impeachment da presidenta Dilma Rousseff e as ações da operação Lava Jato refletem, de muitas maneiras, nossa estrutura política há 200 anos. Vem e deixa a teta te alimentar! Dicas: Sidney Chalhoub: Obras de Machado de Assis; Livro: A força da escravidão: ilegalidade e costume no Brasil oitocentista (2012), de Sidney Chalhoub. Juliana Magalhães: Obrigas de Caio Prado Júnior. Sarah Correia: Livro: Machado de Assis - Historiador, de Sidney Chalhoub.

Apr 23, 202201:42:45
[TdS]: Os esquecidos no processo de Independência (Lúcia Bastos - UERJ)

[TdS]: Os esquecidos no processo de Independência (Lúcia Bastos - UERJ)

Nesse episódio as historiadoras Sarah Correia (UFF) e Juliana Magalhães (Labeca - MAE/USP) batem um papo com a historiadora Lúcia Bastos, professora titular de História Moderna no curso de graduação e no Programa de Pós-Graduação de História Política da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). É especialista em cultura política, trabalho principalmente com os seguintes temas: Relações culturais, Independência, Imprensa, Ilustração, Liberalismo, livreiros, Cultura e Poder, Práticas de Poder, Intelectuais, censura. Na nossa conversa, Lúcia comenta sobre os indivíduos desconhecidos que participaram no processo de Independência através da imprensa, com a divulgação de panfletos e jornais produzidos na época. A pesquisadora apresenta a intensa atividade escrita de homens, mulheres e escravizados/as em defesa da separação do Brasil de Portugal ou da reinvindicação de concepções de "liberdade" escritos em forma de poemas, sonetos, orações e narrativas. As diferentes compreensões sobre os papéis sociais levaram indivíduos a partirem de ideias sobre autonomia pessoal em direção a construção das ideias de autonomia social, política, econômica e institucional. Ao fazerem isso, promoviam uma lenta e gradual construção de identidade como indivíduos independentes, que mais tarde seriam reconhecidos como brasileiros. Vem e deixa a teta te alimentar! Dicas: Lúcia Bastos: Artigos: A “guerra de penas”: os impressos políticos e a independência do Brasil (Revista Tempo); Os esquecidos no processo de Independência: uma história a se fazer (Revista Almanack); Entre a lenda negra e a lenda dourada: Napoleão Bonaparte na ótica dos luso-brasileiros (Ler História); Educar é civilizar: a pedagogia dos periódicos e dos panfletos políticos da Independência do Brasil (1821-1824) (Revista História da Educação), de Lúcia Bastos. Livros: Corcundas e Constitucionais— A cultura política da Independência (1820-1822), de Lúcia Bastos; O Império do Brasil, de Humberto Fernandes Machado e Lúcia Bastos Pereira das Neves; Repensando o Brasil do Oitocentos : cidadania, política e liberdade, de José Murilo de Carvalho, Lúcia Maria Bastos Pereira das Neves. Juliana Magalhães: Podcast Três Egiptólogues entram num bar; Sarah Correia: Brasil Imperial, documentário produzido pela Fundação Cesgranrio (Amazon Prime Video, 2022).
Apr 16, 202201:32:46
[TdS]: As províncias do Norte nas lutas de Independência do Brasil: O caso do Maranhão e do Grão Pará - Marcelo Galves (UEMA)

[TdS]: As províncias do Norte nas lutas de Independência do Brasil: O caso do Maranhão e do Grão Pará - Marcelo Galves (UEMA)

Nesse episódio as historiadoras Sarah Correia (UFF) e Juliana Magalhães (Labeca - MAE/USP) batem um papo com a historiador Marcelo Cheche Galves, professor do Departamento de História e Geografia da Universidade Estadual do Maranhão (UEMA) e do Programa de Pós-graduação em História (PPGHIST) da mesma Universidade. É coordenador do Núcleo de Estudos do Maranhão Oitocentista (NEMO), membro da Rede Proprietas e atua nas áreas de História do Brasil e do Maranhão, no Oitocentos. Na nossa conversa, Marcelo comenta sobre o papel do Maranhão e do Grão Pará nas lutas de Independência do Brasil ao se manterem em oposição ao projeto de separação do Brasil de Portugal proposto pela capital Rio de Janeiro. Segundo ele, a adesão à Independência das duas regiões foi gradual, dado o avanço de forças paramilitares e a tentativa de controle dos territórios, incluindo a tentativa de tomada da ilha de São Luís pelo separatistas. Isso pode ser atestado através dos registros impressos que circularam durante o período, e os efeitos sentidos à posteriori, indicando que, embora a separação entre Brasil e Portugal tenha sido firmada, o sentimento lusitano perdurou no seio da sociedade maranhense. Vem e deixa a teta te alimentar! Dicas: Marcelo Galves: Portal das Independências: https://portaldobicentenario.org.br/; Dossiê "Qual Brasil? Projetos de nação em debate no contexto da independência brasileira", Revista Tophoi; Revista Almanack, n° 29 (2021); Juliana Magalhães: "Ao público sincero e imparcial": imprensa e Independência na província do Maranhão (1821-1826); O Maranhão Oitocentista, de Marcelo Cheche Galves; Sarah Correia: Blog das Independências: portaldobicentenario.org.br/independencias/.
Apr 09, 202201:05:59
[TdS] O Museu do Ipiranga e a construção da memória sobre Independência do Brasil (Cecília Helena Oliveira - USP)

[TdS] O Museu do Ipiranga e a construção da memória sobre Independência do Brasil (Cecília Helena Oliveira - USP)

Nesse episódio as historiadoras Sarah Correia (UFF) e Juliana Magalhães (Labeca - MAE/USP) batem um papo com a historiadora Cecília Helena Lorenzini de Salles Oliveira, professora titular do Museu do Ipiranga, também conhecido como o Museu Paulista da Universidade de São Paulo (USP). Tem experiência na área de História, com ênfase em História do Brasil, atuando principalmente nos seguintes temas: relações entre história e memória, história política, Independência, história do Império e escrita da História em Museus. Na nossa conversa, Cecília comenta a reabertura do Museu Paulista que ocorrerá em setembro de 2022 (mês que marca os 200 anos de Independência), e as novas perspectivas que serão apresentadas sobre a Independência do Brasil. Segundo a pesquisadora, o principal objetivo do Museu é convidar o visitante a construir os próprios sentidos da história brasileira a partir de sua realidade, tendo o Museu como mediador entre realidade e memória. Para ela, precisamos enfrentar as memórias boas e ruins sobre o passado da Independência do Brasil presentes no Museu para complexificar, aprofundar e incluir todos os sentidos do que é ser brasileiro. Vem e deixa a teta te alimentar! Dicas: Helena Oliveira: Museu do Ipiranga - http://museudoipiranga2022.org.br; Revista Almanack 23 (2020) - periodicos.unifesp.br/index.php/alm/issue/view/746. Juliana Magalhães: Museu da Cidade de São Paulo/ Solar da Marquesa de Santos - https://www.museudacidade.prefeitura.sp.gov.br/; Sarah Correia: Museu da Língua Portuguesa - www.museudalinguaportuguesa.org.br/?gclid=Cj0KCQjw6J-SBhCrARIsAH0yMZjTLVOkloZLKZGjTBIKz71p9YBHaWoPR4pH_dTR_09EECt8j5rg1LsaAv2vEALw_wcB .
Apr 02, 202254:52
[TdS]: As biografias da Independência: As muitas vidas da Marquesa de Santos (Paulo Rezutti)

[TdS]: As biografias da Independência: As muitas vidas da Marquesa de Santos (Paulo Rezutti)

Nesse episódio as historiadoras Sarah Correia (UFF) e Juliana Magalhães (Labeca - MAE/USP) batem um papo com o escritor Paulo Rezzutti, arquiteto formado pela Faculdade de Belas Artes da Universidade de São Paulo e pesquisador independente da História de São Paulo e do Brasil. É membro do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, do Instituto Histórico de Petrópolis e do Instituto Histórico e Geográfico de Campos dos Goytacazes. Tem como principais interesses: História do Brasil no século XIX; biografias de personalidades públicas no Brasil. Na nossa conversa, Paulo comenta sobre a vida de Domitila de Castro Canto e Melo, a Marquesa de Santos (1797-1867), conhecida por ter sido amante de Dom Pedro I (1798-1834). Em uma trajetória que envolve violência doméstica, defesa de interesses pessoais e familiares e grande habilidade diplomática, Paulo comenta como as ações de Domitila ajudaram diversos atores políticos paulistanos a se movimentarem no cenário nacional após a proclamação da Independência e durante os anos de permanência do Imperador no poder. Além da Marquesa, o escritor comenta outros personagens masculinos e femininos de destaque do período, dando ênfase no processo de humanização das vidas biografadas, entre erros e acertos. Além disso, Paulo comenta sobre o trabalho com a documentação que foi a base de seus livros e a relação que mantém com os historiadores. Vem e deixa a teta te alimentar! Dicas: Séries: A Idade Dourada; Newsroom; Catarina, a Grande (HBO); Livros: Uma festa brasileira celebrada em Rouen em 1550. Prefácio e notas; Titília e o Demonão: Cartas inéditas de d. Pedro à marquesa de Santos; Domitila, a verdadeira história da marquesa de Santos; D. Pedro, a história não contada: O homem revelado por cartas e documentos inéditos; D. Pedro IV, a história não contada. O homem revelado por cartas e documentos inéditos; D. Leopoldina, a história não contada. A mulher que arquitetou a Independência do Brasil; Domitila, a verdadeira história da marquesa de Santos Edição revista e ampliada; Mulheres do Brasil, a história não contada; D. Pedro II, a história não contada; O Pássaro de Fogo e outros contos de fadas russos. Tradução e adaptação; Princesinhas e principezinhos do Brasil; Os últimos czares: uma breve história não contada dos Romanovs, de Paulo Rezutti; Youtube: www.youtube.com/c/PauloRezzuttiEscritor. Juliana Magalhães: Dicas: Dowton Abby (PRIME VIDEO; NETFLIX); Filmes de Pedro Almodóvar; Mães Paralelas, de Pedro Almodóvar (NETFLIX, 2022); Sarah Correia: Inventando Anna (NETFLIX, 2022).
Mar 26, 202201:25:43
[TdS]: Quem lucrou com a vinda da Família Real para o Brasil? (Carlos Gabriel Guimarães - UFF)

[TdS]: Quem lucrou com a vinda da Família Real para o Brasil? (Carlos Gabriel Guimarães - UFF)

Nesse episódio as historiadoras Sarah Correia (UFF) e Juliana Magalhães (Labeca - MAE/USP) batem um papo com o historiador Carlos Gabriel Guimarães, professor associado do departamento de História da Universidade Federal Fluminense (UFF). Tem experiência na área de História, com ênfase em História Econômica do Brasil (Colônia e Império, séculos XVIII e XIX), atuando principalmente nos seguintes temas: estado, comércio, poder, economia e história econômica. Na nossa conversa, Carlos Gabriel nos conta sobre a influência dos agentes econômicos na estrutura do nascente Império Brasileiro. Segundo ele, barões do café e grandes comerciantes de escravos lucraram (e muito) com a vinda da família Real Portuguesa (1808-1822) devido a instalação das principais instituições governamentais na nova capital do Império (Rio de Janeiro), aumentando o volume de transações financeiras na praça do comércio. De acordo com ele, o que dá sentido a manutenção do Império pós 1822 são, entre outros fatores, os lucros advindos do tráfico de escravizados, ajudando a estruturar uma elite econômica que vem se reinventando até os dias atuais. O pesquisador também menciona o papel dos grandes latifundiários e a participação dos ingleses para a formação da estrutura econômica e financeira do Brasil no século XIX. Vem e deixa a teta te alimentar! Dicas: Carlos Gabriel: Sobrados e Mocambos, de Gilberto Freire; Formação do Brasil Contemporâneo, de Caio Prado Júnior; O Tempo Saquarema, de Ilmar de Mattos; Visões do Paraíso, de Sergio Buarque de Holanda. Juliana Magalhães: Raízes do Brasil, de Sérgio Buarque de Holanda. Sarah Correia: Instagram Observatório do Negacionismo.

Mar 19, 202201:18:58
[TdS]: A Independência do Brasil é um tema atual? (João Paulo Pimenta - USP)

[TdS]: A Independência do Brasil é um tema atual? (João Paulo Pimenta - USP)

Nesse episódio as historiadoras Sarah Correia (UFF) e Juliana Magalhães (Labeca - MAE/USP) batem um papo com o historiador João Paulo Pimenta, professor do Departamento de História da Universidade de São Paulo (USP). Atua principalmente nos seguintes temas: América portuguesa, séculos XVIII e XIX; Independência do Brasil e da América espanhola; Império do Brasil; questão nacional e identidades políticas; história do tempo histórico. Na nossa conversa, João Paulo comenta sobre as possibilidades de se compreender a independência através dos conceitos: nação, pátria e Estado. O pesquisador menciona que após a independência passamos a pensar um projeto de nação que incluía a elaboração de nossa identidade como brasileiros, e que os mitos advindos dessa elaboração precisam ser discutidos para reposicionar nossa noção sobre o papel dos personagens femininos e masculinos envolvidos no processo. João Paulo fala também sobre o quão importante é o tema para os dias atuais e como podemos, a partir da contemporaneidade, repensar nossa projeto de Nação perante o mundo e nós, brasileiros. Vem e deixa a teta te alimentar! Dicas: João Paulo: Livros: O livro do tempo: Uma História Social e Independência do Brasil, de João Paulo Pimenta. Juliana Magalhães: Filmes de Werner Herzog; Filme: Portuñol, de Thaís Fernandes (BRA, 2019); Podcast Vala de Perus. Sarah Correia: Filme: Instagram do Observatório do Negacionismo e Fahrenheit 451, de Ray Bradbury.
Mar 12, 202201:13:47
[TdS]: As consequências da Independência através da política e a literatura de José de Alencar (Bruno Nojosa - UFF)

[TdS]: As consequências da Independência através da política e a literatura de José de Alencar (Bruno Nojosa - UFF)

Nesse episódio as historiadoras Sarah Correia (UFF) e Juliana Magalhães (Labeca - MAE/USP) batem um papo com o historiador Bruno Nojosa, doutor em História pela Universidade Federal Fluminense (UFF) e pesquisador do Grupo Sociedade de Estudos do Brasil Oitocentista da Universidade Federal do Ceará (UFC). Tem experiência na área de História, com ênfase em estudos sobre o Brasil Império, atuando principalmente nos seguintes temas: política, sociedade, intelectualidade, América Latina, Independência e Século XIX. Na nossa conversa, Bruno comenta sobre a importância do Clã Alencar para o Ceará e para o Brasil, com destaque para o político e escritor José de Alencar (1829-1877). Focando na trajetória politica de Alencar, o pesquisador apresenta a contraditória construção de sua imagem pública, com aspirações liberais mas defensor de práticas conservadoras. Tais elementos expressam através da imagem de Alencar a visão de Brasil Independente, vivendo entre a modernidade e o atraso social. Segundo Bruno, a trajetória de José de Alencar foi exemplar para indicar o estágio tensão política no Brasil no pós independência, e que, de alguma maneira, acabou culminando na apresentação de um projeto de nação independente a partir da perspectiva literária com as obras O Guarani (1857) e Iracema (1865). Vem e deixa a Teta te alimentar! Dicas: Bruno Nojosa: Livros: Tristão de Alencar Araripe e a história do Ceará, de Itália Bianca Morais da Silva; Anais do Parlamento Brasileiro; O Inimigo do Rei: Uma Biografia de José de Alencar ou a Mirabolante Aventura de Um Romancista Que Colecionava Desafetos,
de Lira Neto; As peculiaridades dos Ingleses e outros artigos, de E. P. Thompson; Obras de José de Alencar; Filme: 12 anos de escravidão, de Steve McQueen (EUA, 2014); Jogos: Red Dead Redemption 1 e 2; The Last of Us 1 e 2; Juliana Magalhães: Filmes: Azor, de Andreas Fontana (ARG, 2021); O golpista do Tinder, de Felicity Morris (NETFLIX, 2022); O atalho, de Kelly Reichardt (EUA, 2010); Ópera "O Guarani" (Il Guarany), com Plácido Domingo como Peri. Sarah Correia: Livro: Senhora, de José de Alencar.
Mar 05, 202201:25:11
[TdS] As mulheres da Independência do Brasil e o papel dos Museus na nossa História (Angela Moliterno - FUNARJ)

[TdS] As mulheres da Independência do Brasil e o papel dos Museus na nossa História (Angela Moliterno - FUNARJ)

Nesse episódio as historiadoras Sarah Correia (UFF) e Juliana Magalhães (Labeca - MAE/USP) batem um papo com a museóloga Angela Moliterno, formada no antigo Curso de Museus da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), com especialização em Museus artísticos. Trabalhou no Museu Histórico da Cidade, Museu do I Reinado/Casa da Marquesa dos Santos, no Ministério da Cultura (2001-2003) como assessora de Museus e Patrimônio, na Superintendência de Museus da Secretaria de Cultura do Estado do Rio de Janeiro, no Museu dos Teatros, na casa Oliveira Viana e no Museu do Ingá (2013 - 2021). Na nossa conversa, Angela comenta sobre algumas exposições que tiveram como personagens quatro importantes figuras femininas que participaram de eventos ligados a Independência do Brasil: A escritora e desenhista inglesa Maria Graham (1785-1842); a soldado baiana Maria Quitéria de Jesus (1792-1853); Domitila de Castro Canto e Melo, a Marquesa de Santos (1797-1867) e Maria Leopoldina de Áustria, Imperatriz Consorte do Império do Brasil (1797-1826). De acordo com a museóloga, é preciso dar espaço para as exposições nos Museus sobre o período para entendermos melhor o papel dos indivíduos comuns, sobretudo das mulheres na construção da nascente nação brasileira. Ela também atenta ao fato de que é preciso dar voz ao passado através das pesquisas e das publicações acadêmicas para que conheçamos melhor a nossa identidade, seja através da História ou através dos Museus. Vem e deixa a teta te alimentar! Dicas: Angela Moliterno: Peça: Leopoldina, Independência ou Morte (https://www.youtube.com/watch?v=UkWBATH8YVY); Livro: Maria Graham, uma inglesa na Independência do Brasil, de Denise G. Porto; Semana do Bairro Imperial (semana do dia 18 de maio, dia internacional dos Museus). Sarah Correia: Dona Leopoldina a história não contado: a mulher que arquitetou a Independência do Brasil, de Paulo Rezzutti. Juliana Magalhães: Museu do Ingá -Museu de História e Arte do Estado do Rio de Janeiro (https://www.instagram.com/museudoinga/; https://www.facebook.com/museudoingarj/) Museu Antônio Parreiras (https://www.facebook.com/MuseuAntonioParreiras/; https://nova.kickante.com.br/crowdfunding/projeto-para-revitalizacao-do-museu-antonio-parreiras); MAC - Museu de Arte Contemporânea de Niterói (https://www.instagram.com/macniteroi/; http://culturaniteroi.com.br/macniteroi/); Museu Janete Costa de Arte Popular (http://culturaniteroi.com.br/janete; https://www.instagram.com/museujanetecosta/?hl=pt); Teatro Municipal de Niterói (https://www.instagram.com/theatromunicipaldeniteroi/; https://www.culturaniteroi.com.br/).


Feb 26, 202201:09:29
[TdS] Nem chifre, nem frango: revisitando a imagem de Dom João VI (Juliana Meirelles - PUC Campinas)

[TdS] Nem chifre, nem frango: revisitando a imagem de Dom João VI (Juliana Meirelles - PUC Campinas)

Nesse episódio as historiadoras Sarah Correia (UFF) e Juliana Magalhães (Labeca - MAE/USP) batem um papo com a historiadora Juliana Meirelles, professora das Faculdades de História e Biblioteconomia da Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-CAMPINAS). Tem experiência na área de História, com ênfase em História do Brasil Colônia, atuando principalmente nos seguintes temas: gazeta do Rio de Janeiro, concepção de imprensa, história social da cultura escrita, espaços de sociabilidade (teatros, bibliotecas, academias), cultura e política no período joanino. Na nossa conversa, Juliana comenta sobre as ações do Príncipe Regente e depois Rei de Portugal, Brasil e Algarves Dom João VI (1767-1826) a partir da transferência da família Real de Portugal para o Brasil (1808-1822). De acordo com a pesquisadora, é preciso refletir como as ações do Monarca constituíram uma nova realidade para o Império a partir da colônia. Longe de uma personalidade aventada por inimigos políticos e pensadores como procrastinador, "sem opinião" e comilão, Dom João pode ser visto como um artesão que costurou as perspectivas politicas do Império Português no século XIX. Recebendo a incumbência de decidir o destino do Império quando não havia sido talhado para funções régias, seu processo de escuta dos embates políticas e a cautela em tomadas de decisões reatualiza a noção de um Estadista que, na realidade, estava interessado em assegurar a sobrevivência imperial em um momento de extrema instabilidade política na Europa. Nesse sentido, suas ações por um lado promoveram uma modificação radical no cotidiano colonial e nas instituições brasileiras, e por outro promoveram grande violência institucional e policial com o estabelecimento da nova estrutura de poder a partir da Corte. Vem e deixa a teta te alimentar! Dicas: Juliana Meirelles: Livros: Apologia da História, de Marc Bloch; O palhaço e o psicanalista - Como escutar os outros pode transformar vidas, de Christian Dunker e Cláudio Thebas; Tudo sobre o amor: novas perspectivas, de bell Hooks; Politica e Cultura no governo de Dom João VI; Politica e Cotidiano; Imprensa e poder na corte Joanina, de Juliana Meirelles; Coleção sobre Independência; Instagram: @jugmeirelles; @marbecker1109 Mar Becker com o livro: A mulher Submersa; @moniquemalcher, Monique Malcher com o livro: "A flor de Gume". Juliana Magalhães: Filmes: : Ataque aos Cães, direção de Jane Campion (NETFLIX, 2021); First Cow - A primeira vaca América, direção de Kelly Reichardt (EUA, 2019). Sarah Correia: Instagram @observatorio.do.negacionismo.
Feb 19, 202201:18:50
[TdS] José Bonifácio e as noções sobre propriedade privada no Brasil [séculos XVIII e XIX] (Marina Machado - UERJ)

[TdS] José Bonifácio e as noções sobre propriedade privada no Brasil [séculos XVIII e XIX] (Marina Machado - UERJ)

Nesse episódio as historiadoras Sarah Correia (UFF) e Juliana Magalhães (Labeca - MAE/USP) batem um papo com a historiadora Marina Machado, professora Adjunta, e atual Vice-Diretora, da Faculdade de Ciências Econômicas da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e do Programa de Pós-Graduação em História da mesma universidade. Tem experiência na área de História e Economia do Brasil durante o período colonial, atuando principalmente nos seguintes temas: Conflito de Terra; Legislação Agrária; Propriedade; Fronteiras. Na nossa conversa, Marina comenta sobre as concepções de propriedade liberal a partir da ideia de propriedade pensada por José Bonifácio (1763-1838). Influenciado por uma noção de propriedade absoluta baseado no modelo francês, vemos, em certa medida, o estabelecimento dessa estrutura de propriedade paulatinamente se instaurando no Brasil desde o fim do século XVIII e começo do século XIX. A pesquisadora exemplifica essa mudança a partir de dois exemplos de disputa de terras em territórios indígenas através da transformação do direito coletivo à terra em direito individual nas atuais cidades de Valença (RJ) e Campos dos Goytacazes (RJ). Com esses exemplos, entendemos as diferenças entre aldeamento (reunião de grupos indígenas em um espaço territorial que se iniciou com os jesuítas), aforamento (divisão da terra em domínio útil e domínio direto, com o direito de uso pelos foreiros por 100 anos/ 3 gerações) e arrendamento, sobretudo nas estratégias de controle da população e dos usos da terra para a expansão da propriedade privada. Para ela é importante identificar historicamente as formas de posse da terras no Brasil para se entender como se constitui a noção de capitalismo e sua relação com a ideia de propriedade desde o fim do século XVIII. E nesse sentido, José Bonifácio sintetizaria a maneira como se pensa propriedade no século XIX e como tal estrutura estará expressa na formação do Brasil Império. Vem e deixa a teta te alimentar! Dicas: Marina Machado: Filme: Não olhe para cima, direção: Adam Mckay (NETFLIX, 2021); Série: This is us (STAR+; 2016); Livros: Governing the commons, de Elinor Ostrom; Nas fronteiras do poder: conflitos de terra e direito agrário no Brasil de meados do seculo XIX, de Márcia Motta; Entre Fronteiras: Posses e Terras Indígenas nos Sertões (Rio de Janeiro, 1790-1824), de Marina Monteiro Machado. Juliana Magalhães: A Filha perdida, direção: Maggie Gillenghal (NETFLIX, 2021); Livro: A filha pedida, de Elena Ferrante. Sarah Correia: Série: Gray's Anatomy (GloboPlay, 2005); Livro: Lula, volume 1: Biografia, de Fernando Novaes.
Feb 12, 202201:06:29
[TdS] As raízes da Independência: Rodrigo de Souza Coutinho e a Construção do Império Luso-Brasileiro (Nívia Pombo - UERJ)

[TdS] As raízes da Independência: Rodrigo de Souza Coutinho e a Construção do Império Luso-Brasileiro (Nívia Pombo - UERJ)

Nesse episódio as historiadoras Sarah Correia (UFF) e Juliana Magalhães (Labeca - MAE/USP) batem um papo com a historiadora Nívia Pombo, professora do departamento de história da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Tem experiência na área de História Moderna e do Brasil durante o período colonial, atuando principalmente nos seguintes temas: Ilustração, elites letradas, cultura escrita, tipografias, estudos de trajetória, Império português, território e direitos de propriedade no final do século XVIII. Na nossa conversa, Nívia comenta sobre os antecedentes políticos da vinda da família real para o Brasil (1808) a partir da situação da corte portuguesa no final do século XVIII, tendo como figura central o diplomata e ministro Rodrigo de Souza Coutinho (1755-1812). Defensor da regência de Dom João VI e do reformismo do Estado Português, Rodrigo muitas vezes foi acusado por inimigos políticos de exercer despotismo ministerial e por aventar a ideia de um Império Luso-Brasileiro. Na realidade ele concatenava uma perspectiva de transferência da família real para o Brasil que circulava em Portugal desde a década de 1790 e que ganhou corpo com o translado do Príncipe Regente, a Corte e as instituições portuguesas em 1808. De acordo com Nívia, o ministro foi figura exemplar do iluminismo Português e peça importante no tabuleiro politico ibérico para pensar o Império Português no final do século XVIII e começo do XIX. Afilhado do Marques de Pombal e fruto dos quadros políticos formados pela Universidade de Coimbra, Rodrigo considerava o Brasil uma região economicamente importante para manutenção da soberania do Império e elemento essencial pra construção da ideia de identidade supra social tendo como objetivo a formação de um Império Mundial. Logo, significava dizer que de acordo com o Ministro, onde está a Coroa, está a Monarquia, está o Rei, independente do território. Vem e deixa a teta te alimentar! Dicas: Nívia Pombo: Uma Ideia Ilustrada de Cidade: As Transformações Urbanas no Rio de Janeiro de D. João VI. 1808-1821, de Marieta Pinheiro de Carvalho; Aspectos da Ilustração no Brasil, de Maria Odila Leite da Silva; O tempo Saquarema, Ilmar de Mattos; O século das Luzes, de Alejo Carpentier; O trato dos Viventes, de Luiz Felipe de Alencastro; A Utopia do Poderoso Império, de Maria de Lourdes Lira; Dom Rodrigo de Sousa Coutinho: pensamento e Ação político-administrativa no Império Ultramarino Português (1778-1812), de Nívia Pombo; Amantes e Rainhas, de Benedetta Croce. Filme: Como Fernando Pessoa Salvou Portugal (curta); Humboldt e a redescoberta da Natureza, direção: Tilman Remme (ALE, 2019). Dicas: Sarah Correia: Carlota Joaquina, Princesa do Brasil, direção: Carla Camurati (BRA, 1995); Coleção de Livros: Rainhas de Portugal, Maria Dona I. Dicas: Juliana Magalhães: Filmes: Responsabilidad Empresarial, direção: Jonathan Perel (ARG, 2019); Duna de Jodoroswisky, direção: Frank Pavich (EUA, 2013); Livro: Duna, de Frank Hebert.
Feb 05, 202201:29:48
Nova Temporada: "Já raiou a liberdade? Brasil, 200 anos de Independência".

Nova Temporada: "Já raiou a liberdade? Brasil, 200 anos de Independência".

Olá, tudo bem?! Não, esse não é mais um episódio. Essa é a chamada da nova temporada do Teta de Sócrates. Uma temporada que tá pra lá de especial. A nossa quarta temporada tratará dos 200 anos de Independência do Brasil de Portugal (1822-2022), proclamado por Dom Pedro I. Passados dois séculos, ainda é possível questionar: Conseguimos abraçar nossa Independência? O que significa uma colônia ser Independente? Por que o processo foi tão marcante para o Brasil e para a América Latina? Ao longo dos próximos 20 episódios, vamos conversar com especialistas de diversas áreas e regiões do Brasil e do Mundo para entender melhor as implicações do “grito às margens do Ipiranga”. Partindo de perspectivas sociais, culturais e econômicas relacionadas à Independência, entenderemos (ou pelo menos tentaremos entender!) os impactos desse evento que mudou as vidas de nós, brasileiros.
"Já raiou a liberdade? Brasil, 200 anos de Independência" é a nossa nova temporada, que estreia dia 18 de janeiro.
Vem e deixa a teta te alimentar! Até lá!
Jan 05, 202201:25
[TdS] #60: Festa da Firma na Vila de Carlota Joaquina (Prof. Dra. Márcia Motta)

[TdS] #60: Festa da Firma na Vila de Carlota Joaquina (Prof. Dra. Márcia Motta)

Nesse episódio as historiadoras Sarah Correia (UFF) e Juliana Magalhães (Labeca - MAE/USP), contam com a presença de Karoline Marques (UERJ) para bater um papo com a historiadora Márcia Motta, professora aposentada do Departamento e do Programa de Pós Graduação em História da Universidade Federal Fluminense, onde atuou desde 1992. Tem experiência na área de História, com ênfase em História Agrária, atuando principalmente nos seguintes temas: conflito de terra, apropriação territorial, direito agrário e movimentos rurais. Na nossa conversa, Márcia comenta sobre o processo que estruturou o livro que escreveu sobre Carlota Joaquina que será publicado em 2022 intitulado "As terras de Carlota: vila de Ançã e a invenção demarcatória". De acordo com a pesquisadora o processo envolve uma porção de terras próximas a Coimbra concedidas em 1799 por Dona Maria I para Carlota Joaquina, cujo o interesse era passar a propriedade para seu segundo filho homem, Dom Miguel I. Nesse processo vemos a divisão regional, em especial a partir da Vila Ançã, e seu impacto social, cultural e geográfica na comunidade local. Para Márcia, a importância de se investigar o processo está relacionada aos elementos que constroem as noções sobre propriedade de terras, entre eles o amor filial e o legado de nobre tido como "bastardo". No final, conversamos sobre a importância de estudar o conceito de propriedade e refletimos sobre como este podcast reflete um proposta de propriedade compartilhada. Vem e deixa a teta te alimentar! Dicas: Márcia Motta: A Herança Imaterial, Giovanni Levi; A Formação da Classe Operária Inglesa e Costumes em Comum, de E. P. Thompson; séries policiais. Karoline Marques: Aruanas (Globoplay, 2019); Plataforma SILB (sesmarias do império luso-brasileiro): http://www.silb.cchla.ufrn.br/; Entre Fronteiras: posses e terras indígenas nos sertões (Rio de Janeiro, 1792-1824), de Marina Machado (UERJ). Sarah Correia: Carlota Joaquina, Princesa do Brasil, direção: Carla Carmurati (BRA, 1985). Juliana: Os catadores e Eu, de Agnes Vardà (FRA, 2000); Livros: O tombo de Carlota Joaquina (disponibilizado em pdf); As terras de Carlota: vila de Ançã e a invenção demarcatória, de Márcia Motta (2022).


Dec 18, 202101:54:39
[TdS] #59: O que o Judiciário tem a ver com a questão de terras no Amazonas? (Doutorando Alan Dutra)

[TdS] #59: O que o Judiciário tem a ver com a questão de terras no Amazonas? (Doutorando Alan Dutra)

Nesse episódio as historiadoras Sarah Correia (UFF) e Juliana Magalhães (Labeca - MAE/USP) batem um papo com o historiador Alan Dutra, doutorando em História pelo Programa de Pós Graduação da Universidade Federal Fluminense (UFF) atuando principalmente nos seguintes temas: Fronteiras, conflitos de terra, propriedade da terra, Amazonas, patrimônio material e Educação. Na nossa conversa, Alan apresenta as reflexões sobre o papel do poder judiciário na disputa de terras no Amazonas entre o final do século XIX e as primeiras décadas do século XX. De acordo com o pesquisador, existe uma necessidade e uma grande demanda de se estudar a História Agrária a partir de marcadores de terra se questionando qual o papel da operacionalidade do direito brasileiro nesse processo. Para o pesquisador, as questões que se sobressaem dos estudos são: a justiça no Brasil é justa? Afinal, a lei é uma ficção, uma construção? Seria a construção caso a caso da relação do homem com a terra o que direciona o interesse pela sua posse? Descubra com a gente! Vem e deixa a teta te alimentar! Dicas: Alan Dutra: Livro: A expressão Amazonense, de Márcio Souza; Amazônia, a terra e o homem, de Araújo Lima; A Amazônia e a integridade do Brasil, de Arthur Cézar Ferreira Reis. Juliana Magalhães: Filmes: Navegando até Kinshasa, direção: Dieudo Hamadi (RDC, 2020); Sarah Correia: Filme: Mariguella, direção de Wagner Moura (BRA, 2021).
Dec 11, 202102:06:45
[TdS] #58: "Vai rolar um adultério": leis e misoginia no Império Romano (Prof. Dra. Sarah Azevedo)

[TdS] #58: "Vai rolar um adultério": leis e misoginia no Império Romano (Prof. Dra. Sarah Azevedo)

Nesse episódio as historiadoras Sarah Correia (UFF) e Juliana Magalhães (Labeca - MAE/USP) batem um papo com a historiadora Sarah Azevedo, professora substituta de História Antiga da Universidade de São Paulo (USP) e especialista em História das mulheres e relações de gênero na antiguidade com foco em violência contra as mulheres em Roma. Na nossa conversa, Sarah comenta sobre a noção de adultério na transição da Roma republicana para a Roma Imperial e como as concepções de adultério variaram no tempo/espaço. De acordo com a pesquisadora, a ideia de monogamia para o período pressupõe uma hierarquia patriarcal, voltada para produção da prole cidadã. Nesse sentido a ideia de patriarcado como categorização das mulheres é um fenômeno de dominação masculina, cujo objetivo é vigiar e punir as mulheres através de variados e, por vezes, sofisticados dispositivos sociais e legislativos. No final, Sarah reflete sobre as dificuldades documentais para acessar as mulheres romanas e comenta sobre a relação entre sexualidade, prostituição e amamentação partindo da ideia da palavra "lupa" (loba). Vem e deixa a teta te alimentar! Dicas: Sarah Azevedo: Domina (Sky Atlantic, 2021); Messalinas: Grupo de Estudos sobre Gênero e Sexualidade na Antiguidade: http://messalinas.fflch.usp.br; https://www.youtube.com/channel/UCpw_32HhHhydU8SlE6JVA4w; https://www.facebook.com/messalinasgenero; https://www.instagram.com/messalinas_usp/; Tese: História, retórica e mulheres no Império Romano: um estudo sobre as personagens femininas e a construção da imagem de Nero na narrativa de Tácito (https://www.repositorio.ufop.br/handle/123456789/4570); Academia.edu: https://usp-br.academia.edu/SarahAzevedo; Textos e artigos de Marina Regis Cavicchioli (UFBA); Livros: Os crimes da Paixão, de Mariza Corrêa; Mulheres e poder: um manifesto, de Mary Beard; Artigo: As mulheres silenciosas de Roma, de Moses Finley; Podcast: Praia dos Ossos. Juliana Magalhães: Livro: Maneiras trágicas de se matar uma mulher, de Nicole Loraux; Podcast: You´re dead to me (BB4); Google Arts and Culture - Museo dell'Ara Pacis; videos no Youtube de Mary Beard. Sarah Correia: Livro: Por um feminismo latino americano, de Lélia Gonzalez.

Dec 04, 202101:44:45
[TdS] #57: "São tantas emoções...": Teoria da mente e estudo das emoções (doutoranda Thuany Figueiredo)

[TdS] #57: "São tantas emoções...": Teoria da mente e estudo das emoções (doutoranda Thuany Figueiredo)

Nesse episódio as historiadoras Sarah Correia (UFF) e Juliana Magalhães (Labeca - MAE/USP) batem um papo com Thuany Figueiredo, doutoranda em Linguística pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Seus interesses de pesquisa são: linguagem e pensamento, aquisição de linguagem, psicolinguística, cognição social. Na nossa conversa, Thuany comenta sobre Teoria da Mente e áreas correlatas. Derivada dos estudos em primatologia, a teoria tenta atribuir conteúdos da vida mental a nós mesmos e aos outros, assumindo a ideia de mente como vida psicológica. Se temos mente, o que acontece nela? Sentimentos, emoções, crenças, conhecimentos, ignorâncias, desejos, intenções, etc. Partindo dessas reflexões, a pesquisadora indaga como pensamos sobre o que os outros estão pensando. É possível acessar isso? Levando em consideração a capacidade da espécie humana de interação entre mentes através da cognição social, a linguagem indica uma possibilidade de acesso às nossas mentes e das nossas emoções. Existe um papel da linguagem na atribuição de emoções? Para sentir é preciso de linguagem? Aparentemente não, mas para expressar um sentimento é preciso de linguagem? É possível que sim. Afinal, conseguimos sentir diferentes coisas, em diferentes níveis, mas quando chega a parte de expressar tais emoções, o tema demonstra toda sua complexidade. Afinal, são tantas emoções...! Vem e deixa a Teta te alimentar! Dicas: Thuany Figueiredo: A estranha ordem das coisas; O erro de Descartes, de António Damásio; O último abraço da matriarca: As emoções dos animais e o que elas revelam sobre nós, de Frans de Waal; LAPROS - Laboratório de aquisição, processamento e sintaxe:  https://www.iel.unicamp.br/br/content/laborat%C3%B3rio-de-aquisi%C3%A7%C3%A3o-processamento-e-sintaxe; Centro de Estudos Marília Padilha: https://www.instagram.com/centroestudosmp/?hl=pt; Coletivo Japy: https://www.facebook.com/coletivojapy/; Centro Socialista de Jundiaí: https://www.instagram.com/centrosocialistajd/; https://www.facebook.com/centrosocialistajd/. Sarah Correia: Filme: Divertidamente (DISNEY+, 2015); O corpo fala: a linguagem silenciosa da comunicação não verbal, de Pierre Weil e Roland Tompakow. Juliana Magalhães: Filmes: Os cavalos de Fogo (1965); A lenda da Fortaleza Suram (1985), de Serguei Parajanov; Livros: História das Emoções: problemas e métodos, de Barbara H. Rosenwein; Coleção História das Emoções, organizado por Alain Corbin, Georges Vigarello e Jean-Jacques Courtine.



Nov 27, 202101:17:59
[TdS] #56: "Saudações a ti que criastes tudo que existe": Hinos religiosos no Reino Novo Egípcio (doutorando Guilherme Borges Pires)

[TdS] #56: "Saudações a ti que criastes tudo que existe": Hinos religiosos no Reino Novo Egípcio (doutorando Guilherme Borges Pires)

Nesse episódio as historiadoras Sarah Correia (UFF) e Juliana Magalhães (Labeca - MAE/USP) batem um papo com Guilherme Borges Pires, doutorando em Egiptologia pela Universidade Nova de Lisboa e especialista em religião no Império Novo Egípcio (séculos XVII à XI a.C). Na nossa conversa, Guilherme comenta sobre os desafios de trabalhar, interpretar e traduzir os hinos religiosos egípcios para o português. Segundo ele, pensar um conhecimento produzido no passado pelos egípcios em português é propor um olhar periférico, que se veicula a uma historiografia e ao conhecimento de Antiguidade que não estão no centro da produção acadêmica na área. Questionar qual a identidade da(s) divindade(s) criadora(s), o que é criado e como os seres e entidades que compõem o mundo são criados são algumas das indagações pelas quais o pesquisador tenta explorar a leitura de um hino religioso em seus variados sentidos (semânticos, fonéticos, sociais, culturais, etc). De acordo com o pesquisador, um conjuntos de textos ou narrativas poderiam apresentar diferentes marcadores de espaço, gênero para indicar como o criador traz à existência seres vivos e a realidade concreta. Porém todos eles carregam a pergunta que egiptólogos e historiadores tentam responder até os dias atuais: afinal, o que é que o autor (ou autores) quis dizer com cada um destes hinos? Vem e deixa a Teta te alimentar! Dicas: Guilherme Borges Pires: Podcast Falando de História; Instagram: @antiguidade_cham; @umaegiptologaportuguesa; Programa: Visita Guiada (RTP 2/RTP Play); Filme: O príncipe do Egito, direção de Brenda Chapman, Steve Hickner, Simon Wells (EUA, 1998). Sarah Correia: Séries: Modern Love (Amazon Prime, 2019); SOUL (DINSEY+, 2020). Juliana Magalhães: Luca (DISNEY+, 2021); O planeta do Tesouro (Disney+, 2001); Livro: O antropólogo e sua Magia, de Wagner Gonçalves da Silva; Filme: Investigação sobre um cidadão acima de qualquer suspeita, direção de Elio Petri (ITA, 1970); O Psicopata Americano, direção de Mary Harron (EUA, 2000).


Nov 20, 202101:45:37
[TdS] 55#: A mão terceirizadora do mercado: precarização e superexploração trabalhista no Brasil (Dr. Igor Figueiredo)

[TdS] 55#: A mão terceirizadora do mercado: precarização e superexploração trabalhista no Brasil (Dr. Igor Figueiredo)

Nesse episódio as historiadoras Sarah Correia (UFF) e Juliana Magalhães (Labeca - MAE/USP) batem um papo com o sociólogo Igor da Silva Figueiredo, doutor em ciências sociais pela Universidade de Campinas (UNICAMP) e especialista em sociologia do trabalho, economia do trabalho e sindicalismo. Na nossa conversa, o pesquisador fala sobre o processo de terceirização no Brasil. De acordo com o pesquisador o assunto precisa ser visto como um fenômeno que tende a precarização do trabalho, a redução de direitos, a diluição das categorias além de aumentar a fragilidade das relações trabalhistas no país. Para refletir sobre o tema, Igor tenta propor uma análise da realidade concreta de eletricitários e trabalhadores de limpeza, dialogando com uma leitura macrossocial de Brasil cujo o entrelaçamento das discussões entre gênero, raça, regionalidade e classe são dados a partir dos contextos de superexploração. Além disso, o pesquisador menciona algumas discussões sobre o aprofundamento da intermitência do trabalho através do elemento tecnológico com o crescimento de infoproletários e do processo de plataformização de serviços. No final, Igor menciona sua colaboração para o Manchetômetro (UERJ) e o trabalho produzido no M Facebook, que analisa as interações e reações políticas nas redes sociais, entre elas as reações relacionadas ao universo bolsonarista. Vem e deixa a Teta te alimentar! Dicas: Igor Figueiredo: Livros: Camarada e amante, cartas de Rosa Luxemburgo a Leo Jogiches; Armadilhas da identidade, de Asad Haider; O Capital, de Karl Marx (Livro I, capítulo I); Dialética da dependência, de Ruy Mauro Marini; Academia.edu: https://independent.academia.edu/ifigueiredo. Juliana Magalhães: Filmes: A classe operária vai para o paraíso, Elio Petri (ITA, 1971); Eu, Daniel Blake, dirigido por Ken Loach (ING, 2016); Dois dias, uma noite, dirigido por Luc Dardenne, Jean-Pierre Dardenne (FRA, 2014); O corte, dirigido por Costa-Gavras (FRA, 2006). Sarah Correia: Série: Maid (NETFLIX, 2021); Documentário: Vidas entregues, disponível no YouTube: https://www.youtube.com/watch?v=cT5iAJZ853c.





Nov 13, 202101:14:17
[TdS] 54#: Misericórdia! Relações políticas da Irmandade da Misericórdia (mestranda Karoline Marques)

[TdS] 54#: Misericórdia! Relações políticas da Irmandade da Misericórdia (mestranda Karoline Marques)

Nesse episódio as historiadoras Sarah Correia (UFF) e Juliana Magalhães (Labeca - MAE/USP) batem um papo com a historiadora Karoline Marques, mestranda no Programa de Pós-Graduação em História da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e especialista em História Colonial, relações entre Brasil e Portugal no Período Colonial e Irmandade da Misericórdia. Na nossa conversa, Karoline comenta sobre a fundação e desenvolvimento da Irmandade da Misericórdia em Portugal e em diversas partes do Império Português entre os séculos XVI e XVII a partir de uma perspectiva das relações políticas da comunidade. Em específico, a pesquisadora aborda a Misericórdia no Rio de Janeiro apresentando a Irmandade como um dos "corpos intermédios" de Portugal: ela seria uma das instituições que mediam a relação dos indivíduos com a Coroa Portuguesa ao mesmo tempo que em estabelecem o senso de unidade social, para que não haja fragmentação política, social e de classe nas Colônias. Tendo recebido a dádiva concedida pelo Rei, posto que a Irmandade era diretamente ligada ao poder governamental, porém não submissa a ela, o irmão ou provedor da Misericórdia buscava, entre outras práticas, a diferenciação social através da nobilitação, reforçando o papel da economia moral das mercês como peça fundamental para a manutenção do Império ultramarino. Vem e deixa a teta te alimentar! Dicas: Karoline Marques: Revista Dia-Logos (UERJ): https://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/dia-logos; Livros: Impérios em concorrência: histórias conectadas nos séculos XVI e XVII, de Sanjay Subrahmanyam; Nas Fronteiras do Além: a secularização da morte no Rio de Janeiro (séculos XVIII e XIX) de Cláudia Rodrigues. Juliana Magalhães: Podcasts: Mano a Mano (Spotify); Paciente 63 (Spotify); Budejo (Central3). Sarah Correia: Série: Segunda Chamada (GLOBOPLAY, 2021).

Nov 06, 202101:13:39
[TdS] 53#: Tudo o que a gente não sabe sobre Reino Médio no Egito (Doutoranda Luiza Silva)

[TdS] 53#: Tudo o que a gente não sabe sobre Reino Médio no Egito (Doutoranda Luiza Silva)

Nesse episódio as historiadoras Sarah Correia (UFF) e Juliana Magalhães (Labeca - MAE/USP) batem um papo com a arqueóloga Luiza Osório G. da Silva, doutoranda em arqueologia egípcia pela Universidade de Chicago. Na nossa conversa, Luiza comenta sobre arte, desenvolvimento de instituições políticas e obras arquitetônicas do Reino Médio no Egito (2061 e 1785 a.C). Segundo a pesquisadora, a construção de fortalezas e o estabelecimento de cidades distantes do Vale dos Reis e a difícil delimitação entre a ideia de "cidade e "campo" marcou o período, assim como a relação entre Egito e Núbia. De acordo com Luiza, o período não se destaca tanto quando o Reino Novo no cenário público e de divulgação da civilização, mas possui características estilísticas importantes que vão impactar o período posterior como a releitura da arte funerária. Vem e deixa a teta te alimentar! Dicas: Luiza Silva: Livros: O Silmarillion e Trilogia Senhor do Anéis, de J. R. R. Tolkien; Coleção Anne de Green Gables, de Lucy Maud Montgomery; Ancient Egypt: Anatomy of a Civilization, de Berry J. Kemp; Abydos: Egypt’s First Pharaohs and the Cult of Osiris, de David O'Conner. Filmes: Trilogia Senhor dos Anéis dirigido por Peter Jackson; Série: Anne com E (NETFLIX, 2017-2020). Juliana Magalhães: Filmes de Jean Paul Belmondo; O Acossado (1960); O demônio das onze horas (1965) O Magnífico (1973).  Sarah Correia: Filmes: O Príncipe do Egito, dirigido por Brenda Chapman, Steve Hickner, Simon Wells. (EUA, 1998).
Oct 30, 202101:05:02
[TdS] 52#: Rainha Boudica, a senhora é destruidora mesmo! (Dra. Tais Belo)

[TdS] 52#: Rainha Boudica, a senhora é destruidora mesmo! (Dra. Tais Belo)

Nesse episódio as historiadoras Sarah Correia (UFF) e Juliana Magalhães (Labeca - MAE/USP) batem um papo com a arqueóloga Tais Belo, doutora pelo programa de pós-graduação do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH) da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Atualmente é pós-doutoranda em arqueologia no Museu de Arqueologia e Etnologia (MAE) da Universidade de São Paulo (USP). Na nossa conversa, Tais comenta sobre as diferentes apropriações britânicas da história e da imagem de Boudica, rainha da tribo dos Icenos que liderou levantes contra os romanos em solo inglês na segunda metade do I séc. d.C. De acordo com a pesquisadora, a representação vitoriana e elizabetana podem ser vistas como comentários políticos destacando facetas hora maternais hora bélicas para uma identidade feminina nacional. A análise de vitrais, estátuas e artefatos associados à Boudica, produzidos sobretudo na época Moderna até os dias atuais indicam que a ressignificação da personalidade histórica analisada a partir do olhar periférico de uma pesquisadora não inglesa permitiu que a pesquisa apresentasse considerações sobre o que era "ser inglês(a)". Vem e deixa a teta te alimentar! Dicas: Tais Belo: Tese de Renato Pinto "Duas rainhas, um príncipe e um eunuco: gênero, sexualidade e as ideologias do masculino e do feminino nos estudos sobre a Bretanha Romana"; Tese de Tais Belo "Boudica e as facetas femininas ao longo do tempo : nacionalismo, feminismo, memória e poder"; Livro: Boudica And The Female Facets Over Time: Nationalism, Feminism, power and the collective memory, de Tais Belo; Academia.edu de Tais Belo: https://usp-br1.academia.edu/TaisPagotoB%C3%A9lo; Pesquisadores: Miranda Aldhouse-Green; Margaret Johnson; David E. Robinson. Juliana Magalhães: Filmes de Agnès Vardà: Os catadores e eu (2000); As praias de Agnès (2008), Cléo de 5 as 7 (1962); Os Renegados (1985), etc; Podcast República das Milícias; Episódio 18 do podcast "Diálogos Olimpianos" intitulado "Boudica, a Rainha Guerreira" com Tais Belo. Sarah Correia: Filmes: Boudica, a ascensão da rainha guerreira, de Zoe Morgan (ING, 2019); A Rainha da Era do Bronze, de Bill Anderson (ING, 2003).
Oct 23, 202101:13:33
[TdS] 51#: É lógico ter lógica? Filosofando sobre o Paradoxo do Mentiroso (mestrando Yuri Nascimento)

[TdS] 51#: É lógico ter lógica? Filosofando sobre o Paradoxo do Mentiroso (mestrando Yuri Nascimento)

Nesse episódio as historiadoras Sarah Correia (UFF) e Juliana Magalhães (Labeca - MAE/USP) batem um papo com o filósofo Yuri Nascimento, mestrando em Filosofia no Programa de Pós-Graduação Lógica e Metafísica (PPGLM) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e especialista em filosofia na Idade Média na Europa. Na nossa conversa, Yuri comenta sobre o conceito de lógica, os grupos de conhecimento sobre lógica, a aplicação do conhecimento de lógica em sala de aula para crianças e adultos e reflete sobre a compreensão de como em uma argumentação, é possível construir argumentos lógicos e chegar a conclusões não lógicas. Para refletir sobre o assunto, o pesquisador se centra no Paradoxo do Mentiroso a partir da perspectiva do filósofo e matemático inglês Thomas Bradwardine (1290 - 1349), que tinha por objetivo analisar ideias auto referenciais. De acordo com uma das proposições do paradoxo, um conjunto de sentenças verdadeiras que tem como resultado sentenças falsas, explicita uma contradição lógica, levando o indivíduo a repensar sobre as ideias iniciais. Para o pesquisador a perspectiva apresentada por Bradwardine explicita a tentativa de explicar o mundo a partir uma lógica matemática. Vem e deixa a teta te alimentar! Dicas: Yuri Nascimento: Podcast do PPGLM: https://anchor.fm/podcast-do-ppglm; Podcast Five Questions: https://anchor.fm/kieran-setiya; Série: The Good Place (NETFLIX, 2016-2020); Artigo: Paradoxos Semânticos, de Ricardo Santos (http://compendioemlinha.letras.ulisboa.pt/paradoxos-semanticos-ricardo-santos/). Juliana Magalhães: Filme: Pi, de Darren Aronofsky (EUA, 1998); Album: Estudando o Samba (1976), de Tom Zé. Sarah Correia: Filme: Matrix, de Lana Wachowski, Lilly Wachowski (EUA, 1999); Livro: Introdução à lógica matemática, de Carlos Alberto F. Bispo, Luiz B. Castanheira e Oswaldo Melo S. Filho.
Oct 16, 202101:20:15
[TdS] 50#: 33 anos da Constituição de 1988... o que mudou? (Prof. Dra. Aimée Schneider)

[TdS] 50#: 33 anos da Constituição de 1988... o que mudou? (Prof. Dra. Aimée Schneider)

Nesse episódio as historiadoras Sarah Correia (UFF) e Juliana Magalhães (Labeca - MAE/USP) batem um papo com a advogada e historiadora Aimée Schneider, doutora em Ciências Jurídicas e Sociais pelo Programa de Pós-Graduação em Sociologia e Direito (PPGSD) da Universidade Federal Fluminense (UFF) e doutoranda em História Política pelo Programa de Pós Graduação em História na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Na nossa conversa, Aimée comenta sobre o processo de construção e estabelecimento da Constituição de 1988. De acordo com a pesquisadora, a Constituição realizada a partir de uma prática congressual, apresenta avanços nas liberdades individuais mas não avança, pelo menos não tanto quanto os movimentos sociais queriam, na proposição de discutir as liberdades sociais e políticas. Sendo uma constituição moderna e ao mesmo tempo conservadora, Aimée desconsidera a proposição de uma nova Constituição, defendendo a aplicação, revisão e ampliação das propostas de 1988, posto que de 1988 até 2021 o Estado de aplicação da Constituição brasileira piorou. Ainda sim, otimista quanto ao poder da constituição, apesar de seus problemas estruturais, ela acredita que os movimentos sociais podem pressionar para que hajam melhorias e cumprimentos constitucionais. Vem e deixa a teta te alimentar! Dicas: Aimée Schneider: Filmes: Negação, dirigido por Mick Jackson (ING, 2016). Juliana Magalhães: Filme: Citizenfour, de Laura Poitras (EUA; ALE, 2014); Eles não usam black tie, de Leon Hirszman (BRA, 1981); Idiocracia, de Mike Judge (EUA, 2006). Sarah Correia: Filme: Sowden, de Oliver Stone (EUA, 2016); Democracia em Vertigem, de Petra Costa (NETFLIX, 2019). 

Oct 09, 202101:35:46
[TdS] 49#: Antropologia, identidade psicossocial e ativismo LGBTQIA+ (mestrando Fabrício Longo)

[TdS] 49#: Antropologia, identidade psicossocial e ativismo LGBTQIA+ (mestrando Fabrício Longo)

Nesse episódio as historiadoras Sarah Correia (UFF) e Juliana Magalhães (Labeca - MAE/USP) batem um papo com o antropólogo Fabrício Longo, mestrando em Antropologia pela Universidade Federal Fluminense (UFF). Tem interesse nos seguintes temas: Políticas públicas; Ativismo; Sofrimento Social; HIV/Aids, Corpo e corporalidades; Sexualidades e Identidades Sexuais; Noção de Pessoa; Disputas, festas e etnografia das narrativas. Na nossa conversa, Fabrício comenta a trajetória de movimentos sociais e ONGs em favor dos direitos da população LGBTQIA+ desde a década de 1980 no Brasil e no Mundo. A partir desse pano de fundo para fundamentar a pesquisa, Fabrício direciona sua atenção para a trajetória da ativista e política Indianarae Siqueira e a fundação da Casa de Acolhimento "CasaNem" no Rio de Janeiro. De acordo com ele, sua pesquisa tem como objetivo entender o processo de construção psicossocial de pessoas trans a partir de uma perspectiva de vulnerabilidade e acolhimento transfamiliar, além de dar visibilidade as lutas na causa. No final do episódio, o pesquisador também conta um pouco sobre sua relação desde a infância com bonecas e a importância da construção de noções sobre sexualidade e afetividade para sua trajetória como ativista LGBTQIA+. Vem e deixa a teta te alimentar! Dicas: Fabrício Longo: Artigo: Etnografia não é método, de Mariza Peirano; Instagram: ONG CasaNem: https://www.instagram.com/casanem_/; Instagram: Fabrício Longo: https://www.instagram.com/fabriciolongo/; Instagram: Indianarae Siqueira: https://www.instagram.com/indianarae.siqueira/; Mídias: Os Entendidos: https://www.youtube.com/user/osentendidos; https://youtube.com/c/Fabulongo. Juliana Magalhães: Clip: Rumors, de Lizzo feat. Cardi B; Podcast: Não inviabilize. Sarah Correia: Filme: Cruella (DISNEY+, 2021).

Oct 02, 202101:35:11
[TdS] 48#: O que é ser mulher na guerra contra o narcotráfico? (Doutoranda Ginneth Gomez)

[TdS] 48#: O que é ser mulher na guerra contra o narcotráfico? (Doutoranda Ginneth Gomez)

Sep 25, 202101:24:58
[TdS] 47#: 11 de setembro de 2001 nos quadrinhos e nas telas (Doutorando Danilo Rodrigues)

[TdS] 47#: 11 de setembro de 2001 nos quadrinhos e nas telas (Doutorando Danilo Rodrigues)

Nesse episódio as historiadoras Sarah Correia (UFF) e Juliana Magalhães (Labeca - MAE/USP) batem um papo com o historiador Danilo Rodrigues, doutorando do programa de pós graduação de História da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Possui experiência na área de História Norte Americana, em especial na pesquisa de materiais culturais produzidos nos Estados Unidos pós os atentados do dia 11 de Setembro de 2001. Na nossa conversa, Danilo comenta sobre como o cinema e as artes representaram os atentados de 11 setembro nos EUA e como a construção da relação entre o país e o Oriente Médio desde meados do século XX passou a orientar a elaboração de concepções acerca das populações regionais. De acordo com o pesquisador, a construção da figura antagonista centrada na ideia generalizante do "cabeça de pano' muçulmano nos cinemas, a despeito das diferenças étnicas, religiosas, culturais e linguísticas no Oriente Médio, foi essencial para justificar o discurso sobre a guerra ao terror no Iraque e Afeganistão para a população americana e para a mídia nacional e internacional. Vem e deixa a teta te alimentar! Dicas: Danilo Rodrigues: Maus: Livros: A história de um sobrevivente e Sin la sombra de las torres/ In the Shadow of No Towers de Art Spiegelman; Filme: Fahrenheit 11 de Setembro, de Michael Moore (EUA, 2004). Juliana Magalhães: Filme: Redacted, de Brian de Palma (2007). Sarah Correia: Filmes ruins, árabes malvados: como Hollywood vilificou um povo, de Sut Jhally (2006).
Sep 18, 202101:34:58
[TdS] 46#: Fazendo a egípcia: gênero feminino entre o público e o privado no Egito Antigo (Prof. Dra. Thais Rocha)

[TdS] 46#: Fazendo a egípcia: gênero feminino entre o público e o privado no Egito Antigo (Prof. Dra. Thais Rocha)

Nesse episódio as historiadoras Sarah Correia (UFF) e Juliana Magalhães (Labeca - MAE/USP) batem um papo com a egiptóloga Thais Rocha, doutora em Egiptologia pela Universidade de Oxford. Atualmente professora do departamento de História da Universidade de São Paulo (USP), Research Fellow, Harris and Manchester College, Universidade de Oxford e pós doutoranda em História pela Universidade de São Paulo (USP). Tem experiência nas áreas de História e Arqueologia e interesse nos seguintes temas: arqueologia da casa, domesticidade, cultura material, arqueologia da paisagem (sobretudo em assentamentos urbanos no Egito), arqueologia das comunidades, estudos de gênero, orientalismo, história da Egiptologia. Na nossa conversa, Thais comenta sobre os estudos sobre Antiguidade Oriental, abordando sua pesquisa sobre espaço doméstico e suas transformações no Egito Antigo no período do Reino Novo. A pesquisadora reflete sobre a importância em se pensar as diversas e complexas acepções do que é considerado espaço público e espaço privado no Egito e como a arqueologia pode ajudar a pensar o papel da mulher a partir da análise do cotidiano de uma vila de trabalhadores. Thais fala também sobre sua trajetória como pesquisadora no Brasil e na Inglaterra e reflete sobre as possibilidades de se pensar uma nova egiptologia a partir dos estudos de gênero. Vem e deixa a teta te alimentar! Dicas: Thais Rocha: Filme: Os dez mandamentos, de Cecil B. DeMille (EUA, 1956); Livros: "Ancient Egypt: Anatomy of a Civilization", de Barry Kemp; "Trecos, troços e coisas: Estudos antropológicos sobre a cultura material" e "The comfort of things", de Daniel Miller; Livros de: Lynn Meskell; Marilyn Strathern; Deborah Sweeney; Uroš Matić; Academia.edu: https://oxford.academia.edu/ThaisRocha; Juliana Magalhães: "Mal-estar, sofrimento e sintoma: Uma psicopatologia do Brasil entre muros" de Christian Dunker; Grupo de pesquisa Messalinas (USP)(https://www.youtube.com/channel/UCpw_32HhHhydU8SlE6JVA4w); (https://messalinas.fflch.usp.br/) (https://www.facebook.com/messalinasgenero/); Sarah Correia: O Príncipe do Egito, de Brenda Chapman, Steve Hickner, Simon Wells (EUA, 1998).

Sep 11, 202101:36:29
[TdS] 45#: Muito além da Floresta: as populações ribeirinhas na Amazônia (Prof. Dr. Francivaldo Nunes)

[TdS] 45#: Muito além da Floresta: as populações ribeirinhas na Amazônia (Prof. Dr. Francivaldo Nunes)


Nesse episódio as historiadoras Sarah Correia (UFF) e Juliana Magalhães (Labeca - MAE/USP) batem um papo com o historiador Francivaldo Nunes, coordenador do curso de pós graduação em História da Universidade Federal do Pará (UFPA) e professor de História nos cursos de graduação do Campus de Ananindeua, nos programas de pós-graduação em História Social da Amazônia (Campus de Belém), Ensino de História (Campus de Ananindeua) e Educação e Cultura (Campus de Cametá). Possui experiência nos seguintes temas: conflito de terra, apropriação territorial, agricultura, educação rural, núcleos coloniais e migração. Na nossa conversa, Francivaldo comenta sobre a colonização, ocupação e projetos de políticos desde o século XIX ocorridos na região denominada "Portal da Amazônia", que tem como "entrada" o Estado do Pará. O pesquisador menciona a invizibilização de grupos ribeirinhos e quilombolas residentes da região, a difícil relação entre Estado e grupos minoritários, os projetos baseados na estrutura do estado moderno e do capitalismo para pensar a terra, cuja característica difere radicalmente da proposição indígena de pensar a terra como elemento simbólico e indenitário, destituído de valor monetário. Francivaldo comenta também sobre o impacto da lei de terras (1850) e dos processos sucessivos de grilagem na região até os dias atuais e atenta à importância da Educação e da História Agrária da Amazônia para dar "voz" à população atingida pelos múltiplos processos de violência ligado à terra e à floresta. Vem e deixa a teta te alimentar! Dicas: Francivaldo Nunes: Cultura com aspas, de Manuela Carneiro da Cunha. Juliana Magalhães: Disco: Os brazões (1969); Instagram: The most underrated albuns; FIlme: Fitzcarraldo, dirigido por Werner Herzog (ALE/PER/BRA, 1982); O Mandaloriano (DISNEY+, 2019); Sarah Correia: Aruanas (GloboPLay, 2019).

Sep 04, 202101:40:11
[TdS] 44#: Visões de escravidão e liberdade no Senegal (Prof. Dra. Juliana Farias)

[TdS] 44#: Visões de escravidão e liberdade no Senegal (Prof. Dra. Juliana Farias)

Nesse episódio as historiadoras Sarah Correia (UFF) e Juliana Magalhães (Labeca - MAE/USP) batem um papo com a historiadora Juliana Barreto Farias, professora nos cursos de Licenciatura em História e Bacharelado em Humanidades da Unilab - Campus dos Malês/BA, no Programa de Mestrado em Estudos Africanos, Povos Indígenas e Culturas Negras da Universidade do Estado da Bahia (UNEB), Campus Salvador, e no Programme de Doctarat Unique ès-Lettres de Universidade Cheickh Anta Diop, Dakar-Senegal. Na nossa conversa, Juliana comenta sobre como seu trabalho busca fazer uma análise documental dos sentidos de escravidão e liberdade de escravizados no início do século XIX em duas Ilhas no Senegal, Saint Louis e Gorée. A partir da busca por fontes que seriam objetos de análise da pesquisa no Senegal, Gambia e Guiné, a pesquisadora reflete sobre os sentidos da escravidão no Senegal e como se dá a complexa relação entre religião islâmica, gênero, raça e classe a partir dos espaços de inserção do trabalho dos escravizados e escravizadas. Juliana comenta também um pouco sobre a trajetória da historiadora e pesquisadora brasileira Nize Isabel de Moraes, pouco conhecida pela historiografia brasileira mas com trabalhos relevantes sobre Senegal e Gâmbia produzidos na década de 1970 no Senegal. Vem e deixa a teta te alimentar. Dicas: Juliana Farias: Livro: Cartas a uma Negra, de  Françoise Ega; Filme: Joy (NETFLIX, 2018); Juliana Magalhães: Filme: A viagem da Hiena, de Djibril Diop Mambéty (SEN, 1973); Sarah Correia: Livro: O ventre do Atlântico, de Fatou Diome.



Aug 28, 202101:24:37
[TdS] 43#: Aquele aulão sobre propriedade intelectual no Brasil (Prof. Dr. Leandro Malavota)

[TdS] 43#: Aquele aulão sobre propriedade intelectual no Brasil (Prof. Dr. Leandro Malavota)

Nesse episódio as historiadoras Sarah Correia (UFF) e Juliana Magalhães (Labeca - MAE/USP) batem um papo com o historiador Leandro Malavota, analista do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e professor do Programa de Pós-graduação em Propriedade Intelectual, Inovação e Desenvolvimento do Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI). Tem experiência de docência e pesquisa nas áreas de História do Brasil (Império e República) e História Econômica, com ênfase nos seguintes temas: propriedade intelectual, inovação, transferência de tecnologia e desenvolvimento econômico. Na nossa conversa, Leandro explica alguns aspectos envolvendo a apropriação dos bens intangíveis, como ideias, conceitos, concepções e plágios, e comenta sobre as noções de direito de propriedade, direito de acesso, propriedade intelectual, propriedade industrial, inovação e patentes no Brasil. O pesquisador comenta sobre as políticas para o desenvolvimento de tecnologias, patentes e propriedade intelectual ao longo do século XIX e do século XX, em específico durante o período de ditadura militar no Brasil, e pondera sobre os efeitos do acesso e da produção de conhecimento intelectual e científico, cuja a delimitação é pouco clara para o público geral. Leandro ainda reflete sobre os efeitos e problemas  da lei de acesso brasileira e do processo de produção de patentes no país. Vem e deixa a teta te alimentar! Leandro Malavota: Filmes: Joy: O nome do sucesso, de David O. Russell (EUA, 2015); Alphaville, de Jean-Luc Godard (FRA, 1965); Juliana Magalhães: Filmes: A rede social, de David Fincher (EUA, 2010); Fome de Poder, de John Lee Hancock (EUA, 2017). Sarah Correia: O Mundo de Sofia, de Jostein Gaarder.


Aug 21, 202101:44:48
[TdS] 42#: "As pedras ardendo em brasa": Como Brasil e Argentina veem a seca (dra. Leda Simões)

[TdS] 42#: "As pedras ardendo em brasa": Como Brasil e Argentina veem a seca (dra. Leda Simões)

Nesse episódio as historiadoras Sarah Correia (UFF) e Juliana Magalhães (Labeca - MAE/USP) batem um papo com a historiadora Leda Simões, doutora pelo Programa de Pós Graduação em História Social da Faculdade de Formação de Professores da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ/FFP), e especialista em história comparada Brasil e Argentina no século XX. Na nossa conversa, Leda comenta sobre a análise de discursos oficiais, fontes documentais e geográficas em torno das representações das regiões semiáridas do Nordeste brasileiro e do Noroeste argentino, respectivamente o estado do Ceará e a província de Santiago del Estero. A despeito das semelhanças climáticas e do bioma das regiões, Leda nota que foram construídos discursos governamentais opostos sobre ambas as regiões. A pesquisadora comenta que embora houvesse o medo da seca, a fuga populacional das regiões áridas, o governo brasileiro buscou reforçar o discurso que visava diminuir a capacidade produtiva, geográfica e social das potências regionais no Nordeste, como o Ceará, dando brecha para a oficialização de uma visão de miséria, fome e destituição social sobre a região. O discurso do governo argentino, no entanto, não seguiu o mesmo caminho, posto que a potência política e econômica da província de Buenos Aires já ofuscava as demais regiões. Vem e deixa teta te alimentar! Leda Simões: Livros: "A invenção do Nordeste" e "Preconceito contra a origem geográfica e de lugar: as fronteiras da discórdia", de Durval Muniz de Albuquerque Júnior; Plataforma Semiáridos América Latina: https://www.semiaridos.org/pt-br/#:~:text=A%20Plataforma%20Semi%C3%A1ridos%20Am%C3%A9rica%20Latina,parte%20de%20organiza%C3%A7%C3%B5es%20de%20comunidades. Juliana Magalhães: Podcast "Medo e Delírio em Brasília" (https://www.central3.com.br/category/podcasts/medo-e-delirio/); Podcast Nicolas. (https://iradex.net/nicolas-podcast/); Filme: Cinema, Aspirinas e Urubus, de Marcelo Gomes (BRA, 2005); Exposições do Museu de Arqueologia e Etnologia da Universidade de São Paulo (http://mae.usp.br/exposicao/) . Sarah Correia: O auto da Compadecida e demais obras de Ariano Suassuna; Série: Cine Holiúdy (GloboPlay, 2019), Filme: Cine Holiúdy, de Halder Gomes (BRA, 2013).
Aug 14, 202101:22:57
[TdS] 41#: Deixar queimar o patrimônio ou não, eis a questão?! (Prof. Dr. Paulo Knauss)

[TdS] 41#: Deixar queimar o patrimônio ou não, eis a questão?! (Prof. Dr. Paulo Knauss)

Nesse episódio as historiadoras Sarah Correia (UFF) e Juliana Magalhães (Labeca - MAE/USP) batem um papo com o historiador Paulo Knauss, professor do Departamento de História e membro do Laboratório de História Oral e Imagem da Universidade Federal Fluminense (UFF) e diretor do Museu do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (IHGB). Na nossa conversa, Paulo comenta sobre a importância da memória e da construção monumental do passado e como ela é apropriada pela arte e pelos atores sociais e políticos em cada período da História. O professor lembra, a partir dos acontecimentos envolvendo o incêndio da Estátua de Borba Gato (SP) e o Incêndio na Cinemateca (SP) que os monumentos e patrimônios dialogam a todo momento com a cidade e com as pessoas, e como eles podem ser questionados, ressignificados, esquecidos, exaltados ou negados, servindo à reflexão de como podemos e devemos pensar a História de um lugar e um povo. Para ele, as instituições públicas governamentais têm papel fundamental na construção, manutenção e conservação da memória e da história pública, e que os monumentos, museus, patrimônios e demais repartições da memória coletiva deveriam ser exemplos de governança e boas práticas de uma gestão democrática. Vem e deixa teta te alimentar! Paulo Knauss: Livros: “Uma história do patrimônio no Ocidente séculos XVIII/XIX. Do monumento aos valores” de Dominique Poulot; “A alegoria do patrimônio”, de Françoise Choay; “O Patrimônio em Processo: Trajetória da Política Federal de Preservação no Brasil”, de Maria Cecilia Londres Fonseca. Juliana Magalhães: Livros: Sorriso da cidade: Imagens Urbanas e História Política De Niterói, de Paulo Knauss; Cidade Vaidosa: Imagens Urbanas do Rio de Janeiro de Paulo Knauss. Projeto: Niterói: O incêndio do Gran Circus Norte-Americano, Niterói, 1961 (http://www.labhoi.uff.br/niteroi-o-incendio-do-gran-circus-norte-americano-niteroi-1961) produzido pelo Laboratório de História Oral e Imagem (LABHOI) da Universidade Federal Fluminense (UFF). Sarah Correia: Documentários disponibilizados pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) como: A Invenção do Sertão, Benzedeiras de Minas, Caboclos da Liberdade, etc. Para mais títulos ver em: portal.iphan.gov.br/pagina/detalhes/206.
Aug 07, 202101:06:17
[TdS] 40#: Entre trilhos e mapas: a invenção do Ceará (Prof. Dra. Ana Isabel Reis)

[TdS] 40#: Entre trilhos e mapas: a invenção do Ceará (Prof. Dra. Ana Isabel Reis)

Nesse episódio as historiadoras Sarah Correia (UFF) e Juliana Magalhães (Labeca - MAE/USP) batem um papo com a professora Dra. Ana Isabel Reis, professora adjunta do departamento de História na Universidade Regional do Cariri - URCA. Tem experiência no campo de História Social e História com fontes orais com estudos sobre as relações historicamente estabelecidas entre História e natureza, sobretudo no que concerne à expansão ferroviária no Ceará. Na nossa conversa, Ana Isabel fala sobre a construção da Estado do Ceará a partir da estrada férrea do Baturité no século XIX. Para isso a pesquisadora começa a sua fala respondendo o questionamento: Afinal o que seria o Ceará? Para ela, o Ceará é antes de tudo um lugar imaginado que se expressa em uma formação regional para reafirmar os interesses do Império Brasileiro. Segundo ela, o trem e a construção das ferrovias foram responsáveis por materializar esse intento, e que através das memórias dos envolvidos nesse projeto de nação, expressou o sentido de rapidez e tecnologia, mas também de sofrimento, morte e desumanização dos trabalhadores. Por ultimo, conversamos sobre a importância da cartografia para reabilitar a memória das diversas maneiras como o Ceará foi pensado, e refletimos sobre a importância do dialogo entre as disciplinas História e Geografia. Vem e deixa teta te alimentar! Dicas: Ana Isabel: Livros de David Harvey e Milton Santos. Juliana Magalhães: Livro: O Mediterrâneo e o Mundo Mediterrâneo na Época de Filipe II, de Fernand Braudel. Série: Lupin - Parte II (NEFLIX, 2021). Sarah Correia: Séries: Mestres do sabor (TV GLOBO, 2021); Loki (DISNEY+, 2021).

Jul 17, 202101:20:00
[TdS] 39#: O Egito entre o Ensino de História Antiga e História Global (Prof. Dr. Fabio Frizzo)

[TdS] 39#: O Egito entre o Ensino de História Antiga e História Global (Prof. Dr. Fabio Frizzo)

Nesse episódio as historiadoras Sarah Correia (UFF) e Juliana Magalhães (Labeca - MAE/USP) batem um papo com o Dr. Fábio Frizzo, professor do departamento de História na Universidade do Triângulo Mineiro (UFTM). Tem experiência em egiptologia, economia pré capitalista e ensino de História Antiga. Na nossa conversa, Fabio fala sobre a importância da História Antiga para o Brasil, a partir dos estudos sobre o Egito Antigo. O pesquisador comenta sobre as perspectivas do ensino de Historia Antiga no país levando em consideração as proposições didáticas da Base Nacional Curricular Comum (BNCC). Fábio reforça o argumento que indica a alta capacidade do Sul Global em propor uma leitura inovadora e desafiadora sobre a antiguidade e comenta como História Global pode ajudar a elaborar propostas teórico metodológicas e educacionais para a área. Por último, conversamos sobre a construção de currículos universitários na área de História a partir de nossa referência curricular como estudantes do curso de História da Universidade Federal Fluminense (UFF) na década de 2000. Fábio propõe a reflexão de que o professor carrega consigo as ferramentas de trabalho do pesquisador, seja para elaborar conhecimentos acadêmicos, ou para fins educacionais. Vem e deixa teta te alimentar! Dicas: Fábio Frizzo: Podcast Vidas Negras. Juliana Magalhães: Podcast: Fronteiras no Tempo; Trabalhos dos pesquisadores Alex Degan (UFSC) e Fábio Morales (UFSC). Sarah Correia: O orientalismo de Edward Said.
Jul 10, 202101:24:59
[TdS] 38#: Afinal, quem são os Guaicurus? (Mestrando Dandriel Borges)

[TdS] 38#: Afinal, quem são os Guaicurus? (Mestrando Dandriel Borges)

Jul 03, 202101:04:40
[TdS] 37#: Levantando Poeira com a História agrária (Prof. Dr. Marcio Both)

[TdS] 37#: Levantando Poeira com a História agrária (Prof. Dr. Marcio Both)

Nesse episódio as historiadoras Sarah Correia (UFF) e Juliana Magalhães (Labeca - MAE/USP) batem um papo com o historiador Marcio Both, professor doutor associado da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), atuando no curso de Graduação e no Programa de Pós-graduação em História. Na nossa conversa, Marcio comenta sobre a ligação entre pandemia, desmatamento e utilização de recursos naturais a partir dos referenciais da História Agrária. Segundo o pesquisador, a nossa relação com a terra no interior do Brasil precisa ser desnaturaliza como um local de desconhecimento e falta de produção de conhecimento, pois ela é essencial para entender como se constrói um projeto de ocupação e expansão territorial brasileiro pensado a partir do século XIX. Tendo como parâmetro a lei de Terras (1850), Marcio desdobra sua reflexão sobre as relações sociais e de poder a partir da ocupação territorial no sul do país e reflete sobre a produção e justificativas científicas que moldaram os conceitos de terra, território e propriedade nos dias atuais. No final, Marcio conta um pouco sobre a criação da Radio Poeira, nossa nova parceira para divulgação do podcast. Vem e deixa teta te alimentar! Dicas: Marcio Both: Livro: Figuração em Crise: Utopias e Distopias como tessituras do nosso mundo, de Marcio Both e Rodrigo Paziani. Juliana Magalhães: Videos de Larissa Bobardi sobre agrotóxicos no canal do jornalista Bob Fernandes. Sarah Correia: Radio Poeira, webradio que pode ser acessada através do aplicativo Zeno.

Jun 26, 202101:31:06