Teta de Sócrates
By Teta de Sócrates
Teta de SócratesApr 23, 2022
Mulheres Pesquisadoras e Educadoras #5: Paula Beatriz de Souza Cruz
Olá, bem vindo ao Teta de Sócrates. Essa não é uma nova temporada, mas uma temporada especial. Essa é uma iniciativa do CEMP (Centro de Estudos Maria Padilha) em conjunto com o podcast Teta de Sócrates e o INCT Proprietas. Juntos nós produziremos vídeos curtos e sessões de podcast sobre Mulheres Pesquisadoras e Educadoras para comemorar o Dia Internacional das Mulheres. Os vídeos serão veiculados durante a semana do dia 8 de março e o podcast durante o mês de março.
Hoje a gente conversa com a Paula Beatriz de Souza Cruz, primeira diretora trans de uma escola da rede estadual do Estado de São Paulo.
Mulheres Pesquisadoras e Educadoras #4: Neon Cunha
Olá, bem vindo ao Teta de Sócrates. Essa não é uma nova temporada, mas uma temporada especial. Essa é uma iniciativa do CEMP (Centro de Estudos Maria Padilha) em conjunto com o podcast Teta de Sócrates e o INCT Proprietas. Juntos nós produziremos vídeos curtos e sessões de podcast sobre Mulheres Pesquisadoras e Educadoras para comemorar o Dia Internacional das Mulheres. Os vídeos serão veiculados durante a semana do dia 8 de março e o podcast durante o mês de março.
Hoje a gente conversa com a Neon Cunha, mulher negra, ameríndia e transgênera, formada em publicidade e propaganda, arte e educação, é ativista independente da causa LGBTQIA+ e funcionária pública.
Pesquisadoras e Educadoras #3: Luara Santos
Olá, bem vindo ao Teta de Sócrates. Essa não é uma nova temporada, mas uma temporada especial. Essa é uma iniciativa do CEMP (Centro de Estudos Maria Padilha) em conjunto com o podcast Teta de Sócrates e o INCT Proprietas. Juntos nós produziremos vídeos curtos e sessões de podcast sobre Mulheres Pesquisadoras e Educadoras para comemorar o Dia Internacional das Mulheres. Os vídeos serão veiculados durante a semana do dia 8 de março e o podcast durante o mês de março.
Hoje a gente conversa com a Luara Santos, doutora em História pela Universidade Federal Fluminense (UFF) e professora do sistema público de ensino do Município de Itaboraí (RJ).
Mulheres Pesquisadoras e Educadoras #2: Luana Ghiggino
Olá, bem vindo ao Teta de Sócrates. Essa não é uma nova temporada, mas uma temporada especial. Essa é uma iniciativa do CEMP (Centro de Estudos Maria Padilha) em conjunto com o podcast Teta de Sócrates e o INCT Proprietas. Juntos nós produziremos vídeos curtos e sessões de podcast sobre Mulheres Pesquisadoras e Educadoras para comemorar o Dia Internacional das Mulheres. Os vídeos serão veiculados durante a semana do dia 8 de março e o podcast durante o mês de março.
Hoje a gente conversa com a Luana Ghiggino, mestranda em nutrição pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
Mulheres Pesquisadoras e Educadoras #1: Gabriela Lujan Brollo
Olá, bem vindo ao Teta de Sócrates! Essa não é uma nova temporada, mas uma temporada especial. Essa é uma iniciativa do CEMP (Centro de Estudos Maria Padilha) em conjunto com o podcast Teta de Sócrates e o INCT Proprietas. Juntos nós produziremos vídeos curtos e sessões de podcast sobre Mulheres Pesquisadoras e Educadoras para comemorar o Dia Internacional das Mulheres. Os vídeos serão veiculados durante a semana do dia 8 de março e o podcast durante o mês de março.
Nessa semana a gente conversa com a Gabriela Lujan Brollo, doutora em engenharia mecânica pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP).
Vem e deixa a Teta te alimentar!
[TdS] Independência ou Morte? O Povo em Guerra (Sérgio Armando Guerra Filho - UFRB)
[TdS] O que sabemos sobre os povos Indígenas durante o período da Independência? (João Paulo Peixoto Costa - IFPI)
[TdS]: Afrodescendentes, escravos e libertos na Independência (Luiz Geraldo Silva - UFPR)
[TdS]: Mulheres? Na Independência? (Ana Veiga - UFPB)
[TdS]: O papel da província Cisplatina nos processos de Independência (Fabrício Prado - College of William and Mary)
[TdS]: Os personagens da Independência e o papel da historiografia na construção da História do Brasil (Lúcia Guimarães - UERJ)
Nesse episódio as historiadoras Sarah Correia (UFF) e Juliana Magalhães (Labeca - MAE/USP) batem um papo com o historiadora Lúcia Guimarães, professora Titular Aposentada de Teoria da História e Historiografia da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), onde atua como pesquisadora e orientadora no Programa de Pós-graduação em História Política da mesma Universidade. É especialista em História do Brasil, com ênfase nos seguintes temas: cultura histórica, historia e memória, cultura política, intelectuais e poder, Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro e relações culturais luso-brasileiras. Na nossa conversa, Lúcia comenta sobre figuras com apelo político pouco lembrados do processo de Independência, como Januário da Cunha Barbosa (1780 - 1846), Joaquim Gonçalves Ledo (1781 - 1847), José Clemente Pereira (1787 - 1854) e José Joaquim da Rocha (1777 – 1848). A pesquisadora comenta como o processo de Independência, o estabelecimento do "Dia do Fico" e a memória da Assembleia Constituinte de 1823 foram lidos pelos historiadores, e como a historiografia elegeu figuras políticas para destacar em detrimento de outras. De acordo com ela, historiadores como Francisco Adolfo de Varnhagen (1816 - 1878) e Manuel de Oliveira Lima (1867 - 1928) ganham destaque ao tratar da Independência, e argumenta como suas obras são importantes até o dias atuais, pois nos fazem repensar sobre a produção de uma História do Brasil. Vem e deixa a teta te alimentar! Dicas: Lúcia Guimarães: Livros: História Geral do Brasil, de Francisco Adolfo de Varnhagen; A utopia do poderoso império: Portugal e Brasil, bastidores da política (1798-1822), de Maria de Lourdes Viana Lyra; Obras de Manuel de Oliveira Lima, de Francisco Adolfo de Varnhagen.
[TdS]: As Forças Armadas na época da Independência (Hendrik Kraay - Universidade de Calgary)
[TdS]: Como as reformas liberais de Portugal influenciam os processos de Independência no Brasil (José Subtil - Universidade Autônoma de Lisboa)
[TdS]: Independência, escravidão e os impactos da política brasileira ontem e hoje (Sidney Chalhoub - Universidade Harvard)
Nesse episódio as historiadoras Sarah Correia (UFF) e Juliana Magalhães (Labeca - MAE/USP) batem um papo com o historiador Sidney Chalhoub, professor de História e de Estudos Africanos e Afro-americanos da Universidade Harvard e professor associado do Centro de Pesquisa em História Social da Cultura (CECULT) da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). A principal área de pesquisa é a História do Brasil no século XIX, com publicações em temas tais como: história do Rio de Janeiro, abolição, escravidão, saúde pública, epidemias, literatura e Machado de Assis. Na nossa conversa, Sidney comenta sobre os elementos que estruturam a escravidão no Brasil pós independente e reflete como as leis relacionadas ao fim do tráfico de escravizados, ao invés de instaurar um marco de novas relações entre instituições e sociedade, passou a incorporar elementos que corrompiam a estrutura do nascente Império. A partir dessas considerações, o pesquisador faz uma análise conjuntural da estrutura de corrupção no Brasil até os dias atuais e menciona como acontecimentos políticos recentes, como o Impeachment da presidenta Dilma Rousseff e as ações da operação Lava Jato refletem, de muitas maneiras, nossa estrutura política há 200 anos. Vem e deixa a teta te alimentar! Dicas: Sidney Chalhoub: Obras de Machado de Assis; Livro: A força da escravidão: ilegalidade e costume no Brasil oitocentista (2012), de Sidney Chalhoub. Juliana Magalhães: Obrigas de Caio Prado Júnior. Sarah Correia: Livro: Machado de Assis - Historiador, de Sidney Chalhoub.
[TdS]: Os esquecidos no processo de Independência (Lúcia Bastos - UERJ)
[TdS]: As províncias do Norte nas lutas de Independência do Brasil: O caso do Maranhão e do Grão Pará - Marcelo Galves (UEMA)
[TdS] O Museu do Ipiranga e a construção da memória sobre Independência do Brasil (Cecília Helena Oliveira - USP)
[TdS]: As biografias da Independência: As muitas vidas da Marquesa de Santos (Paulo Rezutti)
[TdS]: Quem lucrou com a vinda da Família Real para o Brasil? (Carlos Gabriel Guimarães - UFF)
Nesse episódio as historiadoras Sarah Correia (UFF) e Juliana Magalhães (Labeca - MAE/USP) batem um papo com o historiador Carlos Gabriel Guimarães, professor associado do departamento de História da Universidade Federal Fluminense (UFF). Tem experiência na área de História, com ênfase em História Econômica do Brasil (Colônia e Império, séculos XVIII e XIX), atuando principalmente nos seguintes temas: estado, comércio, poder, economia e história econômica. Na nossa conversa, Carlos Gabriel nos conta sobre a influência dos agentes econômicos na estrutura do nascente Império Brasileiro. Segundo ele, barões do café e grandes comerciantes de escravos lucraram (e muito) com a vinda da família Real Portuguesa (1808-1822) devido a instalação das principais instituições governamentais na nova capital do Império (Rio de Janeiro), aumentando o volume de transações financeiras na praça do comércio. De acordo com ele, o que dá sentido a manutenção do Império pós 1822 são, entre outros fatores, os lucros advindos do tráfico de escravizados, ajudando a estruturar uma elite econômica que vem se reinventando até os dias atuais. O pesquisador também menciona o papel dos grandes latifundiários e a participação dos ingleses para a formação da estrutura econômica e financeira do Brasil no século XIX. Vem e deixa a teta te alimentar! Dicas: Carlos Gabriel: Sobrados e Mocambos, de Gilberto Freire; Formação do Brasil Contemporâneo, de Caio Prado Júnior; O Tempo Saquarema, de Ilmar de Mattos; Visões do Paraíso, de Sergio Buarque de Holanda. Juliana Magalhães: Raízes do Brasil, de Sérgio Buarque de Holanda. Sarah Correia: Instagram Observatório do Negacionismo.
[TdS]: A Independência do Brasil é um tema atual? (João Paulo Pimenta - USP)
[TdS]: As consequências da Independência através da política e a literatura de José de Alencar (Bruno Nojosa - UFF)
de Lira Neto; As peculiaridades dos Ingleses e outros artigos, de E. P. Thompson; Obras de José de Alencar; Filme: 12 anos de escravidão, de Steve McQueen (EUA, 2014); Jogos: Red Dead Redemption 1 e 2; The Last of Us 1 e 2; Juliana Magalhães: Filmes: Azor, de Andreas Fontana (ARG, 2021); O golpista do Tinder, de Felicity Morris (NETFLIX, 2022); O atalho, de Kelly Reichardt (EUA, 2010); Ópera "O Guarani" (Il Guarany), com Plácido Domingo como Peri. Sarah Correia: Livro: Senhora, de José de Alencar.
[TdS] As mulheres da Independência do Brasil e o papel dos Museus na nossa História (Angela Moliterno - FUNARJ)
Nesse episódio as historiadoras Sarah Correia (UFF) e Juliana Magalhães (Labeca - MAE/USP) batem um papo com a museóloga Angela Moliterno, formada no antigo Curso de Museus da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), com especialização em Museus artísticos. Trabalhou no Museu Histórico da Cidade, Museu do I Reinado/Casa da Marquesa dos Santos, no Ministério da Cultura (2001-2003) como assessora de Museus e Patrimônio, na Superintendência de Museus da Secretaria de Cultura do Estado do Rio de Janeiro, no Museu dos Teatros, na casa Oliveira Viana e no Museu do Ingá (2013 - 2021). Na nossa conversa, Angela comenta sobre algumas exposições que tiveram como personagens quatro importantes figuras femininas que participaram de eventos ligados a Independência do Brasil: A escritora e desenhista inglesa Maria Graham (1785-1842); a soldado baiana Maria Quitéria de Jesus (1792-1853); Domitila de Castro Canto e Melo, a Marquesa de Santos (1797-1867) e Maria Leopoldina de Áustria, Imperatriz Consorte do Império do Brasil (1797-1826). De acordo com a museóloga, é preciso dar espaço para as exposições nos Museus sobre o período para entendermos melhor o papel dos indivíduos comuns, sobretudo das mulheres na construção da nascente nação brasileira. Ela também atenta ao fato de que é preciso dar voz ao passado através das pesquisas e das publicações acadêmicas para que conheçamos melhor a nossa identidade, seja através da História ou através dos Museus. Vem e deixa a teta te alimentar! Dicas: Angela Moliterno: Peça: Leopoldina, Independência ou Morte (https://www.youtube.com/watch?v=UkWBATH8YVY); Livro: Maria Graham, uma inglesa na Independência do Brasil, de Denise G. Porto; Semana do Bairro Imperial (semana do dia 18 de maio, dia internacional dos Museus). Sarah Correia: Dona Leopoldina a história não contado: a mulher que arquitetou a Independência do Brasil, de Paulo Rezzutti. Juliana Magalhães: Museu do Ingá -Museu de História e Arte do Estado do Rio de Janeiro (https://www.instagram.com/museudoinga/; https://www.facebook.com/museudoingarj/) Museu Antônio Parreiras (https://www.facebook.com/MuseuAntonioParreiras/; https://nova.kickante.com.br/crowdfunding/projeto-para-revitalizacao-do-museu-antonio-parreiras); MAC - Museu de Arte Contemporânea de Niterói (https://www.instagram.com/macniteroi/; http://culturaniteroi.com.br/macniteroi/); Museu Janete Costa de Arte Popular (http://culturaniteroi.com.br/janete; https://www.instagram.com/museujanetecosta/?hl=pt); Teatro Municipal de Niterói (https://www.instagram.com/theatromunicipaldeniteroi/; https://www.culturaniteroi.com.br/).
[TdS] Nem chifre, nem frango: revisitando a imagem de Dom João VI (Juliana Meirelles - PUC Campinas)
[TdS] José Bonifácio e as noções sobre propriedade privada no Brasil [séculos XVIII e XIX] (Marina Machado - UERJ)
[TdS] As raízes da Independência: Rodrigo de Souza Coutinho e a Construção do Império Luso-Brasileiro (Nívia Pombo - UERJ)
Nova Temporada: "Já raiou a liberdade? Brasil, 200 anos de Independência".
"Já raiou a liberdade? Brasil, 200 anos de Independência" é a nossa nova temporada, que estreia dia 18 de janeiro.
Vem e deixa a teta te alimentar! Até lá!
[TdS] #60: Festa da Firma na Vila de Carlota Joaquina (Prof. Dra. Márcia Motta)
[TdS] #59: O que o Judiciário tem a ver com a questão de terras no Amazonas? (Doutorando Alan Dutra)
[TdS] #58: "Vai rolar um adultério": leis e misoginia no Império Romano (Prof. Dra. Sarah Azevedo)
Nesse episódio as historiadoras Sarah Correia (UFF) e Juliana Magalhães (Labeca - MAE/USP) batem um papo com a historiadora Sarah Azevedo, professora substituta de História Antiga da Universidade de São Paulo (USP) e especialista em História das mulheres e relações de gênero na antiguidade com foco em violência contra as mulheres em Roma. Na nossa conversa, Sarah comenta sobre a noção de adultério na transição da Roma republicana para a Roma Imperial e como as concepções de adultério variaram no tempo/espaço. De acordo com a pesquisadora, a ideia de monogamia para o período pressupõe uma hierarquia patriarcal, voltada para produção da prole cidadã. Nesse sentido a ideia de patriarcado como categorização das mulheres é um fenômeno de dominação masculina, cujo objetivo é vigiar e punir as mulheres através de variados e, por vezes, sofisticados dispositivos sociais e legislativos. No final, Sarah reflete sobre as dificuldades documentais para acessar as mulheres romanas e comenta sobre a relação entre sexualidade, prostituição e amamentação partindo da ideia da palavra "lupa" (loba). Vem e deixa a teta te alimentar! Dicas: Sarah Azevedo: Domina (Sky Atlantic, 2021); Messalinas: Grupo de Estudos sobre Gênero e Sexualidade na Antiguidade: http://messalinas.fflch.usp.br; https://www.youtube.com/channel/UCpw_32HhHhydU8SlE6JVA4w; https://www.facebook.com/messalinasgenero; https://www.instagram.com/messalinas_usp/; Tese: História, retórica e mulheres no Império Romano: um estudo sobre as personagens femininas e a construção da imagem de Nero na narrativa de Tácito (https://www.repositorio.ufop.br/handle/123456789/4570); Academia.edu: https://usp-br.academia.edu/SarahAzevedo; Textos e artigos de Marina Regis Cavicchioli (UFBA); Livros: Os crimes da Paixão, de Mariza Corrêa; Mulheres e poder: um manifesto, de Mary Beard; Artigo: As mulheres silenciosas de Roma, de Moses Finley; Podcast: Praia dos Ossos. Juliana Magalhães: Livro: Maneiras trágicas de se matar uma mulher, de Nicole Loraux; Podcast: You´re dead to me (BB4); Google Arts and Culture - Museo dell'Ara Pacis; videos no Youtube de Mary Beard. Sarah Correia: Livro: Por um feminismo latino americano, de Lélia Gonzalez.
[TdS] #57: "São tantas emoções...": Teoria da mente e estudo das emoções (doutoranda Thuany Figueiredo)
Nesse episódio as historiadoras Sarah Correia (UFF) e Juliana Magalhães (Labeca - MAE/USP) batem um papo com Thuany Figueiredo, doutoranda em Linguística pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Seus interesses de pesquisa são: linguagem e pensamento, aquisição de linguagem, psicolinguística, cognição social. Na nossa conversa, Thuany comenta sobre Teoria da Mente e áreas correlatas. Derivada dos estudos em primatologia, a teoria tenta atribuir conteúdos da vida mental a nós mesmos e aos outros, assumindo a ideia de mente como vida psicológica. Se temos mente, o que acontece nela? Sentimentos, emoções, crenças, conhecimentos, ignorâncias, desejos, intenções, etc. Partindo dessas reflexões, a pesquisadora indaga como pensamos sobre o que os outros estão pensando. É possível acessar isso? Levando em consideração a capacidade da espécie humana de interação entre mentes através da cognição social, a linguagem indica uma possibilidade de acesso às nossas mentes e das nossas emoções. Existe um papel da linguagem na atribuição de emoções? Para sentir é preciso de linguagem? Aparentemente não, mas para expressar um sentimento é preciso de linguagem? É possível que sim. Afinal, conseguimos sentir diferentes coisas, em diferentes níveis, mas quando chega a parte de expressar tais emoções, o tema demonstra toda sua complexidade. Afinal, são tantas emoções...! Vem e deixa a Teta te alimentar! Dicas: Thuany Figueiredo: A estranha ordem das coisas; O erro de Descartes, de António Damásio; O último abraço da matriarca: As emoções dos animais e o que elas revelam sobre nós, de Frans de Waal; LAPROS - Laboratório de aquisição, processamento e sintaxe: https://www.iel.unicamp.br/br/content/laborat%C3%B3rio-de-aquisi%C3%A7%C3%A3o-processamento-e-sintaxe; Centro de Estudos Marília Padilha: https://www.instagram.com/centroestudosmp/?hl=pt; Coletivo Japy: https://www.facebook.com/coletivojapy/; Centro Socialista de Jundiaí: https://www.instagram.com/centrosocialistajd/; https://www.facebook.com/centrosocialistajd/. Sarah Correia: Filme: Divertidamente (DISNEY+, 2015); O corpo fala: a linguagem silenciosa da comunicação não verbal, de Pierre Weil e Roland Tompakow. Juliana Magalhães: Filmes: Os cavalos de Fogo (1965); A lenda da Fortaleza Suram (1985), de Serguei Parajanov; Livros: História das Emoções: problemas e métodos, de Barbara H. Rosenwein; Coleção História das Emoções, organizado por Alain Corbin, Georges Vigarello e Jean-Jacques Courtine.
[TdS] #56: "Saudações a ti que criastes tudo que existe": Hinos religiosos no Reino Novo Egípcio (doutorando Guilherme Borges Pires)
Nesse episódio as historiadoras Sarah Correia (UFF) e Juliana Magalhães (Labeca - MAE/USP) batem um papo com Guilherme Borges Pires, doutorando em Egiptologia pela Universidade Nova de Lisboa e especialista em religião no Império Novo Egípcio (séculos XVII à XI a.C). Na nossa conversa, Guilherme comenta sobre os desafios de trabalhar, interpretar e traduzir os hinos religiosos egípcios para o português. Segundo ele, pensar um conhecimento produzido no passado pelos egípcios em português é propor um olhar periférico, que se veicula a uma historiografia e ao conhecimento de Antiguidade que não estão no centro da produção acadêmica na área. Questionar qual a identidade da(s) divindade(s) criadora(s), o que é criado e como os seres e entidades que compõem o mundo são criados são algumas das indagações pelas quais o pesquisador tenta explorar a leitura de um hino religioso em seus variados sentidos (semânticos, fonéticos, sociais, culturais, etc). De acordo com o pesquisador, um conjuntos de textos ou narrativas poderiam apresentar diferentes marcadores de espaço, gênero para indicar como o criador traz à existência seres vivos e a realidade concreta. Porém todos eles carregam a pergunta que egiptólogos e historiadores tentam responder até os dias atuais: afinal, o que é que o autor (ou autores) quis dizer com cada um destes hinos? Vem e deixa a Teta te alimentar! Dicas: Guilherme Borges Pires: Podcast Falando de História; Instagram: @antiguidade_cham; @umaegiptologaportuguesa; Programa: Visita Guiada (RTP 2/RTP Play); Filme: O príncipe do Egito, direção de Brenda Chapman, Steve Hickner, Simon Wells (EUA, 1998). Sarah Correia: Séries: Modern Love (Amazon Prime, 2019); SOUL (DINSEY+, 2020). Juliana Magalhães: Luca (DISNEY+, 2021); O planeta do Tesouro (Disney+, 2001); Livro: O antropólogo e sua Magia, de Wagner Gonçalves da Silva; Filme: Investigação sobre um cidadão acima de qualquer suspeita, direção de Elio Petri (ITA, 1970); O Psicopata Americano, direção de Mary Harron (EUA, 2000).
[TdS] 55#: A mão terceirizadora do mercado: precarização e superexploração trabalhista no Brasil (Dr. Igor Figueiredo)
Nesse episódio as historiadoras Sarah Correia (UFF) e Juliana Magalhães (Labeca - MAE/USP) batem um papo com o sociólogo Igor da Silva Figueiredo, doutor em ciências sociais pela Universidade de Campinas (UNICAMP) e especialista em sociologia do trabalho, economia do trabalho e sindicalismo. Na nossa conversa, o pesquisador fala sobre o processo de terceirização no Brasil. De acordo com o pesquisador o assunto precisa ser visto como um fenômeno que tende a precarização do trabalho, a redução de direitos, a diluição das categorias além de aumentar a fragilidade das relações trabalhistas no país. Para refletir sobre o tema, Igor tenta propor uma análise da realidade concreta de eletricitários e trabalhadores de limpeza, dialogando com uma leitura macrossocial de Brasil cujo o entrelaçamento das discussões entre gênero, raça, regionalidade e classe são dados a partir dos contextos de superexploração. Além disso, o pesquisador menciona algumas discussões sobre o aprofundamento da intermitência do trabalho através do elemento tecnológico com o crescimento de infoproletários e do processo de plataformização de serviços. No final, Igor menciona sua colaboração para o Manchetômetro (UERJ) e o trabalho produzido no M Facebook, que analisa as interações e reações políticas nas redes sociais, entre elas as reações relacionadas ao universo bolsonarista. Vem e deixa a Teta te alimentar! Dicas: Igor Figueiredo: Livros: Camarada e amante, cartas de Rosa Luxemburgo a Leo Jogiches; Armadilhas da identidade, de Asad Haider; O Capital, de Karl Marx (Livro I, capítulo I); Dialética da dependência, de Ruy Mauro Marini; Academia.edu: https://independent.academia.edu/ifigueiredo. Juliana Magalhães: Filmes: A classe operária vai para o paraíso, Elio Petri (ITA, 1971); Eu, Daniel Blake, dirigido por Ken Loach (ING, 2016); Dois dias, uma noite, dirigido por Luc Dardenne, Jean-Pierre Dardenne (FRA, 2014); O corte, dirigido por Costa-Gavras (FRA, 2006). Sarah Correia: Série: Maid (NETFLIX, 2021); Documentário: Vidas entregues, disponível no YouTube: https://www.youtube.com/watch?v=cT5iAJZ853c.
[TdS] 54#: Misericórdia! Relações políticas da Irmandade da Misericórdia (mestranda Karoline Marques)
Nesse episódio as historiadoras Sarah Correia (UFF) e Juliana Magalhães (Labeca - MAE/USP) batem um papo com a historiadora Karoline Marques, mestranda no Programa de Pós-Graduação em História da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e especialista em História Colonial, relações entre Brasil e Portugal no Período Colonial e Irmandade da Misericórdia. Na nossa conversa, Karoline comenta sobre a fundação e desenvolvimento da Irmandade da Misericórdia em Portugal e em diversas partes do Império Português entre os séculos XVI e XVII a partir de uma perspectiva das relações políticas da comunidade. Em específico, a pesquisadora aborda a Misericórdia no Rio de Janeiro apresentando a Irmandade como um dos "corpos intermédios" de Portugal: ela seria uma das instituições que mediam a relação dos indivíduos com a Coroa Portuguesa ao mesmo tempo que em estabelecem o senso de unidade social, para que não haja fragmentação política, social e de classe nas Colônias. Tendo recebido a dádiva concedida pelo Rei, posto que a Irmandade era diretamente ligada ao poder governamental, porém não submissa a ela, o irmão ou provedor da Misericórdia buscava, entre outras práticas, a diferenciação social através da nobilitação, reforçando o papel da economia moral das mercês como peça fundamental para a manutenção do Império ultramarino. Vem e deixa a teta te alimentar! Dicas: Karoline Marques: Revista Dia-Logos (UERJ): https://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/dia-logos; Livros: Impérios em concorrência: histórias conectadas nos séculos XVI e XVII, de Sanjay Subrahmanyam; Nas Fronteiras do Além: a secularização da morte no Rio de Janeiro (séculos XVIII e XIX) de Cláudia Rodrigues. Juliana Magalhães: Podcasts: Mano a Mano (Spotify); Paciente 63 (Spotify); Budejo (Central3). Sarah Correia: Série: Segunda Chamada (GLOBOPLAY, 2021).
[TdS] 53#: Tudo o que a gente não sabe sobre Reino Médio no Egito (Doutoranda Luiza Silva)
[TdS] 52#: Rainha Boudica, a senhora é destruidora mesmo! (Dra. Tais Belo)
[TdS] 51#: É lógico ter lógica? Filosofando sobre o Paradoxo do Mentiroso (mestrando Yuri Nascimento)
[TdS] 50#: 33 anos da Constituição de 1988... o que mudou? (Prof. Dra. Aimée Schneider)
Nesse episódio as historiadoras Sarah Correia (UFF) e Juliana Magalhães (Labeca - MAE/USP) batem um papo com a advogada e historiadora Aimée Schneider, doutora em Ciências Jurídicas e Sociais pelo Programa de Pós-Graduação em Sociologia e Direito (PPGSD) da Universidade Federal Fluminense (UFF) e doutoranda em História Política pelo Programa de Pós Graduação em História na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Na nossa conversa, Aimée comenta sobre o processo de construção e estabelecimento da Constituição de 1988. De acordo com a pesquisadora, a Constituição realizada a partir de uma prática congressual, apresenta avanços nas liberdades individuais mas não avança, pelo menos não tanto quanto os movimentos sociais queriam, na proposição de discutir as liberdades sociais e políticas. Sendo uma constituição moderna e ao mesmo tempo conservadora, Aimée desconsidera a proposição de uma nova Constituição, defendendo a aplicação, revisão e ampliação das propostas de 1988, posto que de 1988 até 2021 o Estado de aplicação da Constituição brasileira piorou. Ainda sim, otimista quanto ao poder da constituição, apesar de seus problemas estruturais, ela acredita que os movimentos sociais podem pressionar para que hajam melhorias e cumprimentos constitucionais. Vem e deixa a teta te alimentar! Dicas: Aimée Schneider: Filmes: Negação, dirigido por Mick Jackson (ING, 2016). Juliana Magalhães: Filme: Citizenfour, de Laura Poitras (EUA; ALE, 2014); Eles não usam black tie, de Leon Hirszman (BRA, 1981); Idiocracia, de Mike Judge (EUA, 2006). Sarah Correia: Filme: Sowden, de Oliver Stone (EUA, 2016); Democracia em Vertigem, de Petra Costa (NETFLIX, 2019).
[TdS] 49#: Antropologia, identidade psicossocial e ativismo LGBTQIA+ (mestrando Fabrício Longo)
Nesse episódio as historiadoras Sarah Correia (UFF) e Juliana Magalhães (Labeca - MAE/USP) batem um papo com o antropólogo Fabrício Longo, mestrando em Antropologia pela Universidade Federal Fluminense (UFF). Tem interesse nos seguintes temas: Políticas públicas; Ativismo; Sofrimento Social; HIV/Aids, Corpo e corporalidades; Sexualidades e Identidades Sexuais; Noção de Pessoa; Disputas, festas e etnografia das narrativas. Na nossa conversa, Fabrício comenta a trajetória de movimentos sociais e ONGs em favor dos direitos da população LGBTQIA+ desde a década de 1980 no Brasil e no Mundo. A partir desse pano de fundo para fundamentar a pesquisa, Fabrício direciona sua atenção para a trajetória da ativista e política Indianarae Siqueira e a fundação da Casa de Acolhimento "CasaNem" no Rio de Janeiro. De acordo com ele, sua pesquisa tem como objetivo entender o processo de construção psicossocial de pessoas trans a partir de uma perspectiva de vulnerabilidade e acolhimento transfamiliar, além de dar visibilidade as lutas na causa. No final do episódio, o pesquisador também conta um pouco sobre sua relação desde a infância com bonecas e a importância da construção de noções sobre sexualidade e afetividade para sua trajetória como ativista LGBTQIA+. Vem e deixa a teta te alimentar! Dicas: Fabrício Longo: Artigo: Etnografia não é método, de Mariza Peirano; Instagram: ONG CasaNem: https://www.instagram.com/casanem_/; Instagram: Fabrício Longo: https://www.instagram.com/fabriciolongo/; Instagram: Indianarae Siqueira: https://www.instagram.com/indianarae.siqueira/; Mídias: Os Entendidos: https://www.youtube.com/user/osentendidos; https://youtube.com/c/Fabulongo. Juliana Magalhães: Clip: Rumors, de Lizzo feat. Cardi B; Podcast: Não inviabilize. Sarah Correia: Filme: Cruella (DISNEY+, 2021).
[TdS] 48#: O que é ser mulher na guerra contra o narcotráfico? (Doutoranda Ginneth Gomez)
Nesse episódio as historiadoras Sarah Correia (UFF) e Juliana Magalhães (Labeca - MAE/USP) batem um papo com a geógrafa Ginneth Gomez, doutoranda do programa de Geografia Humana da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo (USP). Possui experiência nas áreas de geografia política, geopolítica dos recursos naturais, planejamento territorial e políticas públicas. Na nossa conversa, Ginneth comenta sobre o que é ser mulher na guerra, e quais os efeitos da guerra do narcotráfico na vida das mulheres colombianas e pequenos produtores locais. A pesquisadora comenta, a partir de uma perspectiva da geografia política, qual poderia ser o papel a ser assumido pelo estado colombiano para pensar a construção da paz e como podemos associar o fim da guerra ao narcotráfico como a possibilidade de construir estados nacionais latino-americanos a partir de uma perspectiva decolonial. Vem e deixa a teta te alimentar! Dicas: Ginneth Gomez: Filmes: A teta assustada, de Claudia Llosa (PER, 2009); O abraço da serpente, de Ciro Guerra (COL, 2016); Honeyland, de Tamara Kotevska, Ljubomir Stefanov (MK, 2020); Os Silêncios do Palácio, de Moufida Tlatli (TUN, 1994). Juliana Magalhães: Filmes: Diários de Motocicleta, de Walter Salles (BRA/ARG, 2004); Trilogia dos Elementos, de Deepa Mehta (CAN/IND): Fogo e Desejo (1996), 1947-Terra (1998) e Ás Margens do Rio Sagrado (2005). Sarah Correia: Série: Grace e Frankie (NETFLIX, 2015).
[TdS] 47#: 11 de setembro de 2001 nos quadrinhos e nas telas (Doutorando Danilo Rodrigues)
[TdS] 46#: Fazendo a egípcia: gênero feminino entre o público e o privado no Egito Antigo (Prof. Dra. Thais Rocha)
Nesse episódio as historiadoras Sarah Correia (UFF) e Juliana Magalhães (Labeca - MAE/USP) batem um papo com a egiptóloga Thais Rocha, doutora em Egiptologia pela Universidade de Oxford. Atualmente professora do departamento de História da Universidade de São Paulo (USP), Research Fellow, Harris and Manchester College, Universidade de Oxford e pós doutoranda em História pela Universidade de São Paulo (USP). Tem experiência nas áreas de História e Arqueologia e interesse nos seguintes temas: arqueologia da casa, domesticidade, cultura material, arqueologia da paisagem (sobretudo em assentamentos urbanos no Egito), arqueologia das comunidades, estudos de gênero, orientalismo, história da Egiptologia. Na nossa conversa, Thais comenta sobre os estudos sobre Antiguidade Oriental, abordando sua pesquisa sobre espaço doméstico e suas transformações no Egito Antigo no período do Reino Novo. A pesquisadora reflete sobre a importância em se pensar as diversas e complexas acepções do que é considerado espaço público e espaço privado no Egito e como a arqueologia pode ajudar a pensar o papel da mulher a partir da análise do cotidiano de uma vila de trabalhadores. Thais fala também sobre sua trajetória como pesquisadora no Brasil e na Inglaterra e reflete sobre as possibilidades de se pensar uma nova egiptologia a partir dos estudos de gênero. Vem e deixa a teta te alimentar! Dicas: Thais Rocha: Filme: Os dez mandamentos, de Cecil B. DeMille (EUA, 1956); Livros: "Ancient Egypt: Anatomy of a Civilization", de Barry Kemp; "Trecos, troços e coisas: Estudos antropológicos sobre a cultura material" e "The comfort of things", de Daniel Miller; Livros de: Lynn Meskell; Marilyn Strathern; Deborah Sweeney; Uroš Matić; Academia.edu: https://oxford.academia.edu/ThaisRocha; Juliana Magalhães: "Mal-estar, sofrimento e sintoma: Uma psicopatologia do Brasil entre muros" de Christian Dunker; Grupo de pesquisa Messalinas (USP)(https://www.youtube.com/channel/UCpw_32HhHhydU8SlE6JVA4w); (https://messalinas.fflch.usp.br/) (https://www.facebook.com/messalinasgenero/); Sarah Correia: O Príncipe do Egito, de Brenda Chapman, Steve Hickner, Simon Wells (EUA, 1998).
[TdS] 45#: Muito além da Floresta: as populações ribeirinhas na Amazônia (Prof. Dr. Francivaldo Nunes)
Nesse episódio as historiadoras Sarah Correia (UFF) e Juliana Magalhães (Labeca - MAE/USP) batem um papo com o historiador Francivaldo Nunes, coordenador do curso de pós graduação em História da Universidade Federal do Pará (UFPA) e professor de História nos cursos de graduação do Campus de Ananindeua, nos programas de pós-graduação em História Social da Amazônia (Campus de Belém), Ensino de História (Campus de Ananindeua) e Educação e Cultura (Campus de Cametá). Possui experiência nos seguintes temas: conflito de terra, apropriação territorial, agricultura, educação rural, núcleos coloniais e migração. Na nossa conversa, Francivaldo comenta sobre a colonização, ocupação e projetos de políticos desde o século XIX ocorridos na região denominada "Portal da Amazônia", que tem como "entrada" o Estado do Pará. O pesquisador menciona a invizibilização de grupos ribeirinhos e quilombolas residentes da região, a difícil relação entre Estado e grupos minoritários, os projetos baseados na estrutura do estado moderno e do capitalismo para pensar a terra, cuja característica difere radicalmente da proposição indígena de pensar a terra como elemento simbólico e indenitário, destituído de valor monetário. Francivaldo comenta também sobre o impacto da lei de terras (1850) e dos processos sucessivos de grilagem na região até os dias atuais e atenta à importância da Educação e da História Agrária da Amazônia para dar "voz" à população atingida pelos múltiplos processos de violência ligado à terra e à floresta. Vem e deixa a teta te alimentar! Dicas: Francivaldo Nunes: Cultura com aspas, de Manuela Carneiro da Cunha. Juliana Magalhães: Disco: Os brazões (1969); Instagram: The most underrated albuns; FIlme: Fitzcarraldo, dirigido por Werner Herzog (ALE/PER/BRA, 1982); O Mandaloriano (DISNEY+, 2019); Sarah Correia: Aruanas (GloboPLay, 2019).
[TdS] 44#: Visões de escravidão e liberdade no Senegal (Prof. Dra. Juliana Farias)
Nesse episódio as historiadoras Sarah Correia (UFF) e Juliana Magalhães (Labeca - MAE/USP) batem um papo com a historiadora Juliana Barreto Farias, professora nos cursos de Licenciatura em História e Bacharelado em Humanidades da Unilab - Campus dos Malês/BA, no Programa de Mestrado em Estudos Africanos, Povos Indígenas e Culturas Negras da Universidade do Estado da Bahia (UNEB), Campus Salvador, e no Programme de Doctarat Unique ès-Lettres de Universidade Cheickh Anta Diop, Dakar-Senegal. Na nossa conversa, Juliana comenta sobre como seu trabalho busca fazer uma análise documental dos sentidos de escravidão e liberdade de escravizados no início do século XIX em duas Ilhas no Senegal, Saint Louis e Gorée. A partir da busca por fontes que seriam objetos de análise da pesquisa no Senegal, Gambia e Guiné, a pesquisadora reflete sobre os sentidos da escravidão no Senegal e como se dá a complexa relação entre religião islâmica, gênero, raça e classe a partir dos espaços de inserção do trabalho dos escravizados e escravizadas. Juliana comenta também um pouco sobre a trajetória da historiadora e pesquisadora brasileira Nize Isabel de Moraes, pouco conhecida pela historiografia brasileira mas com trabalhos relevantes sobre Senegal e Gâmbia produzidos na década de 1970 no Senegal. Vem e deixa a teta te alimentar. Dicas: Juliana Farias: Livro: Cartas a uma Negra, de Françoise Ega; Filme: Joy (NETFLIX, 2018); Juliana Magalhães: Filme: A viagem da Hiena, de Djibril Diop Mambéty (SEN, 1973); Sarah Correia: Livro: O ventre do Atlântico, de Fatou Diome.
[TdS] 43#: Aquele aulão sobre propriedade intelectual no Brasil (Prof. Dr. Leandro Malavota)
Nesse episódio as historiadoras Sarah Correia (UFF) e Juliana Magalhães (Labeca - MAE/USP) batem um papo com o historiador Leandro Malavota, analista do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e professor do Programa de Pós-graduação em Propriedade Intelectual, Inovação e Desenvolvimento do Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI). Tem experiência de docência e pesquisa nas áreas de História do Brasil (Império e República) e História Econômica, com ênfase nos seguintes temas: propriedade intelectual, inovação, transferência de tecnologia e desenvolvimento econômico. Na nossa conversa, Leandro explica alguns aspectos envolvendo a apropriação dos bens intangíveis, como ideias, conceitos, concepções e plágios, e comenta sobre as noções de direito de propriedade, direito de acesso, propriedade intelectual, propriedade industrial, inovação e patentes no Brasil. O pesquisador comenta sobre as políticas para o desenvolvimento de tecnologias, patentes e propriedade intelectual ao longo do século XIX e do século XX, em específico durante o período de ditadura militar no Brasil, e pondera sobre os efeitos do acesso e da produção de conhecimento intelectual e científico, cuja a delimitação é pouco clara para o público geral. Leandro ainda reflete sobre os efeitos e problemas da lei de acesso brasileira e do processo de produção de patentes no país. Vem e deixa a teta te alimentar! Leandro Malavota: Filmes: Joy: O nome do sucesso, de David O. Russell (EUA, 2015); Alphaville, de Jean-Luc Godard (FRA, 1965); Juliana Magalhães: Filmes: A rede social, de David Fincher (EUA, 2010); Fome de Poder, de John Lee Hancock (EUA, 2017). Sarah Correia: O Mundo de Sofia, de Jostein Gaarder.
[TdS] 42#: "As pedras ardendo em brasa": Como Brasil e Argentina veem a seca (dra. Leda Simões)
[TdS] 41#: Deixar queimar o patrimônio ou não, eis a questão?! (Prof. Dr. Paulo Knauss)
[TdS] 40#: Entre trilhos e mapas: a invenção do Ceará (Prof. Dra. Ana Isabel Reis)
Nesse episódio as historiadoras Sarah Correia (UFF) e Juliana Magalhães (Labeca - MAE/USP) batem um papo com a professora Dra. Ana Isabel Reis, professora adjunta do departamento de História na Universidade Regional do Cariri - URCA. Tem experiência no campo de História Social e História com fontes orais com estudos sobre as relações historicamente estabelecidas entre História e natureza, sobretudo no que concerne à expansão ferroviária no Ceará. Na nossa conversa, Ana Isabel fala sobre a construção da Estado do Ceará a partir da estrada férrea do Baturité no século XIX. Para isso a pesquisadora começa a sua fala respondendo o questionamento: Afinal o que seria o Ceará? Para ela, o Ceará é antes de tudo um lugar imaginado que se expressa em uma formação regional para reafirmar os interesses do Império Brasileiro. Segundo ela, o trem e a construção das ferrovias foram responsáveis por materializar esse intento, e que através das memórias dos envolvidos nesse projeto de nação, expressou o sentido de rapidez e tecnologia, mas também de sofrimento, morte e desumanização dos trabalhadores. Por ultimo, conversamos sobre a importância da cartografia para reabilitar a memória das diversas maneiras como o Ceará foi pensado, e refletimos sobre a importância do dialogo entre as disciplinas História e Geografia. Vem e deixa teta te alimentar! Dicas: Ana Isabel: Livros de David Harvey e Milton Santos. Juliana Magalhães: Livro: O Mediterrâneo e o Mundo Mediterrâneo na Época de Filipe II, de Fernand Braudel. Série: Lupin - Parte II (NEFLIX, 2021). Sarah Correia: Séries: Mestres do sabor (TV GLOBO, 2021); Loki (DISNEY+, 2021).
[TdS] 39#: O Egito entre o Ensino de História Antiga e História Global (Prof. Dr. Fabio Frizzo)
[TdS] 38#: Afinal, quem são os Guaicurus? (Mestrando Dandriel Borges)
[TdS] 37#: Levantando Poeira com a História agrária (Prof. Dr. Marcio Both)
Nesse episódio as historiadoras Sarah Correia (UFF) e Juliana Magalhães (Labeca - MAE/USP) batem um papo com o historiador Marcio Both, professor doutor associado da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), atuando no curso de Graduação e no Programa de Pós-graduação em História. Na nossa conversa, Marcio comenta sobre a ligação entre pandemia, desmatamento e utilização de recursos naturais a partir dos referenciais da História Agrária. Segundo o pesquisador, a nossa relação com a terra no interior do Brasil precisa ser desnaturaliza como um local de desconhecimento e falta de produção de conhecimento, pois ela é essencial para entender como se constrói um projeto de ocupação e expansão territorial brasileiro pensado a partir do século XIX. Tendo como parâmetro a lei de Terras (1850), Marcio desdobra sua reflexão sobre as relações sociais e de poder a partir da ocupação territorial no sul do país e reflete sobre a produção e justificativas científicas que moldaram os conceitos de terra, território e propriedade nos dias atuais. No final, Marcio conta um pouco sobre a criação da Radio Poeira, nossa nova parceira para divulgação do podcast. Vem e deixa teta te alimentar! Dicas: Marcio Both: Livro: Figuração em Crise: Utopias e Distopias como tessituras do nosso mundo, de Marcio Both e Rodrigo Paziani. Juliana Magalhães: Videos de Larissa Bobardi sobre agrotóxicos no canal do jornalista Bob Fernandes. Sarah Correia: Radio Poeira, webradio que pode ser acessada através do aplicativo Zeno.